APOSTILA DISCIPULADO
APOSTILA DISCIPULADO
APOSTILA DISCIPULADO
DISCIPULADO
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Assuntos abordados
1. A Igreja
2. A Bíblia
3. Oração
4. Salvação
5. Pecado e Perdão
6. Santificação
7. Mordomia Cristã
8. Batismo e Santa Ceia
9. Batalha Espiritual
10. Dons e Ministérios
11. Vida Devocional Diária
12. Evangelismo
13. Admissão, Direitos e Deveres
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A IGREJA
OBJETIVOS:
▪ Explicar o que é Igreja, por que ela é necessária e por que frequentá-la.
▪ Comparar e classificar as diferentes formas de governo das Igrejas Evangélicas.
▪ Explicar o funcionamento da Igreja Batista Missionária Central de Petrolina
O QUE É A IGREJA?
A palavra Igreja, na Bíblia, tem dois sentidos. Por vezes, refere-se a todo o grupo de “salvos do
mundo”, isto é, pessoas que foram resgatadas do pecado e formam uma grande “Igreja invisível”,
espalhada sobre a terra. Outras vezes, refere-se ao grupo de crentes que se reúnem em uma casa ou num
templo e chamamos de “Igreja local”. Em ambos os casos a Igreja é comparada ao “Corpo de Cristo”, pois
todos os crentes fazem parte do mesmo “Corpo Espiritual de Cristo”, o qual dá testemunho dele ao
mundo. O trecho de I CO 12.12-27, explica esta importante doutrina e mostra que todos os membros são
necessários para que o Corpo cresça e se torne eficiente. O novo crente torna-se parte do Corpo no
momento que recebe a Cristo e passa a ter nele uma função que específica e complementar, servindo a
Jesus numa Igreja local.
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OFICIAIS DA IGREJA IBMC PETROLINA
Os que lideram a Igreja, dependendo da denominação, recebem vários títulos. Em nossa Igreja
tomamos como base o texto de Atos 6.1-6, quando se fez uma separação funcional entre os Apóstolos e
os Diáconos. Com base nisso, nossos Oficiais Eclesiásticos são:
a) Pastor - Responsável pela Igreja na área administrativa, jurídica e devocional. É o que cuida do
“rebanho” na área material e espiritual.
b) Evangelista ou missionário – Ministério que desenvolve o papel de abrir campos com a bandeira do
evangelho do nosso Senhor Jesus cristo e estabelecendo novas congregações em nossa denominação, ao
mesmo tempo em que exerce ação pastoral delegada pelo pastor da igreja.
c) Diácono - Auxiliar do Pastor nos assuntos temporais (ou materiais).
d) Auxiliar do corpo diaconal – Auxilia o diácono em todo o seu ministério e ao mesmo tempo estará
sendo observado por um determinado tempo para o seu futuro chamado ao ministério diaconal.
Em nossa Igreja ainda temos a figura do “Obreiro”, que é o líder de Departamento, Ministério ou
Grupo e, apesar de não ser considerado “oficial eclesiástico”, ele deve ser também respeitado e honrado.
Os Oficiais Eclesiásticos são ordenados ou consagrados e depois empossados.
QUESTIONÁRIO:
1. O que é Igreja?
2. Quais são os oficiais eclesiásticos?
3. Quais são os Departamentos, Ministérios e Comissões de nossa Igreja?
4. Por que devemos frequentar a Igreja?
5. É possível caminhar sozinho, sem a Igreja, e continuar firme?
6. Por que o Apóstolo Paulo compara a Igreja com um corpo humano (I Co 12)?
A BÍBLIA
OBJETIVOS
▪ Explicar o que é a Bíblia, sua importância na vida do crente e seu tema central.
▪ Apresentar uma visão panorâmica da Bíblia.
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▪ Enumerar e classificar as divisões da Bíblia.
O QUE É BÍBLIA
O nome “Bíblia” se acha escrito apenas na capa do Livro Sagrado. A palavra Bíblia tem sua origem no
grego “biblos” (língua em que foi escrito o Novo Testamento), sendo assim chamado o rolo de papiro
preparado para a escrita. Vários destes rolos agrupados seria uma “bíblia”, ou seja, a palavra BÍBLIA
significa “conjunto de livros”, ou simplesmente LIVROS.
A Bíblia foi escrita por cerca de 40 homens (II Pe 1.20-21), em épocas diferentes (ao longo de,
aproximadamente, 1900 anos), inspirados pelo Espírito Santo de Deus (II Tm 3.16 a) e toda a Bíblia, de
Gênesis ao Apocalipse, é coerente e tem como mensagem central a pessoa e obra de Jesus Cristo (Lc
24.44; Jo 5.39; At 3.18). O Antigo Testamento indica que Ele viria e como seria, e o Novo Testamento fala
da Sua volta e da pessoa Dele. Jesus era Deus encarnado em forma humana. Seu nascimento na terra é o
acontecimento central de toda história.
A Bíblia, durante o ministério terreno de Jesus, era composta dos Livros que hoje chamamos de Antigo
Testamento (39 Livros). No decorrer dos séculos a Igreja realizou Concílios (reuniões dos líderes da Igreja)
que reconheceram como Sagrados outros 27 Livros, totalizando os 66 Livros que dispomos em nossa
Bíblia. A Igreja Católica Apostólica Romana tem em seu Cânon alguns outros livros que não são
considerados como inspirados, (Livros apócrifos).
Na Bíblia encontramos tudo que necessitamos para nossa salvação e desenvolvimento da fé, para nossa
reconciliação com o Pai e para caminharmos com segurança pelos padrões estabelecidos por Ele. Nela
também encontramos as promessas de Deus para nós que firmamos uma aliança com Jesus Cristo.
A Bíblia chegou a nós pela tradução de João Ferreira de Almeida e, atualmente, as versões mais usadas
são a “Revista e Corrigida” e a “Revista e Atualizada”.
A simples leitura da Bíblia pode acalmar o coração agitado e também sensibilizar o coração endurecido e
embrutecido pelo pecado.
Jesus Cristo certa vez alertou: “Errais porque não conheceis as Escrituras, nem o poder de Deus.”
(Mt 22.29).
Todos os dias tomamos decisões. A decisão que você toma hoje trará conseqüências para o seu
amanhã. Conhecendo a Palavra de Deus e guardando seus mandamentos você poderá tomar as decisões
certas que trarão bons resultados para todas as áreas de sua vida. A Bíblia, por ser inspirada pelo próprio
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Deus, funciona como um “Manual do Fabricante” evitando que você erre e te conduzindo a uma vida de
vitórias, que é o plano de Deus para você.
Leia a Bíblia diariamente e, a cada dia, verifique o que deve ser corrigido em sua mente e coração.
Você perceberá erros e aprenderá a corrigi-los. Se cada dia você fizer isso estará mais parecido com nosso
padrão: Jesus Cristo.
▪ Se você nunca leu, comece pelos Evangelhos. Eles relatam a vida de Jesus e o propósito da Sua vinda.
▪ Leia diariamente também trechos do Livro de Salmos ou Provérbios. São leituras devocionais que
farão bem ao seu coração.
▪ Separe pelo menos 15 minutos do seu dia para ler a Bíblia.
▪ Não leia versículos isolados. A Bíblia, como um todo, é coerente e é perigoso ler e procurar interpretar
os versículos de forma isolada.
▪ Não deixe as dúvidas se acumularem. Anote-as, procure o Pastor e peça ajuda.
▪ Freqüente a Escola Bíblica Dominical. Esses encontros são fonte de aprendizado e crescimento.
▪ Ore sempre antes de começar a ler a Bíblia. Ela é o único Livro no mundo que o autor (Espírito Santo)
está sempre ao seu lado e lhe fornece a interpretação correta (Tg 1.5).
▪ Leia sempre e, a cada leitura, busque aprender mais. (Js 1.8)
A Bíblia ensina que há necessidade de termos momentos de íntima comunhão, a sós, com Deus e
com Sua Palavra. (Sl 119, 147 e 148; Sl 1.2; I Pe 2.2).
Há vários fatores que contribuem para que tenhamos um momento devocional proveitoso e que
irá refletir no restante do nosso dia:
1 - Tenha disciplina - O momento devocional deve ser feito numa hora em que você possa dar toda a sua
atenção ao Senhor. Escolha um horário e planeje seu momento devocional.
2 - Um bom local - Mc 1.35 – Onde você não seja interrompido e tenha liberdade para orar em voz alta ou
cantar, se quiser.
3 - Planejamento – Estude a Bíblia pelos parágrafos, capítulos, livros, etc. Leia uma passagem lentamente
e medite nela. Abaixo damos algumas perguntas que podem ser aplicadas às passagens estudadas:
a) Esta passagem fala a mim de algum pecado que devo abandonar?
b) Há nela alguma promessa que devo me apropriar?
c) Há nela exemplo que devo seguir?
d) Que advertência devo considerar?
e) O que ela me ensina acerca do Pai, Filho e do Espírito Santo?
OBSERVAÇÕES:
1- Anotações em rodapé ou em cadernetas são importantes e ajudam na memorização e no melhor
conhecimento da Palavra.
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2- Existem “Bíblias de Estudo” que oferecem informações adicionais e comentários teológicos. Apesar de
ajudarem na compreensão não fazem parte do texto sagrado.
DIVISÃO DA BÍBLIA
Profetas Menores –
(Oséias – Naum - Joel – Habacuque – Amós - Sofonias – Obadias – Ageu - Jonas – Zacarias – Miqueias –
Malaquias)
NOVO TESTAMENTO
Evangelhos – Contam a história do nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
(Mateus – Marcos – Lucas – João)
Epístolas Pastorais – Cartas escritas pelo Apóstolo Paulo aos líderes de Igrejas.
(I e II Timóteo – Tito)
Revelação – Revela o final dos tempos numa visão que foi dada por Deus ao Apóstolo João.
(Apocalipse)
*** Livros Apócrifos – São em número de sete e são: TOBIAS, JUDITE, SABEDORIA DE SALOMÃO,
ECLESIÁSTICO, BARUQUE E I e II MACABEUS.
QUESTIONÁRIO:
1) O que é Bíblia e quantos livros a compõem?
2) Quais são os Evangelhos?
3) Qual a mensagem central da Bíblia?
4) Qual, em sua opinião, é a importância da Bíblia na vida do crente?
5) Você já tentou ler a bíblia toda? Se desistiu, por quê?
6) Qual a maior dificuldade que você tem ao ler a Bíblia? Como pode superá-la?
7) O que você espera que aconteça em sua vida ao ler a Bíblia?
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ORAÇÃO
OBJETIVOS
▪ Explicar a importância de ser constante e perseverante na oração.
▪ Enumerar os objetivos da oração.
▪ Ensinar a maneira de orar e como superar os obstáculos à oração eficaz.
INTRODUÇÃO
Falamos muito de oração, mas, na verdade, oramos menos do que deveríamos. Apenas um
pequeno número de pessoas separa 15 minutos diários para orar. Muitos reclamam de uma vida de
fracasso, mas não percebem que é impossível ter sucesso sem saber a opinião de Deus sobre nossos
assuntos e isso descobrimos pela oração.
A oração é um fator básico para termos uma vida cristã abundante. Se ela não for constante na vida do
crente, ele não poderá crescer no seu relacionamento com Cristo de modo significativo. Ela é uma das
formas de comunicação do crente com Deus. Isto significa que quando oramos mostramos nossa
disposição de nos relacionarmos com Ele. Falamos com Ele pela oração e Ele fala conosco pela sua
Palavra, pelas pregações, em sonhos e visões, com voz audível e de diversas outras formas pelo Seu
Espírito.
OBJETIVOS DA ORAÇÃO
A Palavra de Deus nos revela inúmeras finalidades da oração, das quais destacamos algumas:
1- A oração satisfaz os mais profundos anseios da alma humana podendo resolver o problema da solidão
interior e da inquietude do coração humano. (Sl 4.1-2; 63.1, 5-8)
2- A oração é um meio que Deus nos proporciona para eliminarmos os problemas e as preocupações
aliviando nossa alma da ansiedade e angústia, colocando nossos problemas nas mãos de Deus. (Fp 4.6-7;
I Pe 5.7)
3- A oração é o meio pelo qual falamos diretamente a Deus de nossas necessidades e interesses. Deus nos
concedeu o direito de termos acesso diretamente a Ele por meio de Jesus. (Jo 16.23-27; Hb 4.16; I Jo
5.14).
4- A oração nos fortalece e nos ajuda a ter vitória na luta contra a tentação e o pecado. (Mt 6.13; Mt
26.41; II Ts 3.1-3; Hb 2.17-18).
TIPOS DE ORAÇÃO
A oração conhecida como “Pai Nosso” é um “modelo” de uma Oração Devocional. Ela contém cinco
elementos importantes para nosso relacionamento diário com Deus. Temos também nela exemplos de
alguns “tipos de oração” que, muito frequentemente, encontramos na Bíblia e refletem os diferentes
momentos que passamos e as dificuldades que enfrentamos. Podemos identificar alguns “tipos” pelos
textos abaixo.
* Petição: Sl 142; Fp 4.6; Jo 16.24.
* Intercessão: Lc 22.31-32; Cl 4.12; I Tm 2.1-4.
* Confissão: I Jo 1.9-10; 2.12-13; Sl 32; Pv 28.13.
* Gratidão: I Ts 5.18; Fp 4.6; Ef 5.18-21.
* Adoração: Sl 146; 148; 150
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de olhos fechados, de joelhos, de pé ou com os olhos abertos. Os textos selecionados nos falam sobre a
atenção de Deus às orações do seu povo.
(II Cr 7.12-14 - I Jo 3.21-23 - I Jo 5.14-15).
A Bondade de Deus é fascinante. Deus, conhecendo nossas necessidades e nossa limitada compreensão,
providencia mais do que pedimos ou pensamos, nos cobrindo de bênçãos que sabemos não merecer e
renovando sobre nós as suas misericórdias a cada dia. (Ef 3.20; Mt 6.8; Lm 3.16).
1- Qual o valor da oração no nosso dia a dia? (Mt 13.18 - Lc 22.40 - Lc 9. 29).
2- Você já teve uma oração não respondida? Por qual razão você crê Deus não te respondeu?
3- Você pode dar algum testemunho de vitória pela oração?
4- O que é oração?
5- Jesus ensinou como orar?
2- Jesus precisava orar?
3- Qual o papel do Espirito Santo na oração?
4- Quando devemos orar?
SALVAÇÃO
OBJETIVOS:
▪ Explicar o que é salvação e como podemos recebê-la.
▪ Mostrar o destino do homem depois da morte física.
▪ Mostrar que a salvação não pode ser retirada do crente.
INTRODUÇÃO
Ser salvo de quê? Esta é uma pergunta muito importante e que merece ser analisada com muita atenção.
Saber de quê, de quem e de onde somos salvos será abordado nesta lição. A salvação é um presente de
Deus que não é perdido jamais e, para recebê-la, é necessário apenas abrir o coração para Jesus Cristo.
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Para que você entenda bem, a nossa história começa ainda no Jardim do Éden, quando satanás
induziu o homem ao pecado, criando um abismo que o separou de Deus.
Através dos séculos Deus procurou mostrar ao homem o caminho da reconciliação e, de forma
decisiva, enviou Jesus para morrer em lugar de cada um de nós, pagando o preço dos nossos erros e
retirando de sobre nós o peso do pecado e da maldição.
Se não fosse o sacrifício de Jesus na cruz estaríamos condenados à morte eterna, que é a
separação definitiva de Deus aqui na terra e por toda a eternidade.
Aquele que recebe à Cristo como seu Senhor e Salvador tem a vida eterna (I Jo 5.11), sendo
reaproximado de Deus agora (no presente) e para sempre, sendo livre do afastamento eterno de Deus,
que é o inferno. Somente através de Cristo obtemos a salvação, pois, pelo seu sacrifício na cruz do
calvário, podemos nós, pecadores, voltarmos à comunhão com nosso Criador.
Esta salvação é mediante a graça de Deus (favor imerecido), pois por mais que façamos boas obras
não alcançaremos a justificação e a salvação. A Bíblia nos ensina que não é por meio de obras que
seremos salvos. (“para que ninguém se glorie” - Ef 2.8-9)
Como é maravilhoso sabermos que, através do sacrifício de Cristo, hoje somos filhos e não apenas
criaturas de Deus e pelo sangue de Jesus temos os nossos pecados perdoados, fomos justificados e somos
novas criaturas, recebendo a chance de uma nova vida.
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Deus, segundo Gn. 3.15, já estava preparando a redenção do homem. Haveria de vir outro
representante, sem pecado, sem mácula, vencedor, que esmagaria a cabeça da serpente e que viria
buscar e salvar o perdido. Esse é exatamente o perfil de Jesus Cristo!
Ele é o nosso “advogado de defesa” junto ao Pai (I Jo 1.7-9; I Jo 2.1); aquele que derramou seu
sangue voluntariamente por nós (Fp 2.5-8); o que veio para desfazer as obras do diabo (I Jo 3.8).
Jesus tem poder e autoridade para perdoar pecados, purificar nossas vidas e nos justificar (I Jo
1.9), bastando para isso que confessemos nossos pecados e recebamos o perdão de nossas transgressões.
O Apóstolo Paulo diz que é preciso que o nosso velho homem deixe de existir e uma nova criatura nasça
(Rm. 6.1-23). A partir desse momento não devemos mais viver como escravos do pecado, mas sim
oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável” a Deus (Rm 12.1-2). O pecado não deve
nos vencer, nós é que podemos e devemos vencê-lo através de Cristo. Deus nos dá força para resistirmos
ao pecado e vencermos as tentações quando estamos submissos e em comunhão com Seu Filho, Jesus
Cristo (Hb 2.17-18).
OS DOIS JULGAMENTOS
Todos passarão pela presença de Deus para serem julgados. Existem, porém, dois julgamentos
distintos, para pessoas diferentes.
Em I Co 3.12-15 encontramos o julgamento dos salvos, que serão galardoados. Esses tem “o
fundamento” e serão salvos, ainda que com poucas obras de proveito.
O outro julgamento será para aqueles que não aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e,
infelizmente, já estão condenados e receberão o juízo: “apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos.” Mt 25.41.
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QUESTIONÁRIO:
1- Você pode ter certeza se está ou não salvo?
2- O que é CÉU?
3- O que é INFERNO?
4- O que é LIVRE ARBÍTRIO?
5- Você acha que o “Livro da Vida” pode ser “apagado” ou “rasurado”?
6- É possível ser salvo com pecados? Como então podemos ser salvos?
7- Você tem certeza da sua salvação? (Responda para você mesmo)
PECADO; PERDÃO
OBJETIVOS:
▪ Explicar o que é pecado e as suas consequências.
▪ Explicar o que é perdão de Deus e suas consequências.
▪ Mostrar como obter e aproveitar o perdão e a misericórdia de Deus.
INTRODUÇÃO:
A definição mais conhecida de pecado é: ERRAR O ALVO. O pecado é, em geral, em relação a Deus,
quando tomamos ou assumimos um caminho ou conduta diferente do que Ele deseja para nossas vidas.
O pecado nos leva a uma atitude errada em relação a Deus e a Sua vontade e está presente na
natureza humana, que cede às tentações e nos leva a desagradar a Deus. (Rm 5.12; Rm 6.12-14; Rm 7.17-
20).
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Quando conhecemos a Palavra de Deus e estamos firmados nela, nossos sentidos ficam mais
atentos aos caminhos que estamos trilhando. Quando mantemos comunhão com Deus, o Espírito Santo
nos avisa das armadilhas do diabo. Não pense que você é forte ou que o inimigo não tentará derrubar
você. O próprio Senhor Jesus passou por momentos de tentação e resistiu nos mostrando que ninguém
está isento de ser tentado, mas que é possível vencer a tentação e não pecar. (Mt 4.1-11) Ele pode e quer
te ajudar nos momentos em que você estiver passando por dificuldades. (Hb 2.17-18).
Resistir ao maligno fazendo-o fugir da sua vida é possível (Tg 4.7). Para evitar o pecado é
necessário eliminar as fontes de tentações, fugir da “aparência do mal” e buscar a direção de Deus em
todos os caminhos. Depois disso, manter a sua mente ocupada com o que é bom, não deixando espaço
para a atuação do diabo. (Fp 4.8).
AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO
A primeira consequência do pecado é a vergonha. Aconteceu com Adão e Eva (Gn 3.8-10) e, ainda
hoje, nos sentimos envergonhados quando pecamos. A vergonha nos leva a uma inútil tentativa de fuga
e, a primeira reação, é a de buscar um isolamento das pessoas e da Igreja o que, consequentemente,
resulta em nosso afastamento de Jesus Cristo. Isso abre espaço para a atuação do diabo em nossas vidas
e, além da área que ele já alcançou, outras também serão atingidas, levando nossa vida a uma situação
pior a cada dia.
O Profeta Isaias diz que “os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus.” (Is 59.1-2).
Lembre-se que, por maior que você considere ser o seu pecado, ele não é maior ou mais forte que a
misericórdia de Deus. Se você caiu em tentação e pecou não deixe que isso cegue você a ponto de não
ver a misericórdia, o amor e o perdão de Deus. Não aceite uma posição de derrota e nem a acusação do
diabo. Jesus morreu por você para lhe garantir o perdão. Você pode ser perdoado por Deus agora, basta
pedir!
O PERDÃO
O Profeta Jeremias descreveu a misericórdia do Senhor como infinita, ela não tem fim, se renova a
cada manhã e é a causa de não sermos consumidos. (Lm 3.22). Isso quer dizer que a cada dia que começa
Deus dá uma nova chance de recomeço para você! Tiago nos lembra que a misericórdia triunfa sobre o
juízo (Tg 2.13) mostrando que Deus tem mais interesse em perdoar do que em castigar.
É muito complicado para nós entendermos o amor de Deus. Ele não só não nos deseja o mal como
também está sempre pronto a perdoar e esquecer o mal que fizemos e a tristeza que Ele sente quando
pecamos.
Seria impossível termos acesso á Deus devido a nossa condição de pecadores, mas Ele mesmo
resolveu este problema de separação enviando Jesus Cristo que, mesmo sendo o Filho de Deus, sofreu e
morreu em nosso lugar e por nossos pecados (Fp. 2.5-8 e Is 53.4-6).
Pela Lei Judaica o pecado, para ser perdoado, necessitava de um sacrifício. Um cordeiro ou outro
animal, conforme o tipo de pecado deveria ser morto. João Batista, ao ver Jesus disse: “eis o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O “Cordeiro de Deus” foi sacrificado e resgatou toda dívida
de pecado que estava sobre nós – Ele pagou o preço, de uma só vez, por toda a humanidade,
possibilitando a religação (“Religare” = Religião) do homem com Deus.
O sacrifício de Jesus na cruz foi tão eficiente que nos possibilita uma reaproximação com Deus (da criatura
com o criador) e nos lava e purifica de todos os pecados que venhamos a cometer (Cl 2.13-14) bastando,
para isso, que confessemos a Ele nossas faltas e peçamos Seu perdão. (I Jo 1.9). A cada vez que
confessamos nosso pecado ao Senhor, somos perdoados, lavados e purificados pelo sangue de Jesus.
RESULTADOS DO PERDÃO
É difícil explicar com palavras a sensação de ser perdoado por Deus. Imediatamente
experimentamos um alívio no coração (e muitas vezes no corpo físico) e paz na alma. (Sl 32.1-5) Ao
recebermos o perdão de Jesus Cristo no nosso coração somos restaurados e passamos a estar em Cristo,
assumindo este direito de sermos “Novas Criaturas”. (II Co 5.17) Ser uma “Nova Criatura” não isenta você
de ser tentado e de, infelizmente, pecar outra vez. Portanto o exercício diário de confissão de fraquezas e
pecados diante de Deus, em oração, sempre se faz necessário (II Co 10.5b).
Outra consequência do perdão de Deus é que ele é amplo, não fica só restrito a nossa vida, mas,
através de nós, é estendido a outros. Quando recebemos o perdão de Deus compreendemos a
importância do perdão e também perdoamos! O Senhor Jesus nos ensinou uma oração que diz: “perdoa
nossas ofensas assim como perdoamos aqueles que nos tem ofendido”. (Mt 6.12). Esse texto mostra que o
perdão que damos aos outros é do mesmo tipo e da mesma intensidade do perdão que queremos (e
vamos) receber de Deus.
Podemos resumir perdão como a troca de uma folha de papel, escrita e rasurada, por uma em
branco. Você estaria disposto a fazer isso com seu irmão (seu próximo) e lhe dar uma nova chance? Você
deixaria alguém que te machucou se aproximar mais uma vez? Deus faz isso com você!
QUESTIONÁRIO:
1- Defina, com suas palavras, o que é pecado.
2- Cite algumas maneiras com que o diabo nos leva a pecar e aponte como podemos evitá-los.
3- Defina perdão.
4- Você acredita realmente no perdão de Deus? Com base em que?
5- Você já se sentiu perdoado por Deus? Pode compartilhar sobre isso?
6- Você já perdoou alguém? É fácil? Por quê?
7- Dê sua opinião sobre a frase: “Perdôo, mas não esqueço”.
SANTIFICAÇÃO
OBJETIVOS:
▪ Explicar o processo de santificação.
▪ Apontar características do processo de santificação.
▪ Mostrar os obstáculos ao processo e como superá-los.
INTRODUÇÃO
A palavra SANTIFICAÇÃO refere-se ao processo que leva o crente a tornar-se uma pessoa mais
parecida com Cristo, que entende, aceita e cumpre os planos de Deus para sua vida. Este processo tem
inicio quando aceitamos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador e tem como alvo final na vida do
crente a formação da própria imagem do Pai em sua vida. (Mt. 5.48; Rm 3.21)
Se você pensar no céu entenderá a necessidade de santificação na vida do crente. Todos os seres que
habitam os lugares celestiais, e, portanto estão próximos de Deus, devem ser santos, como o próprio
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Deus é santo (Lv 11.44). Esta santificação (santidade) vai sendo implantada pela ação do Espirito Santo e
pelo poder da Palavra de Deus (Gl 5.22,23) quando a pessoa da liberdade para que isso aconteça em sua
vida.
A palavra SANTIFICAÇÃO aparece na Bíblia como sinônimo dos seguintes aspectos: Separação, Dedicação,
Purificação e Consagração. O processo de santificação começa na decisão de ser separado, numa
dedicação ao serviço de Deus, na disposição de ser purificado pelo sangue de Jesus e na determinação de
manter-se limpo do pecado e iniquidade. Vamos analisar os aspectos isoladamente:
A) Separação.
Santo é uma palavra que descreve a natureza divina e seu significado primordial é separação.
Santidade representa aquilo que está em Deus e que o torna separado de tudo quanto seja terreno e
humano, isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade.
Quando o Senhor deseja usar uma pessoa ou um objeto para seu serviço ela deve ser separada
para uso exclusivo de Deus e com isso torna-se “santa” ou “santificada”.
b) Dedicação
Santificação inclui tanto a separação quanto a dedicação a alguma coisa. Essa é a condição dos
crentes ao serem separados do pecado e do mundo, pois tomamos consciência de quem somos e o que
devemos fazer.
A palavra ‘santo’, quando usada no sentido de dedicação é referente a homens ou objetos e
expressa o pensamento de que esses são usados no serviço divino e dedicados a Deus no para serem de
Sua propriedade. Israel é uma nação santa, por ser dedicada ao serviço de Jeová, os levitas eram santos
por serem especialmente dedicados ao serviço do Tabernáculo, o “Sábado” e os “Dias de Festa” eram
santos porque representavam a dedicação ou consagração a Deus.
C) Purificação
Embora o sentimento primordial de santo seja separação para serviço, inclui também a idéia de
purificação. O caráter de Jeová age sobre tudo que lhe é consagrado, portanto, os homens consagrados a
Ele, participam de Sua natureza e gozam da Sua presença. Tudo que lhe é dedicado deve ser limpo, pois a
limpeza é uma condição para a santidade (mas não a própria santidade).
Quando Jeová escolhe e separa uma pessoa ou um objeto para o seu serviço, ele opera ou faz com
que seja possível o processo de santificação. Objetos inanimados foram consagrados pela unção com
azeite (Ex. 40.9-11). A nação de Israel foi santificada pelo sangue do sacrifício da aliança (Ex 24.8; Hb
10.29). Os sacerdotes consagrados, representantes de Jeová, Moisés os lavou com água, ungiu-os com
azeite e aspergiu-os com o sangue da consagração (Lv 8).
Como os sacrifícios do velho testamento eram tipos do sacrifício único de Cristo, assim as várias
abluções e unções do sistema mosaico são tipos da verdadeira santificação que alcançamos pela obra de
Jesus. Assim como Israel foi santificado pelo sangue da aliança, assim também Jesus “para santificar o
povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13.12) e pôde “nos perdoar de todo pecado e
purificar de toda injustiça” (I Jo 1.8-9), nos lavando e purificando de toda a injustiça.
D) Consagração.
O sentido de “consagração” é o de se viver diariamente uma vida de separação do pecado,
purificação das iniqüidades e dedicação ao Senhor.
Para isso é necessário o entendimento e a submissão ao Plano de Deus para nossas vidas e a
decisão de se manter nessa posição buscando a cada dia ser mais parecido com Jesus.
É UMA PRÁTICA PROGRESSIVA
Todos os cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo. É dessa separação que segue a nossa
responsabilidade de viver para Ele. Essa situação de “separados” deve continuar diariamente, pois o
crente deve esforçar-se sempre para estar conforme a imagem de Cristo.
“A santificação é obra da livre graça de Deus, pela qual o homem é renovado segundo a imagem de Deus,
capacitando–nos a morrer para o pecado e viver para a justiça”. Isso não quer dizer que vamos progredir
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até alcançar a santificação, mas sim, que progrediremos na santificação da qual já participamos. O sangue
de Jesus nos lavou e lava de todo o pecado e nos abriu as portas da salvação nos devolvendo o direito de
dizer não ao pecado.
C) A Palavra de Deus. (Santificação externa e prática – Jo 17.17; Ef 5.26; Jo 15.3; Sl 119.9; Tg 1.13-25).
Os cristãos são descritos como sendo “gerados pela Palavra de Deus” (I Pe 1.23). A Palavra de Deus nos
desperta para compreendermos a insensatez e impiedade de nossas vidas. Quando damos importância a
essa Palavra, nos arrependemos e cremos em Cristo, somos purificados.
Esse é o início do processo de purificação que deve continuar durante toda a vida do crente. No ato de
sua consagração ao ministério, o sacerdote israelita recebia um banho completo, que nunca se repetia.
Todos os dias, porém, era obrigado a lavar as mãos e os pés antes do ofício sacerdotal. Da mesma
maneira, o pecador regenerado foi lavado (Tt 3.5), mas precisa uma separação diária das impurezas e
imperfeições conforme lhes forem sendo reveladas pela Palavra de Deus, que serve como espelho para
nossa alma (Tg 1.22-25). Devemos lavar as mãos, isto é, nossos atos devem ser retos; devemos lavar os
pés, isto é, nos lavar das sujeiras que tão facilmente se apegam aos nossos pés na caminhada da vida.
A) Erradicação
Erradicação do pecado inato é uma dessas idéias. Se a erradicação da natureza humana pecaminosa se
consumasse, não haveria morte física, pois esta é o resultado dessa natureza (Rm 5.12-21). Pais, que
estivessem em pecado gerariam filhos sem a natureza pecaminosa.
B) Legalismo.
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É a observância de regras e regulamentos. Paulo ensina que a lei não pode santificar (Rm 6) e nem
justificar (Rm 3) o homem. O apóstolo nos alerta que pelo esforço humano o homem não conseguiria
chegar ao padrão que nos é colocado pela Bíblia. Somente através de uma intervenção Divina e de uma
entrega total ao Espirito de Deus, e não a regulamentos e leis, é possível caminhar no processo de
santificação.
C) Ascetismo
É a tentativa de subjugar a carne e alcançar a santidade por meio de privações e sofrimentos. O
método, que outras religiões (hindus ascéticos) e alguns seguimentos da igreja adotam é baseado na
antiga crença pagã de que toda matéria, incluindo o corpo, é má sendo, portanto, uma trava ao espírito
(que na essência seria bom). Isto é contrário às Escrituras, pois elas nos ensinam que tudo o que Deus
criou é bom. Ao contrário desta afirmação, é a alma e não o corpo que peca; portanto, são os impulsos
pecaminosos que devem ser subjugados, e não a carne material sacrificada. O Ascetismo é uma tentativa
de culpar a carne por não deixar o Espírito de Deus de trabalhar na alma e no espírito do homem.
O CAMINHO DA SANTIFICAÇÃO
1- Decida permanecer puro – Uma vez tomada a decisão de se separar do pecado não mude de idéia.
Temos a idéia errada de que alguns pequenos pecados não fazem diferença. Pecado, de qualquer espécie,
atrapalha sua comunhão com Deus, trava o processo de santificação e o aprofundamento do seu
relacionamento com Deus.
2- Guarde os seus pensamentos – Tome a decisão de não se entreter com pensamentos impuros.
Rejeite-os e substitua-os por louvores, ações de graça e canções.
3- Fuja de toda tentação – Siga o exemplo de José do Egito que fugiu da tentação. Mude o caminho,
evite situações embaraçosas, prefira estar na Casa de Deus e no meio do Seu povo a estar à mercê do
mundo e de seus prazeres.
RESULTADOS DA SANTIFICAÇÃO
A Bíblia nos fala do “Fruto do Espírito” (Gl 5.22). Essa expressão é interessante porque nos mostra
que esse fruto é a conseqüência de um processo (da semente – ao fruto) e que é produzido por Deus (do
Espírito). Se essas qualidades refletem e só aparecem na vida de alguém que decidiu se santificar para
Deus é patente o valor desse fruto na manutenção da condição de santificação. Lembramos mais uma vez
que a santificação é um processo e todos os “gomos” do fruto são necessários e desejáveis na nossa vida
cristã.
QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO
1- Cite cinco manifestações das Obras da Carne? (Gálatas 5.19-21)
2- Quantos e quais são os Frutos do Espírito? (Gálatas 5.22)
3- Qual o texto que nos garante a certeza de perdão dos nossos pecados?
( ) I Jo 1.9 ( ) I Co 13.6 ( ) Mt 3.16
4- Segundo Mateus 6.13, Deus pode nos ajudar a vencer as tentações ou só depende de esforço humano?
Como Ele pode nos ajudar?
5- Como você tem reagido para vencer as tentações?
6- Santificação que dizer SEPARAÇÃO (Levítico 19.1-18). Quais são maiores dificuldades que você enfrenta
para se separar das coisas do mundo e se santificar para Deus?
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MORDOMIA
OBJETIVOS:
▪ Explicar o que significa a palavra mordomia.
▪ Mostrar quais são as mordomia dadas por Deus a nós.
▪ Mostrar como fazer a utilização correta das mordomias recebidas.
INTRODUÇÃO
A palavra MORDOMIA é muito mal utilizada hoje em dia. Ela é sinônimo de gastança, boa vida,
facilidades duvidosas, regalias e até má gestão do dinheiro público por parte dos governantes e políticos.
Se estudarmos um pouco, veremos que o sentido correto dessa palavra é outro, pois, na verdade, ser
mordomo é ter o privilégio de administrar o que seu Senhor coloca aos seus cuidados.
Em relação a Deus, ser mordomo é administrar bem o tempo, os bens, o dinheiro além do nosso
potencial e dons que recebemos Dele. Desde o Jardim do Éden o homem foi criado para ser
administrador das obras de Deus (Gn. 2.19) e Ele, como dono de tudo, é quem estabelece as normas para
esse cuidado.
MORDOMIA DO DINHEIRO
Muito se fala em dízimos e ofertas e cabe até um estudo posterior e mais detalhado a
respeito disso, mas, para resumir, vemos na Bíblia que o dizimo existe por causa da necessidade de
manutenção da Casa de Deus (Igreja) e que, aqueles que são fieis dizimistas, tem a promessa de Deus que
o devorador será repreendido de suas casas (Ml 3.10). A Palavra de Deus nos alerta sobre o “Mundo
Espiritual” e, de maneira específica, sobre o “devorador”, uma espécie de espírito maligno que atua sobre
a vida financeira, destruindo bens e consumindo nossas fontes de sustento material. Quando entregamos
o dízimo ao Senhor demonstramos confiança em Deus não no dinheiro e Ele mesmo repreende o
“devorador” não permitindo seu acesso a nossa casa, despensa, bens e finanças.
Muitas pessoas reclamam de suas vidas financeiras. Falam que nada dá certo, não prosperam, que
as portas estão fechadas e que não sabem para onde vai o dinheiro que ganham. Pedem oração por
prosperidade e tentam reverter a situação “expulsando o demônio” de sua vida. Só que o devorador não
pode ser expulso pela sua oração e sim pela ordem de Deus ao ver a fidelidade do crente ao entregar seu
dízimo ao Senhor. A “brecha” pela qual ele entra e atua é a sua não confiança e a falta de fidelidade para
com Deus.
Também vemos pessoas que mesmo dizimando não conseguem ter uma vida financeira
equilibrada, vivendo em constate luta na área financeira, apesar de ganharem salários razoáveis. Será isso
possível? Um dizimista fiel pode não ter em sua casa prosperidade? O dizimo garante a você que o
“devorador será repreendido” e que “janelas dos céus serão abertas sobre sua vida”, mas, cabe a você
administrar bem, como bom mordomo, o que Deus coloca em sua mão.
Vivemos sob a influência de um sistema de propaganda onde o grande atrativo é comprar. O inimigo nos
leva a olhar em volta e cobiçar, desejar ter o que outros possuem e que muitas vezes não precisamos. Os
bancos e financeiras oferecem facilidades como: linhas de crédito, crediários, cheques especiais e cartões
de crédito e outros que levam muitas pessoas ao descontrole financeiro.
É preciso pedir a Deus sabedoria para administrar bem os recursos que Ele entrega em nossas mãos. Ser
um bom mordomo é, além de ser um dizimista fiel, cuidar bem de tudo que nos foi confiado por Deus.
MORDOMIA DO TEMPO
O principio da mordomia do tempo consiste em aprender com Deus a “contar os nossos dias” (Sl
90.12). Precisamos aprender a usar corretamente o nosso tempo, pois, na realidade, o tempo pertence a
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Deus e chegará o dia em que prestaremos conta de tudo que fizemos na terra, inclusive o tempo que
desperdiçamos aqui.
A Bíblia nos ensina (Ef 5.15) que devemos ter sabedoria para usar o tempo que Deus nos dá, andando
como sábios e não como néscios. Estamos vivendo numa época em que nossa mente tem sido
bombardeada com muitas informações, que chegam a nós com muita rapidez. O volume e a velocidade
dessas informações aumentam a cada dia, mas, apesar disso, parece que o dia fica mais curto e passa
cada vez mais rápido. Não devemos ser envolvidos e confundidos pela velocidade que o mundo impõe ou
pelos apelos da tecnologia moderna, pois nada pode se comparar ao tempo passado na presença do
Senhor.
Devemos administrar bem o nosso dia e separar tempo para aquilo que pode acrescentar a nossa vida.
Ler a Bíblia, orar, ir a Igreja, estudar para uma prova ou em um curso que melhore nossa condição
intelectual ou profissional são atividades que tem a aprovação de Deus.
Salomão nos ensina que “Tudo tem seu tempo” (Ec 3.1-11) e devemos aprender com Deus a
administrar nosso dia de maneira equilibrada. É preciso trabalhar, é bom estudar, é excelente namorar e
ter momentos de lazer, mas é importante lembrar que tudo o que temos ou fazemos é proporcionado a
nós por Ele e Dele não podemos nos esquecer.
Vemos pessoas que tem tempo para tudo, menos para Deus. Quem age assim devia ler o Salmo
127.1-3 e perceber que sem Deus de nada vale nossos esforços. No Livro de Eclesiastes o rei Salomão nos
fala que riquezas acumuladas, prazeres, conhecimentos adquiridos e muitos amores são comparados a
“correr atrás do vento”. Cuidado, você nunca conseguirá pegar o vento e corre o risco de viver uma vida
vazia e sem sentido.
MORDOMIA DO CORPO
Nosso corpo é “Santuário do Espírito Santo” (I Co 6.15 e 19) e devemos cuidar bem dele. Quando
falo em cuidar do corpo, penso também na alma e no espírito, pois somos formados por CORPO (a parte
física, a matéria, aquilo que vemos), ALMA (nossas emoções, sentimentos e nosso raciocínio) e ESPÍRITO
(a parte imortal que nos liga a Deus) e tudo isso deve ser bem cuidado.
Uma alimentação saudável e um pouco de exercício físico fará bem ao funcionamento do nosso
organismo. Algumas enfermidades que adquirimos se devem a não observação das regras e limites que
Deus colocou para o homem, quer seja em relação a alimentos, quer seja em relação a outras áreas da
sua vida.
Nossa mente também deve ser cuidada e cabe a nós não alojarmos os maus pensamentos que
geram em nós medos, ansiedades e desespero. O Apóstolo Paulo, em Fl 4.5-8, nos ensina que Deus
guarda nossa mente e coração, enchendo-nos de Sua paz. Cabe a nós, como bons mordomos, deixar
entrar em nossa mente apenas o que é bom: louvores, Palavra de Deus, cânticos, etc.
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Muitos de nossos problemas se devem a não observância desse princípio básico. Por não observarmos a
orientação de Deus permitimos a contaminação de nossa mente que trás também enfermidades para
nosso corpo físico, as chamadas doenças psicossomáticas, que começam na mente, afetam o corpo físico
e até nossa vida espiritual.
CONCLUSÃO
Ser um bom mordomo é ser um servo fiel. O mordomo é alguém que goza da confiança do seu
senhor e recebe autoridade para administrar seus bens. Deus nos colocou na posição de mordomos e,
como seus administradores, devemos cuidar da Sua criação, incluindo nossas próprias vidas. Devemos ter
uma postura equilibrada e, conhecendo o desejo do nosso Senhor, zelar pelo que Ele nos confiou: nosso
corpo, nossa mente, nosso dinheiro, nosso tempo, nossos talentos, etc. Tudo é DELE! Lembre-se o
mordomo cuida dos negócios do seu Senhor e não é dono de nada.
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO
1- O que é ser mordomo?
2- Qual a maior qualidade num mordomo?
3- O dizimo é uma questão de mordomia?
4- O que você faz no seu tempo mostra se você é um bom mordomo?
INTRODUÇÃO:
Neste Módulo abordaremos as duas ordenanças deixadas pelo Senhor Jesus à Sua Igreja, o
Batismo e a Santa Ceia. Este Módulo é fundamental para aqueles que desejam o batismo pois passarão
também a participar da Santa Ceia.
BATISMO
O Batismo marca o início da vida cristã. A Bíblia diz que “todo o que crê e for batizado será salvo”,
ressaltando a importância desse ato que é a “pública confissão” do senhorio de Jesus Cristo sobre a vida
do homem.
Só é necessário receber o batismo uma única vez. O significado do batismo é duplo e é feito, em
geral, de duas maneiras: A) imersão: significando a morte do velho homem e o renascer de uma nova
criatura. B) aspersão: o modo que adotamos em nossa Igreja e significa o derramamento do Espírito
Santo, o regenerador, sobre nossas vidas.
Através do Batismo somos incluídos no Corpo de Cristo e essa decisão deve ser madura e
consciente. Esse é o motivo pelo qual não batizamos crianças de colo ou as que ainda não consigam
discernir sua situação de pecadores.
Além desse reconhecimento de pecado, é preciso que o batizando creia na Bíblia como a Palavra
de Deus, saiba e reconheça a Trindade (Deus Pai; Jesus Cristo, o Filho e o Espírito Santo), entenda e aceite
o sacrifício de Jesus Cristo na cruz e confesse a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, firmando um
pacto de entrega total, de todas as áreas de sua vida, a Ele.
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A forma de Batismo (as mais comuns são: imersão ou aspersão) é o que menos importa, o que
realmente tem valor é o entendimento do que ele representa. Adotamos, em nossa Igreja, o modo mais
prático (imersão) baseados no Batismo do rio Jordão em (MT 3.13-17).
Apesar de batizar por imersão, aceitamos e reconhecemos os que chegam de outras Igrejas e
foram batizados por aspersão, se caso se sentirem batizado, repetindo que o mais importante é o
entendimento do significado e os frutos resultantes do trabalho do Espírito Santo na vida do crente.
EXEMPLOS:
a) Nossa Mente - Cl 3.1-2; Fp 4.8
Nossa mente deve se ocupar das coisas de Deus, todos os pensamentos que forem
mundanos ou pecaminosos devem ser rejeitados.
b) Nossos olhos - Sl 123.1-2
Os nossos olhos procuram os prazeres que o mundo oferece mas, a partir do momento que
houve uma mudança em nossa vida, devem voltar-se exclusivamente para o Senhor.
c) Nossa língua - Tg 3.8-12
A nossa boca deve ser para louvar ao Senhor e falar coisas que edifiquem outros. Não cabe
a nós usarmos uma linguagem suja, obscena, pecaminosa, murmuradora e maliciosa que antes usávamos.
Esta mudança deve estar presente em todo ser. Enfrentamos constantemente uma batalha pois
satanás deseja que voltemos aos nossos velhos hábitos. Se cooperarmos com o Espírito em nossa decisão
e vontade, Ele nos dá força para rejeitarmos o passado e permanecermos firmes.
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O batismo nos introduz no Corpo de Cristo na sua expressão local. Você precisa entender as
responsabilidades e compromissos que implicam em fazer parte deste Corpo e aceita-las antes de ser
batizado e, consequentemente, ser aceito como membro.
a) Estar em submissão à liderança. (Hb 13.17; Rm 13.1-2)
Deve estar em submissão aos pastores e líderes da Igreja.
b) Estar envolvido nas atividades da comunidade. (Ef 4.15-16)
Cada um é responsável de fazer a sua parte para que haja crescimento na Igreja. Todos devem ser ativos
na vida da Igreja, no evangelismo, oração, reuniões, programações, etc.
c) Prestar serviço prático à obra e aos irmãos. (Hb 13.16; I Pe 4.10; Gl 6.2-10; At 2.44-47)
Cada um deve ter disposição prática de ajudar aos outros e a obra, tanto em coisas naturais (construções,
consertos, apoio, etc.), como em coisas espirituais (aconselhamento, oração, estudos, visitas, etc.)
d) Estar em comunhão com os irmãos. (Cl 3.12-14)
Manter uma vida de amizade, fidelidade e amor aos irmãos, um verdadeiro relacionamento
espiritual de amor fraternal.
3 - Compromisso financeiro - Suprir financeiramente o Corpo de Cristo com dízimos e ofertas. (Ml 3.8-11;
Pv 3.9-10)
Ao obedecermos este mandamento, estamos honrando e adorando ao Senhor e também, de certa
forma, permitindo que Ele nos abençoar financeiramente. O sustento financeiro da Igreja cabe a todos os
membros que participam da congregação.
O dízimo é uma necessidade da Igreja e é preestabelecido por Deus como um referencial: 10% do
que eu recebo. O dízimo é, antes de tudo, canal de bênção. As ofertas são expontâneas e não há limites
para elas.
Salmos 92.13 diz que devemos estar plantados, compromissados com o Senhor e com sua casa,
para que possamos receber vida em Cristo: alimento espiritual, crescimento e frutificação, proteção e
cobertura contra o mal, segurança, amor, paz, cura, libertação e salvação.
SANTA CEIA
A Segunda ordenança é a Santa Ceia. Foi o próprio Senhor Jesus quem a instituiu como um memorial até
a sua volta (I Co 11.25-26).
Se o batismo indica que fomos incluídos no Corpo de Cristo, a Santa Ceia nos lembra e renova esta
condição. Participamos do Corpo e do Sangue de Cristo, representado pelo pão e vinho (fruto da videira),
mantendo comunhão com Ele e com nossos irmãos, que também representam o “Corpo de Cristo” na
terra, a Igreja.
Entendemos o significado dos elementos usados na Santa Ceia quando percebemos que o corpo
de Cristo foi maltratado e moído em nosso lugar (Is 53) assim como o trigo, que para ser usado na
fabricação do pão, teve de ser moído, e a uva que, para ser bebida, teve de ser amassada. Outra figura
disso podemos perceber olhando para o Antigo Testamento e lembrando que o cordeiro da páscoa teve
seu sangue passado nas vergas das portas das casas dos israelitas (Ex 12.5-7) garantindo assim o
livramento do “anjo destruidor” nós também, pelo sangue de Cristo derramado na cruz, somos livres da
morte eterna.
Os dois elementos usados são simbólicos e não cremos na transformação do pão em carne e do
vinho em sangue ao ingerirmos esses alimentos (transubstanciação).
Quanto a critérios para a participação na Santa Ceia, encontramos algumas recomendações do
Apóstolo Paulo em I Co 11.23-35:
1- “Examine-se o homem” – A Santa Ceia é um momento de auto-exame. Não é certo deixar de
participar da Santa Ceia os que se acharem em falta ou em pecado. O correto é, ao verificar algum erro,
confessar o pecado ao Senhor, pedindo perdão e se apropriando do sacrifício de Cristo por nós. A Bíblia
nos garante que, ao confessarmos os nossos pecados, recebemos imediatamente o perdão (I Jo 1.8-9),
tornando-nos aptos a participarmos da mesa do Senhor.
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2- Participar da Santa Ceia de maneira indigna traz maldição – O Apóstolo fala claramente que, por
participar de maneira indigna, existem muitos “fracos, doentes e não poucos os que dormem”. Assim
como a Santa Ceia traz bênçãos para os que reafirmam o seu compromisso com o Senhor e com o Seu
Corpo (Igreja) pode também trazer condenação.
3- A sequência (pão – vinho; Corpo – Sangue) tem sido respeitada ao longo dos séculos, porém a forma
da celebração pode variar desde que se mantenham o significado, a reverência e possibilite a comunhão
do Corpo de Cristo (Igreja) e do Corpo com o próprio Jesus Cristo.
4- A participação na Santa Ceia é também um momento de renovar o compromisso assumido por
ocasião do Batismo.
5- A participação na Santa Ceia, sem entendimento do seu significado, desvaloriza o sacrifício de Jesus
na cruz, trazendo de volta a maldição que foi quebrada.
6- A “Mesa do Senhor” não é de uma Igreja em particular, mas sim de todo o Corpo de Cristo espalhado
na face da terra.
QUESTIONÁRIO:
1. Qual o objetivo da Santa Ceia em Lucas 22.19?
2. Qual era o objetivo da Santa Ceia em I Co 10.16?
3. Que deve fazer o crente antes de participar da Santa Ceia? ( I Co 11.28)
4. Que acontece ao crente que participa indignamente da Santa Ceia? (I Co 11.27)
5. Quais as condições que Jesus coloca para os que querem ser batizados? (Lc 3.12-14)
6. O batismo é mesmo necessário? Porquê?
7. Participar da Santa Ceia traz bênção para os crentes? Porquê?
DONS E MINISTÉRIOS
OBJETIVOS:
▪ Mostrar que os dons existem, são bíblicos e devem ser usados na Igreja.
▪ Listar os dons e oferecer uma breve exposição sobre alguns deles.
▪ Explicar como proceder em relação aos dons.
INTRODUÇÃO
Este é, sem dúvida, o tema que mais divide a Igreja nos dias de hoje. Famílias, Igrejas e
Denominações se separam por transformarem os “presentes do Espírito Santo” em fonte de discórdia e
divisão.
Podemos resumir os Dons como sendo capacitações sobrenaturais do Espírito Santo aos crentes
para edificação do Corpo de Cristo e Ministérios como os serviços realizados na Igreja onde os dons são
usados como ferramentas indispensáveis.
2) MINISTÉRIO/ SERVIÇO (Rm 12.7) - É um dom aplicável e necessário que deveria estar presente, agindo
em paralelo, com os outros dons. Sendo um dom de “apoio” deve ser uma das ferramentas
indispensáveis ao ministério de diaconia (ajudar, servir, apoiar - Rm 16.6-13). Deve ser exercido com
dedicação.
3) ENSINO (Rm 12.7) - É um dom considerado “nobre” e exige responsabilidade (Tg 3.1) e dedicação. O
“mestre” deve transmitir informações com eficiência, didática, lógica e clareza (I Co 12.28). Este dom
deve estar presente na vida dos discípulos de Jesus pois faz parte da “grande comissão” (Mt 28.20) e é
fundamental para o ministério pastoral (I Tm 3.2; II Tm 2.24; Ef 4.11).
4) EXORTAÇÃO (Rm 12.8) - Diferente do que muitos pensam o “Paraklesis” tem como objetivo.
encorajamento, conforto e consolação. É estar ao lado, dando apoio ao irmão. A origem vem de
“parakletos”, nome dado ao Espírito Santo que tem a função de consolar e ser conselheiro. O que exerce
este dom tem um chamado para o aconselhamento espiritual transmitindo ânimo aos que passam por
tribulações e dificuldades (At 14.21-22). Deve ser exercido com dedicação.
5) LIBERALIDADE EM DAR (Rm 12.8; ICo 13.3) - Pessoas que, movidas pelo Espírito Santo, possuem
desprendimento de bens materiais ajudando, com diligência, a Igreja e a outros irmãos. Como exemplos
encontramos: a viúva pobre (Mc 12.44), Barnabé (At 4.32) e a Igreja da Macedônia que compartilhava o
pouco que possuía com outros (IICo 8.1-5). O ideal é que toda a Igreja colabore, mas alguns tem este Dom
em especial.
6) LIDERANÇA (Rm 12.8) - Os que possuem este Dom são capacitados para presidir e dirigir a Igreja. É um
Dom desejável nos superintendentes, diáconos, presbíteros, pastores e bispos e estes devem estar
atentos para se preservarem do orgulho e da tendência ao domínio (I Pe 5.3)
7) MISERICÓRDIA (Rm 12.8) - Como cristãos devemos ser misericordiosos e fazermos o bem (Mt 18.33; Gl
6.10). A alguns o Espírito Santo capacita com um alto grau de sensibilidade para perceber e ajudar à
outros quando sofrem. Deve ser exercido com alegria e pode caracterizar alguém com chamado diaconal.
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8) CELIBATO (I Co 7.7) - É a capacidade de permanecer sem casar, vivendo com pureza e em dedicação ao
serviço do Senhor. É uma vocação que não causa tristeza pois esses são assistidos e supridos pelo Espírito
Santo de suas necessidades.
9) PALAVRA DE SABEDORIA - É uma promessa do Senhor Jesus (Lc 12.11-15 e 21.12-15). Pode se
manifestar como uma capacidade de defender o evangelho (Estevão em At 6.9-10), para o
aconselhamento à irmãos e ainda por uma palavra prudente em questões difíceis (contendas e divisões
na Igreja). Manifesta-se não só por palavras, mas também pelo domínio próprio das atitudes.
10) PALAVRA DE CIÊNCIA (ICo 13.2) - É a habilidade dada pelo Espírito para o crente pesquisar,
sistematizar e ordenar os ensinamentos da Palavra de Deus ou outros úteis para o crescimento da Igreja.
O crente que tem este dom deve se dedicar ao ENSINO, preparando-se cada vez mais para aplicar e
transmitir com sabedoria o conhecimento adquirido (Ex. Paulo - II Pe 3.15,16)
11) PALAVRA DE CONHECIMENTO (ICo 12.8; 13.2) – É a revelação pelo Espírito Santo de algo oculto ou
desconhecido aos homens. O Espírito, que tudo conhece (por ser Deus) revela algo que, de maneira
natural, não poderia ser sabido por ninguém. Este DOM serve como sinal e, em geral, é confundido com
Profecia. Deve ser usados em conjunto com Palavra de Sabedoria.
12) FÉ (ICo 12.9) - Não é o que chamamos fé para “salvação”. É a capacidade do crente de ter a certeza
que suas orações estão sendo respondidas. Uma pessoa com esse Dom anima todas as outras em
situações difíceis, levando-as a perseverar. (Mc 11.24 - ele já fez! At 27.21-26 - Paulo declarando a
salvação)
13) DONS DE CURA (I Co 12.9-28) - É um Dom para ser usado na Igreja e está muito ligado a fé. Era muito
evidente na época apostólica e servia como sinal do poder de Deus. É interessante analisar que. 1- Paulo
não tentou curar Timóteo (I Tm 5.23) – Existem pessoas com esse Dom específico. 2- O próprio Paulo
tinha um “espinho”(II Co 12.7-9) 3- Existe uma relação íntima da cura com a mútua confissão de pecados
(I Tm 5.14-16) 4- Toda cura é obra divina mas não há mal em tomar remédios. (II Rs 20.7)
14) OPERAÇÃO DE MILAGRES (I Co 12.10-28) - A operação de milagres visa ressaltar e confirmar para a
Igreja o poder de Deus e Seu senhorio sobre tudo, incluindo as forças da natureza e a matéria. Milagres
são a concretização de tarefas impossíveis, realizações espirituais e curas (que podem ser consideradas
milagres). Na era apostólica os milagres credenciavam os apóstolos e a mensagem cristã. (At 14.3; IICo
12.12; Hb 2.4)
15) DISCERNIR ESPÍRITOS (ICo 12.10,28) - É um Dom ligado a proteção do rebanho pois o Espírito Santo
capacita o crente para perceber falsos mestres (I Jo 4.1-3) e detectar espíritos enganadores (Mt 7.15). É
um Dom útil ao ministério pastoral para detectar também comportamentos errados e falsos ensinos.(Gl
2.11-14)
16) VARIEDADE DE LÍNGUAS (I Co 12.10-28; I Co 13.2) - Também chamado de “glossolalia” é o Dom que
causa maior polêmica dentro da Igreja. Existem, segundo a Bíblia, “língua dos homens” (como a de At 2) e
“língua dos anjos” (I Co 13 e 14). É importante lembrar o ensino do Apóstolo Paulo a respeito da
variedade de línguas e seu uso: 1- Este é o menor dentre os dons. 2- Não é marca obrigatória da
habitação do Espírito Santo. 3- O que fala em línguas deve orar para interpretá-las a fim de edificar a
Igreja. 4- É um Dom que só edifica a própria pessoa. 5- Deve ser usado na Igreja como ensinado em I Co
14.
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17) INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (I Co 12.10, 28) - É o entendimento das línguas para comunicá-las a
Igreja, visando a edificação do Corpo de Cristo (I Co 14.5). É um Dom complementar e muito necessário
aos que possuem o Dom de línguas.
18) APÓSTOLOS (I Co 12.28; Ef 4.11) - Os Apóstolos foram homens chamados, comissionados e que
testemunharam a ressurreição de Jesus (Mc 3.13-19; Gl 1.1). São considerados os fundamentos da Igreja
Primitiva e estabeleceram a base do cristianismo pelas suas pregações, testemunhos e realização de
milagres.
O apóstolo de hoje é um crente que recebe de Deus uma visão geral do evangelho e é uma testemunha
do Senhor Jesus sendo responsável por lançar o alicerce de um novo trabalho como, por exemplo, um
Campo Missionário pioneiro.
19) SOCORRO (I Co 12.28) - A palavra no original grego tem o significado de “apanhar do outro lado”. O
Espírito Santo capacita pessoas a prestar auxílio, de forma prática, a quem carrega uma carga pesada. É
um Dom necessário aos diáconos (At 6.1-6) e aos dirigentes de Igreja.
20) GOVERNO (I Co 12.28) - É um Dom capaz de estabelecer uma rota segura e proveitosa, antevendo
problemas e pensando em soluções. Os líderes espirituais (Bispos, Supervisores e Pastores) necessitam
deste Dom para seus ministérios (I Tm 3.4, 12). Além de dar direcionamento ao trabalho o líder anima o
grupo e os “empurra” na direção certa.
21) EVANGELISTA (Ef 4.11) - O melhor exemplo que temos é o do Diácono Felipe (At 6; At 8.1-13, 26-29).
Capacitado e envolvido na proclamação do Reino, possui a qualidade de falar a indivíduos e multidões,
sendo responsável pelo crescimento quantitativo da Igreja. Resumindo, este dom é a capacidade dada
pelo Espirito Santo para testemunhar de maneira eficiente (At 11.20-21)
22) PASTORES (Ef 4.11) – Muitas vezes confundimos a “função” com o “ofício”. O Pastor, mais que alguém
que prega a Palavra de Deus, é o responsável pela condução do “rebanho”. Muitas vezes membros na
Igreja recebem o Dom de Pastoreio e se dedicam a ensinar, cuidar e ajudar os outros irmãos a caminhar.
São qualidades do Pastor, em relação do rebanho:
* alimentar (I Co3.2; Jo 10.9; Ez 34.23)
* guiar (Jo 10.3-4; Sl 23.3)
* proteger (Jo 10.11-15; At 20.28-29; Sl 23.4-5)
* restaurar ( Sl 23.3; Ez 34.4)
23) MESTRES (Ef 4.11) - A melhor tradução seria “Pastores que ensinam”. Nem sempre o Mestre é Pastor
um mas é ideal que o Pastor seja alguém com disposição e dedicado ao ensino. Podemos até dizer que o
ensino faz parte do ministério pastoral. É um Dom necessário para o crescimento qualitativo da Igreja e
cabe ao Pastor descobrir e treinar irmãos que o ajudem neste Ministério. É também uma das funções do
Presbíteros (At 6.4).
24) HOSPITALIDADE (I Pe 4.9-10; I Tt 1.8) - É a capacidade de abrir sua casa para receber, hospedar e
proteger servos de Deus sem murmuração e com liberalidade. Não é receber com luxo mas com amor
fazendo com que o hóspede se sinta bem e em comunhão com o Corpo de Cristo.
25) POBREZA VOLUNTÁRIA (I Co 13.3) - É renunciar a bens materiais, a ponto de pobreza, em função dos
mais necessitados. Hoje este dom não é tão comentado pois as riquezas se tornaram “sinais da Benção de
Deus” e, de maneira incoerente, se busca e valoriza o acúmulo de riquezas (mesmo da Igreja) ao invés de
se valorizar o dar e o dividir.
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26) MARTÍRIO (I Co 13.3) - É a disposição de sofrer e até morrer por Cristo. Outro Dom que não é muito
popular e desejado por parte dos crentes. Hoje se busca mais o conforto pessoal do que o sacrifício pela
causa do Mestre. Ainda bem que Jesus não pensou assim ...
27) MISSIÓNARIO (Ef 3.7-8) - É um “ministro conforme o dom da Graça de Deus”. Um Dom capaz de
suportar viver em meio a outras culturas, outros países, outras línguas num constante processo de
aprendizado e adaptação por amor as pessoas.
Tendo em vista que os dons servem para edificação do Corpo de Cristo, o Apóstolo Paulo classificou-os
por ordem de importância, priorizando o que mais edifica a Igreja. Encontramos esta “classificação” em I
Co 12.28:
Apóstolos, Profetas, Mestres, Operadores de milagres, Curar, Socorro, Governo, Variedade de línguas
1- Procurar os melhores dons (I Co 12.31) – Qual é afinal o melhor Dom? É aquele que, no momento,
mais colaborar para a edificação da Igreja. É nosso papel percebermos a necessidade da Igreja e nos
colocarmos a disposição de Deus como canal para suprir os irmãos.
2- Descobrir o Dom que já existe em nós (I Co 7.7) – Após orar e perceber que já recebemos este
“presente do Espírito Santo” devemos colocar em prática nosso Dom. Muitos se acham incapazes,
imaturos, fracos e até indignos de serem usados por Deus e, por isso não experimentam colocar em
prática o Dom já recebido. Outros têm medo das conseqüências deste envolvimento e evitam dar lugar
ao Espírito para serem úteis na obra. Outros ainda duvidam dos dons e vivem sem experimentar o plano
de Deus em relação ao “Seu Corpo”, a Igreja.
3- Dividir o que recebeu (Rm 1.11-12; I Pe 4.12) – Após experimentar e comprovar a verdade bíblica de
que somos canais do Espírito Santo, devemos suprir a necessidade da Igreja. A nossa omissão trás
deficiências no crescimento da Igreja e pode, numa reação em cadeia, fazer com que outros dons
também estejam sendo enterrados.
4- Desenvolver os dons (I Tm 4.13-14) – Pela consagração a Deus, pelo envolvimento com o seu
Ministério e pelo estudo da Palavra de Deus você estará aprendendo mais sobre seu Dom e descobrindo
como servir de maneira melhor a seu irmão.
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RELAÇÃO ENTRE DONS, MINISTÉRIOS E FUNÇÕES
Os Dons são ferramentas necessárias para o cumprimento dos ministérios. Alguns ministérios nos
conduzem a funções especiais tais como Bispos, Pastores, Presbíteros, Evangelistas e Diáconos. Nessas
funções devemos manifestar os Dons e cumprir com dedicação o Ministério que nos foi confiado.
QUESTIONÁRIO:
1- Qual a diferença entre dons e talentos?
2- Todos nós temos dons?
3- Pode alguém ter mais de um Dom? E ter todos os dons, é possível?
4- Existem dons mais “nobres” que outros? Porque?
5- Na Igreja de Corinto haviam muitos dons e também muitos pecados. Como isso é possível?
6- Como descobrir o seu Dom?
BATALHA ESPIRITUAL
OBJETIVOS:
▪ Mostrar que existe uma Batalha sendo travada no mundo espiritual.
▪ Ensinar sobre o “Exército do mal”, como ele trabalha e como vencê-lo.
▪ Diferenciar possessão de opressão.
INTRODUÇÃO
Dos vários assuntos que temos estudado este deve ser o que mais afeta o crente no seu dia a dia. O
assunto “Batalha Espiritual” é de grande importância e não é por desconhecer o assunto que você ficará
imune as investidas do mundo espiritual. Saiba, portanto, o que é, como identificar, enfrentar e ainda
quais as conseqüências de uma Batalha Espiritual.
O TERMO “Batalha Espiritual” é bem aplicado pois estamos numa grande guerra e a cada dia enfrentamos
batalhas em nossa vida. As batalhas ocorrem na proporção direta da intensidade do seu relacionamento
com Deus. Isso não é coincidência pois o objetivo do inimigo é fazer com que você desista de se
aproximar de Deus e de fazer Sua vontade.
Podemos afirmar que no mundo espiritual existem dois exércitos que lutam entre si por dois objetivos:
contra VOCÊ e para impedir a sua “bênção espiritual” (Ef 1.3).
Usamos termos militares e chamamos de “exércitos” porque ambos possuem hierarquia, seus “soldados”
obedecem ordens superiores, possuem táticas e estratégias para defesa e ataque. Nessa guerra nós não
estamos como espectadores, somos participantes e também possuímos armas que influenciam no
resultado das batalhas. Aprenderemos um pouco sobre o nosso inimigo.
O EXÉRCITO DO MAL
Liderados por Lúcifer, este exército é formado pelos anjos que caíram na rebelião que houve no céu. O
então Querubim Lúcifer era a criatura mais bela e sábia dentre todas e gozava de privilégios e da
proximidade do Criador até que resolveu ocupar o lugar do próprio Deus. Seu orgulho e inveja tiveram
como conseqüência um castigo, que foi ser arrojado a terra, juntamente com 1/3 dos anjos do céu que o
seguiram nessa rebelião. Em Ap 8.10-13; 12.4, fala-se, em sentido figurado, desses anjos que caíram em
terra
É um erro acreditar que os espíritos malignos foram criados por Lúcifer. Eles eram anjos, criados por
Deus, o único que tem o poder de criar. Deus não os criou demônios, criou-os como anjos, seres que
eram perfeitos, e por isso não podem ser redimidos pelo sacrifício de Jesus.
A HIERARQUIA DESSE EXÉRCITO
A Bíblia nos fala acerca do comandante desse exército: Lúcifer. Antes da queda era chamado de
“querubim ungido”, “sinete da perfeição” (Ez 28.11-19) e “estrela da manhã” (Is 14.12-17). Após ser
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lançado em terra tornou-se objeto de espanto (Is 14.16, 19; Ez 28.18-19), assim como todos que o
seguem.
Paulo nos fala em Ef 1.21; 6.12 que existe uma hierarquia e nos revelando quatro classes de espíritos
malignos: Principados, Potestades, Forças Espirituais do Mal e Dominadores.
a) Principados – São príncipes, líderes desse exército, ligados diretamente a Lúcifer. Recebem as ordens
dele e as transmite aos seus subordinados. Os principados atuam nas Regiões Celestiais e dominam sobre
áreas geográficas combatendo os líderes da Igreja, tentando impedir o desenvolvimento do Reino de
Deus e oprimindo os habitantes dessas regiões (Dn 10). Apesar de não serem mais anjos (ou Arcanjos),
conservam parte do poder original e exercem autoridade sobre os outros anjos caídos.
b) Potestades – São também autoridades no exército de satanás. Agem segundo ordem dos Principados
e sua principal tarefa é causar confusão, discórdia e divisão na Igreja. Os alvos principais de seus ataques
são os líderes da Igreja (Pastores, Presbíteros, diáconos e líderes em geral). A humildade, o
quebrantamento e a unidade da Igreja, não dando lugar a discórdias, fofocas e inimizades, são armas que
dificultam a ação das potestades no meio da Igreja.
c) Poderes ou Forças Espirituais do Mal – Atuam nas Regiões Celestes com reflexos na terra. Esses
espíritos malignos tentam anular a oração da Igreja, levando muitos a desistirem de seus objetivos.
Também atacam os não crentes levando-os ao desespero, roubando a esperança e colocando inquietação
e medo em seus corações. O objetivo de seus ataques é impedir e enfraquecer a oração da Igreja e deixar
os homens vulneráveis, tornando-os presas fáceis para o ataque dos “dominadores”. Atitudes práticas
como dedicação a leitura da Bíblia e perseverança na oração, aliando a isso rejeitar músicas, filmes e
ambientes malignos cooperam para nossa vitória contra as forças espirituais do mal. São esses espíritos
malignos que causam a OPRESSÃO.
d) Dominadores – Esses são os demônios que atuam diretamente na terra para executar as ordens,
segundo os interesses do diabo. Procuram “roubar, matar e destruir” (Jo 10.10) tirando a paz, a auto-
estima e a saúde, visando a destruição total (morte) do homem. São eles que dominam os homens
levando-os aos vícios (drogas, álcool, fumo), homossexualismo, prostituição, adultério, etc... Eles entram
na vida dos homens por brechas não tapadas como: desestruturação familiar, falhas de caráter (egoísmo,
inveja, usura), medo e pecados não confessados entre outras. Esses espíritos malignos são os
responsáveis pela POSSESSÃO.
Além desses existem ainda, segundo o Apóstolo Pedro (II Pe 2.4) e Judas (Jd 1.6), anjos que não atuam
sobre a terra pois estão sob prisão, aguardando julgamento de condenação eterna.
A) POSSESSÃO DEMONIACA
Tendo em vista que os demônios são seres espirituais e para se manifestarem no mundo físico precisam
de um corpo, os espíritos malignos se valem de homens (podem também usar animais) para isso. Pessoas
possessas são as que permitem que suas mentes sejam dominadas por estes seres espirituais e perdem o
controle de seus corpos. O endemoninhado tem dentro de si outro ser. É bom lembrar que a prática do
pecado é a forma mais comum desses demônios terem acesso a estas pessoas.
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resistência a Palavra de Deus, conhecimento ou adivinhação do passado, ficar mudo ou com voz
diferente, incapacidade de confessar a Jesus Cristo com o “Filho de Deus que veio em carne” e outros.
Vale lembrar que pode haver manifestação de um ou mais sinais ao mesmo tempo e que pode ser um
demônio ou uma legião. Muitas vezes pelos sinal apresentado sabe-se a espécie de demônio que está
incorporado na pessoa e sua área de atuação.
B) OPRESSÃO
Atuação de demônios sobre a vida das pessoas, assediando-as de forma externa, com sugestões,
tentações e ainda com problemas físicos de origem maligna.
SINTOMAS DE OPRESSÃO – Os sintomas mais freqüentes de uma pessoa que está sendo oprimida são:
Mania de perseguição, perda de auto-estima, desânimo para a vida (depressão), abrasamento sexual
doentio, medo doentio e irracional, ódio e ressentimento, dores de cabeça e outros incômodos nos
momentos de leitura da Bíblia e de oração, impaciência durante os cultos e desejo de isolamento dos
irmãos da Igreja.
*** Cuidado nem todos os sintomas citados são exclusivos da opressão, podem haver causas orgânicas
que precisam ser tratadas.
***O desejo de suicídio é uma forma de duvidar da providência de Deus em mudar os fatos e no perdão
de Deus em relação aos nossos erros.
CAUSAS DE OPRESSÃO – São as causas mais freqüentes de assédio dos espíritos malignos:
Prática de pecados, pecados ocultos não confessados, ressentimentos, ira, inveja ou amargura guardados,
abandono de uma vida de oração, deixar de lado a leitura da Bíblia, sair do convívio dos irmãos da Igreja e
dúvidas em relação à Deus e Seu poder (falta de fé).
QUESTIONÁRIO:
1- Qual a causa da queda de lúcifer?
2- Nós, como crentes, estamos livres do ataque dos espíritos malignos?
3- É possível um crente ficar possesso?
4- O crente oprimido está em pecado?
5- Quais as armas do crente em meio a batalhas espirituais?
VIDA DEVOCIONAL
OBJETIVOS:
▪ Ensinar sobre a importância de cultivar a vida devocional.
▪ Aprender a planejar seu momento devocional.
▪ Mostrar como manter uma conduta cristã digna.
INTRODUÇÃO:
Como cristãos devemos ser autênticos. Da mesma forma que agimos, falamos e nos comportamos
na Igreja, devemos nos comportar em nossa casa, escola e trabalho. Um dos grandes problemas que
enfrentamos hoje em nossas Igrejas são pessoas que têm muito conhecimento a respeito da Bíblia,
freqüentam com assiduidade os cultos, conhecem os caminhos de Deus mas não são referencial pois não
colocam em prática o que aprendem na Igreja.
Colocaremos neste módulo alguns aspectos que lhe servirão de reflexão e orientação para uma
VIDA DEVOCIONAL saudável.
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venceu as tentações e não pecou. Ele é o Sumo Sacerdote, que intercede por nós e tem condição de nos
ajudar pois é vencedor.
VIDA DEVOCIONAL é uma vida de vitórias diárias, de comunhão constante e que serve para
glorificar o nome de Jesus em todo o tempo.
HORA TRANQUILA
No seu planejamento do dia deixe espaço para ler a Bíblia pois o contato com a Palavra de Deus é
importantíssimo. O ideal é que você use a sua Bíblia (aquela que você mais gosta) para realizar seus
estudos e devocionais. Assim você ganhará intimidade com a sua Bíblia e terá nela uma companheira.
Além disso ofereço, de maneira geral, alguns conselhos para sua Hora Tranqüila:
a) Ler diariamente – Não abra mão disso, leia a Bíblia todos os dias, seja qual for a hora, não durma sem
ler uma porção da Palavra de Deus.
b) Leia devocionalmente – É ler com devoção entendendo que a Palavra de Deus é santa, sem erros e
sempre terá algo de bom para sua vida.
c) Leia sistematicamente – Comece pelo Novo Testamento e vá avançando de maneira seqüencial e
lógica. Você compreenderá melhor os Textos Sagrados.
d) Determine um tempo para isso – Estipule um tempo determinado para se dedicar diariamente a
leitura da Bíblia.
e) Tenha um local definido – Crie o seu “lugar especial” para ler a Bíblia. A variação de lugares muitas
vezes atrapalha nossa concentração e prejudica os momentos de leitura. Busque uma posição cômoda
para ler a Bíblia. Seja sentado, de joelhos ou deitado o importante é não deixar de ler a palavra de Deus.
f) Faça anotações – Anote as dúvidas em um caderno ou bloco destinado a esse fim. Marque também na
sua Bíblia os versículos que você considera importantes e são especiais para você. Não é pecado marcar
com lápis colorido a Bíblia!
g) Em suas anotações registre as promessas, as ordens de Deus para você, o que Deus quer que seja
consertado em sua vida e a principal lição que foi aprendida no texto. Busque sempre uma aplicação
prática para sua vida e coloque-a imediatamente em ação.
h) É muito importante entender o contexto do texto. Onde foi escrito, quem escreveu, para quem, qual
o motivo, qual o propósito que foi escrito, etc... Essas informações vão lhe ajudar muito a compreender a
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mensagem central do texto. Hoje existem Bíblias de Estudo que trazem um bom material de apoio e são
de grande valor para o crente.
MEMORIZAÇÃO DE VERSÍCULOS
É um recurso que pode e deve ser usado para uma vida vitoriosa contra as tentações e o pecado. Procure
memorizar um versículo ou pequenos textos mas compreendendo a mensagem que ele apresenta. É
muito importante que você memorize também onde o texto se localiza (referência).
“Guardo no coração a Tua Palavra para não pecar contra Ti” Sl 119.11
CONDUTA CRISTÃ
Fomos libertos do pecado e temos sobre nós uma nova autoridade e senhorio. Jesus Cristo é o
nosso Senhor e Salvador pois por Ele fomos salvos e temos acesso ao Reino de Deus. Ele é quem cuida de
nós e nos direciona de volta a comunhão com Deus.
Tenha certeza que, em todo momento, somos observados e será cobrado de nós um
posicionamento de servos de Deus. Esse posicionamento deve ser digno e não causar vergonha ao
evangelho e ao nome de Jesus. Pessoas em volta de você, e até o mundo espiritual, estão atentos a todas
as suas atitudes.
“Bem aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detêm no caminho dos
pecadores e não se assenta a roda dos escarnecedores” Sl 1.1
É muito importante você escolher os caminhos que vai trilhar, os lugares onde vai parar e as
companhias com quem vai andar. Devemos, além de não fazer o mal, evitar a “aparência do mal”. É muito
fácil se contaminar e não é bom brincar com o pecado. Escolha andar com pessoas que possam
acrescentar coisas boas a sua vida. Aquelas que podem causar embaraço, devem ser ajudadas, mas com o
devido cuidado para que elas não corrompam você ou te afastem de Deus.
NOSSO FALAR
“Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a Tua face, ó
Senhor, Rocha minha, meu Libertador.” Sl 19.14
Devemos tomar muito cuidado com o que falamos. Nossas palavras transmitem sentimentos e,
no mundo espiritual, são poderosas, quer para o bem, quer para o mal. Pelo que falamos podemos curar
ou machucar; edificar ou destruir; ministrar amor ou aterrorizar; atrair pessoas para Jesus ou afastá-las
pelo nosso testemunho.
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Nosso falar é, na verdade, fruto do nosso pensamento e maus pensamentos geram palavras más. Somos
influenciado e contaminados por 3 fontes: o mundo, a carne e o diabo.
O “mundo” representa o que vemos e ouvimos portanto, cuidado com músicas, programas de televisão
ou mesmo conversas. Alguns tipos de piadas, histórias maledicentes, fofocas e pessoas com linguagem
não condizente com a Palavra de Deus podem contaminar seus pensamentos e, de maneira
surpreendente, você pode se descobrir com atitudes que não desejaria.
A “carne” é a nossa antiga natureza que precisa ser mortificada no dia a dia. Algumas vezes nos achamos
com hábitos e linguagem de quando Jesus ainda não era o nosso Senhor. Mude imediatamente logo ao
perceber isso e peça desculpas a pessoa envolvida e a Deus.
O “diabo” representa o mundo espiritual que coloca situações diante de nossos olhos e maus
pensamentos em nossa mente. O fato de um pensamento vir a sua mente não significa que devemos
continuar pensando nele e muito menos executá-lo.
“... tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável,
tudo que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupa o vosso
pensamento.” Fp 4.8
Devemos usar uma linguagem sadia, sem maledicência e sem palavras de baixo calão e, em todos os
momentos, sermos fonte de bênçãos, verdadeiros mananciais em terra seca.
Como servos de Deus devemos falar com salmos, hinos, louvores, com o coração cheio de gratidão e
alegria mesmo nos momentos de correção. (Ef 5.19; Cl 3.16)
Para finalizar, um tipo de contaminação muito comum é a fofoca. Não deixe seu ouvido ser usado por
aqueles que querem falar mal de outras pessoas, principalmente pastores e outros líderes da Igreja. A
fofoca é nociva em todo lugar seja em família, no trabalho, na escola e também na Igreja. Entre numa
campanha para acabar com a fofoca, evite ouvir. Quem ouve é tão fofoqueiro quanto quem fala. E isso é
pecado!!!
QUESTIONÁRIO:
1- Procure listar as suas atividades diárias e veja quanto tempo você gasta com Deus a sós.
2- O que poderia ser retirado de suas atividades para ser dedicado como tempo para Deus?
3- Você se apresenta como servo de Jesus ou só ás vezes? Por que?
4- No seu dia a dia, se você não falar nada, as pessoas percebem isso em você?
5- Calcule quanto tempo você gasta com Deus por semana. É suficiente?
INTRODUÇÃO:
A Igreja é um lugar onde é impossível não se relacionar com outras pessoas. A ordem de Jesus de fazer
discípulos nos leva a um envolvimento com outras pessoas quer seja para mostrar o caminho, quer seja
para ajudá-las nessa caminhada. Estaremos apresentando a forma mais simples de você, como membro
do Corpo de Cristo, cumprir sua missão: O Evangelizar.
EVANGELHO E EVANGELISMO
A palavra Evangelho vem do grego “euanguélion” e que dizer: “Boas novas”. O Evangelho é muito mais
que uma notícia, é a presença real de Jesus entre os homens, cumprindo o plano de Deus, com o
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propósito de salvá-los. Podemos também definir o fundamento básico do evangelho com 4 palavras a
respeito da obra de Jesus: VEIO - MORREU - RESSUSCITOU - VOLTARÁ.
A palavra EVANGELISMO é uma palavra moderna e podemos defini-la como: “O sistema baseado em
princípios, métodos, estratégias e técnicas pelos quais se comunica o Evangelho de Cristo ao pecador, sob
liderança e no poder do Espírito Santo, levando-o a aceitar a Cristo como seu salvador pessoal de acordo
com a ordem de Jesus a todos os seus discípulos, levando aos que crêem a se integrarem à Igreja por
batismo, preparando-os para a volta de Cristo.”
O EVANGELISMO faz com que o evangelho chegue ao homem pecador e atue nele. Não é apenas
uma mera proclamação, mas um sistema que permite uma proclamação eficaz do evangelho, atingindo o
seu objetivo principal: o coração do homem.
A forma mais simples de evangelismo é o que chamaremos de EVANGELISMO PESSOAL. Temos em
Jesus é o melhor exemplo de evangelista pois Ele falava para diferentes tipos de pessoas, conhecia bem a
natureza humana e supria-lhes a necessidade. Usava exemplos simples, parábolas e pequenas histórias e
ilustrações para ser melhor compreendido.
Devemos levar em conta alguns aspectos importantes a respeito daqueles a quem queremos
alcançar. 1- NÍVEL DE INTELECTUAL 2- CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL 3- SITUAÇÃO RELIGIOSA 4-
RECONHECER SE HÁ O INTERESSE.
O PLANO DE SALVAÇÃO
Chamamos de “Plano de Salvação” uma maneira organizada, simples e eficaz de mostrar às
pessoas o plano de Deus para o homem. São pontos básicos que ela deve saber e entender para que
possamos dizer que o processo de evangelização se completou.
Cinco fatores têm de estar presentes numa palavra evangelística:
1. A EXISTÊNCIA DE DEUS CRIADOR
2. PECADO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
3. A PROVIDÊNCIA DE DEUS – JESUS CRISTO
4. PERDÃO DE DEUS
5. A NOVA VIDA COM CRISTO
É necessário compreender que falar de “pecado” não agrada a ninguém e, pelos exemplos
bíblicos, notamos que todos os evangelistas do Novo Testamento começavam falando de Jesus, sua
morte e ressurreição e não com acusações de pecado. (At 10.39-43; At 8.35-37; At 17.15-34)
O PLANO DA MÃO
Ele é usado para crianças e para pessoas mais humildes, porém serve de esboço para um
evangelismo pessoal ou mesmo uma pregação.
Polegar - Deus é bom e ama você - Jo 3.16
Indicador - Você é pecador - Rm 3.23
Médio - Cristo morreu por nós, precisamos Dele - Rm 5.28
Anular - Você deve fazer uma aliança com Jesus - Jo 1.12
Mínimo - Você se tornará uma nova criatura - II Co 5.17
EVANGELISMO PESSOAL
Jesus gastou grande parte do seu ministério com pessoas. Ele valorizou o indivíduo em meio a
multidão: 1 filho entre 2; 1 dracma entre 10; 1 ovelha entre 100; 1 pecador arrependido ... (Lc 15.10).
Jesus Cristo possuía as seguintes características:
- Compaixão pelo pecador - Mc 5; Mt 9.36
- Não tinha preconceitos - Jo 4; 8.8-10
- Ia onde a pessoa estava - Lc 10; Mc 2.13-17
- Sabia conversar - Era incisivo na conversa - Jo 3; 4
- Sabia da urgência da salvação - Jo 9.4; Mc 16.15,16
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COMO INICIAR O EVANGELISMO PESSOAL
Devemos ser sensíveis ao Espírito Santo e compreender que cada um de nós é um universo complexo
com suas crenças, filosofia de vida, personalidade e somos frutos de uma história de vida, com conceitos
e preconceitos. Ofereço algumas sugestões praticas:
1- Comece onde a pessoa está, desenvolvendo uma conversa, com naturalidade, sem forçar a mudança
de assunto.
2- Não exagere o interesse pela pessoa. Pode acontecer de ser mal interpretado ou ainda assustar a
pessoa.
3- Faça a transição o mais natural possível. Por exemplo: se estiver falando ou cuidando de flores, fale do
assunto e depois introduza a sabedoria de Deus ou a fragilidade das flores.
4- Se a pessoa se mostrar interessada, explique-a o plano de salvação.
5- De acordo com o que conseguir captar da pessoa, passe para o item seguinte do Plano de Salvação.
6- Nunca realce o pecado da pessoa e sim o amor de Deus.
7- Se houver condição e possibilidade use a Bíblia e deixe que a pessoa leia com você. Se não houver, use
textos de memória mas nunca deixe de citar a Palavra de Deus.
8- Não discuta doutrinas, sobre seitas ou outras questões que fujam do assunto principal. Insista no Plano
de Salvação.
9- Após ter exposto o Plano de Salvação, verifique se há dúvidas ou pontos não assimilados. O evangelho
precisa ser entendido e não sustentado apenas por emocionalismo.
10- Leve a pessoa a fazer uma decisão confessando a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
11- Ensine-a a orar e ore agradecendo a Deus por ela e com ela. Se necessário ore e peça que ela repita
essa oração.
12- Anote os dados pessoais da pessoa tais como: nome, endereço e outros que ache interessante para
um acompanhamento posterior.
13- Encaminhe-a a uma Igreja que você conheça e, se possível, entre em contato com o Pastor dessa
Igreja, explicando-lhe sobre a pessoa.
ATENÇÃO:
▪ É aconselhável que sempre se trave diálogos com pessoas do mesmo sexo
▪ Não dê seu telefone ou endereço para pessoas que você não conhece. Use sua Igreja como ponto de
contato, marcando para os dias de culto os encontros com a pessoa.
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QUESTIONÁRIO:
A ADMISSÃO, DIREITOS
E DEVERES DE NOVOS MEMBROS
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