Micro_II
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2º Semestre de 2022
Questão 1. (PF 2018/2) A demanda agregada por sorvetes da cidade de Nashville é descrita por Q =
300 − 30P . Nessa mesma cidade existam 120 firmas produtoras de sorvete e a tecnologia de cada uma delas
é descrita por f (L, K) = K 1/3 L1/2 . A quantidade do insumo capital que cada uma delas usa é fixa e igual
a K̄ = 1, e os preços dos insumos são w = 1/2 e v = 2.
a. Qual a oferta agregada de curto prazo por sorvete em Nashville?
b. Qual o preço e a quantidade total transacionada em equilı́brio?
Suponha agora que tenha ocorrido uma fusão dessas 120 firmas produtoras de sorvete de Nashville, e tenha
sido criada uma única empresa na cidade, cuja função custo total é C(Q) = Q.
c. Considerando a mesma demanda agregada por sorvetes da cidade de Nashville descrita por Q = 300 −
30P , qual o preço cobrado por essa monopolista em equilı́brio? Qual o lucro total dessa monopolista?
Essa empresa monopolista investiu em uma pesquisa de mercado que indicou que existem dois tipos de
consumidores de sorvetes em Nashville: os que gostam só um pouco de sorvetes e os que são apaixonados
por sorvete! O primeiro grupo tem demanda dada por Q1 = 100 − 20P1 , enquanto o segundo grupo tem
demanda dada por Q2 = 200 − 10P2 .
d. Se essa empresa monopolista puder cobrar preços diferentes de cada grupo de consumidores que tem
tipos diferentes, qual seria o preço que iria cobrar de cada um deles? Qual o lucro total desse monop-
olista discriminador de preços?
Questão 2. (Anpec) As funções de custo médio e de receita marginal de um monopolista são, respecti-
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vamente, CM e(q) = q + 10 + e RM g(q) = 70 − 8q, em que custo e receita são expressos em unidades
q
monetárias e q é a quantidade produzida. Encontre o valor, em unidades monetárias, da área conhecida
como ônus devido ao monopólio (perda social ou ainda perda de peso morto).
Questão 4. (Anpec - Modificada) Um monopolista produz um certo bem de acordo com uma tecnologia
para a qual o custo marginal de produção é constante e igual a 4. Existem n consumidores idênticos de tal
sorte que a demanda inversa agregada por esse bem é dada por P = 10–Q, em que P é o preço e Q a
quantidade total demandada. Julgue as seguintes afirmativas:
a. Se o monopolista aplica a regra de mark-up como regra de preço, então o preço de monopólio é P m = 7
e a quantidade produzida é Qm = 3.
b. A perda de bem-estar (ou perda de peso morto) decorrente do uso da regra de mark-up pelo monopolista
é P M = 9.
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Questão 5. (Nicholson) Suponha que um monopolista tenha custo médio constante e igual a 6. Além
disso, ele vende seus produtos em dois mercados separados, nos quais as curvas de demanda são dadas por:
P1 = 24 − Q1
P2 = 12 − 0, 5Q2
Antes de fazer as contas, você seria capaz de responder em que mercado o monopolista cobrará um preço
mais alto? Calcule os preços e as quantidades praticadas em cada mercado, que maximizam o lucro do
monopolista.
Questão 6. (PF 2017/2) Em 1999, a Ford tinha intenção de construir uma nova fábrica de automóveis
em Guaı́ba, Rio Grande do Sul. Porém, devido a incentivos fiscais oferecidos pelo governo baiano, a Ford
decidiu construir a nova fábrica em Camaçari. Em contrapartida, o governo baiano estabeleceu que, no
primeiro ano após o inı́cio das operações, a Ford deveria ofertar a mesma quantidade e mesmo preço por
seus automóveis, caso ofertasse num mercado altamente competitivo de longo prazo. A estrutura de custos
da Ford, no primeiro ano de operações na Bahia, é dada por:
C BA (Q) = 0, 5Q2 − 10Q + 200
Caso a Ford permanecesse com a intenção de construir a fábrica no Rio Grande do Sul, apesar de não receber
incentivos fiscais, não estaria sujeita a uma restrição de preços para a vender seus automóveis e poderia atuar
como monopolista. A estrutura de custos da Ford, caso construı́sse a fábrica no Rio Grande do Sul, é dada
por
C RS (Q) = Q2 − 70Q + 900
A demanda agregada por carros da Ford no Brasil é dada por QD = 1600 − 8P . Quanto o governo baiano
cedeu em incentivos fiscais para que a Ford alterasse sua decisão de construir a nova fábrica em Guaı́ba, Rio
Grande do Sul?
Questão 7. Suponha que o mercado de Nióbio (um raro metal) tem uma curva de demanda linear com
a seguinte forma funcional Q = a − bP e que os custos do produtor monopolista de Nióbio são dados por
C(Q) = d + cQ2 .
a. Calcule o nı́vel de produção e preço que maximizam o lucro do monopolista quando ele pratica uma
polı́tica de preço único.
b. Calcule o nı́vel de produção e preço que maximizam o lucro do monopolista quando o monopolista
pratica discriminação de preço de primeiro grau (perfeita).
c. Supondo que a = 2.000, b = 20, c = 1/20, d = 10.000, mostre qual é a variação de lucro produzida
pela polı́tica de discriminação perfeita (vis-à-vis a polı́tica de preço único). Que polı́tica rende mais
lucro para o monopolista?
d. Ainda supondo que a = 2.000, b = 20, c = 1/20, d = 10.000, calcule o ônus do monopólio quando ele
opera uma polı́tica de preço único.
Questão 8. Um monopolista produz um bem a um custo C(q) = 20q, sendo q a quantidade total produzida.
Ele depara-se com uma demanda composta por 2 tipos. A demanda do tipo 1 é dada por q1 = 60 − p e a do
tipo 2 é dada por q2 = 40 − p.
a. Suponha que o monopolista não consiga oferecer um preço distinto para os dois tipos (e, portanto,
depara-se com uma demanda agregada que é a soma das demandas dos dois tipos). Qual será o preço
e a quantidade produzida que maximizam o lucro do monopolista?
b. Suponha agora que o monopolista seja capaz de fazer um preço diferente para cada um dos tipos. Qual
será o preço oferecido a cada um deles e qual a quantidade vendida a cada um deles?
c. Suponhamos que o monopolista possa pagar um valor fixo para ser capaz de identificar os tipos (e,
portanto, oferecer preços diferentes, tal como em (b)). Qual é o valor máximo que o monopolista teria
interesse em pagar pela identificação dos tipos?
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d. Suponhamos que haja 100 indivı́duos de cada tipo, que o monopolista seja capaz de identificar os tipos,
e que para cada um dos indivı́duos possa oferecer uma tarifa de duas partes. Qual será o formato da
tarifa oferecido a cada um dos tipos?
a. Suponha que o monopolista seja incapaz de distinguir os consumidores. Suponha também que o governo
imponha que o monopolista possa cobrar do consumidor apenas uma tarifa por unidade vendida, mas
que não possa controlar quantas unidades serão vendidas. Nesse caso o lucro do monopolista será 2.
b. Suponha que o monopolista seja capaz de distinguir os consumidores. Suponha também que o governo
imponha que o monopolista possa cobrar do consumidor apenas uma tarifa por unidade vendida, mas
que não possa controlar quantas unidades serão vendidas. Nesse caso o lucro do monopolista será 4,25.
c. Suponha que o monopolista seja capaz de reconhecer os diferentes consumidores e que a venda do
produto seja feita por meio de pacotes do tipo “ou isso ou nada”. Nesse caso o lucro do monopolista
será 8,5.
d. Suponha que o monopolista seja incapaz de distinguir os consumidores e que a venda do produto seja
feita por meio de pacotes do tipo “ou isso ou nada”. Suponha que o monopolista ofereça um único
pacote para os dois consumidores. Nesse caso o lucro do monopolista será 8.