AVALIAÇÃO SOMATIVA - DOIS PONTOS

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AVALIAÇÃO SOMATIVA – VALOR: DOIS PONTOS

Nome:
Prof. Vinicius – 2024-2
21.11.2024
Prisão temporária e domiciliar /liberdade provisória/ Sentença absolutória e
condenatória/ Intimação e publicação/Coisa julgada.

V ou F – fundamente

1- O despacho que decreta a prisão temporária deve ser fundamentado.

Verdadeiro
Fundamento: Conforme o art. 93, IX, da Constituição Federal, todas as decisões judiciais
devem ser fundamentadas, incluindo a decretação de prisão temporária.

2- Decorrido o prazo de cinco dias de prisão temporária, o preso deverá ser posto
imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada a sua prisão preventiva.
Falso. O prazo padrão da prisão temporária é de cinco dias (prorrogáveis por mais cinco dias), mas
pode ser ampliado para até 30 dias (prorrogáveis por mais 30) em crimes hediondos, conforme a
Lei 7.960/1989, art. 2º, §4º.

3- Um dos requisitos para a decretação temporária é que pode ser decretada se for
imprescindível para as investigações do inquérito policial.
Verdadeiro. Art. 1º, I, da Lei 7.960/1989 estabelece que a prisão temporária pode ser decretada
se for imprescindível para as investigações.

4- Tratando-se de homicídio doloso, a prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo
juiz, pelo prazo de trinta dias, prorrogáveis por igual período, tendo em vista tratar-se de
crime hediondo.
Falso. A prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz; depende de requerimento
do MP ou representação da autoridade policial (Lei 7.960/1989, art. 2º, caput). Ademais, o prazo
inicial é de 5 dias, salvo crimes hediondos.
5- A prisão temporária é medida excepcional, cautelar e provisória, cabível apenas durante
o inquérito policial e por prazo determinado, de modo que, esgotado o lapso temporal
previsto em lei, o preso deve ser posto imediatamente em liberdade.
Verdadeiro. A prisão temporária é uma medida cautelar restrita à fase investigativa, conforme o
art. 1º da Lei 7.960/1989.

6- O juiz poderá substituir a prisão temporária pela domiciliar em casos especiais.


Verdadeiro. A prisão domiciliar pode ser concedida em casos previstos no art. 318 do CPP, como
saúde debilitada ou gestação.

7- A prisão temporária somente pode ser decretada a requerimento do MP ou por


representação da autoridade policial.
Verdadeiro. Lei 7.960/1989, art. 2º, caput.

8- Cabível a decretação da prisão temporária no curso do processo judicial, quando


fundamentada.
Falso. A prisão temporária é restrita à fase investigativa do inquérito policial, conforme o art. 1º
da Lei 7.960/1989.

9- Pode ser decretada a prisão temporária, mesmo sem inquérito policial instaurado, com
base tão somente em peças de informação.
Verdadeiro. A Lei 7.960/1989 não exige a instauração formal do inquérito, desde que haja
elementos suficientes que justifiquem a medida.

10- A concessão de liberdade provisória está condicionada à imposição de medidas


cautelares diversas da prisão, vedada a cumulação com fiança.

Falso. A liberdade provisória pode ser concedida com ou sem medidas cautelares (art. 321, CPP).
A cumulação com fiança não é vedada.

11- A autoridade policial poderá arbitrar a fiança, ainda que se referia a crimes com
previsão de pena superior a 4 anos, desde que apenados com detenção.
Falso. O art. 322 do CPP limita a atuação da autoridade policial à concessão de fiança em crimes
com pena máxima de até 4 anos.

12- Não havendo hipótese para relaxamento da prisão em flagrante e não sendo o caso
de arbitramento de fiança, seja pela autoridade policial, seja pelo juiz, impõe-se a
manutenção do custodiado no cárcere até que seu defensor requeria a liberdade
provisória de seu cliente.

Falso. O juiz deve analisar a situação de forma automática, não dependendo


exclusivamente de pedido da defesa (art. 310, CPP).
13- Estando o réu preso ou solto, será intimado da sentença condenatória pessoalmente.
Verdadeiro. De acordo com o art. 392 do CPP, a intimação da sentença condenatória será feita
pessoalmente ao réu, esteja ele preso ou solto.

14- Tratando-se de crime de tortura, não será admissível a liberdade provisória.


Verdadeiro. A Lei 9.455/1997, em seu art. 1º, §7º, estabelece que os crimes de tortura são
insuscetíveis de liberdade provisória.

15- A fiança somente é cabível nas infrações penais cometidas sem violência ou grave
ameaça.
Falso. A fiança pode ser cabível em crimes cometidos com violência ou grave ameaça, desde que a
legislação não os classifique como inafiançáveis (art. 322 do CPP).

16- Impõe-se a decretação da prisão preventiva dos indivíduos que pratiquem crimes
considerados inafiançáveis ou delitos para os quais, de acordo com o CPP, não seja
possível a concessão da fiança, o que por si só, obsta a liberdade provisória
Falso. Crimes inafiançáveis não impedem automaticamente a concessão de liberdade provisória.
Deve haver análise do caso concreto (art. 310, CPP).

17- A autoridade policial somente poderá se manifestar sobre a decretação de fiança


nos crimes cuja pena máxima for igual ou inferior a 2 anos. Nos demais casos, a
competência para a sua concessão será exclusiva do juiz.

Falso. O art. 322 do CPP permite à autoridade policial arbitrar fiança em crimes cuja pena
máxima seja de até 4 anos.

18- Após a elaboração de um auto de prisão em flagrante pelo crime de estelionato,


diante da impossibilidade do delegado de polícia em arbitrar a fiança, o acusado (ou
seu defensor) deve requerê-la diretamente ao juiz, que decidirá no prazo de 48
horas, independentemente de manifestação do Ministério Público.

Falso. O art. 322 do CPP permite à autoridade policial arbitrar fiança em crimes cuja pena
máxima seja de até 4 anos.

19- A fiança tem por finalidade primordial assegurar a liberdade provisória do acusado
ou réu, admitindo-se sua concessão pela autoridade policial, desde que a pena
máxima privativa de liberdade prevista para a infração não seja superior a quatro
anos; a autoridade policial deve levar em consideração para o cálculo máximo em
abstrato da pena, o concurso de crimes, e as causas de diminuição de pena.
Falso. A autoridade policial considera apenas a pena máxima em abstrato para o crime isolado,
sem incluir causas de aumento ou diminuição (art. 322 do CPP).

20- Após denúncia anônima, João foi preso em flagrante pelo crime de moeda falsa no
momento em que fazia uso de notas de cem reais falsificadas. Ele confessou a
autoria da falsificação, confirmada após a perícia. O Delegado tem competência
para arbitrar a fiança de João, visto que se trata de crime afiançável.
Falso. O crime de moeda falsa (art. 289 do CP) é inafiançável, conforme o art. 323 do CPP.

21- Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser
proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência
material do fato.
Verdadeiro. O art. 67 do CPP permite a propositura da ação civil, salvo nos casos de inexistência
material do fato.

22- É possível o réu recorrer de uma sentença absolutória com o intuito de modificar o
inciso pelo qual foi absolvido, sendo mais vantajoso a ele.

Verdadeiro. O réu pode interpor recurso para modificar os fundamentos da absolvição em


seu benefício, desde que não resulte em prejuízo.

23- Segundo o STJ, deve haver pedido de indenização em caso de sentença


condenatória, para possibilitar a fixação de quantia mínima pelo juiz.
Falso. Conforme o art. 387, IV, do CPP, o juiz pode fixar o valor mínimo de indenização
independentemente de pedido expresso.

24- A obrigação de indenizar o dano causado pelo crime é efeito automático (genérico)
da sentença condenatória.
Verdadeiro. O art. 91, I, do CP estabelece que a reparação do dano é efeito automático da
condenação.

25- A publicação da sentença condenatória é marco interruptivo da prescrição.


Falso. O marco interruptivo da prescrição é a data do trânsito em julgado para a acusação,
conforme o art. 117 do CP.

26- Sentença absolutória própria é aquela que não impõe qualquer sanção ao acusado.
Verdadeiro. A sentença absolutória própria ocorre quando o réu é absolvido sem a imposição de
medidas restritivas.
27- Para que um juiz possa condenar alguém ele precisa de prova plena, com a
materialidade do fato e autoria. A sentença condenatória não pode advir de uma
possibilidade, na dúvida, absolve-se. Deve-se observar os requisitos formais
(relatório, motivação e conclusão).
Verdadeiro. É o princípio do in dubio pro reo, conforme art. 386 do CPP.

28- O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar
pena mais grave.
Verdadeiro. Conforme o art. 383 do CPP, o juiz pode atribuir definição jurídica diversa ao fato
descrito.

29- Coisa julgada é a imutabilidade da entrega da prestação jurisdicional e de seus


efeitos para que o imperativo jurídico contido na sentença faça força de lei entre as
partes.

Verdadeiro. Trata-se do conceito doutrinário de coisa julgada.

30- A coisa julgada na sentença absolutória não admite revisão em hipótese alguma.

Falso. A coisa julgada pode ser relativizada em revisão criminal, mesmo em sentença
absolutória, conforme o art. 621 do CPP.

31- Existe a possibilidade de se rescindir, por meio de revisão criminal, a sentença


condenatória transitada em julgado, sem ofensa a coisa julgada.

Verdadeiro. A revisão criminal é prevista no art. 621 do CPP e não viola a coisa julgada.

32- A prisão domiciliar não se confunde com a medida cautelar de recolhimento


domiciliar prevista no art. 319, já que a prisão domiciliar é uma especial forma de
cumprimento de cumprimento da prisão preventiva.
Verdadeiro. A prisão domiciliar (art. 318 do CPP) e o recolhimento domiciliar (art. 319, V, do CPP)
têm finalidades e fundamentos distintos.
2 ª parte – RECURSOS

Observação: não se esqueça de mencionar a fonte que retirou

1. Conceitue recurso

Recurso é o meio processual destinado a provocar a revisão, pelo mesmo órgão


jurisdicional ou por instância superior, de uma decisão judicial, com o objetivo de corrigir
eventuais erros de fato ou de direito. Os recursos estão previstos no Código de Processo
Penal (CPP) e são regulados pelas normas processuais.

Fonte: Art. 574 do CPP.

2. Qual o significado de voluntariedade dos recursos?

A voluntariedade dos recursos refere-se à necessidade de manifestação expressa da parte


interessada para que o recurso seja interposto. Não há interposição automática; depende de
iniciativa da parte prejudicada pela decisão judicial.

Fonte: Princípios gerais do direito processual, implícito no CPP.

3. Qual o significado de efeito devolutivo, suspensivo, regressivo e extensivo?

 Efeito devolutivo: Significa que a matéria impugnada pelo recurso será devolvida
para reexame pelo órgão jurisdicional superior ou competente.
Fonte: Art. 574 do CPP.
 Efeito suspensivo: Suspende a eficácia da decisão recorrida até que o recurso seja
julgado, evitando que esta produza efeitos imediatos.
Fonte: Art. 597 do CPP.
 Efeito regressivo: Permite que o juízo que proferiu a decisão impugnada
reexamine e, eventualmente, a modifique antes do julgamento pelo órgão superior.
Fonte: Art. 1.021, §2º, do CPC.
 Efeito extensivo: Amplia os efeitos do recurso a outros réus ou beneficiários que
não tenham recorrido, quando aplicável.
Fonte: Art. 580 do CPP.

4. Qual o significado, prazo e fundamento dos seguintes recursos:

a) Apelação
 Significado: Recurso que visa à revisão de sentença condenatória ou absolutória
em processos judiciais. No processo penal, a apelação é destinada a impugnar
decisões definitivas ou com força de definitivas proferidas por juízes de 1ª
instância.
 Prazo:
o CPP: 5 dias para interposição; 8 dias para razões (art. 593 e 600, CPP).
 Fundamento:
o CPP: Art. 593.

b) Recurso em sentido estrito (RESE)

 Significado: Recurso utilizado para atacar decisões interlocutórias em matéria


criminal, como o recebimento ou rejeição da denúncia, pronúncia ou impronúncia
em processos do Tribunal do Júri, entre outros.
 Prazo: 5 dias (art. 586 do CPP).
 Fundamento: Art. 581 do CPP.

c) Embargos de declaração

 Significado: Recurso cabível para esclarecer omissão, contradição, obscuridade ou


erro material em decisão judicial.
 Prazo:
o CPP: 2 dias (art. 619, CPP).
 Fundamento:
o CPP: Art. 619 e 620.

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