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Exame Fisico Ortopedico

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Beatrys Juliani
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Propedêutica II – MEDICINA UNIMAR.

T28/ BEATRYS JULIANI RAMALHO

Abdução: abertura em relação ao eixo centra


Adução: aproximação
Oponência: força contra a resistência
Luxação: perda das partes anatômicas de uma
articulação
Contusão: trauma direto
Entorse: trauma indireto
Pronaçao: virara a palma da mão para baixo
Supinação: irara para cima
Equino: ponta dos pés
Varo: desvio fora do eixo central- para fora. Cavo: pés com muitas curvas
Valgo: deformidade aponta para o centro do
corpo.
1. INSPEÇÃO GERAL

Na inspeção geral, o paciente deve ser examinado de frente, de costas e de ambos os lados. Atenta-se para
a postura, simetria corpórea, atitudes e capacidade de movimentação. Deve-se ter visão global do indivíduo.
Quando a pessoa se coloca de costas, atenta-se para o aspecto do tronco que deve estar equilibrado na
posição vertical. Um fio de prumo, colocado na proeminência occipital externa, deve projetar-se sobre a
coluna e o sulco interglúteo.

Figura 1 - Vista posterior de um indivíduo normal (a) em que se observa a simetria da postura. À direita

(b) a simetria foi perdida, em virtude de uma contratura antálgica por uma lombalgia
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Ver se o tronco está inclinado.
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Se as duas metades do dorso estiver na mesma simetria, normal; se estiverem assimétricas- escoliose

Os ombros devem ser simétricos e estar à mesma


altura, ficando a cabeça implantada, centralmente,
na cintura escapular.

Ombros desnivelados podem indicar escoliose ou


patologias da escápula.

Desnivelamento pélvico pode indicar escoliose


lombar, encurtamento de membros inferiores,
atitudes antálgicas ou atitudes viciosas
provocadas por patologias do quadril, joelho ou
pé.

Os membros inferiores são examinados quanto à forma e massa muscular. São pontos de referência
semiológicos as pregas infra glúteas e as pregas poplíteas que devem ser simétricas e estar à mesma altura.

Colocar uma fita métrica do


maléolo medial à espinha ilíaca antero superior

Ao exame de frente
1)observação a região peitoral,
2)o posicionamento da cicatriz umbilical,
3) nivelamento das espinhas ilíacas ântero-superiores, a altura dos joelhos, a orientação da patela e o
posicionamento, forma e apoio dos pés.
4)Observe se há rotação ou inclinação anômalas da cabeça, bem como se a face é simétrica. Neste
momento, pode-se diagnosticar um torcicolo congênito ou espasmódico.
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O exame pelas laterais verifica, principalmente, as curvaturas da coluna, o alinhamento dos membros
inferiores e o contorno abdominal, o indivíduo é posicionado de lado e mantém os membros superiores
estendidos na posição horizontal. É, com esta manobra, que se detectam as posturas viciosas por aumento
da cifose torácica ou lordose lombar. Em

seguida, pede-se ao paciente para inclinar-se lentamente e tentar tocar os dedos no assoalho. Verifica se,
com isto, a flexibilidade dos segmentos da coluna (com a inclinação há aumento cifose e retificação da
lordose).
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2. MARCHA

1)A marcha é antálgica quando a fase de apoio do lado doloroso está encurtada e, acompanhada de um
saltitar na tentativa de aliviar o peso.

2)Na marcha por insuficiência do glúteo médio, o tronco inclina-se exageradamente para o lado do apoio.
Quando a insuficiência é bilateral o tronco balança para um lado e para o outro, caracterizando a marcha
anserina. Esta marcha é típica de muitas miopatias, da luxação congênita do quadril bilateral e da coxa vara
bilateral.

3)Marcha talonante é quando o toque do calcanhar é feito com muita intensidade, produzindo um som
típico. Ocorre em neuropatias que afetam a sensibilidade profunda e percepção vibratória.

4)Na marcha espástica, o indivíduo anda como se fosse um robô, enrijecido e com movimentação grosseira.

5)Na marcha atetóica, há exagero de movimentação, com arremesso casual dos membros, tronco e cabeça
em várias direções.

6)Na marcha por insuficiência de quadríceps, a pessoa coloca a mão no joelho para bloqueá-lo, na fase de
apoio.

7)Na marcha em equino, o indivíduo apoia apenas a ponta dos pés.

2.1. Teste Especial

Teste de Galeazzi: Serve para verificar se há diferença de comprimento nos membros inferiores. O indivíduo
é colocado em decúbito dorsal, em posição simétrica, com os membros inferiores fletidos de modo a
manter os pés juntos. Quando há discrepância de comprimento dos membros os topos dos joelhos ficam
em alturas diferentes. Esta discrepância pode ser causada por encurtamento real do membro ou apenas
funcional, como acontece na luxação congênita do quadril

3. SEMIOLOGIA SEGMENTAR
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3.1. Coluna

A coluna divide-se em segmentos cervical, torácico, lombar e sacral.

O segmento cervical tem curvatura lordótica, isto é, de concavidade anterior e termina em C7, cujo processo
espinhoso é o mais saliente da região e serve como reparo anatômico.
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Coluna torácica tem curvatura cifótica estimada ocorrer cifose localizada, percebida
radiologicamente em, no máximo, 40 graus. semiologicamente pela saliência exagerada de um
Processos senis, principalmente osteoporose, ou dois processos espinhosos adjacentes, e é
levam a aumento progressivo da curvatura devida a defeitos congênitos ou patologias
(corcunda). Esta cifose tipicamente é de grande adquiridas.
raio, isto é, atinge todo o segmento torácico
(Figura 2). No adolescente, o aumento progressivo
da cifose torácica é diagnóstico de dorso curvo
juvenil ou da cifose de Scheuermann. Estas duas
condições devem ser prontamente reconhecidas e
tratadas, antes do término do crescimento. Pode
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Com o indivíduo mantendo a inclinação do tronco, o médico aproxima-se e examina a região dorsal e
lombar à procura de desvios e verificando se há assimetria nas regiões paravertebrais. A saliência maior de
uma das escápulas e/ou saliência localizada em uma região paravertebral (giba) indicam escoliose (Figura
3). Esta é a manobra mais acurada para o diagnóstico de tal patologia, pois a inclinação do tronco acentua
tanto a curvatura escoliática, como a gibosidade.
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Figura 3 - Manobra de inclinação do tronco ou de Adams para visualizar melhor a assimetria provocada
por uma escoliose. Quando o paciente se inclina ocorre saliência de um dos lados (giba).

A coluna lombar tem curvatura lordótica que pode estar aumentada ou diminuída.

O segmento lombar é o mais móvel e o responsável pela maior parte da mobilidade do tronco. A pesquisa
da movimentação é feita com o indivíduo de pé sendo: flexão, extensão, inclinação lateral direita e esquerda,
rotação (torção) direita e esquerda. Para a pesquisa destas últimas segura-se firmemente a pelve com as
duas mãos, e pede-se ao paciente para torcer ou inclinar o tronco para um lado e, depois, para o outro. A
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flexão é a movimentação mais desenvolvida, sendo pesquisada com o paciente inclinando-se para frente e
tentando tocar o assoalho com os dedos, como já referido. Neste momento, além da amplitude da flexão, as
regiões torácica e lombar devem ser examinadas atentamente para a presença de escoliose.

3.1.1 Testes especiais

Teste de Lasègue: é usado para pesquisa de neurite do ciático nas lombociatalgias, muito comuns nas hérnias
de disco. Em decúbito dorsal o lado assintomático ou menos sintomático e, depois o lado afetado. Com uma
mão apoiando o calcanhar, eleva-se, vagarosamente, o membro inferior até mais ou menos 45graus. Quando
há neurite a dor originária da região lombar ou glútea irradiando-se para o membro inferior no território do
nervo ciático, muitas vezes acompanhada de parestesia. O sinal de Lasègue só é considerado positivo se
reproduzir à dor espontânea do paciente. A dorsoflexão passiva do pé, também, agrava a dor. Lembre-se de
que esta manobra pode ser muito dolorosa, deve ser feita com cuidado, e interrompida assim que a dor
tornar-se típica.
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Ombro

3 articulações (esterno-clavicular, acromioclavicular e glenoumeral) e a escapulotorácica, todas


funcionando sincronicamente. Pouco conteúdo ósseo, grande massa muscular e poucas conexões articulares
com o esqueleto axial conferindo à região grande amplitude e variação de movimento. A clavícula é um osso
superficial, que pode ser visto e palpado em toda sua extensão, Devem ser identificadas e palpadas as
articulações esternoclavicular e acromioclavicular que se caracterizam por ter pouca movimentação. A
patologia luxação traumática que provoca um desnivelamento entre os dois componentes articulares e
deformidade local e a osteoartrite Na face anterior do ombro, são referências anatômicas o processo
coracóide, a borda anterior do acrômio e a tuberosidade menor do úmero. Posteriormente, deve-se palpar
a espinha escapular que serve de referência para localização do processo espinhoso de T2 e o ângulo inferior
da escápula que serve para localizar o processo espinhoso de T7. Os três componentes musculares do
deltoide recebem inervação do nervo circunflexo ou axilar que contorna o colo do úmero. Nesta região o
nervo é vulnerável e pode ser lesado, nas fraturas do colo do úmero e nas luxações gleno-urnerais. A massa
muscular do peitoral maior é avaliada e palpada. Outro importante grupo muscular é o manguito rotador que
é composto pelos músculos supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular. Conjuntamente
atuam fixando a cabeça do úmero na glenóide, os movimentos pesquisados são: flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e rotação externa. A amplitude de todos os movimentos é dada em graus, Rupturas
do manguito rotador levam à incapacidade de abdução, pela falta de fulcro da cabeça do úmero.
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Testes Especiais

Teste da apreensão: nos casos de luxação anterior recidivante do ombro, fazendo-se, passivamente,
abdução e rotação externa, o paciente pressente que seu ombro luxará. Para evitar isto ele opõe resistência
ao movimento e assume expressão facial apreensiva.

TESTES IRRITATIVOS PARA OMBRO


JOBE – SUPRA ESPINHOSO
NEER – ABDUÇÃO PASSIVA
SPEED – BÍCEPS
GERBER – SUB ESCAPULAR
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3.3. Cotovelo

O cotovelo é formado pela extremidade distal do úmero e proximal do rádio e ulna que se juntam formando
as articulações fixadas por vários ligamentos.
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Visto de frente, o cotovelo normal tem angulação em discreto valgo. Sequelas de fratura podem provocar
modificação deste ângulo (Figura 4).Fazendo flexão de 90 graus, e examinando pela face posterior, verifica-
se que o cotovelo apresenta 3 saliências facilmente palpáveis epicôndilo lateral, epicôndilo medial e olécrano
— que se dispõem formando um triângulo isóceles, que é usado para avaliardesvios de alinhamento da
articulação. Palpam-se, ainda, o nervo ulnar entre o epicôndilo medial e o olécrano,o tendão do bíceps
braquial, anteriormente (supinador e flexor), e o tendão do tríceps sural (extensor), posteriormente, inserido
no olécrano. Do epicôndilo lateral, origina-se a musculatura supinadora e extensora do punho e, do
epicôndilo medial, origina-se a musculatura pronadora e flexora do punho. Os movimentos pesquisados são:
flexão, extensão, pronação e supinação. Na supinação, a palmada mão é virada para cima; na pronação, é
virada para baixo devem ser pesquisados com o cotovelo fletido em 90 graus.

4 - Acentuação do valgo do cotovelo esquerdo, em decorrência de fratura. deformidades mais complexas,


resultantes de lesão das várias cartilagens de crescimento que aí existem.
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3.4. Mão

A mão é o segmento mais especializado do aparelho locomotor, sendo estrutura de grande sensibilidade,
enorme motricidade, aliadas a uma força considerável.

A pele do dorso da mão é fina e elástica para alongar-se quando a mão se fecha ou se faz a flexão do punho.
Entretanto, na face palmar ela é completamente diferente. É formada por um coxim gorduroso que se assenta
sobre a aponeurose palmar e tem a função de acolchoar e proteger estruturas mais profundas, O revestimento
cutâneo palmar forma rugosidades (dermatóglifos) que têm função antiderrapante. As pregas palmares são
reforços de inserção da pele e contribuem para aumentar o grau de flexão das articulações. Há duas saliências
dos coxins correspondendo às eminências tênar (do lado do polegar) e hipotênar (do lado do 5° dedo).O
punho é formado pela articulação radiocarpiana que se compõe pela epífise distal do rádio e ulna (articulação
rádio-ulnar distal) e os ossos da primeira fileira do carpo (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme).

A segunda fileira é formada pelo trapézio, trapezóide, capitato e unciforme. A musculatura da mão é intrínseca
quando se origina e insere na própria mão: interósseos dorsais, palmares, lumbricais e musculatura da
eminência tênar e hipotênar. A musculatura extrínseca origina-se no braço/antebraço e insere-se na mão.
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A movimentação da mão compõe-se de:

• punho: flexão dorsal e palmar, abdução (ou desvio radial) e adução (ou desvio ulnar).

• dedos: flexão e extensão das articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas. Adução (os dedos se
aproximam) abdução (os dedos se afastam). O polegar tem todos estes movimentos e mais a oponência que é
uma combinação de movimentos que o torna capaz de tocar a polpa digital de todos os outros dedos, fazendo
uma pinça.

TESTES MOTORES PARA FUNÇÃO DOS NERVOS DA MAO

Teste do nervo ulnar: há déficit sensitivo na área cutânea do nervo. A parte motora é realizada

pedindo ao paciente que faça abdução ativa do 5º dedo, opondo-se resistência. Haverá paralisia ou fraqueza
do músculo nas lesões.
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Teste do nervo mediano: há déficit sensitivo na área cutânea do nervo. Para testar a parte motora, peça ao
paciente para fazer uma forte pinça como polegar e indicador, pelas extremidades dos dedos, formando um
“O”. Se houver lesão, a pinça só será feita com as polpas digitais.

Teste do nervo radial: há déficit sensitivo na área cutânea do nervo. Para testar a parte motora, solicite ao
paciente para realizar extensão do punho e dedos, opondo-se resistência. Haverá paralisia ou fraqueza dos
extensores. A paralisia completa do nervo radial dá a “mão caída”.

3.4.1. Inervação

A palma da mão é inervada pelo ulnar na região hipotenar, 5° dedo e metade ulnar do 4° dedo. A área restante
é inervada pelo mediano (Figura. 6). O nervo radial provê inervação cutânea de parte do dorso da mão.
principalmente do primeiro espaço. Figura 6 - Área de sensibilidade do nervo mediano (esquerda) e ulnar
(direita) na palma da mão. O quadro geral é de dor e parestesia irradiados na área sensitiva do mediano.

Nervo mediano Nervo ulnar

Teste de Phalen: O túnel do carpo é formado no punho por um assoalho e parede compostos pelos ossos
do carpo e fechado, anteriormente, pelo ligamento transverso profundo do carpo. Neste canal passam 8
tendões e o nervo mediano, sendo o espaço exíguo. Na síndrome do túnel do carpo, ocorre compressão do
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nervo mediano neste nível. No teste de Phalen, solicita-se que o paciente faça flexão volar aguda do punho,
geralmente forçando urna mão contra a outra, pela face dorsal. Em caso positivo, surgirá dor e/ou
formigamento na área do mediano.

TESTE DE FILKEINSTEIN

tendões longo abdutor e curto extensor

TENDINITE DE QUERVAIN
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Na semiologia do quadril, são pontos de referência anatômicos: crista ilíaca, espinhas ilíacas ântero -superior
e póstero-superior, trocanter maior e tuberosidade isquiática. Os movimentos pesquisados são: flexão,
abdução, adução, rotação interna e rotação externa. O movimento de extensão não é pesquisado,
rotineiramente. Para pesquisa da movimentação o indivíduo é colocado em decúbito dorsal, mantendo-se o
tronco e pelve em posição simétrica. Segurando-se pela perna e apoiando o joelho com a outra mão, o
médico realiza a flexão simultânea do quadril e joelho. Em seguida, pesquisa as rotações. Para isto, mantém
o quadril e o joelho fletidos em 90 graus. Usa-se a perna como o ponteiro de um goniômetro para calcular
os graus de rotação, a partir da posição neutra. Não se esqueça de que na rotação interna do quadril a perna
é dirigida para fora. Na rotação externa ocorre o contrário. A abdução é realizada com o joelho estendido a
partir da posição neutra. Coloca-se uma mão na espinha ilíaca ântero-superior para perceber os movimentos
associados da bacia e, com a outra mão, faz-se abdução ou adução, até que a pelve comece a se movimentar.
O movimento de extensão é testado com a paciente em decúbito ventral.

Testes especiais

Teste de Thomas: é um teste obrigatório, sendo usado para se verificar se há contratura em flexão do quadril.
O paciente é colocado deitado. Faz-se flexão de ambos os quadris. Com isto desfaz se a inclinação pélvica.
Mantém-se o quadril normal em flexão máxima para segurar a pelve e, vagarosamente estende-se o quadril
que se quer testar. Quando há contratura em flexão o quadril não estende completamente e o ângulo formado
entre a face posterior da coxa e o plano da mesa de exame corresponde à contratura em flexão existente
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Manobra de Trendelenburg: é usada para verificar se há insuficiência do músculo glúteo médio.

Como visto, este músculo tem a importante função de manter a pelve nivelada durante a marcha. Se ele está
insuficiente a pelve tende a cair para o lado contrário ao do apoio.

Manobra de Trendelenburg positiva do lado esquerdo.


Quando o paciente apoia o membro inferior esquerdo a
pelve cai para o lado oposto e o tronco inclina-se,
excessivamente.

INSPEÇÃO

 Joelhos patológicos
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3.6. Joelho

É composto pela associação de três articulações:femorotibial, femoropatelar e tibiofibular proximal.

De maneira simplificada, pode-se dividir o sistema ligamentar em:

1- Ligamento colateral medial: em forma de banda, origina-se do epicôndilo medial do fêmur, dirige-se distal e
anteriormente, indo inserir-se na face anteromedial da tíbia, próximo da tuberosidade anterior.

2- Ligamento colateral lateral: tem forma de cordão, origina-se no epicôndilo lateral do fêmur e insere-se na
cabeça da fíbula.

3- Ligamento cruzado anterior: é intra-articular. Insere-se na área intercondilar da tíbia e na parte posterior da
superfície medial do côndilo lateral do fêmur.

4- Ligamento cruzado posterior: também é intra-articular. Insere-se na área intercondilar posterior da tíbia e
superfície lateral do côndilo medial do fêmur. Ambos os ligamentos cruzados têm função mecânica complexa,
mas, resumidamente, pode-se considerar que o cruzado anterior impede o deslizamento da tíbia para a frente
e o posterior o deslizamento da tíbia para trás, em relação ao fêmur. Os meniscos lateral e medial são estruturas
intra-articulares com função mecânica estabilizadora e redistribuidora de carga.
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Teste da integridade dos ligamentos cruzados.

O indivíduo é mantido deitado, examinando-se, primeiro, o lado normal. Coloca-se o joelho fletido em 90 graus
e o pé do paciente apoiado sobre a mesa de exame. O examinador se senta, levemente, sobre o antepé do
paciente e segura, firmemente, a extremidade proximal da tíbia com as duas mãos, puxando a para frente e
empurrando-a para trás. Quando há lesão do ligamento cruzado anterior, a tíbia desliza, anormalmente, para
a frente (sinal da gaveta anterior positivo). Quando há lesão do cruzado posterior, a tíbia desliza para trás (sinal
da gaveta posterior positivo). Figura 10 -Teste da gaveta para o exame da integridade dos ligamentos cruzados.
A tíbia é forçada para frente e para trás. Quando o ligamento cruzado anterior está roto, ela se desloca,
excessivamente, para frente ou para trás se a insuficiência for do cruzado posterior.

TESTES MENISCAIS
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MANOBRAS STRESS TORNOZELO

3.7. Pé

O pé é o segmento mais distal do membro inferior, responsável pela conexão do indivíduo com o solo. É
submetido a grandes esforços, tem flexibilidade para se acomodar às irregularidades da superfície de apoio e
grande força de propulsão. Além disto, é região sensitiva e origem de reflexos proprioceptivos que alimentam
os sistemas relacionados com a postura e equilíbrio. A superfície plantar é acolchoada com gordura, à
semelhança da mão, para servir de proteção às estruturas adjacentes. A pele apresenta rugosidades que
provêm uma superfície antiderrapante.

E, comumente, dividido em três partes: o retropé, o mediopé e o antepé. O retropé é formado pelo astrágalo
(ou tálus) e calcâneo, articulando-se com a perna. O mediopé é formado pelo navicular, escafóide e cunhas e
o antepé pelos metatarsais e falanges.
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Os principais movimentos são: flexão dorsal, flexão plantar (ou extensão), inversão e eversão.

Os pontos de reparo anatômico são os maléolos medial e lateral, as cabeças dos metatarsais e o calcâneo.
Atrás e inferiormente ao maléolo lateral, pode ser palpado o pulso da artéria tibial posterior que, juntamente
com o nervo do mesmo nome, atravessa, nesta região o túnel do tarso. Este local pode ser sede de
compressões. No dorso do pé, palpa-se o pulso da artéria pediosa, ramo da artéria tibial anterior.

O pé pode ser sede de várias deformidades, sendo as mais comuns:


a - pé equino - o apoio é feito na ponta do pé e não em toda a superfície plantar.
b - pé calcâneo - o apoio é feito com o calcanhar e não com o restante da superfície plantar.
c - pé valgo - há inclinação medial excessiva do tornozelo.
d - pé varo - há inversão da inclinação medial do tornozelo e apoio na borda lateral.
e - pé cavo - acentuação do arco plantar.
f - pé plano - ausência do arco plantar.
g - pé aduto - o antepé encontra-se desviado medialmente.
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No hálux valgo, há desvio exagerado do hálux para a região lateral do pé e forma-se, pelo atrito, saliência na
face medial, correspondendo à cabeça do primeiro osso metatarsiano (“joanete”).

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