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Semiologia

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Semiologia Farmacêutica

Dr. Leonel Ferreira


@leonelfarmaceutico
Cenário atual
De acordo com a Abrafarma, 2,9 mil farmácias possuem salas e consultórios em
operação e mais de 8 mil farmacêuticos das redes estão focados neste
atendimento;

As consultas farmacêuticas no Brasil têm ganhado destaque como uma


importante estratégia para aprimorar o cuidado à saúde da população;

Nos últimos anos, observou-se um aumento significativo na oferta de consultas


farmacêuticas em farmácias e drogarias. Esse movimento é impulsionado pela
busca por um atendimento mais personalizado e pela necessidade de reduzir os
índices de automedicação e uso inadequado de medicamentos.
Cenário atual
Regulamentação e Práticas

A Resolução nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF) regulamenta as


atribuições clínicas do farmacêutico, incluindo a realização de consultas
farmacêuticas. Essa normativa estabelece que o farmacêutico pode prescrever
medicamentos isentos de prescrição médica e suplementação vitamínica, além
de acompanhar a terapia medicamentosa dos pacientes.
Cenário atual
Perspectivas Futuras

Com o envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, a demanda


por acompanhamento farmacêutico tende a crescer. Nesse contexto, as consultas
farmacêuticas se consolidam como uma prática essencial para o sistema de saúde
brasileiro, promovendo uma assistência mais integrada e centrada no paciente.

Em resumo, as consultas farmacêuticas no Brasil têm se expandido e demonstrado seu


valor na promoção da saúde e no uso adequado de medicamentos, enfrentando
desafios que, quando superados, podem potencializar ainda mais seus benefícios para
a sociedade.

Necessidade social
do farmacêutico
Noções de semiologia

“A semiologia é uma das áreas do conhecimento que auxiliam o farmacêutico no


reconhecimento da(s) necessidade(s) e do(s) problema(s) de saúde do paciente, a partir
de uma demanda ou queixa apresentada, e na seleção das melhores intervenções
possíveis, a fim de obter resultados ótimos em saúde, reduzir a morbimortalidade
relacionada a medicamentos e melhorar a qualidade de vida do
ANAMNESE:
(Grega); ana = trazer de novo + mnesis = memoria.
DADOS SUBJETIVOS:
São aqueles que não podem ser medidos diretamente, nem sempre são exatos e reprodutíveis, e incluem
percepções, queixas, crenças, emoções, entre outros.
DADOS OBJETIVOS:
São dados mensuráveis e observáveis, cuja acurácia depende da qualidade da medida. Ex.: inspeção, palpação,
auscultação...
NOÇÕES DE SEMIOLOGIA
NOÇÕES DE SEMIOLOGIA

▪ SINAIS:
Do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio. São manifestações
clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional. Ex.: mal hálito, ulceras na mucosa
bucal, etc.

▪ SINTOMAS:
Do grego“sympitien”, que significa acontecer. São manifestações subjetivas
percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. Ex.: dor, náusea, cansaço,
prurido, dormência, etc.

▪ SINTOMATOLOGIA OU QUADRO CLÍNICO:


Representa um conjunto de sinais e sintomas presentes em uma determinada doença.
Ex.: disfunção temporomandibular.
NOÇÕES DE SEMIOLOGIA
NOÇÕES DE SEMIOLOGIA

▪ Problema de saúde
Qualquer queixa, observação ou evento que o paciente ou o profissional da saúde
percebe como um desvio da normalidade, e que já afetou, afeta ou poderá afetar a
capacidade funcional do paciente

▪ Propedêutica e semiogênese
Consistem em conhecer e buscar os sintomas e sinais, compreender sua gênese,
aprender a coletar os dados da anamnese e do exame físico para avaliação das
necessidades de saúde do paciente.

▪ Semiotécnica
Consiste na técnica de coleta dos sinais e/ou sintomas para avaliação da(s)
necessidade(s) de saúde do paciente
Etapas do processo semiológico

Acolhimento da demanda

▪ Iniciativa do Paciente em procurar o farmacêutico;


▪ Relatos sobre sinais e/ou sintomas identificados pelo paciente, e de suas expectativas,
crenças, preocupações e tentativas prévias de tratamento;
▪ Farmacêutico: escuta ativa e qualificada do(s) problema(s) de saúde do paciente,
resposta positiva, responsabilizando-se pela sua resolução;
▪ Garantia de acesso aos recursos necessários ao seu tratamento.
Etapas do processo semiológico

Anamnese Farmacêutica e verificação de parâmetros clínicos

▪ Relato espontâneo: insuficiente;


▪ Realização da Anamnese e verificação de parâmetros clínicos;
▪ Objetivos:
✓ Identificar a(s) necessidade(s) e o(s) problema(s) de saúde do paciente;
✓ Situações especiais e as precauções;
✓ Informações relevantes para a resolução do(s) problema(s).

▪ Plano de Cuidado: conformidade com o paciente.


Etapas do processo semiológico

Elementos da anamnese farmacêutica

A anamnese possibilita analisar o discurso do paciente;


▪ Identificação
▪ Queixa Principal ou Demanda
▪ História da Doença Atual (HDA)
▪ História Médica Pregressa (HMP)
▪ História Familiar (HF)
▪ História Pessoal e Social (HPS)
▪ Revisão por Aparelhos (RA) ou por Sistemas (RS)

PARÂMETROS CLÍNICOS: PA,


TEMPERATURA, PESO ALTURA, ETC.
Etapas do processo semiológico

Identificação do paciente

▪ Nome completo; número de registro ou prontuário (se em hospital)


▪ Idade (e/ou data de nascimento)
▪ Sexo
▪ Cor / Raça
▪ Estado civil
▪ Profissão e escolaridade
▪ Nacionalidade/ Naturalidade
▪ Procedência atual e remota
▪ Cuidador, se for o cas
Etapas do processo semiológico

Queixa e duração ou Queixa principal

▪ Motivo da procura e consulta;


▪ Orienta a atenção para o sistema ou aparelho acometido (geralmente);
▪ Usar, se possível, as palavras do paciente;
▪ Registro curto;
▪ Atenção aos poli queixosos!
Etapas do processo semiológico

Histórico Psicossoal

▪ Contexto do paciente: quem mora junto, quem prepara ou supervisiona os


medicamentos e alimentos, situações de violência familiar e nas redondezas;
▪ Atividades da vida diária: mensura a independência do paciente;
▪ Crenças e restrições religiosas;
▪ Perspectivas do paciente quanto ao futuro.
Etapas do processo semiológico

História medicamentosa

▪ Se possível, cheque os recipientes;


▪ Checar tempo de uso, motivo do uso, técnica correta, efeitos colaterais;
▪ Checar horários, modo de tomada, regularidade, quem prescreveu;
▪ Incluir remédios caseiros, sem prescrição, laxantes, anticoncepcionais. Busca ativa;
▪ Checar o que já usou e porque não usa mais
Etapas do processo semiológico

Hábitos e vícios

▪ Tabagismo (quantidade, tempo, tentativas de cessação e causas do insucesso)– 3


minutos de aconselhamento fazem diferença!
▪Tabagistas passivos;
▪Uso de drogas;
▪Álcool (quantidade, tipo de bebida, tempo);
▪Exercício (tipo, tempo diário ou semanal);
▪Sexo seguro / Dieta ou dia alimentar.
Etapas do processo semiológico

Histórico alimentar

▪ Se foi amamentado exclusivo ao seio materno e quanto tempo;


▪ Idade do desmame e condições;
▪ Qualidade e quantidade dos alimentos ofertados;
▪ Número de refeições;
▪ Pesquisar intolerância ou alergia alimentar.
Etapas do processo semiológico

Histórico Familiar

▪ Pesquisar doenças na família;


▪ Idade, sexo e estado de saúde dos irmãos;
▪ Idade e estado de saúde dos pais.
Etapas do processo semiológico

Histórico atual da doença

Preferir perguntas abertas


Que tipo de problema você está tendo?
Sente dor no estômago? Como é essa dor?
Como era sua saúde antes do infarto?
O que mais o senhor sente quando começa a dor?
Pedem ao paciente informações gerais;
Permitem que conte sua história espontaneamente ;
O “divagar” excessivo deve ser controlado de forma sensível, mas firme;
Múltiplas escolhas”, quando buscar dados específicos.
Etapas do processo semiológico

Descrição das características

Exemplo:
DOR
Localização: Onde dói? Esta dor se irradia?
Caráter ou qualidade: Como é a dor?
Quantidade e/ou intensidade: Quanto dói? Até onde incomoda? Dar notas, qualificar,
buscar similares, buscar incapacidade
Sequência cronológica: Início, duração e frequência, associação com eventos ou
períodos
Etapas do processo semiológico

Descrição das características

Períodos ou circunstâncias: em que os sintomas ocorrem: movimentos, alimentos,


fatores ambientais, atividades pessoais, reações emocionais, etc;
Fatores associados: outros sintomas simultâneos;
Fatores agravantes ou de alívio: repouso, esforço, mudança de posição, uso
de medicamentos, relação com alimentos; Anotar dados negativos relevantes;
Repercussão: o quanto afetam vida diária, convívio social, trabalho, auto-imagem.
Etapas do processo semiológico

Descrição das características

Coletar dados sobre as doenças e internações ocorridas anteriormente:


Doenças prévias;
Acidentes, cirurgias, hospitalizações;
Alergias e intolerâncias;
Vacinas;
História ocupacional e ambiental, riscos domésticos, medidas de segurança;
Outras doenças infecciosas ou contato com portadores (tuberculose);
Transfusões sanguíneas;
Doenças crônicas: hipertensão (HAS), diabetes (DM), insuficiências, doenças
respiratórias, doenças endocrinológicas.
Etapas do processo semiológico

Choro

Raramente precisa ser suprimido;


Aceite, ofereça um lenço e uma palavra de conforto;
Espere a recuperação: geralmente logo o paciente se recupera e retoma o discurso;
Se depressão, fale sobre o assunto sem medo ou vergonha.
Etapas do processo semiológico

Hipóteses clínicas

Somando os dados obtidos da entrevista com o exame clínico, deve-se formular


hipóteses e, a partir daí, tomar condutas: Orientações, investigação, encaminhamentos,
tratamentos etc.
Agora é hora de conhecer o mais novo serviço
da Galeno
Serviços Oferecidos pela Gal+

Consulta Farmacêutica
Aferição de Pressão
Aferição de Glicemia
Bioimpedância
Acompanhamento Farmacoterapeutico
“Existe sempre um terceiro fator da doença e de como ela se
manifesta em determinado paciente: são os aspectos
psicológicos, familiares, sociais, de trabalho e econômicos
que cercam o indivíduo e sempre são fundamentais para
entender a doença e como ela se manifesta em cada um
deles”
(História Clínica, In Semiologia Clínica, Editora Sarvier, 2002)

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