ACORDE DIMINUTO TONALIDADE MAIOR...terminado

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ACORDES VAGANTES E FUNÇÃO MÚLTIPLA 1ª

PARTE
O princípio de função múltipla (numerosa) também é exemplificado por
uma categoria especial de acordes que se prestam a transferência de
função. Chama estes acordes de "vagantes": "Tais acordes não
pertencem somente a uma tonalidade de forma exclusiva; mas sim,
podem pertencer a várias, e praticamente todas as tonalidades sem
mudar sua forma". Ainda estes acordes são derivados das
transformações e têm função múltipla por apresentarem uma constituição
específica. Os casos mais evidentes são os acordes de sétima
diminuta, a tríade aumentada e suas inversões.

Estes acordes apresentam uma falta de sentido claro, de definição da sua


fundamental, o que torna o seu sentido harmônico vago, isto é, sem
uma relação definida com a tônica. A definição de uma fundamental de
um acorde qualquer é devida em grande parte a sua forma assimétrica,
por exemplo, em uma tríade maior encontramos uma terça menor acima
de uma maior, e reconhecemos uma fundamental em parte por esta
forma assimétrica. Nos acordes vagantes não encontramos uma forma
assimétrica que possa ajudar a identificar uma fundamental, pelo
contrário, sua forma é simétrica, normalmente uma repetição de um
mesmo intervalo, uma ou duas vezes, e freqüentemente o intervalo de
quinta justa que define uma fundamental não está presente, tornando
assim a identificação de sua fundamental difícil.
O acorde de sétima diminuta é um dos melhores exemplos deste
tipo de forma simétrica. Composto por uma sobreposição de terças
menores, este acorde apresenta uma forma completamente simétrica,
mesmo nas suas inversões não apresenta nenhuma forma assimétrica
que possa identificar uma fundamental. A relação da sua fundamental
com outros acordes depende exclusivamente do contexto (região tonal)
em que se encontra:
Cada uma de suas notas pode assim ser a fundamental,
conseqüentemente, cada uma pode ser a terça, a quinta diminuta
ou a sétima diminuta. Se invertermos o acorde, não surge nenhum
modelo estrutural novo, distintamente da inversão de um acorde maior
ou menor, nós sempre teremos terças menores (segundas aumentadas).
Assim, nunca será claro a qual tonalidade ele pertence, ou seja, quando
um acorde de sétima diminuta aparecer fora de contexto (região tonal).

A fundamental de um acorde de sétima diminuta só é revelada quando da


sua resolução através da progressão das fundamentais. Presupõe-se a
fundamental deste acorde como sendo omitida e estando localizada uma
terça maior abaixo de uma de suas notas. Na realidade, este acorde é um
acorde de nona menor da dominante (V7(b9)) sem a fundamental do
modo menor, um acorde assimétrico. A função múltipla do acorde de
sétima diminuta é acentuada pelo fato deste acorde pertencer a, no
mínimo, oito tonalidades ou regiões. Depreendendo a conclusão de
que cada nota presente nestes acordes é uma sensível em potencial,
quatro para o modo maior e quatro para o menor.

No exemplo ABAIXO é ilustrada a derivação do acorde de sétima


diminuta que se dá como um acorde do II grau transformado. Inicia sua
explicação com uma tríade diminuta sobre o II de DÓ menor. Este acorde
é transformado para uma dominante secundária, depois para uma
dominante secundária com 7ª e ainda para uma dominante secundária
com 9ª menor. Omitindo a fundamental do acorde surge o acorde de
sétima diminuta.

Como cada acorde diminuto possui quatro NOs e, para cada uma delas
temos três resoluções possíveis, isso nos dá doze resoluções diferentes
para um único acorde diminuto, equivalentes aos doze sons da escala
cromática do sistema temperado ocidental. Ou seja, teoricamente, um
único diminuto pode resolver em qualquer acorde, seja como inversão
disfarçada ou não, desde que este seja de categoria Maior, menor ou
dominante. Verificação:

ESCALA CROMÁTICA: dó – dó#(réb) – ré – ré#(mib) – mi – fá –


fá#(solb) – sol – sol#(láb) – lá – lá#(sib) – si.

EXEMPLO PARA Cº, D#º(Ebº), F#º(Gbº) ou Aº.


Os acordes diminutos (ascendente, descendente ou auxiliar) são úteis
para criar movimento harmônico, para modulação e também para
harmonização de notas fora da escala diatônica ou do acorde em uso.

ACORDE DIMINUTO
Conceitos gerais

É o acorde formado pela sobreposição de três terças menores (3ªm),


relativas à fundamental, 3ªm, 5ªD e 7ªD.

Cifragens: Xº, Xdim; Xº7; Xdim7

Na prática, utilizamos os acordes diminutos como tétrades e como


tríades. Por isso, a cifragem da tétrade diminuta pode ser a mesma da
tríade diminuta: tétrade Xº Xdim ou tríade Xm7(b5), e não Xº7 ou
Xdim7.

Devido a simetria intervalar do acorde diminuto, suas inversões formam


novos acordes diminutos.
Daí conclui-se que Bº = Dº = Fº = Abº, ou seja, cada uma das quatro
notas de um acorde diminuto pode ser a fundamental de um novo
acorde, mantendo o som e sendo, portanto, equivalentes. Cada acorde
diminuto é igual a outros quatro, podemos dizer então que existem
apenas três acordes diminutos diferentes (no que diz respeito ao som e
aos elementos constitutivos). Os outros nove serão inversões destes.

O “º” simboliza o círculo fechado resultante da superposição das três


terças menores que formam o acorde diminuto.

PREPARAÇÃO DIMINUTA EM TONALIDADE MAIOR

O acorde diminuto é dito de preparação quando substitui o acorde


dominante de sua resolução, geralmente localizado uma 3ªM abaixo.
A todo acorde dominante pode ser acrescentada uma Tb9, enriquecendo
seu som. Se eliminarmos a fundamental, teremos um novo acorde
semelhante:

Uma das principais características do acorde diminuto é o fato de possuir,


em sua formação, dois trítonos.

Como o acorde diminuto equivale a mais outros três, obviamente estes


dois trítonos também estarão presentes nos mesmos.

No acorde diminuto, como preparação, há a resolução de um de seus


trítonos. Geralmente ocorre pelo primeiro, e esta resolução acontece da
seguinte maneira:

Note que a resolução do diminuto se dá por movimento do baixo uma


2ªm ascendente. Este não é o único movimento de um acorde diminuto
preparatório, porém é o mais comum (ver “diminuto de passagem
descendente”).
Como já visto anteriormente, para acordes tétrades, não há a resolução
completa do trítono.

Resolução do trítono dos acordes diminutos equivalentes:

Obs.1: nenhum diminuto é diatônico em tonalidade Maior, visto que a


escala Maior não gera esta categoria de acorde.

Exemplos de encadeamento de voicings para acorde diminuto


preparatório (Ex. para Bº):

Agora note que o diminuto de preparação e o V7 possuem o mesmo


trítono, com mesma resolução (por isso o primeiro trítono do diminuto é
o que resolve). A única diferença é a fundamental:
Comparação dos encadeamentos de voicings para VIIº e V7:

Desta forma, VIIº e V7(b9) (encontrado uma 3ªM abaixo) possuem a


mesma estrutura e mesma resolução do trítono, sendo, portanto,
equivalentes.

Regra: o diminuto, como preparação, é o acorde que substitui o V7


encontrado geralmente uma 3ªM abaixo de sua fundamental. Sendo
assim, dizemos que todo acorde diminuto com função preparatória têm
função dominante.

Porém, enquanto a escala do acorde V7(b9) é o modo mixolídio b9 b13, a


do diminuto é a escala diminuta (também chamada de diminuta tom-
semitom (devido a sua formação em seqüências regulares de tom e
semitom), dim-dim (diminuta da diminuta), dim-sim (diminuta
simétrica), domdim (termo usado por alguns para denotar a escala
diminuta, erroneamente – detalhes em tonalidade menor), ou octatônica
(por possuir oito notas)) ou menor primitiva meio tom (um semitom)
acima, dependendo do acorde de resolução e de sua função:

Escala diminuta: usada quando o acorde diminuto preparatório resolve


em acorde Maior ou dominante (visto que a escala contêm a 3ªM do
acorde de resolução (T11)) e quando o diminuto não possui função
dominante (ou seja, sua função é cromática, não preparatória). As Ts não
diatônicas a escala do acorde de resolução são consideradas EVs, apesar
de não chocarem com nenhuma NO, ficando a análise da escala da
seguinte forma:

Obs.2: no caso mais comum de função dominante do Bº, o acorde de


resolução seria C7M ou C7.
Para C7M, as Ts “DÓ#” e “LÁ#” são EVs por não pertenceram a escala de
Dó Maior. Para C7, apenas a T9 seria EV.

Regra: as Ts de qualquer acorde diminuto (seja de função dominante ou


não) devem ser diatônicas ao acorde de resolução e se localizar um tom
acima de uma NO.
Obs.3: esta escala possui as Ts de 9, 11, b13 e 7M.
Obs.4: o uso de T em diminuto é comum e bastante gratificante. Porém,
em acorde diminuto, todas as NOs são importantes e, para não
descaracterizá-lo, já que cada T substitui uma NO inferior mais próxima,
usa-se apenas uma T por vez (ou nenhuma) e esta, geralmente não é
cifrada.
Obs.5: como o acorde contêm a 7ªD como NO, então a 7ªM existente na
escala é T.
Obs.6: uma forma fácil de pensar na escala diminuta é construí-la pelas
NOs mais as Ts localizadas sempre um tom acima de cada NO.
Obs.7: T11 e Tb13 podem ser usadas a vontade, tanto harmônicamente
(substituindo b3 e b5, respectivamente) quanto melodicamente. Se a
melodia estiver em bb7, não sendo nota de passagem, chocará com este
Tb13 no acorde. O mesmo é válido para b5, que choca com T11 no
acorde.
Obs.8: quando T7M está presente no acorde, a fundamental deve ser
usada com cautela em linhas melódicas.

Escala menor primitiva meio tom (um semitom) acima: usada


quando o diminuto preparatório resolve em acorde menor (visto
que a escala contêm a 3ªm do acorde de resolução (Tb11)):
Obs.9: a escala possui este nome por utilizar as mesmas notas da escala
menor primitiva localizada um semitom acima de sua fundamental.
Obs.10: pelo fato do AO possuir b3, então a nota “mib” é analisada como
Tb11, T bastante incomum.
Obs.11: Tb9 e Tb11 são EVs por chocarem com 1 e b3, respectivamente.
Obs.12: neste caso, o acorde de resolução é Cm7.

Obs.13: as mesmas observações feitas anteriormente a respeito de Tb13


e T7M são válidas também aqui.
Obs.14: alguns músicos utilizam apenas escala diminuta para ambos os
casos. É uma forma mais prática de se pensar na escala do acorde
diminuto, porém a considero menos satisfatória.

Assim como o acorde diminuto, a escala diminuta também é simétrica,


podendo repetir-se em ciclos definidos, em virtude da simetria dos
intervalos presentes em sua formação (t st t st t st t st – quatro
repetições t e st). Desta forma, cada NO da escala pode ser usada como
uma fundamental de uma nova escala diminuta mantendo o som e
sendo, portanto, equivalente:
Obs.14: note que estas quatro escalas possuem as mesmas notas como
Ts, mudando apenas a função das mesmas (ex.: dó# é T9 em Bº, T7M
em Dº, Tb13 (réb) em Fº e T11 (réb) em Abº, e assim por diante). Além
disso, as Ts destas escalas formam um segundo acorde diminuto (no
caso, dó# (réb), mi, sol, lá# (sib) = C#º = Eº = Gº = A#º). Ou seja,
toda escala diminuta é formada por dois acordes diminutos: o primeiro
sobre as NOs e o segundo sobre as Ts, localizadas um tom acima de cada
NO:

Assim como nos acordes diminutos, cada escala diminuta é igual a outras
quatro. Então podemos dizer que existem apenas três escalas diminutas
diferentes. As outras nove serão inversões destas:
Obs.15: as duas escalas de acordes diminutos (diminuta e menor
primitiva meio tom acima) são as primeiras estudada com oito notas
(octatônicas - todas as escalas diatônicas e, conseqüentemente, seus
respectivos modos, são compostos por 7 notas (escalas heptatônicas)).
Obs.16: como toda escala simétrica, a escala diminuta possui uma
sensação de atonalidade devido à constância do relacionamento
intervalar entre as notas (ou os acordes) desta escala.
Obs.17: maiores informações sobre a escala diminuta serão dadas em
tonalidade menor.
Como já dito, cada acorde diminuto possui dois trítonos em sua
formação. Sendo assim, como cada trítono pode pertencer a dois acordes
dominantes substitutos, então um acorde diminuto equivale a quatro
acordes dominantes ou dois pares de dominantes substitutos distintos.

Note que os acordes dominantes se localizam um tom cima das NOs e


cada fundamental de um dominante corresponde a uma T do diminuto.
Conseqüentemente, as quatro fundamentais formam um novo acorde
diminuto.
Pelo fato destes trítonos também estarem presentes nos demais acordes
diminutos equivalentes, então, como função dominante, estes diminutos
também podem substituir o V7 localizado uma 3ªM abaixo, ou seja:
Observe que em todos, a resolução se dá pelo primeiro trítono (mais
comum).

Obs.18: quando o baixo de um acorde diminuto alcançar o acorde de


resolução por salto, é inversão disfarçada e deve ser considerada a
intenção original, pela qual a análise é refletida, ou seja, deve-se achar a
inversão que dê a passagem linear no baixo e analisá-lo como tal. Note
que a inversão não aparece na cifragem e que a resolução se dá pelo
trítono do diminuto de intenção.

Desta forma, como os quatro acordes diminutos acima possuem os


mesmos trítonos, então, qualquer um deles, além de resolver por
movimento do baixo 2ªm ascendente, também pode ser usado para
alcançar o acorde de resolução dos demais diminutos equivalentes, como
inversão disfarçada.
Obs.19: a estrutura simétrica permite mudar de inversão à vontade,
dentro da duração de um único acorde diminuto. Ex.:

Obs.20: é útil anotar a “intenção” da cifra logo abaixo da cifra


“aparente”, e a análise será conforma a intenção.
Obs.21: visto que a intenção dos três acordes diminutos é a mesma, não
é necessário repetir a análise.

As quatro notas de T, quando colocadas no baixo, formam, com as NOs


do acorde diminuto, dominantes com Tb9:

Uma forma de enriquecer o som diminuto consiste em formar tríades


Maiores ou tétrades dominantes, em qualquer inversão, a partir de cada
T, e usar o baixo encontrado 2ªm acima (ou 7ªM abaixo) desta T. Isso
produzirá um acorde diminuto com T7M.
Obs.23: para uso desta técnica de sofisticação, exige-se saber a função
do acorde diminuto e a qualidade do acorde de resolução para que esta
T7M não seja EV.
Obs.24: estes acorde construídos acima do baixo são chamados de
acordes de estrutura superior (upper structures chords). Tais acordes
serão estudados afundo posteriormente, em tonalidade menor.
Obs.25: nas tríades de estrutura superior acima, a T7M substitui a 7ªD,
que é a NO inferior a esta T.
Nas tétrades, a T7M foi acrescentada sem substituição de NO.

Obs.26: as técnicas de sofisticação do acorde diminuto podem ser


aplicadas para qualquer diminuto, não necessariamente com função
dominante. Apenas nesta última, como já falado, depende apenas da
análise da função do acorde diminuto e da qualidade do acorde de
resolução para que T7M não seja EV.

CLASSIFICAÇÃO DOS ACORDES DIMINUTOS

Os acordes diminutos geralmente são usados para preceder acordes


diatônicos, por movimento do baixo um semitom ascendente,
descendente, ou ainda, por nota repetida (permanência do baixo), e são
classificados de acordo com este movimento ou pela sua função.

a) Por movimento do baixo


b) Diminuto de passagem

É o acorde diminuto que liga dois acordes diatônicos vizinhos separados


por intervalo de um tom, suavizando a passagem do baixo por linha
cromática. Pode ser dividido em ascendente e descendente.

ASCENDENTE
Quando o acorde diminuto de passagem é antecedido pelo acorde
diatônico inferior localizado um semitom abaixo e resolve no superior um
semitom acima. Progressão contendo todos os acordes diminutos de
passagem ascendentes (Ex. em Dó Maior):

(*) VIIº não é diminuto de passagem ascendente visto que o acorde


anterior (Am7) se encontra a uma distância de tom.
Obs.1: os números romanos na cifra analítica (I ao VII) correspondem
aos sete graus da escala Maior:

Note que Bb7M contêm “b”, mas não a sua análise, e Bº, o contrário.
Portanto, “b” ou “#” na cifra indica a nota real, em relação à escala
Maior, mas na análise indica a alteração de grau em relação aos sete
graus da escala Maior. Em todo acorde diminuto, a análise é vinculada a
tonalidade principal e não ao acorde de resolução (tonalidade
secundária), mesmo que tenha função dominante. O acidente é colocado
antes do algarismo romano, e não depois, como na cifragem.

O acorde diminuto de passagem ascendente é preparatório e, portanto,


possui função dominante. Sendo assim, substitui o V7 secundário
encontrado uma 3ªM abaixo. Ambos possuem a mesma estrutura e
resolução do trítono, sendo, portanto, equivalentes. Assim, a progressão
acima equivale a:
Obs.2: desta forma, todo diminuto de passagem ascendente, resolvendo
em acordes diatônicos no estado fundamental, possui função dominante
e apenas o primeiro trítono do diminuto é resolvido, que equivale
justamente ao trítono do V7 secundário que substitui. Lembrando que,
quando de função dominante, existem duas escalas para o acorde
diminuto: diminuta (acordes de resolução:
Maior (EVs = T9 e T7M) ou Dominante (EV = T9)) e a menor primitiva
meio tom acima (acorde de resolução: menor (EVs = Tb9 e Tb11)). No
caso de diminutos de passagem ascendentes em tonalidade Maior,
temos:

Obs.3: enquanto os diminutos de passagem ascendentes são


vinculados (estabelece ligação permanente com...) a tonalidade principal, os
diminutos de passagem ascendentes do V7 (dominantes secundários) são
vinculados as tonalidades secundárias.
Obs.4: por se equivaler a um V7 secundário, o diminuto de passagem
ascendente não precede VIIm7(b5), já que este não oferece estabilidade
necessária para um acorde de resolução.
Obs.5: note também que o IV7M e o I7M não possuem diminuto de
passagem ascendente, visto que o acorde diatônico vizinho inferior
encontra-se a uma distância de um semitom (deveria ser de tom para
que o diminuto fizesse a passagem cromática). Desta forma, o diminuto
de passagem ascendente, em tonalidade Maior, é usado somente
antecedendo os graus IIm7, IIIm7, V7 e VIm7.

Exemplos de resolução do trítono para acorde diminuto ascendente em


acorde menor:
Exemplo de resolução do trítono para acorde diminuto ascendente em
acorde dominante:

Obs.6: a análise obedece à notação da escala cromática, ou seja, quando


a fundamental do acorde de resolução é natural, usa-se “#” na análise do
diminuto de passagem ascendente, e não “b”, visto que este implica em
movimento cromático descendente. Quando a fundamental do acorde de
resolução é alterada (com “#” ou “b”), é preferível usar diminuto natural,
por questões práticas de leitura.

Exemplos de encadeamento de voicings para acorde diminuto de


passagem ascendente:
Obs.7: uma característica deste encadeamento é que, do acorde
diatônico inferior para o diminuto de passagem, apenas algumas vozes se
movimentam cromaticamente enquanto as outras permanecem como
notas em comum. Do diminuto para o acorde diatônico superior, todas as
vozes se movimentam (cromaticamente ou diatônicamente), salvo
quando possuírem notas em comum (NO de um como T do outro, ou
vice-versa).
Obs.8: por serem de função dominante, tudo falado a respeito de
diminutos preparatórios é válido para diminutos de passagem ascendente
resolvendo em acorde no estado fundamental.

Visto que o acorde diminuto é, por assim dizer, um produto da linha do


baixo e surge de sua passagem cromática, o acorde anterior e/ou o
posterior pode ser invertido para produzir tal cromatismo. As situações
mais comuns são (em Dó Maior):

Obs.9: na progressão acima, #IIº é acorde interpolado.


Obs.10: neste caso em que o diminuto possui função cromática, a escala
a ser usada é sempre a diminuta. Porém as EVs dependerão da escala do
acorde de resolução:
No caso acima, apenas T9 (sol#) não pertence a escala do acorde de
resolução (Dó Maior) e por isso é EV.
Obs.11: em diminuto de passagem ascendente, quando o acorde
diatônico posterior está invertido, têm função cromática (não-dominante
ou não-preparatória), pois não há resolução de nenhum dos dois trítonos
e, conseqüentemente, não há também equivalência com o V7 do acorde
de resolução.
A única exceção é #IVº - III/3ª, onde o #IVº equivale-se ao V7
secundário do III havendo a resolução do segundo trítono.

Obs.12: neste caso, #IVº possui função dominante e o acorde de


resolução é menor. Sendo assim, apesar do baixo distinto, a progressão
F#º - Em7/G é semelhante a D#º - Em7, onde ambos (F#º (#IVº) e D#º
(#IIº)) substituem V7 do IIIm7 (B7). Então a escala a ser usada é a Ré#
menor primitiva um semitom acima, com Tb9 e Tb11 EVs por chocarem
com a NO inverior:
Obs.13: o fato de o acorde diminuto de passagem ascendente possuir
função cromática ou dominante independe do estado do acorde anterior
(estado fundamental ou invertido).
Obs.14: neste caso, o acorde diminuto de passagem ascendente não liga
acordes diatônicos vizinhos e sim, baixo diatônicos vizinhos separados
por intervalo de tom.
Obs.15: note que #VIº não resolve em VIIm7(b5), porém pode resolver
em acorde diatônico invertido. Ex.:

DESCENDENTE
Quando o acorde diminuto de passagem é antecedido pelo acorde
diatônico superior localizado um semitom acima e resolve no inferior um
semitom abaixo. Progressão contendo todos os acordes diminutos de
passagem descendentes (Ex. em Dó Maior):

Obs.1: note que o IIIm7 e o VIIm7(b5) não possuem diminuto de


passagem descendente, visto que o acorde diatônico vizinho superior
encontra-se a uma distância de um semitom.
Obs.2: pelo fato da fundamental do bVIº soar como Tb9 no acorde V7, é
preferível permanecer com a mesma. A escala do V7 passa a ser a
mixolídia b9 b13.

O diminuto de aproximação descendente mais comum (mais utilizado) é


bIIIº.

Obs.3: teoricamente, existe diminuto de passagem descendente para


todos os demais graus: I7M, IIm7, IV7M, V7 e VIm7. Porém, na prática,
o mais usado é o bIIIº. Os outros são de uso mais raro (menos utilizados
do que o bIII°), encontrados eventualmente. No entanto, ser o mais
usado não significa ser o mais usável.
Obs.4: os acordes diminutos de passagem descendentes, resolvendo em
acorde diatônico no estado fundamental, possuem função cromática, pois
não há a resolução de nenhum dos dois trítonos e, portanto, não podem
ser substituídos pelo V7 do acorde de resolução. Em outras palavras, não
prepara o acorde de resolução, apenas alcança-o por movimento do
baixo cromático.
Obs.5: pelo fato de possuírem função cromática, a escala desses acordes
diminutos acima é a diminuta, com Ts não diatônicas a escala do acorde
de resolução analisadas como EVs:

No caso, T11 é EV, pois não pertence à escala do acorde Dm7 (ré dórico).
Obs.6: a análise obedece à notação da escala cromática, ou seja, quando
a fundamental do acorde de resolução é natural, é preferível usar “b” na
análise do diminuto de passagem descendente, e não “#”, visto que o
“#” implica em movimento cromático ascendente. Quando a fundamental
do acorde de resolução é alterada (com “#” ou “b”), é preferível usar
diminuto natural, por questões práticas de leitura. Ex.:

É mais prático usar Bº do que Cbº.

Exemplos de encadeamento de voicings para acorde diminuto de


passagem descendente (Ex. em Dó Maior):
Obs.7: apesar de, teoricamente, desestruturar o acorde diminuto, é
preferível enarmonizar as vozes do acorde diminuto por questões
práticas.
Obs.8: uma característica deste encadeamento é que, do acorde
diatônico superior para o diminuto de passagem, todas as vozes se
movimentam (cromaticamente ou diatônicamente), salvo quando
possuírem notas em comum (NO de um como T do outro, ou vice-versa).
Do diminuto para o acorde diatônico inferior, apenas algumas vozes se
movimentam cromaticamente enquanto as outras permanecem como
notas em comum. É o inverso do encadeamento de voicings para
diminuto de passagem ascendente.

O acorde anterior e/ou o posterior pode ser invertido para produzir


cromatismo:

Quando o diminuto de passagem descendente resolve em um acorde


diatônico invertido, pode ter função cromática ou dominante, dependendo
se há ou não resolução do trítono e, quando há, pode se dar pelo
primeiro ou pelo segundo trítono. Esta resolução é a mesma do V7
secundário do acorde diatônico de resolução. Ex. (verifique a resolução
do trítono):
Para os exemplos acima, o primeiro acorde diminuto possui função
cromática e sua escala é Láb diminuta. O segundo e o terceiro possuem
função dominante. O segundo substitui E7(b9), e seu acorde de resolução
é menor (Am7). Por isso a escala a ser usada é Láb menor primitiva meio
tom acima. No terceiro, a escala também é Láb diminuta pelo fato do
acorde de resolução ser Maior. Note que a progressão Abº - C7M/G é
semelhante à Bº - C7M, pois ambos acordes diminutos substituem
G7(b9). Porém, neste caso, como a escala a ser usada é simétrica, Si
diminuta e Láb diminuta são, na verdade, idênticas.

Porém, na prática, o caso mais freqüente é bIIIº - V7/5ª. Os demais são


de uso mais raro, encontrados eventualmente.

Obs.9: note que, neste caso, bIIIº possui função dominante e a


resolução se dá pelo segundo trítono do acorde diminuto. Pelo fato de ser
o caso mais freqüente, costuma-se generalizar o diminuto descendente
resolvendo em acorde invertido como sendo sempre de função dominante
com resolução do segundo trítono.
Obs.10: quando o diminuto preparatório resolve descendentemente pelo
segundo trítono, substitui o V7 do acorde de resolução localizado uma
2ªm abaixo.
Obs.11: a escala do diminuto acima é Mib diminuta.
Exemplos de encadeamento de voicings para diminuto de passagem
descendente com função dominante:

Desta forma, em tonalidade Maior, temos: 1 – acorde de resolução no


E.F. – diminuto de passagem ascendente (função dominante), diminuto
de passagem descendente (função cromática); 2 – acorde de resolução
invertido – diminuto de passagem ascendente (função cromática),
diminuto de passagem descendente (função dominante). Um é inverso do
outro.

Obs.12: este resumo se refere aos casos mais freqüentes.


Obs.13: no 3º e 5º exemplos, o acorde diminuto de passagem não liga
acordes diatônicos vizinhos e sim, baixo diatônicos vizinhos separados
por intervalo de tom.
Obs.14: tanto o diminuto de passagem ascendente quanto o
descendente, por estarem “amarrados” a dois acordes diatônicos
vizinhos, não podem aparecer como inversão disfarçada.
DIMINUTO DE APROXIMAÇÃO
É o acorde diminuto que resolve num acorde diatônico localizado um
semitom de distância de sua fundamental. A única diferença do diminuto
de passagem para o de aproximação é que este último não exerce função
de ligação entre dois acordes diatônicos vizinhos. Ele alcança o acorde de
chegada por semitom, porém vêm precedido por salto. Também pode ser
dividido em ascendente (quando resolve em acorde diatônico localizado
um semitom acima) e descendente (quando resolve em acorde diatônico
localizado um semitom abaixo). Ex.:

(1) diminutos ascendentes


(2) diminuto descendente

Obs.1: note que:

bIIIº é diminuto de passagem (descendente).

bIIIº é diminuto de aproximação (descendente).

Obs.2: como agora não há a obrigação de ligar dois acordes diatônicos


separados por intervalo de tom, qualquer grau diatônico pode ser
precedido pelo seu respectivo acorde diminuto. Sendo assim, pode-se ter
diminuto ascendente do IV7M e do I7M, e o diminuto descendente do
IIIm7 e do VIIm7(b5).
De resto, tudo falado a respeito de diminutos de passagem vale para os
diminutos de aproximação (obs.s 3 a 11 abaixo):

Obs.3: o diminuto de aproximação ascendente, resolvendo em acorde


diatônico no estado fundamental, é o mais comum e de função
dominante, ou seja, possui a mesma estrutura e a mesma resolução do
trítono do V7 localizado a uma distância de 3ªM descendente, sendo,
portanto, equivalentes. Essa resolução se dá pelo primeiro trítono, como
já visto em diminutos de passagem e as suas escalas são: diminuta –
quando resolve em acorde Maior ou dominante; menor primitiva meio
tom acima – quando resolve em menor.
Obs.4: por se equivaler a um V7, o diminuto de aproximação ascendente
não pode resolver em VIIm7(b5), já que este não oferece estabilidade
necessária para um acorde de resolução. Esta é a única restrição
referente a resoluções dos acordes diminutos de aproximação. Porem o
#VIº pode resolver em acorde diatônico invertido. Ex.:

Obs.5: diminuto de aproximação ascendente, resolvendo em acorde


diatônico invertido, possui função cromática, pois não há a resolução de
nenhum dos dois trítonos e, portanto, não podem ser substituídos pelo
V7 do acorde de resolução. Em outras palavras, não prepara o acorde de
resolução, apenas alcança-o por movimento do baixo cromático. Nestes
casos, a escala a ser usada é a diminuta. Os casos mais comuns, assim
como nos diminutos de passagem, são:

#Iº - V7/5ª (C#º - G7/D); #IIº - I/3ª (D#º - C/E); #IVº - I/5ª
(F#º - C/G); #Vº - IV/3ª (G#º - F/A) e #VIº - V7/3ª (A#º -
G7/B).

Obs.6: para diminuto de aproximação ascendente resolvendo em acorde


invertido, há três exceções onde o diminuto tem função dominante:

#IVº - IIIm7/3ª (como já visto em diminutos de passagem ascendentes


– ex.: F#º - Em7/G; F#º substitui B7. Escala: Ré# menor primitiva meio
tom acima), IIIº - IIm7/3ª (ex.: Eº - Dm7/F; Eº substitui A7. Escala:
Dó# menor primitiva meio tom acima), e VIIº - VIm7/3ª (ex.: Bº -
Am7/C; Bº substitui E7. Escala: Láb menor primitiva meio tom acima).

Em todos os casos a resolução se dá pelo segundo trítono.


Obs.7: assim como nos acordes diminutos de passagem descendentes,
na prática, o diminuto de aproximação descendente mais comum é bIIIº.
Os outros, na prática, são de uso mais raro, encontrados eventualmente.
Obs.8: no caso mais freqüente de diminutos de aproximação
descendentes resolvendo em acorde diatônico invertido (bIIIº - V7/5ª), o
bIIIº se equivale ao V7 secundário encontrado uma 2ªm abaixo e a
resolução se dá pelo segundo trítono. Sua escala é a diminuta.
Obs.9: 1 – acorde de resolução no E.F. – diminuto de aproximação
ascendente (função dominante), diminuto de aproximação descendente
(função cromática); 2 – acorde de resolução invertido – diminuto de
aproximação ascendente (função cromática), diminuto de aproximação
descendente (função dominante). Um é o inverso do outro:

Obs.10: quando a fundamental do acorde de resolução é natural, é


preferível usar “#” na análise do diminuto de aproximação ascendente e
“b” na análise do diminuto de aproximação descendente.
Quando a fundamental do acorde de resolução é alterada (com “#” ou
“b”), é preferível usar diminuto natural. Ex.s:
Obs.11: o encadeamento de voicings para resolução de diminuto de
aproximação é similar ao dos diminutos de passagem já vistos
anteriormente, omitindo o acorde anterior. Para resolução ascendente em
acorde Maior (no estado fundamental), é similar ao encadeamento visto
em “preparação diminuta em tonalidade Maior”. Da mesma forma que no
diminuto de passagem, no encadeamento de voicings para diminuto de
aproximação ascendente, todas as vozes se movimentam
(cromaticamente ou diatônicamente), salvo quando possuírem notas em
comum (NO de um como T do outro, ou vice-versa). Para diminuto de
aproximação descendente, apenas algumas vozes se movimentam
cromaticamente enquanto as outras permanecem como notas em
comum.

Quando o baixo de um acorde diminuto alcançar o acorde diatônico por


salto, é inversão disfarçada e deve ser considerada a intenção original,
onde o baixo tenha movimento de 2ªm ascendente ou 2ªm descendente,
pela qual a análise é refletida. Note que a inversão não aparece na
cifragem e que, quando for de função dominante, a resolução se dá pelo
trítono do diminuto de intenção.
Ou seja, todo acorde diminuto de aproximação, além de resolver em um
acorde diatônico vizinho localizado 2ªm acima (como ascendente) ou
abaixo (como descendente), também resolve nos acordes diatônicos
vizinhos de seus acorde diminutos equivalentes, como inversão
disfarçada.

Ex. para diminutos de aproximação ascendentes:

Ex. para diminutos de aproximação descendentes:


Obs.12: lembrando que o diminuto (de passagem ou de aproximação)
não resolve em VIIm7(b5) (no estado fundamental ou invertido) como
função dominante.
Obs.13: a estrutura simétrica permite mudar de inversão à vontade,
dentro da duração de um único acorde diminuto. Ex.:

É útil anotar a “intenção” da cifra logo abaixo da cifra “aparente”, e a


análise será conforma a intenção. Visto que a intenção dos três acordes
diminutos é a mesma, não é necessário repetir a análise.
Obs.14: uma progressão muito interessante é dada pela seqüência de
diminutos descendentes. Ex.:

Como cada diminuto equivale a quatro acordes dominantes, temos as


seguintes interpretações possíveis desta progressão:
Não é muito usual interpretar esta progressão de diminutos como uma
seqüência de SubV7 estendidos, visto que a escala deste acorde não
aceita Tb9.

Obs.15: pode-se ter acorde diminuto do V7 ou II secundário e sua


análise também é vinculada (estabelecer ligação permanente) a
tonalidade principal, ou seja, não é considerado como troca de tônica
(modulação):

No primeiro exemplo, é mais comum o uso de Tb9 no dominante pelo


fato dela ser ouvida anteriormente como fundamental do acorde
diminuto.

Obs.16: pode-se analisar este diminuto descendente do V7 ou II,


primário ou secundário, também como acorde dominante:
Note que, pelo fato da fundamental do diminuto soar como Tb9 do acorde
dominante localizado um semitom abaixo, não é comum precedê-lo pelo
SubV7 visto que esta T não pertence a escala do acorde de resolução.

DIMINUTO AUXILIAR
É o acorde diminuto que resolve no acorde diatônico de mesmo baixo.
Ex.s:

O diminuto auxiliar é usado para retardar a resolução das vozes do


acorde diatônico. Ex.:

Desta forma, resolve apenas em acordes Maiores e dominantes, já que


tanto o acorde diminuto quanto o acorde menor ou meio-diminuto
possuem a mesma terça – 3ªm, o que descaracteriza o retardo (o meio-
diminuto ainda possui a mesma quinta – 5ªD).

Sendo assim, os acordes diminutos auxiliares são: Iº, IVº e Vº; e suas
resoluções mais comuns são: I6, IV6 e V7, respectivamente. Estas
resoluções ocorrem pelo fato da fundamental ser comumente usada como
elo de ligação entre ambos os acordes (diminuto e resolução). Destaque
para Iº - I6, muito comum em finalizações de musicas ou trechos
musicais.
Em outros aspectos melódicos, o diminutos Iº e IVº também podem
resolver em I7M e IV7M, respectivamente. Ex.s:

Assim como o acorde com 6ª, o diminuto auxiliar também é usado para
criar movimento harmônico em situações muito estáticas neste sentido.
Ex.:

Para dar maior movimento harmônico à progressão acima, pode-se


acrescentar um diminuto auxiliar no segundo compasso:

Exemplos de encadeamento de voicings para acorde diminuto auxiliar:


No encadeamento de voicings para diminuto auxiliar resolvendo em X6, a
fundamental e a 7ªD permanecem como notas em comum ao X6 e a 3ªm
e 5ªD movimentam meio tom acima em direção às notas diatônicas. Para
resolução em X7M, apenas o baixo permanece, sendo que as demais
vozes se movimentam ascendentemente (cromática e diatônicamente).
Para resolução no dominante, idem a resolução no X7M, porém todas as
demais notas se movimentam meio tom acima (cromaticamente). Esses
movimentos são válidos salvo quando o acorde diatônico e o diminuto
possuírem notas em comum (NO de um como T do outro, ou vice-versa).

Obs.1: pode acontecer casos em que o diminuto auxiliar não resolve:

Obs.2: embora haja a permanência do baixo, o diminuto auxiliar é de


função cromática (não dominante), pois não há a resolução de nenhum
dos dois trítonos e, portanto, não podem ser substituídos pelo V7 do
acorde de resolução. Sendo assim, sua escala será sempre a diminuta,
com Ts não diatônicas a escala do acorde a evitar:
Tb13 e T7M são EVs, pois não pertencem a escala de Sol mixolídia.

Obs.3: uma outra alternativa para retardar a chegada ao acorde


diatônico seria usar um “aumentado auxiliar”, podendo resolver ou não.

Obs.4: o diminuto auxiliar, similar aos demais diminutos, também pode


ser encontrado como inversão disfarçada, alcançando o acorde diatônico
por salto. Da mesma forma, deve ser considerada a intenção original pela
qual a análise é refletida.
Obs.5: similar aos demais acordes diminutos, sua estrutura simétrica
permite mudar de inversão à vontade, dentro da duração de um único
acorde diminuto. Ex.:

É útil anotar a “intenção” da cifra logo abaixo da cifra “aparente”, e a


análise será conforma a intenção. Visto que a intenção dos três acordes
diminutos é a mesma, não é necessário repetir a análise.

A ambigüidade tonal do diminuto, no que diz respeito à resolução, lhe


torna um acorde inigualavelmente versátil. Um simples acorde diminuto
pode resolver por movimento do baixo um semitom acima de cada NO
como ascendente, um semitom abaixo como descendente, e ainda, na
mesma fundamental, como auxiliar. Como cada acorde diminuto possui
quatro NOs e, para cada uma delas temos três resoluções possíveis, isso
nos dá doze resoluções diferentes para um único acorde diminuto,
equivalentes aos doze sons da escala cromática do sistema temperado
ocidental. Ou seja, teoricamente, um único diminuto pode resolver em
qualquer acorde, seja como inversão disfarçada ou não, desde que este
seja de categoria Maior, menor ou dominante.

Verificação:

Escala cromática: dó – dó#(réb) – ré – ré#(mib) – mi – fá –


fá#(solb) – sol – sol#(láb) – lá – lá#(sib) – si.

Exemplo para Cº, D#º(Ebº), F#º(Gbº) ou Aº.


Verifique este teorema para os outros dois acordes diminutos.

Obs.6: os acordes diminutos (ascendente, descendente ou auxiliar) são


úteis para criar movimento harmônico, para modulação e também para
harmonização de notas fora da escala diatônica ou do acorde em uso.

DIMINUTO POR FUNÇÃO

DOMINANTE OU PREPARATÓRIA

Como já dito, o acorde diminuto possui função dominante quando


substitui o V7 do acorde diatônico de resolução. Ambos (diminuto e V7)
possuem a mesma estrutura e mesma resolução do trítono, sendo,
portanto, equivalentes. Dos dois trítonos pertencentes ao acorde
diminuto, geralmente a resolução se dá pelo primeiro, formado pela
fundamental e 5ªD.
Como já dito, para estes diminutos, se o acorde de resolução for Maior ou
dominantes, a escala a ser usada é a diminuta. Se for menor, a escala é
a menor primitiva meio tom acima. Isso independe do estado do acorde
(fundamental ou invertido).

Os diminutos com função dominante são:

Diminuto de passagem ou aproximação ascendente resolvendo em


acorde diatônico no estado fundamental;

Estes diminutos de passagem e aproximação equivalem ao V7


encontrado uma 3ªM abaixo de sua fundamental, e a resolução se dá
pelo primeiro trítono, formado pela fundamental e 5ªD do acorde
diminuto.
Diminuto de passagem ou aproximação descendente resolvendo em
acorde diatônico invertido.

O caso mais freqüente de diminutos descendentes resolvendo em acorde


diatônico invertido é bIIIº - V7/5ª, sendo o bIIIº equivalente ao V7
secundário encontrado uma 2ªm abaixo de sua fundamental. Neste caso,
a resolução se dá pelo segundo trítono, formado pela 3ªm e 7ªD do
acorde diminuto.

Os demais casos, na prática, são de uso mais raros, encontrados


eventualmente.

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