O Cristao e o Perdao 3
O Cristao e o Perdao 3
O Cristao e o Perdao 3
Mateus 6: 9-15
Colossenses 3: 12-13
Esboço
1- Introdução
2- Conceito de Cristão e de Perdão
3- O Cristão e o Perdão - Quando o sacrifício tem que ser deixado diante do Altar
4- Para quem se deve pedir Perdão
5- O Cristão como imitador de Deus e Discípulo de Cristo
6- Conclusão
1- Introdução
Aprendendo diariamente com Cristo é o assunto proposto para este Trimestre. Hoje vamos tratar do
problema que envolve “O Cristão e o perdão”, sempre baseado naquilo que foi ensinado por nosso
Senhor Jesus Cristo.
Preliminarmente, faz-se necessário identificarmos, segundo a Bíblia, o que é ser Cristão, bem como
conhecermos o verdadeiro significado do Perdão, antes de estabelecermos as relações entre “O
Cristão e o Perdão”.
Diríamos que há dois tipos de pessoas chamadas de Cristãos - o Cristão dos Dicionários e das
Estatísticas Governamentais e o Cristão, segundo a Bíblia
Qualquer Dicionário secular dirá, em linhas gerais, que “Cristão é aquele que professa ou freqüenta
igreja de uma das modalidades do Cristianismo”.
É assim que os Dicionários apresentam um Cristão. Não importa a sua maneira de viver, ou de
pensar.
Para a Igreja Católica Romana, considerada a maior igreja cristã do mundo, a pessoa se torna cristã
através do batismo. Como ela batiza crianças inocentes, que nem sabem ainda falar, então elas não
podem manifestar sua vontade, expressando o desejo de ser ou de se tornar Cristão. Segue-se que
todos os filhos de católicos tornam-se cristãos pela escolha feita por seus pais.
Para as Estatísticas Governamentais, Cristão é todo aquele que declarar ser cristão. Não se exige
nenhuma comprovação prática de ter o declarante qualquer semelhança com Cristo, quer na forma
de pensar, de falar, ou de viver. Basta, simplesmente, sua declaração de que é Cristão.
É fundado nestes conceitos distorcidos que se diz ser o Brasil um País Cristão, e que o Ocidente é
um mundo cristão.
Ainda segundo este conceito, quase cem por cento da população carcerária é considerada cristã.
Não será fácil encontrar alguém que não tenha sido batizado numa igreja chamada cristã.
É certo, também, que estes falsos cristãos podem ser encontrados nas Igrejas Evangélicas, e, entre
nós.
Não se pode estabelecer qualquer relação entre este tipo de Cristão e o Perdão.
Este falso cristão não teve os seus pecados perdoados para se tornar Cristão. Por conseguinte,
também não sabe perdoar quando recebe uma ofensa e não sabe pedir perdão quando é o ofensor.
“... e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” Atos 11: 26.
Perceba a seqüência bíblica - antes de serem chamados de Cristãos, eles foram conhecidos como
Discípulos.
Discípulo, no sentido bíblico, é aquele que reconhece o Senhor Jesus Cristo como seu Mestre, e
procura viver de acordo com o seu ensino.
Viver de acordo com o seu ensino significa viver como ele viveu, agir como ele agiu, pensar como ele
pensava, fazer as coisas como ele fazia.
Para ser Discípulo de Cristo é preciso identificar-se com ele e ser seu seguidor. Foi o próprio Jesus
quem afirmou - “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu
discípulo” João 14: 27.
Seguir a Cristo, tendo-O como seu bem maior, e vivendo de acordo com o seu ensino, são
características do Discípulo que pode ser chamado de Cristão, segundo a Bíblia.
Este Verdadeiro Cristão teve seus pecados perdoados quando aceitou Cristo como seu Salvador.
Tendo sido, perdoado ele conhece a importância do perdão. Será capaz de se humilhar diante de
seu próximo para pedir perdão sempre que esse próximo for por ele ofendido. Será capaz de perdoar
quando se sentir ofendido por alguém..
Há, portanto, uma estreita relação entre este Cristão e o Perdão.
O homem sem Deus, embora devedor à Sua Justiça, não se sente incomodado pela dívida, ou pela
culpa do pecado, visto que está, espiritualmente, morto, como afirma Paulo - “... estando vós mortos
em ofensas e pecados” Efésios 2: 1. Morto não tem sensibilidade.
Para buscar o perdão é preciso reconhecer que é devedor, sentir-se incomodado com a dívida,
precisa livrar-se dela e manifestar o desejo de não contrair nova dívida.
Preenchidos estes requisitos, convencido de que não tem qualquer condição de pagar, então terá
que se humilhar e pedir o perdão.
O homem exaltado, orgulhoso, será sempre incapaz de pedir - por isto não pode ser perdoado.
O perdão precisa ser pedido. Não é uma concessão automática.
O perdão precisa ser pedido, e tem que ser pedido ao credor. Só ele é que pode perdoar.
Assim, biblicamente, não é correto ofender a Deus e ir pedir perdão ao homem, seja ele Padre ou
Pastor.
Não é correto ofender o homem e ir pedir perdão a Deus, antes de reparar o erro junto ao homem
ofendido.
Não é correto ofender a Igreja e ir pedir perdão a um de seus membros, em particular.
3- O Cristão e o Perdão - quando o sacrifício tem que ser deixado diante do Altar
“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa
contra ti. Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com o teu irmão, e depois
vem e apresenta a tua oferta” Mateus 5: 23-24.
Quando o crente está longe do Altar ele esquece, ou vai fazendo de conta que esqueceu. Porém,
quando chega diante do Altar, sua consciência, ativada pelo Espírito Santo, o fará lembrar - “... e aí
te lembrares ...”.
3.1- Deixando o sacrifício diante do Altar - A oferta diante do Altar e a necessidade do perdão
a- meu irmão tem alguma coisa contra mim porque eu dei motivo - enquanto não me aproximei do
Altar fui fazendo-me de “esquecido”. Diante do Altar lembramos nossas culpas. Tenho que ir acertar,
primeiro, com ele para depois oferecer a minha oferta.
b- meu irmão tem alguma contra mim, mas eu não tive a intenção de ofendê-lo. Não houve dolo.
Tenho a consciência tranqüila. O problema é dele. Eu estou em paz. Certo ? Não, errado ! O Senhor
Jesus não perguntou se eu quis ou não ofendê-lo. A verdade é que ele está ofendido ! Não importa
se o irmão tenha ou não razões para se ofender. Ele se ofendeu ... e o problema é meu !
Se ele está ofendido, mesmo sem motivo, é porque ele é um crente fraco. No Reino de Deus, o Rei
exige mais do mais forte - o mais forte tem que procurar o mais fraco. O Senhor Jesus não
mencionou razões - ele disse - “... Vai reconcilia-te primeiro com o teu irmão ...”.
Dissemos que o perdão precisa ser pedido, e tem que ser pedido ao credor. Só ele é que pode
perdoar.
Vamos tentar entender este pensamento face ao ensino do Senhor Jesus sobre - Deixando o
sacrifício diante do Altar, considerando Duas Verdades Bíblicas.
4.1- Primeira Verdade Bíblica - Biblicamente todo pecado constitui-se numa ofensa à
santidade de Deus
Assim, todo pecado, para ser perdoado, o perdão tem que ser pedido a Deus - “E ele que perdoa
todas as tuas iniquidades ...” Salmo 103: 3.
Os judeus, conhecedores que eram da Palavra de Deus, tinham consciência desta verdade, e
disseram - “... Quem pode perdoar pecados, senão Deus ?” Marcos 2: 7. Erraram, no entanto, por
não saber que o Senhor Jesus era Deus.
Embora todo pecado, de qualquer natureza, necessite do perdão de Deus, ele nunca deixará de
perdoar um pecador contrito e arrependido que lhe pedir perdão.
A Bíblia diz que ele é grandioso em perdoar - “... torne para o nosso Deus, porque grandioso é em
perdoar” Isaías 55: 7.
Que com ele está o perdão - “mas contigo está o perdão, para que sejas temido” Salmo 130: 4.
Que a ele pertence a misericórdia e o perdão - “Ao Senhor nosso Deus, Pertence a misericórdia e o
perdão ...” Daniel 9: 9.
Que ele perdoa e esquece - “... e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar”
Miquéias 7: 9.
Esta é, pois, A Primeira Verdade - todo pecado ofende a Deus e precisa do seu perdão.
4.2- Segunda Verdade Bíblica - As vezes o pecado não ofende somente a Deus
O pecado pode ofender também ao próximo, seja irmão, ou não; pode ofender à Igreja, como
comunidade e como Corpo de Cristo.
Neste caso temos a figura do Credor Solidário. Um só não pode perdoar por todos. Ë necessário
obter-se o perdão de todos os ofendidos.
Foi para atender esta exigência que o Senhor Jesus mandou deixar a oferta diante do Altar até
reconciliar-se com o irmão ofendido.
Um homem salvo pode ter um desejo carnal sobre o corpo de uma mulher. O Senhor Jesus
classificou este desejo como sendo um pecado - Veja-se Mateus 5: 28.
Porém, não foi dirigida nenhuma palavra à mulher. Ela não sabe que está sendo objeto de um
desejo. Portanto, não pode se sentir ofendida.
É claro que, neste caso, o homem não terá que pedir perdão à mulher. Ela nada tem a perdoar.
Também o perdão não tem que ser pedido à Igreja. Ela não foi envolvida.
O problema é exclusivo entre o homem e Deus.
Neste, e em muitos outros casos semelhantes, sempre que Deus for o único ofendido - o perdão tem
que ser pedido somente a Deus.
Nos casos que se encaixem neste Exemplo n.º 01, o Cristão, ao se chegar diante do Altar, para
Adoração, pedirá perdão à Deus e depois oferecerá o seu Sacrifício de Adoração.
Certamente que são muitas as maneiras de se pecar só contra Deus. Citamos apenas um exemplo.
Então, você poderá dizer: “se é assim, temos que pedir perdão todo dia !”
Diríamos que, segundo a Bíblia, até muitas vezes ao dia - “Se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda
a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” I
João 1: 8-10.
Esta é a verdade bíblica ! Por isto eu e você devemos fazer nossas as palavras de Jeremias - “As
misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não
têm fim” Lamentações 3: 22.
Somos crentes e salvos, pela misericórdia de Deus. Pense nisso !
São duas as partes ofendidas - a Santidade de Deus e a Honra da Mulher. Não basta o perdão só de
uma das partes. Faz-me mister o perdão dos dois.
Neste caso, o Senhor Jesus disse - “Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro
com o teu irmão ...”. Há que se acertar, primeiro, com a mulher ofendida, depois, sim, com Deus.
Esta é a ordem.
Após pedir perdão à mulher ofendida, irmã ou não, prometendo que aquele fato não se repetirá,
então - volta-se ao Altar para obter o perdão de Deus e oferecer o sacrifício da Adoração.
É difícil ? Concordamos que sim. Requer humildade e humilhação. Mas, é necessário para quem
quiser chegar ao céu.
Neste Exemplo n.º 02, são inúmeros os acontecimentos que podem ser encaixados, como os
desentendimentos entre casais, entre pais e filhos, patrão e empregado, subordinados e superiores,
companheiros de trabalho, colegas, irmãos, etc., etc.
A regra é uma só - havendo uma ofensa e essa ofensa tendo gerado mágoa, tristeza, ou coisa
similar - este mal tem que ser reparado entre as partes, através do perdão pedido pelo ofensor e
liberado pelo ofendido.
É claro que hoje, na prática, nem sempre tem funcionado assim. Há “balcões de venda” de todos os
tipos de facilidades. Porém, estamos enfocando o assunto conforme pensamos ser, de acordo com A
Palavra de Deus.
Para nós - biblicamente, havendo dois credores - Deus e o próximo, não importando quem seja esse
próximo, o perdão tem que ser pedido aos dois - primeiro ao próximo, depois a Deus.
A título de Ilustração
De acordo com a nossa Legislação, o devedor tem a obrigação de pagar, mas tem também o direito
de pagar. Assim, quando o credor recusa o pagamento, o devedor poderá fazer uso do pagamento
por consignação - “Considera-se pagamento, e extingue a obrigação o depósito judicial da coisa
devida, nos casos e forma legais”.
É o caso que se chama de “Depósito em Juízo”. Feito o depósito, se o devedor cumpriu as
formalidade legais, então está isento da dívida.
O valor devido estará, em juízo, à disposição do credor, caso queira receber.
Vamos continuar usando os Exemplos n.º 01 e 02, agora com mais uma agravante.
A mulher não apenas sentiu-se ofendida e escandalizada como também denunciou o fato ao seu
esposo. Este resolve “tirar satisfações” ou vingar-se do desafeto. A Bíblia diz - “Porque furioso é o
ciúme do marido, e de maneira nenhuma perdoará no dia da vingança. Nenhum resgate aceitará,
nem consentirá, ainda que multiplique os presentes” Provérbios 6: 34-35.
Sendo apenas um exemplo fictício, não vamos dramatizar a situação, mas, imaginar um
acontecimento possível.
O marido ofendido pode encontrar o cristão na Igreja, ou nas suas dependências; pode encontrá-lo
em sua residência, onde todos os vizinhos sabem que ele é crente; pode encontrá-lo em seu
trabalho, onde todos sabem ser ele pertencente à uma Igreja Evangélica.
Acontece o escândalo, a briga, ou coisa similar. O nome da Igreja foi envolvido, todos os seus
membros foram ofendidos pelo mal testemunho daquele cristão.
Neste caso temos três Credores Solidários - a mulher que foi desejada e sentiu ferida em sua honra;
a Igreja que foi ultrajada pelo escândalo de um de seus membros; Deus que foi ofendido na Sua
Santidade.
São três as partes ofendidas. Uma não pode perdoar pela outra. O perdão tem que ser pedido a
cada um.
Daí, o Senhor Jesus disse - “Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te ...”.
Pela ordem - a reconciliação tem que ser feita, primeiro, com a pessoa ofendida, depois com a Igreja,
e então - diante do Altar, com Deus.
Neste exemplo pode haver outros desdobramentos. O marido crente que não vai usar de violência,
poderá silenciar ou levar o caso ao conhecimento do Ministério de Sua Igreja, na pessoa do seu
Pastor.
O marido não crente poderá valer-se da Lei e procurar uma reparação judicial.
Como princípio, toda vez que um membro da Igreja for condenado num Processo judicial, a Igreja
precisa tomar conhecimento e providências.
É claro que todo Pastor sabe resolver problemas desta e de outras naturezas. A Escola Dominical
não é uma Escola para Obreiros.
Procuramos passar à Igreja uma noção básica das coisas - A Escola Dominical é a Escola da Igreja.
Hoje estamos procurando passar uma noção sobre “O Cristão e o Perdão”.
Na prática esta questão é ilimitada. Acreditamos que nestes três exemplos, apenas em caráter
didático, possamos ter transmitido uma idéia da necessidade que o Cristão tem de pedir perdão
sempre que isto for necessário, e de pedir às pessoas certas.
O Cristão é um homem que foi perdoado por Deus, é um homem capaz de pedir perdão, se,
porventura, ofender alguém, mas, tem que ser, também, um homem capaz de perdoar, se for ele o
ofendido.
O Senhor Jesus contou uma Parábola sobre um homem que devia uma quantia impagável - dez mil
talentos. Leia-se Mateus 18: 23-35.
O talento valia seis mil denários ou dinheiros. O denário, ou dinheiro, era uma moeda de prata que
pagava um dia de trabalho de um homem - “E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por
dia, mandou-os para a sua vinha” Mateus 20: 2.
Dez mil talentos eqüivalia, pois, a sessenta milhões de denários, ou o preço que deveria ser pago por
sessenta milhões de dias de trabalho, para um trabalhador na vinha.
Considerando-se o vultoso valor, é claro que nenhum homem poderia pagar tal dívida.
Este homem devedor de uma quantia impossível de ser paga representa qualquer cristão, eu, ou
você.
Também o preço da nossa Redenção era impagável - “Pois a redenção de uma alma é caríssima, e
seus recursos se esgotariam antes” Salmo 49: 8.
Porém, aquele servo, da Parábola, se humilhou e pediu perdão ajoelhado aos pés de seu credor -
“Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a
dívida”Mateus 18: 27.
O mesmo aconteceu conosco - mediante o nosso arrependimento e pela aceitação do Senhor Jesus
Cristo como nosso único e suficiente Salvador - fomos perdoados de uma dívida impagável, e nos
tornamos Cristãos.
Quem foi perdoado precisa saber perdoar.
“Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e,
lançando mão dele, sufocava-o dizendo: paga-me o que me deves. Então o seu companheiro,
prostando-se aos seus pés, rogava-lhe dizendo: sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele,
porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida” Mateus 18: 28-30.
Ele tinha sido perdoado de uma quantia equivalente a sessenta milhões de dinheiros. Para pagar sua
dívida teria que trabalhar numa vinha sessenta milhões de dias. O seu devedor pagaria sua dívida
trabalhando pouco mais três meses, ou seja, cem dias.
Deu para entender a gravidade do erro daquele servo e a profundidade de sua ingratidão ?
Assim, meu irmão, por maior que seja a ofensa que você venha a sofrer, ela é milhões de vezes
menor do que as que o Senhor lhe perdoou. Pense nisso, quando alguém precisar do seu perdão !
Todo Cristão, também eu e você, estamos vivendo numa natureza carnal. Podemos sentir-mo-nos
ofendidos, magoados, tristes, por uma ofensa recebida, por palavras ou atitudes. Neste caso nós nos
tornamos Credores e quem nos ofendeu se torna nosso Devedor.
Vejamos o que o Senhor Jesus disse daquele servo que foi perdoado e não quis perdoar - “Então o
seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida,
porque me suplicaste. Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu
também tive misericórdia de ti ? E indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que
pagasse tudo o que devia” Mateus 18: 32-34.
Deu para entender ? Ser Cristão pode ser algo mais sério do que costumamos pensar !
Um Cristão quando for ofendido tem que perdoar. Do contrário perderá o direito de ser chamado
Cristão.
Dissemos que para ser Cristão, precisa, primeiro, ser Discípulo.
A mesma Bíblia que diz ser Deus - “... grandioso em perdoar” Isaías 55:7, também diz - “Sede pois
imitadores de Deus, como filhos amados” Efésios 5: 1.
Assim, se Deus é perdoador, o Cristão tem que ser, também, perdoador.
A mesma Bíblia que diz que o Senhor Jesus Cristo orou ao Pai, em favor dos seus malfeitores - “E
disse Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem ...” Lucas 23: 34, também diz - “de
sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” Filipenses 2: 5.
Veja-se que o Mestre ensinou sobre a necessidade de perdoar - “Então Pedro, aproximando-se dele,
disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei ? Até sete ?
Jesus lhe disse: não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete” Mateus 18: 21-22.
Esta é a verdade bíblica. Não compre ilusões daqueles que não têm compromissos com A Palavra
de Deus.
7- O Cristão e o Perdão - Como deve ser o Perdão
Veja o que o Senhor Jesus, o Mestre dos Discípulos, chamados Cristãos, ensinou - “... se do coração
não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas” Mateus 18: 35.
Perdão expresso apenas em palavras, segundo Jesus, não é perdão. O Verdadeiro perdão tem que
sair do coração, não apenas da boca.
Dizer que perdoa, mas não esquece; dizer que perdoa desde que o ofensor não faça mais aquilo -
estas e outras expressões similares demonstram que o pretenso perdão está saindo da boca.
Quando o perdão sai do coração, ele leva todas as mágoas, todas as tristezas, todas as raízes de
amargura - ele limpa e purifica o coração.
O perdão, tanto para quem recebe, como também para aquele que o libera, transmite saúde ao
corpo e a alma.
Do coração - “... procedem as saídas da vida” Provérbios 4:23.
“O coração com saúde é a vida da carne ...” Provérbios 14:30.
O Perdão faz bem ao que o recebe - faz melhor ao que o concede.
“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro;
assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” Colossenses 3: 13.
Confissão de um Médico Psiquiatra, Cristão - “Se pudesse comunicar perdão aos meus paciente,
teria 70% deles curados em menos de 24 horas”.
8- Conclusão
a- para ser um Cristão é necessário ter os seus pecados perdoados, por Deus;
b- para ser um Cristão é necessário saber pedir perdão quando ofender o seu próximo;
c- para ser um Cristão é necessário saber perdoar quando, por alguém, for ofendido.
Você é um Cristão ?