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MRP

HELENA SOUSA, PHD


O conceito Biodinâmico na Osteopatia sugere um
renascimento dos princípios filosófico e espiritual ensinados
pelo Dr. Andrew Taylor Still, fundador da Osteopatia, e pelo
pai da Osteopatia Craniana Dr. William Garner Sutherland.
Sutherland descobriu um sistema de regulação para o organismo que se manifestava através de
um movimento lento e rítmico do crânio, denominando-o de MRP (Movimento Respiratório
Primário).

Tempos depois, entre os anos de 1975 – 1983 outro médico e osteopata americano Dr. John
Upledger desenvolveu estudos sobre o movimento sincronizado entre o osso occipital e o osso
sacro, denominado de ritmo craniossacral.
Pela arquitetura das suturas do crânio, acreditou que os
ossos poderiam se mover.

Realizou experimentos em si mesmo e concluiu que além


dos ossos do crânio movimentar no adulto, tem uma função
fisiológica importante e está conectado com outros tecidos,
como as membranas, o sistema nervoso, e o fluido
cerebroespinhal.

Associou os movimentos com um sistema de respiração


celular (rítmica), que pode ser palpado e que proporciona
uma rica informação clínica.
O fluido cérebro espinhal (LCR) entra em contato imediatamente
com todos os órgãos vitais situados em torno da parede do
terceiro ventrículo (hipotálamo, tálamo, gânglios da base) que
junto com o quarto ventrículo detém importantes centros
nervosos corporais, como os que controlam a respiração
pulmonar, a circulação do sangue, a digestão, a eliminação, a
homeostase e 10 dos 12 nervos cranianos.
O impulso rítmico craniano (IRC)

Com ritmo médio de 8 a 12 ciclos por minuto, é o desenvolvimento


mais externo (superficial)

No corpo saudável, o IRC também chamado de movimento craniosacral,


ou cranial é simétrico e harmonioso, com características de tensão
recíproca.
Determina a mobilidade nos tecidos, ou o movimento de uma estrutura
particular com relação à outra.

O ritmo é relativamente estável e regista a condição das estruturas


fisiológicas, emocionais e mentais.

Responde as mudanças do meio ambiente e a uma intensa emoção, além de


doenças e da resistência dos tecidos corporais.
Cada estrutura expressa um padrão individual de
mobilidade craniosacral tornando aspectos essências
para um bom funcionamento do mecanismo
respiratório primário como:
❑ A flutuação longitudinal do fluído cerebroespinhal

❑A motilidade inerente do sistema nervoso central

❑A mobilidade das membranas de tensão recíproca

❑O movimento dos ossos cranianos


❑ O movimento involuntário do sacro entre os ossos
ilíacos da pelve
Os cinco componentes primordiais do mecanismo
respiratório primário estão em relação direta com o
sistema de membranas durais e situam ao longo da
linha média corporal.

A expressão do movimento respiratório primário não


limita somente a esses tecidos. O Dr. Still atribui a
fáscia um importante papel.
MRP
Apresenta um movimento rítmico, que depende da sístole e diástole dos
hemisférios cerebrais.

As membranas celulares apresentam uma contração rítmica

No encéfalo observa-se uma contração simultânea de 100 biliões de células

Hemisférios cerebrais tornam-se mais compactos e consequentemente os


ventrículos dilatam-se

Na periferia os espaços aracnoideus alargam-se


Meninges
As meninges em conjunto com o LCR envolvem o SNC

São compostas por tecido conjuntivo

São elas a :

Duramater

Aracnoide

Piamater
MENINGES
https://books.google.pt/books?id=-
GOtDwAAQBAJ&pg=PR20&lpg=PR20&dq=MOVIMENTO+DAS+MENINGES+E+BUSQUET&source=
bl&ots=VYSGuhwMnS&sig=ACfU3U3hPpill9smcjkcTzCq9Oorb4e8Ig
Meninges

As meninges em conjunto com o LCR formam um saco fluido. Um sistema de


suspensão hidráulica que garante a estática, a proteção e os deslizamentos do
conjunto cerebroespinal
Duramater
Mais superficial

Espessa

Resistente

Tec. Conjuntivo rico em colagénio , contendo nervos e vasos


Pregas da
Duramater
Foice do Cérebro

Tenda do Cerebelo

Foice do Cerebelo
Aracnoide
Muito delgada

Justaposta à duramater

Separa-se da piamater no espaço subaracnoideu

Há comunicação entre os espaços subaracnoideus do encéfalo e da medula


Piamater
Mais interna das meninges

Adere à superfície do encéfalo e medula

Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço


subaracnoideu
MRP
Extensão – Fecho

Expiração - Rotação Interna

Imagem cedida por Prof. João Tedim


Flexão – Abertura

Inspiração -Rotação Externa

Imagem cedida por Prof. João Tedim


SEB
A SEB é considerada a chave mestra do crânio pela simples razão de que a esfera anterior do
crânio é controlada pelo esfenóide, ao passo que a esfera posterior está sob controlo directo do
osso occipital.

Estes dois ossos são importantes locais de fixação das meninges, nomeadamente da dura-máter;
inserções musculares, quer de músculos intracranianos como extracranianos, apresentando
numerosos orifícios de passagem de importantes estruturas nervosas e vasculares.
A mobilidade da duramater espinal depende da posição do
buraco occipital

Membranas Na fase da flexão da SEB:

Intraespinais O buraco occipital vai para a frente e para cima

A duramater medular leva a cabo um movimento para cima

O sacro fica vertical: flexão MRP


Movimento na SEB
: A junção entre os ossos esfenóide e occipital ossifica plenamente até os
18 anos, formando a sinostose esfeno-occipital.

William Sutherland e a maioria dos autores craniossacrais sustentam que, em adultos,


movimento cranial é, em parte, ativado por movimento da sinostose.
De fato, os argumentos a favor e contra a mobilidade todos são muito plausíveis, entretanto, se
não ossifica até os 18 anos, há alguma possibilidade de trabalhar a mobilidade até a completa
ossificação.

Após a ossificação haveria possibilidade de melhorar as tensões ósseas devido esse osso ser
trabecular? Segue as dúvidas e o debate, e quais repercussões clínicas isso teria?
SACRO VERTICALIZA
Extensão da SEB
O buraco occipital vai para trás e para baixo

A duramater medular relaxa a sua tensão, o sacro horizontaliza-


se e coloca-se em expiração MRP
Membranas
Periféricas
Flexão SEB
Fasciais
As fáscias profundas, a duramater espinal, realizam um
movimento de ascensão que facilita a rotação que facilita a RE
do crâneo e a descida das fáscias superficiais

O conjunto da mobilidade das fáscias pode ser comparado a


uma fonte de vida

O conjunto do corpo do doente encontra-se em RE e as cadeias


musculares são favorecidas no sentido da exteriorização
A cura não esta relacionada unicamente com o
desaparecimento dos sintomas, mas com a sustentação e
integração com a totalidade individual.
Isso estabelece-se ao favorecer um maior equilíbrio da
estrutura e função, ao ajudar a restaurar o Movimento
Respiratório Primário nas áreas do corpo cuja conexão com a
totalidade é fragmentada.
A tendência para a integração e a saúde é inata, natural e
está sempre presente. Para seguir o caminho da cura, além
de recrutar os recursos intrínsecos e fisiológicos do corpo, é
necessário a responsabilidade pessoal sobre os atos para os
cuidados da saúde.
Marcel, B. (1997).As Bases da Fisiologia da Terapia Manual.Sumus Ed.

Liem,T ; Mcpartland,M ; Skinner, E et al,.(2004) CRANIAL OSTEOPATHY : PRINCIPLES AND


PRACTICE. Edinburgh ; London : Elsevier Churchill Livingston

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