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Conceitos de Eletricidade

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CONCEITOS DE ELETRICIDADE

1. CORRENTE ELÉTRICA

A corrente elétrica designa o movimento ordenado de cargas elétricas


(partículas eletrizadas chamadas de íons ou elétrons) dentro de um sistema condutor.
Esse sistema apresenta uma diferença de potencial elétrico (ddp) ou tensão elétrica.
A corrente elétrica que transita nos resistores pode transformar energia elétrica em
energia térmica (calor), num fenômeno conhecido como Efeito Joule.

A resistência de um fio condutor facilita ou dificulta a passagem da corrente


elétrica, sendo calculada através da fórmula da Primeira Lei de Ohm (R=U/I). Os
aparelhos eletrônicos, pilhas e baterias, apresentam o polo negativo e o polo positivo.
Isso explica a diferença de potencial (ddp) presente no circuito de cada um deles.

O sentido da corrente elétrica é caracterizado de duas maneiras. Uma delas é


a “corrente elétrica real”, ou seja, aquela que possui o sentido do movimento dos
elétrons. A outra maneira é a “corrente elétrica convencional”, cujo sentido é contrário
ao movimento dos elétrons e é marcada pelo movimento das cargas elétricas
positivas.

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a intensidade da corrente elétrica é


medida em Ampère (A), a resistência em Ohm (Ω) e a tensão elétrica (ddp) é medida
em Volts (V).

1.1. CORRENTE CONTÍNUA (CC)

A corrente contínua (também chamada de CC ou DC, do inglês) possui tensão


e corrente unidirecionais, exercendo sua função por meio do fluxo de elétrons,
portanto, seu circuito possui polaridade positiva e negativa, não comprometendo seu
sentido de circulação.

Para identificá-la, basta observar se a corrente mudou de sentido, já que o tipo


de onda e intensidade não interferem em sua polaridade (+ ou -). Sendo assim, a
corrente contínua percorre o caminho no sentido positivo para o negativo de forma
convencional, fornecendo corrente elétrica para baterias e pilhas, por exemplo.

É comum que a corrente alternada seja transformada em contínua, afinal, é


assim que ela chega diretamente das linhas de distribuição de rede elétrica. Nesse
caso, uma corrente alternada pode se tornar uma corrente contínua com o auxílio de
transistores, fontes e diodos.

Uma corrente contínua pode ser aplicada em circuitos de baixa tensão, assim
como os eletroeletrônicos. Baterias e pilhas também são conhecidas por utilizar a
corrente contínua. Além disso, ela também é popular na geração de energia solar
fotovoltaica.

1.2. CORRENTE ALTERNADA (CA)

A corrente alternada (CA ou AC – do inglês alternating current) é uma corrente


elétrica caracterizada por sua intensidade e direção que variam periodicamente – ao
contrário da corrente contínua –, sendo capaz de ser transportada por longas
distâncias, portanto, sendo a mais utilizada em grandes potências.

A corrente alternada é utilizada para transmissões de energia elétrica a longas


distâncias por conta da facilidade de alteração de sua tensão por meio de
transformadores, além de ter perdas muito menores em relação à corrente contínua,
sendo uma forma de transmissão de energia mais eficiente e o tipo de corrente elétrica
que chega às residências.

Se você deseja reconhecer a corrente como alternada, é possível observar por


meio dos elétrons que se movimentam, alterando seu sentido em até 120 vezes por
segundo. Essa variante, portanto, é ideal para que exista uma linha de transmissão de
fluxo alternado nos transformadores, permitindo que a eletricidade percorra uma
distância maior a partir de sua variação.

Correntes alternadas podem ser encontradas em linhas de transmissão,


circuitos de alta tensão, geradores e inversores de corrente, além de serem usadas
no transporte de energia elétrica desde as usinas de produção até os centros de
distribuição e, então, até a sua residência.

1.3. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA


1.3.1. Aplicações da corrente contínua

A corrente contínua é amplamente utilizada em uma variedade de aplicações,


especialmente em dispositivos eletrônicos que requerem uma fonte de energia
estável. Aqui estão algumas das principais aplicações da corrente contínua:

• Eletrônica portátil: Dispositivos como smartphones, laptops e tablets são

alimentados por baterias de corrente contínua. A corrente contínua é ideal para


esses dispositivos, pois fornece energia constante e pode ser facilmente
armazenada em baterias recarregáveis.

• Eletrônica automotiva: Os veículos elétricos utilizam baterias de corrente contínua

como fonte de energia. A corrente contínua é convertida em corrente alternada


usando um inversor para alimentar o motor elétrico.

• Energia solar: Os painéis solares geram corrente contínua a partir da luz solar.

Essa corrente contínua é convertida em corrente alternada usando um inversor


antes de ser usada na rede elétrica ou em sistemas autônomos.

• Sistemas de armazenamento de energia: A corrente contínua é usada em

sistemas de armazenamento de energia, como baterias e supercapacitores.


Esses sistemas armazenam energia elétrica durante os períodos de baixa
demanda e a liberam quando a demanda é alta.

1.3.2. Aplicações da corrente alternada

A corrente alternada é amplamente utilizada em sistemas de transmissão de energia,


bem como em muitas outras aplicações. Aqui estão algumas das principais aplicações
da corrente alternada:

• Redes elétricas: A corrente alternada é a forma predominante de energia

fornecida pelas redes elétricas em todo o mundo. Ela é usada para fornecer
energia a residências, empresas e indústrias.

• Motores elétricos: A maioria dos motores elétricos, como os encontrados em

eletrodomésticos, máquinas industriais e veículos elétricos, funciona com


corrente alternada. A corrente alternada é convertida em corrente contínua
usando um retificador para alimentar motores de corrente contínua.

2. TENSÃO ELÉTRICA

Tensão elétrica é a grandeza física que mede a diferença de potencial elétrico


entre dois pontos, também chamada de ddp. É a força elétrica que provoca a
circulação de elétrons, fazendo com que essas cargas entrem em movimento.

Quando entre dois corpos ou entre dois pontos, existe uma diferença de
quantidade de cargas, dizemos que há uma diferença de potencial elétrico (ddp) ou
uma tensão elétrica. Esse movimento pode ocorrer de forma oscilatória, corrente
alternada (CA), ou de forma direta, corrente contínua (CC).

O instrumento utilizado para medir a tensão elétrica é o voltímetro e no Sistema


Internacional (SI) a unidade de medida é o volt (V). É comum as pessoas se referirem
a essa grandeza como voltagem, devido ao seu descobridor, o físico italiano
Alessandro Volta (1745-1827), mas o termo correto é tensão elétrica.

2.1. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA

2.1.1. Tipos de tensão

Os tipos de tensão elétrica se referem aos tipos de circuitos elétricos que


funcionam em uma linha de transmissão. Em outras palavras, a tensão depende do
tipo de rede. Podemos dizer que uma rede de tensão com 30 kV é capaz de transportar
eletricidade ao longo de 30 km, embora esta não seja uma regra geral, mas sim uma
ideia aproximada.

Estas são as diferenças entre alta, média e baixa tensão e suas diferentes
redes e tensões elétricas

Alta tensão elétrica: para transporte

As linhas de alta tensão são aquelas acima de 36 kV (ou seja, 36.000 volts), de
acordo com a Norma Internacional da Comissão Eletrotécnica Internacional. Dentro
dessa categoria, existem dois subtipos: o primeiro é de alta tensão com potência maior
que 66 kV e igual ou menor que 220 kV, e o segundo, maior que 36 kV e igual ou
menor que 66 Kv.

As instalações elétricas de alta tensão são utilizadas para transportar


eletricidade em longas distâncias, partindo dos centros de geração (instalações
eólicas, hidrelétricas, solares, etc.) para as subestações transformadoras.

Este tipo de tensão permite o transporte de eletricidade sem o risco de que os


cabos condutores se superaqueçam ou de que haja a influência de fenômenos
eletromagnéticos. Além disso, por razões de segurança, todas as torres ou cabos são
instalados debaixo da terra e colocados fora das áreas urbanas para evitar acidentes.

Média tensão elétrica: para distribuição

As linhas de média tensão são redes com uma tensão entre 1 e 35 kV (1.000 e
35.000 volts), de acordo com a Norma Internacional da Comissão Eletrotécnica
Internacional. São geradas em subestações elétricas, onde a eletricidade é
transformada de alta tensão para média tensão.

As instalações elétricas de média tensão permitem o transporte de eletricidade


das subestações para as estações transformadoras, que fornecem energia para as
localidades. Também é utilizada para abastecer grandes consumidores de eletricidade
como indústrias, aeroportos ou até mesmo hospitais.

Essas linhas podem ser aéreas ou subterrâneas e, por razões de segurança,


devem atender a uma série de requisitos.

Baixa tensão elétrica: para consumo

Para poder consumir eletricidade em nossas casas, precisamos de linhas de


baixa tensão, que é a tensão utilizada pela maioria dos aparelhos elétricos. Essa
tensão não é a mesma em todo o mundo: enquanto na Europa está em torno de 230
V, na maior parte dos Estados Unidos ela varia entre 100 e 127 V, por exemplo.

Nas estações transformadoras, a média tensão é convertida em baixa tensão.


Normalmente, essas instalações estão localizadas perto dos pontos de consumo e de
lá são distribuídas para todas as casas, comércios, empresas ou lugares que a
necessitem.
As linhas de baixa tensão são utilizadas na maioria dos aparelhos elétricos, pois
são menos perigosas e, além disso, contam com instalações protegidas por
disjuntores e interruptores diferenciais colocados nos pontos de consumo.

3.PONTÊNCIA ELÉTRICA

Potência elétrica é uma medida ou grandeza que se define como a quantia de


trabalho elétrico que uma carga realiza em determinado período. Trata-se da
quantidade de energia consumida pelos maquinários durante o expediente de
trabalho, por exemplo. Simplificando, é o modo de quantificar a conversão da
eletricidade em fonte de energia.

A potência elétrica depende da quantidade de eletricidade fornecida, por


segundo, a um circuito elétrico — ou da quantia específica que ele consegue converter
em outras modalidades de energia. Portanto, engloba a conversão da energia elétrica
em uma força capaz de aquecer os ambientes, promover o funcionamento de
resistências elétricas e o desenvolvimento de vários processos empresariais.
3.1. QUAIS SÃO OS TIPOS DE POTÊNCIA ELÉTRICA QUE EXISTEM? A tensão e
a corrente elétrica agem de formas distintas em circuitos de corrente contínua (CC)
ou corrente alternada (CA). Desse modo, pode-se dizer que há 3 tipos de potência
elétrica: aparente, reativa e ativa.

Potência ativa

Esse é o tipo que executa trabalho útil na carga, cuja unidade de medida é o
W. Em outras palavras, a potência ativa é o que as empresas pagam pelo uso às
concessionárias de energia elétrica em sua fatura mensal.

Potência reativa

Trata-se de uma parte da potência que é aplicada em cargas indutivas e


capacitivas. É diferente da ativa, pois não efetua um trabalho efetivo, e é medida pela
unidade Volt Ampère reativo (VAr).

Ela é consumida por motores de indução, para a geração de campo


eletromagnético, e pode resultar na cobrança de multas aos consumidores.
Potência aparente

Significa a potência total que determinada fonte pode fornecer aos usuários.
Em resumo, é a soma da potência ativa, mais a potência reativa medida em Vol
Ampère ou VA.

É a capacidade de entrega das fontes provenientes da concessionária de


energia elétrica.

3.2. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA

O conceito está presente no cotidiano das indústrias, no funcionamento dos


maquinários, nas instalações das estruturas físicas e na utilização de painéis elétricos
para ganhar sustentabilidade, entre outras atividades. Dois exemplos:

Produção de calor

Os profissionais da área elétrica estudam a potência em resistores, receptores,


geradores e resistências elétricas, que são elementos essenciais nos circuitos que
geram e consomem energia para produzir calor.

Portanto, a eletricidade é fundamental para a realização de diversos


processos nas indústrias.

Funcionamento das máquinas


A determinação da potência é crucial para produzir iluminação adequada e
também para a regulação da temperatura dos ambientes.

A eletricidade promove o funcionamento de todas os equipamentos industriais,


que têm funções diferenciadas dentro das fábricas.

Se não for fornecida energia suficiente, as máquinas não vão funcionar


adequadamente — e há o risco de a linha de produção parar.

4. FREQUÊNCIA ELÉTRICA

É uma grandeza capaz de medir em um determinado período de tempo, o


número de ocorrências de um evento. Esse evento se repete na linha do tempo,
podendo ser oscilações, voltas, ciclos, grandeza e etc. O número dessas repetições
denominamos frequência.

Outra grandeza importante quando tratamos de frequência, é o período, que


nada mais é do que o tempo em que se repete um ciclo completo de repetições. A
relação matemática da frequência em relação ao período se dá através da seguinte
verdade, a frequência é o inverso do período.

A frequência elétrica é uma grandeza dada em Hertz (Hz), em homenagem ao


físico alemão Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894). Ela corresponde ao número de
oscilações, ondas ou ciclos por segundo que ocorre na corrente elétrica alternada.

Essa oscilação da corrente é medida no período de um segundo, sendo assim,


quando dizemos que estamos em uma rede de 60Hz estamos dizendo que o valor de
pico da rede varia entre pico positivo á pico negativo 60 vezes em um segundo.

Se temos uma tensão de pico de 127V em uma frequência de 60Hz


entendemos que no período de um segundo, a tensão oscilou de 127V a -127V,
sessenta vezes.

4.1. APLICAÇÃO NA INDÚSTRIA

A frequência da rede elétrica está diretamente ligada à velocidade de rotação


dos geradores, denominamos essa velocidade de velocidade angular das bobinas do
rotor. Geralmente as oscilações de frequência fora da faixa determinada estão ligadas
a severas faltas no corpo principal do sistema de transmissão, elas podem causar
grandes blocos de carga sendo desligados (um bairro inteiro, por exemplo) ou queda
de geradores de alguma usina, causando grande impacto no sistema de geração,
transmissão e distribuição de energia.

5. RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Resistência Elétrica (R ou r) é a capacidade de um condutor se opor e dificultar


a passagem da corrente elétrica. Isto é conseguido por resistores que transformam a
energia elétrica em energia térmica.
Todo condutor também oferece resistência interna ao ser percorrido por uma
corrente.

No início do século 19, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854)


descobriu duas leis que determinam a resistência elétrica dos condutores. Essas leis,
em alguns casos, também valem para os semicondutores e os isolantes.

Primeira Lei de Ohm

A primeira lei de ohm diz que um condutor mantido a uma temperatura


constante terá uma intensidade de corrente elétrica (I) proporcional à diferença de
potencial (U).

Disto resulta a resistência elétrica também constante (R), ou seja, a corrente


elétrica é proporcional à diferença de potencial que está sendo aplicada.

Se a diferença de potencial elétrico (ddp) - o mesmo que voltagem - for baixa,


a tendência é que a corrente elétrica seja baixa também. Se a ddp for alta, a corrente
elétrica será alta.

E a Resistividade?

Resistência e Resistividade são coisas diferentes. A resistência está associada


ao corpo, enquanto a resistividade, se relaciona com o material de que é feito esse
corpo. Um fio de metal é um corpo (fio) feito do material cobre (metal).

Segunda Lei de Ohm

O físico alemão George Ohm encontrou a segunda lei de ohm. Segundo essa
lei, a resistência elétrica e a resistividade variam conforme o comprimento e a largura,
e também conforme o material dos condutores.

Por isso, é importante frisar que enquanto o corpo concorre para a resistência,
o material de que é feito esse corpo concorre para a resistividade.

Um corpo mais comprido (maior L) oferece maior resistência à corrente


elétrica, ao passo que um corpo menos comprido, menor resistência à corrente
elétrica.

Uma área maior da seção do fio (maior diâmetro do fio) oferece menor
resistência. Repare que A está no denominador e quanto maior seu valor, menor será
o resultado da divisão.
Resistores

Os resistores são dispositivos eletrônicos que, limitando a intensidade,


conseguem resistir à corrente elétrica. Assim, ela pode transformar energia elétrica
em energia térmica, fenômeno que recebe o nome de efeito joule.

Os resistores são colocados em aparelhos elétricos com a finalidade de


aumentar a resistência elétrica. É o caso dos chuveiros, em que a regulagem para frio
e quente nada mais é do que a ativação ou não da resistência.

Se pretendemos água fria, os resistores têm de trabalhar para limitar a sua


intensidade de calor, ou seja, sua energia térmica.

5.1. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA

Resistência elétrica tubular

Em formato de tubo, é amplamente utilizada para aquecer de pequenos a


grandes volumes de líquidos, gases e soluções. Essas resistências tubulares podem
trabalhar com temperaturas na casa dos 450 °C. Além disso, têm alta durabilidade,
resistência mecânica e podem ser moldadas com curvas ou outros formatos de acordo
com a necessidade do usuário.

Existem diversos tipos de resistência elétrica tubular:

• tubulares de imersão;

• fundida;

• helicoidais;

• sobre borda;

• vareta;

• microtubular;

• em “U”.
Resistência elétrica cartucho

Leva esse nome por seu formato ser parecido com um cartucho de arma de
fogo. Também é usada em fábricas para gerar calor.
Fabricada para ter aplicações de alto rendimento em áreas reduzidas, é
usualmente resistente a vibrações e impactos mecânicos, possuindo uma longa vida
útil. Na maior parte das vezes, é acoplada num estampo de metal que terá sua
temperatura aumentada e será utilizada para moldar ou prensar outro material.

Sua finalidade, geralmente, está ligada a máquinas de corte, soldas,


equipamentos de empacotamento, estampas, aquecimento direto ou localizado, entre
outros.

Resistência elétrica coleira

Com formato circular, esse tipo de resistência é empregado em máquinas


que necessitem ser aquecidas em tubos ou em formato cilíndrico, por
exemplo: • injetoras;
• extrusoras de plástico;
• tubulações;

• tambores, entre outros.

Resistência elétrica espiral

Parecida com a espiral de um caderno, trabalha sustentando a corrente elétrica


para evitar que picos aconteçam e danifiquem os circuitos, o que pode prejudicar o
funcionamento de equipamentos ou maquinários e até gerar acidentes.

Também é utilizada para dissipar calor (que é uma segunda funcionalidade para
esse tipo de resistência) em fornos domésticos, industriais e elétricos de baixa e alta
capacidade.

6. CAPACITÂNCIA

A capacitância é a capacidade de um componente ou circuito de captar e


armazenar energia sob a forma de uma carga elétrica.

Os capacitadores são dispositivos que armazenam energia e estão disponíveis


em vários tamanhos e formatos. São compostos por duas placas de material condutor
(normalmente um metal fino) entre um isolante de cerâmica, película, vidro ou outros
materiais, até mesmo ar.
O isolante é também conhecido como dielétrico e aumenta a capacidade de
carga de um capacitador. Os capacitadores são também conhecidos como
condensadores no setor automóvel, marítimo e da aviação.

As placas internas são ligadas a dois terminais externos, que por vezes são
longos e finos e se assemelham a pequenas antenas ou pernas metálicas. Estes
terminais podem ser ligados a um circuito.

Os capacitadores e as bateriam armazenam ambos energia. Enquanto as


baterias libertam energia gradualmente, os capacitadores descarregam-na
rapidamente.

Como funciona um capacitador?

Um capacitador capta energia (tensão) à medida que a corrente passa através


de um circuito elétrico. Ambas as placas têm cargas iguais e, à medida que a placa
positiva capta uma carga, uma carga igual passa para a placa negativa.

Quando o circuito é desligado, um capacitador retém a energia que captou,


embora normalmente ocorra uma ligeira perda.

A capacitância é expressa como a razão de carga elétrica em cada condutor


em relação à diferença de potencial (ou seja, tensão) entre ambas.

O valor da capacitância de um capacitador é medido em farads (F), unidades


que receberam o nome do físico inglês Michael Faraday (1791–1867).

Um farad é uma quantidade grande de capacitância. A maior parte dos


aparelhos elétricos domésticos inclui capacitadores que produzem apenas uma fração
de um farad, frequentemente um milésimo de um farad (ou microfarad, µF) ou algo tão
pequeno como um picofarad (um trilionésimo, pF).

Os supercapacitadores, por sua vez, podem armazenar cargas elétricas muito


grandes de milhares de farads.
6.1. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA

O capacitor é um componente vastamente encontrado nos mais diversos


circuitos eletrônicos, por sua versatilidade e eficiência. Entre as aplicações podemos
destacar:
• Circuitos retificadores

• Circuitos conversores

• Circuitos reversores

• Circuitos de armazenamento de energia

• Auxílio na partida de motores

• Proteção de circuitos contra as oscilações da rede

• Alimentação breve de circuitos

• Correção de fator de potência

Tipos de capacitores

A constituição de um capacitor é basicamente a mesma, são dois materiais


condutores separados por um material dielétrico. O que diferencia os modelos de
capacitores é justamente o material dielétrico, que também os nomeia.

Alguns tipos de capacitores são:

• Capacitor cerâmico: também chamado de capacitor cerâmico de disco,

pelo seu formato. O capacitor cerâmico não possui polaridade definida


em seus terminais e é usado geralmente em circuitos com altas
frequências.

• Capacitor poliéster: o material dielétrico deste capacitor é a película de


poliéster, a mylar. O capacitor poliéster não possui polaridade definida
para seus terminais e também é utilizado em circuitos com altas
frequências.
• Capacitor eletrolítico: geralmente cilíndricos, os capacitores eletrolíticos

são constituídos por folhas de alumínio separadas por óxido de alumínio


e embebidos por eletrólito líquido. Possui polaridade definida e quando
essa polaridade não é respeitada, o componente sofre danos em sua
estrutura.

7. INDUTÂNCIA
A passagem de corrente elétrica em um condutor retilíneo, por exemplo, o cabo
elétrico de sua residência, é capaz de produzir um campo magnético ao seu redor. Ao
utilizar um condutor de cobre no formato de espiras é possível determinar uma
grandeza física existente nos dispositivos denominados de indutores, tal grandeza
recebe o nome de indutância.

Tipos de indutores

Assim como os resistores e capacitores, os indutores podem ser definidos como


fixos ou variáveis. Os indutores fixos são fabricados em várias formatos e tamanhos,
em geral, o tamanho de um indutor é dependente do tipo de construção, especificação
da corrente e as características do núcleo utilizado.

Ao se utilizar o indutor com núcleo de ferrite, é possível aumentar a indutância


em comparação aos indutores do mesmo tamanho, porém, com núcleos produzidos
com outros materiais. Já os indutores variáveis, como o próprio nome diz, permitem
variar a sua indutância, ou seja, esses dispositivos possuem fendas nas extremidades
do núcleo, e ao serem giradas no sentido interno do núcleo, fazem com que haja
interação do núcleo ferromagnético, elevando assim, a intensidade do campo
magnético e o nível de indutância.

7.1. APLICAÇÕES NA INDUSTRIA

• Indutores de núcleo de ar: Aplicações de alta frequência;

• Indutores do tipo toroidal: Usado em linhas de transmissão para filtrar

transitórios e reduzir interferências eletromagnéticas, aplicados em


vários eletrodomésticos;

• Indutores tipo cilíndrico: Usado em linhas de transmissão de alta

corrente;

• Indutores tipo linha de retardo: Utilizado em receptores de televisão em

cores, para correção de diferenças de tempo entre os sinais de cor;

• Indutores do tipo cilíndrico de modo comum: Usado em filtros de linha

CA, e carregadores de baterias.

8. IMPEDÂNCIA
Impedância é a medida da capacidade de um circuito de resistir ao fluxo de
uma determinada corrente elétrica quando se aplica uma certa tensão elétrica em seus
terminais.

De forma simples, podemos dizer que a impedância elétrica é a maneira de


medir como a eletricidade "viaja" em cada elemento químico. Isso porque todo
elemento existente (da água ao ouro) possui uma impedância diferente, determinada
pelos átomos que o compõem.

As grandezas que fazem parte da impedância elétrica são:

Reatância

Ela é uma oposição contra a passagem de correntes elétricas. É como se fosse


uma resistência, no entanto, para atuar desta maneira, ela se vale das frequências
capacitiva e indutiva. Elas podem variar, dependendo da carga elétrica.

Reatâncias capacitivas e indutivas

Elas vêm dos elementos de capacitância e de indução dos circuitos elétricos,


respectivamente. Isso quer dizer que quando um elemento do circuito se opõe à
corrente elétrica, ao invés de seu efeito ser a criação de energia através de calor
(como ocorre nas resistências elétricas), a energia é gasta formando um campo
magnético (reatância indutiva) ou elétrico (reatância capacitiva).

Resistência elétrica
Acontece quando algum componente de circuito faz oposição à corrente
elétrica. E esta oposição, como mencionado acima, é gasta energia em forma de calor.
É o chamado Efeito Joule. A energia gasta para gerar o calor faz resistência.

É comum confundir impedância com resistência, até porque a resistência é um


dos fenômenos que causam a impedância, mas não é o único. A impedância pode ser
entendida então como, o acúmulo dos efeitos da reatância e da resistência em um
circuito, a carga de resistência total de algum circuito de correte alternada.

8.1. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA

A impedância é crucial em aplicações de alta frequência, como na transmissão


de sinais de rádio, áudio e nas fontes de alimentação de AC. Em sistemas de som,
por exemplo, a impedância dos alto-falantes e dos circuitos é essencial para a correta
distribuição de energia e qualidade sonora.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2 Corrente elétrica contínua e alternada: o que são e diferenças. Portal Solar.


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5 CYRINO, Luis. Entenda tudo sobre Corrente e Tensão Elétrica.Tractian,2023.


Disponível em: https://tractian.com/blog/corrente-e-tensao-eletrica . Acesso em 04 jul.
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https://www.iberdrola.com/quem-somos/nossa-atividade/smart-grids/diferenca-alta
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7 Você sabe o que é potência elétrica? Entenda aqui! Imcresistencias,2023.


Disponível em: https://www.imcresistencias.com.br/post/voce-sabe-o-que-e-potencia
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8 MATTEDE, Henrique. O que é frequência e como calcular? Mundo da elétrica


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9 O que é a capacitância? Fluke, 2024.Disponível em: https://www.fluke.com/pt
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, em%20v%C3%A1rios%20tamanhos%20e%20formatos. Acesso em 04 jul. 2024.
10 MATTEDE, Henrique. Capacitor – Funcionamento e aplicações! Mundo da
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11 ASTH, Rafael. Resistência elétrica. Toda Matéria,2024. Disponível em:


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13 Qual é a diferença entre impedância e resistência?Electricity,2021. Disponível


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