Catequese-Infantil-Modulo-II-2014
Catequese-Infantil-Modulo-II-2014
Catequese-Infantil-Modulo-II-2014
Pastoral Catequética
Etapa I – Módulo II
Apostila do Catequista
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
CONTEÚDO
O Perfil do Catequista ........................................................................................................................................................ 5
Compromissos do Catequista ............................................................................................................................................. 6
Espiritualidade do Catequista ........................................................................................................................................... 6
Planejamento da Catequese ............................................................................................................................................... 7
1º Encontro: Acolhida e Entrosamento ........................................................................................................................... 9
2º Encontro: Os Amigos de Jesus Vivem em Comunidade ........................................................................................ 12
3º Encontro: Jesus Inicia sua Missão a Partir do Batismo....................................................................................... 16
4º Encontro: Jesus Forma sua Equipe ........................................................................................................................... 18
5º Encontro: Jesus nos Ensina a Rezar ......................................................................................................................... 22
6º Encontro: Jesus Fala do Reino em Parábolas ......................................................................................................... 25
7º Encontro: Jesus Nos Ensina a Repartir ................................................................................................................... 28
8º Encontro: Jesus Nos Ensina a Amar e Perdoar ..................................................................................................... 30
9º Encontro: Jesus Nos Ensina a Acolher .................................................................................................................... 35
10º Encontro: Jesus Nos Ensina a Verdadeira Felicidade ........................................................................................ 37
11º Encontro: Entrada de Jesus em Jerusalém .......................................................................................................... 41
12º Encontro: Lava-Pés e Instituição da Eucaristia ................................................................................................... 44
13º Encontro: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus ............................................................................................. 47
14º Encontro: Jesus Escolhe Pedro ............................................................................................................................... 52
15º Encontro: Jesus Nos Envia o Espírito Santo ........................................................................................................ 55
16º Encontro: O Espírito Santo e Seus Dons .............................................................................................................. 60
17º Encontro: Jesus e a Lei de Deus ............................................................................................................................. 64
18º Encontro: Mandamentos: Guia para s Vida ............................................................................................................ 68
19º Encontro: Mandamentos: Dignidade á Vida (5º, 7º e 10º) ................................................................................. 73
20º Encontro: Mandamentos: Dignidade á Vida (6º, 8º e 9º)................................................................................... 78
1º Tema Extra: Quaresma e Campanha da Fraternidade .......................................................................................... 82
2º Tema Extra: Quaresma e Campanha da Fraternidade ......................................................................................... 82
3º Tema Extra: Semana Santa e Páscoa ....................................................................................................................... 91
4º Tema Extra: O Santo Padroeiro ............................................................................................................................... 92
5º Tema Extra: Maio, Mês de Maria e Diadas Mães .................................................................................................. 98
6º Tema Extra: Corpus Christi ..................................................................................................................................... 100
7º Tema Extra:Vocação – Dia dos Pais ........................................................................................................................ 104
8º Tema Extra: Setembro – Mês da Bíblia ................................................................................................................ 108
9º Tema Extra: Missões .................................................................................................................................................. 113
10º Tema Extra:Dízimo ................................................................................................................................................... 115
Bibligrafia ........................................................................................................................................................................... 119
Dinâmicas para serem usadas nos encontros da Campanha da Fraternidade 2012...... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..134
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
O PERFIL DO CATEQUISTA
Boa comunicação.
Participação, engajamento e
Ter no mínimo 16 anos e espírito de serviço à
ter sido crismado. comunidade.
(Fonte: Objetivos e Diretrizes da Pastoral Catequética, 86) Amor preferencial pelos pobres.
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COMPROMISSOS DO CATEQUISTA
ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA
A Catequese Renovada qualifica o catequista como pessoa de profunda espiritualidade, que leva
uma vida de oração. Por isso, diz que a formação deve ter cuidado de desenvolver principalmente
sua vivência pessoal e comunitária da fé, seu compromisso com a transformação do mundo. A
espiritualidade do catequista, para ser autêntica, deve estar integrada na vida concreta,
compreendendo as atitudes de:
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PLANEJAMENTO DA CATEQUESE
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1. Objetivos:
Fazer uma experiência com Jesus, o Amigo para conhecê-Lo
melhor e caminhar com Ele por toda a vida.
2. Conteúdo do Encontro:
Diálogo para saber o que fizeram durante as férias.
Todos se conhecem devido à caminhada do ano passado.
Acolhimento aos catequizandos que integram a nova turma.
3. Desenvolvimento do Tema:
Promover um ambiente acolhedor.
Receber com alegria cada catequizando Organizar os
catequizandos sentados em círculo, tendo no centro imagem ou
figura de Jesus, vela, flores e Bíblia.
Pedir que formem pares e se entrevistem de forma a se conhecerem melhor.
Em seguida cada um fará a apresentação do amigo que foi entrevistado, não podendo fazer a
própria apresentação. Quem estiver sendo apresentando vai verificando se as informações a seu
respeito estão corretas conforme foi passado na entrevista.
Explicar que agora formam um grupo de amigos que, juntos irão aprender sobre a mensagem de
Jesus para todos.
Explicar que juntos construímos a comunidade dos amigos de Jesus, e pertencemos à uma Paróquia
(ou Capela que pertence à Paróquia....).
Explicar sobre a paróquia, as pessoas que nela trabalham, o que fazem.
Falar sobre o Santo Padroeiro da Paróquia (ou Capela).
Visitar a Igreja ou Capela.
Conversar sobre as atitudes que se espera dos amigos de Jesus (apostila)
Conversar sobre a melhor convivência em família, com os amigos, com a nova turma de catequese.
Perguntar o que esperam da catequese neste ano.
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passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos
necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor, eu creio que ela me cativou ...
É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra ...
Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
Num outro planeta?
Sim.
Há caçadores nesse planeta?
Não.
Que bom! E galinhas?
Também não.
Nada é perfeito, suspirou a raposa.
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2º ENCONTRO: OS AMIGOS DE JESUS VIVEM EM COMUNIDADE
1. Objetivos:
Despertar os catequizandos para o sentido da Santa Missa
em nossa vida cristã.
Despertar o desejo de participar da missa e entender os
vários momentos da celebração.
Conhecer os fundamentos da missa para melhor participar
dela e vivenciá-la.
Reconhecer a Eucaristia como sacramento do amor, da
fraternidade e da partilha
2. Conteúdo do encontro:
A presença de Jesus na celebração da missa, através da Palavra, da pessoa do sacerdote, do
altar e da Eucaristia.
Na missa cumprimos o importante papel de povo de Deus. Tornamo-nos um só corpo em Cristo.
Cada catequizando faz parte desta comunhão, desta união de fé e amor, deste povo que Deus
ama.
Explicar a missa parte por parte.
3. Desenvolvimento do Encontro:
Conversar com os catequizandos sobre uma festa de aniversário.
Enumerar os momentos, desde a preparação da festa até o seu final, o bolo, o parabéns a você,
o apagar a vela, que é o ponto alto da comemoração.
Tudo numa festa é importante, mas o principal é a comemoração da vida de uma pessoa.
Assim é a Celebração Eucarística. Lembramos de um fato do passado – Cristo que fez a ceia
com os apóstolos, doou a sua vida, dando seu corpo e sangue para a salvação de todos.
Quando vamos à missa, relembramos as palavras e gestos que Jesus usou e atualizamos a
entrega de Jesus porque Ele veio para salvar a todos, tanto os que viviam no seu tempo como os
cristãos de todos os tempos (passado, presente e futuro).
Leia o texto bíblico Lc 22, 14-20.
Realize um segundo momento, com uma leitura dialogada: toda a turma narra e um dos
catequizandos faz a leitura das falas de Jesus.
Dramatize a cena com base nos versículos 19 e 20 em que Jesus abençoa e distribui o pão e o
vinho.
Levar os catequizandos até a igreja para explicar as partes da missa .
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Quando alguém muito querido vem a nossa recebermos forças na luta do dia-a-dia. O
casa, como o recebemos? Então vamos ver como sacerdote oferece a Deus tudo o que é colocado
nos preparamos para participar da Missa. no altar.
Hoje e domingo, dia do Senhor. Vamos Oração Eucarística: Nesta oração é
encontrar nossos amigos, parentes, etc. transformado o pão e o vinho no Corpo e Sangue
Ao entrar no local da celebração, vamos de Cristo. Tudo o que vimos e ouvimos é
ficar em silêncio, para preparar em oração o transformado na Eucaristia. Recordamos o
grande acontecimento da Paixão, Morte e momento em que Cristo deu a sua vida por nós. Ele
Ressurreição de Jesus. está presente sobre o altar; não o vemos, mas isto
Canto de Entrada: Ao iniciar, cantamos sabemos pela fé. A oração por Cristo, com Cristo
alegres por estarmos reunidos com os irmãos na e em Cristo, resume este ato da fé. Ao
casa do nosso Deus e Pai, o sacerdote recebe a pronunciarmos o Amém, queremos dizer que
todos cumprimentando em nome das três pessoas aceitamos tudo, com amor e gratidão.
da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Pai Nosso: É a oração que Jesus nos
Santo. ensinou e é a mais completa das orações. Essa
Ato Penitencial: Quando amamos alguém de oração nos torna irmãos, porque Deus é o nosso
verdade, é necessário ir ao seu encontro, sem Pai.
mágoa. Por isso, pedimos perdão de nossas faltas. Oração pela Igreja: A Igreja, Santa pela
O Ato Penitencial nos convida a dar uma parada e graça de Deus e pecadora porque realizada por
ver onde pecamos e no que precisamos mudar de pecadores e em favor de pecadores, pede pela
vida. unidade de seus filhos para testemunho de Jesus
Hino de Louvor: Depois de pedir perdão, Cristo, na fé, no culto e na caridade (cfr. Jo 17).
junto e diante de toda a Comunidade, estamos em Saudação da Paz: Desejamos a paz do
condições de glorificar a Deus. Cantamos ou Cristo a todas as pessoas: aos amigos e aos
rezamos, com alegria o Glória. inimigos. Só Cristo pode, realmente, nos dar a paz
Rito da Palavra: Até agora Deus nos ouviu. e ajudar-nos a viver como irmãos.
É nossa vez de ouvi-Lo nas três leituras tiradas da Cordeiro de Deus: Pedimos três vezes que
Bíblia, intercaladas pelo Salmo de Meditação e a tenha piedade de nós, para frisar bem que só
Aclamação do Evangelho. A Palavra de Deus Deus tira os pecados do mundo e o quanto
transforma a nossa vida. E as leituras vão nos precisamos de perdão. Não somos dignos de
mostrar que Deus sempre está presente no seu sermos perdoados, mas Jesus quer nos perdoar e
povo. ficar conosco.
Fomos acolhidos, recebemos o perdão, Comunhão: A mesa está posta e o alimento
ouvimos a palavra de Deus, e o celebrante explica preparado. Somos convidados a participar da
as leituras na homilia. Vamos sintetizar tudo isso, Comunhão com toda a humanidade que sofre e
rezando o Creio em Deus Pai, que contém as também se alegra, porque Cristo é ponto de
verdades fundamentais da nossa fé. unidade dos que n'Ele crêem. E esta união deve
Oração dos Fiéis: Toda a comunidade faz acompanhar-nos até nossas famílias, vizinhos e
os pedidos, conforme as suas necessidades. colegas de escola e trabalho, como sinal da vida e
Rezamos também pelos governantes, pelos que unidade.
sofrem, pelo mundo inteiro. Despedida: Ao despedir-nos, devemos estar
Ofertório: É a hora de colocar sobre o cheios da graça de Deus. O sacerdote diz: ―Vamos
altar toda nossa vida para ser consagrada. Por em paz e que o Senhor nos acompanhe‖, e nos
isso, não pode ser oferta só de dinheiro, de abençoa em nome da Santíssima Trindade.
mantimentos para os pobres, mas da vida, para
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Respondemos: Amém. Mas na verdade a Missa não além de ser bíblica, contém todo o Mistério da
termina, ela continua durante a semana. nossa fé e salvação.
Podemos notar que no começo e no fim da
Missa, o sacerdote invoca a proteção da Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do Catequista,
Santíssima Trindade. Vemos assim que a missa Paulus, 2003 – p. 312-314.
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3º ENCONTRO: JESUS INICIA SUA MISSÃO A PARTIR DO BATISMO
1. Objetivos:
Levar os catequizandos a conhecerem a pessoa de Jesus, como viveu, sua missão, seu projeto de
vida e seu amor pela comunidade.
Compreender que o batismo de Jesus marca o início de sua vida pública e o nosso batismo inicia-nos
na vida cristã.
2. Conteúdo do Encontro:
O Batismo nos leva a um compromisso de vida. Devemos nos
esforçar para viver como filhos de Deus e irmãos uns dos
outros.
Ao ser batizado Jesus quis assumir um compromisso.
Relembrar os símbolos do Batismo.
Verificar se todos foram batizados
3. Desenvolvimento do Tema:
Quem é Jesus para você? (deixar que falem )
Vocês sabiam que Jesus nasceu numa cidade pequena chamada
Nazaré, numa família igual a tantas outras daquela época?
Jesus, mesmo sendo Filho de Deus, quis nascer de uma mulher
que foi Maria e que hoje nós chamamos de Nossa Senhora , que é a nossa mãe do céu. Jesus teve
um pai adotivo José, que era carpinteiro e que ensinou Jesus a fazer os objetos de madeira que se
usava na época.
Jesus nasceu de uma família como a nossa e viveu no meio do seu povo.
Os primeiros anos de vida de Jesus são parecidos com a vida de qualquer criança, Ele chora, ri,
brinca, come, tem amigos, ajuda seus pais etc...
Freqüenta a Igreja da sua época que era chamada Sinagoga dos Judeus.
Ninguém podia imaginar que o filho de José, o carpinteiro fosse o Messias o Filho de Deus.
Depois de adulto Jesus partilhava das angústias e das esperanças de seu povo. Vivia as alegrias e os
momentos difíceis que todos viviam, e sem usar os privilégios que tinha como Filho de Deus.
Jesus era consciente de que tinha uma missão a cumprir no meio de nós: anunciar a todos o Amor do
Pai e seu Reino de justiça e paz.
Ao completar 30 anos Jesus vai até o Rio Jordão para ser batizado por João Batista que pregava
um batismo de conversão, de mudança de vida. Jesus queria ficar ao lado dos pobres e oprimidos e
também dos pecadores que João batizava.
Explicar como foi o Batismo de Jesus
Falar da voz do Pai, da presença do Espírito Santo sobre o Filho que é Jesus = Santíssima Trindade.
(Jesus recebe a Força do Alto, do Pai para iniciar a sua missão)
Falar que no nosso Batismo também recebemos a Graça de Deus e somos chamados a sermos
missionários do Reino de Deus.
O nosso compromisso com o Reino de Deus deve concretizar-se em nossas atitudes humanas de
amor fiel a Deus.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Mt 3, 16-17; Mt 4, 12-17
5. Ambientação: toalha, bíblia.
6. Material utilizado: Apostila, figura do batismo de Jesus.
7. Atividades: orientar as atividades.
8. Momento de Oração: Orientar que façam orações espontâneas lembrando-se do próprio batismo e
pedindo a Jesus que os ajude viver bem a sua missão de batizados.
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A vida pública de Jesus tem início com o seu esperança estava baseada na promessa da vinda
batismo por João no rio Jordão. João Batista, o do Messias. Ele deveria ser o enviado de Deus
precursor de Jesus, proclamava "um batismo de para libertar o seu povo. Sendo consagrado,
arrependimento para remissão dos pecados" (Lc (ungido) pelo próprio Deus, deveria ter força e
3,3). Por isso era procurado por muitas pessoas de poder.
diferentes grupos e classes sociais que vinham Jesus não costumava usar o título de
fazer-se batizar por ele. Messias. Quando chamavam Jesus de Messias, ele
O seu batismo visava preparar as pessoas aceitava o título. Quando Pedro diz que Jesus é o
para a chegada daquele que vem mostrar a Messias, Jesus recomenda-lhe que não diga a
proximidade do Reino (cf. Mt 1, 15), por isso dizia: ninguém; que guarde segredo (cf. Mc 8, 29-30).
"depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Jesus manifesta aos seus discípulos a sua
Eu não sou digno de me abaixar para desamarrar missão. Anuncia a eles que sua missão não será de
suas sandálias" (Mc 1,17). glória, de grandes sucessos. Convida muitos a
Quando Jesus vai ao Jordão e pede a João participar de sua missão: "Quem quiser vir comigo,
para ser batizado por ele, este o questiona. Jesus esqueça-se de si mesmo e carregue a sua cruz"
insiste na necessidade de ser batizado par João. (cf. Mt 16, 24).
Com sua atitude demonstra que Ele, mesmo sem Os discípulos não entendiam a missão de
ser pecador, se solidariza com a condição dos Jesus. Sonhavam com desfiles espetaculares e
pecadores. entradas triunfais. Percebe-se isto claramente
Durante o batismo de Jesus duas provas quando Pedro quer impedir a ida de Jesus para
divinas acontecem: os céus se abriram e o Espírito Jerusalém, para não enfrentar o sofrimento.
de Deus desceu como pomba e pousou sobre Jesus Jesus tinha falado: "Preciso ir para
e uma voz do céu disse: "Tu és o meu Filho amado, Jerusalém e ali os líderes judeus, os chefes dos
de ti eu me agrado" (Mc 1, 11). Assim, o Pai e o sacerdotes e os professores da Lei vão me fazer
Espírito Santo dão testemunho da divindade de sofrer muito. Serei morto, e no terceiro dia,
Jesus e de sua missão salvífica. ressuscitarei. Então Pedro o repreendeu: "Que
O batismo de Jesus marca o início de sua Deus não permita! Isto não pode acontecer de
vida pública. Ele deixa Nazaré e se coloca a jeito nenhum!" Severamente Jesus respondeu a
serviço do povo em favor da vida Ele mesmo falou: Pedro: "Saia da minha frente, Satanás! Você está
"Vim para que todos tenham vida e a tenham pensando como homem e não como Deus pensa!"
em abundância" (Jo 10,10). Para nós o batismo (cf. Mt 16, 21-23).
marcou uma nova vida. Ser batizado é assumir a A única vez que Jesus proclama
mesma missão de Jesus. Nós, cristãos, somos abertamente que é o Messias, é na resposta a
chamados a lutar pela vida, onde ela é ameaçada. pergunta de Caifás no seu julgamento e
No tempo de Jesus, os habitantes da condenação (cfr. Mt 26, 63-64).
Palestina esperavam a chegada do Messias que
libertaria o país das mãos dos Romanos e Fonte:
devolveria, à nação de Israel o esplendor dos Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. I,
tempos de Davi e de Salomão. Ed. Vozes, 2008 – p. 34.
O povo tentou libertar-se das dominações Fé,Vida e Comunidade, Ed. Paulus, 2003 – p. 187-
estrangeiras, mas nada conseguiu. A sua única 188
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4º ENCONTRO: JESUS FORMA SUA EQUIPE
1. Objetivos:
Reconhecer no convite que Jesus fez aos apóstolos um chamado
para cada um.
Reconhecer que Jesus não realizava a missão sozinho, chama a
outros para participar.
2. Conteúdo do encontro:
Jesus espalha a semente do Reino de Deus em todos os corações
e preparava os doze Apóstolos para serem mensageiros do Reino.
Relatar os compromissos que os discípulos tiveram que deixar
por aceitar o convite de Jesus e também os nossos
compromissos de cristãos.
Enfatizar o discipulado.
3. Desenvolvimento do Tema:
Mostrar o cartaz com os nomes dos 12 apóstolos = enviados por Jesus para uma missão.
Perguntar se já ouviram falar deles... Quem são? O que faziam antes? (obs.- Pedro, Tiago, João
eram pescadores; Mateus cobrava impostos etc...)
Falar da importância de trabalhar em equipe. Ex: grupos de escola, futebol, etc...
Quando mais pessoas trabalham juntas, com o mesmo objetivo, o resultado do trabalho é melhor.
Jesus também quis montar uma equipe para ajudá-lo na sua missão: levar o anúncio do Reino de
Deus a todas as pessoas do mundo inteiro.
Jesus ensinava como as pessoas deviam viver para ter uma vida mais feliz. Ele ensinava que
devemos seguir a Palavra de Deus, porque ela orienta a nossa vida.
Jesus queria que a sua missão nunca parasse, por isso convidou pessoas (apóstolos) para fazer
parte do seu grupo, aprender com Ele, e depois continuar a sua missão de ensinar as pessoas.
Hoje Ele chama cada um de nós para isso. Quando somos batizados, Jesus nos dá essa missão.
Todos são chamados, devemos ser discípulos, para aprender, e depois devemos ensinar aos outros.
Devemos ser apóstolos de Jesus como catequistas, missionários, freiras, padres, pessoas que
fazem trabalho nas pastorais da Igreja.
Dinâmica: Jesus nos chama pelo nome
Objetivo: importância de sermos conhecido pelo nome "Jesus chama cada um pelo nome".
Material: Um crachá para cada pessoa do grupo e um saco ou caixa de papelão para colocar todos os
crachás.
Descrição: O coordenador deverá recolher todos os crachás colocar no saco ou na caixa; misturar
todos os crachás em seguida entregar um crachá para cada catequizando. Este deverá encontrar o
verdadeiro dono do crachá, em 1 minuto.
Comentar: O nosso nome é muito importante. Assim como Jesus chamou os Apóstolos pelo nome, Ele
também nos chama pelo nome para fazer parte da sua equipe.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Lc 6, 12-16 ou Mc 3, 17-19
5. Ambientação: toalha, bíblia, cartaz com o nome dos apóstolos
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz com o nome dos apóstolos
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de Oração: em silêncio, de olhos fechados, pedir que pensem em Jesus que os está chamando
pelo nome – em seguida rezar juntos a oração da apostila.
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5º ENCONTRO: JESUS NOS ENSINA A REZAR
1. Objetivos:
2. Conteúdo do Encontro:
Rezando o Pai Nosso expressamos nossa relação de
filhos de Deus Pai.
Com o Pai Nosso declaramos que pertencemos a uma
grande família e, igualmente, entendemos a partilha do Pão Nosso de cada dia como
reconhecimento da providência paterna de Deus, que se preocupa com os problemas de seus filhos.
Através da oração pedimos e nos responsabilizamos por aquilo que pedimos.
3. Desenvolvimento do Tema:
Perguntar se todos costumam rezar e quando rezam.
Falar da importância da oração como uma comunicação, conversa com Deus.
Deus nos criou por amor, nos escuta e sabe de tudo que precisamos. ―Pedi e recebereis, buscai e
achareis...‖ (Lucas 11, 9).
Jesus também pedia ao Pai... agradecia... conversava... Isto é oração
Quando Jesus rezava? De manhã (Lc 6,12); de noite (Mc 1, 35); nas alegrias (Lc 10, 21); na tristeza (Lc
22, 41); pedindo (Lc 23, 34 ; Jo 17).
Com a oração recebemos a força necessária para vencermos todos os obstáculos.
Perguntar se todos conhecem a oração do Pai nosso.
É a oração dos filhos de Deus: todos nós!
É oração de perdão.
É oração de partilha.
Ler as passagens bíblicas onde Jesus ensina aos apóstolos a oração do Pai Nosso.
Explicar o significado de cada parte do Pai Nosso.
Acompanhando na apostila fazer com que todos leiam e compreendam o significado de cada frase do Pai
Nosso.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz com uma figura de Jesus rezando.
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porque não vê a realização de seus desejos. Esta oração lembra que não podemos aproximar-nos
Depressa perde a confiança, pensando que já rezou de Deus, esquecendo os irmãos.
o suficiente, então abandona toda a atitude de O ―Pai Nosso" não é apenas uma oração
esperança em Deus. importante; é também uma Profissão de Fé. Na
"O Pai Nosso" Igreja primitiva exigia-se que o batizando o
Um dia os discípulos viram Jesus rezar. recitasse publicamente antes de receber a água
Quando acabou a oração pediram-lhe: "Ensina-nos a batismal.
rezar" (Lc 11,15). No tempo de Jesus, cada grupo religioso tinha
Para orar, dizei somente isto ... E ensina-lhes as suas orações próprias que lhe serviam de
a oração do "Pai Nosso". Encontramo-la nos identificação religiosa.
evangelhos de Mateus (cf. 6,9-15) e de Lucas (cf. 11, Jesus ensina aos discípulos como deviam
1-4). rezar: "Não imiteis os pagãos diante dos seus ídolos.
Começa por uma invocação ao "Pai dos Céus". Pensam que será por muito gritar, que serão
Na religião dos judeus admitia-se que Deus tivesse atendidos mais facilmente. Um erro! Vosso Pai dos
pelo seu povo cuidados de pai. Deus tinha se céus conhece as vossas necessidades antes que lhe
comprometido com o povo ao longo da sua história: o apresenteis". (Mt 6,7-8).
tinha libertado, protegido e perdoado. ―O Pai Nosso é verdadeiramente o resumo de
Quando Jesus falava do Pai dos Céus, queria todo o Evangelho. Depois de o Senhor nos ter legado
falar duma vida de família que ultrapassa a esta fórmula de oração, acrescentou: 'Pedi e
imaginação. Ele empregava a palavra "Abba" que se recebereis' (Lc 11,9). Cada um pode, portanto,
traduz por "Papai". Jesus quer comunicar a vida de dirigir ao céu diversas orações segundo as suas
Deus aos seus discípulos. Quer fazê-los entrar na necessidades, mas começando sempre pela oração
Família do mesmo Deus. do Senhor, que continua a ser a oração fundamental‖
Por isso, devem dizer na oração: "Pai". o (CIC 2761).
apóstolo Paulo escreveu aos cristãos da Galácia:
Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do Catequista,
"Deus enviou o seu Filho para fazer de nós seus
Ed. Paulus, 2003 – p. 230-233.
filhos adotivos. E a prova de que nós somos filhos,
Deus pôs nos nossos corações o Espírito de seu filho
que clama "Abba! Pai!" (Gl 4, 4-7)
Notemos, que dizendo: "Pai Nosso" e não
"Meu Pai", o discípulo de Jesus faz uma proclamação
de fraternidade . Não há diferença entre os homens
de qualquer raça, povo ou condição social. Todos são
filhos do único Pai e devem amar-se como irmãos.
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1. Objetivos:
Compreender que as parábolas revelam a manifestação do
amor de Deus e um convite para participar do seu Reino.
Mostrar que Jesus contava pequenas histórias apresentando e
favorecendo ao povo a acolhida do Reino de Deus.
2. Conteúdo do encontro:
Quando Jesus usa as parábolas está nos revelando os
ensinamentos do Reino de Deus.
Como contribuímos para a construção do Reino de Deus, aqui
na terra?
O que significa Reino de Deus?
Quais as diferenças e semelhanças entre o Reino de Deus e a
nossa sociedade?
3. Desenvolvimento do Tema:
Perguntar se eles se lembram que Jesus chamou a todos nós para ajudarmos na construção do
Reino de Deus.
Pedir que falem sobre os acontecimentos no mundo (TV, Jornais, etc..): será que tudo o que
acontece está de acordo com o Projeto de Jesus? (mostrar que existem muitas coisas erradas,
mas também muitas coisas boas)
Para ensinar como podemos construir o Reino de Deus aqui na terra, na nossa vida, Jesus contou
muitas parábolas.
Explicar o que é uma Parábola – ―Parábolas são histórias que Jesus contava fazendo uma
comparação das experiências da vida das pessoas com as coisas do Reino de Deus que Ele queria
ensinar e que as pessoas pudessem entender e praticar‖
Convidar os catequizandos a encontrar na Bíblia o capítulo 13 do Evangelho de Mateus.
Ler com eles o título das várias parábolas deste capítulo para que reconheçam que foram muitas as
parábolas que Jesus contou.
Ler o texto de Mateus 13, 1-9 – A parábola do Semeador.
Motivá-los a observar os elementos comparativos do texto completando as atividades da apostila.
Fazer a dinâmica:
Colocar a bandeja com a terra suja no centro da sala (mesa ou chão).
Distribua a semente (dê mais de uma para cada catequizando)
Dizer que a bandeja representa o nosso coração. O que precisamos fazer para que a semente
que vamos plantar possa nascer e crescer bem?
Limpar a terra, deixando-a bem fofinha (= tirar os pecados do coração).
Dizer que a semente é a Palavra de Deus.
Perguntar se querem cultivar seu coração com coisas boas para serem felizes, e fazer a
vontade de Deus.
Relembre o texto bíblico com a ajuda dos catequizandos.
Relembre o sentido da parábola: o que a parábola fala para cada um de nós e que convite nos
faz.
25
Convidar cada criança a plantar a sua semente fazendo uma intenção de realizar alguma coisa boa
para os outros e assim ajudar Jesus na construção do Reino. Ex: ler a Bíblia, rezar , partilhar o
lanche, doar uma roupa, pedir perdão, rezar etc.
Fazer as atividades da apostila, explicando o sentido das outras parábolas.
4. Leitura utilizada: Mt 5, 13, Mt 13, 31-32, Mt 5, 14 , Mt 13, 33, Lc 8, 4-15, Mt 13, 44, Lc 15, 4 ou
outras parábolas sobre o Reino de Deus.
5. Ambientação: toalha, bíblia, imagem, flores. Ver a ambientação solicitada na dinâmica.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, bandeja (ou caixa) com terra, cheia de sujeira e sementes.
do seu trabalho, visando a libertação do Nenhuma das parábolas foi imaginada por
povo. Jesus; todas foram vividas por Ele. E só podem
Todos entendem as Parábolas? ser compreendidas, por nós, quando plenamente
As Parábolas são para entender ou para não vividas.
entender? Toda Parábola consta de dois elementos: o
Parece que os ouvintes compreenderam seu símbolo material e o simbolizado espiritual.
sentido superficialmente, sem acolher mais O símbolo material é tirado da natureza
profundamente a mensagem. Isto exigiria uma humana. E compreensível a todos, mas a
mudança radical de vida. compreensão do simbolizado espiritual depende do
Marcos apresenta o texto de Isaías 6,9 grau de fé em que cada pessoa está. Se ela está
para constatar isto: no grau 50, interpreta a parábola no grau 50;
"Falava em parábolas para que, olhando, não quem esta no grau 10, interpreta no 10, e assim
vejam; ouvindo, não ouçam e não entendam, a por diante. Não é possível dar uma explicação
menos que se convertam". definitiva e universalmente válida das parábolas.
Uma Parábola não contém uma só e A sua universalidade admite inúmeras
determinada mensagem, como uma fórmula interpretações, proporcionais ao grau de reflexão
fechada. e de vivência de cada pessoa.
A Parábola é aberta, feita para provocar a O importante é que as Parábolas devem ser
reflexão e a tomada de atitude das pessoas. refletidas para levar à ação de transformar a
As Parábolas são: sociedade, conforme o coração de Deus. Jesus
um instrumento de diálogo, chama para entrar no Reino, por meio de
elaboradas a partir da experiência vivida, Parábolas, traço característico de seu ensino. Por
pretendendo levar à conversão e à ação. meio delas, convida para o Banquete do Reino, mas
O Ponto Central das Parábolas e o Reino de exige também uma opção radical: para merecer o
Deus ou Reino dos Céus. Reino é preciso dar tudo. As palavras não bastam,
Esse Reino de Deus existe em todo homem, exigem-se atos.
está dentro do homem, como uma semente, um As Parábolas são para o homem uma espécie
embrião. Mas, na maior parte, os homens estão de espelho.
insensíveis a este dom. A Parábola ajuda o homem Como é que ele recebe a Palavra? Como chão
a despertar, a desenvolver este Reino que Jesus duro ou como terra boa? Que faz ele dos talentos
chama a "luz do alqueire", o "tesouro escondido", a recebidos? Jesus é a presença do Reino neste
"pérola preciosa". Para os ouvintes, inexperientes mundo estão secretamente no centro das
de Deus, Jesus não podia dizer o que na realidade Parábolas.
era esse Reino. Só podia comunicar através de "É preciso entrar no Reino, quer dizer,
comparações e analogias a que era semelhante a tornar-se discípulo de Cristo, para conhecer os
esse Reino "é semelhante a um grão de mostarda" mistérios do Reino dos Céus (cfr. Mt 13,11). Para
... "a um fermento" "a uma festa nupcial" ... "as os que ficam de "fora" (cf. Mc 4,11), tudo continua
dez virgens", etc. enigmático" (CIC 546).
Jesus passava muitas horas em oração Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do
antes de ensinar o povo. Foi na oração que Jesus Catequista,Vol. I, Ed. Vozes, 2008 – p. 54.
descobriu a pedagogia para explicar ao povo o que Fé, Vida e Comunidade, Livro do Catequista, Ed.
é o Reino de Deus. Paulus, 2003 – p.220-222.
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7º ENCONTRO: JESUS NOS ENSINA A REPARTIR
1. Objetivos:
Perceber que o amor generoso de Jesus nos leva a viver a
partilha.
Compreender que Jesus quer que os bens sejam
partilhados entre todos, conforme suas necessidades.
2. Conteúdo do Encontro:
Através da mensagem de Jesus podemos entender que
para acabar com a fome no mundo é preciso partilhar,
valorizando o pouco que cada um possui e que é repartido
entre todos, assim a comunidade se torna um sinal do
amor generoso de Deus.
Destacar o valor da caridade e da solidariedade.
Quais os movimentos existentes em nossa comunidade que prestam auxílio às pessoas
empobrecidas e carentes? Como por ex. os Vicentinos.Como podemos ajudá-los?
3. Desenvolvimento do Tema:
DINÂMICA:
Teatrinho com 3 situações: usar 3 carteiras como ―casas”.
Escolher 3 (ou mais) crianças para cada ―casa‖:
Escolher uma criança para ser aquele que vai pedir algo para comer.
Bate palma na 1ª casa e alguém da casa fala: ―Não tenho nada agora, passe depois!‖ (sai triste)
Vai para a 2ª casa, bate e alguém diz: ―Só tenho pão velho, duro, você quer?‖ ( sai triste)
Vai para a 3ª casa, bate e alguém fala: “Você está com fome? Vou te dar um pão fresquinho!
Acabei de comprar!” Todos ficam felizes: quem deu o pão e quem recebeu. Houve partilha,
repartiu com o necessitado a mesma coisa que a família ia comer.
Conversar se elas gostam de repartir com os outros as suas coisas, balas, lanches, emprestar
coisas para amigos ou irmãos etc...
O que elas sentem quando vêem pessoas vivendo nas ruas, crianças pedindo esmolas, descalças, com
fome. Crianças doentes sem assistência médica... etc...
LER A BÍBLIA e comentar: Jesus teve compaixão do povo – Jesus pediu para que os discípulos
mesmos dessem de comer ao povo necessitado (hoje pede para nós).
Jesus deu graças ao Pai antes de multiplicar os pães e peixes. Dar graças significa que tudo vem do
nosso Pai do céu que deseja que tudo o que Ele dá seja repartido entre todos.
Mostrar para as crianças que para Jesus multiplicar e repartir os pães e peixes foi preciso que
alguém mostrando a bondade oferecesse o que tinha: 5 pães e 2 peixes.
Se cada um de nós repartirmos o pouco que temos com aqueles que não têm nada todos ficaremos
satisfeitos e estaremos fazendo a vontade de Jesus.
DÍZIMO é uma forma de partilhar os nossos bens com aqueles que precisam.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Mt 14, 13-21.
5. Ambientação: toalha, bíblia, velas, imagem – cartazes.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartazes com pessoas que passam por necessidades.
7. Atividades: orientar as atividades.
8. Momento de Oração: orientar a oração.
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2. Conteúdo do Encontro:
Fazer a reflexão que é fácil amar e perdoar a quem gostamos, mas Jesus ensina que Deus é
misericórdia, que dizer, está sempre disposto a perdoar qualquer pessoa, qualquer um de nós:
―Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido‖.
Quem ama perdoa sempre, inclusive os inimigos.
Porque as pessoas acham difícil pedir perdão, fazer as pazes?
Conseqüências da inimizade, do sentimento de vingança e de raiva.
3. Desenvolvimento do Tema:
1º Momento – Jesus ensina a amar:
Iniciar o encontro com a ambientação para o 1º momento.
Conversar com os catequizandos sobre situações de pobreza e riqueza das pessoas nos diversos
lugares do mundo: locais de desenvolvimento econômico, alta tecnologia, de pobreza, florestas
exuberantes e terras áridas, desmatamentos.
Comente que a árvore que estão vendo no centro da sala representa o desamor no mundo.
Compare as situações de vida das pessoas nestes locais: de facilidades e dificuldades, desperanças
e sonhos, de paz e guerra...
À medida que forem conversando, coloque na árvore as gravuras de má qualidade de vida das
pessoas.
Pergunte o que Jesus acharia destas situações. Deixe-os se expressarem livremente.
Comente que Jesus se identifica com os que sofrem, com os pobres, com os doentes, com os
abandonados... e Ele conta com as pessoas para ajudar o seu próximo a mudar de vida.
Ler Mt 25, 34-45 que nos indica a prática que deve acompanhar todo cristão junto aos ‘pequeninos‘.
2º Momento – Jesus ensina a perdoar:
Mudar as figuras para o 2º momento.
Para entender melhor o sentido do perdão, ler o texto Jo 8, 3-11 se for possível de forma
dialogada.
Explorar os seguintes aspectos a partir do texto bíblico e com a ajuda dos cartazes:
o A pergunta que Jesus faz à mulher e as palavras que pronunciou ao despedir-se.
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4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Mt 22, 34-40, Jo 8, 3-11, Mt 18, 21-22.
5. Ambientação:
1º momento: colocar no centro da sala o desenho de um tronco de árvore e galhos com aparência de
árvore seca (ou o próprio galho seco) e gravuras retiradas de jornais e revistas que retratem
situações de desamor das pessoas.
2º momento: colocar no centro da sala figuras de pessoas se abraçando, de mãos dadas ou que
expressem sinal de perdão. Colocar também figuras de pessoas discutindo, brigando. Colocar,
ainda, pessoas com olhares que expressem ódio, alegria, amor, paz, dentre eles a figura de Jesus.
8. Momento de Oração: encerrar o encontro com a oração do Pai Nosso, meditando o trecho em que
pedimos perdão a Deus, na medida em que perdoamos a quem nos tenha ofendido .
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0 que se faz ao próximo (em especial ao
mais humilde e necessitado) é como se o Catecismo da Igreja Católica
fizesse ao próprio Jesus: "Em verdade vos 1822. A caridade é a virtude teologal
digo: cada vez que fizeste a um desses pela qual amamos a Deus sobre todas as
meus irmãos mais pequeninos, a mim o coisas por Ele mesmo, e ao próximo como a
fizestes" (Mt 25,40) . nós mesmos, por amor de Deus.
1823. Jesus faz da caridade o
A norma do amor será a de amar como Jesus
mandamento novo (75). Amando os seus «até
nos amou:
ao fim» (Jo 13, 1), manifesta o amor do Pai,
O amor de Cristo foi até as últimas que Ele próprio recebe. E os discípulos,
conseqüências: "Nisto conhecemos o Amor: que amando-se uns aos outros, imitam o amor de
ele deu a vida por nós. E nós também devemos dar Jesus, amor que eles recebem também em
as nossas vidas pelos irmãos" (1Jo 3,16). Com isso si. É por isso que Jesus diz: «Assim como o
queremos afirmar que: Pai Me amou, também Eu vos amei.
Permanecei no meu amor» (Jo 15, 9). E
Jesus se dirige ao ser humano concreto - seja
ainda: «É este o meu mandamento: que vos
publicano, prostituta, pobre, oprimido,
ameis uns aos outros, como Eu vos amei» (Jo
fariseu, rabino -, a todos os seres humanos; 15, 12).
Nós amamos a Deus e defendemos sua causa
amando como Jesus amou em qualquer
situação em que o ser humano se encontre; Para o perdão é preciso uma só pessoa, para a
Este amor deve ser humano, aqui neste mundo reconciliação é preciso duas: Deus e o homem. Em
e agora, no tempo que estamos vivendo; todo caso, para reconstruir a relação quebrada com o
Nada deve estar acima do amor aos irmãos ou outro, é preciso mostrar que se quer a paz e a
contentar-se em cumprir a lei: "Com efeito, eu reconciliação, ou seja, quem ofende precisa pedir
vos asseguro que, se a vossa justiça não perdão e o ofendido precisa responder ao pedido de
exceder a dos escribas e a dos fariseus, não desculpa, acolhendo-o de forma confiante. Mesmo
entrareis no Reino dos Céus" (Mt 5,20). rompendo com Deus, Ele não reage, não fecha a porta
Por ser o amor nosso mandamento, a única por dentro. Ela fica sempre aberta, pois assim é
medida do amor é amar sem medida. Esta é a Deus-Pai: Ele sempre perdoa!
última vontade de Jesus: "Dou-vos um Assim também se apresenta Jesus nos
mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. evangelhos: sempre acolhedor para o perdão. Isto
Como eu vos amei, amai-vos também uns aos se pode constatar nos encontros com Zaqueu,
outros. Nisso conhecerão todos que sois meus Mateus, Madalena, a adúltera, os inimigos, na
discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros" (Jo agonia da cruz. E ainda, nas curas que realizava, a
13,34-35). condição era o perdão: "Seus pecados te são
Tanto o Antigo como o Novo Testamento perdoados, vai em paz!" (Lc 7,48-50; Mc 2,5).
têm como "costura" o perdão de Deus. Aliás, Jesus resume sua atitude fundamental para
podemos dizer que a Bíblia é a história do Pai que com os pecadores na Parábola do Filho Pródigo (Lc
sempre perdoa o filho. É a expressão máxima do 15,11-32).0 pedido de perdão do filho mostra
amor, da bondade e da misericórdia de Deus para abertura de si, confiança em ser solto das
conosco. O perdão é o que nos aproxima dele. amarras que o prendiam provocadas pelo pecado e
Porém, não basta pedir o perdão, é preciso nos disposição para assumir uma vida nova. Isso supõe
reconciliar com Ele e com os irmãos. uma grande capacidade de superação de si mesmo
e confiança nos outros.
Essa prática do perdão que Jesus anuncia
deveria continuar na sua Igreja. Se, para tantas
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
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2227. Por sua vez, os filhos contribuem para o crescimento dos seus pais na santidade (20). Todos e
cada um se darão, generosamente e sem se cansar, o perdão mútuo exigido pelas ofensas, querelas,
injustiças e abandonos. Assim o sugere o afeto mútuo. E assim o exige a caridade de Cristo (21).
2608. Jesus insiste na conversão do coração desde o sermão da montanha: a reconciliação com o irmão
antes de apresentar a oferta no altar (59); o amor dos inimigos e a oração pelos perseguidores (60); orar
ao Pai «no segredo» (Mt 6, 6); não se perder em fórmulas (61); perdoar do fundo do coração na oração
(62); a pureza do coração e a busca do Reino (63) Esta conversão está totalmente polarizada no Pai: é
filial.
«ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO»
2842. Este «como» não é único no ensinamento de Jesus. «Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é
perfeito» (Mt 5, 48); «sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36); «dou-vos um
mandamento novo: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 13, 34). Observar o mandamento do
Senhor é impossível, quando se trata de imitar, do exterior, o modelo divino. Trata-se duma participação
vital, vinda «do fundo do coração», na santidade, na misericórdia e no amor do nosso Deus. Só o Espírito,
que é «nossa vida» (Gl 5, 25), pode fazer «nossos» os mesmos sentimentos que existiram em Cristo Jesus
(123). Então, a unidade do perdão torna-se possível, «perdoando-nos mutuamente como Deus nos perdoou
em Cristo» (Ef 4, 32).
2843. Assim ganham vida as palavras do Senhor sobre o perdão, sobre este amor que ama até ao
extremo do amor (124). A parábola do servo desapiedado, que conclui o ensinamento do Senhor sobre a
comunhão eclesial (125), termina com estas palavras: «Assim procederá convosco o meu Pai celeste, se
cada um de vós não perdoar a seu irmão do fundo do coração». É aí, de fato, «no fundo do coração», que
tudo se ata e desata. Não está no nosso poder deixar de sentir e esquecer a ofensa; mas o coração que se
entrega ao Espírito Santo muda a ferida em compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em
intercessão.
2844. A oração cristã vai até ao perdão dos inimigos (126). Transfigura o discípulo, configurando-o
com o seu Mestre. O perdão é o cume da oração cristã; o dom da oração só pode ser recebido num
coração em sintonia com a compaixão divina. O perdão testemunha também que, no nosso mundo, o amor é
mais forte que o pecado. Os mártires de ontem e de hoje dão este testemunho de Jesus. O perdão é a
condição fundamental da reconciliação (127) dos filhos de Deus com o seu Pai e dos homens entre si
(128).
2845. Não há limite nem medida para este perdão essencialmente divino (129). Quando se trata de
ofensas (de «pecados», segundo Lc 11, 4, ou de «dívidas» segundo Mt 6, 12), de fato nós somos sempre
devedores: «Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros» (Rm 13, 8).
A comunhão da Santíssima Trindade é a fonte e o critério da verdade de toda a relação (130). E é vivida
na oração, sobretudo na Eucaristia (131): «Deus não aceita o sacrifício do dissidente e manda-o retirar-se
do altar e reconciliar-se primeiro com o irmão: só com orações pacíficas se podem fazer as pazes com
Deus. O maior sacrifício para Deus é a nossa paz, a concórdia fraterna é um povo reunido na unidade do
Pai e do Filho e do Espírito Santo» (132).
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APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
No tempo de Jesus, se misturavam fé, compartilha a vida dos pobres, desde o estábulo
política, saúde, sociedade - tudo tinha a ver com a até a cruz; reconhece a fome, a sede e a
religião. Assim os doentes eram mantidos longe indigência. Mais ainda: identifica-se com os
das pessoas, pois eram considerados castigados e pobres de todos os tipos e faz do amor ativo para
abandonados por Deus, porque se achava que com eles a condição para se entrar no seu Reino"
contaminavam os puros (saudáveis) e os religiosos. (CIC 544).
Jesus, porém, mostra que estas atitudes não eram Um dos motivos da fúria de muitos líderes
corretas e faz o contrário do que os sacerdotes religiosos da época foi a acolhida de Jesus aos
do Templo diziam e faziam. Jesus age como o bom marginalizados, sua predileção pelos pobres."
pastor que deixa 99 ovelhas sozinhas, para ir a O maior milagre que Jesus pode realizar é
procura de uma só, que se perdeu (Mt 18,10-14), abrir os olhos da fé (Mc 10,46-52). Corremos o
pois a "ovelha" distante inquieta mais o pastor do risco de enxergar e não vermos quase nada. Sua
que a segurança das 99. visão de fé está nítida? Vê quando as pessoas
Jesus demonstra na sua prática exatamente estão sofrendo, quando sentem angustia,
esse gesto em diversas ocasiões. Ele mostra que desprezo? A sensibilidade de perceber a
quem tem amor no coração age fazendo o bem ao necessidade do próximo é um dom de Deus, que
próximo e atendendo-o em suas necessidades. podemos pedir e cultivar.
Além de não cumprir as leis de
discriminação dos doentes pobres e deficientes, Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do
Jesus declara que o Reino de Deus é para eles (Mt Catequista, vol. I, Ed. Vozes, 2008 – p.60.
5,3). Por isso cura em dia de sábado, come com os
pecadores, não tem medo de se aproximar deles,
tocá-los, acolhê-los. Desta forma, "Jesus
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8. Momento de Oração:
Leia com os catequizandos um pensamento de Santa Teresa de Jesus, várias vezes em dois coros:
―Nada te perturbe, nada te assuste. Tudo passa, Deus não muda.A paciência tudo alcança.A quem
tem Deus nada lhe falta. Só Deus basta‖.
Ou use a música de Tudo passa de Salete Ferreira:
Tudo passa, tudo passa, tudo vai passar / Só não muda o amor de Deus que é Pai. / Nem a morte,
nem a dor, nem a solidão / Pode superar o amor de Deus por mim oh! oh! / Só Deus não passará /
Só Deus permanecerá / Só Deus / Seu amor que vive em mim / Só Deus não passará / Só Deus
permanecerá / Só Deus / Ele voltará / Oh! Senhor teu corpo e sangue minha redenção / Aliança
por toda eternidade / Vem agora, oh meu Deus toma meu coração / Pois sem ti nada posso realizar
ah! ah! ah!
Depois peça que os catequizandos elaborem uma oração, escolhendo uma das bem-aventuranças.
Em seguida peça que cada um reze silenciosamente a oração que formulou.
Encerrar com a oração da confiança em Deus: o Pai Nosso.
si. Toma-se um ser mais disponível ao Reino dos cada dia se acentuam o materialismo, a descrença,
Céus. Nunca se cansa de louvar e adorar a Deus. a violência, etc.
Está sempre pronto a arrepender-se e confessar Vivemos numa sociedade onde as palavras:
seus pecados, amar e servir o irmão, sem querer honestidade, moral, verdade, justiça e amor,
nada em troca. perderam o seu sentido original.
O bem-aventurado é uma pessoa feliz e, A sociedade valoriza mais o ter do que o
certamente, queremos viver felizes. ser. Não valoriza os doentes, os pobres, os que
Jesus, subindo o monte, nos aparece como promovem a paz e a justiça.
um novo Moisés promulgador da Nova Lei, no novo Tudo isso nos traz uma angústia, porque
Sinai. Chama de bem-aventurados os pobres e estamos lutando contra a maré. À vista disso,
humildes. Fala a linguagem que Deus usou com seu somos tentados a desanimar e, às vezes, até
povo através dos profetas. Ex: em Sofonias 2,3; deixar tudo.
3,12-13. S. Paulo emprega a mesma linguagem em Mas, vale a pena continuar? A sociedade é
1Cor.1, 26-31. um grande desafio para nós.
O Sermão da Montanha é um sermão Qual a atitude de Jesus diante disso? O que
revolucionário. Jesus "vira a mesa". É uma Jesus valoriza? As palavras de Jesus,
inversão de valores tradicionais. Os hebreus pronunciadas no Sermão da Montanha há quase
cultivavam a convicção de que a prosperidade 2.000 anos, vem de encontro a essa angústia e são
material, o sucesso, eram sinais das bênçãos de válidas hoje e sempre: porque são palavras de vida
Deus; a pobreza e a esterilidade eram sinais de eterna. Não tem época, nem lugar. E qual deve ser
maldição. a nossa atitude?
Agora os bem-aventurados não são mais os Devemos retomar as Bem-aventuranças
ricos deste mundo, os saciados, os favorecidos, para não deixar morrer em nós o desejo de
mas os que têm fome e choram, os pobres e evangelizar e transformar a sociedade ...
perseguidos. É a nova lógica, que Maria, a bem- As Bem-aventuranças (Mt. 5, 1-12) se
aventurada por excelência, canta: "Derrubou os encontram dentro do Sermão da Montanha (Mt 5
poderosos ... " (Lc 1,52). a 7).
Jesus vem e anuncia o seu programa.
Anuncia o Reino (cf.Mc 1,14). Jesus vem provar, Quem são os bem-aventurados e por quê?
por palavras e ações, que o Reino de Deus tinha .os pobres de espírito - porque deles é o
chegado e estava se realizando na sua Pessoa reino dos céus.
(cf.Lc 4, 16ss). os mansos - porque possuirão a terra.
Jesus encarnou a realidade do povo. A sua os que choram - porque serão consolados.
mensagem era resposta às necessidades da época. os que têm fome e sede de justiça -
Quando Jesus veio ao mundo ele encontrou: porque serão saciados.
Templo e Lei. os misericordiosos - porque alcançarão
A Aliança era assim vivida: presença no misericórdia.
templo, observância da lei, oração, jejum, esmola, os puros de coração - porque verão a Deus.
pureza nos ritos (externos). Os fariseus e os os pacíficos - porque serão chamados
doutores da Lei faziam assim a cabeça do povo. filhos de Deus.
Como viver a Nova Aliança hoje? os que sofrem perseguição por amor à
Este nosso século XX é marcado pelo justiça - porque deles é o Reino dos Céus.
materialismo e ateísmo (milhares de pessoas não
acreditam em Deus e não acreditam em nada). E a
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Os pobres de espírito: São pessoas que mesma maneira: casa construída sobre a rocha
reconhecem o seu nada e aprendem que tudo o que (cf. Mt 7.24-27; Lc 6, 47-49).
tem, vem direta ou indiretamente de Deus. Ler as Bem-aventuranças e refletir:
Abertas para Deus acolhem, não julgam, perdoam. Onde Jesus pronunciou as Bem-aventuranças?
Os mansos (virtude apostólica): São pessoas em Mateus, na Montanha; em Lucas, na
compreensivas. "Aprendei de mim que sou manso e planície, lugares abertos.
humilde de coração" (Mt 11,29). Possuir a terra é não no Templo nem na Sinagoga, mas num
possuir o coração do irmão para levá-lo até Cristo. lugar onde todos pudessem ter acesso à sua
Os que choram: São pessoas que tem capacidade Palavra e à sua Pessoa.
de se arrepender e aquelas que são solidárias com A quem ele falou?
o sofrimento do outro. aos pescadores, agricultores, comerciantes,
Os que tem fome e sede de justiça: São às pessoas simples e marginalizadas,
pessoas que desejam realmente fazer a vontade a maioria sem voz nem vez.
de Deus, construindo um sociedade justa, sem
O que ele disse?
corrupção. "Meu alimento é fazer a vontade de
Ele prometeu riqueza, mudança de vida,
meu Pai" (Jo 4,34).
prestígio, etc.?
Os misericordiosos: São pessoas que tem a
Ou, "Vocês são bem-aventurados ... porque,
coragem de perdoar e pedir perdão.
aqui e agora, vocês já desfrutam do Reino dos
Os puros de coração: São pessoas bondosas,
Céus? "
leais, sem ganância. "Se seu olho é puro, tudo em
"As bem-aventuranças retomam e aperfeiçoam
você é luz." (Mt 6,22).
as promessas de Deus, desde Abraão, ordenando-as
Os pacíficos: São pessoas que promovem a paz.
para o Reino dos Céus. Correspondem ao desejo de
Viver em paz não é cruzar os braços, mas é lutar.
felicidade que Deus colocou no coração do homem"
É transformar. A paz exige luta e perseverança.
(CIC 1725).
Os que sofrem perseguição por causa da
"As bem-aventuranças colocam-nos perante
justiça: São pessoas que se desinstalam, que
opções decisivas relativamente aos bens terrestres;
saem de si para lutar por um mundo melhor.
purificam O nosso coração, para nos ensinarem a amar
As Bem-aventuranças são o ponto alto e
a Deus sobre todas as coisas" (CIC 1728).
o coração do Evangelho. Resumem todo o
programa do Reino. Fonte:
Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol.
Elas são a Boa-Nova (cf. Mt 5, 3-12) que os
IV, Ed.Vozes, 2008 – p.20 e 40.
cristãos devem difundir pelas suas boas ações (cf.
Fé, Vida e Comunidade, Livro do Catequista, Ed.
Mt 5, 13-16). Vós sois o sal da terra ... Paulus, 2003 – p. 213-217
Elas são também o anúncio da felicidade e
condição para possuir o Reino dos Céus.
As Bem-aventuranças foram escritas por
Mateus e Lucas. Tanto em Mateus como em Lucas
elas começam com um poema, e terminam da
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
1. Objetivos:
Reconhecer que a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém é comemorada até hoje na liturgia da
procissão do Domingo de Ramos.
2. Conteúdo do Encontro:
Relembrar a entrada de Jesus em Jerusalém, onde
o povo o aclamou: ―Jesus, Filho de Davi e Rei.
O povo deseja um rei justo que os liberte da
opressão.
A partir do Domingo de Ramos inicia-se a Semana
Santa.
2. Desenvolvimento do Tema:
Perguntar se estão lembrados da procissão do
Domingo de Ramos (explicar os ramos, os cantos)
Relembrar a seqüência das atividades de Jesus:
com 30 anos foi batizado por João Batista, foi para o deserto, entrou na Sinagoga e disse que Ele
era o Messias esperado (Lc,4) / começou a ensinar o povo ( parábolas), fez muitos milagres, ensinou
a amar , perdoar, repartir etc... / uma multidão o seguia / chamou os apóstolos etc... / como já
aprendemos.
Passou três anos ensinando a todos até que chegou a hora da sua paixão e morte (explicar), então
Ele foi para a cidade de Jerusalém onde tudo iria acontecer.
Quando entrou na cidade, montado num jumentinho, foi recebido como rei, aclamado com cantos de
hosana e ramos de palmeiras, as pessoas colocaram seus mantos coloridos no chão para Jesus
passar.
O povo recebe Jesus como o grande e poderoso rei libertador, mas quando ele é preso e condenado
o povo se desilude e o abandona. Não sabiam que Jesus veio nos libertar do pecado do mal e nos
dar a vida eterna no céu.
Ler a passagem na Bíblia. (Zacarias e Mateus).
CELEBRAÇÃO: Montar um tapete com as cartolinas ou papéis coloridos / dar ramos para as
crianças e cantar o canto de Hosana ( santo ). Pode ser CD.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da Bíblia – Lc 19, 28-40
5. Ambientação: toalha, bíblia,
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, Gravura do Domingo de Ramos, ramos de palmeira e tapete (de
papel) colorido.
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de oração: Aproveitar o momento de celebração e encerrar com a oração do Credo.
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APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
CELEBRAÇÃO DO DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR,
HOMILIA DE SUA SANTIDADE BENTO XVI,
Praça de São Pedro, Domingo, 1 de Abril de 2007 – www.vatican.va
Queridos irmãos e irmãs! Ele nos concede ser seus amigos e porque nos deu
Na procissão do Domingo de Ramos a chave da vida. Esta alegria, que está no início, é,
associamo-nos à multidão dos discípulos que, em contudo também expressão do nosso "sim" a
festa jubilosa, acompanham o Senhor na sua Jesus e da nossa disponibilidade a ir com Ele
entrada em Jerusalém. Como eles louvamos o aonde quer que nos leve. A exortação que estava
Senhor em coro por todos os prodígios que vimos. hoje no início da nossa liturgia interpreta,
Sim, também nós vimos e ainda vemos os prodígios portanto justamente a procissão também como
de Cristo: como Ele leva homens e mulheres a representação simbólica do que chamamos
renunciar aos confortos da própria vida e a "seguimento de Cristo": "Pedimos a graça de
colocar-se totalmente ao serviço dos que sofrem; segui-Lo", dissemos. A expressão "seguimento de
como Ele dá coragem a homens e mulheres de se Cristo" é uma descrição de toda a existência
oporem à violência e à mentira, para dar lugar no cristã em geral. Em que consiste? O que significa
mundo à verdade; como Ele, no segredo, induz concretamente "seguir Cristo?".
homens e mulheres a fazer o bem ao próximo, a No início, com os primeiros discípulos, o
suscitar a reconciliação onde havia o ódio, a criar sentido era muito simples e imediato: significava
a paz onde reinava a inimizade. que estas pessoas tinham decidido abandonar a
A procissão é antes de tudo um testemunho sua profissão, os seus negócios, toda a sua vida
jubiloso que prestamos a Jesus Cristo, no qual se para andar com Jesus. Significava empreender
tornou visível para nós o Rosto de Deus e graças uma nova profissão: a de discípulos. O conteúdo
ao qual o coração de Deus está aberto a todos fundamental desta profissão era andar com o
nós. No Evangelho de Lucas a narração do início do mestre, confiar-se totalmente à sua guia. Assim, o
cortejo nas proximidades de Jerusalém é seguimento era uma coisa exterior e, ao mesmo
composta em parte literalmente segundo o modelo tempo, muito interior. O aspecto exterior era o
do rito da coroação com o qual, segundo o Primeiro caminhar atrás de Jesus nas suas peregrinações
Livro dos Reis, Salomão foi revestido como através da Palestina; o interior era a nova
herdeiro da realeza de David (cf. 1 Rs 1, 33-35). orientação da existência, que já não tinha o seu
Assim a procissão dos Ramos é também uma ponto de referência nos negócios, na profissão
procissão de Cristo Rei: nós professamos a que dava de que viver, na vontade pessoal, mas que
realeza de Jesus Cristo, reconhecemos Jesus se abandonava totalmente à vontade do outro.
como o Filho de David, o verdadeiro Salomão o Rei Estar à sua disposição já se tinha tornado a razão
da paz e da justiça. Reconhecê-Lo como Rei de vida. A que renúncia do que era próprio isto
significa: aceitá-Lo como Aquele que nos indica o obrigasse, que dissuasão de si mesmos, podemos
caminho, no qual temos confiança e que seguimos. reconhecê-lo de modo bastante claro em algumas
Significa aceitar dia após dia a sua palavra como cenas dos Evangelhos.
critério válido para a nossa vida. Significa ver Mas evidencia-se com isto o que significa
n'Ele a autoridade à qual nos submetemos. para nós o seguimento e qual é a sua verdadeira
Submetemo-nos a Ele, porque a sua autoridade é a essência para nós: trata-se de uma mudança
autoridade da verdade. interior da existência. Exige que eu deixe de me
A procissão dos Ramos é como aquela vez fechar no meu eu, considerando a minha auto-
para os discípulos antes de tudo expressão de realização a razão principal da minha vida. Exige
alegria, porque podemos conhecer Jesus, porque que eu me dedique livremente ao outro pela
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
verdade, pelo amor, por Deus que, em Jesus do prazer; um coração cujo amor é verdadeiro e
Cristo, me precede e me indica o caminho. Trata- não apenas paixão de um momento. Mãos inocentes
se da decisão fundamental de não considerar a e coração puro: se nós caminhamos com Jesus,
utilidade e o lucro, a carreira e o sucesso como subimos e encontramos as purificações que nos
finalidade última da minha vida, mas de conduzirão verdadeiramente àquela altura para a
reconhecer ao contrário como critérios autênticos qual o homem é destinado: a amizade com o
a verdade e o amor. Trata-se de escolher entre próprio Deus.
viver só para mim mesmo ou doar-me pela coisa O Salmo 24 [23] que fala da subida que
maior. E consideremos bem que verdade e amor termina com a liturgia de entrada diante do
não são valores abstratos; em Jesus Cristo eles pórtico do templo: "Levantai, ó portas, os vossos
tornaram-se pessoa. Ao segui-Lo entro para o frontais, levantai-vos, portas antigas, e entre o
serviço da verdade e do amor. Perdendo-me rei da glória".
reencontro-me. Na antiga liturgia do Domingo de Ramos o
Voltemos à liturgia e à procissão dos Ramos. sacerdote, ao chegar diante da igreja, batia com
Nela a liturgia prevê como canto o Salmo 24 [23], força com a haste da cruz da procissão na porta
que era também em Israel um canto processional ainda fechada, que após este bater se abria. Era
usado para a subida ao monte do templo. O Salmo uma bonita imagem para o mistério do próprio
interpreta a subida interior da qual a subida Jesus Cristo que, com o madeiro da cruz, com a
exterior é imagem e nos explica assim mais uma força do seu amor que se doa, bateu do lado do
vez o que significa subir com Cristo. "Quem subirá mundo à porta de Deus; do lado de um mundo que
o monte do Senhor?", pergunta o Salmo, e indica não conseguia encontrar o acesso para Deus. Com
duas condições fundamentais. Os que sobem e a Cruz Jesus abriu de par em par a porta de Deus,
desejam chegar deveras ao cume, chegar à altura a porta entre Deus e os homens. Agora ela está
verdadeira, devem ser pessoas que se interrogam aberta. Mas também do outro lado o Senhor bate
sobre Deus. Pessoas que perscrutam à sua volta com a sua cruz: bate às portas do mundo, às
para procurar Deus, para procurar o seu rosto. portas dos nossos corações, que assim com
Queridos jovens amigos como é importante hoje frequência e em tão grande número estão
precisamente isto: não se deixar simplesmente fechadas para Deus. E fala-nos mais ou menos
levar aqui e ali na vida; não se contentar com o que assim: se as provas que Deus na criação te dá da
todos pensam, dizem e fazem. Perscrutar Deus e sua existência não conseguem fazer com que te
procurar Deus. Não deixar que a pergunta sobre abras a Ele; se a palavra da Escritura e a
Deus se dissolva nas nossas almas. O desejo do mensagem da Igreja te deixam indiferente então
que é maior. O desejo de conhecer o seu Rosto... olha para mim, para o Deus que por ti se fez
A outra condição muito concreta para a sofredor, que pessoalmente sofre contigo vê que
subida é esta: pode estar no lugar santo "quem eu sofro por amor a ti e abre-te a mim, teu
tem mãos inocentes e coração puro". Mãos Senhor e teu Deus.
inocentes mãos que não são usadas para atos de Eis o apelo que neste momento deixamos
violência. São mãos que não estão sujas pela penetrar no nosso coração. O Senhor nos ajude a
corrupção, com subornos. Coração puro quando é abrir a porta do coração, a porta do mundo, para
puro um coração? É puro um coração que não finge que Ele, o Deus vivente, possa no seu Filho entrar
e não se mancha com mentiras nem hipocrisia. Um neste nosso tempo, alcançar a nossa vida. Amém.
coração que permanece transparente como água
nascente, porque não conhece a falsidade. É puro
um coração que não se aliena com o inebriamento
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12º ENCONTRO: LAVA-PÉS E INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA
1. Objetivo:
Compreender que ao instituir o Sacramento da Eucaristia na
Última Ceia, Jesus torna perpétua a sua presença viva na
Igreja.
Compreender que: como Jesus devemos servir uns aos outros.
2. Conteúdo do Encontro:
Jesus nos deixou uma lição de amor e humildade ao lavar os pés
dos apóstolos.
Ao celebrar a Páscoa da libertação do povo de Israel do Egito,
Jesus celebrou a Páscoa da Nova e eterna Aliança, pois se fez
o novo Cordeiro Pascal.
Ao dar graças ao Pai Jesus institui a Eucaristia e pede aos
apóstolos que façam em sua memória.
3. Desenvolvimento do Tema:
Apresentar dois cartazes: um da Última Ceia e um de uma refeição em família e pedir que
comentem os dois.
Conversar sobre uma refeição em família. O que as pessoas fazem? Conversam. Comem. Ficam
alegres. É bom estar juntos.
Como não deve ser uma refeição em família. Não deve faltar o que comer. Não deve haver brigas ou
discussões.
Deixar que os catequizandos falem sobre os pontos positivos e negativos de uma família, na hora da
refeição.
Explicar o sentido da Ceia Pascal dos judeus (Páscoa dos judeus = comemoração da libertação do
povo escravo no Egito, por Moisés)
Jesus transforma a última ceia com os apóstolos numa Nova Aliança (= compromisso, promessa)
feita com Seu Sangue e Seu Corpo na Eucaristia.
O sacrifício de sua vida na cruz é a Nova e Eterna Aliança feita entre Deus e seu povo para a nossa
salvação, nossa vida eterna.
Antes de começar a ceia, Jesus num gesto de humildade, lava os pés dos seus apóstolos para
ensinar que é necessário ser humilde e servir a todos, como Ele mesmo faz.
Na Quinta-feira Santa a Igreja relembra esse gesto: o bispo ou o padre lava os pés de 12 homens
escolhidos na comunidade.
Ler João 13, 1–15
Depois de lavar os pés dos apóstolos Jesus ceia com eles e institui a Eucaristia. Pede que se faça a
mesma coisa em memória Dele.
Jesus celebra nesta refeição a Nova Páscoa e deixa para nós um novo mandamento: ―Amai-vos uns
aos outros como eu vos tenho amado‖
Ler Lc 22, 14-20.
Jesus quis ficar sempre conosco. Por isso, nesta refeição de Páscoa, Ele se torna Alimento – a
Eucaristia – que nos dá força para caminharmos sempre unidos.
Hoje em todas as missas o padre repete as mesmas palavras de Jesus e a hóstia (pão) e o vinho se
transformam no Corpo e no Sangue de Jesus pela força do Espírito Santo.
Isso acontece no momento da consagração do pão e do vinho quando o padre diz: ― Tomai e comei
todos vós: isto é o meu Corpo que é dado por vós...‖ Tomai e bebei todos vós este é o sangue da
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
nova e eterna aliança que é derramado por vós...‖- e o padre ergue o Corpo e o Sangue de Cristo,
oferecendo ao Pai do céu, como Jesus pediu.
Os apóstolos de Jesus foram os primeiros sacerdotes (padres) da nossa Igreja.
A hóstia consagrada é realmente o Corpo Santo de Jesus e o vinho consagrado é realmente o
Sangue Santo de Jesus, embora continuem com a mesma aparência e gosto.
Nós fazemos adoração (orações) ao Santíssimo Sacramento (Hóstia Consagrada), porque é o
próprio Jesus que se faz presente nesse Sacramento.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – João 13, 1-7 e Lc 22, 14-20.
5. Ambientação: toalha, bíblia,cartazes, preparar simbolicamente a mesa para um banquete, com bolos,
biscoitos e sucos.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartazes da Última Ceia e de uma refeição em família.
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de Oração:Cantar ―Prova de amor‖ ou outro canto que mostre que devemos ter amor pelas
pessoas. Fazer o banquete, a mesa é o ―Reino‖, o ―banquete‖ é a alegria de estarem com Deus, as
velas são a luz da Palavra, os ―participantes‖ são os amigos, os convidados. Ler Lucas 22, 14-20. Ficar
um instante em silêncio e pedir que façam uma oração agradecendo a Jesus o amor que ele nos dá e o
alimento que nos oferece.
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família uma pergunta sobre a significado da Diversos tragos deste cerimonial da ceia
celebração. Na resposta eram ressaltados três pascal podem-se descobrir nos relatos evangélicos
pontos: da Última Geia. (Ler Mt 26,26-30; Mc 14,26; Lc
1. O Cordeiro recorda que Deus, no Egito, passou 22,7).
adiante das casas dos hebreus, poupando suas A ceia pascal cristã – presente entre nós
famílias. depois da Última Ceia, enriqueceu-se de outro
2. O pão ázimo e comido porque a partida significado:
repentina do Egito não permitiu a preparação Cristo e o novo "Cordeiro pascal" imolado
do pão com fermento. para a libertação de todos.
3. As verduras amargas eram destinadas a Agora, nada mais há que possa romper a
recordar a amargura da escravidão no Egito. Aliança de Deus com os homens.
Cantava-se, então, o Hallel (Salmos 113- O pacto iniciado com Abraão e confirmado
114). Após o canto, o pai de família tomava o pão com Moisés foi definitivamente selado pela
ázimo, pronunciava sobre ele a benção. O partia Morte e Ressurreição de Jesus.
para servi-lo aos presentes. Só então tinha lugar o "Ao abraçar em seu coração humano, o amor
momento culminante da ceia, a repartição e a do Pai para com os homens, Jesus amou-os até ao
consumação do cordeiro pascal. fim (Jo 13, 1), pois não há maior amor do que dar a
Depois era servida a terceira taça, vida por aqueles que se ama" (Jo 15,13) (CIC 609).
enquanto se pronunciava sobre ela uma benção
especial, chamada "benção da taça", Seguia o Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
canto do grande Hallel (Sl 115, 1-118, 29). Servida Catequista, Ed. Paulus, 2003 –p. 243-245
a quarta taça, uma fórmula de louvor e uma breve
oração de agradecimento concluíam a celebração.
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
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APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
PAIXÃO E MORTE DE JESUS O tempo passado na cruz era extremamente
O sofrimento atinge todo mundo. Até as doloroso.
crianças sofrem. Pela televisão chegamos a ver As dificuldades respiratórias tornavam-se
cenas cruéis atingindo as crianças, vítimas de insuportáveis. O condenado tentava erguer-se,
guerra, fome, violência... Por que o "bom" Deus fazendo movimentos com os braços, para respirar
permite o sofrimento de inocentes? Essa um pouco de ar.
pergunta sempre incomodou também o povo de Intensos foram também os sofrimentos de
Israel. O autor do livro de Jó levanta essa ordem moral e espiritual a que Jesus foi
problemática e tenta dar uma resposta que não foi submetido. Amava seu povo e fizera tudo por ele.
totalmente satisfatória, nem definitiva. No entanto, foram os representantes desse povo
No canto do Servo de Javé (Is 53), Isaías que exigiram sua morte. O julgamento desleal,
interpreta o sofrimento dos inocentes como feito perante a autoridade judaica e romana,
reparação e penitência pelos pecados do mundo. feria seu senso de justiça. Seus amigos, os
Jesus, o melhor e o mais inocente dos discípulos todos, exceto João, O abandonaram.
homens, assumiu inteiramente a condição humana Um deles chegou a traí-lo. A dor de sua mãe, que
e também todo o sofrimento. Foi traído por seu estava junto a cruz, causava-lhe grande aflição.
amigo Judas, preso por ordem do Sinédrio e Com todo esse sofrimento, Jesus teve a
submetido a julgamento pela autoridade judaica e impressão de que o próprio Deus, a quem chamava
romana. de Pai, O havia abandonado. Estando prestes a
A flagelação, decretada pelo governador expirar, Jesus gritou: "Meu Deus, meu Deus, por
Pôncio Pilatos, foi executada com um chicote, que me abandonaste? "
cujas tiras de couro traziam nas extremidades Por que Jesus teve que sofrer tanto? Esta
pequenas esferas de chumbo. Era um castigo pergunta inquietava seus discípulos e as
terrivelmente cruel que não podia ser aplicado a comunidades primitivas.
homem livre e, menos ainda, a cidadão romano. Os Na pregação dos apóstolos (cf. At 3, 18),
soldados divertiram-se às custas de Jesus, depois da vinda do Espírito Santo, e nas cartas de
coroando-O com espinhos, zombando d'Ele, São Paulo aparece claramente o sentido do
chamando-O de "rei dos Judeus". sofrimento de Cristo: Ele é o "Servo de Javé", o
Levado pelo medo, pela covardia e por sofredor, que trouxe a Redenção para seu povo. A
interesses políticos Pôncio Pilatos, embora história da Paixão de Jesus, narrada pelos quatros
convencido da inocência de Jesus, condenou-O a evangelistas, não quer apenas lembrar o que se
morte por crucificação, suplício destinado a passou nos últimos dias da sua vida, mas pretende
escravos e a quem não fosse cidadão romano. explicitar o sentido do sofrimento humano.
O condenado era amarrado com os braços Para São Marcos, o sofrimento de Cristo
estendidos sobre a pesada trave horizontal da tinha um sentido.
cruz, que ele mesmo devia carregar até o lugar da Jesus prevê e aceita a morte
execução. Essa trave era levantada até a altura conscientemente. Sofre como um inocente. Mas a
conveniente e fixada à trave vertical, que já sua Morte e Ressurreição revelam,
estava plantada no chão. definitivamente, que Jesus é o Filho de Deus
A causa exata da morte para os (14,26-15,1-47). E São Mateus quer mostrar aos
crucificados - também para Jesus - era o judeus cristãos, pela narração da Paixão, como em
desfalecimento, a parada da circulação, o colapso, todo o seu Evangelho, que Jesus é o Messias
a asfixia. Os crucificados morriam por prometido (27,43).
sufocamento.
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
Páscoa – palavra hebraica que significa a "Cristo morreu pelos nossos pecados,
centro não só dos Evangelhos, como de todo o Escrituras, e apareceu a Cefas e depois aos Doze"
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Para Paulo, a mensagem da Ressurreição de
Cristo é o centro da nossa fé: "Se, porém,
Cristo não ressuscitou, então e vazia nossa
pregação e vossa fé não tem sentido" (1 Cor 15,
14).
"Ressurreição", "exaltação" são palavras e
expressões usadas para afirmar que Jesus está
vivo, que Deus não O abandonou na morte. Assim,
a Ressurreição de Jesus aparece como o "sim" de
Deus à vida de Jesus: "Este homem ( ... ) vós o
entregastes, crucificando-o por mãos de ímpios;
Deus, porém, O ressuscitou", diz Pedro na manhã
de Pentecostes (cf. At 2, 23-24). Deus se pôs ao
lado de Jesus. Confirma-se, assim, que Jesus é o
Filho de Deus vivo.
A fé na Ressurreição de Jesus se apóia nas
Temos, pois, um futuro garantido porque
experiências dos apóstolos e dos discípulos. Uma
trazemos em nós o gérmen da nova vida pela
testemunha muito importante é Pedro. Mas
Ressurreição de Cristo.
inúmeros discípulos constataram a ressurreição
Jesus está conosco até o fim dos séculos.
de Jesus, como, por exemplo, os discípulos de
Podemos conviver e contar com ele. Ele luta
Emaús (cf. Lc 24,13-35); eles constataram a
conosco e vive em nós. Crer na Ressurreição é
Ressurreição. Desse modo, seus discípulos deviam
crer que a vida é mais forte do que a morte, o
entender o que Jesus dissera: ―Eu já não sou
bem é mais forte do que o mal.
deste mundo" (cf. Jo 8,23).
Que é ressuscitar?
As narrativas sobre as aparições de Jesus
Na morte, que é a separação da alma e do
foram escolhidas e inseridas nos Evangelhos. O
corpo, o corpo do homem cai na decomposição, ao
dado real, expresso pelos quatros evangelistas e
passo que a sua alma vai ao encontro de Deus,
presente em todo o NT, é que Jesus ressuscitou.
ficando a espera de ser novamente unida ao seu
Ele Vive! Apareceu a seus discípulos.
corpo glorificado. Deus, na sua onipotência
Não se trata de aparição, como de um
restituirá definitivamente a vida incorruptível aos
fantasma. Os Evangelhos dizem que os discípulos
nossos corpos, unindo-os às nossas almas, pela
podiam tocá-Lo, comer e beber com Ele (Lc 24,
virtude da Ressurreição de Jesus (CIC 997).
36-43; Jo 20, 17).
Quem ressuscitará?
A Ressurreição não diz respeito apenas a
Todos os homens que morreram: os que
Jesus. É também para nós; ela mudou nossa vida.
tiverem feito o bem sairão para uma ressurreição
São Paulo expressou, assim: "Por acaso ignorais
de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma
que todos os que fomos batizados em Jesus
ressurreição de julgamento (cf. Jo 5,29)-(CIC
Cristo, fomos batizados para participar de sua
998).
Morte?" (Rm 6,3). Todos fomos "sepultados" nas
De que maneira?
águas batismais. A emersão das águas significa a
Cristo ressuscitou com o seu próprio corpo:
ressurreição, a saída do sepulcro, como Cristo.
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou eu (Lc
São Paulo quer dizer que, no Batismo, nossa
24,39); mas Ele não voltou a uma vida terrestre.
vida uniu-se à de Cristo: ―Se fomos incorporados a
Da mesma forma, nele, todos ressuscitarão com
Cristo por uma morte semelhante à d'Ele, também
seu próprio corpo que tem agora, porém, este
o seremos mediante a Ressurreição" (Rm 6,5).
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
corpo será transfigurado em corpo de glória (Fl imensa prova de amor nós somos convidados a não
3,21), em corpo espiritual (1Cor 15,44)-(CIC 999). ficar passivos. É Jesus mesmo quem nos convida:
Quando? "Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo,
Definitivamente no último dia (Jo 6,39- tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16, 24).
40.54; 11,24); no fim do mundo. A ressurreição
A vida cristã é vida de imitação e
dos mortos está intimamente associada à parusia
seguimento de Jesus. - Se Ele doou sua vida, nós
de Cristo (CIC 1001).
também podemos doar a nossa por amor aos
demais, associando nossos sofrimentos aos de
Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do Cristo na cruz. "Fora da cruz não existe outra
Catequista, Ed. Paulus, 2003 – p. 252-255 e escada por onde subir ao céu" (Santa Rosa de
260-262. Lima, apud: CIC 618).
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14º ENCONTRO: JESUS ESCOLHE PEDRO
1. Objetivo:
Reconhecer que o convite feito a Pedro por Jesus, também
é feito a nós, para que testemunhamos a nossa vida em
Cristo.
2. Conteúdo do Encontro:
O convite feito por Jesus a Pedro é pessoal e amoroso.
Jesus também nos chama a caminhar ao seu lado e ser
pescador como Pedro, testemunhando a alegria de viver com
Cristo.
3. Desenvolvimento do Tema:
Ouvir o canto: ―O povo de Deus no deserto andava...‖ com o
objetivo de refletir com os catequizandos o início da
caminhada do Povo, desde o Antigo Testamento até os
nossos dias.
Pistas para conversar: perguntar os nomes dos catequistas
da paróquia, ministros, diáconos, padres, do Bispo e do Papa, explicando a missão de cada um deles
e qual é a nossa missão de batizados.
Nosso Deus continua caminhando com seu povo, inicia a caminhada com Abraão, Moisés, com os
Profetas, envia Jesus Cristo que escolhe os Apóstolos - Ler Lc 5, 1-11.
Dentre os Apóstolos Jesus escolhe Pedro – Ler Mt 16, 13-18.
Jesus afirma após a confissão de Pedro, na comunidade dos discípulos: ―Eu te digo: tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão fazer contra ela‖.
O nome de Pedro era Simão, filho de Jonas. O nome Pedro em hebraico (Kefas) significa pedra,
rocha. Naquela região existiam muitas pedreiras ou grutas onde os pastores ou os viajantes iam se
esconder para se proteger da chuva ou dos ladrões. Assim Pedro iria guardar e proteger a
comunidade e levar os ensinamentos de Jesus.
É dada a Pedro a missão de seguir e continuar a doação total de Cristo.
Pedro é perseguido e preso por causa da sua missão, pois não se omitiu diante das injustiças sociais
– Ler At. 12, 1-11.18-19.
Hoje temos o Papa, Bispos, Padres, Religiosas e Religiosos, e leigos que assumem, pelo Batismo a
missão de Jesus Cristo em favor do povo de Deus.
É hoje missão do Papa, dos Bispos e de todos os cristãos manter a unidade e fidelidade aos
ensinamentos de Cristo pela prática libertadora.
Conversar sobre a hierarquia da Igreja e sucessão dos papas – ver apostila.
8. Momento de Oração: Convidar os catequizandos formular uma oração pedindo pelo Papa, pelo Bispo e
pelos sacerdotes, e rezar juntos.
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
A Igreja somos nós e temos um grande Para que isto aconteça em âmbito de Igreja
compromisso para com nossos irmãos, vivendo a Povo - Comunidade viva, é necessário viver
Boa Nova de Jesus. intensamente essa experiência nas pequenas
Igreja é Povo, é comunidade viva, é viver Comunidades Eclesiais de Base.
em comunhão. A comunidade deve ser organizada através
Para que isto aconteça, é necessário que de Reflexão e Planejamento. Há então,
vivamos o amor de Jesus Cristo e que coloquemos necessidade de reunir todos os seus membros.
em comum tudo aquilo que temos, como nos falam Estas reuniões são muito importantes para um
os Atos dos Apóstolos (2,42-47). conhecimento mútuo, sentindo os problemas uns
A união concreta dos cristãos não é um fato dos outros. E, também, para caminharmos unidos,
que já acabou: é uma tarefa de todo dia. Por isso, realizando a fraternidade.
devemos ter o sentido de responsabilidade, isto Assim, uma comunidade bem organizada e
quer dizer, devemos contribuir com as nossas atuante terá grande influência na sociedade. Ela
próprias qualidades e aptidões (carismas), para será um Sinal e oferecerá Serviços, visando a
atender às necessidades de todos os nossos construção do Reino de Deus.
irmãos. As Paróquias devem tornar-se comunidades
Hoje podemos nos sentir Igreja Povo – de irmãos. Para conseguir esta fraternidade é
Comunidade viva. necessário formar pequenos grupos porque uma
Mas esta realidade "Igreja-Povo- paróquia, às vezes, é grande demais, sobretudo no
Comunidade Viva" é de todos os dias e depende Brasil.
muito, muito de nós. Por isso, estão se formando pequenas
A Igreja, então, não é uma casa, um prédio. comunidades, principalmente na periferia das
Nem somente o Papa, os Bispos, os Padres formam grandes cidades e nas zonas rurais. Os moradores
a Igreja. Eles estão a serviço da Igreja. A Igreja de um bairro procuram uma comunhão de vida
é a Família de Deus; a Igreja somos todos nós. entre si. Querem por amor a Jesus Cristo, ajudar-
São todos os que têm a mesma fé. se mutuamente, como vizinhos e amigos.
São Paulo, na sua Carta aos Coríntios, nos Podemos dizer, então, que "Comunidade de
fala: "Somos um só corpo, que é formado de Base" é um grupo de pessoas que procuram ter um
muitas partes" (1Cor 12, 20). Devemos sentir-nos relacionamento pessoal mais profundo, capaz de
também uma parte importante do Corpo de Cristo, criar o sentido de solidariedade. E a união de
que é a sua Igreja. moradores de um lugar (capela, bairro) em torno
Como cristãos, membros do Corpo de Cristo, dos seus problemas, das suas necessidades, dos
precisamos estar sempre atentos em: seus desejos em vista a um' objetivo comum. A
ver as coisas boas e más da comunidade e partir de "grupos de base", de "grupos de
descobrir o que podemos fazer diante disso; reflexão", de "círculos bíblicos", podemos
realizar o Reino de Deus no bairro, em caminhar para chegar as Comunidades Eclesiais de
nossa cidade; Base.
conhecer e participar do plano de trabalho Elas devem ser grupos abertos
da Igreja do Brasil, da Diocese, da Paróquia; (missionários) de pessoas que buscam crescer na
participar da comunidade não somente na fé. Essas pessoas se reúnem em torno da Palavra
catequese para a Primeira Eucaristia, casamento, de Deus, animadas pelo Espírito Santo e
Missas de 7º dia ... mas com compromisso que alimentadas pelo Sacramento da Eucaristia. Onde
prende a nossa vida à comunidade. vivem, testemunham o amor de Deus, no serviço
mútuo.
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São chamadas de: chamando dentre judeus e gentios um povo, que
Comunidades: porque procuram o junto crescesse na unidade, não segundo a carne,
relacionamento das várias pessoas, unindo-as na mas no Espírito" (CIC 781).
busca de interesses comuns. "As características do Povo de Deus: O
Eclesiais: porque procuram fazer com que Povo de Deus tem características que o
as pessoas vivam a fé, a esperança e o amor. Elas distinguem de todos os agrupamentos religiosos,
são alimentadas pela Palavra de Deus, com a étnicos, políticos ou culturais da história:
disposição de, no compromisso com esta Palavra, Ele é o Povo de Deus: Deus não pertence como
serem abertas à realidade onde vivem e agem de propriedade a nenhum povo. Mas adquiriu para
acordo com essa mesma realidade. Convencidos de si um povo, dentre os que outrora não eram um
que Deus fala pelos acontecimentos, procuram povo: 'uma raça eleita, um sacerdócio régio,
mudar para melhor e mais humana, a realidade uma nação santa' (1Pd 2,9);
onde vivem. Na Comunidade Eclesial as pessoas a pessoa torna-se membro deste povo não pelo
celebram os acontecimentos diários como sinais nascimento físico, mas pelo nascimento do
da presença de Deus, tendo na Eucaristia a força alto, da água e do Espírito (Jo 3,3-5), isto é,
e o fundamento para a vivência fraterna. pela fé em Cristo e pelo Batismo;
A Comunidade realiza a Igreja visível: Paróquia, este povo tem Jesus Cristo por "Chefe",
Igreja Particular e Universal. Continua a missão "Cabeça", o "Messias = "Ungido", pelo fato da
de Jesus Cristo e caminha de acordo com o Plano mesma Unção derivar da Cabeça para o Corpo,
de Pastoral da Diocese, animada pelo Bispo, o povo é o Povo Messiânico;
sucessor dos Apóstolos. a condição deste povo é a dignidade dos filhos
de Base: porque procuram realizar essa de Deus: como num templo, onde reside o
caminhada a partir das pessoas e do ambiente Espírito Santo;
onde vivem. sua lei, é o mandamento novo de amar como
"A Igreja - Povo de Deus: Em qualquer Cristo mesmo nos amou. É a lei nova do
época e em qualquer povo é aceito por Deus todo Espírito Santo (Rm 8,2; GI 5,25).
aquele que teme e pratica a justiça. Deus, contudo sua missão é ser o sal da terra e a luz do
decidiu santificar e salvar os homens, não mundo. Ele constitui para todo o gênero
sozinhos, sem nenhuma conexão uns com os humano o mais forte germe de unidade,
outros, mas constituídos num povo, que O esperança e salvação.
conhecesse na verdade e santamente O servisse. sua meta é o Reino de Deus iniciado na terra
Escolheu por isso a Israel como a seu povo. por Deus mesmo, Reino a ser estendido mais e
Estabeleceu com ele a Aliança e o instruiu passo a mais, até que, no fim dos tempos, seja
passo ... Tudo isso, porém , aconteceu em consumado por Deus" (CIC 782).
preparação à nova e perfeita Aliança que se
estabeleceria em Cristo ... Esta é a Nova Aliança, Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
isto é, o Novo Testamento no seu Sangue, Catequista, Ed. Paulus, 2003. P. 279-282
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
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8. Momento de Oração:
Motive os catequizandos a fazer uma oração espontânea, pedindo ao Espírito Santo que ajude a ser
bom filho, bom aluno...
Após cada oração, cantar com eles o refrão: ―Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar‖
Rezar em dois coros a oração do Espírito Santo que está na apostila.
Com a morte e a ressurreição de Jesus, um seu Filho. Foi Ele também que iluminou a missão de
novo tempo é inaugurado: Jesus volta ao Pai, e, Jesus, descendo sobre Ele no batismo.
com Ele, envia como dom a plenitude do Espírito O próprio Cristo proclamou no início de sua
ao novo povo de Deus. Portanto, "terminada a obra missão: "O Espírito Santo está sobre mim, porque
que o Pai havia confiado ao Filho para realizar na me ungiu, e enviou-me para anunciar a Boa-Nova
terra, foi enviado o Espírito Santo [ ... ] para aos pobres, para sarar os contritos de coração,
santificar a Igreja, permanentemente" (LG 4) e a para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a
partir de agora o Espírito Santo é responsável por restauração da vista, para por em liberdade os
guiá-la. cativos, para publicar o ano da graça do Senhor"
Segundo Bergamini (1994, p. 404), para os (Lc 4,18-19). A criação, a redenção e a
cristãos, nesse dia, a Igreja é manifestada ao santificação são obras comuns das três pessoas
mundo, com a qual Deus fez a nova lei, não mais divinas. Mas a tradição cristã, na liturgia e na
em tábuas de pedra, mas, sim, nos corações dos espiritualidade, acostumou-se a apropriar a
fiéis. Logo, "A partir desse dia, o Reino anunciado alguma pessoa divina uma obra especifica,
por Jesus está aberto aos que crêem nele [...]. considerando a aproximação ou semelhança entre
Pela sua vinda, o Espírito Santo inaugura o tempo a ação e a pessoa.
da Igreja, os 'últimos tempos', no qual o Reino é Assim como o Pai tem a missão específica da
recebido como dom de Deus, embora não criação, e o Filho tem a missão específica da
plenamente realizado, mas que caminha para a sua salvação, o Espírito Santo também tem sua missão
plena realização e perfeição no último dia" (CIC específica: Ele distingue-se na Trindade pela ação
732). santificadora e reveladora de Deus. Todas as
Embora a manifestação mais comentada do vezes que o Pai e o Filho realizam algo, é o
Espírito Santo seja a de Pentecostes, a ação Espírito Santo que revela aos seres humanos,
santificadora e geradora da vida do Espírito santificando-os.
Santo se fez presente desde o momento da
criação, conforme o relato da Sagrada Escritura Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,
em Gênesis, nos primeiros versículos, nos revela: Vol.III, Ed.Vozes, 2008 - p. 11-12.
"0 Espírito de Deus pairava sobre as águas" (Gn
1,2). A Festa de Pentecostes que se celebra cada
Ainda, podemos reconhecer que o Espírito ano, 50 dias depois da Páscoa é para os cristãos, a
Santo de Deus atuou em todos os momentos da Festa do Espírito Santo.
Historia da Salvação: O Espírito atuou nos Muitas pessoas não compreendem muito
patriarcas e juízes, sacerdotes e profetas. Deus bem quando falamos de Deus Pai, criador do
se manifestou a Abraão prometendo-lhe uma mundo e dos homens; e quando falamos de Deus
grande descendência pela qual todas as famílias Filho, Jesus Cristo, que tomou a nossa condição
da terra seriam abençoadas (Gn 12,3). Essa humana e viveu entre nós. Mas, quando falamos do
bênção realizou-se em Jesus, que nos envia o seu Espírito Santo, é para muitos, um mistério muito
Espírito. Pelo seu Espírito realizou a Encarnação difícil de entender.
do Verbo, ao preparar Maria para ser a mãe do
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
O Espírito Santo não é uma misteriosa perseguidor fanático da Igreja, fora do grupo dos
corrente energética; é Deus que mantém a sua Doze e de toda a Instituição.
presença no mundo e encaminha os homens. O próprio Pedro, no seu discurso de
Quando o Espírito Santo toma posse de Pentecostes, reconhecia que estava realizando o
alguém, multiplica os seus dons. Ele faz com que que fora predito pelo profeta Joel: que o Espírito
as pessoas descubram grandes coisas, faz com de Deus se comunicaria tanto as crianças como
que elas desempenhem uma missão, mesmo que aos jovens e adultos.
esta ultrapasse as possibilidades humanas. Na História da Igreja vemos muitas pessoas
A História do Povo de Deus é iluminada pelo humildes que foram mais inspiradas do que
Espírito Santo que escolheu, dinamizou homens e pessoas de alto nível. O Espírito Santo as inspirou
mulheres de todas as idades e de todas as com novas orientações e novos rumos, que ainda a
condições. Igreja oficial não tinha conseguido e, só
E precise estar atento à sua ação. O homem posteriormente, os aprovou.
é livre e pode fazer-lhe resistência. No mar, o O Espírito Santo está fora do nosso
vento não fica diminuído para soprar nas velas de alcance. Ninguém o pode trancar.
um barco. É preciso dirigir o barco e orientar as Ele é como um vento. É o que Jesus dizia a
velas para captar toda a força do vento. Nicodemos:
Deus não deve ser procurado fora do "Tu ouves o vento, mas não sabes de onde
mundo. O seu poder age no meio dos homens. vem, nem para onde vai. Assim acontece também
Muitas vezes, os discípulos de Jesus aquele que nasce do Espírito" (Jo 3, 8).
experimentaram a força que agia através deles. O Espírito, assim como o vento, não sopra
Por exemplo: quando por motivos de sua fé, eles unicamente na Igreja de Cristo, mas também nos
são levados aos tribunais, como aconteceu com os corações de todas as pessoas de boa vontade que
apóstolos depois de Pentecostes, as respostas que procuram a verdade.
eles deram deixaram os juízes admirados e Os cristãos devem reconhecer a ação do
confusos. Espírito nas diversas iniciativas dessas pessoas.
É o Espírito Santo que sugere os O Espírito Santo não teme as
argumentos e faz lançar por terra as acusações transformações e está continuamente pronto a
mais fortes e desfazem as armadilhas preparadas instaurar novos caminhos. Isto só é terrível para
pelos inimigos de Jesus. aqueles que esperam que o futuro se assemelhe ao
Jesus já o predissera: "Diante dos passado.
tribunais, não vos perturbeis porque o Espírito Mas quando Jesus Ressuscitado enviou os
Santo falará por vós" (Mc 13, 11). Apóstolos em missão, a Igreja quis pôr em relevo
O Espírito Santo é soberanamente livre; ele as diferentes ações do Espírito Santo, através
age frequentemente de forma inédita e dos dois Sacramentos:
inesperada como fez no início da Igreja. A No Batismo, acentua-se a ação
primeira iniciativa dos apóstolos foi a de purificadora e santificante; o batizado é
completar o seu número, depois do abandono de perdoado dos seus pecados e nasce para a Vida
Judas. Eles tinham consciência de que o povo era Divina.
o novo Israel de Deus, mas desfalcado do número Na Confirmação, acentua-se a ação
doze (as doze tribos de Israel). Em vista disso fortificante, dinâmica do Espírito Santo em vista
elegeram Matias, fiel testemunha de Jesus. O da missão irradiante do cristão no seu meio
Espírito Santo também escolheu Paulo, o ambiente e no seu modo de vida para transformar
a sociedade.
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"A vida moral dos cristãos é sustentada São numerosos: a água viva que jorra do
pelos dons do Espírito Santo. Estas são coração trespassado de Cristo e mata a sede dos
disposições permanentes que tornam o homem batizados; a unção com o óleo que é o sinal
dócil para seguir os impulsos do mesmo Espírito" sacramental da Confirmação; o fogo que
(CIC 1830). transforma o que toca; a nuvem, obscura e
luminosa, na qual se revela a glória divina; a
Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do imposição das mãos mediante a qual é dado o
Catequista, Ed. Paulus, 2003 – p. 265-267. Espírito; a pomba que desce sobre Cristo e
permanece sobre Ele no batismo.
COMPÊNDIO DO CATECISMO DA IGREJA 140. O que significa que o Espírito «falou pelos
CATÓLICA profetas»? [687-688; 702-706; 743]
Com o termo profetas entende-se todos
CREIO NO ESPÍRITO SANTO os que foram inspirados pelo Espírito Santo para
falar em nome de Deus. O Espírito conduz as
136. Que quer dizer a Igreja quando professa: profecias do Antigo Testamento ao seu pleno
«Creio no Espírito Santo»? [683-686] cumprimento em Cristo, de quem revela o mistério
Crer no Espírito Santo é professar a no Novo Testamento.
terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que 141. O que é que o Espírito Santo realiza em
procede do Pai e do Filho, e «com o Pai e o Filho é João Batista? [717-720]
adorado e glorificado». O Espírito foi «enviado João Batista, o último profeta do Antigo
aos nossos corações» (Gal 4,6) para recebermos a Testamento é cheio do Espírito Santo, que o envia
vida nova de filhos de Deus. a «preparar para o Senhor um povo bem disposto»
137. Porque é que as missões do Filho e do (Lc 1,17) e a anunciar a vinda de Cristo, Filho de
Espírito são inseparáveis? [687-690 - 742-743] Deus: Aquele sobre o qual João viu o Espírito
Na Trindade indivisível, o Filho e o descer e permanecer, «Aquele que batiza no
Espírito são distintos, mas inseparáveis. De fato, Espírito» (Jo 1,33).
desde o princípio até ao final dos tempos, quando 142. Qual é a obra do Espírito em Maria?
o Pai envia o Seu Filho, envia também o eu Espírito [721-726 ; 744]
que nos une a Cristo na fé, para, como filhos Em Maria, o Espírito Santo realiza as
adotivos, podermos chamar Deus «Pai» (Rm 8,15). expectativas e a preparação do Antigo
O Espírito é invisível, mas nós conhecemo-lo Testamento para a vinda de Cristo. De forma
através da sua ação quando nos revela o Verbo e única enche-a de graça e torna fecunda a sua
quando age na Igreja. virgindade para dar à luz o Filho de Deus
138. Quais são as designações do Espírito encarnado. Faz dela a Mãe do «Cristo total», isto
Santo? [691-693] é, de Jesus Cabeça e da Igreja que é o seu corpo.
«Espírito Santo» é o nome próprio da Maria está com os Doze no dia de Pentecostes,
terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Jesus quando o Espírito inaugura os «últimos tempos»
chama-lhe também: Espírito Paráclito (Consolador, com a manifestação da Igreja.
Advogado) e Espírito de Verdade. O Novo
143. Qual a relação entre o Espírito e Cristo
Testamento chama-o ainda: Espírito de Cristo, do
Jesus, na missão terrena? [727-730; 745-746]
Senhor, de Deus, Espírito da glória, da promessa.
O Filho de Deus é consagrado Messias
139. Com que símbolos se representa o Espírito através da unção do Espírito na sua humanidade
Santo? [694-701] desde a Encarnação. Ele revela-O no seu ensino,
cumprindo a promessa feita aos antepassados e
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
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16º ENCONTRO: O ESPÍRITO SANTO E SEUS DONS
1. Objetivos:
Conhecer a ação do Espírito Santo através dos seus dons.
Reconhecer a presença do Espírito Santo na vida e se abrir à sua
ação.
2. Conteúdo do Encontro:
Em Pentecostes Jesus deixa seu Espírito.
O Espírito Santo concede-nos muitos dons.
Os dons do Espírito Santo são uma forma de nos colocarmos
a serviço da comunidade.
Como descobrir esses dons?
3. Desenvolvimento do Tema:
Fazer ligação com encontros anteriores (Ressurreição, Jesus volta ao Pai e promete enviar o
Espírito Santo.
Em João 16, 5 = Jesus promete que enviaria o Espírito Santo.
Em Atos 1, 8 = Jesus pede que esperem essa vinda.
Em Atos 1, 12 – 14 = Os apóstolos, juntamente com Maria e outras pessoas, ficam reunidos em
oração no cenáculo em Jerusalém esperando essa promessa.
Em Atos 2, 1 – 4 = Dia de Pentecostes – enquanto rezam recebem o Espírito Santo com toda a sua
força. ( Explicar os símbolos: Vento, línguas de fogo)
Explicar a festa de Pentecostes ( festa das colheitas = 50 dias após a Páscoa) em Jerusalém.
Explicar os muitos símbolos do Espírito Santo.
Explicar que o Espírito Santo anima a Igreja, está presente nos Sacramentos, na Palavra de Deus e
distribui muitos dons para as pessoas trabalharem na comunidade.
Explicar os dons do Espírito Santo.
Explicar que a comunidade, a nossa Igreja é guiada e ajudada pelo Espírito Santo.
Mostrar que na oração do CREDO dizemos que acreditamos no Espírito Santo.
4. Leitura utilizada: At 2, 1-13
5. Ambientação: toalha, bíblia, jarro com água, meio copo de óleo, uma vela, um desenho ou figura de uma
pomba, um ventilador pequeno (para explicar os símbolos do Espírito Santo).
6. Material utilizado: símbolos do Espírito Santo pombinhas com Atos 1, 8, para lembrancinha.
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de oração: Inicie o momento de oração com o canto: ―A nós descei‖ (Ir.M.Kolling),convide os
catequizandos a rezarem a oração que está na apostila.
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OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO 696. O fogo. Enquanto a água significava o
nascimento e a fecundidade da vida dada no
(Catecismo da Igreja Católica)
Espírito Santo, o fogo simboliza a energia
694. A água. O simbolismo da água é significativo transformadora dos atos do Espírito Santo. O
da ação do Espírito Santo no Batismo, pois que, profeta Elias, que «apareceu como um fogo e cuja
após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o palavra queimava como um facho ardente» (Sir
sinal sacramental eficaz do novo nascimento. Do 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu
mesmo modo que a gestação do nosso primeiro sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do
nascimento se operou na água, assim a água fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em
batismal significa realmente que o nosso que toca. João Batista, que «irá à frente do
nascimento para a vida divina nos é dado no Senhor com o espírito e a força de Elias» (Lc 1,
Espírito Santo. Mas, «batizados num só Espírito», 17), anuncia Cristo como Aquele que «há de
«a todos nós foi dado beber de um único Espírito» batizar no Espírito Santo e no fogo» (Lc 3, 16),
(1 Cor 12, 13): portanto, o Espírito é também aquele Espírito do qual Jesus dirá: «Eu vim lançar
pessoalmente a Água viva que brota de Cristo fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha
crucificado como da sua fonte, e jorra em nós ateado!» (Lc 12, 49). É sob a forma de línguas,
para a vida eterna. «uma espécie de línguas de fogo», que o Espírito
695. A unção. O simbolismo da unção com óleo é Santo repousa sobre os discípulos na manhã de
também significativo do Espírito Santo, a ponto Pentecostes e os enche de Si. A tradição
de se tomar o seu sinônimo. Na iniciação cristã, espiritual reterá este simbolismo do fogo como
ela é o sinal sacramental da Confirmação, que um dos mais expressivos da ação do Espírito
justamente nas Igrejas Orientais se chama Santo. «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19).
«Crismação». Mas, para lhe apreender toda a 697. A nuvem e a luz. Estes dois símbolos são
força, temos de voltar à primeira unção realizada inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo.
pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo («Messias» Desde as teofanias do Antigo Testamento, a
em hebraico) significa «ungido» pelo Espírito de nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela
Deus. Houve «ungidos» do Senhor na antiga o Deus vivo e salvador, velando a transcendência
Aliança, sobretudo o rei David. Mas Jesus é o da sua glória: a Moisés no monte Sinai, na tenda
ungido de Deus de maneira única: a humanidade da reunião e durante a marcha pelo deserto; a
que o Filho assume é totalmente «ungida pelo Salomão, quando da dedicação do templo. Ora
Espírito Santo». Jesus é constituído «Cristo» pelo estas figuras são realizadas por Cristo no Espírito
Espírito Santo. A Virgem Maria concebe Cristo do Santo. É Ele que desce sobre a Virgem Maria e a
Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como cobre «com a sua sombra», para que conceba e dê
Cristo quando do seu nascimento e leva Simeão a à luz Jesus. No monte da transfiguração, é Ele
ir ao templo ver o Cristo do Senhor. É Ele que que «sobrevém na nuvem que cobriu da sua
enche Cristo e cujo poder emana de Cristo nos sombra» Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e
seus atos de cura e salvamento. Finalmente, é Ele João, nuvem da qual se fez ouvir uma voz que
que ressuscita Jesus dentre os mortos. Então, dizia: "Este é o meu Filho, o meu Eleito, escutai-
plenamente constituído «Cristo» na sua O!"» (Lc 9, 35). E, enfim, a mesma nuvem que
humanidade vencedora da morte, Jesus difunde «esconde Jesus aos olhos» dos discípulos no dia
em profusão o Espírito Santo, até que «os santos» da Ascensão e que O revelará como Filho do
constituam, na sua união à humanidade do Filho de Homem na sua glória, no dia da sua vinda.
Deus, o «homem adulto à medida completa da
698. O selo é um símbolo próximo da unção. Com
plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), «o Cristo total»,
efeito, foi a Cristo que «Deus marcou com o seu
para empregar a expressão de Santo Agostinho.
selo» (Jo 6, 27) e é n'Ele que o Pai nos marca
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
também com o seu selo». Porque indica o efeito (Ex 31, 18), a «carta de Cristo», entregue ao
indelével da unção do Espírito Santo nos cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito
sacramentos do Batismo, da Confirmação e da de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em
Ordem, a imagem do selo («sphragis») foi placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3). O
utilizada em certas tradições teológicas para hino «Veni Creator Spiritus» invoca o Espírito
exprimir o «caráter» indelével, impresso por Santo como «digitus paternae dexterae» —
estes três sacramentos, que não podem ser «Dedo da mão direita do Pai».
repetidos.
701. A pomba. No final do dilúvio (cujo
699. A mão. É pela imposição das mãos que Jesus simbolismo tem a ver com o Batismo), a pomba
cura os doentes e abençoa as crianças . O mesmo solta por Noé regressa com um ramo verde de
farão os Apóstolos, em seu nome. Ainda mais: é oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez
pela imposição das mãos dos Apóstolos que o habitável. Quando Cristo sobe das águas do seu
Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus batismo, o Espírito Santo, sob a forma duma
coloca a imposição das mãos no número dos pomba, desce e paira sobre Ele. O Espírito desce
«artigos fundamentais» do seu ensino. Este sinal e repousa no coração purificado dos batizados. Em
da efusão onipotente do Espírito Santo, guarda-o certas igrejas, a sagrada Reserva eucarística é
a Igreja nas suas epicleses sacramentais. conservada num relicário metálico em forma de
pomba (o columbarium) suspenso sobre o altar. O
700. O dedo. «É pelo dedo de Deus que Jesus
símbolo da pomba para significar o Espírito Santo
expulsa os demônios». Se a Lei de Deus foi
é tradicional na iconografia cristã.
escrita em tábuas de pedra «pelo dedo de Deus»
63
17º ENCONTRO: JESUS E A LEI DE DEUS
1. Objetivos:
Compreender que Jesus Cristo veio dar à Lei de Deus o
pleno cumprimento ao nos revelar que o amor a Deus e ao
próximo é a fonte mais segura de felicidade.
Aprender a rezar os Dez Mandamentos para poder vivê-
los.
2. Conteúdo do Encontro:
Os Mandamentos são caminhos a seguir e expressam, em
gestos concretos, uma convivência de amor com Deus e
com os irmãos.
3. Desenvolvimento do Tema:
Levar uma figura de um carro e comentar: quais os tipos
de carros que conhecem, o que faz um carro andar, o que
precisa para dar partida em um carro.
A partir do exemplo do carro, mostrar que, como o carro
precisa de pistas para andar, nós também precisamos de pistas para viver.
Fazer junto com os catequizandos, a relação entre o que observaram e comentaram sobre os carros
com a vida, destacando os seguintes aspectos: carro é a nossa vida, o motor é o coração e a chave
de partida é a voz de Deus que orienta a consciência.
Carro é nossa vida – comentar como guiamos o carro também guiamos a nossa vida. Para guiar um
carro precisamos conhecer as normas e leis de trânsito. A nossa vida também precisa de leis que
nos ajudem a viver melhor.
Organize uma conversa perguntando o que são leis? Quais leis conhecem? Se as leis são
importantes na vida de uma pessoa? Por quê? Como ajudam as pessoas a viverem melhor?
Motor é a consciência – Deus, nosso Pai, colocou em cada pessoa a consciência que está sempre
vigilante, dizendo: ―isto é de Deus, pode fazer‖, ou, então, ―isto não é do bem, afaste-se‖.
Chave de partida é a voz de Deus que orienta a consciência – se obedeço à voz da consciência,
sou feliz.
Fazer a correspondência dos Dez Mandamentos com vida. Lembrar que os conselhos recebidos dos
pais é a voz de Deus que lembra os Dez Mandamentos. Recordar a história de Moisés e da Aliança.
Ler Ex 20, 1-17.
Levar uma Arca da Aliança com os Dez Mandamentos dentro e relembrar com os catequizandos a
arca que fizeram no Módulo I.
Os Mandamentos de Deus são leis que devem ser seguidas por todos. Quando elas são respeitadas
as pessoas são felizes, mas quando são deixadas de lado acontece a dor e o sofrimento.
Nossa consciência é iluminada pela Palavra de Deus, mas é preciso que busquemos na fé e na oração
essa Palavra para colocá-la em prática.
Essas Leis que Deus nos deu são leis para sermos felizes.
Ler Mateus 5, 17-19 para descobrir o que Jesus falou sobre os Dez Mandamentos. Em seguida Ler
Mt 22, 37-40 que é a síntese dos mandamentos anunciado por Jesus.
Solicitar que os catequizandos relatem fatos que ocorrem no mundo porque as pessoas não seguem
os Mandamentos de Deus. Ajude-os se necessário, falando de situações de guerra, brigas, roubos,
violência, fome.
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
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letra, mas matavam o espírito da Lei (Lc 11, 39- acreditamos que esta Lei de Deus, plenamente
44; 2Cor 3,6). Esqueciam que a lei tinha sido dada revelada em Cristo, complementa a vida do ser
para libertar e educar (Gl 3,21) e a humano na terra, em todos os seus sentidos. Ela
transformaram em instrumento de opressão (Lc protege a vida, a família, possibilita uma reta
11,46; Mt 11,28). aproximação da natureza, das ciências, porque em
Jesus criticou a interpretação dos fariseus tudo coloca Deus em primeiro lugar e o respeito e
e dos doutores (Mt 5,20; 26,1-36) e deu uma nova serviço como condição para o relacionamento
explicação (Mt5,17-48). humano.
Fomos criados por Deus e carregamos no
Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do mais íntimo de nós mesmos a vontade de amar,
Catequista, Paulus, 2003 – p. 98-99. servir, ajudar, libertar, gerar vida. Isso tudo é a
Lei de Deus que está presente em nossos
Jesus Cristo foi fiel à Lei de Deus corações. Segui-la significa conhecer a Lei de
manifestada nos Dez Mandamentos. Ele Deus profundamente, perceber que está presente
reconheceu que ela nasceu do coração de seu Pai e em nós mesmos e nas Escrituras, viver a vontade
que estava presente ao mesmo tempo no coração de Deus vigiando a nossa prática e aplicar a sua
de cada pessoa, por isso Ele disse: "Eu não vim Lei em nossa vida.
abolir a Lei, mas levá-la ao cumprimento" (Mt
5,17). Assim, o que Ele fez foi assumi-la e colocá- Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,
la no plano do amor ao doar a sua vida na cruz, por Vol. II, Vozes, 2008 – p. 77-78.
nós, configurando a Nova e Eterna Aliança. Com
sua atitude Ele qualificou a Lei estabelecendo o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
critério de que só quem ama a Deus e ao próximo, O DECÁLOGO E A LEI NATURAL
com disposição de fazer da própria vida uma 2070. Os Dez Mandamentos fazem parte da
doação, é capaz de viver conforme a vontade de revelação de Deus. Mas, ao mesmo tempo,
Deus e ser verdadeiramente feliz. ensinam-nos a verdadeira humanidade do homem.
A Lei entregue a Moisés foi aperfeiçoada Põem em relevo os deveres essenciais e, por
em Cristo. Ele concentrou os Dez Mandamentos conseguinte, indiretamente, os direitos
em: "Amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo fundamentais inerentes à natureza da pessoa
... " (cf. Mt. 22,37-40). Amar-se, cuidar-se, humana. O Decálogo encerra uma expressão
assumir-se como filho de Deus é condição e base privilegiada da «lei natural»:
para se poder amar a Deus e ao próximo e vice- No princípio, Deus admoestou os homens com os
versa. Jesus Cristo é amor, por isso a nova Lei é, preceitos da lei natural, que tinha enraizado nos
essencialmente, o amor. Seguir Jesus Cristo seus corações, isto é, pelo Decálogo. Se alguém
implica conhecê-lo e amá-lo, assim como seu Pai e não os cumprisse, não se salvaria. E Deus não
no Espírito Santo amar a todos os irmãos exigiu mais nada aos homens» (20).
indistintamente. Diante disso, todos nós, enquanto 2071. Embora acessíveis à simples razão, os
Igreja somos vocacionados a levar adiante a preceitos do Decálogo foram revelados. Para
missão de Jesus Cristo, portanto, somos atingir um conhecimento completo e certo das
chamados a ser não somente os portadores da Lei exigências da lei natural, a humanidade pecadora
do Amor, mas seus propagadores. precisava desta revelação:
A partir do Novo Testamento é possível «Uma explicação completa dos mandamentos do
compreender também que a Lei de Deus não está Decálogo tornou-se necessária no estado de
em contradição com a Lei Natural divulgada pelas pecado, por causa do obscurecimento da lei da
"pessoas de boa vontade". Ao contrário, razão e do desvio da vontade» (21)
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Nós conhecemos os mandamentos de Deus pela 2074. Jesus diz: «Eu sou a cepa, vós as varas.
revelação divina que nos é proposta na Igreja e Quando alguém permanece em Mim, e Eu nele,
pela voz da consciência moral. esse é que dá muito fruto, porque, sem Mim, nada
A OBRIGAÇÃO DO DECÁLOGO podeis fazer» (Jo 15, 5). O fruto, a que se faz
2072. Uma vez que exprimem os deveres referência nesta palavra, é a santidade duma vida
fundamentais do homem para com Deus e para fecundada pela união com Cristo. Quando cremos
com o próximo, os Dez Mandamentos revelam, no em Jesus Cristo, comungamos nos seus mistérios
seu conteúdo primordial, obrigações graves. São e guardamos os seus mandamentos, o Salvador
basicamente imutáveis e a sua obrigação impõe-se vem em pessoa amar em nós o seu Pai e os seus
sempre e em toda a parte. Ninguém pode irmãos, o nosso Pai e os nossos irmãos. A sua
dispensar-se dela. Os Dez Mandamentos foram pessoa toma-se, graças ao Espírito, a regra viva e
gravados por Deus no coração do ser humano. interior do nosso agir. «É este o meu mandamento:
2073. Mas a obediência aos mandamentos que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei»
também implica obrigações cuja matéria, em si (Jo 15, 12).
mesma, é leve. Assim, a injúria por palavras é
proibida pelo quinto mandamento, mas só poderá
ser falta grave em razão das circunstâncias ou da
intenção de quem a profere.
«SEM MIM, NADA PODEIS FAZER»
67
18º ENCONTRO: MANDAMENTOS: GUIA PARA A VIDA
1. Objetivos:
Compreender que Jesus Cristo veio dar à Lei de Deus o pleno
cumprimento ao nos revelar que o amor a Deus e ao próximo são a
fonte mais segura de felicidade.
Compreender que os três primeiros Mandamentos ajudam a
descobrir e a encontrar o Verdadeiro e Único Deus, amando-O
ainda mais com um correto testemunho de vida.
Compreender que o quarto Mandamento mostra que o amor, o
respeito, a obediência, a gratidão aos pais devem ser uma meta na
vida de cada ser humano.
2. Conteúdo do encontro:
Significado de amar a Deus sobre todas as coisas: as atitudes a
que se refere este mandamento, superstições e crenças em objetos, horóscopos etc.
Falta de fé, de esperança e amor a Deus expressos pela falta de oração.
Desrespeito com as coisas sagradas, consagradas a Deus; o uso impróprio do nome de Deus, de
Jesus Cristo, da Virgem Maria e de todos os Santos. Juramento falso usando o nome de Deus.
A sociedade que obriga, impõe aos trabalhadores o trabalho sem dias de folga para o descanso;
Deus nos quer livres; o domingo, dia de descanso sagrado, de ficar com a família e também reunir-
se como Igreja, povo de Deus, para celebrar a Aliança e a liberdade;
Importância da participação das famílias nas missas na comunidade.
Autoridade que Deus concedeu aos pais; Deus quis que depois Dele mesmo, nós honrássemos e
amássemos nossos pais, avós, os mais velhos.
Falta de respeito, desunião nas famílias. Relacionamento entre pais e filhos.
3. Desenvolvimento do Tema:
Explicar que Deus fez uma aliança, um compromisso com seu povo, para que o povo pudesse ser
feliz na terra que eles iriam habitar.
Deus quer que cada um de nós seja fiel a esses mandamentos para que a nossa vida seja cada vez
mais santa.
Os Mandamentos que Deus nos dá são para mostrar o caminho da nossa felicidade aqui e no céu.
Quem não respeita as leis de Deus acaba fazendo o mal aos outros e a si mesmo. Será sempre
infeliz.
Ler Ex 20, 1-11 e explicar que os 3 primeiros mandamentos são para o nosso relacionamento com
Deus.
Ler Lc 24, 1-8 para explicar porque hoje nós guardamos o domingo e não o sábado.
Apresentar uma figura de uma família e perguntar o que pensam sobre Família e o que entendem
sobre respeitar pai e mãe.
Pedir para que eles memorizem os 4 primeiros mandamentos.
Repetir a leitura Mt 22, 37-40, feita no encontro anterior, e provoque uma conversa sobre a
relação entre a apresentação dos Dez Mandamentos no Antigo e no Novo Testamento.
4. Leitura utilizada: Ex 20, 1-12; Lc 24, 1-8; Mt 22. 37-40
5. Ambientação: toalha, bíblia, imagem, cartazes com imagens de famílias.
6. Material utilizado: (1) cartazes com imagens de famílias; (2) pedaços de papel para o catequizando
escrever o pedido de perdão.
7. Atividades: orientar as atividades
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8. Momento de oração:
Ajude os catequizandos a fazerem um breve exame de consciência a partir dos mandamentos
trabalhados no encontro.
Em seguida motive-os a escreverem no pedaço de papel os pedidos de perdão daquilo que refletiu.
Ajude-os a fazer um propósito de cumprir os mandamentos e cada um deverá rasgar o seu papel e
colocar no lixo, simbolizando a ruptura com o pecado e o compromisso de viver melhor os
mandamentos em suas vidas.
Encerrar com a oração do Pai Nosso.
que se refere à Deus e à sua Igreja, para assumir estabe1eceu com o povo (cf. CIC 2168-2172;
idolatria, à superstição, à irreligião, e ao ateísmo com a sua autoridade divina, deu-lhe a sua
(cf. CIC 2095-2105; 2135-2136; 2104-2109; interpretação autêntica: "0 Sábado foi feito para
respeitar os pais e aqueles que Deus, para o nosso entre Javé e outros deuses, isto é, entre a
bem, revestiu com a sua autoridade (cf. CIC 2196- liberdade e a opressão, entre a vida e a morte.
valorização da família, na qual se estabelecem Deus, deve aceitar Javé como Deus único e
relações pessoais e responsabilidades primárias. verdadeiro (Dt 6,4-5), pois Javé é um Deus
Em Cristo, a família torna-se igreja doméstica, apaixonado pelo povo (Ex 20, 5-6). Quem quer ser
porque ela é comunidade de fé, de esperança e de do povo de Deus deve romper o sistema do faraó
amor (cf. CIC 2201-2205; 2249). e dos reis que usam a religião como meio para
respeito (piedade filial), reconhecimento, Jesus pede para romper com o sistema dos
docilidade e obediência, contribuindo, assim, falsos deuses: "Ninguém pode servir a dois
santidade de toda a vida familiar. Se os pais se Deus que é o próprio ser humano, o próximo,
doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos Ele mandou amar o próximo e dar a vida pelo irmão
devem-lhes ajuda moral e material (cf. CIC 2214- (Mt 22,39; Jo 15,13).
divina, são os primeiros responsáveis pela ou fotografias. Pensam que assim cumprem o
da fé. Têm o dever de amar e respeitar os filhos Mas o importante é não apoiar o sistema,
como pessoas e filhos de Deus e, dentro do em nome de um falso deus, que explora e oprime o
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É por isso que Javé, teu Deus, te ordenou Era o que hoje chamamos a "grande família
guardar o dia do sábado!" (Dt5,15). patriarcal". Era um conjunto de várias outras
Ao celebrar o sábado, a comunidade deve famílias que moravam no mesmo lugar e que eram
também se lembrar das maravilhas que Javé unidas entre si por laços de parentesco.
realizou. Várias famílias formavam um clã. Vários clãs
Deve ser uma esperança de libertação, formavam uma tribo.
força na luta e na alegria de ser conduzida pelo A "família" daquele tempo correspondia ao
poder de Deus e pelo trabalho dos homens. Mas, nosso povoado, hoje.
este mandamento não é observado, porque o Dentro da sociedade, ela exercia a função
trabalhador no dia de descanso, muitas vezes, que hoje está começando a ser exercida pelas
precisa trabalhar para dar comida aos seus filhos. comunidades. Assim, "honrar pai e mãe" era não só
E muitos não celebram, na comunidade, a respeitar os pais, mas era também respeitar a
esperança de libertação e as maravilhas de Deus. autoridade dos "pais" da comunidade.
No Novo Testamento, Jesus reforça o
4º Mandamento: "HONRAR PAI E MÃE PARA
poder das comunidades.
TER LONGA VIDA NA TERRA"
Em caso de algum abuso ou crime, ele diz,
O quarto mandamento inclui uma promessa deve-se procurar resolver o caso no grupo menor
para aquele que o observar. Ele diz: possível!
"Honra teu pai e tua mãe, para que se Se isto não der certo, deve-se apelar para a
prolonguem teus dias na terra que Javé, teu Deus, "Igreja" isto é, para a "comunidade".
te dá!" (Ex 20,12). Qual é o sentido deste E aquilo que a comunidade decidir fica
mandamento? decidido pelo próprio Deus! (Mt 18,15-18).
O texto da Bíblia é claro: todos são Por tudo isso, o renascimento das
obrigados a honrar pai e mãe. comunidades em fase de organização no Brasil e
Mas em que sentido este respeito pelos pais na América é uma semente de esperança para o
pode contribuir para prolongar a permanência do surgimento de uma sociedade menos opressora e
povo na terra que ele vai conquistar? Os egípcios mais fraterna, do jeito que Deus quer.
também diziam aos filhos: "Honra teu pai e tua
mãe!"
Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
Quando hoje dizemos "honra teu pai e tua
Catequista, Ed. Paulus, 2003. P. 100 a 104
mãe", pensamos nas famílias em que nascemos.
Famílias relativamente pequenas: pai, mãe e filhos.
Cada uma delas vive a sua vida, independente da
outra. Na Bíblia, porém, a família era mais ampla.
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1. Objetivos:
Reconhecer a dignidade da vida humana.
Assumir a defesa da vida no dia a dia.
Reconhecer que somos muito importantes no plano de amor de Deus,
que nos criou para sermos felizes e vivermos como pessoa e não como
objeto.
2. Conteúdo do Encontro:
Respeitar e valorizar a santidade da vida, por isso proíbe o atentado
contra a vida.
Identificar os sinais de morte em nossa sociedade.
Não se mata só com armas, mas através dos sentimentos, das
palavras: ódio, raiva, vingança, mentira, desprezo, exclusão social.
Atitude de respeito em relação à propriedade alheia.
Ambição, cobiça desregrada dos bens dos outros e a inveja, que consiste na tristeza que se
experimenta perante os bens alheios e o desejo exagerado de se apoderar deles.
3. Desenvolvimento doTema:
Recordar os Mandamentos estudados até agora.
Preparar algumas perguntas sobre os Mandamentos e colocar em uma caixinha. Rodar a caixa entre
os catequizandos batendo palmas. Ao parar de bater palmas, quem está com a caixa tira uma
pergunta e responde. Colocar também algumas perguntas sobre os Mandamentos que dizem
respeito à dignidade da vida.
A vida é sagrada e desde o seu início e ninguém pode destruir um ser humano, pois é um ato
gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.
Respeito dos bens alheios, mediante a prática da justiça e da caridade, da temperança e da
solidariedade.
Significado da palavra cobiça.
Retomar a importância de ter como propósito procurar viver no dia a dia os Mandamentos de Deus.
Pedir que memorizem os Mandamentos.
4. Leitura utilizada: Gn 1, 26; Am 8, 4-8; Mt 6, 19- 23, Sl 119[118], 1-3.6.8-14
5. Ambientação: toalha, bíblia, vela acesa, cartaz com imagem de Jesus.
6. Material utilizado:
cartazes e frases ou notícias de assassinatos, roubos etc;
cartaz com imagem de Jesus;
tiras de papel com os versículos do salmo
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de oração:
Coloque em evidência a imagem de Jesus e num recipiente sobre a mesa, os versículos do salmo, ao
lado da Bíblia e da vela acesa.
Organize a turma círculo em volta da Bíblia e da imagem de Jesus e diga que Ela vai rezar o salmo
―conosco‖.
Peça que cada catequizando retire um versículo e proceda a leitura.
Após a leitura conduzir um breve momento de agradecimento a Deus pelo conteúdo aprendido
neste encontro.
73
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
5º Mandamento: "Não matar" (Ex 23,7). vegetais e animais que há no universo, com
especial atenção para com as espécies ameaçadas
A vida é sagrada e desde o seu início supõe
de extinção (cf. CIC 2407; 2450-2451).
a ação criadora de Deus, por isso permanece para
Para maior fundamentação sobre a
sempre numa relação especial com o Criador, seu
distribuição universal e a propriedade privada dos
único fim. A ninguém e lícito destruir um ser
bens ler: CIC 2401-2402.
humano, pois é um ato gravemente contrário à
dignidade da pessoa e à santidade do Criador (cf. 10º Mandamento: "Não cobiçar as coisas
CIC 2258-2262; 2318-2320). Assim, alheias" (Ex 20,17).
explicitamente, este mandamento proíbe:
Este mandamento completa o 9º
O homicídio direto, voluntário e a
mandamento e exige uma atitude interior de
cooperação nele.
respeito em relação à propriedade alheia. Proíbe a
O aborto direto, querido como fim ou
ambição, a cobiça desregrada dos bens dos outros
como meio, e também a cooperação nele.
e a inveja, que consiste na tristeza que se
A eutanásia direta, que consiste em por
experimenta perante os bens alheios e o desejo
fim a vida de pessoas com deficiências, doentes
exagerado de se apoderar deles (cf. CIC 2534-
ou moribundas, mediante um ato ou omissão de
2540; 2551-2554).
uma ação devida.
O maior desejo do homem deve consistir em
O suicídio e a cooperação voluntária nele
ver a Deus. Ele não deve desviar-se em bens
(cf. CIC 2268-2283; 2321-2326).
materiais, efêmeros (cf. CIC 2548-2550; 2557).
Deve-se combater igualmente as ações que
Jesus solicita de seus discípulos o
provocam a morte das pessoas aos poucos, como
desprendimento das riquezas - segundo o espírito
as ações de exclusão social, de desrespeito, que
da pobreza evangélica - e o abandono à
propagam a imoralidade e expõem a vida das
providência de Deus, que nos liberta da
pessoas ao risco de morte. Deve-se cuidar
preocupação pelo amanhã, preparam-nos para a
também da "morte do espírito", pelo pecado em
bem-aventurança dos "pobres em espírito, porque
todos os sentidos.
deles é o Reino dos Céus" (Mt 5,3) (cf. CIC 2544-
7° Mandamento: "Não roubar" (Ex 20,15). 2547; 2556) .
seu proprietário. É o que também acontece no Vol II, Ed. Vozes, 2008 – p. 83, 87-89.
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derramado. Pois à imagem de Deus o homem foi assassinato: raiva, xingamento, maldição (Mt 5,
criado." (Gen 9,6). 22), chegando à plenitude do amor a Deus e ao
A vida é o maior dom de Deus. Ela deve ser próximo (Mt 22,34-40).
respeitada como se respeita a imagem do próprio Jesus ajudou o povo a ver os erros do
Deus. passado e a ter respeito pela vida. Pede que se
Por isso, a vida deve ser respeitada e combata a vingança pelo perdão (Mt 18,22). Deu
protegida desde a concepção. Um atentado contra exemplo, perdoando aqueles que o mataram (Lc
a vida é como um atentado contra Deus! Este 23,34). Criticou a mentalidade que dizia:
respeito pela vida aparece, concretamente, na "Amarás o teu próximo e odiarás o teu
organização da comunidade que se formou no inimigo" (Mt 5,43). Manda amar também os
deserto, após a saída do Egito. Por isso diz o inimigos e rezar pelos que nos perseguem (Mt
mandamento: "Não matarás" (Ex 20,13). O povo 5,44).
começou a realizar esta difícil tarefa, criando leis Pela sua vida e palavra, Jesus mostrou o
para educar os seus filhos no respeito à vida. O objetivo desse mandamento: "Eu vim para que
objetivo das leis não era a defesa dos interesses todos tenham vida, e vida em abundância" (Jo
dos grandes, como fazia o faraó, mas era a defesa 10,10).
do direito à vida dos fracos (Ex 22, 20-26). Foi Jesus observou esse mandamento,
um longo processo de erros e falhas. respeitando a vida. Escutava o clamor do povo
O povo libertado não tinha as idéias bem abandonado, doente, pobre, faminto, pecador,
claras. Eles misturavam o respeito a vida com o marginalizado e condenado. Ele se opôs ao sistema
ódio aos inimigos e com o desejo de vingança. de morte, montado pelos fariseus e sacerdotes
Identificavam a vontade de Javé com a lei que daquele tempo, mas perdoou e acolheu o assassino
dizia "olho por olho, dente por dente". Usavam os que, com ele, estava pregado na cruz!
métodos do faraó para impor aos outros a sua fé
no Deus que escuta o clamor dos oprimidos. Por Ele foi condenado pelo sistema de morte e
isso, cometeram injustiças, praticaram muitos morreu como um pobre, gritando e clamando ao
crimes. Vagarosamente foram entendendo o que Deus da vida (Me 15,37).
significava a vida. Algumas vezes, o ensinamento A sua fé está no Deus dos vivos e não no
da escola do faraó chegou a voltar, dando-lhes deus dos mortos (Mt 22,32); de um Deus que
sentimentos pagãos. O sistema de morte voltou a escuta o clamor dos pobres.
dominar a vida do povo, principalmente depois que Jesus venceu a morte, venceu o mundo (1Jo
o povo pediu um rei (1Sm 12, 6-25). 5,4) e Deus o ressuscitou!
No fim, depois de quase dois mil anos de Jesus mostrou que o caminho para chegar à
caminhada, depois de muitas denúncias por parte observância perfeita do quinto mandamento é
dos profetas, depois de uma longa e dolorosa imitar o próprio Deus (Mt 5,44-45,48), que é Deus
educação, Jesus veio revelar ao povo o verdadeiro da vida!
sentido do quinto mandamento. Ele disse:
7º Mandamento: "NÃO ROUBAR"
"0uvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás!
Aquele que matar terá que responder em juízo. Aqui vale a pena repetir o título dos Dez
contra o seu irmão, terá que responder em juízo." "Eu sou Javé, teu Deus, que te fez sair do
(Mt 5, 21-22). Conforme Jesus, só observa Egito, da casa da escravidão. Por isso: não
plenamente esse mandamento quem arrancar de furtarás". Mas também no Egito era proibido
dentro de si tudo aquilo que pode levar ao roubar. Os ladrões eram presos como em qualquer
75
outra sociedade. Desta maneira, o faraó até O povo queria uma sociedade onde a
confirmava a legitimidade do seu sistema. segurança fosse total, e onde cada um fosse
Pois, prendendo e castigando os ladrões, ele respeitado nos meios de vida que possuía. Uma
dava segurança aos seus súditos. Em que ponto, sociedade assim dava tranquilidade e favorecia a
então, o sétimo mandamento significava uma convivência e a confiança mútua.
libertação da "casa da escravidão"? A observância deste mandamento ajudava o
O sistema do faraó e dos reis de Canaã era povo a evitar o acúmulo de bens e a explorar o
baseado no roubo. O faraó e os reis podiam tomar irmão.
as terras, os animais, os produtos, os empregados, Ele fazia entender que a Providência Divina
os filhos e as filhas do povo. passa pela organização fraterna e justa do povo.
Era um "direito do rei", reconhecido por lei
10º Mandamento: “NÃO COBIÇAR O QUE
(1Sam 8,11-18). E por isso, tais atitudes do faraó
PERTENCE A TEU PRÓXIMO”
e dos reis não eram consideradas como roubo.
Como exemplo, o Rei Salomão chegou a ter O último mandamento ataca e combate a
uma renda anual de 666 talentos de ouro (1Reis ganância e a cobiça. A ganância do faraó era
10,14). São mais de 22 toneladas de ouro! Chegou grande. Ele era imitado pelos reis de Canaã. Basta
do templo, mais de 180.000 operários (1Reis 5, 13- profeta Samuel, velho já, encerrou a sua carreira
16; ou 1 Reis 5, 27-30). Era dono de uma frota de de chefe e Juiz, ele prestou contas de sua gestão
navios (1Reis 9, 26-28; 10, 22). No seu palácio, os e mostrou que nunca tinha sido ganancioso (1Sm
(1Reis 10,21). Ele tinha 1400 carros e 12.000 Samuel era obrigado a prestar contas, a
cavaleiros (1Reis 10, 26). Diariamente, recebia submeter-se à crítica do povo. Depois de Samuel
13.500 litros de flor de farinha e 27.000 litros de vieram os reis (1Samuel 12,1-2).
farinha comum, 10 bois cevados e 20 bois de Os reis nunca prestaram contas ao povo.
pasto, além de outras coisas, dadas pelos Imitando o faraó e os outros reis, eles começaram
prefeitos, nomeados por ele, no país inteiro (1Reis a acumular, levados pela ganância. Davi foi
ladrão, pois era um direito que a lei lhe dava. Por isso, não adiantava proibir o roubo, se
Da mesma maneira o faraó roubava as não se combatia também a ganância que produz o
do povo. Este roubo tão grande arrancava o Assim, o último mandamento ataca a raiz da
clamor da boca do povo e fazia o povo chorar de opressão, combate a sua causa mais profunda:
angústia (Ex 3, 7). Este roubo não era castigado, "Não cobiçarás nada do que pertence a teu
nem era chamado de roubo. Mas Deus o observou, próximo". Esta lei é para impedir que o sistema da
o examinou, percebeu as conseqüências e, na sua escravidão volte a reinar e a dominar o povo. Ela
lei, ele decretou: "Não furtarás." (Ex 20,15). Por defende o direito que os pequenos têm de possuir
esse decreto Deus não se dirige a uma pessoa o necessário para viver.
isoladamente, mas ao próprio povo. Ele deseja uma Os primeiros cristãos conseguiram realizar
nova organização que não seja baseada no roubo este ideal durante algum tempo.
Também havia leis para impedir os roubos bens e dividiam o produto entre os necessitados
Ele condena violentamente os ricos que se Por isso, o último mandamento conclama o
enriqueciam à custa dos pobres sem defesa. São povo oprimido, que acabava de sair da escravidão,
Tiago diz aos ricos: "Vocês condenaram o justo e a se organizar de maneira diferente.
o mataram, porque ele não oferecia resistência" Só assim teria poder para impedir que a
(Tg 5,6). ganância tornasse a se infiltrar na cabeça do povo.
A fraqueza, sem defesa do pobre, suscita e
aumenta a ganância e a prepotência impune dos Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
ricos. Catequista, Ed. Paulus, 2003 - p. 104-111
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20º ENCONTRO: MANDAMENTOS: DIGNIDADE À VIDA (6º, 8º e 9º)
1. Objetivos:
Descobrir a importância dos Mandamentos da Lei de Deus como
proposta de vida para amar o próximo seguindo a sua vontade.
Saber rezar os Dez Mandamentos para poder vivê-los, pois são
Palavras de Vida.
Valorizar a verdade e o cultivo de verdadeiras amizades a exemplo de
Jesus.
Compreender a sexualidade como uma dimensão para o ser humano
viver o amor.
2. Conteúdo do Encontro:
Deus criou o ser humano como homem e mulher, com igual dignidade pessoal e inscreveu nele a
vocação ao amor e à comunhão.
Comentar quais atitudes estão contra o sexto e nono mandamento.
Conversar sobre a família.
Falar sobre o sexo, sobre o relacionamento ―homem e mulher‖.
Deus não fez o homem e a mulher para ficar sozinho. Ele fez o homem para que um ajudasse o
outro, por isso é natural que o homem e a mulher gostem de ficar juntos. Eles precisam um do
outro e desejam formar uma família.
Nós nos comunicamos com o outro com todos os nossos sentidos (falando, ouvindo); comunicamo-nos
também através do sexo.
O diálogo com o corpo só é sincero se há respeito entre o homem e a mulher. Nunca considerar o
corpo do outro como um objeto.
Lembrar sempre que cada pessoa é Templo onde mora Deus, á casa de Deus.
A falsidade e hipocrisia são as atitudes que Jesus mais condena, porque vem do orgulho e matam a
amizade entre as pessoas.
3. Desenvolvimento do Tema:
Apresentar vários cartazes de casais e deixar que falem sobre eles.
Perguntar o que entendem por sexualidade.
Em nossa sociedade muitas vezes a sexualidade está banalizada, a falta de valores, a dificuldade
de viver valores que são contrários ao que a maioria das pessoas pensa.
Nosso mundo entende sexo como valor em si mesmo. Está desvinculado do compromisso com o
outro. Muitos pensam no outro como um objeto.
A sexualidade deve nos ajudar a ser mais gente, a ser mais feliz.
A força da graça de Deus na sexualidade.
Deus quer que as pessoas cuidem bem da própria vida e da vida dos outros.
O 8º Mandamento nos ensina a ser leais e sinceros. Jesus não gosta daqueles que por fora são de
um jeito e por dentro de outro.
A falsidade prejudica a nós mesmos. Um pecado grave é a calúnia. Caluniar uma pessoa é falar
coisas dela sem saber se é verdade. Jesus pede que não julguemos ninguém.
4. Leitura utilizada: Ef 5, 31-33; Ef 5, 25-28; Mt 5, 33-37
5. Ambientação: toalha, bíblia, imagem.
6. Material utilizado: Figuras de casais, felizes e infelizes.
7. Atividades: orientar as atividades
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8. Momento de Oração: Escrever a oração pedida na apostila. Depois cada um deverá rezá-la em silêncio,
fazendo com Jesus o compromisso de ser sempre sincero e puro de coração. Encerrar com a oração
do Pai Nosso.
79
6º Mandamento: "NÃO COMETERÁS Ele quis restabelecer a igualdade.
ADULTÉRIO" O sexto mandamento foi reduzido à pratica
da castidade, num esforço de respeitar o próprio
No sexto mandamento, a lei de Deus mostra
corpo.
a sua profundidade e a sua importância.
A Bíblia quer mais do que isto.
A mudança que ela quer realizar na
Ela quer que seja respeitada a imagem de
sociedade é radical e total.
Deus no ser humano, no respeito mútuo, sem
O relacionamento deve ser um
nenhum domínio.
relacionamento de amor e de fraternidade. Não
Mas, motivado pelo crescimento igual e
basta que se criem relacionamentos de igualdade
harmonioso do homem e da mulher, acabando com
no campo político, econômico e social. O
uma das raízes mais profundas do sistema de
relacionamento de igualdade deve penetrar no
opressão que é a dominação da mulher pelo
núcleo mais íntimo da vida humana que é o
homem.
relacionamento homem-mulher, no casamento.
É um desafio!
É o passo concreto que a lei de Deus dá no
sexto mandamento: "Não cometerás adultério". 8º Mandamento: "NÃO DIRÁS FALSO
Este mandamento não faz distinção entre TESTEMUNHO"
homem e mulher.
Deus declara ao grupo de Moisés: "Eu sou
Tanto ao homem como à mulher, não é
Javé, Deus, que te fez sair do Egito, da casa da
permitido trair o seu companheiro.
escravidão. Por isso: ―não dirás falso testemunho
Na realidade, a mulher levou desvantagem
contra teu irmão!‖ (Ex 20,2.16).
frente ao homem na aplicação concreta deste
Este mandamento quer dizer o seguinte:
mandamento.
1.Não imitar o exemplo dado pelo sistema
Dava-se mais liberdade ao homem do que à
corrupto e ter a coragem de defender o irmão,
mulher.
sobretudo o pobre, nos tribunais da justiça.
No NT, Jesus retoma o ideal que Deus tinha
2. Lutar para criar uma nova
em mente quando deu o sexto mandamento:
organização na qual seja possível todos
"Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério".
conseguirem os seus direitos na justiça. E que já
Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um
não seja possível alguém levantar contra o seu
olhar de cobiça para uma mulher, já cometeu
irmão.
adultério com ela em seu coração" (Mt 5,27-28).
No código da aliança, a Bíblia dá uma série
Naquele tempo, o divórcio era facilitado. Por
de normas como fazer isto concretamente (Ex
qualquer motivo o homem podia mandar embora a
23,1-9).
sua esposa. Jesus diz: "Não lestes que desde o
Além disso, o que se quer promover com a
princípio o Criador os fez homem e mulher?" (Mt
observância deste mandamento é que o amor à
19,4).
verdade se torne novamente a base do
E ele proibiu que a esposa fosse repudiada.
relacionamento entre as pessoas.
Quem repudiava sua esposa e casava com
Sem o amor à verdade, a possibilidade de
outra mulher, cometia adultério e era motivo para
diálogo é destruída na sua raiz e a convivência
que a sua esposa também cometesse adultério (Mt
social se torna impossível.
5,31-32; 19,4-9).
Jesus veio revelar esta intenção do Pai. Ele
Esta palavra de Jesus impressionou os
disse: ―Que o vosso sim, seja sim, e o vosso não,
apóstolos, que disseram: ―Se é assim a condição
seja não!‖ (Mt 5, 37). A organização igualitária do
do homem em relação à mulher, então não vale a
povo em comunidades fraternas não é só questão
pena casar-se!" (Mt 19,10).
de economia e de política.É também uma questão
Isto é um sinal de que Jesus limitou a
de conversão sincera de cada um à verdade. ―A
liberdade do homem frente a mulher.
80
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista –Etapa I – Módulo II
verdade vos libertará!‖ (Jo 8, 32). Aqueles que A Bíblia diz: "Não cobiçarás a casa do teu
caminham e lutam com Javé por uma nova próximo, não desejaras a sua mulher, nem o seu
sociedade devem praticar o amor à verdade. servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu
Assim renovam a sociedade a partir de sua jumento, nem coisa alguma que pertença a teu
base e criam condições para uma nova justiça; próximo". (Ex 20, 17)
A sociedade garante a justiça social. O nono mandamento está dividido em dois.
Quando realiza as condições que permitem às Por isso temos dez mandamentos.
associações e ao indivíduo obter o que lhes é O nono proíbe desejar a mulher do próximo.
devido, segundo a sua natureza e vocação. O décimo proíbe desejar a propriedade alheia.
A justiça está ligada ao bem comum e ao
exercício da autoridade (CIC 1928) Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
9º Mandamento: “NÃO DESEJAR A MULHER Catequista, Ed. Paulus, 2003 – p. 106, 109-
DO PRÓXIMO” 111
81
1º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE
1. Objetivos:
Refletir o que é quaresma e como o cristão vive este
período.
Refletir sobre o tema e lema da Campanha da Fraternidade
2012.
Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de
uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e
comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e
mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo do Encontro:
Criar um quadro com os 40 dias da quaresma, incluindo o dia
da Páscoa.
Distribuir pedaços de folhas coloridas (15 cm X 10 cm) para
os catequizandos, que deverão dobrar ao meio.
Colar os pedados dos papéis em um papel cartão, colocando
os quarenta dias da quaresma.
3. Desenvolvimento do Tema:
Ler com os catequizandos o texto da apostila, explicando passo a passo sobre a Quaresma.
Fazer em conjunto com a classe o registro da semana – escrever em cada quadrinho uma atitude,
uma boa ação que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
Combinar em cada encontro as ações da semana.
Para explicar sobre a fraternidade, a solidariedade, contar a história – A pomba e a formiga.
Às margens de um riacho cristalino, uma pomba bebia água, quando viu uma formiga no meio da
correnteza. Em vão a formiga se esforçava par alcançar a margem. Então, a pomba jogou na água um
raminho de mato, e a formiga conseguiu agarrar e se salvar.
Nesse mesmo tempo, passava um caçador que, ao ver a pomba, pensou em abatê-la. Ficou
imaginando o belo prato de pomba assada. Quando se preparava para atirar, sentiu uma picada no
calcanhar. O caçador abaixou-se para ver o que o tinha picado. Era a formiga, a mesma que tinha acabado
de ser salva pela pomba! Bem depressa, a pomba aproveitou para fugir da mira do caçador. Quando este
olhou de novo para o rio, seu almoço tinha desaparecido.
Comentar a história:
Quando é que eu ajo do mesmo jeito que a formiga?
Quando é que sou pomba?
Quando sou caçador?
Quem foi solidário e fraterno?
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
Tema: Fraternidade e Saúde Pública
Lema: ―Que a saúde se difunda sobre a Terra‖.
A Campanha da Fraternidade de 2012 mobiliza os catequizandos a contemplarem a vida como um
dom de Deus e para a compreensão de que o cuidado com a saúde depende de uma alimentação
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
saudável, da prática de esportes, das ações de prevenção, do cuidado com o corpo, a mente e o
espírito.
QUARESMA
SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM
19/03
Boas
atitudes da
semana
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2º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE
1. . Objetivos:
Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de
uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e
comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e
mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo do Encontro:
Explicar o que é Quaresma e como se vive este tempo.
Explicar o que é a Campanha da Fraternidade, o tema e
lema da CF-2012 e como vivenciar a Campanha na família e na
vida.
3. Desenvolvimento do Tema:
Fazer em conjunto com a classe o registro da semana –
escrever em cada quadrinho uma atitude, uma boa ação que
deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
Utilizar uma das dinâmicas propostas no Apêndice no final
da Apostila de acordo com a idade de seus catequizandos.
Para explicar sobre a fraternidade, a dignidade da pessoa
humana e a cidadania, contar a história – A águia e a galinha.
Era uma vez um camponês que pegou um filhote de águia e o colocou no galinheiro junto com as
galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse o rei/rainha de todos os
pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista e,
enquanto passeavam ele viu á águia e disse:
Esse pássaro aí não é galinha, mas uma águia.
De fato – disse o camponês. É águia, mas eu criei como galinha.
Não – retrucou o naturalista. Ela é, e sempre será uma águia. Pois tem coração de águia. Esse
coração a fará um dia voar às alturas.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a,
disse:
Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas
asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor.
Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:
Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente.
Por mais uma vez ele experimento e a águia voltou para junto das galinhas.
No dia seguinte, o naturalista pegou a águia e a levou para o alto de uma montanha. O sol nascente
dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto, na direção do sol e
ordenou-lhe:
Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida, mas o naturalista segurou-a
firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e
da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou e ergueu-se,
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soberana, sobre si mesma. E começou a voar, voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto.
Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento... (Leonardo Boff)
Comentar a história:
Como será que Deus nos criou?
Somos águias ou galinhas?
Ou será que somos as duas juntas?
É possível viver a condição ―galinha‖, satisfatoriamente nos dias de hoje?
Como a condição ―águia‖ pode ajudar para termos mais qualidade de vida?
Pense:
Características que predominam em cada condição:
1. Galinha: alimentação, moradia, ir à escola, praticar esportes, hábitos de higiene, trabalho,
cuidado com o meio ambiente (mostrar figuras para ilustrar)
2. Águia: capacidade de amar, a busca por Deus, amor ao próximo, superar dificuldades, coragem
para arriscar, persistência, sinceridade, realizar a vocação, buscar a felicidade.
3. Reflexão: Observando a águia e a galinha, o que concluímos? Agimos, somos apenas como uma
delas? Ou as duas condições são essenciais para a realização humana?
4. Concluir: cada pessoa tem dentro de si uma águia. Busca as alturas, o sol; foi feita para grandes
ideais e os grandes sentimentos. Muitas vezes, porém, fica presa a coisas como uma galinha
ciscando no galinheiro. Não nascemos só para cuidar de comida, roupa... As duas condições são
essenciais para a realização humana. Criados à imagem e semelhança de Deus, temos que buscar
sempre a perfeição, a nossa conversão, mas sempre sabedores de nossa pequenez.
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
Tema: Fraternidade e a Saúde Pública
Lema: ―Que a saúde se difunda sobre a Terra‖.
Ler Lc 10, 29-37 – A parábola do Bom Samaritano
Comentar que o cartaz atualiza este encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita
de cuidado. A mão do profissional da saúde, segurando as mãos da pessoa doente, afasta a
cultura da morte e visibiliza a acolhida entre irmãos (o próximo). A cruz recorda a salvação que
Jesus Cristo nos conquistou. A alegria do encontro recorda aos profissionais da saúde que
foram escolhidos para atualizarem a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos, para
possibilitar atendimento digno, para que a saúde se difunda sobre a Terra.
Todos os seres humanos são irmãos porque são filhos de Deus. Ser irmão é ser fraterno. Como
irmãos, precisam se ajudar uns aos outros. Isso é fraternidade.
A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a Campanha deseja sensibilizar a todos a dura realidade de irmãos e irmãs que não
têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. É
uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de
morte sejam transformadas.
A Igreja, nessa quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da Saúde
Pública e levar os discípulos-missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento e na
morte. E, ao mesmo tempo, exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à
saúde.
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O samaritano faz o papel de Jesus, movido pela compaixão diante de um acontecimento da vida,
do dia a dia. O desafio para fazer o bem surge quando menos se espera. Jesus pede que
olhemos para a realidade, para a vida. Com sua graça, vamos converter nossa vida procurando
―Ter em nós os mesmos sentimentos que animavam Jesus‖. (Fl 2,5).
É hora de assumir compromisso, ver o que o texto nos leva a viver. O Evangelho de Lucas nos
mostra que nem todos que conhecem a Bíblia são os que a praticam, são os melhores exemplos.
Que compromisso vou assumir, qual gesto concreto essa parábola despertou em mim? Como vou
ser ―o próximo‖ de pessoas que precisam de ajuda?
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem, cartaz da Campanha da Fraternidade, figura de uma águia
e de uma galinha.
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deste de comer,... doente, e cuidaste de mim‖ (Mt eliminando a causa da doença, ou seja, o pecado,
25, 35-36). Esta Campanha buscou ser um sinal de pode-se obter novamente de Deus a saúde.
esperança para as comunidades cristãs e para Houve, um tempo, que entre os judeus
todo o povo brasileiro, a fim de que, em um piedosos, o fato de recorrer a médicos era visto
panorama de sombras e de atentados à vida, como falta de fé no Deus vivo e verdadeiro, pois a
sentissem a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o doença era compreendida como forma de punição
pecado e a morte, reforçando os princípios por parte de Deus.
norteadores da valorização da vida, do início até o
O livro do Eclesiástico considera a doença
seu fim.
como o pior de todos os males (cf 30, 17), um mal
Tais iniciativas constituem marcos que faz perder o sono (cf 31, 2). O povo judeu
importantes da ação da Igreja, tanto no campo da entendia que a falta de saúde estava intimamente
saúde como no da saúde pública, em nosso país. ligada com a culpa, o pecado. A cura para as
Por ser amplo o leque destas atividades, com doenças deveria ser obtida, em primeiro lugar,
satisfação identificam-se ações pastorais, pela oração (cf 2Sm 12, 15-23).
próprias do múnus eclesial, que resultam em
Saúde e doença no Novo Testamento
contribuição da Igreja para o cumprimento das
―Metas do Milênio‖ com as quais o governo O capítulo nono do Evangelho de São João
brasileiro comprometeu-se perante a comunidade relata o encontro de Jesus com um cego de
internacional, mobilizando diretamente seus nascença (cf Jo 9, 1-41). De acordo com o relato,
vários setores: são os discípulos que, em primeiro lugar, percebem
―Metas do Milênio‖ propostas pela ONU a presença do cego e propõem uma questão a
(Organização das Nações Unidas) com objetivos a Jesus.
serem alcançados até 2015: A dúvida dos discípulos é de ordem
teológica: ―Quem pecou para ele nascer cego?‖
Reduzir pela metade o número de pessoas que
vivem na miséria e passam fome; Teria o homem pecado ou teriam sido seus pais (cf
Jo 9, 2) .
Educação básica de qualidade para todos;
A resposta de Jesus é clara: ―nem ele,
Igualdade entre os sexos e mais autonomia
nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para se
para as mulheres;
manifestarem nele as obras de Deus‖ (cf Jo 9, 3).
Redução da mortalidade infantil; Cristo interrompe a tradição de vincular doença e
Melhoria da saúde materna; pecado e oferece aos discípulos, aos fariseus, aos
Combate a epidemias e doenças; judeus e familiares do cego e ao próprio cego uma
catequese sobre sua missão. Jesus apresenta-se
Garantia da sustentabilidade ambiental;
como ―luz do mundo‖ e luz que se manifesta pelas
Estabelecer parcerias mundiais para o obras que realiza. Essa experiência permite que o
desenvolvimento. próprio cego se transforme em discípulo.
Doença e saúde no Antigo Testamento O anúncio da missão de Jesus na sinagoga
A bíblia hebraica, já nas primeiras páginas, de Nazaré inclui ―a recuperação da vista aos
apresenta a origem do mal e do sofrimento, mas cegos‖ (cf Lc 4, 18). No entanto em toda ação de
descartando qualquer possibilidade de Jesus, percebemos inúmeros gestos de quem está
participação divina. No decorrer da caminhada do preocupado em recuperar a saúde. Não apenas no
povo hebreu, outros conceitos e outras aspecto biológico, mas promover o ser humano
justificativas foram sendo desenvolvidas a para ter uma vida digna, saudável e reintegrada à
respeito da doença e do sofrimento, que passaram sociedade, porque a doença significava a exclusão
a ser vistos como conseqüência do pecado e da social. Diz o evangelho: ―Jesus percorria toda a
desobediência. Assim a preservação da saúde mais Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando
do que a cura da doença, era obtida pela a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de
observância da Lei de Deus. doença e enfermidade do povo‖ (Mt 4, 23).
Porém, quem não a observa terá a Com sua ação evangelizadora, Jesus não
maldição, a infelicidade, as doenças e a opressão apenas cura os doentes, mas resgata o ser humano
(cf Dt 28, 15ss). A doença é vista como castigo de para o meio da sociedade, dando-lhe dignidade e
Deus ao pecado do ser humano, por isso, somente apresenta uma nova forma de relacionar-se com
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
as pessoas necessitadas. O Novo Testamento é o que dispunha: seu meio de transporte, o que
repleto de relatos de Jesus curando os doentes, trazia para seu próprio cuidado e seu dinheiro.
os quais testemunham que a ação salvífica de f) LEVAR À HOSPEDARIA – mudou seu
Jesus também acontecia em suas intervenções no itinerário e acabou mobilizando e envolvendo
cuidado e atenção com os que sofrem. outras pessoas. Nem sempre conseguimos
A parábola do Bom Samaritano nos lembra responder a todas as demandas, mas podemos
a condição da fragilidade humana a que todos mobilizar outras forças para atender e cuidar de
estamos condicionados desde a criação. Mas quem sofre.
indica que os seguidores de Jesus devem g) CUIDAR – esse é o sétimo verbo e
descobrir a importância do cuidado. A fragilidade expressa o conjunto da intervenção do
somente se cura mediante a proximidade daquele samaritano. Trata-se de um cuidado coletivo, que
que se dispõe a cuidar do debilitado. Cuida-se da envolveu outros personagens, recursos
própria vulnerabilidade quando se consente a financeiros, estruturas que o viajante, não
proximidade do outro. dispunha e o compromisso de retornar. A razão do
O samaritano é aquele que em face da retorno é que agora ela incluía outra pessoa, um
necessidade do outro a assimila e se deixa compromisso que não estava planejado no início da
transformar por ela. Não só porque cuida do viagem, mas não pode mais ser ignorado, cuidar
ferido e lhe dá abrigo, mas porque o faz em passa a ser uma missão.
prejuízo dos seus próprios planos iniciais. A figura do bom samaritano assume a condição
Esta atitude é revelada nos sete verbos de modelo para a ação evangelizadora da Igreja
desta parábola e indica um modo de ser diante do no campo da saúde e no campo da defesa das
outro, que pode iluminar o engajamento da Igreja políticas públicas.
e dos cristãos no campo da saúde pública:
Unção dos Enfermos, sacramento da cura
a) VER – a primeira atitude do samaritano
O sacramento da unção dos enfermos é
que descia pelo caminho foi enxergar a realidade.
compreendido no âmbito da missão salvífica da
Não ignorou a presença de alguém caído, de
Igreja, ou seja, no contexto do ministério de cura
alguém que teve seus direitos violentados e que se
que toda Igreja exerce junto aos enfermos. A
encontro à margem da estrada.
unção não é um sacramento pontual e isolado, que
b) COMPARECER-SE – a percepção da se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a
presença do caído conduziu o samaritano à atitude um moribundo totalmente inconsciente. Pelo
de compaixão. Ele deixou-se afetar pela presença contrário, é um sacramento eclesial que, além de
do violentado que jazia quase morto. A compaixão comprometer toda a Igreja, é também o ápice de
desencadeou as demais atitudes tomadas pelo um processo em favor e a serviço dos irmãos
Samaritano. enfermos de uma comunidade. Faz parte do
c) APROXIMAR-SE – ao contrário dos que ministério de cura que atualiza e significa a
antecederam, o viajante estrangeiro aproximou-se presença do Reino no hoje das pessoas.
do caído, foi ao seu encontro, não passou adiante. Por ser um serviço de toda a Igreja,
No homem assaltado, ferido, necessitado, compromete todos na comunidade: o próprio
reconheceu seu próximo, apesar de muitas doente em atitude plenamente ativa de
diferenças entre ambos. identificação com Jesus Cristo, de aceitação da
d) CURAR – a presença do outro exige própria debilidade e de contribuição para o bem
cuidado. A aproximação, a compaixão não são do povo de Deus e a salvação de todo o mundo; de
simplesmente sentimentos benevolentes voltados todos os crentes em atitude de amor e presença
ao outro. Elas se tornam obra, se transformam em junto aos pobres e doentes; dos religiosos,
ação que lança mão dos elementos que tem fazendo presente no mundo a pessoa de Cristo
disponíveis para salvar o outro. que se preocupa e cura os doentes; dos
e) COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL – presbíteros cujo ministério exige deles, não só a
colocou a serviço do outro os próprios bens. Não visita, a atenção e a animação dos doentes, mas
temeu disponibilizar ao desconhecido ferido tudo também a visibilidade da presença viva do Senhor
que unge, cura e salva; dos bispos que precisam,
89
num trabalho de coordenação pastoral e membros e do ambiente que a cerca. É importante
evangelizadora, mostrar que os doentes não são recuperar a família como colaboradora essencial
seres passivos, mas comprometidos com o Corpo no cuidado e no acompanhamento de seus
de Cristo. membros. Vários dos condicionantes e
É pena que, na mentalidade comum dos determinantes da saúde dependem da adesão das
fiéis e até mesmo dos agentes de pastoral, o famílias e da educação prática das crianças.
sacramento da unção dos enfermos ainda não
3. Seguem algumas propostas de ação concreta
tenha se desconectado suficientemente de sua
para esta esfera:
relação com a morte. Este passo, no entanto,
a) Incentivar o cuidado pleno aos extremos da
precisa ser dado. Todos precisam ter muito claro
vida (criança e idosos), buscando atendimento
que o sacramento da unção dos enfermos já não é
digno, humano e com qualidade nos serviços de
mais nem sacramento que consagra a morte nem
saúde, nos três níveis de governo;
preparação imediata para a eternidade. Pelo
b) Garantir que a prevenção avance para além da
contrário, é o sacramento que consagra uma
informação. É necessário visar não só ao bem
situação de vida, ou seja, uma situação de doença,
estar individual, mas também ao familiar e ao
confiando ao doente a missão de completar, no
de todos, através de ações educativas
próprio corpo, o que falta à paixão de Cristo.
abrangentes;
1. A Pastoral da Saúde c) Buscar a sensibilização e a mobilização de
A Pastoral da Saúde que representa a familiares e amigos quanto à ações básicas de
atividade desempenhada pela Igreja no Setor da prevenção e promoção da saúde,como manter o
Saúde, é expressão de sua missão e manifesta a cartão de vacinas atualizado;
ternura de Deus para com a humanidade que d) Estimular a doção e a manutenção de padrões e
sofre. A Igreja, ao meditar a parábola do bom estilos de vida saudáveis e a abolição de
samaritano (cf Lc 10, 25-37), entende que não é hábitos inadequados de vida. Até reeducação
licito delegar o alivio do sofrimento apenas à alimentar e incentivo à atividade física regular;
medicina, mas é necessário ampliar o significado e) Estimular o uso dos serviços de saúde, de
desta atividade humana. forma consciente, organizada e cuidadosa,
No Brasil esta Pastoral conta com 80 mil visando à otimização de recursos públicos;
agentes voluntários. Seu objetivo é promover, f) Estimular a disseminação do conceito de que a
educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e prevenção ao uso de drogas é de
celebrar a vida ou promover ações em prol da vida responsabilidade de todos, ou seja, pais,
saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando professores, empresários, líderes
presente no mundo de hoje, a ação libertadora de comunitários, sindicatos, igrejas e autoridades.
Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito g) Incentivar e difundir programas de coleta
nacional e de referência internacional. seletiva e de reciclagem, no suporte a projetos
de pesquisa na área ambiental e no estímulo de
2. Como as famílias podem colaborar para a práticas sustentáveis, divulgadas em empresas,
saúde se difundir escolas e comunidades.
A família ocupa o lugar primário na
humanização da pessoa e da sociedade. Por isso é
chamada a ser uma comunidade de saúde, a educar Fonte: Texto Base da Campanha da Fraternidade
para viver bem, a promover o bem estar de seus 2012, CNBB, Brasília – DF.
90
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
1. Objetivos:
Favorecer ao catequizando a percepção de que o sofrimento de
Jesus por amor a nós foi para nos levar a vivo com Ele a sua
ressurreição.
Reconhecer a alegria da vida nova que Jesus veio nos propor e
valorizar os símbolos dessa proposta.
2. Conteúdo do Encontro:
Explicar cada dia da Semana Santa (do Domingo de Ramos até o
Domingo de Páscoa)
Retomar o compromisso da quaresma.
3. Desenvolvimento do Tema:
Utilizar cartazes para explicar cada dia da Semana Santa e ler com os catequizandos o texto da
apostila.
Fazer a Via Sacra (sugestão em anexo).
Incentivar os catequizandos para que participem dos dias da Semana Santa na paróquia.
DOMINGO DE RAMOS: Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de Palmeira e cantos
de Hosana.
QUINTA-FEIRA SANTA: Jesus reúne os apóstolos e institui a Eucaristia na sua última ceia.
SEXTA-FEIRA SANTA: Jesus é condenado e carrega a sua Cruz até o Monte Calvário, onde
entrega a Sua vida num sacrifício de Amor por toda a humanidade.
SÁBADO SANTO: Tempo de silêncio, recolhimento e espera pela Ressurreição de Jesus.
DOMINGO: ―Aleluia! JESUS RESSUSCITOU‖, ESTÁ VIVO NO MEIO DE NÓS!‖ - traz vida
renovada, cheia do Espírito Santo para todos nós!. É DOMINGO DE PÁSCOA!
91
4º TEMA EXTRA: O SANTO PADROEIRO
1. Objetivo:
Fazer com que os catequizandos conheçam o santo padroeiro e conscientizá-los sobre o chamado
de Deus para uma vida santa. Fazer com que conheçam a sua Paróquia
2. Conteúdo:
Nós também podemos e devemos ser santos
História do Santo Padroeiro e história da Paróquia
3. Desenvolvimento do tema:
Todos nós somos chamados à santidade (Mt 5,48 e I Ts 4,3)
Perguntar se sabem o que é ser santo.
Explicar que a partir do nosso Batismo todos somos chamados ser santos.
Para sermos santos é preciso descobrir qual a vontade de Deus para nossa vida, e isso se
descobre através da oração e da leitura da Palavra de Deus.
O que podemos fazer para melhorar as nossas atitudes no dia a dia... (deixar que falem)
Perguntar se conhecem algum santo e sua história ou se têm algum santo de devoção deixar que
falem).
Falar dos santos dos nossos dias – pessoas santas como Madre Teresa de Calcutá e seu
trabalho, Papa João Paulo II e seu exemplo de amor perdão e santidade de vida.
Falar dos Santos recém canonizados:
Frei Galvão o primeiro Santo brasileiro, canonizado pelo Papa Bento XVI, em 11 de maio de
2007;
Falar das crianças que foram canonizadas – Santo Domingos Sávio, Santa Maria Goretti.
Falar do Padroeiro – ler as leituras indicadas pela paróquia
Contar a história do Santo a partir da leitura bíblica.
Falar sobre a Paróquia – completar as atividades
4. Leitura utilizada: Usar as citações usadas pela paróquia nas celebrações do Santo Padroeiro
8. Momento de Oração – Levar as crianças até a imagem do Santo Padroeiro e rezar a oração (no verso
do santinho)
Pesquisar histórias de santos canonizados recentemente ou a vida de pessoas que estão processo
de canonização na Diocese ou na nossa região, como: Frei Galvão, Madre Tereza do Jesus Eucarístico,
Franz de Castro Holzwarth.
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
1. "Para fazer de um homem um santo, só é Jubileu do Ano 2000, fala-se com um profundo
necessária a Graça. Quem duvida disto não sabe o realce do tema da santidade. No "grande exército
que é um santo, nem o que é um homem", de santos e de mártires", que inclui "Sumos
observava Pascal com o seu esmero característico Pontífices, bem conhecidos da história, ou
nos Pensamentos. Recorro a esta observação para humildes figuras de leigos e de religiosos, de um
indicar as duas perspectivas destas reflexões: extremo ao outro do globo observou o Papa João
no santo convergem a celebração de Deus Paulo II, no n. 7 da Carta a santidade pareceu
(nomeadamente, da sua Graça) e a celebração do mais do que nunca a dimensão que melhor exprime
homem, nas suas potencialidades, nos seus limites, o mistério da Igreja. Mensagem eloqüente, que
nas suas aspirações e nas suas realizações. não tem necessidade de palavras, ela representa
São conhecidas as inúmeras objeções que ao vivo o rosto de Cristo".
hoje se levantam contra o conceito de "santidade" Para compreender a Igreja, é necessário
e de "santo". Não poucas críticas são dirigidas à conhecer os santos, que são o seu sinal e o seu
prática tradicional e ininterrupta da Igreja, de fruto mais amadurecido e eloquente. Para
reconhecer e proclamar "santos" alguns dos seus contemplar o rosto de Cristo nas mutáveis e
filhos mais exemplares. Na grande relevância, diversas situações do mundo contemporâneo, é
também numérica, dada pelo Papa João Paulo II às preciso olhar para os santos que "representam
beatificações e canonizações durante o seu profundamente o rosto de Cristo" (Ibidem), como
Pontificado, houve quem insinuasse a existência nos recorda o Papa. A Igreja deve proclamar
de uma estratégia expansionista da Igreja santos e há de fazê-lo em nome daquele anúncio
católica. da santidade que a enche e a transforma
Para outros, a proposta de novos beatos e precisamente em instrumento de santidade no
santos, tão diversificados por categorias, mundo.
nacionalidades e culturas, seria apenas uma "Deus manifesta de forma viva aos homens
operação de marketing da santidade, com a sua presença e o seu rosto na vida daqueles que,
finalidades de liderança do Papado na sociedade embora possuindo uma natureza igual à nossa, se
civil contemporânea. Por fim, há quem veja nas transformam mais perfeitamente na imagem de
canonizações e no culto dos santos um resíduo Cristo (cf. 2 Cor 3, 18). Neles é Deus quem nos
anacrônico de triunfalismo religioso, alheio e até fala e nos mostra um sinal do seu reino (...) para o
contrário ao espírito e à orientação do Concílio qual somos fortemente atraídos, ao vermos tão
Vaticano II, que realçou com muita força a grande nuvem de testemunhas que nos envolve (cf.
vocação à santidade de todos os cristãos. Hb 12, 1) e tais provas da verdade do Evangelho"
Evidentemente, uma leitura apenas (Lumen gentium, 50). Neste trecho da Lumen
sociológica do nosso tema corre o risco de ser não gentium encontramos a profunda razão do culto
só redutiva, mas também desviante da aos beatos e santos.
compreensão deste fenômeno, tão característico 3. A Igreja realiza a missão que lhe foi
da Igreja católica. confiada pelo Mestre divino, de ser instrumento
2. Na Carta Apostólica Novo millennio de santidade através dos caminhos da
ineunte, a Carta que o Papa João Paulo II evangelização, dos sacramentos e da prática da
entregou à Igreja no encerramento do Grande caridade. Esta missão recebe uma notável
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contribuição de conteúdos e de estímulos serviço e à salvação, é confirmado pelos santos e
espirituais, também da proclamação dos beatos e pelas santas que pertencem aos mais diversos
santos, porque eles mostram que a santidade é contextos de referência histórica, mas viveram a
acessível às multidões, que a santidade pode ser mesma fé. Este internacionalismo confirma que a
imitada. Com a sua existência pessoal e histórica, santidade não tem limites e que não morreu na
eles fazem experimentar que o Evangelho e a vida Igreja mas, pelo contrário, continua a ser de
nova em Cristo não são uma utopia ou um mero profunda atualidade. O mundo muda, mas os
sistema de valores, mas "fermento" e "sal", santos, embora também mudem com o mundo que
capazes de fazer viver a fé cristã dentro e fora se transforma, representam sempre o mesmo
das várias culturas, regiões geográficas e épocas rosto vivo de Cristo. Não existe nisto, porventura,
históricas. um indício inconfundível da vitalidade peculiar,
"O futuro dos homens observava o saudoso meta-cultural e meta-histórica para nós,
Cardeal Giuseppe Siri nunca é claro, porque todos católicos, "sobrenatural" é a palavra justa do
os seus pecados corroem todos os caminhos da anúncio e da Graça cristã?
história e levam a uma dialética cheia de causas e 5. Neste contexto de pensamentos, é
de efeitos, de erros e de vinganças, de explosões interessante fazer uma observação sobre o modo
e de interrupções. A certeza de que os santos como a Igreja católica reconhece e proclama os
continuarão a acompanhar os homens é uma das beatos e os santos. Refiro-me em particular ao
poucas garantias do futuro" (Il primato della trabalho da Congregação para as Causas dos
verità, pág. 154.). Santos, chamada a estudar e reconhecer a
4. O fenômeno dos santos e da santidade santidade e os santos através de um
cristã cria um sentido de admiração que nunca procedimento minucioso e sábio, consolidado,
esmoreceu na vida da Igreja e que não pode renovado e renovável no tempo.
deixar de surpreender até um observador laico Os santos e a santidade são reconhecidos
atento, sobretudo hoje, num mundo que muda com um movimento que parte de baixo para cima.
contínua e rapidamente, num mundo fragmentado Ainda hoje, é o próprio povo cristão que,
sob o ponto de vista cultural, tanto a nível de reconhecendo por intuição da fé a "fama de
valores como de costumes. É da admiração que santidade", indica ao seu Bispo titular da primeira
deriva a pergunta: o que é que faz com que a fé fase do processo de canonização os candidatos à
encarne em todas as latitudes, nos diversos canonização e, em seguida, à Congregação
contextos históricos, entre as mais variadas competente da Santa Sé. Nem a Congregação para
categorias e estados de vida? Como é possível as Causas dos Santos, nem o Papa, "inventam" ou
que, sem dinamismos de poder, impositivos ou "fabricam" os santos. Como todos os cristãos
persuasivos que sejam, e sem dinamismos de sabem, isto é obra do Espírito Santo. Que este
uniformidade, existam tantos santos, tão mesmo Espírito como diz o Evangelho "sopra onde
diferentes entre si e em tal harmonia com Cristo quer", é uma constatação a que estamos
e com a sua Igreja? O que é que leva à livre habituados desde há séculos, e hoje muito mais,
assunção do núcleo germinativo cristão, que uma vez que a Igreja está espalhada em todas as
depois desenvolve tanta diversidade e beleza na partes do mundo e em todas as camadas sociais.
unidade da santidade? Como é diferente a Assim, deve reconhecer-se que o Papa João
globalização, de que hoje se fala com tanta Paulo II fez da proclamação de novos beatos e
frequência, da catolicidade ou universalidade da santos uma autêntica e constante forma de
fé cristã e da Igreja, que essa fé vive, conserva e evangelização e de magistério. Ele quis
difunde! acompanhar a pregação das verdades e dos
Aquele internacionalismo do catolicismo, que valores evangélicos com a apresentação de santos
não é procurado com vista ao poder, mas ao que viveram aquelas verdades e aqueles valores de
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
modo exemplar. Durante o seu Pontificado, e, Além disso, na Carta Apostólica Novo
portanto, desde 1978 até hoje, João Paulo II millennio ineunte, o Papa observa: "Os caminhos
beatificou 1.299 pessoas, 1.029 das quais são da santidade são variados e apropriados à vocação
mártires, e canonizou 464 beatos, 401 dos quais de cada um. Agradeço ao Senhor ter-me
encontraram a morte no martírio. Os leigos concedido, nestes anos, beatificar e canonizar
elevados às honras dos altares são também muito muitos cristãos, entre os quais numerosos leigos
mais do que geralmente se pensa: com efeito, que se santificaram nas condições ordinárias da
trata-se de 268 beatos e de 246 santos, 514 no vida" (n. 31).
total. Sem dúvida, tantas beatificações e
Para alguns, eles são muitos; para outros, canonizações são também um sinal da capacidade
poucos. de inculturação da vida da fé cristã e da Igreja.
No que diz respeito ao número de santos, o 6. Por fim, gostaria de me debruçar sobre a
Papa João Paulo II não ignora o parecer de quem contribuição cultural oferecida pelos santos, pelo
considera que eles são demasiados. Pelo contrário, seu culto e pelo ardente e sério trabalho de
fala disto explicitamente. Eis a resposta do Papa a estudo que precede e que se segue à sua
este propósito: "Às vezes diz-se que hoje há canonização.
demasiadas beatificações. Mas isto, além de O Concílio Vaticano II pediu que uma "cuidadosa
refletir a realidade, que por graça de Deus é investigação histórica, teológica e pastoral"
aquela que é, corresponde também ao desejo acompanhasse a proposta do culto dos santos (cf.
expresso pelo Concílio. O Evangelho espalhou-se Sacrosanctum concilium, 23). Esta indicação já
de tal maneira no mundo e a sua mensagem encontrou a Congregação para as Causas dos
mergulhou as suas raízes de modo tão profundo, Santos preparada e, hoje, plenamente
que o elevado número de beatificações reflete experimentada.
precisamente de modo vivo a ação do Espírito O cuidado pela verdade histórica esteve
Santo e a vitalidade que dele brota no campo mais sempre presente no trabalho da Congregação para
essencial para a Igreja, o da santidade. Com as Causas dos Santos. Já num "Decreto" de Pio X,
efeito, foi o Concílio que realçou de forma de 26 de Agosto de 1913, mais tarde inserido no
particular a vocação universal à santidade" Código de Direito Canónico de 1917, pedia a
(Discurso de abertura do Consistório, em reunião e o estudo de todos os documentos
preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000, históricos relativos às causas. Mas a novidade
13 de Junho de 1994). fundamental foi apresentada pelo Motu Proprio
Na Carta Apostólica Tertio millennio "Já há algum tempo", de 6 de Fevereiro de 1930,
adveniente, o Papa João Paulo II escreveu: com que o Papa Pio XI instituiu na Congregação
"Nestes anos, foram-se multiplicando as dos Ritos a "Secção histórica", com a tarefa de
canonizações e as beatificações. Elas manifestam oferecer a contribuição eficaz para a abordagem
a vivacidade das Igrejas locais, muito mais das causas "históricas", ou seja, das que não
numerosas hoje do que nos primeiros séculos e no contavam com testemunhas contemporâneas
primeiro milênio. A maior homenagem que todas as relativas às mesmas causas. O serviço prestado
Igrejas prestarão a Cristo no limiar do terceiro pela "Secção histórica", em seguida denominada
milênio, será a demonstração da presença como "Departamento histórico-hagiográfico", foi
onipotente do Redentor, mediante os frutos de alargado a todas as causas, mesmo às mais
fé, esperança e caridade em homens e mulheres "recentes", aumentando a sensibilidade histórico-
de tantas línguas e raças, que seguiram Cristo nas crítica a todos os níveis e em todas as fases do
várias formas da vocação cristã" (n. 37). processo.
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Finalmente, a Constituição Apostólica ponto de vista cultural, independentemente da
Divinus perfectionis magister, de 25 de Janeiro abordagem cultural, religiosa e de estudo com que
de 1983, seguida das Normae servandae, do dia 7 nos aproximemos deles. Um grande filósofo
de Fevereiro de 1983, sancionou definitivamente francês do século XX, Henry Bergson, observou
a contribuição determinante do método e da que "as maiores personagens da história não são
qualidade histórica na abordagem das causas dos os conquistadores, mas os santos". E Jean
santos. Delumeau, um historiador do catolicismo de
A verdade histórica, tão diligentemente Quinhentos, convidava a verificar como os
procurada por motivos teológicos e pastorais, traz grandes impulsos da história do cristianismo
muitos benefícios também à apresentação cultural foram caracterizados por um retorno às fontes,
dos santos. Os novos beatos e santos "saíram da isto é, à santidade do Evangelho, suscitada pelos
sacristia" para serem estudados e apresentados santos e pelos movimentos de santidade na Igreja.
também como personagens historicamente Nos últimos anos, o Cardeal Joseph
significativas, no contexto da vida da sua Igreja, Ratzinger afirmou justamente que "não são as
da sua sociedade e do seu tempo. Assim, não maiorias ocasionais que se formam aqui ou ali na
interessam mais unicamente à Igreja e aos fiéis, Igreja, que decidem o seu e o nosso caminho. Eles,
mas a todos aqueles que se ocupam da história, da os santos, são a verdadeira e determinante
cultura, da vida civil, da política, da pedagogia, maioria, segundo a qual nos orientamos. É a ela que
etc. Desta maneira, a missão destes aspiramos! Eles traduzem o divino no humano, o
extraordinários homens de Deus continua de eterno no tempo".
maneira diversa, mas em todo o caso eficaz para o 8. Num mundo que se transforma, os santos
bem de toda a sociedade. não só não permanecem marginalizados histórica
A este propósito, é significativo o fato de ou culturalmente, mas parece que devo concluir
que o Arquivo da Congregação para as Causas dos estão a tornar-se sujeitos ainda mais
Santos já não é freqüentado somente por interessantes e credíveis.
"pessoas interessadas pelo trabalho eclesiástico", Numa época de crise das utopias coletivas,
mas também por estudiosos leigos que recorrem num período de desconfiança e de incredulidade
ao mesmo para a relação das suas teses de em relação ao que é teórico e ideológico, está a
licenciatura, para estudos históricos, de nascer uma nova atenção para com os santos,
pedagogia, de sociologia, etc., porque ali figuras singulares em que se encontra não uma
encontram um material abundante e nova teoria e nem sequer simplesmente uma moral,
historicamente credível. mas um desígnio de vida a narrar, a descobrir
7. Portanto, com o seu valor particular, a através do estudo, a amar com devoção e a
santidade diz respeito também à cultura. Os realizar mediante a imitação.
santos permitiram que se criassem novos modelos Só podemos alegrar-nos com este despertar
culturais, novas respostas aos problemas e aos de atenção para com os santos, porque eles são de
grandes desafios dos povos e novos todos, constituem um patrimônio da humanidade
desenvolvimentos de humanidade no caminho da que progride para além de si mesma, num
história. A herança dos santos "é uma herança que desenvolvimento que, enquanto honra o homem,
não se deve perder insistiu muitas vezes o Santo também dá glória a Deus, porque "o homem vivo é
Padre mas fazer frutificar num perene dever de a glória de Deus" (Santo Ireneu de Lião).
gratidão e num renovado propósito de imitação" Quero ler tudo o que consideramos até aqui,
(Novo millennio ineunte, 7). à luz de uma mensagem, verdadeiramente
Os santos são como faróis; eles indicaram fascinante, do Santo Padre João Paulo II que, na
aos homens as possibilidades de que o ser humano minha opinião, pode dar, a quem refletir sobre
dispõe. Por isso, são interessantes também do este tema, pelo menos uma idéia da visão do Sumo
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
Pontífice sobre a santidade, inseparavelmente Por conseguinte, na Igreja tudo, e cada uma
vinculada à dignidade batismal de cada cristão e, das vocações em particular, está ao serviço da
por conseguinte, explicar melhor também o papel santidade! E é indubitavelmente neste sentido
das beatificações e canonizações no caminho que, quando olhamos para a Igreja, jamais
pastoral da Igreja, nestes vinte e cinco anos de devemos esquecer de ver nela o rosto da "mãe dos
Pontificado de Karol Wojtyla. A mensagem é a que santos", que gera santidade com fecundidade e
foi enviada para o dia mundial de oração pelas generosidade superabundantes.
vocações de 2002: "A primeira tarefa da Igreja
é acompanhar os cristãos pelos caminhos da Fonte:
santidade (...) a Igreja é "a casa da santidade" e a http://www.vatican.va/roman_curia/congregation
caridade de Cristo, derramada pelo Espírito s/csaints/documents/rc_con_csaints_doc_20030
Santo, constitui a sua alma" (Acta Apostolicae 315_martins-saints_po.html
Sedis, vol. XCIV, 3 de Maio de 2002, n. 5).
Precisamos de Santos
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,
ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no
mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que
escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um
refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que
não sejam mundanos".
(João Paulo II)
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5º TEMA EXTRA: MAIO, MÊS DE MARIA E DIA DAS MÃES
1. Objetivo:
Mostrar que através do ―sim‖ de Maria concretiza-se o plano da
Salvação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo.
Resgatar a importância do dia das mães, sem o seu caráter comercial.
Valorizar a mãe e todos que cuidam de nós todos os dias.
2. Conteúdo do Encontro:
Maria é aquela que acreditou que Deus é o todo poderoso e que a
escolheu para ser a Mãe de Jesus.
Os católicos veneram Maria porque é Mãe de Jesus, da Igreja e
nossa. Essa devoção consiste em imitá-la nesse grande amor a Deus e
aos mais necessitados.
Falar que ela intercede por nós junto a Deus.
3. Desenvolvimento do Encontro:
Maria era uma moça como as outras; pertencia a uma família simples
da cidade de Nazaré, na Palestina. Seus pais eram Joaquim e Ana.
Maria era bondosa, humilde, trabalhadora e cheia de coragem. Sua preocupação era ajudar os
outros, ser amiga de todas as pessoas.
Ela procurava viver a Aliança, por isso observava os 10 Mandamentos.
Maria, foi totalmente aberta à Palavra de Deus. Disse ―sim‖. Por isso, Deus nasceu no seu coração,
Deus morou nela e a fez mãe de seu Filho único – Jesus.
Maria é a Nossa Senhora que nós invocamos com diversos títulos e neste mês de maio, mês
dedicado à ela, comemoramos o dia de Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Auxiliadora.
Explicar que todos os nomes de Nossa Senhora são nomes que o povo dá, conforme a situação da
vida. Só existe uma Nossa Senhora, aquela que Deus escolheu para ser a Mãe de Jesus.
É importante valorizar a mãe e no seu dia fazer uma linda homenagem para ela.
4. Leitura utilizada: Lc 1, 26-38; Jo 2, 1-12; Jo 19, 25-27; At 1, 14
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem de Nossa Senhora, figuras de mãe
6. Material utilizado: Apostila, Bíblia
7. Atividades: orientar a execução das atividades.
O Evangelho fala pouco de Maria, mas nos O Deus de Maria não é um deus pequeno,
mostra que: mas é o Deus dos pequenos. É o Deus que nela faz
Maria é a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, mas grandes coisas.
não toma o seu lugar. Maria se doou a Deus e ao povo e teve
Mostra como Maria viveu e agiu. Teve perfeita fidelidade ao Plano de Deus. Esta é a primeira e
atitude de discípula de Cristo. fundamental exigência da catequese.
A devoção a Maria deve levar a Cristo. Maria é:
Maria nos mostra a emancipação da Co-Mediadora - só Cristo é Mediador (1Tm
mulher. Como mulher, ela desenvolve um papel 2,5).
importante na obra da Salvação. Cheia de graça.
Maria é a mulher forte. Conheceu de perto Imaculada Conceição. (A Igreja declarou
a pobreza, o sofrimento, o exílio. dogma de fé em 1854).
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
Assunta. Foi assumida ao céu onde está de desfrutar dos bens que Deus criou para todos
corpo e alma. (A Igreja declarou dogma de fé (P. 267).
em 1950) DEVOÇÃO A MARIA
O Documento de Puebla ressalta: O povo brasileiro tem profunda devoção a
Mulher de luta: não se acomoda; abre Maria sob o título de N. Sra. Aparecida; e em
caminhos. outros lugares, em outras cidades, Maria
Única criatura que ao mesmo tempo é: Filha - recebe outros nomes.
Esposa e Mãe de Deus. Mas, antes de ser Maria de Nazaré, N. Sra.
No dizer do Concílio Vaticano II - "Maria é a de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, etc., ela
imagem perfeita da Igreja". é "aquela que acreditou" que "Deus é o Todo
Ela é a primeira leiga associada à obra Poderoso".
redentora do Cristo. É o modelo indispensável A verdadeira devoção a Maria consiste em
para seguir a Cristo. imitá-la nesse grande amor à Deus e aos mais
Exemplo de vocação porque viveu, com necessitados, e não apenas em fazer
fidelidade, a sua vocação. promessas, novenas, etc.
Maria é para a América Latina, uma esperança Rezemos a Ave Maria, pedindo a Ela que nos
de libertação. Fazendo-se escrava do Senhor mostre o Plano de Deus e interceda por nós
promove a libertação da mulher. Se é escrava "agora e na hora de nossa morte. Amem".
do Senhor, não é escrava de mais ninguém,
podendo lutar contra as demais escravidões, Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
como o egoísmo, a exploração do homem, as Catequista, Paulus, 2003 – p. 157-158.
estruturas que impedem uma participação
fraterna na construção da sociedade para
Informação complementar sobre o Dia das Mães:
O primeiro dia das mães foi festejado em Boston, em 1873. Em 1907, a norte americana Anna
Jarvis resolveu homenagear sua mãe, que havia morrido alguns anos antes. Só depois de três anos é que a
comemoração idealizada por Anna Jarvis foi oficializada no estado da Virgínia Ocidental, onde ela morava.
Em 1915, o presidente dos Estados Unidos decidiu oficializar a data.
No Brasil, a primeira comemoração ocorreu no dia 12 de maio de 1918. Mas foi só em 1932 que
Getúlio Vargas, então presidente, assinou uma lei oficializando o Dia das Mães.
No começo, as homenagens às mães eram feitas com festas, poesias, declamações, cantos e flores.
Hoje em dia, as propagandas incentivam a compra de presentes.
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6º TEMA EXTRA: CORPUS CHRISTI
1.Objetivo:
Possibilitar aos catequizandos um maior conhecimento, acerca da Festa de Corpus
Christi, em função do seu significado e o seu papel como devoção especial à Cristo
Eucarístico.
2. Conteúdo do Encontro:
Explicar porque existe a Festa de Corpus Christi. Falar sobre os milagres
eucarísticos e mostrar como Deus vai permitindo que coisas extraordinárias
aconteçam para nos ajudar a crer mais ainda no Sacramento da Eucaristia.
3. Desenvolvimento do tema:
Nos próximos dias, celebramos a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) no mundo
todo. Corpus Christi significa Corpo de Cristo.
A festa teve origem no ano de 1264 e foi instituída pelo então Papa Urbano IV em 1264. É
celebrada na quinta-feira, após a festa da Santíssima Trindade porque seguindo a passagem
bíblica, onde Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia, celebra-se também em uma quinta-feira.
Em 1317, o Papa João XXII determinou a procissão em vias públicas. A festa de Corpus Christi
passou a ter dois grandes momentos: a celebração da Santa Missa e a Procissão sobre os tapetes.
Como filhos da Igreja, levamos Cristo, presente na figura do pão, pelas ruas da nossa cidade.
A Igreja dedica duas grandes festas ao sacramento da Eucaristia: Quinta-feira Santa e Corpus
Christi.
Ler Jo 6, 51-59 - Jesus afirma que seu corpo é verdadeira comida e seu sangue verdadeira bebida.
A Eucaristia não é uma representação de Cristo, mas o próprio Cristo que se faz presente. É neste
momento que a fé se manifesta, isto é crer naquilo que está escondido. Jesus disse: ―Bem
aventurados o que crêem sem ter visto‖.
Porém, para os mais descrentes, ainda temos os maravilhosos milagres eucarísticos reconhecidos
pela Igreja Católica. Comentar sobre o milagre de Lanciano e contar outros milagres aconteceram
(conforme texto anexo – não é preciso citar todos – escolher alguns e citar local e ano em que
aconteceram).
Convidar os catequizandos participar da confecção dos tapetes, esta é uma forma de mostrarmos
que somos uma comunidade composta de irmãos que possuem dons diferentes.
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DINÂMICA
Fala sério / Com certeza.
OBJETIVO: Perguntas referentes aos temas Corpus Christi e Eucaristia.
DESENVOLVIMENTO: Fazer pequenos cartões com as respostas FALA SÉRIO e COM CERTEZA,
conforme o número de catequizandos. Entregar a cada um, um par de respostas. Fazer as perguntas
abaixo, os catequizandos deverão mostrar o cartaz com a resposta que considerar correta: FALA SÉRIO
(quando a afirmação estiver errada) ou COM CERTEZA (quando a afirmação estiver correta). A cada
afirmação o catequista deve aproveitar para dar a explicação a respeito do assunto.
1. Corpus Christi significa o Corpo de Cristo. – Com certeza –
2. Corpus Christi é celebrado no domingo após o Natal. – Fala sério – primeira quinta-feira após o
domingo da Santíssima Trindade
3. Quando comungamos passamos a ser sacrários vivos porque Cristo carregamos Cristo vivo em nós.
– Com certeza – Ao comungarmos Cristo passa a viver em nós.
4. A Eucaristia foi instituída, isto é, celebrada pela primeira vez, na Sexta-feira Santa. – Fala sério
- Quinta-feira Santa, dia da Santa Ceia
5. Cada vez que a comunidade realiza o gesto do pão e do vinho, ela faz Jesus presente, vivo e
verdadeiro entre nós. – Com certeza – Jesus vivo se faz presente na comunhão.
6. A Igreja dedica duas grandes festas ao sacramento da Eucaristia: Natal e Corpus Christi. – Fala
sério – Quinta-feira Santa e Corpus Christi;
7. Participar da confecção dos tapetes é uma forma de mostrarmos que somos uma comunidade
composta de irmãos que possuem dons iguais. – Fala sério - cada um de nós possui dons distintos,
diferentes.
8. Na Procissão sobre os tapetes, como filhos da Igreja, levamos Cristo, presente na figura do
pão, pelas ruas da nossa cidade. – Com certeza - Na Eucaristia Jesus está vivo no meio de nós.
9. Jesus disse: “É preciso ver para crer” – Fala sério - Jesus disse: ―Bem aventurados os que crerem
ser ter visto‖.
10. A festa de Corpus Christi tem dois grandes momentos: a celebração da Santa Missa e a entrega
das ofertas. – Fala Sério, o segundo momento é a Procissão sobre os tapetes
11. Na festa do Corpo de Cristo, como filhos da Igreja, levamos Maria, presente na figura do pão,
pelas ruas da nossa cidade. – Fala sério, levamos o próprio Cristo
12. Nos gesto memorial (porque recorda a vida de Jesus) do pão e do vinho, somos convidados a
amar até as últimas conseqüências, como JESUS nos amou, aceitando perder tudo e se
entregando totalmente por causa do Amor. – Com certeza - devemos imitar Jesus.
13. Para comungar é preciso se preparar com piedade e devoção e se estiver em pecado procurar se
confessar. – Com certeza – o encontro com Jesus na Eucaristia é um momento muito especial, por isso
devemos nos preparar bem e estar puros de coração.
14. Deus permite que aconteçam fatos extraordinários como o milagre de Lanciano para nos mostrar
o seu poder – Fala sério – Deus permite que aconteçam milagres para nos ajudar a crer mais no
Sacramento da Eucaristia e para nos ajudar a avançar em nossa peregrinação de fé.
.
101
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
A revista ―Jesus‖ das Edições Paulinas de Aconteceu este milagre na Basílica de Santa
Roma, publicou uma matéria do escritor Antonio Maria in Vado, no século XII. Propagava-se com
Gentili, em abril de 1983, pp. 64-67, onde perigo a heresia de Berengário de Tours (†1088),
apresenta uma resenha de milagres eucarísticos. que negava a Presença real de Cristo na
Há tempos, foi traçado um ―Mapa Eucarístico‖, Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, o Pe. Pedro
que registra o local e a data de mais de 130 de Verona, com três sacerdotes celebravam a
milagres, metade dos quais ocorridos na Missa de Páscoa; no momento de partir o pão
Itália. São muitíssimos os milagres eucarísticos no consagrado, a Hóstia se transformou em carne, da
mundo todo. Por exemplo, Marthe Robin, uma qual saiu um fluxo de sangue que atingiu a parte
francesa, milagre eucarístico vivo, alimentou-se superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda
durante mais de quarenta anos só de Eucaristia. hoje. Há documentos que narram o fato: um
Teresa Newmann, na Alemanha, durante mais de ―Breve‘ do Cardeal Migliatori (1404). - Bula de
36 anos alimentou-se só de Eucaristia. Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em
1 - Lanciano - Itália – no ano 700 Roma em 1975. Mas, a descoberta mais
Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da importante deu-se em Londres, em 1981, foi
ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja encontrado um documento de 1197 narrando o
dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a fato.
Consagração, que ele realizara, a hóstia 4 - Offida - Itália – 1273
transformou-se em carne e o vinho em sangue Ricciarella Stasio - devota imprudente,
depositado dentro do cálice. O exame das realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia;
relíquias, segundo critérios rigorosamente em uma dessas profanações, a Hóstia se
científicos, foi efetuado em 1970-71 e outra vez transformou em carne e sangue. Foram entregues
em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli, ao pe. Giacomo Diattollevi, e são conservadas até
catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre
Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo este fato.
Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de 5 - Sena – Cássia - Itália – 1330
Siena. Resultados: Hoje este milagre é celebrado em Cássia,
1) A hóstia é realmente constituída por terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um
fibras musculares estriadas, pertencentes ao sacerdote foi levar o viático a um enfermo e
miocárdio. colocou indevidamente, de maneira apressada e
2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno irreverente, uma Hóstia dentro do seu Breviário
sangue humano. Mais: o grupo sangüíneo ‗A‘ que para levá-la ao doente grave. No momento da
pertencem os vestígios de sangue, o sangue Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se
contido na carne e o sangue do cálice revelam liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as
tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‗AB‘ páginas do Livro. Então o sacerdote negligente
(sangue comum aos Judeus). Este é também o apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um
grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da frade agostiniano de Sena, o qual levou para
universidade de Turim, identificou no Santo Perúgia a página manchada de sangue e para
Sudário. Cássia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A
3) Apesar da sua antiguidade, a carne e o primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia
sangue se apresentam com uma estrutura de base chamada de ―Corpus Domini‖ é atualmente
intacta e sem sinais de alterações substanciais; venerada na basílica de Santa Rita.
este fenômeno se dá sem que tenham sido 6 - Turim - Itália – 1453
utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a Na Alta Itália ocorria uma guerra furiosa
conservar a matéria humana, mas, ao contrário, pelo ducado de Milão. Os Piemonteses saquearam
apesar da ação dos mais variados agentes físicos, a cidade; ao chegarem a Igreja, forçaram o
atmosféricos, ambientais e biológicos. Tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no
2 - Orvieto - Bolsena - Itália – 1263 qual se guardava o corpo de Cristo ocultando-no
Inicio da Festa de Corpus Christi dentro de uma carruagem juntamente com os
3 - Ferrara - 28/03/1171 outros objetos roubados, e dirigiram-se para
Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da
102
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
Igreja de São Silvestre, o cavalo parou noite o casal foi acordado com uma visão
bruscamente a carruagem – o que ocasionou a espetacular de Anjos em adoração à sagrada
queda, por terra, do ostensório – o ostensório se Hóstia sangrando. Várias investigações
levantou nos ares ―com grande esplendor e com eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As
raios que pareciam os do sol‖. Os espectadores realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua
chamaram o Bispo da cidade, Ludovico Romagnano, autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto
que foi prontamente ao local do prodígio. Quando de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de
chegou, ―O ostensório caiu por terra, ficando o Santarém, a Igreja de S. Estevão, onde está a
corpo de Cristo nos ares a emitir raios relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do
refulgentes‖. O Bispo, diante dos fatos, pediu que Santíssimo Sangue.
lhe levassem um cálice. Dentro do cálice, desceu a 9 – Faverney, na França, em 1600
hóstia, que foi levada para a catedral com grande O Milagre Eucarístico que aconteceu em
solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem Faverney, na França consistiu numa notável
testemunhos contemporâneos do acontecimento demonstração sobrenatural de superação da lei da
(Atti Capitolari de 1454 a 1456). A Igreja de gravidade. Faverney está localizado a 20
―Corpus Domini‖ (1609), que até hoje atesta o quilômetros de Vesoul, distante 68,7 quilômetros
prodígio. de Besançon. Um dos noviços chamado Hudelot,
7 - Sena - Itália – 1730 notou que o Ostensório que se encontrava junto
Na Basílica de São Francisco, em Sena, Santíssimo Sacramento sobre o Altar, elevou-se e
pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite ficou suspenso no ar e que as chamas se
de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no inclinavam e não tocavam nele. Os Frades
chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que Capuchinhos de Vesoul também apressaram-se
roubaram o cibório de prata onde elas estavam. para observar e testemunhar o fenômeno. Embora
Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em os monges com a ajuda do povo, conseguiram
caixa de esmolas misturadas com dinheiro. Elas apagar o incêndio que queria consumir toda a
foram limpas e guardadas na Basílica de São Igreja, o Milagre não cessou, o Ostensório com
Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre JESUS Sacramentado continuou flutuando no
aconteceu visto que com o passar do tempo as espaço.
Hóstias não se estragaram, o que é um grande 10 - Em Stich, Alemanha, 1970
milagre. A partir de 1914 foram feitos exames Na região Bávara da Alemanha, junto à
químicos que comprovaram pão em perfeito estado fronteira suíça, em 9 de junho de 1970, enquanto
de conservação. um padre visitante da Suíça estava celebrando
8 - Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal uma Missa numa capela, uma série incomum de
(1247) eventos aconteceu. Depois da Consagração, o
Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, celebrante notou que uma pequena mancha
em Santarém, 65 km ao norte de Lisboa. O avermelhada começou a aparecer no corporal, no
milagre se deu com uma dona de casa, Euvira, lugar onde o cálice tinha estado descansando.
casada com Pero Moniz, a qual sofrendo com a Desejando saber se o cálice tinha começado a
infidelidade do marido, decidiu consultar uma vazar, o padre correu a mão dele debaixo do
bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. cálice, mas achou-o completamente seco. A esta
Esta bruxa prometeu-lhe resolver o problema se altura, a mancha crescera, atingindo o tamanho de
como pagamento recebesse uma Hóstia uma moeda de dez centavos. Depois de completar
Consagrada. Para obter a Hóstia, a mulher fingiu- a Missa, o padre inspecionou todo o altar, mas não
se de doente e enganou o padre da igreja de S. conseguiu encontrar qualquer coisa que pudesse
Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia ser remotamente a fonte da mancha avermelhada.
de semana. Assim que ela recebeu a Hóstia, sem o Ele trancou o corporal que apresentava a mancha
padre notar, colocou-a nas dobras do seu véu. De num local seguro, até que pudesse discutir o
imediato a Hóstia começou a sangrar. Assustada, assunto com o pároco.
a mulher correu para casa na Rua das Esteiras,
perto da Igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa Fonte: Prof. Felipe Aquino - www.cleofas.com.br
arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À
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7º TEMA EXTRA:VOCAÇÃO – DIA DOS PAIS
1. Objetivos:
Distinguir o significado de Vocação e
Profissão.
Conscientizar os catequizandos a respeito
da responsabilidade, de cada um, para com
as vocações, bem como da importância de
descobrirmos e vivermos nossa vocação.
Resgatar a importância do papel do pai em
nossas vidas.
Conversar com os catequizandos sobre a
importância de amar e valorizar o pai ou o
responsável em todos os dias do ano, não
somente nesta data.
2. Conteúdos do Encontro:
Trabalhar o tema Vocação através da história – A vocação de Pierre.
Esclarecer que presentes não demonstram o tamanho do nosso amor, quanto amamos os nossos pais
ou quanto somos amados por eles. Podemos mostrar nosso carinho e amor compartilhando nossos
momentos.
1 . aptidão ou escolha pessoal para exercer um 1. chamado de Deus para uma missão, que se
trabalho origina na pessoa como reação-aspiração do
ser
2. preocupação principal: o "ter", o sustento 2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o
da vida serviço
3. pode ser trocada 3. é para sempre
8. Momento de Oração – fazer um momento de oração pelas vocações, principalmente pelo dia dos pais.
A VOCAÇÃO DE PIERRE
Pierre é um pássaro.
Ele vive na ―Floresta das Vocações‖.
Nesta floresta, cada pássaro, inseto ou animal tem uma vocação específica.
E desde muito cedo eles descobrem qual é a sua vocação específica.
Porém Pierre, já é um pássaro jovem, e segundo ele, ainda não conseguiu descobrir qual é a sua
vocação específica.
Vovô Pardal, tenho observado os meus amigos, e percebi que cada um deles já descobriu qual é a
sua vocação! Veja o Canário Zé, o mês que vem ele vai se casar com a andorinha Teté! E o João-de-Barro, é
um arquiteto perfeito, veja só as lindas casas que ele projeta e constrói! E eu? Qual é a minha vocação?
Querido netinho Pierre. . . Infelizmente eu não posso lhe dizer qual é a sua vocação! Cabe a você
descobrir sozinho! A única coisa que posso fazer por você é apontar caminhos! Mas tenha certeza de uma
coisa Pierre: a sua vocação se encontra no seu coração.
Após conversar com seu avô, Pierre saiu um pouco feliz, pois seu avô lhe havia dito que ele também
possuía uma vocação!
Mas também saiu com mais dúvidas ainda: se todos tinham uma vocação, qual era a sua???
Todas as manhãs Pierre gostava de cantarolar em uma pitangueira que ficava em frente a um
antigo asilo, próximo da ―Floresta das Vocações‖.
E para os velhinhos daquele asilo o canto de Pierre simbolizava vida, esperança, amor. . .
Mas um dia Pierre cansou de cantarolar. . .
Os velhinhos daquele asilo começaram a se entristecer e conseqüentemente ficaram doentes.
Pierre, meu neto querido, porque você não está cantando mais?
Sabe o que é vovô? Eu desanimei. . . Para que cantar se eu não sei qual é a minha vocação?
Você se lembra do dia em que eu lhe disse que eu poderia apontar caminhos para que você pudesse
por si mesmo descobrir qual era a sua vocação?
Sim, me lembro! - Pois bem, este momento chegou!
O avô de Pierre o conduziu até a pitangueira que ficava em frente ao asilo, onde todas as manhãs
Pierre cantarolava.
Olhe para estes velhinhos Pierre! Como você os vê?
Eles estão muito tristes vovô!
Além de estarem tristes, eles também estão doentes!
Mas porque vovô?
Por um simples motivo meu neto querido! Você era o motivo da alegria destas pessoas! Quando você
cantava estes velhinhos tinham vida, esperança. . . Você era sinal de que Deus não os havia abandonado!
Eles acreditavam na vida, porque você era sinal de vida para eles. . .
Puxa vovô! Então está é a minha vocação!!! Levar vida, alegria e esperança para as outras pessoas!!!
A partir daquele dia Pierre se tornou o pássaro mais feliz da ―Floresta das Vocações‖.
Vovô, muito obrigado por me indicar o caminho!
105
Cada um de nós Pierre, já nasce com uma vocação gravada em nosso coração! Mas temos a
liberdade de dizer: sim ou não a ela! Mas para que possamos dizer sim ou não é necessário passarmos por
várias etapas de amadurecimento: medo, questionamentos, desafios, visão da realidade... E hoje você só é
feliz porque pode dizer um sim maduro a sua vocação!
1º passo: Vamos ler, com muita atenção, 2º passo A resposta de Samuel ao chamado
uma parte do texto do cap. 3: O jovem Samuel de Deus foi pronta e decidida. O chamado de Deus
servia ao Senhor sob as ordens (do sacerdote) Eli. se dá também em nossa vida, não uma só vez, mas
Certo dia, Eli estava dormindo no seu quarto. muitas vezes. Primeiro, fomos chamados à
Samuel estava dormindo no santuário do Senhor, existência e, como tal, temos uma missão:
onde se encontrava a arca de Deus. Então, o construir um mundo justo e fraterno, onde haja
Senhor chamou: "Samuel, Samuel!" "Aqui estou!", lugar para todos serem felizes. O segundo
respondeu, e correu para junto de Eli. "Tu me chamado se deu no nosso Batismo. Fomos
chamaste; aqui estou!". Eli respondeu: "Eu não te chamados a seguir Jesus Cristo no seu modo de
chamei. Volta a dormir!" E Samuel foi deitar-se. O viver e doar-se, e para levar sua mensagem ao
Senhor chamou de novo: "Samuel, Samuel!" mundo. Depois, vem o chamado para diversas
Samuel levantou-se, foi ter com Eli e disse: "Tu missões. Pode ser o chamado para um estado de
me chamaste; aqui estou!" Eli respondeu: vida: casamento, ser padre, vida consagrada... Mas
o chamado de Deus vem, muitas vezes, para
"Não te chamei, meu filho. Volta a dormir!"
determinadas funções e serviços: dentro da
O Senhor chamou pela terceira vez: "Samuel!
família, da comunidade, do trabalho... Vamos
Samuel!" Ele levantou-se, foi para junto de Eli e
refletir: Quando tomei consciência de um
disse: "Tu me chamaste; aqui estou!". Eli
chamado de Deus? Como reagi? É sempre fácil dar
compreendeu, então, que era o Senhor que estava
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
uma resposta? (Quando a reflexão for feita em o esperamos. Coloque-se diante de Deus, em
grupo, pode haver um momento de partilha) silêncio. Reflita: como respondo aos apelos de
Deus na minha vida? Onde Deus está me
3º passo Nem sempre é fácil dar uma
chamando? Como? Fale com Deus sobre seus
resposta ao chamado de Deus. Moisés lutou com
medos, seu comodismo, sua falta de
Deus, não querendo aceitar a missão. Igualmente o
generosidade... (Se a reflexão for em grupo,
profeta Jeremias. Podemos conferir isto na Bíblia.
pode-se terminar com um canto: "Eis-me aqui,
(Ex 3, 1-14; 4, 10-16; Jer 1, 4-10) Deus chama
Senhor" ou "Senhor, se tu me chamas...")
pessoas de todo tipo, de idades diferentes,
casadas ou solteiras, homens e mulheres. Não Inês Broshuis – Catequeta
podemos pensar que o chamado é só para um
Fonte: Jornal Missão Jovem, agosto de 2004
determinado estado de vida. Deus chama na vida
de cada um e em diversas situações, quando menos
107
8º TEMA EXTRA: SETEMBRO – MÊS DA BÍBLIA
1. Objetivo:
Estimular o conhecimento da proposta de amor de Deus através da
aproximação e da leitura da Bíblia.
2. Conteúdo do Encontro:
Respeito à Palavra de Deus.
Como foi escrita a Bíblia, onde foi escrita, quem escreveu, em que língua
foi escrita, para que foi escrita.
De modo ilustrativo, mostrar o Antigo e o Novo Testamento, quantos
livros tem cada parte, noções iniciais a respeito dos capítulos e versículos, mostrando que ela deve
nos acompanhar por toda a vida.
3. Desenvolvimento do Encontro:
A bíblia é a Palavra de Deus, porque através dela, Deus fala às pessoas.
A palavra ―bíblia‖ vem da língua dos gregos e quer dizer: ―coleção de livros‖, ―biblioteca‖.
A bíblia é o livro mais conhecido do mundo inteiro, já está traduzida em todas as línguas oficiais e
em inúmeras línguas e dialetos mais falados.
A bíblia ajuda o povo a viver conforme o desejo de Deus. É através da bíblia que Deus anima e
orienta o seu povo para continuar a lutar e a viver, sem nunca desanimar.
Conversar sobre o que os catequizandos já sabem sobre a bíblia e comentar.
Organizar uma pequena Celebração da Palavra de Deus
Trazer uma bíblia grande, fazer a entrada com ela, colocar em lugar de destaque.
Cantar um canto sobre a bíblia e ler um texto bíblico e, em seguida pedir que cada catequizando
beije a bíblia em sinal de respeito.
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
Deus, e qual foi o Projeto que Deus quis realizar muitas vezes no meio do Povo, em rodas de
no meio da humanidade, através desse povo. conversa, no meio das famílias, e só depois foi
Israel foi um povo escolhido, porque foi escrita.
escolhido para realizar o Projeto de Deus. O povo se esforçava para colocar Deus na
O AT é para os cristãos como um vida, organizando a vida pessoal e social de acordo
documento de fé para conhecer melhor a Deus e com a justiça.
tudo aquilo que Ele falou e fez pela humanidade. o Os livros da Bíblia não foram escritos na
AT é um documento antigo - uma Antiga Aliança. ordem em que estão. Por ex: o Gênesis que conta a
b) NOVO TESTAMENTO (NT) criação, é o 1º livro da Bíblia, mas o 1º livro a ser
Foi escrito depois da Ressurreição de escrito foi o Livro dos Juízes que apareceu pelo
Jesus. ano 1000 a.C. quando Salomão era rei. Depois do
Para compreender o NT e necessário Exílio surge o Pentateuco (os cinco primeiros
saber se Israel foi fiel ou não ao Projeto de Deus livros da Bíblia).
e como Deus agiu no meio dele. O NT apresenta a Os livros do NT foram escritos depois da
Encarnação de Jesus na terra concreta do povo morte de Jesus. O Apocalipse foi o último, pelo
de Israel. Jesus assumiu sua história, suas ano 100 depois de Cristo. Para o povo não havia
tradições, sua cultura e sua religião e o diferença do "dizer" e do "escrever". O
compromisso de realizar o Projeto do Pai importante era transmitir aos outros uma nova
O NT apresenta, também, a experiência e consciência comunitária, nascida no povo a partir
a reflexão religiosa de Jesus e dos primeiros da experiência com Deus. Contavam os fatos mais
cristãos. importantes do passado.
Com a vinda de Jesus realiza-se um Como nós hoje decoramos a letra dos
Testamento Novo, uma Nova Aliança, um encontro cânticos, assim eles decoravam e transmitiam as
definitivo com Deus. Por isso, tudo o que Jesus histórias as leis, as profecias, os salmos, os
disse e fez e tudo o que foi proclamado sobre provérbios e tantas coisas que, depois, foram
Jesus pelos seus apóstolos e discípulos, constitui escritas na Bíblia.
o documento de nossa fé - o Novo Testamento. A maior preocupação do povo era "contar"
Estas partes da Bíblia têm o nome de sua experiência para não esquecer os fatos de sua
TESTAMENTO (palavra latina: "Testamentum") história. A memória mantinha-se viva e, para que
que significa "documento importante", como ela não se apagasse, registraram por escrito.
aquele documento (testamento) que alguns pais A Bíblia saiu da memória do povo. Nasceu
fazem para os seus filhos. da preocupação de não esquecer o passado. A
O Testamento na Bíblia, relembra a Bíblia começou a ser escrita em torno do ano 1250
ALIANÇA feita entre Deus e o povo, começada a.C., e o ponto final foi colocado 100 anos depois
com Moisés no Sinai, confirmada e aprofundada ao do nascimento de Jesus.
longo de toda a história deste povo. Quando os livros da Bíblia foram escritos,
não eram divididos em capítulos e versículos como
7. QUANDO FOI ESCRITA A BÍBLIA?
estão divididos hoje. A divisão em capítulos
A Bíblia não foi escrita de um dia para
aconteceu pelo ano 1214, feita pelo inglês Estevão
outro. Alguns fatos foram escritos 100 anos
Langton, arcebispo de Cantuária, e a divisão em
depois que as coisas aconteceram, outros 200
versículos foi feita em 1527, pelo dominicano
anos, e outros até mais de 500 anos. A Bíblia levou
Pagnini.
11 séculos (1100 anos) para ser escrita.
A Bíblia foi impressa pela primeira vez, em
É bom lembrar que a Palavra de Deus foi,
latim, no ano 1450 depois de Cristo.
em primeiro lugar, vivida pelo Povo de Deus.
Durante muitos anos foi falada e recordada 8. ONDE FOI ESCRITA A BÍBLIA?
109
A Bíblia foi escrita em lugares diferentes. O modo de falar da Bíblia é o mesmo modo
A maior parte dela foi escrita na de falar da época em que cada Livro foi escrito.
Palestina, onde o Povo vivia, por onde Jesus andou Isto é importante conhecer e considerar para que
e onde nasceu a Igreja. não fiquemos presos aos símbolos e aos sinais que
Algumas partes do AT foram escritas na são usados na Bíblia.
Babilônia, onde o povo viveu no cativeiro, 600 anos "Para descobrir a intenção dos autores
a.C. Outras partes foram escritas no Egito para sagrados, é preciso ter em conta as condições do
onde o povo emigrou depois do cativeiro. seu tempo e da sua cultura, os gêneros literários
O NT foi escrito na Síria, na Ásia Menor, em uso naquela época, os modos de sentir e
na Grécia e na Itália, onde havia muitas narrar, correntes naquela época. Porque a verdade
comunidades, fundadas pelo Apóstolo Paulo. é proposta e expressa de modos diversos, quando
Nesses povos havia diferença de se trata de gêneros históricos, proféticos,
costumes, de cultura, de religião, de situação poéticos ou outros" (DV 12,2) - (CIC 110).
econômica, social e política. Tudo isto deixou Às vezes, não é fácil compreender o que
marcas na Bíblia e teve influência na maneira da está escrito porque a linguagem é diferente da
Bíblia nos apresentar a mensagem de Deus. nossa. Muitas vezes não entendemos palavras
usadas por nossos avós 50 anos atrás. Então, o
9. QUEM ESCREVEU A BÍBLIA?
que dizer das palavras que foram escritas há mais
Não foi uma única pessoa que escreveu a
de 2.000 anos?
Bíblia. Foram diversos autores.
A fé do antigo povo e dos cristãos
Deus se serviu de diversos tipos de
reconhece que a Bíblia foi escrita por homens que
pessoas para escrever a Bíblia: homens e
sentiram a inspiração de Deus e colocaram a seu
mulheres, jovens e velhos, mães de família, reis,
serviço a inteligência e o conhecimento que tinham
doutores e pastores, operários de várias
da vida e da história do povo, a sensibilidade
profissões. Gente instruída que sabia ler e
humana, sua fantasia e reflexão. Eram homens que
escrever e gente simples que só sabia contar
receberam a inspiração de Deus. "Toda Escritura
histórias. Gente viajada e gente que nunca saiu de
é divinamente inspirada". (2Tm 3,16-17).
casa; sacerdotes e profetas. Gente de todas as
Por essa razão pode-se dizer que a Bíblia é
classes, todos convertidos e unidos na mesma
obra de Deus, e o Livro de Deus, mas é também
preocupação de construir um povo irmão, onde
Livro da Fé e da Vida de um Povo.
reinasse a fé, a justiça, a fraternidade, a
A Bíblia é a Palavra de Deus em forma
fidelidade a Deus, e onde não houvesse opressor,
humana (1 T8 2, 13).
nem oprimido.
Para os cristãos, a Bíblia é o livro mais
Eles escreveram por inspiração de Deus.
importante dentre os milhões de livros já escritos
Isto não quer dizer que Deus foi ditando, lá do
até hoje.
céu e eles foram escrevendo.
"Para escrever os livros sagrados, Deus
escolheu e serviu-se de homens, na posse das suas
faculdades e capacidades, para que, agindo Ele
neles e através deles, escrevessem, como
verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que
Ele próprio quisesse" (DV11) - (CIC 106)
Eles escreveram os acontecimentos do
Povo de Deus.
Mas nem todos os acontecimentos foram
escritos; apenas foram escritos os fatos mais
importantes da grande História do Povo de Deus.
110
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
a) Contar o passado
10. EM QUE LÍNGUA FOI ESCRITA A
Nos não nos esquecemos do passado da
BÍBLIA
nossa vida.
A Bíblia foi escrita em 3 línguas
Ficamos corajosos quando sentimos que
diferentes: hebraico, aramaico e grego. O
fomos ajudados a vencer na vida. Assim também o
hebraico foi sempre a língua sagrada. Todo menino
povo de Deus (o povo da Bíblia), olhando as coisas
israelita devia estudá-la.
que Deus tinha feito para ele no passado, se
A língua familiar dos hebreus era o
animava a caminhar para frente.
aramaico, a língua que falava Abraão. Esta língua
Os livros que falam do passado do povo de
foi falada por eles até a entrada na Terra de
Israel chamam-se:
Canaã. Em Canaã a povo teve que aprender o
Pentateuco: (Lei ou Tora). São assim chamados os
hebraico.
cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis (Origem
Quando a Palestina foi invadida pelos
da vida e da história do povo no Egito), Êxodo
gregos, pelo ano 333 a.C., o povo foi obrigado a
(saída do Egito), Levítico (formação de um povo
falar a língua grega.
santo e instruções para o culto), Números (a
Traduções - A Bíblia foi traduzida para
caminho da Terra Prometida) e Deuteronômio
ser compreendida. Como o hebraico era muito
(segunda lei - projeto de uma nova sociedade).
difícil e não era a língua falada pelo povo,
Livros Históricos: Josué - Juízes - Rute - Samuel
surgiram as traduções gregas.
(1 e 2) - Reis (1 e 2) - Crônicas (1 e 2) - Esdras -
A mais famosa tradução foi a dos
Neemias - Tobias - Judite - Ester - Macabeus (1
"Setenta" feita por, 70 sábios, pelo ano 250 a.C,
e 2). São 16 os livros históricos.
em Alexandria.
b) Anunciar o futuro
Quando foi feita, foram acrescentados 7
Ficamos animados quando olhamos para as
livros que não constavam da Bíblia hebraica.
possibilidades que temos no futuro. Nascem em
Há uma diferença entre a Bíblia dos
nós a esperança, a força e a coragem.
católicos e a Bíblia dos protestantes.
Assim o Povo de Deus (o povo da Bíblia) se
As protestantes ficaram com a Bíblia
animava a caminhar para frente, quando eram
hebraica, com 7 livros menos: Tobias, Judite,
colocadas, pelos profetas, as promessas feitas
Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, 1 e 2 Macabeus,
por Deus para o futuro.
parte do livro de Daniel e Ester.
Os livros que falam do futuro do povo de
Os católicos seguiram o exemplo dos
Israel se chamam Livros Proféticos: Isaías -
apóstolos, ficando com a tradução grega dos
Jeremias - Lamentações - Baruc - Ezequiel -
Setenta.
Daniel - Oséias - Joel - Amós - Abdias - Jonas -
Tradução para o Latim: São Jerônimo
Miquéias - Naum - Habacuc - Sofonias – Ageu -
traduziu a Bíblia para o latim, no século IV d.C., e
Zacarias - Malaquias. São 18, os livros Proféticos.
esta tradução se chama "Vulgata" ou popular.
c) Mostrar o presente
Hoje a Bíblia esta traduzida nas principais
Ficamos felizes quando sentimos que Deus
línguas de todos os povos e as traduções
caminha conosco, na nossa vida presente e com
populares crescem dia-a-dia.
nossos problemas.
11. PARA QUÊ FOI ESCRITA A BÍBLIA? Assim aconteceu com o Povo da Bíblia
A Bíblia foi escrita para manter o povo na quando começou a caminhar com Deus. Olhava não
caminhada. Três coisas animam o povo a caminhar: só o passado, nem só o futuro, mas também o
a) contar o passado; presente, buscando soluções para seus problemas.
b) anunciar o futuro; Tudo isto está escrito nos Livros
c) mostrar o presente. Sapienciais: Jó - Salmos - Provérbios -
111
Eclesiastes - Cântico dos Cânticos - Sabedoria - nos nestes últimos tempos pelo Filho, a quem
Eclesiástico. São 7, os livros Sapienciais. constituiu herdeiro de tudo e por quem
"Com efeito, tudo o que foi escrito, igualmente criou o mundo" (Hb 1, 1-2).
anteriormente, foi escrito para nossa instrução, a Cristo é a luz que ilumina o passado, o
fim de que, pela constância e consolação que presente e o futuro. Fazendo referência a Ele,
provêm das Escrituras, possuamos a esperança" podemos entender a mensagem da Bíblia hoje.
(Rm 15,4).
"Tendo Deus falado outrora muitas vezes Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
e de muitas maneiras pelos Profetas, agora falou- Catequista, Paulus, 2003 – p. 34 a 39.
112
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
1. Objetivos:
Refletir sobre as missões e sua importância na vida cristã e da
Igreja.
Identificar nossa presença no mundo, na comunidade como
missionário.
Identificar a vocação do cristão no mundo de hoje, atuante e
transformador à da Palavra de Deus .
2. Conteúdo do Encontro:
Iniciar a reflexão com o texto da apostila.
Comentar sobre a importância do sal na nossa vida: dar sabor e mesmo conservar alguns alimentos
(carne seca e salgada).
Solicitar aos catequizandos que pensem e dêem exemplos de situações onde somos ―sal‖ e ―luz‖
para o mundo.
3. Desenvolvimento do Tema:
É desejo de Deus que todos se salvem, por isso Jesus antes de subir ao céu, deus a seguinte ordem
aos discípulos: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”. (Mc 16, 15)
É desejo do Senhor que todos conheçam e pratiquem o Evangelho.
Todos os cristãos são chamados a anunciar, pela vida e pela Palavra, o Evangelho, mas há pessoas
que até deixam sua pátria e partem para longe para levar a Boa Nova da Salvação trazida por
Jesus. Estas pessoas são os missionários.
Todos nós somos convidados a ser missionários, pois podemos falar de Jesus, imitá-Lo, fazê-Lo
conhecido e amado.
Podemos ser missionários em nossa própria família, na escola. Se cada um de vocês viver realmente
o que aprende na catequese, estará sendo um missionário.
Santa Teresinha foi religiosa de clausura. Rezou e se sacrificou tanto pelos missionários que é
considerada Padroeira dos Missionários. São Francisco Xavier também é o patrono dos
missionários.
O que você pode fazer para ser missionário?
113
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Outubro, mês missionário
Padre Wagner Augusto Portugal
O mundo não conhece a Deus. As exorta: ―Queridos irmãos e irmãs, que o Dia
civilizações se desenvolvem, a tecnologia avança, o Mundial das Missões seja ocasião útil para
homem conquista grandes descobertas - mas o compreender sempre melhor que o testemunho do
mundo ainda não conhece Deus. amor, alma da Missão, diz respeito a todos. De
Há aqueles que não o conhecem porque fato, servir o Evangelho não deve ser considerado
sempre viveram em um ambiente de crendices, uma aventura solitária, mas um compromisso
superstições, idolatrias e buscas de filosofias que compartilhado de todas as comunidades. Ao lado
não são cristãs como o espiritismo que nega a dos que estão na linha de frente nas fronteiras da
ressurreição de Cristo e, por isso, incompatível evangelização – e refiro-me aqui com gratidão aos
com a fé cristã católica, sendo até antagônica. missionários e missionárias -, muitos outros,
Estes precisam que um missionário lhes mostre, crianças, jovens e adultos, com sua oração e
com palavras, meditações e ações, a existência de cooperação, contribuem, de várias formas, para a
um Deus uno e trino – Pai, Filho e Espírito Santo – difusão do Reino de Deus na terra. Desejo que
que nos ama e que quer ser amado por nós, esta co-participação, graças à colaboração de
principalmente através do amor aos nossos todos, aumente sempre‖.
semelhantes. Por isso, como nos convoca o Santo Padre,
Há aqueles que já foram informados sobre não sejamos individualistas e vivendo uma fé
esse Pai amantíssimo, mas a ganância, a violência, intimistas, mas na missão de juntos construirmos
o egoísmo não lhes deixam conhecer realmente o a Igreja nos coloquemos como discípulos-
projeto de felicidade que Deus tem para nós. É missionários de Jesus Cristo, colocando a mão no
preciso que alguém lhes abra os olhos e os faça arado e nos apresentando ao nosso Pároco, para
enxergar e viver as maravilhas do céu, cujo que possamos como missionários levar o amor de
caminho não é o mais fácil, mas, certamente, é o Deus e a caridade àqueles que ainda não vivem
mais seguro. uma fé que nos coloca nos espírito de redes de
Infelizmente, há também aqueles que comunidade, na partilha e na caridade.
conhecem a ternura e o amor de Deus, mas, por Por isso é preciso que nós, que somos
isso mesmo, se acham tão melhores do que os cristãos conscientes, tomemos o mês de outubro
outros, que se assentam em sua altivez, como ocasião de reflexão e de ponto de partida
esquecendo que a humildade, a simplicidade nos para um trabalho que, embora seja árduo, é
conservam mais perto do Pai e que o orgulho nos compensador e nos ajudará a construir um mundo
afasta d'Ele. melhor, que cada vez mais de pareça com o Céu.
Para todos esses, urge que surjam
missionários dispostos a mostrar ao mundo o Deus
verdadeiro, que é amoroso, simples: que aplaude a
humildade e o serviço espontâneo e
desinteressado.
O mês de outubro é considerado no seio
da Igreja Católica como o mês das missões para
lembrar-nos de nos tornar missionários, levando a
Palavra de Deus a todos que, de uma maneira ou
de outra, não a conhecem realmente.
O Santo Padre Bento XVI em sua
mensagem para o dia das missões de 2010 nos
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
1. Objetivos:
Levar os catequizandos a refletirem que a igreja necessita de
recursos para realizar sua missão.
Assumir a responsabilidade de assumir as necessidades da igreja e
colaborar com a sua missão.
2. Conteúdo do Encontro:
A igreja necessita de recursos para realizar a sua missão. Por isso,
exorta seus fiéis para que assumam sua responsabilidade nesta
tarefa, pois ―igreja somos todos nós, e suas necessidades são nossas‖.
Somos convidados a colaborar com a missão da igreja, lembrando que, tudo é de Deus, tudo
pertence a Ele e nada mais somos que administradores fiéis.
Deus é amor partilhado, Deus reparte conosco a vida através da criação, da natureza, tudo Ele nos
dá e por disso dizemos que ―Dízimo é Partilha‖.
3. Desenvolvimento do Tema:
Contar a história – Dízimo é Partilha (em anexo)
Comentar sobre a história, explicando sobre o Dízimo Mirim e o quanto a partilha de cada
catequizando ajuda a igreja na sua missão.
Explicar:
1. Dimensão Religiosa - Uma parte do dízimo que contribui para manutenção da Igreja.
2. Dimensão Missionária - uma parte do dízimo que contribui para formação de novos Padres.
3. Dimensão Social – uma parte do dízimo que contribui para ajudar as pessoas que precisam.
O que você pode fazer para ser dizimista mirim ? Como você pode partilhar?
4. Leitura utilizada: da própria apostila
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6. Material utilizado: Apostila, Bíblia,
7. Atividades: orientar a execução das atividades.
8. Momento de Oração: Rezar juntos a oração do dizimista.
115
O Dízimo é entregue à igreja e é todo usado para as coisas de Deus.
Como assim?
Olha só o Dízimo tem 3 finalidades. A primeira é RELIGIOSA – tem muitas coisas que precisam ser
comprada: livros, velas, hóstias, som, objetos litúrgicos, as toalhas.... Além do mais a igreja tem
muitas despesas: funcionários, materiais para as catequistas darem os encontros de catequese etc.
Também tem que pagar as contas do telefone, da luz, da água, material de limpeza, etc.
Nossa parece a minha casa.
E é a sua casa, a casa de todos nós, por isso cada um tem que ajudar com a sua parte.
O Dízimo também tem outra finalidade que é MISSIONÁRIA – ajuda os missionários, ajuda a
formar novos padres.
E a outra finalidade?
A outra é SOCIAL – uma parte do dízimo é usada para ajudar quem necessita. Ela tem uma Obra
Social.
Nossa é muito importante contribuir com a igreja.
Isso mesmo – DÍZIMO É PARTILHA.
Entendeu Lu, essas são as coisas de Deus que eu falei. Viu porque a Igreja precisa de
DIZIMISTAS???
É..., eu não sabia que ser dizimista era tão importante!!!!!
É importante para a IGREJA , mas é mais importante ainda para Deus .
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
sangue "derramado" para a salvação de todos. Por dar à Igreja condições de realizar a sua missão
isso a Eucaristia é o Sacramento da Partilha na dimensão religiosa, social e missionária.
total, sem restrições.
Já no Domingo de Páscoa, e de forma Fonte: Dízimo Ministério da Partilha, Antoninho
plena no dia de Pentecostes, o Espírito Santo é Tatto, O Recado, p.11 a 13.
efundido sobre a Igreja, sendo partilhados seus Os dez Mandamentos do Dízimo
dons entre todos os crentes.
Para continuar a sua missão no mundo, até 01 - Sou dizimista porque amo a Deus e amo o
o fim dos tempos, Jesus Cristo deixa-nos a sua meu próximo.
Igreja que se caracteriza como uma comunidade Partilho com alegria, conforme manda meu
de partilha. coração, seguindo as palavras de São Paulo: ―Cada
Lucas, no livro dos Atos dos Apóstolos, um dê conforme decidir em seu coração, sem
2,42-47 nos mostra as características da pena ou constrangimento, porque Deus ama quem
comunidade cristã, idealizada por Jesus Cristo. É dá com alegria.‖ (2 Coríntios 9, 7).
uma comunidade que é fiel à palavra de Deus 02 - Sou dizimista porque reconheço que tudo
transmitida pelos Apóstolos, é assídua na oração recebo de Deus.
comum, na celebração da Eucaristia e na "O Senhor é meu pastor nada me faltará" (Salmo
"partilha dos bens"; "todos os que criam estavam 23,1).
unidos, e tinham tudo em comum. Vendiam as suas "Vejamos: em que você é mais do que os outros?
propriedades e distribuíam o preço por todos, O que é que você possui que não tenha recebido?"
segundo as necessidades que cada um tinha " (1 Coríntios 4,7).
(Atos, 2,45). É bem verdade que esta descrição, 03 - Sou dizimista porque minha gratidão a
inspirada pelo Espírito Santo, é limitada a uma Deus me leva a devolver um pouco do muito
única comunidade que vivia o entusiasmo do que recebo.
primeiro amor logo no início do cristianismo, como Sobre fé e gratidão encontramos no Evangelho
é verdade que esta realidade não deve ter segundo Lucas, quando Cristo encontrou os dez
durado muito tempo, mas é o ideal proposto para leprosos: "Não foram dez os curados? Onde
toda a comunidade que queira ser verdadeira estão os outros nove?‖ Só um voltou para dar
comunidade de Jesus Cristo. Para ser Igreja de glória a Deus? (Lucas 17, 11-19).
Jesus, a comunidade deve ser fiel à Palavra de 04 - Sou dizimista porque aceito como palavra
Deus, transmitida pelos seus legítimos Pastores, de Deus o que leio na Bíblia, e sei que o
deve ser comunidade de oração, deve ter como dízimo é fonte de bênçãos.
centro de sua vida a Eucaristia, deve praticar a Trazei o dízimo integral ao Templo para que haja
partilha dos bens. A partilha torna-se, assim, alimento em minha casa. Façam essa experiência
uma dimensão da Igreja de Jesus Cristo. Como comigo – diz Javé dos Exércitos. Vocês hão de
não pode haver Igreja verdadeira sem fidelidade ver, então, se não abro as comportas do céu, se
aos Pastores, ou sem oração, também não pode não derramo sobre vocês minhas bênçãos de
haver Igreja sem partilha vivida entre cristãos. fartura‖ (Malaquias 3, 10).
Dízimo e Oferta são gestos concretos de Erguendo os olhos, Jesus viu pessoas ricas que
partilha, é a forma mais simples para nós depositavam ofertas no Tesouro do Templo.
vivermos a partilha hoje. Deus não nos pede para Então disse: ―Eu garanto a vocês: essa viúva
vendermos todos os bens, mas a devolução de pobre depositou mais do que todos. Pois todos os
uma pequena parte dos bens que Ele próprio outros depositaram o que estava sobrando para
coloca em nossas mãos, em forma de dízimo e de eles. Mas a viúva, na sua pobreza, depositou tudo
oferta, para as necessidades dos irmãos e para o que possuía para viver‖ (Lucas 21, 1-4).
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05 - Sou dizimista porque creio, e confio, em 10 - Sou dizimista porque quero ver minha
Deus Pai; minha contribuição é prova de fé e comunidade crescer e minha Igreja
de confiança. testemunhar o Evangelho no mundo inteiro.
―Portanto, não fiquem preocupados, dizendo: O "Ide por toda a terra, pregai a Boa Nova. Batizai
que vamos comer? O que vamos beber? O que em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"
vamos vestir? Os pagãos é que ficam procurando (Mateus 28, 19-20; Marcos 16, 15).
essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, Dez boas razões para ser Dizimista
sabe que vocês precisam de tudo isso. Pelo 1. O dízimo é uma profunda relação entre você e
contrário, em primeiro lugar busquem o Reino de Deus.
Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês, em 2. A oferta do dízimo é o reconhecimento dos dons
acréscimo, todas essas coisas‖ (Mateus 6, 31- gratuitos recebidos de Deus Pai, retribuindo, de
33). forma justa, parte do que d‘Ele você recebeu.
06 - Sou dizimista porque o partilhar mata o 3. Seu dízimo ajuda a manter a comunidade
meu egoísmo. religiosa, patrimônio de todos .
A parábola do homem rico cuja terra deu uma 4. O dízimo mantém, também, os que vivem para o
grande colheita e este resolveu construir Evangelho.
celeiros maiores para guardar todo o trigo junto 5. O dízimo que você oferece vai se transformar em
com seus bens: Mas Deus lhe disse: ―Insensato! Evangelho, em remédio, em pão, em missão.
Nesta mesma noite você vai ter que devolver a 6. Sua alegria será, extremamente, grande,
sua vida. E as coisas que você preparou, para quando você verificar, daqui a algum tempo, o
quem vão ficar?‖ Assim acontece com quem que, com o seu dízimo, se tornou possível.
ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico 7. Em vez de obrigação, você vai se sentir grato e
para Deus‖ (Lucas 12, 16-21). agradecido a Deus por lhe dar condições de
07 - Sou dizimista porque creio na vida cristã participar da vida paroquial com seu dízimo.
em comunidade. 8. A prática do dízimo integra, cada vez mais, a
"Onde dois ou mais se juntarem em meu nome, eu pessoa à comunidade.
estarei no meio deles" (Mateus 18, 20)."Vocês 9. A sua oferta permanente tornará vitoriosa a
são todos irmãos". Pastoral do Dízimo.
08 - Sou dizimista porque Deus, o único pai 10. Com a oferta do dízimo, você será participante
rico, não quer ninguém passando necessidade. ativo na construção do Reino de Deus.
―Tudo o que fizestes a um dos meus irmãos mais
pequenos, a mim o fizestes" (Mateus 25, 40). Fonte: http://www.paroquiasantoafonso.org.br
09 - Sou dizimista porque gosto de viver em
liberdade e alegria, celebrando desde já a
vida plena.
"Vou preparar-vos um lugar" (João 14, 1-5).
"Vinde, benditos de meu Pai..." (Mateus 25, 34).
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
BIBLIGRAFIA
6. Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. I, II, III e IV, Editora Vozes, 2008.
10. Caminhando com Jesus – Catequese – 1º e 2º ano. Gabriel Benedito Issaac Chalita, Editora
Santuário.
11. Venham Cear Comigo – Coleção Deus conosco – Livro do catequista e catequizando, Editora
Vozes.
14. Texto Base da Campanha da Fraternidade 2012, Edições CNBB, 2011, Brasília-DF.
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DINÂMICAS PARA SEREM USADAS NOS ENCONTROS DA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012
Apresentar duas rosas (ou outra flor) aos catequizandos, uma murcha, despetalando e outra
bonita, cheia de vida, saudável.
Estas duas flores, nos mostram a doença e a saúde. Para vocês o que é saúde? ( as respostas
vão girar em torno de: não ter doença, dor, estar forte etc).
Completar o conceito de saúde que vai além da ausência de doenças:
―Saúde é um processo harmonioso de bem estar físico, psíquico, social e espiritual, e não
apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus
lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre.‖.
―A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre
personalidade e responsabilidade‖.
Se fôssemos escolher uma destas flores para oferecer a alguém, qual seria? A bonita, claro!
Não oferecemos aquilo que julgamos que não agrada. Não nos doamos, se não gostamos de nós mesmos.
Deus criou o homem e a mulher à sua imagem, deu-nos dignidade de filhos, de pessoa humana
com capacidade de amar. É ponto de partida para amar, descobrir o próprio valor, viver a dignidade e
proclamá-la a toda pessoa. Esta é a força capaz de estabelecer relacionamentos fraternos, solidários,
que a CF nos propõe. Ela quer suscitar o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos
enfermos e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde.
Distribuir aos catequizandos, saches de açúcar (ou providenciar um açucareiro com uma
colherinha).
Dispor de um recipiente com água, outro com gelo, suco em pó ou um copo de concentrado.
Em clima de celebração e oração, lembrar aos catequizandos que podemos fazer um mundo
melhor: ―remediar‖, com bons propósitos, as situações de sofrimento, dor, doença, mal estar. Para isso
peçamos a Jesus que nos ajude a modificar nosso comportamento e nossas ações em prol da nossa
saúde.
À medida que cada um for fazendo seu ―propósito‖, pedir que coloque seu ―ingrediente‖ na
jarra que está sobre a mesa. Os propósitos devem se manifestados em voz alta, como orações. Por
exemplo:
―Jesus dê-me forças para controlar a vontade de comer doces, chocolates, refrigerantes em
excesso.‖
―Jesus ajude-me a dominar a preguiça e fazer mais exercícios físicos.‖
―Jesus fortaleça-me para não cair na tentação de colocar em risco minha saúde, colocando-me
em situações de risco: drogas, álcool, brincar com fogo, objetos cortantes, etc.‖
Criar mais situações como: expor-se ao frio sem agasalho; não escovar os dentes; ver TV em
excesso; usar em demasia a internet, o telefone celular; jogar demais videogame; dormir muito tarde,
etc.
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo II
Depois que todos colocarem na jarra suas ―orações‖, acrescentar a água, mexer o suco e
distribuir um copo para cada um.
Formar um círculo com os catequizandos: distribuir para cada um uma papeleta em que esteja
escrito um dos ―males‖ (doenças), relacionados abaixo. Pedir para não contarem uns aos outros o que
está escrito no papel. A papeleta ‗gripe‘ deve ser repetida cinco ou mais vezes, dependendo do número
de participantes (colocá-la para um terço das pessoas).
Os participantes engancham os braços uns nos outros, formando uma espécie de corrente,
evitando que alguém caia.
No meio do círculo fica o ―doutor‖, a pessoa que vai conduzir a brincadeira. O ―médico‖ lê um
dos diagnósticos (sugestões abaixo). A pessoa que estiver com a ―doença‖ correspondente amolece o
corpo para cair, como se fosse um desmaio. As duas pessoas que estão ao seu lado, a seguram para não
deixá-la cair. Se a pessoa cair, ela morre...
Depois de ser amparada, a pessoa ‗doente‘ volta o corpo ao normal. Assim o médico vai lendo os
diagnósticos até chegar a doenças de maior incidência, por exemplo, a gripe ou a dengue. Como há
várias pessoas com esta ―doença‖, muita gente vai ―cair‖ ao mesmo tempo e o círculo vai se
desmantelar. Torna-se difícil segurar, portanto é preciso envolver mais pessoas, organizar toda a
sociedade. Ao final, estabelecer uma ligação entre o que ocorreu no círculo com o que está
acontecendo com a saúde pública.
Após a execução da dinâmica, deixar que os participantes falem sobre o que sentiram.
Como se sentiram ao serem taxados de ―doentes‖? Como viram a doença que cada um recebeu?
Comentar da importância de ter alguém que segure e dê apoio num momento em que tudo
parece que vai desmoronar, cair.
Como foi estar atento ao outro, cuidar do problema do outro?
Como é a dificuldade de apoiar, quando há grande o número de doentes? Salientar a
importância da prevenção, de não deixar a doença se espalhar, dos cuidados com o corpo e o ambiente.
Concluir falando da importância da presença, da solidariedade, da compaixão junto àqueles que
sofrem.
DOENÇAS:
Gripe, doenças do pulmão, dengue, hipertensão, diabetes, problemas renais, anemia, obesidade,
colesterol alto, dependência química (drogas), alergia, dores de ouvido e cabeça, gengivite, cáries e
placas nos dentes.
DIAGNÓSTICOS:
Exposição ao ar frio (mudanças climáticas) e contato com pessoas doentes, não lavar as mãos.
(gripe)
Poluição do ar contato com fumantes ou fumar. (doenças do pulmão)
Falta de cuidado com os quintais e os vãos de plantas, deixando água parada. Falta de higiene.
(dengue)
121
A pessoa não cuida da alimentação, ingere alimentos gordurosos e não saudáveis, não pratica
exercícios físicos. (hipertensão)
Há pessoas diabéticas em sua família, mas a pessoa nunca fez exames preventivos. Não se
alimenta com alimentos saudáveis. Consome doces em excesso. (diabetes)
A pessoa não toma água várias vezes ao dia. Não cuida da alimentação. Ingere muito sal.
(problemas renais)
Faltam em sua alimentação frutas, verduras e outros alimentos saudáveis. (anemia)
Consome alimentos muito calóricos, tipo salgadinhos (chips), refrigerante. Não faz exercícios
físicos. (obesidade)
Não se alimenta corretamente, abusa de alimentos gordurosos e de doces. (colesterol alto)
A pessoa deixou-se levar por falsos amigos e acabou experimentando drogas. (dependência
química)
A pessoa se expõe ao ar poluído. Freqüenta ambientes poluídos, sujos, com muita poeira.
Consome alimentos contaminados. Não cuida devidamente da higiene pessoa. (alergia)
A pessoa ouve música em volume demasiadamente alto, freqüenta ambientes com poluição
sonora. (dores de ouvido e de cabeça)
A pessoa não escova os dentes. Consome doces exageradamente, sem fazer a adequada higiene
bucal. (gengivite, placas bacterianas, cárie)
Distribuir, para cada um, uma folha de papel em branco e lápis de cor.
Pedir para desenhar o contorno de uma das mãos com os dedos ligeiramente abertos, pintar de
verde e recortar.
Pedir que coloquem, num canto, o próprio nome e que, no meio da mão desenhada, escrevam:
SAÚDE.
Após a confecção das mãos, o catequista apresentará ao grupo o desenho do contorno da
grande mão (como se fosse a raiz de uma árvore) e pergunta:
De quem pode ser essa mão? (deixar a pergunta no ar).
Quando estudamos os povos, desde as mais antigas civilizações, encontramos sempre o assunto
saúde e doença, misturado com religião. Deuses, demônios, maus espíritos, magia... (TB, 09) aparecem
com explicação para a dor, a morte, os sofrimentos de modo geral. Por exemplo, no caso dos indígenas
brasileiros, quem era o ―médico‖ da tribo? O pajé.
E nós? O que pensamos sobre a existência do mal, da doença? São castigo de Deus? Ele é o
culpado? (deixar que falem, discutam, sem responder diretamente às indagações).
Então, nossas mãos não podem fazer nada? O que será que depende de nós?
Em que os povos da Bíblia acreditavam? Vamos descobrir, pesquisando na Bíblia.: Dt 28, 1-2; Dt
28, 15-20; 2Cr 16, 7; 2Cr 16, 12-13.
Após a leitura, concluir com rápidas palavras. O livro do Deuteronômio apresenta saúde como
bênção e doença como maldição, devido ao pecado, ao afastamento de Deus. Nas Crônicas, todos eram
dependentes do Senhor. Procurar ajuda de um médio em lugar de Deus, era derrota na guerra e morte
certa. Como em Deuteronômio, a Bíblia aqui nos fala de castigo de Deus.
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Vamos ler no livro de Eclesiástico, como instrui sobre saúde e doença – Eclo 38, 1-15 – Este
texto realça a importância da saúde, de se ter os meios para que a saúde se difunda sobre a terra, que
é o nosso lema nesta Campanha da Fraternidade. Mas logo a seguir, pede que se recorra ao Senhor e
evite o pecado. Vimos a força, o peso do pecado em todas essas leituras. Mas será que Jesus mostrou o
outro lado da moeda, o outro lado dessa mão? Como Ele viu a doença?
N cartolina com a mão marrom desenhada, formar uma árvore, tendo essa mão como raiz.
(modelo abaixo)
Cada catequizando coloca a mão que desenhou e recortou, formando as folhas da árvore,
conforme uma sequência pré- determinada.
Deus nos criou por amor para sermos felizes. Tudo que Ele fez mostra quem Ele é. Mas nossos
primeiros pais recusaram a amizade com o Pai Criador e, pela desobediência, o pecado entrou na vida
das pessoas. Com o pecado veio a dor, a morte. Deus, em sua infinita bondade, enviou seu Filho Jesus
para salvar a humanidade. Ao morrer na cruz, Ele funda a igreja para continuar a oferecer a salvação.
A Igreja somos nós, todos os batizados.
Formamos o Corpo de Cristo. Jesus não tem
outras mãos, a não ser as nossas, para construir
o mundo como Deus quer. E Deus não quer
sofrimento. O que podemos levar aos outros
com nossas mãos? Como podemos agir em prol
da saúde?
Orientar os catequizandos para pensar
num gesto concreto: visitar um doente, consolar
um amigo que sofre, fazer doação de
medicamentos, alimentos, fraldas, ouvir um
idoso em suas aflições, rezar pelos que sofrem.
Ao som de uma música (da CF-2012 ou
outra), colar na cartolina as mãos que
confeccionaram, como se fossem folhas e
galhos da árvore. Ao terminar todos juntos dão
as mãos e pedem: ―QUE A SAÚDE SE
DIFUNDA SOBRE A TERRA!”
123
Este espaço está reservado para a sua
avaliação, comentários e sugestões.
Anote o número do encontro, a
quantidade de catequizandos que você tem e a
faixa etária.
Faça o seu comentário e entregue ao
seu coordenador.
Você estará ajudando a melhorar este
material com a sua valiosa contribuição.
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