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O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

PINHEIRO, Gabriely Aparecida 1; TEIXEIRA, Daniela Cristina Wielesvski2

RESUMO
Objetivo:Identificar as possiveis causas da violência obstétrica. Método:Utiliza-se de
uma pesquisa de revisão bibliográfica como instrumento de coleta. Resultado:Foram
encontrados 31 artigos indexados nas bases de dados, sendo pesquisas
qualitativas,quantitativas e revisões de literatura. Conclusão:É possível constatar que
a violência obstetrica é mais comum dos que se pensa, mas com a preparação
psicologica é possível evitar esse constrangimento e fazer com que esse momento se
torna agradável.

Palavras chaves: Violência obstétrica; Período gestacional; Pós parto; Parto.

ABSTRACT
Objective:To identify the possible causes of obstetric violence. Method:It is used a
research of character of bibliographic revision as instrument of information collection.
Result: 31 articles indexes were found in the consulted databases, being qualitative
research, quantitative research and literature reviews. Conclusion:It can be seen that
obstetric violence is more common than thought, but with psychological preparation is
possible to avoid this embarrassment in the patient and make this moment pleasant.

Keywords: Obstetric violence; Gestational period; Post childbirth; Childbirth

INTRODUÇÃO

No Brasil, como em outros países da América Latina, o termo "violência


obstétrica" é utilizado para descrever as diversas formas de violência ocorridas na
assistência à gravidez, ao parto, ao pós-parto e ao abortamento. (ANDRADE et al.
2016).
Outros descritores também são usados para o mesmo fenômeno, como:
violência de gênero no parto e aborto, violência no parto, abuso obstétrico, violência
institucional de gênero no parto e aborto, desrespeito e abuso, crueldade no parto,
assistência desumana/desumanizada, violações dos Direitos Humanos das mulheres
no parto, abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto, entre outros.
(DINIZ, 2005).

1 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade de Apucarana - FAP


2 Docente/Orientadora Especialista do Curso de Enfermagem da Faculdade de Apucarana - FAP
De acordo com Zanardo et, al (2017), um fator sempre presente entre as
gestantes é a falta de informação e o medo de perguntar sobre os processos que irão
ser realizados na evolução do trabalho de parto. Essa situação pode levá-las a se
conformarem com a exploração de seus corpos por diferentes pessoas, aceitando
diversas situações incômodas sem reclamar.
Gestantes do mundo todo sofrem abusos, desrespeito, negligência e
maustratos durante o parto nas instituições de saúde. Essas práticas podem ter
consequências adversas para a mãe e para o bebê, principalmente por se tratar de
um momento de grande vulnerabilidade para a mulher. Porém, apesar da
disseminação dessas experiências, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta
que “atualmente não há consenso internacional sobre como esses problemas podem
ser cientificamente definidos e medidos. Em consequência, sua revalência e impacto
na saúde, no bem-estar e nas escolhas das mulheres não são conhecidas”.
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2014)
Diniz e Chacham (2006), referem-se diferentes estudos que buscaram
entender a preferência das mulheres brasileiras pelo parto cesáreo e esses mostraram
que a maioria das mulheres declarava preferência pelo parto vaginal. Porém, através
da apresentação de dados superestimados de risco fetal, da interpretação da dor da
gestante como uma exigência para a realização da cesárea, assim como a priorização
das agendas e conveniências dos médicos, esses acabavam optando pela cesárea,
contrariando o desejo das mulheres de terem um parto normal, especialmente no setor
privado.
Este trabalho justifica-se pela necessidade de conhecimento bibliográfica em
relação as violências ocorridas com gestantes, desde a concepção até o parto.

OBJETIVO
Identificar quais as possiveis causas da violência obstétrica e analizar as
produções científicas acerca da violência obstétrica a mulher durante o parto.

MÉTODO
Foi realizado uma pesquisa de caráter de revisão bibliográfica como
instrumento de coleta de informações, abrangendo bibliografia já publicada, utilizando,
livros, teses, artigos, revistas, no qual teve a finalidade de contato direto com tudo
aquilo que foi desenvolvido sobre um determinado assunto ou contexto,
proporcionando assim um novo enfoque, chegando a conclusões inovadoras
(MARCONI; LAKATOS, 2010).
A revisão bibliográfica ou revisão de literatura serviu como base e
fundamentação para um estudo maior de uma determinada área de conhecimentos,
podendo proporcionar aos leitores conhecimento dos estudos antecedentes já
realizados pelo tema, o que facilitará sua compreensão, e esclarecerá a importância
para um novo estudo.

RESULTADOS
De acordo com a metodologia do estudo, foram encontrados 31 (110 %)
artigos juntamente com outros trabalhos indexados nas bases de dados consultadas.
Desses artigos 12 (37,63%), estavam na base SCIELO, 16 (50,54%) na base do
Google Acadêmico e 4 (11,83%) na base de dados BIREME.
A maioria dos artigos encontrados foram no google acadêmico, após bem a
base de dados SCIELO e após a base de dados BIREME. Todos os artigos trazem
conteúdos que enriquecem os trabalhos, porém é preciso analisar sempre aqueles
que mais tem assuntos relacionados com o tema na qual está sendo discutido.
Os artigos selecionados foram publicados entre os anos de 1995 à 2017.
Ao se analisar os dados apresentado observa-se que, em relação aos 31
trabalhos, 2 trabalhos (6,4%) são pesquisas qualitativas, 04 trabalhos (12,9%) são
pesquisas quantitativas, 25 (80,7%) trabalhos são revisões de literatura.
Em relação à autoria dos artigos foram publicados, destes 9 (29,1%) são
mestres, 02 doutores (7,1%), 04 professores (12,9%), 03 especialista (9,6%), 11
graduada (35,4%) 4, doutorado (12,9%).
Quanto à instituição de origem do autor principal, 28 (90,3%) estão vinculados
a faculdades e ou universidades.
Em relação ao idioma, todos os trabalhos pesquisados 31 (100%) são
publicações em português e no Brasil como o país de origem.
Dos artigos analisados maior parte utilizados sao de revisões de literatura e
tendo como autores pessoas graduadas no assunto. Todos com conteúdos bastante
significantes que colaboram muito para o crescimento acadêmico.
Em relação aos periódicos, pode-se perceber que 100% das publicações selecionadas
estão na área de saúde.
Segundo Wolff (2008), onde retrata que “essa violência é expressa desde a
negligência na assistência, discriminação social, violência verbal (tratamento
grosseiro, ameaças, reprimendas, gritos, humilhação intencional) e violência física
(incluindo não utilização de medicação analgésica quando tecnicamente indicada), até
o abuso sexual”.
A violência faz com que as pessoas criem traumas de determinadas situações,
independente de como ocorrer. A violência obstétrica que é a relatada pelo autor,
ocorre com mais frequência do que se imagina. Infelizmente as mulheres passam por
esses constrangimento constantemente.
Segundo Souza, Bernardo e Santana (2013) o enfermeiro é importante na
assistência durante o pré-natal na ESF. Em concordância ao autor supracitado,
Carvalho (2010) relata que o bom desempenho do enfermeiro é fundamental para que
a gestante se sinta satisfeita e crie elo com o profissional, possibilitando um
relacionamento de confiança entre ambas as partes.
Para Dias et al. (2015) as gestantes entendem que é importante adquirir
conhecimentos durante o pré-natal para que seja assegurado uma gestação, parto e
puerpério sem complicações.

CONCLUSÃO
Conclui-se com o presente trabalho que retratou a "violência obstétrica", que
foi possível analisar que são várias as formas dessa violência acontecer.
Este tipo de violência pode vir desde a concepção do feto, mesmo que a
gestante tenha seu companheiro com qual convive diariamente, pois existem muitos
pais biológicos que não sabe cuidar da mulher nesse momento, contribuindo assim
para uma violência. Esse período o qual se estende até o parto, e que é necessário
constar com ajuda de um profissional da saúde, também deve ter todo cuidado,
orientação, preparo físico e psicológico, pois muitas gestantes tem medo do momento
do parto, na grande maioria das vezes, por falta de informação, relatos de outras
gestantes, ou até mesmo acompanhamento com terapêuta.
Esse tema foi bastante interessante, pois retratou os tipos de parto e o quanto
cada um tem sua importância quando há conscientização e preparação.
Espera-se que os profissionais da saúde, conscientize e oriente-as o quanto é
tranquilo esse momento, desde que haja preparo, conscientização e profissionais
competentes
REFERENCIAS
ANDRADE, P. O. N.; SILVA, J. Q. P.; DINIZ, C. M. M.; CAMINHA, M. F. C. Fatores
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CARVALHO, V.F. et al. Como os trabalhadores de um centro obstétrico justificam


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