Resumo

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Aula 01- Autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica e de


neurodesenvolvimento que impacta a interação social, a comunicação e o comportamento
sensorial. Ele é classificado de forma abrangente no DSM-5, que define os níveis de gravidade
como leve, moderado e severo, indicando a necessidade de diferentes graus de apoio. A CID-10
complementa essa classificação, incluindo subtipos como autismo infantil, síndrome de Rett e
síndrome de Asperger.

O diagnóstico do TEA requer uma avaliação neuropediátrica realizada por uma equipe
multidisciplinar. Ferramentas como a escala M-CHAT ajudam a identificar sinais precoces,
avaliando comportamentos como interesse por crianças, habilidades de faz-de-conta e
sensibilidade a estímulos. É comum que alterações sensoriais sejam percebidas antes mesmo do
ingresso da criança na escola, tornando o diagnóstico precoce essencial.

As dificuldades no processamento sensorial são características do TEA e incluem


hiporresponsividade, quando há baixa reação a estímulos, hiperresponsividade, com reações
exageradas a sons ou toques, e busca sensorial, onde há necessidade constante de estímulos
intensos. Esses fatores podem afetar a interação social, a atenção e as habilidades motoras,
dificultando a percepção e a organização das sensações do ambiente. A integração sensorial, que
é o processo de organizar estímulos externos e internos para gerar respostas adaptativas, muitas
vezes está comprometida no TEA, causando dificuldades motoras, posturais e de planejamento
de ações.

É importante compreender que os desafios enfrentados por indivíduos com TEA não são
resultado de má educação ou de birras, mas de alterações no modo como o cérebro processa os
estímulos. Essas condições podem ser percebidas em atividades simples, como o uso dos dedos
para explorar texturas, ou na reação exagerada a luzes e sons. O papel das famílias e profissionais
é fundamental para oferecer suporte e promover intervenções adequadas.

O reconhecimento precoce do TEA e o encaminhamento para profissionais especializados são


cruciais para melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida das pessoas afetadas. Além
disso, é necessário criar um ambiente de compreensão e aceitação para que essas crianças e
adultos possam explorar todo o seu potencial.

Aula 02

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa que apresenta uma
enorme variedade de manifestações, tanto no comportamento quanto nas habilidades de
interação e comunicação. Ele não segue um padrão único, mas é um espectro, o que
significa que cada pessoa com TEA possui suas particularidades. Cerca de 90% das
pessoas com TEA apresentam alterações sensoriais, 80% podem enfrentar distúrbios do
sono e até 70% convivem com transtornos mentais associados.

O diagnóstico do TEA considera déficits persistentes na comunicação social, incluindo


dificuldade em compartilhar interesses ou emoções, uso inadequado de gestos e
expressões faciais e problemas para entender ou manter relacionamentos. Além disso,
padrões restritos e repetitivos de comportamento são frequentes, como movimentos
estereotipados, insistência em rotinas rígidas, interesses intensos e reações incomuns a
estímulos sensoriais.
Esses sinais podem variar em gravidade. No nível mais leve, a pessoa pode ter
dificuldades notáveis sem apoio adicional. Já nos níveis moderado e severo, o impacto na
vida cotidiana é maior, exigindo apoio substancial ou muito substancial.

Outra característica importante do TEA é a questão do processamento sensorial. Algumas


pessoas podem ser extremamente sensíveis a sons, toques ou luzes, enquanto outras têm
pouca reação a estímulos que geralmente seriam notados, como dor ou mudanças de
temperatura. A seletividade alimentar, o hiperfoco em temas específicos e as dificuldades
motoras também são comuns. Esses aspectos influenciam a forma como o indivíduo
interage com o mundo ao seu redor.

No ambiente educacional, é essencial entender que cada aluno com TEA tem
necessidades únicas. Planos de atendimento e estratégias de ensino devem ser
individualizados. O uso de estímulos visuais, histórias, perguntas claras e diretas e
momentos de interação social guiada pode ajudar na comunicação e no desenvolvimento
da linguagem funcional.

Por fim, é importante lembrar que muitas pessoas com TEA chegam à idade adulta sem
um diagnóstico. Apesar de algumas dificuldades, como interação social e contato visual,
essas pessoas podem ser altamente funcionais, trabalhar, estudar e constituir famílias. No
entanto, é essencial oferecer suporte e compreensão, garantindo que possam viver de
forma plena e integrada à sociedade.

Aula 03

possibilidades. Um dos aspectos mais marcantes do Transtorno do Espectro Autista


(TEA) é a forma como as pessoas interpretam o mundo ao seu redor. Muitas vezes, há
uma interpretação literal das palavras e dificuldade com abstrações ou expressões
figuradas. Isso pode dificultar a comunicação, mas também abre uma porta para formas
únicas de ver e entender as coisas.

EeeA brincadeira, que parece algo tão natural para muitas crianças, também pode ser um
desafio para quem está no espectro. Muitas vezes, elas podem preferir rodar as rodinhas
de um carrinho a brincar com ele em pistas ou inventar histórias. Ensinar a usar os
brinquedos de maneira funcional, mostrando como brincar e simulando situações do dia
a dia, pode ser uma forma poderosa de estimular a criatividade e a socialização. A
interação, mesmo que guiada, é fundamental, pois essas crianças não preferem ficar
sozinhas – elas apenas não sabem como interagir espontaneamente.

Outro ponto importante é a afetividade. Apesar de algumas crianças com autismo não
demonstrarem emoções como o esperado, elas também sentem alegria, tristeza e amor.
Criar vínculos com respeito ao seu ritmo e interesses é essencial para fortalecer as trocas
afetivas.

O cotidiano de uma pessoa com TEA pode ser bastante influenciado pela necessidade de
rotina. Mudanças inesperadas podem gerar desconforto, e a previsibilidade ajuda a manter
a organização emocional. Por isso, avisar com antecedência sobre alterações na rotina e
manter uma estrutura clara são práticas que fazem a diferença.
Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, mexer as mãos ou repetir sons,
podem ser formas de auto regulação ou expressão de contentamento. Em vez de tentar
eliminá-los, é mais eficaz observar o que os desencadeia e redirecionar para atividades
funcionais quando necessário, sempre com empatia.

Também é importante desmistificar ideias equivocadas sobre o autismo. Não, vacinas não
causam autismo. Não, o autismo não é uma doença psicológica, mas sim uma condição
neurobiológica. E sim, com estimulação precoce e apoio, muitas pessoas com autismo
podem se tornar adultas independentes e autossuficientes.

O tratamento do autismo não tem como objetivo “curar” – até porque o autismo não é
uma doença –, mas sim potencializar as habilidades de cada pessoa, promovendo maior
funcionalidade e qualidade de vida. Abordagens multidisciplinares, como terapia
ocupacional, fonoaudiologia e intervenções comportamentais, desempenham um papel
essencial nesse processo.

O autismo é sobre diferenças, não sobre limitações absolutas. É sobre encontrar caminhos
para que cada pessoa possa expressar seu potencial de maneira única. E para isso,
compreensão, respeito e acolhimento são os primeiros passos.

Resumo realizado por:

Maria Amanda Rodrigues de Noronha – Ipaporanga

Ana Maria Camelo Campos- Ipaporanga

Elane Barros de Souza luiz- Ipaporanga

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