3 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO
3 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO
3 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO
Ao longo do curso, vimos que há vários marcos importantes que devem ser
transpostos para que haja o pagamento de uma obrigação tributária.
Relembremos esses marcos através do gráfico que colacionamos abaixo:
Ocorrência da Constituição do
Instituição do
obrigação crédito
tributo
tributária tributário
Pagamento
Ajuizamento Ausência de
Inscrição em voluntário
da execução pagamento
dívida ativa
fiscal
Extinção do
crédito
tributário
Dessa forma, não é possível rejeitar por inépcia uma petição inicial que
omita o CPF ou CNPJ do devedor, por não ser a indicação de tais dados
essenciais à propositura da demanda. (STJ - REsp: 1450819 AM
2014/0093756-1, Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento:
12/11/2014, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 12/12/2014).
Veja gráfico 2:
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que
conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva
em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Por outro lado, caso o executado fique silente, não pagando a dívida
nem a garantindo, incide o disposto nos artigos 10 da Lei 6.830/80:
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que
10
O artigo 11 traz a ordem que deve ser observada na penhora dos bens:
Art. 866. Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os,
esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito
executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de faturamento de
empresa.
§ 1o O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo
em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício da atividade
empresarial.
§ 2o O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à aprovação
judicial a forma de sua atuação e prestará contas mensalmente, entregando
em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balancetes mensais, a fim
de serem imputadas no pagamento da dívida.
§ 3o Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á, no
que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e rendimentos
de coisa móvel e imóvel.
penhora insuficiente.
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum
o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta,
salvo se um deles já houver sido sentenciado.
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao
mesmo ato jurídico; II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar
risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
Por outro lado, entende-se que esse raciocínio não se aplica na seguinte
hipótese: quando a ação anulatória for anterior à ação de execução fiscal e
existir vara especializada para processamento desta última, diferente daquela
onde tramita a ação anulatória.
Dados informados
Veja gráfico 3 e 4.
Dito isso, voltemos nossa atenção para o que diz os artigos 1º a 3º da Lei
8.397/92:
Art. 2º A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra o sujeito passivo
de crédito tributário ou não tributário, quando o devedor: (Redação dada pela
Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito)
I - sem domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar bens que possui ou
deixa de pagar a obrigação no prazo fixado;
II - tendo domicílio certo, ausenta-se ou tenta se ausentar, visando a elidir o
adimplemento da obrigação;
III - caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens; (Redação dada pela
Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito)
IV - contrai ou tenta contrair dívidas que comprometam a liquidez do seu
patrimônio; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito)
V - notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do
crédito fiscal: (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito)
a) deixa de pagá-lo no prazo legal, salvo se suspensa sua exigibilidade;
(Incluída pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito)
b) põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros; (Incluída pela Lei nº
9.532, de 1997) (Produção de efeito)
VI - possui débitos, inscritos ou não em Dívida Ativa, que somados
ultrapassem trinta por cento do seu patrimônio conhecido; (Incluído pela Lei nº
9.532, de 1997) (Produção de efeito) VII - aliena bens ou direitos sem
proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública competente,
quando exigível em virtude de lei; (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)
23
(Produção de efeito)
VIII - tem sua inscrição no cadastro de contribuintes declarada inapta, pelo
órgão fazendário; (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito) IX
- pratica outros atos que dificultem ou impeçam a satisfação do crédito.
(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito)
Por óbvio, a medida cautelar só deve ser deferida nos casos em que
efetivamente restar demonstrada a ocorrência dos pressupostos acima
enunciados. Da decisão que deferir ou indeferir o pedido, cabe o recurso de
agravo de instrumento, nos termos do artigo 1.015, inciso I, do CPC.
Art. 10. A medida cautelar fiscal decretada poderá ser substituída, a qualquer
tempo, pela prestação de garantia correspondente ao valor da prestação da
Fazenda Pública, na forma do art. 9° da Lei n° 6.830, de 22 de setembro de
1980.
Art. 12. A medida cautelar fiscal conserva a sua eficácia no prazo do artigo
antecedente e na pendência do processo de execução judicial da Dívida Ativa,
mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Pública;
IV - se o requerido promover a quitação do débito que está sendo executado.
Parágrafo único. Se, por qualquer motivo, cessar a eficácia da medida, é
defeso à Fazenda Pública repetir o pedido pelo mesmo fundamento.
Art. 15. O indeferimento da medida cautelar fiscal não obsta a que a Fazenda
Pública intente a execução judicial da Dívida Ativa, nem influi no julgamento
desta, salvo se o Juiz, no procedimento cautelar fiscal, acolher alegação de
pagamento, de compensação, de transação, de remissão, de prescrição ou
decadência, de conversão do depósito em renda, ou qualquer outra
modalidade de extinção da pretensão deduzida.
Por fim, o artigo 17 traz o recurso cabível contra a sentença que julgar a
cautelar fiscal:
Art. 17. Da sentença que decretar a medida cautelar fiscal caberá apelação,
sem efeito suspensivo, salvo se o requerido oferecer garantia na forma do art.
10 desta lei.
DOS FATOS
3. Ocorre, porém, que, o requerido como possuidor de tal área está de fato
providenciando sua alienação a seu sócio …, conforme se infere da cópia da
Guia de ITBI, para obstar e dificultar a satisfação do débito junto à Fazenda
Municipal.
DO DIREITO
DO REQUERIMENTO
Local e Data
____________________________________________
Advogado
OAB/… – nº …
30
PRINCIPAIS AÇÕES
MANDADO DE SEGURANÇA
AÇÃO ANULATÓRIA
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
EMBARGOS À EXECUÇÃO
31
ASPECTOS INCIAIS
NÃO
QUEM DETERMINA A
JUSTIÇA COMPETENTE
PARA JULGAR NÃO É O
TRIBUTO E SIM AS
PARTES
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que
a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência,
as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do
Trabalho;
J. FEDERAL OU ESTADUAL?
PARTES: ART. 109 CF – J. FEDERAL
POR EXCLUSÃO – J. ESTADUAL
TRIBUTO/IMPOSTO ESTADUAL
Art. 6º: só pode ser parte autora pessoa física, ME e EPP (LC 123/06 – art. 3º-
receita bruta igual ou inferior a 360.000,00/ 3.600.000,00). Como rés: União,
autarquias, fundações e empresas públicas. Valor da causa: Juizado até ( igual ou
inferior) a 60 salários mínimos;
Valor da causa até 60 salários mínimos Parte autora: p. física, ME, EPP. Lei
12153/09 – arts. 2º e art. 5º
33
Foro competente ou cidade? Art. 109 da CF Quando a União for parte autora,
deverá ingressar no domicílio da parte ré. § 1º As causas em que a União for
autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
4 situações distintas
1º domicílio do autor;
E na Justiça estadual? Via de regra: domicílio do Réu CPC Art. 94. A ação fundada
em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão
propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
CASO ESPECÍFICO
Se errar faça apenas um traço em cima da palavra que errou, não precisa
dizer digo -------------------------------------------------------
2.1 Da Inconstitucionalidade do Tributo/ Do Princípio da Legalidade /Art. 150, I da
Constituição da República Federativa do Brasil – CRFB/1988 ( buscar palavras
chaves da defesa para o título) Fazer a defesa com base nos artigos , explicando o
que está acontecendo em três parágrafo no mínimo. No 1º § traz a norma: Por
meio do art....., no 2º o caso concreto : No presente caso, verifica-se que
........................, no 3º a conclusão: Tendo em vista que .......... Se houver vários
fundamentos de defesa, fazer no mínimo três parágrafos para cada um.
Fazer a defesa com base nos artigos , explicando o que está acontecendo em três
parágrafo no mínimo. No 1º § traz a norma: Por meio do art....., no 2º o caso
concreto : No presente caso, verifica-se que ........................, no 3º a conclusão:
Tendo em vista que ..........
Na prova da ordem não é recomendado a cópia do art. e nem recuo, mas dizer
com suas Próprias palavras fazendo menção ao art.
Ex: ingressar com medida que não precisa do despacho do poder judiciário para
suspender a exigibilidade – só pode ser o depósito
-presente todos estes requisitos faz jus à tutela antecipada nos termos do artigo
273 do CPC, a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário.
Obs: trabalhar com a tutela antecipada neste parte da petição porque fica mais
fácil, após os relatos anteriores, demonstrar a verossimilhança das alegações
b) Que seja concedida a tutela antecipada uma vez presentes os requisitos do 273
do CPC, quais sejam, prova inequívoca, verossimilhança das alegações e perigo
de dano irreparável ou de difícil reparação a fim de suspender a exigibilidade do
crédito tributário nos termos do art. 151, V do CTN; ( obs.: não precisa pedir para
depositar);
c) Caso não seja este o entendimento de V.Exa. Pela tutela antecipada, requer
seja dada ciência a parte contrária acerca do depósito judicial realizado em seu
montante integral, a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário , nos
termos do art. 151, II do CTN e súmula 112 do STJ;
Local e data.
Advogado OAB
Contudo, essa regra não se aplica aos embargos à execução fiscal, que
possuem regramento específico. De fato, dispõe o artigo 16 da Lei 6.830/80:
38
restante.
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos
executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram
quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao
embargante.
§ 5o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de
substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.
CASO:1
Partes:
Embargante: Caio e
41
Tempestividade:
Fundamentos:
Pedidos:
A - Procedência dos Embargos, com a consequente extinção da Execução
Fiscal e o levantamento da penhora que recai sobre o bem de família
B - Condenação ao pagamento de honorários
C - Opção pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação (Art. 319, inciso VII, do CPC/15), OU menção à possibilidade de
dispensa de tal audiência por se tratar de direito que não admite
autocomposição . (Art. 334, § 4º, inciso II, do CPC/15)
Fechamento da Peça
(Data, Local, Advogado, OAB...)
CASO 2:
Demonstração da Tempestividade
Fundamento A:
As contribuições de intervenção no domínio econômico não incidem sobre as
receitas decorrentes de exportação (OU há imunidade em relação às receitas
decorrente de exportação), na forma do Art.149, § 2º, inciso I, da CRFB/88.
Fundamento B:
É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado em
detrimento de outro, conforme Art. 151, inciso I, da CRFB/88.
Fundamento C:
A contribuição de intervenção no domínio econômico viola a referibilidade
(OU exigência de que a CIDE seja instrumento de atuação da União na
respectiva área OU inexistência de correlação entre contribuição e
destinação), conforme Art. 149, caput, da CRFB/88.
Pedido 1:
Intimação/Citação da Embargada para apresentar impugnação
Pedido 2:
43
Pedido 3:
Procedência dos Embargos para desconstituição do crédito tributário objeto da
Execução Fiscal embargada OU a extinção da Execução Fiscal OU a
desconstituição da CDA
Pedido 4:
Condenação da União ao pagamento de honorários advocatícios
CASO 3:
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão. A
44
Endereçamento
1. Juízo da causa: 4ª Vara de Fazenda Pública do Estado
2. . Embargante: Empresa XYZ e Embargado: Estado X
Tempestividade
3. Interposição no prazo de 30 dias contados da intimação da penhora ,
nos termos do Art. 16, III, da Lei n. 6.830/80
Por ter natureza de imposto (imposto novo), o novo tributo só poderia ser
instituído pela União no âmbito de sua competência residual, nos termos do
artigo 154, I, da CRFB/88.
CASO 1.
veículo não mais está na posse do sócio e não é mais encontrado. A Fazenda
do Estado requer e é deferida a inclusão de Fulano de Tal no polo passivo, em
razão do inadimplemento do tributo e ainda com base em lei do Estado que
assim dispõe:
Artigo X. São responsáveis, de forma solidária, com base no artigo 124, do
CTN, pelo pagamento do imposto:
(...)
X-o sócio administrador de empresa que descumpriu seus deveres legais de
fiel depositário em processo de execução fiscal;
(...)
O Sr. Fulano de Tal foi citado e intimado a respeito de sua inclusão no polo
passivo da execução fiscal, tendo transcorrido 6 (seis) meses desta sua
citação/intimação. Nas tentativas de penhora, não foram encontrados bens.
Na qualidade de advogado de Fulano de Tal, redija a peça processual
adequada para a defesa nos próprios autos da execução fiscal, considerando
que seu cliente não dispõe de nenhum bem para ofertar ao juízo. A peça deve
abranger todos os fundamentos de direito que possam ser utilizados
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que,
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade,
seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Assim, se for necessário produzir outras provas que não aquelas que já
possam ser encartadas com a inicial, esse instrumento é via processual
inadequada para tutelar os interesses vindicados. Por fim, o mandado de
segurança pode ser repressivo, quando o abuso ou a ilegalidade já
ocorreram, ou preventivo, quando houver justo receio de que isso possa vir
a ocorrer.
Súmula 271
Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais
em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados
administrativamente ou pela via judicial própria.
A situação sobre a qual incide a Súmula 460 é distinta daquela até aqui
analisada. Nas hipóteses anteriores, o impetrante requer judicialmente a
declaração da ilegalidade total ou parcial de um tributo e o direito de
compensar os valores pagos a maior com os débitos existentes em seu
nome.
50
2.4.5 Prazo
Portanto:
Gráfico:
LEI HI FG OT L CT PG
MS
MS
PREVENTIVO
REPRESSIVO
O
MS
MS PREVENTIVO
MS REPRESSIVO
ATO COATOR
JÁ SOFREU O ATO ILEGAL
VOCÊ QUE REPREENDER
VOCÊ QUER DESCONSTITUIR O ATO
PECULIARIDADE PRAZO DE 120 DIAS
EXEMPLO:
TODOS REQUISITOS DO MS
REPRESSIVO
ESQUELETO DA PEÇA
►ENDEREÇAMENTO
►MEDIDA LIMINAR
►FATOS E FUNDAMENTOS
►PEDIDO
►ENCERRAMENTO
COMPETÊNCIA
MANDADO DE SEGURANÇA
DOS FATOS
TEMPESTIVIDADE
DO CABIMENTO
DO DIREITO
Assim, a partir de uma leitura do art. 150, VI, a cc o § 2a, conclui-se que a
imunidade recíproca e aplicável ao impetrante e que portanto, a restrição
estabelecida no art. 150, §3a da CRFB/88, não aplica-se ao caso, tendo em
57
Não se aplica também a previsão do art. 173, §2a da CRFB/88, que dispõe
que as empresas públicas e sociedade de economia mista não poderão
gozar de benefícios fiscais não extensivos ao setor público. Isso porque a
impetrante atua em monopólio, prestando serviço público, postal, de
natureza obrigatória e exclusiva de competência da União.
Por tudo o que foi exposto, demonstrando que as disposições dos arts.
150,§3a e 173,§2a da CRFB/88 são inaplicáveis ao impetrante, requer o
reconhecimento da imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a, c/c art.
150, §2a, e, consequentemente a anulação do IPVA lançado pela
autoridade impetrante.
MEDIDA LIMINAR
O art. 7o, III, da lei 12.016/2009, prevê que para a concessão de medida
liminar em andado de segurança, deve haver fumus boni iuris e periculum in
mora.
DO PEDIDO
REQUER:
Nestes termos,
P. deferimento,
Local e data.
Advogado
OAB na
CASO 1:
uma vez que elas são essenciais para a continuidade de suas atividades, a
sociedade empresária Zeta o procura para, na qualidade de advogado,
elaborar a petição cabível, ciente de que, entre a retenção e a constituição
do advogado, há período inferior a 120 (cento e vinte) dias, e que, para a
demonstração dos fatos, há a necessidade, apenas, de prova documental
que lhe foi entregue.
Requisitos da Liminar
Demonstrar a existência fumus boni juris (fundamento relevante de direito
para concessão de liminar)
Demonstrar a existência do periculum in mora
Valor da causa
Caso 2:
Caso 3:
NATUREZA: CONSTITUTIVA
B) DE LANÇAMENTO DE PENALIDADE
C) APREENSÃO DE MERCADORIAS
1) EMBARGOS À EXECUÇÃO;
2) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE;
4) AÇÃO ANULATÓRIA
diversos, nada impede que uma ação cumule uma pretensão anulatória
com uma pretensão declaratória, nos casos em que os fatos geradores
ocorrem com certa frequência.
Por se tratar de uma ação ordinária, a petição inicial deve observar todos
os requisitos do artigo 319 do Código de Processo Civil e o valor da causa
deve corresponder à quantia que se pretende anular. E
Por outro lado, o ingresso da ação anulatória não tem o condão, por si
só, de suspender a exigibilidade do crédito tributário. Assim, regra geral, o
ajuizamento dessa ação não impede o fisco de ingressar com a ação de
execução fiscal ou de prosseguir nos atos expropriatórios iniciados em
demanda que lhe for anterior. O fundamento reside na circunstância de que
as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário são aquelas
enunciadas no artigo 151 do Código Tributário Nacional, que não prevê o
ajuizamento de uma ação anulatória no seu rol.
CASO 1:
AÇÃO ANULATÓRIA OU MS
Lei 12.016/09
67
MS
Identificação do Juízo
da parte autora
Valor da causa
Valor da causa.
DESCARTADA
DESCARTADA
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: III - serviços de
qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei
complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) II -
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
Resposta
II- Do Direito
2.1 Da Não Incidência do ISS/ art. 156,inciso III, e art.155, inciso II, da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88).
IV – Dos Pedidos
Caso 3
Diante dos fatos narrados, sabendo que as medidas adotadas pela Fazenda
Nacional datam de mais de 120 dias e estão causando prejuízos
irreparáveis e que não há processo judicial em trâmite a respeito desse
caso, redija a peça processual adequada para a garantia dos direitos da
pessoa jurídica PJ, que pretende ver a União condenada em honorários de
sucumbência. (Valor: 5,00)
Endereçamento
2.Partes
Cabimento
OU
73
Pedidos
12. Indicação das provas a serem produzidas (0,10), conforme Art. 319,
inciso VI, do CPC/15
Fechamento
74
Exemplo
Determinado município aprovou lei instituindo o ISS sobre a locação de
bens móveis. A pessoa jurídica X, que se dedica a alugar veículos, logo no
75
primeiro mês em que a lei se tornou eficaz, optou por não recolher o tributo,
por entender que ele é inconstitucional. Nesse caso, como ainda não
ocorreu o lançamento tributário, a pessoa jurídica pode ingressar com uma
ação ordinária declaratória de inexistência de relação jurídica, a fim de que
o Poder Judiciário reconheça que as suas atividades não podem ser
tributadas por meio do ISS.
Caso 1:
Portanto, quanto aos tributos federais, o valor a ser restituído deve ser
atualizado pela SELIC desde o recolhimento indevido, sendo vedada a
cumulação com qualquer outro índice de correção ou juros.
Assim, a Corte entendeu que o novo dies a quo trazido pelo artigo 3º da
Lei Complementar 118/2005 só poderia ser aplicado às ações ajuizadas
após o decurso da vacatio legis de 120 dias do diploma legislativo, ou seja,
a partir de 9 de junho de 2005.
82
Caso 1:
A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes
a investimento público urgente e de relevante interesse nacional,
instituiu, por meio da Lei Ordinária nº 1.234,publicada em 01 de janeiro
de 2014, empréstimo compulsório. O fato gerador do citado empréstimo
compulsório é a propriedade de imóveis rurais e o tributo somente será
devido de maio a dezembro de 2014.
Autor: Caio
e Ré: a União.
3. Pedidos
Caso 2:
01) Endereçamento:
Juízo da causa: Juízo da Vara com competência fazendária da Comarca
da Capital do Estado “X”
02) Partes:
Parte Autora: Partido Político XYZ e Parte Ré: Município Alfa
04) Tempestividade:
Tempestividade da ação de repetição de indébito , conforme art. 168, I
do CTN
05) Fundamentos:
Pedidos:
VI, do CPC/15
13) Fechamento:
Data, local, advogado, OAB...
CTN
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2o
do artigo 164;
Características:
87
02. O depósito deverá ser feito com base no maior valor, dentro do
prazo de 5 dias (Resp 369.773-ES);
HIPÓTESES DE CABIMENTO
CASO 1:
Gabarito Comentado:
Trata-se de ação de consignação em pagamento, com previsão no art.
164, I, do CTN, tendo em vista que a Fazenda Municipal se recusa a
receber a prestação tributária apenas quanto ao valor do imposto devido.
O Fisco condicionou o recebimento do pagamento do imposto ao
pagamento da taxa de conservação de vias e logradouros públicos, o
que torna a ação de consignação o meio hábil para a liberação da dívida
fiscal relativa ao IPTU, pretendendo o contribuinte eximir-se de pagar a
taxa, que reputa inconstitucional.
Estrutura da Peça:
Fato – A Fazenda Municipal subordina o pagamento do IPTU ao
pagamento da taxa, reputando o contribuinte inconstitucional a segunda
exação.
Direito – O Fisco não pode subordinar o pagamento de um tributo a
outro, eis que são obrigações autônomas, oriundas de fatos geradores
distintos. Caso assim proceda, deverá o contribuinte consignar em Juízo
o valor devido.
Solução- O contribuinte deverá recolher apenas o valor do IPTU,
mediante a propositura da ação de consignação em pagamento, de
acordo com o artigo 164, I do CTN, liberando-se da obrigação tributária
existente.
Pedido
a) citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta
(b) seja deferido o depósito do valor do IPTU devido, tornando inexigível
o crédito tributário correspectivo;
c) seja julgado procedente o pedido, declarando-se extinta a obrigação
tributária
d) seja o réu condenado em custas e honorários advocatícios;
e) Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas.
f) Valor da Causa – R$... (valor total do IPTU a ser consignado).
1-Dos Fatos:
Descrever a situação narrada no exercício ou pelo seu cliente – resumo
com os fatos mais importantes
Xisto da Silva, autor da presente ação, recebeu a guia de documento
fiscal encaminhada pelo Município Y. A guia contém a cobrança do IPTU
e da taxa de conservação das vias e logradouros públicos. Por não
concordar com esta cobrança, o autor ajuizou ação que tramita no juízo
sob o n..... , com objetivo de obter a declaração de sua
incostitucionalidade , inclusive com o pedido de tutela de urgência para
suspender sua exigibilidade e que ainda não foi analisada pelo Juízo
competente.
2- Do Direito:
4-Dos Pedidos:
Local e data.
Advogado. OAB
91
Fazendo jus o sujeito passivo à emissão dessa certidão, deve ela ser
expedida no prazo máximo de 10 dias contados da entrada do requerimento
na repartição, conforme enuncia o parágrafo único do dispositivo.
RESUMO
Ações Exacionais
b) as autarquias;
c) as fundações públicas;
4. A legitimidade passiva para figurar numa ação de execução fiscal é bastante ampla,
porque engloba todos aqueles que podem ocupar o polo passivo de uma relação jurídica
obrigacional cujos créditos possam ser inscritos em dívida ativa.
7. A medida cautelar fiscal, prevista pela Lei nº 8.397/92, é uma ação cautelar,
proposta pela Fazenda Pública contra o sujeito passivo, com o objetivo de garantir a
utilidade da execução fiscal.
Ações Antiexacionais
10. Como regra, os embargos à execução fiscal não têm efeito suspensivo, podendo o
juiz atribuílos, desde que presentes os seguintes requisitos: a) a execução esteja garantida
por penhora, depósito ou caução suficientes; b) existir probabilidade do direito invocado
pelo embargante; c) restar constatado o perigo de dano.
12. Dois são os requisitos que autorizam ao executado opor essa defesa nos próprios
autos da execução fiscal, sem, portanto, a necessidade da garantia do juízo e da
interposição da ação autônoma de embargos: a) a matéria deve poder ser conhecida de
ofício; b) a matéria não pode demandar dilação probatória.
15. Há duas modalidades de ação anulatória. A primeira delas se caracteriza pelo fato
de a parte autora ingressar com uma ação judicial com o objetivo de anular uma dívida já
constituída. Aqui, a parte autora não pagou a quantia constituída e não tem a pretensão
de fazê-lo.
QUESTÕES
b) O executado será citado para, no prazo de 03 (três) dias, pagar a dívida com os juros
e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa.
e) A petição inicial para execução fiscal deverá indicar obrigatoriamente, dentre outros
elementos, o demonstrativo de cálculo da cobrança.
d) A medida cautelar fiscal será requerida ao Juiz competente para a execução judicial
da Dívida Ativa da Fazenda Pública, ainda que a execução judicial se encontre no Tribunal.
a) Caso o contribuinte não satisfaça a determinação do juízo, o feito deve ser extinto
sem julgamento do mérito.
I. A rigor, Ulisses deve garantir a execução fiscal para ajuizar os embargos e suspender
a exigibilidade do crédito tributário, conforme prevê o art. 16, § 1° , da Lei n° 6.830/80.
II. Comprovada a insuficiência econômica, Ulisses pode ser assistido pela Defensoria
Pública, que terá o prazo de 15 dias para ajuizar os embargos à execução fiscal, contados
da juntada do aviso de recebimento da carta de citação aos autos.
III. A autuação lavrada pelo fisco municipal foi equivocada, pois, conforme a
jurisprudência do STJ, o fornecimento de mercadorias com a simultânea prestação de
serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do
ICMS a incidir sobre o valor total da operação.
IV. A Defensoria Pública não possui a prerrogativa de intimação pessoal nas execuções
fiscais, porque a Lei n° 6.830/80 tem natureza especial e prevê tão somente a intimação
pessoal do representante judicial da Fazenda Pública.
a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II, III e V.
e) II, IV e V
10. .(CESPE/ Delegado de Polícia Civil/2018) Maria foi notificada, fora do domicílio
informado ao fisco, a pagar imposto de renda, tendo tomado conhecimento da cobrança
somente após a propositura de execução fiscal. Em razão da dívida, seu automóvel foi
penhorado e, quinze dias após a penhora, o advogado de Maria foi acionado e pretende
alegar, em matéria de defesa e pelo meio processual adequado, a decadência do referido
tributo. Com relação a essa situação hipotética e a aspectos legais a ela correlacionados,
assinale a opção correta à luz do entendimento dos tribunais superiores.