COMUNIDADES_VIRTUAIS_DE_APRENDIZAGEM_E_F
COMUNIDADES_VIRTUAIS_DE_APRENDIZAGEM_E_F
COMUNIDADES_VIRTUAIS_DE_APRENDIZAGEM_E_F
organizadores
1ª EDIÇÃO
BELO HORIZONTE
2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS EDITOR
REITOR Prof. Fernando Selmar Rocha Fidalgo
Prof. Clélio Campolina Diniz
CONSELHO EDITORIAL
VICE-REITORA Prof. André Márcio Picanço Favacho
Profa. Rocksane de Carvalho Norton Profa. Ângela Imaculada L. de Freitas Dalben
Prof. Dan Avritzer
PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO Profa. Eliane Novato Silva
Prof. Ricardo Santiago Gomez Prof. Hormindo Pereira de Souza
Profa. Paulina Maria Maia Barbosa
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO Profa. Simone de Fátima Barbosa Tófani
Profa. Antônia Vitória Soares Aranha Profa. Vilma Lúcia Macagnan Carvalho
Prof. Vito Modesto de Bellis
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO Prof. Wagner José Corradi Barbosa
Profa. Efigênia Ferreira e Ferreira
ARTE E DIAGRAMAÇÃO
DIRETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – PROGRAD Magda da Silva
Prof. Fernando Selmar Rocha Fidalgo Pedro Peixoto
DIRETOR-EXECUTIVO DA FUNDEP
Marco Aurélio Crocco Afonso IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
COORDENAÇÃO DO EVENTO
Prof. Fernando Selmar Rocha Fidalgo
CENTRO DE APOIO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Reginaldo Naves de Souza Lima
DIRETOR Prof. Wagner José Corradi Barbosa
Prof. Fernando Selmar Rocha Fidalgo
EQUIPE PEDAGÓGICA
COORDENADOR DA UAB/ UFMG Cristina Gonçalves Ferreira de Souza Dutra
Prof. Wagner José Corradi Barbosa Marcos Vinicius Tarqüinio
Marcus Marciano Gonçalves da Silveira
COORDENADOR ADJUNTO UAB/UFMG Ramiro Barboza de Oliveira
André Márcio Picanço Favacho
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Av. Pres. Antonio Carlos, 6.627 – Pampulha Fernanda Araújo Coutinho Campos
Campus UFMG – Unid. Administrativa III – Térreo – Sala 115 Mariana Cavaca Alves do Valle
30270-901 – Belo Horizonte – MG Pedro José Nascente Peixoto
Priscila Rezende Moreira
Telefax: (31) 3409.5526 - e-mail: [email protected] Rosilene Oliveira de Carvalho
Rita Cristina Lima Lages
Gelson Viveiro
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-64724-24-2
CDD 371.35
CDU 37.018.43
____________________________________________APRESENTAÇÃO
Oà IVà“e i ioàdeàEdu aç oàaàDist ia:àt oàlo ge,àt oàpe to ,à ealizadoà osàdiasà àeà à
de junho de 2012, no Centro de Atividades Didáticas (CAD 1) da Universidade Federal de Minas
Gerais, contou com a presença de 398 inscritos de diferentes instituições brasileiras e
internacionais. Foram apresentados 103 trabalhos em formato de pôster e vídeos (relatos de
experiências e pesquisas sobre a temática da EaD). Conforme a programação, também foram
realizadas 2 (duas) conferências e 6 (seis) mesas redondas.
O IV Seminário de Educação a Distância foi organizado pelo Centro de Apoio à Educação a
Distância (CAED) da UFMG e teve como objetivo propiciar interlocuções entre estudantes de
graduação e pós-graduação, grupos e núcleos de pesquisadores da área; organizar e socializar
conhecimentos; e, sobretudo, conhecer as diferentes experiências e práticas da EaD.
O seminário foi planejado partindo da premissa de que se faz necessário, por um lado,
organizar e socializar os conhecimentos produzidos; aumentar a integração e cooperação
entre grupos de pesquisadores e, por outro lado, responder às demandas emergentes da EaD
com a perspectiva de estreitar os laços entre a Universidade e a comunidade acadêmica que se
debruça em estudos sobre a temática da educação a distância.
Nesse sentido, o público alvo compunha-se de:
Envolvidos com a educação a distância no âmbito da Universidade Aberta do Brasil
(tutores, professores pesquisadores, equipe administrativa, coordenadores de curso,
coordenadores de polo e estudantes);
Professores de Graduação e Pós-Graduação, Mestrandos e Doutorandos, Bolsistas de
Iniciação Científica e Bolsistas de Apoio Técnico que se dedicam ao estudo das questões
referentes à Educação a Distância;
Demais interessados na temática.
Este evento foi concretizado com o apoio das seguintes instituições: Centro de Apoio à
Educação a Distância (CAED/UFMG), Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFMG), Pró-
Reitoria de Extensão (PROEX/UFMG), Universidade Aberta do Brasil (UAB/CAPES),
Prolicenciatura, Escola de Gestores, RedAge e Unirede.
PROGRAMAÇÃO
04 DE JUNHO
HORÁRIO ATIVIDADES
8h – 9h Credenciamento
9h Solenidade de abertura
Apresentação do CAED
9h30min
Prof. Fernando Selmar Rocha Fidalgo
Mesa redonda (1)
Panorama da institucionalização da EaD na UFMG
10h Marcos Vinícius Tarqüinio
Dr. Marcus Marciano Gonçalves da Silveira
Ms. Ramiro Barboza de Oliveira
Conferência de abertura
La for ació de fu cio arios e A érica Lati a: u desafío para la educació e lí ea El
11h – 12h campus virtual del Instituto Internacional de Planeamiento de la Educación – IIPE-UNESCO, Buenos
Aires.
Profa. Natalia Fernandez Laya (Buenos Aires)
Mesa Redonda (2)
UAB: desafios da educação a distância na universidade pública
Profa. Ivete Martins Pinto (FURG)
14h-16h
Profa. Sônia Schechtman Sette (UFPE)
Prof. Gabriel Arcanjo Santos de Albuquerque (UFAM)
Debatedor: André Favacho (UFMG)
16h-17h Coffe break e Seção de pôsteres
Conferência (2)
17h Conhecimento em rede
Prof. Henry Chero Valdivieso (Universidad Católica Los Ángeles de Chimbote - Peru)
05 DE JUNHO
Mesa Redonda (3)
Olhares e experiências sobre a formação docente
8h30min – Profa. Angela Dalben (UFMG)
10h Profa. Inajara Salles Viana (UEMG)
Profa. Iria Brzezinski (PUC GO)
Debatedora: Andreia Assis (PBH)
10h- Intervalo
10h30min
Mesa redonda (4)
A construção do conhecimento em rede no ambiente virtual
10h30min – Dra. Zulmira Medeiros (UFMG)
12h Prof. Ângelo Guimarães Moura (UFMG)
Profa. Martinha do Rosário Fonseca Piteira (Portugal)
Debatedora: Profa. Luciana Zenha (UEMG)
Diálogo com os autores (1)
Educação a distância: tão longe, tão perto
14h – Prof. Eucídio Arruda (UFU)
15h30min Prof. Daniel Mill (UFSCar)
Prof. Wagner Corradi (UFMG)
Debatedores: Profa. Suzana Gomes (UFMG) e Glaucia Jorge (UFOP)
15h30min - Intervalo
16h
Diálogo com os autores (2)
Educação a distância: tão longe, tão perto
16h – Profa. Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira (PUC Minas)
17h30min Profa. Nara Luciene Rocha Fidalgo (PUC Minas)
Profa. Fernanda Araujo Coutinho Campos (CEFET/CAED)
Debatedores: Profa. Patrícia Araujo (UEMG) e Profa. Sheilla Brasileiro (PUC Minas)
17h30min Atividade cultural e lançamento do livro Educaç o a dist cia: t o lo ge, t o perto
INDICADORES DO SEMINÁRIO
STATUS INSCRIÇÕES
Inscrições no dia do
20
evento
CONFIRMADO 378
Total Geral 398
NÍVEL INSCRIÇÕES
Doutorado completo 41
Educação superior completa 226
Educação superior incompleta 24
Ensino médio completo 19
Mestrado completo 76
Sem resposta 12
Total Geral 398
GRÁFICO 2: NÍVEL DE FORMAÇÃO
VÍNCULO INSCRIÇÕES
Aluno do ensino privado 9
Aluno do ensino público 16
Aluno ufmg 84
Comunidade em geral 104
Discente de outra inst. Ensino superior 56
Ex-aluno ufmg 31
Funcionário ufmg 51
Professor ufmg 28
Sem resposta 19
Total Geral 398
Oà IVà“e i ioàdeàEdu aç oàaàDist ia:àt oàlo ge,àt oàpe to àe e ou-se com um saldo
positivo, de debates e discussões, e, principalmente, por ter cumprido os objetivos propostos.
Durante os dois dias de seminário, estiveram presentes tutores, pesquisadores,
estudantes e professores de diferentes instituições que interagiram, discutiram e
problematizaram os diversos desafios que a educação, sobretudo, a Educação a Distância tem
enfrentando nos últimos anos. Acreditamos que esse foi um dos muitos seminários que serão
organizados pelo CAED. Sempre com o objetivo de compreender experiências; problematizar
as políticas e a gestão da EaD; pensar sobre a construção do conhecimento em rede e outras
questões que necessitam de mais aprofundamento. Concluimos, também, que o fato desse
evento contar com participação de público de outras entidades representou uma evolução em
relação aos seminários anteriores que se restringiam ao público da UFMG. O IV Seminário de
Educação a Distância, conforme informado, recebeu inscrições de interessados de diferentes
instituições/estados, além de convidados de outros países como Portugal, Argentina e Peru.
Finalizamos este seminário com o anúncio do próximo evento, no ano de 2013, e com a
perspectiva da ampliação do número de inscritos; da possibilidade de incremento de outras
modalidades de apresentação de trabalhos e da ampliação da discussão para diferentes
espaços.
APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................... 5
CONHECIMENTO
EM REDE
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
____________________________________________________RESUMOS
Numa sociedade de conhecimento, onde as novas tecnologias são a fonte de sua construção e
as informações se modificam com frequência é fundamental analisar se o ensino a distância
está galgado nesses novos moldes ou se continuam com a mesma perspectiva tradicional,
fazendo uso de modelos estáticos baseados em teorias que já não se sustentam mais na
contemporaneidade. O Conectivismo surge neste contexto como uma proposta inovadora
para entender os efeitos que as novas tecnologias e as redes de conhecimento podem causar
na educação. Nesses moldes, quando alinha-se as formas de conhecimento a autonomia, surge
a aprendizagem aberta, conhecida como Heutagogia, que é um modelo educacional que está
ligado ao uso das novas tecnologias da informação e comunicação, pois postula que o aluno é
totalmente responsável por sua aprendizagem e pela escolha dos métodos. Esse trabalho
busca analisar a teoria da aprendizagem conectivista, quando utilizada para preencher as
possíveis lacunas das teorias usadas nos modelos atuais de Desenhos Instrucionais e contribuir
para a aprendizagem aberta em curso a distância.
ola o ati aà deà ela io a e tos,à o tatos,à s .à ‘elaç esà estasà ueà j à a o te ia à fo aà daà
internet há muito mais tempo do que se imagina, mas que passam a fazer parte do cenário
tecnológico apenas a partir de meados dos anos 2.000. As empresas, os comunicadores, os
políticos, as grandes corporações, as empresas de propaganda, todos esses já perceberam o
potencial e o alcance das Redes Sociais e têm desenvolvido estudos e colocado em prática sua
utilização. Apenas recentemente as instituições de ensino e/ou educadores (tanto na
modalidade presencial, como a distância) perceberam tais possibilidades e passaram então, a
utilizar as Redes como suporte à promoção do ensino dentro e fora do contexto escolar.
Estudos têm apontado a possibilidade de utilização e relatado experiências positivas nesse
sentido, porém, nenhum estudo localizado apresenta uma análise criteriosa de mais de uma
experiência de aprendizagem mediada pelas Redes Sociais, tão pouco um levantamento sobre
como os alunos percebem esta utilização pedagógica de sites que anteriormente eram tidos
fundamentalmente como meios de socialização e relacionamentos. Nosso objetivo é,
portanto, analisar como educadores atuam na plataforma de Rede Social Facebook, tendo
como finalidade o auxílio à aprendizagem de seus alunos.
As imagens desde os primórdios da humanidade têm sido utilizadas como meio educativo. Na
caverna da Altamira, nas catedrais medievais, nos primeiros impressos de Gutemberg, em
jornais, revistas, televisão e internet. Na contemporaneidade, as imagens associam-se aos
sons, ampliando as possibilidades da linguagem educativa e ganhando força em múltiplos
processos educativos informais e formais. A Educação Universitária ao vislumbrar a utilização
das linguagens visuais possibilita a consonância educativa às dimensões culturais emergentes.
Os processos educativos universitários a distância estão atentos ao valor formativo das
linguagens áudio/visuais, mas não necessariamente, ao valor e as potencialidades das
linguagens artísticas. Traçamos como objetivo deste trabalho: Analisar e argumentar o valor e
as contribuições que as linguagens artísticas áudio/visuais propiciam aos discentes
universitários nos processos formativos de educação a distância. Delineamos como questão:
Quais as contribuições das linguagens artísticas áudio/visuais para a formação do discente
universitário em cursos de Educação a distância? Tomamos como premissa hipotética que as
linguagens artísticas áudio/visuais pelo seu valor cultural e sua capacidade de sensibilização,
promovem e ampliam a formação do/a discente universitário/a dos cursos de Educação a
distância para além da racionalidade instrumental. Respaldando-nos nas concepções teóricas
de Edgar Morin (1973; 1986; 1999; 2000; 2001, 2003; 2006; 2009) e inferimos que as
linguagens artísticas áudio/visuais orientam os processos pedagógicos para fins educativos
universitários ampliados, através da aquisição de informações contextualizadas e pela
sensibilização estética e ética do/a discente universitário a distância, desta forma ampliando os
processos de humanização do ensino e aprendizagem da Educação Universitária a distância.
O Canal Minas Saúde é uma rede estratégica multimídia (Canal Minas Saúde de Televisão,
Rádio, Web e Educação a Distância) para o desenvolvimento do programa de educação
permanente a distância da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, com o objetivo de
fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS).
Link: http://www.youtube.com/watch?v=Ouaj1tFz6RY
Link: www.youtube.com/watch?v=Wvrtfp7fO6o
Robson Dias
Waniaceli Francisca dos Santos Dias
Contato: [email protected]
INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (IBEMD)
Esta pesquisa teve como proposta para seu desenvolvimento a problematização do termo
Desig à Pedag gi o à eà suaà apli aç oà aosà p o essosà fo ati os.à T ata-se de uma pesquisa
documental desenvolvida com base na análise do Design Pedagógico de mídias digitais
desenvolvidas pelo campo acadêmico, tendo como público-alvo crianças em fase de
alfabetização. A aplicação do Design Pedagógico estruturou-se em três perspectivas de análise:
a Mídia enquanto Imagem Digital (baseada nos estudos propostos pela Gramática do Design
Visual de Kress e Van Leeuwen), a Mídia em suas funcionalidades, e a Mídia em sua
Composição Pedagógica. Como objetos de estudo foram selecionadas duas mídias
desenvolvidas por pesquisas realizadas em programas de pós-graduação, que contaram, por
sua vez, com financiamento público específico para o seu desenvolvimento. A partir dos dados
apresentados pelos referidos instrumentos midiáticos constatamos a preocupação do campo
acadêmico quanto ao desenvolvimento de mídias epistemologicamente fundamentadas, ainda
que não contem, em sua estruturação, com a exploração de todos os recursos disponíveis e
aplicáveis ao público infantil, em especial crianças que ainda não possuem o domínio do
código escrito.
_________________________________TRABALHOS COMPLETOS
RESUMO
p epa a à oà estuda teà pa aà vive à à altu aà doà seuà te po ,à [...]à asà pa aà issoà oà
basta nem a simples formação de profissionais, nem a dedicação exclusiva à
pesquisa, ou em outras palavras, a universidade não se limita a uma missão, mas
assume várias que todas se integram no papel institucional de impulsionar a cultura à
altura do seu tempo. (p.22-23)
entre si, sem excluir e descriminar este ou aquele conhecimento como se fossem inócuos para
as reflexões epistemológicas sobre si mesmas.
Na obra A cabeça bem-feita, Morin (2003, p.13) cita Lichnerowicz considerando que
nossa Universidade atual forma, pelo mundo afora, uma proporção demasiado
grande de especialistas em disciplinas predeterminadas, e, portanto,
artificialmente delimitadas, enquanto uma grande parte das atividades sociais,
como o próprio desenvolvimento da ciência, exige homens capazes de um ângulo
de visão muito mais amplo e, ao mesmo tempo, de um enfoque dos problemas em
profundidade, além de novos progressos que transgridam as fronteiras históricas
das disciplinas.
Morin (1999) considera que a Educação Superior universitário que vise somente formar
especialistas é um perigo para o mundo e para a humanidade, por se pautar, sobremaneira, no
tecnicismo em prejuízo das dimensões que orientam a formação humana e cidadã. .A
Educação superior necessita buscar pensamentos que tentem juntar e organizar os
componentes que compõem a realidade quer sejam físicas, culturais sociais ou individuais. A
fim de minimizar essa dilaceração na apresentação do conhecimento é que consideramos que
as expressões artísticas encontram espaço na Educação Superior, para contribuir além da
di e s oà dosà seusà o teúdos,à ofe e e à u aà a o dage à hu a istaà a e taà à a gústia,à aoà
gozo,à à do ,à aoà tase à MO‘IN,à à a,à p.à .à E pli itaà Mo i à Idem à ue,à aà lite atu a,à aà
poesia e as artes não são apenas meios de expressão estética, mas também meios de
o he i e to à p. .à“i alizaà ueàaà o ju ç oàe t eàaà i iaàeàaàá teà ia ilizaàpote ializa àaà
expressão e a formação humana. O ser humano é para Morin a expressão da pluralidade e
complexidade que compõe a realidade, pois, segundo Morin (2000)
Superior mais ampla e geral. A Arte viabiliza aflorar a característica Sapiens/demens do ser
humano, pela qual as dimensões racional e irracional emergem. O ser humano possui
características ao mesmo tempo antagônicas e complementares, que segundo Morin (2000)
Sorri, ri, chora, mas sabe também conhecer com objetividade; é sério e calculista,
mas também ansioso, angustiado, gozador, ébrio, extático; é um ser de violência e
de ternura, de amor e de ódio; é um ser invadido pelo imaginário e pode
reconhecer o real, que é consciente da morte, mas que não pode crer nela; que
secreta o mito e a magia, mas também a ciência e a filosofia; que é possuído pelos
deuses e pelas Ideias, mas que duvida dos deuses e critica as Ideias; nutre-se dos
conhecimentos comprovados, mas também de ilusões e de quimeras. (p. 59)
A educação superior do século XXI de acordo com Morin (2000) deve viabilizar uma
formação humano pela quais características aparentemente antagônicas se complementem
como as de: “apie sà eà de e sà (sábio e louco); Faber e ludens (trabalhador e lúdico);
Empiricus e imaginarius (empírico e imaginário); economicus e consumans (econômico e
consumista); prosaicus e poeticus (p osai oàeàpo ti o .à p.à à
Mas como a Arte pode contribuir n a trajetória educativa sinalizada por Morin? A Arte
suscita emoções e instiga a nossa criticidade sobre a realidade. Ao fomentar essas dimensões
ela traz através da sua experiência a vivência da pluralidade. Entretanto, o equilíbrio entre
a asà àoà fioàdaà a alha ,àpa aàaà o st uç oàdasàp opostasà u i ula es.àPa aàMo i à à
esseàlia eàseàe o t aà aàest eitaà elaç oàdeà ueà aà a io alizaç oàpodeàse i à àpai oàeàat à
es oàle a àaoàdelí io.àE isteàu àdelí ioàdaà a io alidadeàfe hada. à p.à àCo sidera que há
uma razão aberta, pela qual a racionalidade dialoga com fluidez e leveza no campo do demens,
a fim de potencializar a compreensão da dimensão complexa da realidade. Morin (2000)
caracteriza a racionalidade como aberta e em constante diálogo com a realidade; ela não se
fe haàe àsià es aà de eàpe a e e àa e taàaoà ueàaà o testaàpa aàe ita à ueàseàfe heàe à
dout i aàeàseà o e taàe à a io alizaç o. à p.à .àCo ple e taà ueà
A verdadeira racionalidade, aberta por natureza, dialoga com o real que lhe
resiste. [...] é o fruto do debate argumentado das ideias e não a propriedade de
um sistema de ideias. [...] A verdadeira racionalidade conhece os limites da lógica,
do determinismo e do mecanicismo; sabe que a mente humana não poderia ser
onisciente, que a realidade comporta mistério. Negocia com a irracionalidade, o
obscuro, o irracionalizável. É não só crítica, mas autocrítica. Reconhece-se a
verdadeira racionalidade pela capacidade de identificar as suas insuficiências.
(MORIN, 2000, p.56)
Pelo pensamento de Schiller (2002), compreendemos que a formação humana que tenha
a possibilidade de alicerçar os seus princípios educativos também na esfera do sensível, do
estético, propicia a esse sujeito, ações e atitudes mais conscientes frente ao mundo. As
ideias de Schiller (2002) sobre as contribuições estéticas para a formação humana mais ética é
o o o adaà po à He a à à aoà o side a à ueà aà á teà oà estejaà ela io adaà ape asà
o àosào jetosàeàsi à o àaà idaàdosài di íduosà[...]à àaà est ti aàdaàe ist iaà p. .
Consideramos que as linguagens artísticas áudio/visuais como narrativas fílmicas de curta
e longa duração representam dimensões de conteúdo e de sensibibilidades artísticas expressas
por Schiller (2002) e Hermann (2005).
Na obra Ciência com (cons) ciência (1998) Morin expõe que onde há ausência de
criticidade á escravização, entretanto uma racionalidade que não paute somente na confiança
no homo sapiens, o homem-sujeito racional (esvaziado de toda afetividade, de toda
i a io alidade à MO‘IN,à ,àp.à ,àpoisàat à es oàoàp i ípio de liberdade pautada em
uma racionalidade cega pode se transformar em um principio de escravidão e o autor
complementa que
Somente a razão crítica e autocrítica pode ser uma aliada potente a todas essas
mazelas da racionalização. Somente esta razão aberta pode ser um antídoto forte
à barbárie. A todos os tipos de barbárie, fruto da racionalização, deve-se opor a
racionalidade. [...] salvaguardar a racionalidade como atitude crítica e vontade de
controle lógico, mas acrescentando-lhe a autocrítica e o reconhecimento dos
limites da lógica. (p. 169).
acadêmicas de que o conhecimento de valor para a formação humana não se restrinjam aos
campos dos conhecimentos puramente racionais, mas da ordem da possibilidade de
integração formativa do ser humano. Finalizamos apropriando das concepções do pensamento
deàál e tàEi stei àaoà e io a à ueà aài agi aç oà à aisài po ta teà ueàaà i ia,àpo ueàaà
ciência é limitada,àaoàpassoà ueàaài agi aç oàa a geàoà u doài tei o . As concepções
curriculares de Educação Superior a distância que fomentarem articulações da racionalidade e
da sensibilidade estética, estarão mais próximas às necessidades formativas do século XXI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HERMANN, Nadja. Ética e estética: a relação quase esquecida. Porto Alegre, Edipucrs, 2005.
MORIN, Edgar. O paradigma perdido: a natureza humana. 4. ed. Portugal, Publicações Europa-
América,1973.
_____________. Para Sair do Século XX, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
____________ A cabeça bem feita: Repensar a reforma repensar o pensamento. 6 ed. Trad.
Eloá Jacobina. - 8 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
_____________. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Trad. Flavia Nascimento. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
ORTEGA Y GASSET. Missão da Universidade. Org. Karl Erik Scholhammer. Trad. Dayse Janet
Carnt e Helena Ferreira. Rio de Janeiro. Ed. UERJ, 1999.
PEREIRA, Elisabete Monteiro de Aguiar. Sobre universidade e currículo neste novo século. IN:
Universidade e Sociedade. Brasília: ANDES-SN – Ano 1, n-1, 1991. p.40
RESUMO
ABSTRACT
This paper presents research carried out from August 2009 to July 2011, the Project PEP-
EJA, implemented by the Department of Youth and Adult Education of the State of Minas
Gerais, in partnership with the Roberto Marinho Foundation which was responsible for
methodology called Telecurso-tec. The project aimed at basic training in high school in the
form of youth and adults, integrated with vocational training. The project also provided
training for teachers through the virtual environment, developed by partner. We conducted a
descriptive research with a qualitative approach, through observation and participation of the
researcher in the project. From the concept of online learning communities, brought about by
the advent of the internet, we sought to characterize these communities, verifying the
possibility of applying his concept in the project studied and understood if it was possible to
conduct the training of teachers through it. The research was essential to show the possibilities
of online learning communities in the continuing education of teachers, promoting a collective
formation and reflective teaching practice.
1
Administradora e Pedagoga
1 INTRODUÇÃO
Levy (1998) defende que é necessário se entender a mutação da relação com o saber,
quando se fala em sistemas de formação na cybercultura. Esta mutação diz respeito à
velocidade e renovação dos saberes; à nova característica do trabalho que se transformou em
aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos; e à própria tecnologia do ciberespaço
que altera a memória, a imaginação, a percepção e o raciocínio. A tecnologia favorece novas
formas de acesso à informação, possibilitando a troca entre indivíduos o que potencializa a
inteligência coletiva dos grupos humanos.
Po à isto,à Le à à defe deà u à o oà estiloà deà pedagogiaà ueà fa o eça,à aoà es oà
te po,àosàap e dizadosàpe so alizadosàeàoàap e dizadoà oope ati oàe à ede àeàdefi eàoà o oà
papelà doà p ofesso :à Nesseà uad o,à oà do e teà -se chamado a tornar-se um animador da
inteligência coletiva de seus grupos de alunos, em vez de um dispensador direto de
o he i e tos.
O aprendizado cooperativo em rede é favorecido pelas chamadas comunidades virtuais
de aprendizagem que são agrupamentos formados a partir das novas tecnologias de
informação e comunicação e que têm como principal suporte o computador conectado à rede
mundial – internet. Na educação on-line, constituem-se em espaços de comunicação e
interatividade entre os alunos e entre alunos e tutor/professor.
Para melhor se entender o conceito de comunidade virtual de aprendizagem - CVA,
recorre-se ao conceito de comunidade de Weber (citado por Sampaio-Ralha, 2006). Segundo
este autor uma comunidade é uma relação social quando a orientação da ação social baseia-se
em um sentido de solidariedade, entendida como o resultado de ligações emocionais ou
tradicionais dos participantes.
A necessidade do ser humano de sentir-se parte de um grupo, de buscar seu semelhante
e de se comprometer com algo maior (Palloff e Pratt, 2002, p.49) levam à busca pela
comunidade, pela comunicação com o outro. As palavras comunidade e comunicação têm a
es aà aiz,à o u ,à e ete doà à oç oàdeàpa tilha ,àesta ele e à elaç es.
Com o advento das novas tecnologias e com ela as novas formas de comunicação, tais
como, e-mail, listas de discussão, salas de bate-papo, mensagens instantâneas, as
comunidades ganham um novo espaço - o mundo virtual.
Segundo Reis e Martins (2008), o conceito de comunidade virtual foi usado inicialmente
na década de 90 por Rheingold, que a definia como:
“egu doàGa ido,àPi e taàeàMou aà ,à oàp ofesso à àu àp ofissio alà ueà u aàest à
fo ado ,àeàaàpa ti àdasàa lisesàdeà“ ho ,àe pli a :
O professor caracterizar-se-ia muito menos por ser um especialista, que aplica seu
o he i e toàpa aà esolve àp o le asàt i os,àeà uitoà aisàpo àse àu à p ti oà
2
... àp opo osàoàusoàdasài te fa esàdigitais como canais de comunicação interativa que gerem novas autorias e
gêneros textuais. Com estas é possível integrar várias linguagens (sons, textos e imagens – estáticas e dinâmicas) na
telaàdoà o putado . à “a tos,à
Por isto, atualmente, um dos modelos de formação mais difundidos é a reflexão na ação.
O docente é chamado a refletir sobre seu fazer pedagógico, analisando e problematizando sua
prática, sem deixar de levar em conta os aspectos relacionados ao contexto histórico, social,
cultural e organizacional. O olhar sobre a prática é político e embasado em conceitos e teorias.
Outro ponto importante deste modelo é a necessidade da reflexão ser coletiva. Pimenta e
Ghedin (citados por Romanowski, 2007) recomendam a organização de grupos colaborativos
de investigação para que a prática seja refletida coletivamente na escola.
Outro modelo de formação de professores é a pesquisa, também chamado investigação-
ação. Nesta perspectiva, os docentes passam a investigar, questionar, confrontar a prática com
a teoria, gerando a ressignificação desta realidade e criando novas teorias. A pesquisa
contribui para o desenvolvimento profissional docente. (Romanowski, 2007)
Com o advento da educação on-line, a formação de professores também vem
acontecendo no ciberesço, com algumas especificidades. Vivendo na sociedade tecnológica, o
professor precisa aprender a fazer uso das novas tecnologias, para levá-las aos alunos com um
olhar crítico. A formação virtual, então se configura como práxis, ou seja, ele experimenta,
i e iaà aà p ti aà a uiloà ueà passa à pa aà seuà alu o.à “egu doà “a to ià eà ‘oesle à à aà
formação on-line de docentes repercute uma maneira de se entender num mundo
tecnologizado enquanto prática vivida que se traduz na proposta educativa a ser levada a
a o.
Pois, segundo Palloff e Pratt (2002) o processo de aprendizagem on-line tem um
componente transformador na medida em que quando aprendemos por meio da tecnologia,
estamos também aprendendo sobre a própria tecnologia e sobre nós mesmos. Explicando este
processo os autores afirmam:
Ao longo do projeto percebeu-se que a interação foi solicitada e promovida pelo PFC. As
atividades formativas eram obrigatórias e avaliativas, fazendo parte do escopo de trabalho dos
orientadores. Apesar da obrigatoriedade formal, como não havia uma punição definida para a
não participação, esta se tornava opcional. Ao longo do tempo, os orientadores passaram a
participar e interagir, não pela obrigação, mas por sua própria vontade, ao perceber as
vantagens que poderiam ter com o diálogo proporcionado pelas interfaces do ambiente
virtual.
Podemos comprovar isto, a partir do depoimento de um orientador retirado do texto
sobre sua experiência de participação no projeto, postado em seu portifólio. Ele afirma:
Outro fator que promoveu uma postura diferenciada na minha visão docente, foi
o fato de me relacionar com pessoas que pretendem atingir os mesmos objetivos,
virtualmente, sinto que os debates, blogues, elogios e sugestões por meio do AV,
tem feito que eu me sinta mais seguro quanto as minhas atividades, nesta relação
com o outro, posso perceber se estou trabalhando de modo adequado ou se estou
at opela doàasà oisas... .
Tive o mesmo resultado que você ao aplicar a prova, apliquei então uma prova
aberta perguntando pelos conceitos estudados, para minha tranquilidade em
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
<http://www.paulofreire.org/pub/Crpf/CrpfAcervo000229/EdL_Redes_e_Comunidades_Jaciar
a_de_Sa_Carvalho_v4.pdf> acesso em 27 de julho de 2011.
<http://www.nonio.uminho.pt/documentos/actas/actchal2007/128.pdf> Acesso em
02/03/2010.
de Tecnologia Educacional e Educação a Distância. Vol. 1 – n.1. Nov. 2004. Disponível em:
<http://www.pucsp.br/tead/n1a/artigos%20pdf/artigo1.pdf> Acesso em: 06/10/2009.
SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação. 3. ed. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, 2001. Disponível
em:
<http://projetos.inf.ufsc.br/arquivos/Metodologia%20da%20Pesquisa%203a%20edicao.pdf>
Acesso em: 21/07/2010
EAD E
TUTORIA
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
_______________________________________________________________ RESUMOS
áà p ese teà pes uisaà foià ealizadaà o oà t a alhoà fi alà daà dis ipli aà Fo aç oà deà Tuto es ,à
ofertada pelo Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal
de Minas Gerais. A pesquisa teve como objetivo compreender os fatores que interferem nas
participações em um fórum de discussão. Para isso, analisou-se um dos fóruns da disciplina
Ensino de Ciências através de Atividades Investigativas C que compõe o terceiro módulo do
curso de Especialização em Ensino de Ciências por Investigação ofertado pelo Centro de Ensino
de Ciências e Matemática em parceria com a Universidade Aberta do Brasil. A metodologia
consistiu nas análises do encadeamento das participações, da qualidade da questão
detonadora e dos discursos. Os resultados apontam para a necessidade de se explicitar, na
questão detonadora do fórum, a proposta interacionista e para a importância do tutor no
processo de mediação pedagógica. Com o presente estudo pretende-se contribuir com as
pesquisas na área de ensino de ciências, formação continuada de professores e educação a
distância.
A internet é, sem dúvida, um grande marco em nossa sociedade mediada pelas Tecnologias de
Informação e Comunicação e traz novas possibilidades de interação e de construção
colaborativa através dos sites conhecidos como Redes Sociais. A utilização dessas redes ocorre
entre diferentes grupos e atores, e envolve diversas atividades (segmentos). Com o objetivo de
verificar a utilização das Redes Sociais junto aos atores de um programa de Educação a
Distância (EaD) realizou-se uma pesquisa com alunos, professores e tutores de cursos técnicos,
vinculados ao Programa e-Tec Brasil pelo Cefet-MG, em agosto e setembro de 2011. Foram
aplicados 473 questionários virtuais, obtendo-se retorno de 79 alunos e 18 professores e
tutores. Verificou-se que a utilização de alguma Rede Social entre tais atores pesquisados
chega a 84% por parte dos alunos e 77% por parte dos professores e tutores. Outro dado
considerado relevante é que 100% dos alunos respondentes indicaram que gostariam de fazer
parte de uma Rede Social com fins educacionais, composta por estudantes e professores do e-
Tec Cefet-MG, enquanto apenas 33% dos professores e tutores informaram possuir o mesmo
desejo. O resultado desta pesquisa revela a possibilidade de desenvolvimento e utilização de
Redes Sociais para o grupo de alunos e professores-tutores analisados, inclusive com
finalidade educativa.
O presente trabalho apresenta reflexões dos tutores a distância sobre seu papel na dinâmica
do curso de Especialização em Ensino de Ciências por Investigação (ENCI), ofertado pelo
CECIMIG/FaE/UFMG em parceira com a UAB. O ENCI tem duas categorias de tutores:
presenciais e a distância. Os tutores presenciais desenvolvem funções de tutoria nos pólos,
atuando na organização dos encontros presenciais, no contato com os alunos e auxiliando na
realização das tarefas propostas. Os tutores a distância, mantêm a maior parte do contato com
os estudantes por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, indo aos polos uma
vez por mês para realização de atividades, avaliações e discussões de tarefas. Além disso, junto
à coordenação de tutoria e do curso, os tutores a distância realizam reuniões semanais para
organizarem o cronograma do curso; discutirem sobre as tarefas propostas e as estratégias de
avaliação; refletirem sobre a dinâmica e proposta pedagógica do curso. Deste modo, o curso,
secundariamente, torna-se um ambiente formador de tutores reflexivos sobre a prática da
tutoria. As reflexões, presentes no trabalho, sobre o papel dos tutores ocorreram nesse
contexto. Como resultado das reflexões destacamos: a relevância da correção das tarefas
propostas, ressaltando pontos que podem ser melhorados; o estabelecimento de estratégias
de amplificação da mediação nos fóruns de discussão, de modo a fomentar a participação e a
interação entre os cursistas e; o auxílio aos alunos na escolha e desenvolvimento de suas
pesquisas. Assim, esse trabalho sinaliza, para a área de pesquisa, a importância em se incitar a
reflexão sobre a prática da tutoria.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC MG)
A formação dos professores tem sido tema de relevância nas discussões acadêmicas e objeto
de preocupação das políticas educacionais. Hoje, pode-se pensar, como demanda dos
professores, caminhos e descaminhos dessa formação que, em certa medida, é sistematizada e
repensada a partir da própria visão e experiência desses profissionais desde a sua vida
estudantil quanto acadêmica nos cursos de graduação frente aos novos desafios impostos pela
modalidade de ensino a distância. Os estudos, pesquisas e a produção de conhecimentos com
visão e entendimento integral dos fenômenos da educação contribuem para ampliar a
formação do professor e a educação a distância, especificamente através do trabalho do tutor,
que necessariamente para atuar na EaD, precisa adquirir novas competências e aprimorar
antigas habilidades, adquirindo relevante papel no desenvolvimento das pessoas em formação
na sociedade transformando o ensino a distância em ensino de presença virtual, dada a
necessidade de intervenção e monitoramento constante por parte do tutor. Nesse sentido, os
conhecimentos, atitude e valores sobre o aprendizado adquirido em EAD auxiliam os sujeitos a
compreender maneiras diversas de aprender e ensinar. No intuito de revelar a educação a
distância a partir da visão dos tutores, este trabalho de enfoque qualitativo busca investigar a
partir das experiências de trabalho como tutores concepções e perspectivas apresentadas na
formação de professores/tutores em cursos de especialização e/ou graduação.
O presente artigo têm por objetivo abordar a importância do papel do tutor na EaD, refletindo
como sua mediação interfere no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem dos
cursistas. Esse artigo apresenta uma reflexão a partir da experiência de tutora no Curso de
Especialização em Gestão Escolar da Faculdade de Educação da UFMG. O artigo estrutura-se
em torno dos seguintes temas: Histórico da EaD no Brasil; Legislação que regulamenta o seu
funcionamento; Novas tendências em EaD: a importância da mediação do tutor na
A capacitação de pessoas que atuam na Educação a Distância (EaD), como tutores/as, torna-se
de fundamental importância para que as atividades de tutoria tenham solidez, tanto do ponto
de vista da interação, motivação e de conteúdo. Desta forma, foi desenvolvido o curso de
capacitação em EaD, com o objetivo de promover a capacitação dos/as tutores/as que atuarão
nas atividades presenciais e a distância. O Ambiente de Capacitação em EaD foi desenvolvido
pelo Centro de Educação a Distância da Universidade Federal de Lavras (CEAD-UFLA), sobre a
plataforma Moodle, sendo as atividades divididas em: conhecendo as atividades básicas de um
ambiente virtual de aprendizagem; debatendo sobre o papel do/a tutor/a na EaD; atividades
do/a tutor/a; plágio; relatórios e lançamento de notas e por último trabalho em equipe (Wiki).
Na primeira turma participante deste curso foi observada uma elevada participação dos/as
tutores/as, tanto em profundidade de conceitos, bem como, em quantidade de acessos. Os/as
tutores/as conseguiram desempenhar todas as atividades propostas e aprofundaram os
conhecimentos sobre a plataforma Moodle, as formas de interagir e aprofundar conhecimento
para os cursistas, atividades desenvolvidas no AVA, identificação de plágio e motivação. A
maior interação entre os/as tutores/as proporcionou uma melhoria na divulgação e apreensão
das informações para os cursistas, visto que uma rede de comunicação foi estabelecida entre a
equipe de tutores/as. Desta forma, percebeu-se que o curso de capacitação em EaD alcançou
os objetivos propostos, sendo este implementado nos atuais processos de formação de tutoria
dos/as tutores/as presenciais e a distância selecionados para atuarem no CEAD-UFLA.
A educação a distância (EaD) vem se destacando nas últimas décadas como uma educação
para todos, visto que as vantagens dessa modalidade de ensino são comprovadas pelo elevado
número de alunos matriculados a cada ano. Apesar de ter sua origem bastante antiga, chega
ao século XXI com uma moldura renovada e restaurada, pois permite que uma gama de
estudantes nos mais variados lugares e espaços tenham acesso à educação de forma
democarática e igualitária. Logo, torna-se fundamental apresentar experiências vivenciadas
que obtiveram sucesso. O objetivo desse estudo foi registrar a evolução dos cursistas no
processo de ensino aprendizagem no curso de especialização em Educação Ambiental da
Universidade Federal de Lavras. Cabe ressaltar que em sua maioria os cursistas matriculados
nessa modalidade de ensino não possuíam conhecimentos básicos em computação. Este fato
foi comprovado pelas inúmeras dificuldades relatadas pelos cursistas no inicio do curso.
Contuto verificou-se que a atuação dos tutores na familiarização da tecnologia foi essencial
para o desenvolvimento desses cursistas. Com isso, percebeu-se que a postura humana dos
tutores provocou mudanças de atitudes dos cursistas em superar suas dificuldades e libertar-
se dos seus próprios medos. Dessa forma é importante demonstrar que a EaD juntamente com
uma equipe de tutores eficientes em sentido amplo, humano e tecnólogico, abre caminhos
para a valorização das pessoas, tornando-as mais livres, plenas, criativas e confiantes em seu
potencial.
Apresentar uma pequena pesquisa sobre o papel do Tutor Presencial na Educação a Distância
a partir de uma pesquisa aplicada junto aos alunos do Polo UAB de Jandira de São Paulo. Os
objetivos são levantar elementos que possam contribuir para o desenvolvimento dessa
modalidade de ensino nos cursos e de como o trabalho dos Tutores Presenciais é visto pelos
alunos. Já contamos com bastante pesquisa sobre o papel do Tutor Virtual mas pouco sobre o
Tutor Presencial na Educação a Distância e este será o desafio desse trabalho.
O presente trabalho tem como objetivo analisar o sistema de Educação a Distância como um
todo, e mais especificamente a autonomia dos tutores no processo de ensino aprendizado dos
alunos em educação a distância. Isto porque, o tutor desempenha o papel fundamental nesse
processo. Desta forma, no decorrer desta produção irei refletir sobre o tema central em
Educação a Distância (EaD), quer seja a noção de Autonomia. Sendo assim, lembro-me da
filosofia kantiana no questionamento da possibilidade do conhecimento, ou seja, quando diz
que a humanidade encontra-se diante do desafio de conhecer verdadeiramente o objeto que
está diante de si, deixando de lado o fenômeno para tentar alcançar a sua essência. Se a
pe gu taà ka tia aà gi a aà e à to oà deà sa e à oà ueà e aà oà Es la e i e to ,à a uià te ta eià
responder - oà ueà àaàáuto o ia ?àPoisà e :à o oàhu a aàeà sujeitoà o he edo à ueàsou,à
colocar-me-ei diante desse objeto de estudo que é a EaD, deixando de lado o fenômeno para
buscar a essência dessa modalidade em educação.
O Programa de Saúde da Família (PSF) configura-se no Brasil como uma nova estratégia de
atenção à saúde e de reorientação do modelo de assistência a partir da Atenção Básica,
funcionando em todo o território nacional como porta de entrada dos usuários no Sistema de
Saúde (SUS). A partir da necessidade de formação e qualificação dos profissionais inseridos nas
Equipes de Saúde da Família (ESF), no sentido de contribuir decisivamente para efetivação da
política nacional de saúde o Ministério da Saúde (MS) vem apoiando a criação de estratégias
_________________________________TRABALHOS COMPLETOS
RESUMO
ABSTRACT
The purpose of this communication is to discuss the role of the tutor Distance learning in
the process of teaching-learning method in Distance Education (DE). It acts as a liaison
between the student and teacher of the course, being the first to detect possible systemic
problems and difficulties for the student. Is this tutor, yet one that keeps the dialogue with the
student, discussing the tasks and providing conditions so he can understand the proposed
content and conduct their activities. Without this action, the discipline or the course, runs the
risk of not achieving the objectives set by their creators. The discussion held with the students
(feedback) is one of the critical points of distance education. This feedback from the tutor is
3
Mestre em História Social das Relações Políticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
4
Mestra em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutoranda em Educação pela Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP).
important for the student to understand the content and keep yourself motivated during the
course. Another critical point in distance education is the "loneliness" of the student in the
virtual environment. This loneliness can be compensated by physical activity without attending
tutor, influencing the way students participate in activities, whether or not the remaining
courses. Given its strategic position in distance education mode, it is essential that a solid
academic tutor, as well as the sense of responsibility to accomplish the tasks and fulfill the
responsibilities it permitted. The DE is inserted into a dynamic and changing environment in
which the making of teachers, tutors and students is changing, because the information
coming to and from an increasing rate. This interaction makes the DE a challenge for the
quality and increasing the supply of opportunities for intellectual and professional training.
1 INTRODUÇÃO
A educação a distância (EaD) já não pode ser vista como uma modalidade de ensino que
tem um potencial de crescimento ou que, em pouco tempo, poderá ocupar um local de
destaque no cenário nacional. Isso já é uma realidade. A EaD mostra um quadro de
crescimento muito grande e, a persistir o ritmo de crescimento atual deverá introduzir um
novo perfil de escolas, no Brasil, em pouco tempo.
De um lado temos a oferta de vários cursos que vão desde o treinamento específico
voltado ao trabalho em empresas, até cursos acadêmicos de especialização; de outro temos
um desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação (TICs) que disponibilizam
cada vez mais ferramentas que proporcionam velocidade e maneabilidade aos cursos
oferecidos a distância.
É interessante destacar que a atuação nos dois segmentos, presencial e não presencial,
nos fazem desenvolver métodos e estratégias que acabamos por utilizar nos dois segmentos. A
atenção direta dispensada aos alunos do curso presencial pode nos ajudar a criar maneiras de
incentivar os alunos não presenciais; da mesma forma que os instrumentos da educação a
distância nos deixam mais atentos para lidar com os alunos presenciais.
Assim, acreditamos que não exista uma diferença tão grande no que se refere aos
recursos pedagógicos no trato da educação presencial ou não. A tarefa continua revestida de
responsabilidade e é assim definida por Moore e Kearsley (2008, p. 148):
um tipo especial de educação, mas uma maneira a mais de interagir e construir conhecimento.
O que a maioria dos educadores buscam são formas (novas ou não tão novas assim) que
possibilitem essa construção. De nada valem os novos recursos tecnológicos se o educador não
ti e àu aàpostu aào deàaàt o aàeà oàt a s iss oàdoà o he i e toàsejaàoàseuà o te ,àoàseuà
caminho. Vejamos um exemplo: um professor de História que trabalhe com questionários de
respostas fixas, leva seus alunos a decorarem as respostas; enquanto que outro que privilegia
o diálogo, a discussão e tenta mostrar a seus alunos que os acontecimentos históricos estão
relacionados dentro de contexto social, político e econômico, poderá levar seus alunos a
realmente entender a sociedade e contribuir para a superação de seus problemas.
Na EaD, corremos o mesmo risco. Mesmo com recursos de conectividade e interação, a
construção do conhecimento dever ser um dos objetivos principais. E-mails, chats, fóruns
devem ser ferramentas de diálogo e não canais de informação sobre respostas certas ou
erradas apenas do ponto de vista do professor/tutor. A concepção de educação bancária de
Freire (1987, p. 58) e reatualizada no contexto da EaD:
Em lugar de comunicar-se,à oà edu ado à fazà o u i ados à eà dep sitosà ueà osà
educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem
[...] não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na
invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os
homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros.
O horizonte de uma educação cibernética passa por essas inovações. Novas ferramentas
pressupõem novas formas de utilização, novos produtos e novas possibilidades. Tanto a
educação presencial quanto a não presencial precisam de adaptações para o convívio com as
TICs. Isso pode ser mais agudo na EaD, dada a sua característica de utilização mais direta do
ciberespaço, mas está no bojo das transformações sociais trazidas pelas tecnologias. Desse
caminho não há mais retorno: ou nos adaptamos a ele ou podemos perder uma grande chance
de incorporar a tecnologia à educação, tornando-a mais dinâmica, agradável e eficiente aos
nossos alunos e alunas.
e usando como referência nossa experiência no campo da educação, tanto como alunos como
professores, podemos afirmar que, fora raras exceções, o ensino superior público tem uma
qualidade superior, se comparado ao ensino particular de terceiro grau. Além disso, a
quantidade e qualidade das pesquisas realizadas nas universidades públicas é muito superior à
da rede particular.
TABELA 1
NÚMERO DE MATRÍCULAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO
PÚBLICAS
ANO TOTAL PRIVADAS %
Total % Federal % Estadual % Municipal %
2001 3.036.113 944.584 31,10 504.797 16,60 360.537 11,90 79.250 2,60 2.091.529 68,90
2002 3.520.627 1.085.977 30,80 543.598 15,40 437.927 12,40 104.452 3,00 2.434.650 69,20
2003 3.936.933 1.176.174 29,90 583.633 14,80 465.978 11,80 126.563 3,20 2.760.759 70,10
2004 4.223.344 1.214.317 28,80 592.705 14,00 489.529 11,60 132.083 3,10 3.009.027 71,20
2005 4.567.798 1.246.704 27,30 595.327 13,00 514.726 11,30 136.651 3,00 3.321.094 72,70
2006 4.883.852 1.251.365 25,60 607.180 12,40 502.826 10,30 141.359 2,90 3.632.487 74,40
2007 5.250.147 1.335.177 25,40 641.094 12,20 550.089 10,50 143.994 2,70 3.914.970 74,60
2008 5.808.017 1.552.953 26,70 698.319 12,00 710.175 12,20 144.459 2,50 4.255.064 73,30
2009 5.954.021 1.523.864 25,60 839.397 14,10 566.204 9,50 118.263 2,00 4.430.157 74,40
2010 6.379.299 1.643.298 25,80 938.656 14,70 601.112 9,40 103.530 1,60 4.736.001 74,20
TABELA 2
BRASIL: PARTICIPAÇÃO RELATIVA PERCENTUAL DA POPULAÇÃO POR GRUPOS DE IDADE NA POPULAÇÃO TOTAL
(1980-2050)
IDADE / ANO 1980 1990 2000 2008 2010 2020 2030 2050
TOTAL 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Sabemos, porém, que nem todos os indivíduos dessa faixa etária concluem o ensino
médio; muitos sequer cursaram. Esse dado diminuiria o número de alunos que poderiam
ingressar nos cursos de graduação. Por outro lado, a deficiência crônica de oferta de vagas em
cursos das universidades públicas e a falta de recursos financeiros que afasta outros indivíduos
da rede particular, gera um contingente que poderia estar estudando o ensino superior, mas
não o faz.
Agora se por opção metodológica considerássemos os dados como um instantâneo da
realidade, apenas para provocar a discussão e poder racionar sobre o problema teríamos,
(com base o ano de 2010), a seguinte situação: mais de 23 milhões de indivíduos para pouco
mais de 6,3 milhões de matriculados em cursos superiores. Esse dado, mesmo que não
corresponda à realidade, já que está aquém dela, já dá a medida para necessidade de abertura
de vagas nos cursos superiores no Brasil. Se levarmos em conta, ainda, que a razão da oferta
entre as redes públicas privadas é da ordem de uma vaga na rede pública, para três na
particular, notamos o quão deficitário é o número de vagas oferecido pelo sistema público de
ensino superior.
[...] não é uma nova instituição educacional, pois não tem sede ou endereço. O
nome faz referência a uma rede nacional experimental voltada para a pesquisa e
para a educação superior (compreendendo formação inicial e continuada),
A UAB pode ser vista mais como uma politica pública do que um projeto educacional e
tem bem claro seu objetivo, que é o aumento da oferta de vagas nos cursos de graduação da
rede pública superior de ensino e a interiorização da atuação daquelas instituições. É
importante esse caráter de política pública, ou Discriminação Positiva explicada por Gomes
(BRASIL, 2007, p. 51-52), que se define como:
Num processo que envolve os três níveis governamentais, federal, estadual e municipal,
bem como universidades públicas e outras instituições de ensino, vem oferecendo cursos de
extensão, aperfeiçoamento, tecnólogo, de licenciatura e bacharelato e ainda cursos de
especialização lato sensu, conforme descrito no Catálogo do Sistema Universidade Aberta do
Brasil, disponível no sítio da UAB.
Segundo os dados levantados no Catálogo do Sistema Universidade Aberta do Brasil, de
2007 a 2009 a quantidade de vagas criadas tem sido expressiva. As vagas são as seguintes,
divididas pelas regiões brasileiras:
TABELA 3:
NÚMERO DE VAGAS POR REGIÃO DO BRASIL
GRÁFICO 1
NÚMERO DE VAGAS POR REGIÃO DO BRASIL
45000
40000
35000
30000
25000 2007
20000 2008
15000 2009
10000
5000
0
Sul Sudeste Centro-oeste Nordeste Norte
A variação positiva, tendo por base o ano de 2007, está apresentada na Tabela 5,
e o total de vagas oferecidas foi de 163.707 entre os anos citados, sem contar a região
sul, conforme explicado na figura 3.
TABELA 4
VARIAÇÃO NO NÚMERO DE VAGAS 2007 A 2009
(BASE 2007)
REGIÃO VARIAÇÃO
Sul Sem dados
Sudeste 441%
Centro Oeste 1123%
Nordeste 609%
Norte 354%
Média 537%
Isso justifica a grande importância dada ao retorno (ou feedback) do tutor para o aluno.
Devido a dificuldade de tempo e agendamento citados acima, a resposta do tutor ao
questionamento ou proposição de discussão do aluno deve ser rápido e eficaz. Por isso é
imprescindível que o tutor reconheça essa importância.
Como a maioria dos profissionais que trabalham como tutores e professores tiveram sua
fo aç oà p ofissio alà oltadaà pa aà aà edu aç oà p ese ial,à à o u à ueà algu sà ostu es à
tenham que ser modificados. Na educação presencial a interação entre professor e aluno é
imediata e, ainda, o aluno pode propor questões a qualquer momento da aula. Outro ponto é
a correção e avaliação das tarefas. A nota é colocada e discussões que porventura possam surgir,
são resolvidas em sala de aula.
Como na EaD o contato presencial é pequeno e, com o tutor a distância quase nunca
acontece, é necessário que esse tutor entenda essa situação e compreenda a importância do
feedback, o que nem sempre acontece, como relatam Lima e Alves (2011, p. 191) em pesquisa
onde procuraram:
Dada a sua posição estratégica na modalidade EaD, é imprescindível uma sólida formação
acadêmica desse tutor, bem como o senso de responsabilidade para realizar as tarefas e
cumprir as responsabilidades a ele afetas. A EaD está inserida num ambiente dinâmico e
mutável, no qual o fazer dos professores, tutores e alunos está em constante mudança, pois as
informações chegam e saem numa velocidade cada vez maior. Essa interação faz da EaD um
desafio para a qualidade e aumento da oferta de oportunidade de formação intelectual e
profissional.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Catálogo do Sistema Universidade Aberta do Brasil. UAB/CAPES , 2006. Disponível em:
http://uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&id=6&Itemid=40
Acesso: 20 jan 2012
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Censo da Educação Superior 2010. Disponível em:
portal.mec.gov.br Acesso: 15 jan 2012.
LIMA, Denise Martins de Abreu e ALVES, Mario Nunes. O feedback e sua importância no
processo de tutoria a distância. Pro-Posições, Campinas, v. 22, n. 2 (65), p. 189-205,
maio/ago. 2011
MOORE e KEARELEY, Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Cengage Learning,
2008.
RESUMO
Palavras chaves: TUTOR PRESENCIAL NA EAD, PAPEL DO TUTOR, PESQUISA SOBRE TUTOR
PRESENCIAL
ABSTRACT
The research work of this project is a study about the limits and challenges of the
presential tutor's work in the distance education. Trying to understand the relation between
the students and the presential tutor will be the central object of this sample, and will be
through the aplication of a questionnaire with objectives and dissertatives questions to the
students. Inicially sought to understand the process that the students developed during the
courses with the tutors, and also with some tutors of the UAB of Jandira pole. This is a
important reference of the project UAB/MEC in São Paulo, because counts with approximately
1000 students enrolled in many courses in five Federal Universities that comprises the pole,
both graduation and graduate studies.
Keywords: P‘E“ENTIáLà TUTO‘à INà THEà DI“TáNCEà EDUCáTION,à TUTO‘ “à ‘OLE,à ‘E“E‘CHà
ABOUT PRESENTIAL TUTOR.
(..) nem sempre os homens morrerão em silêncio. Isto porque, se a fome leva
alguns à letargia e ao desânimo irremediável, ela conduz outros temperamentos à
nervosa instabilidade da histeria e a um louco desespero. Em seu sofrimento, estes
5
Pós Graduando em Educação para as Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal de São Carlos, licenciado em
Ciências Sociais pela PUC/SP, educador de Sociologia na Rede Estadual em Osasco/SP. Tutor Presencial de Estagio
no polo UAB Jandira
1 CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA
A Educação a distancia no Brasil teve inicio no século XV, com a chegada dos
olo izado es àpo tuguesesàeàosàjesuítas,à ueàti ha à o oà iss oàaà ate uizaç oàdosàpo osà
indígenas. Neste sentido podemos dizer que estes primeiros viajantes, historiadores,
exploradores e jesuítas foram os pioneiros da educação à Distância no Brasil. Eles foram os
p i ei osàtuto esàp ese iais,àt aze doàeàpassa doài fo aç esàdeàu aà es ola àdife e iadaà
que estava em Roma.
No entanto, a modalidade de ensino a distância que objetiva a transmissão de
informações, profissionalização, formação e capacitação de caráter não presencial ou
semipresencial, surge no país em 1904, com o ensino por correspondência, ofertado por
instituições privadas que ofereciam educação não-formal por meio de cursos
profissionalizantes em áreas técnicas, sem exigência de escolarização anterior. Segundo Alves
(2008) neste período os cursos eram realizados por correspondência, através de transporte
ferroviário.
Segundo estudos realizados anteriormente tal como Torres e Vianney (2004), este
modelo de 1ª geração8 consagrou-se na primeira metade do século com a criação do Instituto
Monitor (1939), do Instituto Universal Brasileiro (1941) e de outras organizações similares,
responsáveis pelo atendimento de mais de três milhões de alunos em cursos abertos de
iniciação profissionalizante até o ano 2000. Muito embora as experiências ao longo do tempo
tenham sido positivas, havia certo preconceito, por parte da sociedade, visto que não havia
uma regulamentação por parte das autoridades governamentais. No inicio da década de 1920,
a partir da fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (1923), inicia-se a EaD via rádio.
Em 1934, Edgard Roquette Pinto instalou a Rádio-Escola Municipal no Rio de Janeiro no
projeto para a então Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal dirigida por Anísio
Teixeira integrando o rádio com o cinema educativo (Humberto Mauro) a biblioteca e o museu
escolar numa pioneira proposta de educação à distância. Estudantes tinham acesso prévio a
folhetos e esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com
6
KEYNES, J.M. - "A Europa depois do Tratado (1919), publicado no volume Keynes da coleção Grandes Cientistas
Sociais (editora Ática, S.Paulo, 1978, trad. Miriam Moreira Leite), p. 55.
7
Idem pg. 68
8
Podemos identificar algumas gerações nesta modalidade de ensino, a primeira geração se caracterizar pelo ensino
por correspondência, com uso de material impresso. A segunda geração de EaD iniciou-se com a utilização dos
meios de comunicação de massa, como rádio e televisão. Esses sistemas possibilitaram a expansão do atendimento,
tendo em vista o grande alcance desses meios, a terceira geração por sua vez caracteriza-se pelo uso de multimeios
ou multimídia, em software, Cd-rom ou Internet, apresenta como novidade a inclusão do computador. Já a quarta
geração segundo Litto, Romizowisky e outros, envolve comunicações mediadas por computador com utilização da
Web. A principal característica são as redes de computador com acesso a banda larga. Trata-se da geração das
escolas virtuais que possibilitam a interação entre indivíduos ou grupos. A quinta geração por sua vez conserva os
elementos da anterior e acrescenta os Sistemas de Tutores Inteligentes, preparados para interagir com o aluno,
apresentando feedbacks e alternativas de aprendizagem. Trata-se de sistemas de respostas automatizadas. O
acesso aos ambientes virtuais ocorre via portal
estudantes. Já em 1939 surgiu a primeira escola brasileira, fundada para ofertar cursos a
distância, o Instituto Monitor, na época ainda com o nome Instituto Rádio Técnico Monitor,
seguido pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB), a primeira Universidade do Ar, em 1941,
ambos em São Paulo. A primeira Universidade do Ar durou até 1944. Entretanto, em 1946
surge a Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas. A
Universidade do Ar estava voltada para o treinamento de empregadores e empregados do
comercio em técnicas comerciais. Os conteúdos eram gravados em discos de vinil e
reproduzidos pelas emissoras de rádio. Em 1950, a Universidade do Ar atendia 80 mil alunos,
chegando a 318 localidades.
Na década de 1950 a EaD cresce possibilitando acesso a democratização do ensino,
preferencialmente por correspondência. Durante a década de 1960 com o Movimento de
Educação de Base (MEB) a Igreja Católica e Governo Federal utilizavam um sistema rádio -
educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista etc.
Em 1961, a Fundação João Batista (TV Rio) produziu um curso com o objetivo de
alfabetizar os adultos. O curso foi a primeira iniciativa de televisão educativa no Brasil e ficou
no ar até 1965. A partir de então muitos outros programas educativos surgiram no Brasil,
como os Telecursos da Fundação Roberto Marinho, a Televisão Universitária da USP
(Universidade de São Paulo), a TV Escola do MEC (Ministério da Educação), entre outros.
É importante ressalta que no ano de 1964, época marcada pelo regime militar, houve a
censura que acabou com a rádio educativa brasileira. Entretanto em 1965, houve a criação da
TV educativa, ou seja, programações e até mesmo redes televisivas com o intuito de
democratizar o ensino por meio desta ferramenta que chamamos por televisão.
Em poucos anos a TV educativa era tida como mais uma oportunidade para a educação
formal fora da escola, possibilitando o acesso a um número significativo de pessoas em todo o
Brasil.
Desse modo, compreendemos que o surgimento da televisão propiciou a criação do que
conhecemos por TV educativa, que tem sido um dos meios de difusão do conhecimento, e de
alfabetização no Brasil, auxiliando no processo de democratização do conhecimento ao
alcançar pessoas que até então, em sua grande maioria, não haviam tido acesso a educação.
Na década de 1970, o Brasil tornou-se referencia internacional em EaD. O Ministério da
Educação e Cultura cria projetos de capacitação de professores e de formação de jovens e
adultos, para os Centros de Estudos Supletivos (CES). Na década de 1970, surge a Fundação
Roberto Marinho, a qual coloca no ar o telecurso 1º. E 2º. Graus, um programa de educação
supletiva à distância, para ensino fundamental e ensino médio.
Em 1973 tivemos a criação da Universidade de Brasília (UnB), primeira instituição
superior brasileira a utilizar a modalidade de educação à distância. Neste mesmo ano, registra-
se a criação do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (IPAE), que realizou o primeiro
Encontro Nacional de Educação a Distância. Alves (2008) destaca a relevância do IPAE na
formulação de dispositivos para a criação da Secretaria de EaD, na Presidência da Republica,
posteriormente transferida para o MEC.
Segundo Alves (2008) a história da EaD no Brasil, demonstra que entre as décadas de 70 e
80 houve grandes mudanças nesta modalidade de ensino, que passou a apoiar-se em novas
tecnologias, ampliando o acesso à educação.
De acordo Torres e Vianney (2004), entre as décadas de 1970 e 1980, fundações privadas
e organizações não-governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no
modelo de teleducação, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais
impressos, demarcando a chegada da segunda geração de EaD no país.
A maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras mobilizou-se para a EaD com
o uso de novas tecnologias da comunicação e da informação somente na década de 1990
Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três
campos distintos: a ampliação do conhecimento cultural com a organização de cursos
específicos de acesso a todos, a educação continuada, reciclagem profissional às diversas
categorias de trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino superior,
englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1994, teve início a expansão da
Internet no ambiente universitário.
Muito embora a oficialização e regulamentação da Educação à Distância no Brasil
ocorreram com a lei n° 5692 de 11 de Agosto de 1974, artigo 26 que versa sobre o ensino
Supletivo à Distância, somente com a lei n° 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 regulamentaram
e ampliaram novos cursos.
No período de 1996 a 1998, temos o desenvolvimento de um ambiente virtual de
aprendizagem, no Laboratório de Educação a Distância (LED), da Universidade Federal de
Santa Catarina. (UFSC). Utilizando-se de videoconferências, o LED passou a oferecer cursos de
especialização e mestrado em várias partes do Brasil.
Muitos ainda consideram que os resultados alcançados durante o período de
implementação da educação a distância no ensino superior no Brasil, de 1994 a 2002, em
especial nos modelos orientados para o uso intensivo de Novas Tecnologias de Informação e
da Comunicação (NTIC), com o conceito de Universidade Virtual, representam, na verdade, o
fechamento de um século de história de educação a distância (EAD) no país.
Em que pese o envolvimento tardio das universidades brasileiras com a modalidade da
EAD, ao redor do ano 2000 já estavam concluídos no país os ciclos de aprendizado acadêmico
e de gestão tecnológica para a criação de universidades virtuais (p.3)
Portanto pode-se afirmar com base nos estudos acerca da história da modalidade EaD no
Brasil que em praticamente cem anos, desde 1904 e até 2002, a educação a distância no país
faz o percurso desde o ensino por correspondência até a Universidade Virtual, como mostra o
quadro a seguir, retirado do texto de Torres e Vianney (2004):
Biblioteca
Auditório para videoconferência
Salas de aulas
Secretaria acadêmica
Sala de tutoria presencial
Sala de coordenação
Existem poucos estudos sobre o papel do Tutor Presencial como um docente no ensino a
distância e este trabalho pretende apontar elementos sobre a sua prática a partir de uma
pesquisa aplicada aos alunos e tutores. A partir dessa constatação uma justificativa plausível
seria de que este estudo de caso possa contribuir com esse debate e ajudar os colegas na
busca de melhorar a sua condição de trabalho e contribuir com a sua didática no ambiente
virtual de aprendizagem AVA. Este estudo de caso abordará alguns desses elementos,
analisando alguns aspectos pertinentes às práticas docentes, principalmente no que concerne
a questão da educação à distância.
TABELA 1
CRONOLOGIA NO TEMPO
Breve caracterização histórico na linha do tempo do uso de tecnologias na EaD no Brasil
1904 – Mídia impressa e correio – Ensino por correspondência privado
1923 – Rádio Educativo Comunitário
1965-1970 – Criação das TVs Educativas pelo poder público
1980 – Oferta de supletivos via telecursos (televisão e materiais impressos), por fundações
sem fins lucrativos
1985 – Usoàdoà o putado à sta dàalo e àouàe à edeàlo alà asàu i e sidades
1985-1998 – Uso de mídias de armazenamento (vídeo-aulas, disquetes, CD-ROM etc.) como
meios complementares
1989 – Criação da Rede Nacional de Pesquisa (uso de BBS, Bitnet, e e-mail)
1990 – Uso intensivo de teleconferências (cursos via satélite) em programas de capacitação
a distância
1994 – Início da oferta de cursos superiores a distância por mídia impressa
1995 – Disseminação da Internet nas Instituições de Ensino Superior, via RNP
1996 – Instalação de redes de videoconferência – Início da oferta de mestrado a distância,
por universidade pública em parceria com empresa privada
1997 – Criação de Ambientes Virtuais de Aprendizagem – Início da oferta de especialização
a distância, via Internet, em universidades públicas e particulares
1999 – 2001 - Criação de redes públicas, privadas e confessionais para cooperação em
tecnologia e metodologia para o uso das NTIC na EaD
1999 – 2002 – Credenciamento oficial de instituições universitárias para atuar em educação
a distância
2003 – 2008 - Expansão da oferta de Educação à Distância e discussão sobre a
regulamentação desta modalidade de ensino
6 GERAÇÕES DA EAD
Podemos entender a evolução histórica da EaD a partir dos desenvolvimento das NTIC,
utilizadas em etapas conhecidas como gerações da EaD. Formiga (2006) descreve um quadro
muito pertinente para pensarmos a respeito da evolução dos modelos de EaD e de
tecnologias:
jovens e adultos, especial, profissional e superior; os cursos deverão ter a mesma duração
definida para os cursos na modalidade presencial; os cursos poderão aceitar transferência e
aproveitar estudos realizados em cursos presenciais, da mesma forma que cursos presenciais
poderão aproveitar estudos realizados em cursos à distância. Regulariza o credenciamento de
instituições para oferta de cursos e programas na modalidade à distância (básica, de jovens e
adultos, especial, profissional e superior).
A Educação a Distância, ganha expansão em ambientes corporativos ou na formação
profissional. O mercado corporativo também é alvo de parte significativa das instituições,
assim como sindicatos e associações ou organismos de representação de classe profissional. As
empresas procuram, através da EaD, capacitar seus funcionários, parceiros e fornecedores,
com o objetivo de desenvolver talentos humanos na gestão de negócios, possibilitar a gestão
do conhecimento e organização, por meio de um processo de aprendizagem continuo e ativo
(EBOLI, 1999). No Brasil, a ONG Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), se destaca nesta
empreitada sendo exemplo interessante da parceria entre o ramo de negócios da empresa e a
proposta de inclusão social por meio da EAD (EBRAEAD, 2007, p.154).
Os Anuários Brasileiros Estatísticos de Educação Aberta e a Distância são instrumentos
importantíssimos para compreensão do desenvolvimento da EaD na sociedade Brasileira. Os
dados coletados pelo Anuário estatístico de Educação a Distância (ABRAEAD), 2007, revelam
que hoje são mais de 225 instituições oficialmente autorizadas para ministrar cursos EaD em
todo Brasil.
Segundo esta base de dados coletada, chegou a 2,2 milhões, só no ano passado, o
número de matrículas de brasileiros em cursos do tipo, o que significa que, em
2006, um em cada oitenta brasileiros freqüentou um curso a distância, só nas
instituições ouvidas pelo ABRAEAD. Já estão incluídos na conta os alunos de
instituições credenciadas pelo Sistema de Ensino, assim como funcionários de
empresas que praticam educação corporativa e outros projetos regionais
escolhidos por critérios de temporalidade e abrangência (Anuário Brasileiro
Estatístico de Educação Aberta e a Distância, 2007, p.23).
TABELA 2
CRESCIMENTO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS PELO SISTEMA DE ENSINO (MEC E CEES) A
PRATICAR EAD E DE SEUS ALUNOS, DE ACORDO COM LEVANTAMENTO DO ABRAEAD 2004-2006.
Crescimento de 2004-
Instituições 2004 2005 2006
2006
Número de instituições
autorizadas ou com cursos 166 217 225 36%
credenciados
Número de alunos nas
309.957 504.204 778.4581 50%
instituições
TABELA 3
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS POR NÍVEL DE CREDENCIAMENTO
PERÍODO 2004/2007
Nível 2004 2005 2006 2007
Nível de Número de Número de Número de Número de
%
Credenciamento Alunos Alunos Alunos Alunos
Federal
(Graduação e
159.366 300.826 575.709 727.657 + 356%
Pós-graduação)
Estadual
(Educação
Básica,
Técnicos e
Educação de 150.571 203.378 202.749 245.169 + 62,8%
Jovens
e Adultos –
EJA)
TOTAL GERAL 309.957 504.204 778.458 972.826 + 213%
Segundo ABRAEAD (2007, p.86) o material impresso (livros, apostilas etc.) é a mídia mais
utilizada pelas escolas de EAD no Brasil, chegando a 86,4% delas. Sendo que quase a metade
(56%) já utiliza o e-learning (o aprendizado mediado por internet). Porém o ABRAEAD (2008)
divulga que o e-learning vem ganhando espaço sobre a mídia impressa. Segundo este Anuário
apesar da mídia expressa ainda ser a mais utilizada (por 77%), enquanto uma quantidade
menor (62,9%) das instituições dizem utilizar o e-learning:
[...] quando se pergunta às instituições qual dentre todas as mídias que ela utiliza
à aà ais àutilizada,àoàe-learning, pela primeira vez, ultrapassa a mídia impressa,
sendo indicado por um terço delas (33,6%), contra 30,7% que utilizam
principalmente a mídia impressa. O modelo de interatividade preferido por estas
instituições é o do tempo real. O fórum de discussão é o apoio tutorial on-line mais
utilizado (62,9%), seguido pelas salas de bate-papo (58,6) e pelo telefone (54,3%),
O material impresso continua sendo uma mídia muito mais importante para as
instituições de credenciamento estadual e nas regiões do Sudeste, Norte e
Nordeste. As instituições privadas utilizam mais o e-learning e o material impresso
do que as públicas, e estas utilizam mais o CD, o vídeo, o DVD e a
videoconferência. (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância
(ABRAEAD), 2008, p.64)
alunos que praticam cursos credenciados estadual (EJA e técnicos), enquanto nos ambientes
onde há alunos de graduação e pós, ou seja, nas instituições de ensino superior
(credenciamento federal) é bem maior o uso do e-learning. (ABRAEAD, 2007, p.86).
As análises dos ABRAEAD (2007, 2008) permitem perceber o amplo crescimento de
p ojetosàdeàedu aç oàaàdist ia,àadotadosàpo àdi e sasài stituiç es.à áàadoç oàdaàEáDà o oà
política pública em vários níveis do pacto federativo também contribui para que o país faça
surgir uma geração não só de alunos, mas também de educadores, uma massa crítica que em
breve estará desafiando os paradigmas vigentes da educação presencial, em favor da
di e sidadeàeàdaài lus o à áB‘áEáD,à ,àp. .
Apesar do extraordinário avanço da EaD no Brasil ainda há muitos desafios a serem
superados, como por exemplo, a falta de um denominador comum no que se refere as regras
vigentes para o ensino a distância.
Esse estudo de caso abordará o papel que os Tutores Presenciais desenvolvem com os
alunos no ambiente virtual de aprendizagem AVA e na sua interação cotidiana com os alunos
seja dialogando nos ambientes das disciplinas, atendimento telefônico, retorno via Skype, na
aplicação de provas das disciplinas, encontros presenciais programados. Será que estão
contribuindo para os desafios de uma educação integradora, inter e multidisciplinar do ponto
de vista pedagógico?
Quem encontra seu mestre descobre, ao mesmo tempo, sua vocação. De onde se
infere claramente que, se a maior parte dos homens não passam por essa
experiência, é talvez porque não tem em si o pressentimento de uma verdadeira
vocação. (GUSDORF, 2003)
Neste estudo, procura-se realizar uma reflexão que possa contribuir para a compreensão
dos desafios da docência na Educação a Distância levantando aspectos da qualidade do ensino
e do atendimento docente. Para a realização da pesquisa, acontecerão entrevistas com
aproximadamente 10% dos alunos cadastrados no polo UAB Jandira que conta hoje com 1050
alunos.
Nessa perspectiva, a proposta é saber, a partir do questionário respondido pelos alunos e
tutores, sua opinião sobre o trabalho dos Tutores Presenciais envolvidos com o processo
ensino-aprendizagem dos alunos ao longo dos cursos de graduação e pós graduação, suas
necessidades, as dificuldades, no dia a dia no ambiente virtual, como: metodologias utilizadas,
obstáculos didáticos e pedagógicos, currículo. Propõe-se assim um especial cuidado com a
prática do Tutor Presencial, oferecendo a compreensão e avaliação das diferentes dimensões
envolvidas no seu processo de ensino/aprendizado com os alunos.
10 METODOLOGIA
Sim
47
Não
2
0 10 20 30 40 50
Figura 1
Estar atento as
solicitações na
23
plataforma
é importante
Precisa ter
flexibilidade
26
conhecimento
0 5 10 15 20 25 30
Figura 2
Esclarecimento de dúvidas e
32
questões na plataforma
Presencial
Figura 2
As atividade de prova presencial
1
0 5 10 15 20 25 30 35
Figura 3
Quando não
recebo
20
orientações
É um profissional
que não precisa
0
na EaD
Quando não
recebe retorno
28
do Tutor
0 5 10 15 20 25 30
Figura 4
burrocrática
Presencial na EaD
Distância
0 10 20 30 40 50
Figura 5
Demora no
retorno aos
27
alunos
para os alunos
Figura 3
A falta de
comunicação
14
com os alunos
0 5 10 15 20 25 30
Figura 6
Em parte
16
Não
1
Sim
32
0 5 10 15 20 25 30 35
Figura 7
laboratório de informática
Presencial
0 10 20 30 40 50
Figura 8
na EaD.
Figura 4
A Tutoria Presencial é fundamental
48
na Educação a Distância
0 10 20 30 40 50 60
Figura 9
3
regulamentação sobre isso
21
MEC
25
MEC
0 5 10 15 20 25 30
Figura 10
Não responderam
5
humaniza a EaD
aprendizagem
0 5 10 15 20 25 30 35
Figura 11
REFERÊNCIA
GUSDORF, Georges. Professor para que?: para uma pedagogia da pedagogia. 3. Ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (Orgs.). Educação à distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2010. Cap. 53,54 e 55
MILL, Daniel. Educação a distância e trabalho docente virtual: sobre tecnologia, espaços,
tempos, coletividade e relações sociais de sexo na Idade Mídia. 2006. 322f.Tese (Doutorado
http://www.uabjandira.com.br/noticias.html
RESUMO
Este texto propõe-se a desenvolver uma reflexão sobre a função mediadora da tutoria,
abordando sua interferência na ação pedagógica e as contribuições desta na construção do
processo educativo, na perspectiva da relação entre tecnologia e a educação no processo de
aprender na sociedade do conhecimento. Contextualizando os contornos da tutoria on-line no
cenário da EAD como modalidade educacional, discute a função mediadora da tutoria que
revela uma ação pedagógica compartilhada a partir de uma reorganização da relação entre
estudantes e tutores, bem como apresenta os desafios do tutor on-line na construção do
conhecimento. A reflexão traz elementos conceituais e teóricos sobre o papel e contribuições
do tutor na construção do conhecimento de forma autônoma em um processo de aprender.
ABSTRACT
9
Pedagoga, Psicopedagoga, Mestre em Engenharia de Produção pela UFSC na área de Mídia e Conhecimento.
Professora de Didática – Informática Educacional. Pesquisadora do Núcleo Pr@xis da UFMG e do NECT , Núcleo de
Estudos e Pesquisas sobre Educação, Comunicação e Tecnologia da UEMG.
1 INTRODUÇÃO
Segundo Behrens (2000) é preciso desenvolver uma abordagem pedagógica que valorize
a aprendizagem colaborativa, redimensionando a metodologia desenvolvida na sala de aula,
através de uma prática pedagógica fundamentada no ensino com pesquisa, através de
projetos de aprendizagem que possibilitam a reflexão sobre o conhecimento acessado, num
processo coletivo para a construção do conhecimento significativo.
De acordo com Behrens (2000) na aprendizagem colaborativa, o aluno precisa ser
instigado a produzir o conhecimento sendo que:
Neste cenário, a modalidade EAD, segundo Moraes (2008) se destaca como uma
modalidade pedagógica capaz de contribuir para um novo paradigma educacional, pois
permite a escolha de novos princípios e teorias que fundamentam a organização do
conhecimento a ser construído nos ambientes educacionais presencias ou digitais.
Mason (1994) destaca que EAD e Educação Presencial (EP) têm convergido suas ações
educativas e que as diferenças entre ambas estão cada vez mais enfraquecidas, pois as mídias
têm sido utilizadas para ampliar, complementar e aprofundar a educação presencial, portanto
oà o eitoàdeà dist ia àj à oà àaà uest oàp i ipal.à
Segundo Belloni (2008) os conceitos sobre EAD são caracterizados a partir da
representação do ensino convencional da sala de aula apresentando como ponto comum a
distância, que é entendida em termos de espaço. O que reforça esta representação de espaço
e tempo é confirmado por Andrade (2000) ao dizer que a EAD, historicamente, surgiu para
superar as distâncias geográficas, em face de uma nova ordem social cujo objetivo é a
superação das desigualdades entre as pessoas com base no princípio da democratização e,
portanto pode reduzir a exclusão. Neste sentido, Costa e Paim (2004) ressaltam que a
modalidade de EAD amplia as oportunidades aos indivíduos que moram longe dos centros,
diante da possibilidade de conciliar trabalho e ensino presencial e uma maior flexibilidade do
tempo, favorecida pela incorporação das TICs, que permitem uma maior dinâmica e
potencialidade entre quem ensina e quem aprende.
Corrêa (2007) ressalta a importância no processo de EAD na superação de distancias. E
comenta:
Segundo Morgado (2001), a introdução das TICs no ensino está associada a uma mudança
nas concepções de professor, aluno e modo de ensinar, pois é possível explorar todas as
potencialidades desses sujeitos e perspectivas desse processo tornando-se este um desafio
para o ensino a distância. Correia, (2007) por sua vez, destaca que esta modalidade de ensino,
em oposição ao ensino presencial, está relacionada à separação espacial entre alunos e
professores e, portanto com ênfase no meio, isto é, na utilização dos recursos tecnológicos.
No entanto os processos ensino-aprendizagem nos programas de EAD devem considerar
os avanços das TICs que proporcionam flexibilidade e acessibilidade à educação, cultura, bem
como ao desenvolvimento profissional e pessoal, associados a uma proposta didática. Para
chegar a este resultado é necessário compreender a prática pedagógica na EAD desenvolvida
pela tutoria on-line, como uma atividade educativa de prover os indivíduos de conhecimentos
e experiências culturais que os tornem aptos a atuar no meio social e a transformá-lo em
necessidade econômica, social e política da coletividade.
Segundo Pereira (2007,p.85) estes são os conflitos e desafios enfrentados pela tutoria
poisà ade ua à oà it oà i di idualà eà oleti oà deà te posà eà espaçosà u i ula es à i pli aà
desenvolver uma pedagogia, que considere os novos processos educativos e estes permitem o
desenvolvimento de novas competências em selecionar meios técnicos e tecnológicos e a
condição de acesso dos alunos, bem como a eficiência destes em relação aos objetivos
pedagógicos que promovam a autonomia dos alunos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredito que a educação deva ser agente de mudança, capaz de gerar conhecimentos e
desenvolver a ciência e a tecnologia, para uma vida em uma sociedade técnico-informacional.
A EAD como modalidade educativa amplia oportunidade de acesso ao conhecimento e vem
avançando na organização do processo ensino-aprendizagem e promovendo um
reordenamento na formação de docentes e tutores na Educação a Distância.
A tutoria é uma das formas de mediação que possui uma relação direta com o processo
ensino-aprendizagem, pois é função do tutor on-line acompanhar as atividades discentes,
motivar a aprendizagem, orientar e proporcionar ao aluno condições de uma aprendizagem
autônoma, considerando a transmissão de informação acessada e ações que possibilitem a
construção de conhecimentos, em um processo de aprender.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Arnon A. M. de. Educação a distância. Revista Presença Pedagógica. Belo Horizonte:
Dimensão, n. 34, p. 82 -85, jul./ago. 2000.
BELLONI, Maria L. Educação a Distância. Campinas. 5ª ed. São Paulo: Autores Associados, 2008.
115p.
BRZEZINSKI, Iria. Formação de professores e EAD: campo de disputa entre o professor e o tutor
na arena do trabalho docente? In: FIDALGO, Fernando et al (Orgs.). Educação a distância: tão
longe, tão perto. Belo Horizonte: CAED/UFMG, 2012. p.113 – 133.
COSTA, José Wilson da Costa; PAIM, Isis. Informação e conhecimento no processo educativo.
In: COSTA, José W. da C.; OLIVEIRA, Maria Auxiliadora M. O. (Orgs.). Novas linguagens e novas
tecnologias: educação e sociabilidade. Rio de Janeiro: Vozes, 2004. P. 15 – 38.
CRUZ, Dulce Márcia. Mediação Pedagógica e formação docente para a EAD: comunicação,
mídias e linguagens na aprendizagem em rede. Anais: XV - Encontro Nacional de Didática e
Prática de Ensino, Belo Horizonte: Autentica, 2010.
DALBEN, Ângela I. L. de F.; CASTRO, Elza V. de. A relação pedagógica no processo escolar. In:
TEIXEIRA, Adla B. M. (Org.). Temas atuais em Didática. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010. p.
13 – 61.
DEMO, Pedro. Saber pensar é questionar. Brasília: Liber Livro, 2010. Cap. 8. p.157 – 161.
DEMO, Pedro. Educação e Conhecimento. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. Cap. 4. p.67 – 144.
MASETTO, Marcos T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In: MORAN, José M.;
MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São
Paulo: Papirus, 2000. p. 133 – 173.
MASON, R. Using communications media in open and flexible education. London: Routledge,
1994.
PERREIRA, Jovanira Lázaro. O Cotidiano da tutoria. In: CORRÊIA, Juliana. Educação a Distância.
Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 84-104.
FORMAÇÃO
DOCENTE
NA EAD
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
____________________________________________________RESUMOS
Este ensaio reúne competências docentes específicas para a educação à distância (EAD),
identificadas na literatura, com vistas a formação e desenvolvimento de professores nesse
contexto pedagógico. Elas foram organizadas sob a égide de cinco dimensões da competência
profissional, a saber: Cognitiva (dominar princípios e processos de tecnologia educacional;
dominar o contexto político e econômico; segmentar o ato de ensinar; ter habilidade com
tecnologias de informação e comunicação, TIC´s); Funcional (comunicar-se efetivamente;
trabalhar com didática apropriada; preparar materiais pedagógicos e avaliações; atuar na
gest o;ào ie ta àosàdis e tesà aàes olhaàdeàfe a e tasàdeàTIC s;à es la àoàusoàdosà e u sosà
p p iosàdasàTIC sàaosà ate iaisàdid ti osàt adi io ais;àparticipar e controlar tarefas; orientar;
ensinar a pesquisar, processar informações e aprender; intervir; guiar a aprendizagem;
reconhecer pontos fortes e fracos das mídias, utilizando-as adequadamente; avaliar a
qualidade de conteúdos digitais; montar conexões em rede; criar estratégias que
p opo io e à e o st ui àasà elaç esàe t eàosàsa e esàte i osàeàosàsa e esàdaà salaàdeàaula ;à
Co po ta e talà apoia ,à desafia à eà i ita à osà alu osà à t o aà deà sa e es,à aoà usoà dasà TIC s;à
desenvolver equipes de projetos; mediatizar; promover interação); Política (lidar com
o flitos;à de idi à so eà aà utilizaç oà deà TIC s;à pa ti ipa à deà o u idadesà deà ap e dizage ;à
determinar conteúdos e métodos de aprendizagem; estabelecer parâmetros de qualidade
didática e pedagógica); Ética (lidar com diversidade; tornar o ensino eficiente; responsabilizar-
se pelo conteúdo curricular e questões didático-pedagógicas referentes à disciplina sob sua
responsabilidade). O reconhecimento dessas dimensões da competência profissional permite
identificar fragilidades e potencialidades no corpo docente que atua em EAD, visando
contribuir com sua formação permanente.
demandas educacionais dos sujeitos pesquisados. Deste modo, estudos realizados das
vivências de cursistas durante e após cursos via Educação a Distância contribuem na
concepção de metodologias, estratégias e materiais de ensino que criem condições
efetivamente eficientes para uma aprendizagem autônoma.
Acreditamos que, para uma efetiva aprendizagem, é necessário o docente conhecer ao menos
alguns aspectos básicos de seu público de estudantes, como um perfil geral e motivações.
Infelizmente, nem sempre isso é possível. O presente trabalho insere-se nesse cenário de
buscar traçar um perfil inicial para estudantes participantes de um curso em Educação a
Distância. No caso, ele refere-se à formação continuada de professores da rede pública de São
Paulo, oferecido pelo programa RedeFor. Analisamos sete perguntas de uma enquete inicial
disponibilizada no ambiente virtual de aprendizagem (AVA)Como resultados, obteve-se um
perfil de cursistas majoritariamente feminino, com faixa etária média de 30 anos e habilitação
na licenciatura conferida, principalmente, por instituições privadas de ensino. Sabe-se que a
formação de professores na atual realidade brasileira constitui-se num desafio. Discutimos
sobre a necessidade desse desafio dever ser enfrentado não apenas pelos órgãos normativos
do Estado, mas também pela sociedade em geral. É preciso repensar a mercadorização que
tem acometido alguns cursos superiores brasileiros, principalmente aqueles voltados para a
formação de educadores. Também discutimos a necessidade de buscar melhores condições de
trabalho para esses docentes, assim como melhorar sua imagem e representação social,
muitas vezes precarizada e desvalorizada em nosso país.
que pretende explorar a amplitude do estágio na formação dos alunos, tomando como
fundamento teórico Pimenta (2011) e Lima (2010), entre outros, na análise de que há uma
concepção geral de "burocratização do estágio, um cumprimento formal do requisito legal"
(PIMENTA, 2011). A pesquisa, de metodologia qualitativa e quantitativa, será fundamentada
nos campos teórico e empírico, dado o trabalho exercido pelos autores na educação a
distância como professores tutores em cursos de licenciatura no ensino a distância. Para este
trabalho, apresentam como resultados iniciais, a análise de relatos de alunos na prática do
estágio de cursos de licenciatura a distância, a efetividade da orientação de estágio exercida
no ambiente virtual de aprendizagem e a fundamentação teórica da efetividade do estágio
com base nos autores supracitados.
Carime Zunzarren
Márcia Helena Mesquita Ferreira
Contato: [email protected]
Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)
Licenciatura junto à Escola de Design da UEMG justifica-se tanto pela necessidade de ampliar o
atendimento à expressiva e crescente demanda por conhecimento apresentada por amplos
segmentos da sociedade; pela possibilidade de tornar mais acessível o conhecimento da
Universidade para o aperfeiçoamento de professores e demais profissionais do ensino, como
também por ser uma oportunidade de integração do referido campus às redes nacionais e
internacionais dedicadas à Educação a Distância - EAD. O currículo proposto pela UEMG/UAB
estrutura-se em dois princípios estruturadores: a Dimensão Epistemológica, que diz respeito à
escolha e aos recortes teórico-metodológicos das áreas e disciplinas ligadas às artes visuais, e a
Dimensão Profissional, que, implicando a primeira dimensão, diz respeito aos suportes
teóricos e práticos que possibilitam uma compreensão do fazer/fruir/refletir do professor de
Artes Visuais em todas suas relações sociopolíticas e culturais, como também nas perspectivas
da moral e da ética. A proposta do curso de Artes Visuais – Licenciatura UEMG/UAB tem por
princípio a formação ampla e aprofundada sobre o ensino da arte e sobre os aspectos políticos
e éticos pertinentes a profissão docente no Brasil – especificamente no campo das artes
visuais. Temos como objetivo a formação de professores para o campo das artes visuais por
meio de uma grande rede de colaboração e comunicação inerentes à modalidade de EAD.
Cláudio Marinho
Contato: [email protected]
Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
_________________________________TRABALHOS COMPLETOS
RESUMO
10
Mestranda em Administração da Faculdade Novos Horizontes, Bolsista Capes.
11
Doutora em Administração, Professora e Pesquisadora do Programa de Mestrado Acadêmico em Administração
da Faculdade Novos Horizontes.
12
Graduanda em Administração, Bolsista Fapemig.
13
Mestranda em Administração da Faculdade Novos Horizontes, Bolsista Capes.
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
QUADRO 1
COMPONENTES DAS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
COMPONENTES DEFINIÇÕES
A posse adequada de conhecimentos e capacidades
Cognitiva/conhecimento
relacionadas ao trabalho para sua devida realização
Capacidade para realizar uma série específica de tarefas da
Funcional
função, execução de tarefas de forma eficaz;
Comportamental ou Importância das características comportamentais tais como
pessoal autoconfiança, sensibilidade, pro atividade, resistência etc.;
Refere-se a aplicação efetiva e adequada de valores em
Ética/valores
contextos profissionais.
Fonte: CHEETHAM E CHIVERS (1996)
Pa aà ta to,à oà auto à essaltaà ueà osà o jeti osà doà pla eja e toà pedag gi oà de e à
responder aos objetivos cognitivos, no sentido de como usar e como compreender, além dos
o jeti osà ela io adosà sàatitudesàe à elaç oàaosà alo es à BEHá‘,à2009, p. 26).
Na legitimação das competências docentes, o professorado tem um novo desafio:
desenvolver competências na educação a distância, ambiente que exige uma maior interação,
mesmo que virtual, já que
Desse modo, a profissão docente pode ser configuradaà o oàu aà p ofiss oài te ati a ,à
já que é permeada por uma variedade de tarefas a cumprir, implicando diversas competências
profissionais envolvidas. Assim
3 METODOLOGIA
Portanto, a unidade de análise da pesquisa foi uma IES particular, situada na cidade de
Belo Horizonte, tendo como sujeitos professores e alunos do curso de Ciências Contábeis da
mesma. Como destaca Alves-Mazzotti e Gewasdisznajer (1999), para determinar a unidade de
análise, torna-se necessário decidir o que vai pesquisar; o indivíduo, a comunidade ou a
organização. Os autores afirmam que o interesse por uma unidade de análise não significa que
as outras sejam excluídas, sendo que se pode utilizar mais de uma unidade em um mesmo
estudo. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos pelo critério de acessibilidade (VERGARA,
2009).
A coleta de dados foi realizada em um dos polos da instituição. No 2º semestre de 2011,
este polo contava com 189 alunos devidamente matriculados no curso de Ciências Contábeis e
39 professores lecionando no curso. Para a coleta de dados, contou-se com um total de 22
alunos e oito professores, cujas entrevistas foram utilizadas dois roteiros semiestruturados
espelhados, de modo a permitir a comparação de respostas entre os grupos de sujeitos
a o dados.àCollisàeàHusse à ,àp.à à elata à ueà asàe t e istasàfa ilita àaà o pa aç oà
deà espostas àeà asàpe gu tasà podem ser com fim aberto para investigações que podem ser
usadasàpa aàe plo a àasà espostasà o à aisàp ofu didade .à
As perguntas do roteiro pautaram-se nas temáticas abordadas nas entrevistas: o moodle,
competências profissionais dos professores na visão dos próprios, o desenvolvimento das
competências dos alunos pela plataforma na visão dos docentes e discentes e a mudança na
relação dos núcleos da pesquisa, na visão dos mesmos. O tratamento dos dados foi realizado
em três fases, como sugere Melo et al (2007): preparação, tabulação quantitativa e análise ou
categorização temática. Na preparação dos dados, as entrevistas gravadas foram transcritas na
íntegra, na intenção de não perder nenhum detalhe. Quanto à tabulação quantitativa, trata-se
deà u aà estatísti aà des iti a à ap ese tadaà po à eioà deà ta elas,à oà i tuitoà deà seà te à u aà
is oà aisà a pla,à ua tifi adaà eà esu idaà dasà e t e istas à MELOà et al, 2007, p. 70). Já a
terceira fase contempla uma releitura das entrevistas, com o objetivo de resgatar temas e
ideias que vão além do roteiro, tornando-se alvo a preocupação dos entrevistados quanto ao
tema abordado e, portanto, importantes na compreensão do fenômeno em foco (MELO et al,
2007; SILVA, 2006).
Esse tratamento dos dados permitiu a operacionalização da técnica de análise de
o teúdo.àCo oàsalie taàBa di à ,àp.à ,àelaà o sisteàe àapu a à uest esàdeà o teúdoà
muito aproximativas, subjetivas, para por em evidência com objetividade a natureza e as
forças relativo aos estímulos a que o sujeito é submetido .à
Note-se que nas análises dos dados, nas questões referentes à competência, utilizou-se
como parâmetro analítico o modelo de Paiva (2007).
variando entre 2,1 a 15 anos, sendo a maioria matriculada no 6º período do curso focalizado
na pesquisa.
Ao perguntar sobre a plataforma moodle, recém-instalada na instituição, observou-se
divergência de opiniões entre os alunos e os professores, ao perceberem-na como uma
ferramenta boa, interessante e inovadora (A4, A8, A14, A20, A21, D2, D6, D8), que precisa ser
ap i o adaà á ,àá ,àá ,àá ,àá àeàe plo adaà D àpo àse àu aà ealidadeàse à olta à D ,àD ,à
D6, D7) no ambiente educacional. Todavia, para um delesà D ,àelaà aleàaàpe a àso e teàe à
algumas disciplinas. Outro aspecto abordado pelos alunos consiste na aversão à ferramenta
(A2, A3, A7, A11, A22), proveniente da imposição da IES, no seu uso, firmando a percepção de
não acrescentar conhecimento ao aluno. Por outro lado, para alguns discentes, a plataforma
se representa um facilitador (A8, A15) ao proporcionar o desenvolvimento das atividades
acadêmicas em casa, no final de semana e o treinamento para o exame de suficiência do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), através do simulado (A5, A13). A dificuldade de
manuseio (D1, D7) e a necessidade de buscar o conhecimento para desenvolver qualquer
atividade na plataforma (A14, A20) foram aspectos menos recorrentes. A opinião do professor
D5 é que ele udouà d asti a e te àaoàpa ti ipa àdeàu àse i ioàofe tadoàpelaài stituiç oà
sobre EaD, mais especificamente plataforma moodle. Percebe-se assim, a falta de
conhecimento no manuseio da ferramenta, na intenção de interagir com os alunos e promover
conhecimento na ambiente virtual, como salientado por Moraes (2009).
Por outro lado, o moodle não foi percebido como benefício da ferramenta no curso de
Ciências Contábeis, tanto para docentes quanto para discentes (D1, D5, P8, A2, A3, A4, A5, A7,
A8, A11, A16, A17, A19, A22), mesmo visualizando-se contribuições nas disciplinas,
principalmente nos debates (D6, D8, A1, A3, A16), e como uma ferramenta de apoio (D5, D7).
O aspecto cultural conservador do Brasil em relação à EaD também foi salientado (D5, D7).
Ao descrever as competências ideais do professor na EaD, quase na sua totalidade os
docentes elencaram a necessidade de ter conhecimento de informática (D2, D3, D4, D5, D6,
D7, D8) como também disponibilidade extraclasse (D2, D5, D7), conhecer a ferramenta (D4,
D6, D7) e ter curiosidade pelo novo (D5, D7, D8) Aspectos como saber sintetizar a matéria
(D1), correlacionar com o conteúdo dado em sala de aula (D7), se envolver com as novas
tecnologias (D2) e estar adaptado ao mundo do aluno (D8) foram menos recorrentes. A
componente com maior destaque em relação às competências docentes na plataforma moodle
foi, portanto, a cognitiva (PAIVA, 2007), fazendo-se também presentes as componentes
comportamental e, com menor recursividade, a política, a ética e funcional.
Após relatarem as competências ideais de um professor na EaD, os docentes destacaram
as competências que realmente possuem. A maioria alegou ter conhecimento de informática
(D2, D3, D4, D5, D6), saber sintetizar a matéria para postar na plataforma (D1, D8), motivar e
interagir com os alunos no moodle (D3). Assim, notou-se um degrau entre as competências
esperadas e as efetivamente observadas no comportamento dos professores abordados, na
percepção deles próprios. Nesse segundo conjunto de competências (as reais), também se fez
proeminente a componente cognitiva (PAIVA, 2007), contudo, as componentes
comportamental, política, funcional e ética também foram observadas; no entanto, prevalece
o conhecimento formal do professor, pois as questões didático-pedagógicas características da
profissão e de seu contexto na EaD, conforme Belloni (2009), não foram as mais apontadas
pelos entrevistados.
Tendo em vista analisar as mudanças nas relações dos docentes e discentes, advindas na
EaD na percepção dos próprios, foram traçadas três perguntas. A primeira se referiu à
mudança na relação aluno-professor; tanto os docentes (D3, D4, D5, D6, D7) quanto os
discentes (A1, A4, A14, A15, A16, A17, A18, A19, A20, A21, A22) declararam não ver mudanças
na relação. Para alguns alunos, a EaD distancia mais os professores (A2, A4, A10, A11),
conotando-se uma relação impessoal (D1, D8, A21), porém, tanto o professor D5 e o discente
A6 firmaram haver maior aproximação. O aluno A3 expôs que o moodle não permite conhecer
o perfil do professo .à Naà is oà doà do e teà D ,à aà platafo aà à u aà p epa aç oà pa aà aà
e oluç o,àp aài pla taç oàdoàe si oàaàdist ia ,àeàafi ouà ueàaà elaç oà uda,àpo ueàh àaà
e essidadeà deà us a à aà i te aç oà o à alu os,à o à out asà fe a e tasà atualizadas,à a uiloà
que nem se p eà o segueà te à aà salaà deà aula .à Oà espo de teà D à o o o ouà estaà
pe spe ti a,àaoàalega à ueà à aisàopo tu idadeàdeà o a àpes uisaàdeàu aàfo aà ueàeleà oà
so e a egueà ta toà ueà s à at a sà deà li os,à s à deà leitu aà e à li o .à ássi ,à oà hou eà
consenso a esse respeito.
Quanto à relação professor-professor, houve disparidade nas percepções dos docentes,
principalmente quanto às resistências e dificuldades nas relações (D6, D7, D8), mudança na
relação (D2, D5) e descontentamento (D8). No entanto, troca de experiências no uso da
plataforma (D6, D7) e incorporação da ferramenta no contexto diário do professor (D5) foram
aspectos apontados.
Já na relação aluno-aluno, houve similitudes na percepção dos atores envolvidos quanto à
interação (A1, A5, A9, A11, A14, A15, A18, A20, D1, D8) e à troca de experiências e
informações (A6, A9, A16, A18, A20, D3, D5, D6, D8), porém alguns declaram não perceber
mudança (A17, A19, A22, D2, D6). Houveram aspectos contraditórios observados, como
fortalecimento da amizade ent eàosàalu osà á ,àá àá àeà oàe isti àa izadeà aàEaD à á ,à
A7, A8), haver pouca interação (A12, A13), pontos estes identificados nas falas apenas de
alunos. A questão da adequação do aluno à plataforma (D4, D7) e resistência por parte de
alguns deles (D4) foram questões citadas apenas pelos professores.
Assim, nas relações interpessoais, tanto os professores quanto os alunos perceberam
mudanças na relação entre os próprios alunos, já entre os professor-aluno e professor–
professor, tais mudanças não foram percebidas.
Além desses dados, a técnica de análise de conteúdo empregada neste estudo permitiu
identificar temas abordados pelos entrevistados que vão além das perguntas e dos objetivos
específicos da pesquisa. Estes temas parecem ser importantes para os sujeitos, dada sua
presença e recursividade nos relatos. Assim sendo, uma temática que chamou a atenção nos
relatos de alunos e professores refere-se à falta tempo e à disponibilidade, para desenvolver
as atividades na plataforma. Para Belloni (2009, p. ,à doàpo toàdeà istaàdoàalu o,àpodeàse à
aisàf ilà lida à o àaàsepa aç oà oàespaçoàdoà ueà o àaàdi e s oài ate ialàdoàte po ,àoà
que encontra eco no que tange à rigidez e à inflexibilidade, na visão deles, com relação aos
prazos prescritos para realização das atividades na IES. Mas esta dificuldade de lidar com o
tempo também é vivenciada pelos professores.
Outro aspecto relatado pelos discentes trata-se da dificuldade de acesso à internet, em
casa, no trabalho e na instituição. Muitas vezes, isso faz com que um aluno desenvolva as
atividades postadas no lugar de outro, burlando o sistema e prejudicando a sua aprendizagem.
Nesta troca de informações entre os alunos, o resultado vivenciado muitas vezes pelos
docentes é o se deparar com cópias na plataforma - cópias dos próprios alunos e cópias da
internet. Tal afirmação leva os próprios discentes declararem que a ferramenta moodle não
agrega conhecimento, que é uma perda de tempo, por não perceberem os seus benefícios,
observando-se nas entrevistas um certo repúdio quando perguntados sobre a plataforma. Isso
reflete a questão cultural mencionada por Seixas e Mendes (2006) e Moraes (2010).
Toda mudança provoca resistências – em maior ou menor grau – nas pessoas. Isto foi
relatado pela maioria dos professores, indicando a necessidade de quebrar com certos
paradigmas e sair do conservadorismo, uma vez que percebem ser esta uma realidade que não
te à aisà o oà olta ,à asà seà ade ua .à Estaà ese aà i e iadaà pelosà do e tesà eà aà
superficialidade na instrumentalização da plataforma levam os discentes a perceberem o seu
despreparo ao desenvolver suas atividades no moodle, o que pode estar prejudicando a EaD
na instituição.
O contexto humanístico de sala de aula - a necessidade do contato, a interação aluno-
professor - foi um aspecto muito vivenciado no decorrer das entrevistas, levando os
professores caracterizarem a plataforma como um complemento e, juntamente com os
alunos, firmarem a sua preferência pelas aulas presenciais. Isto confirma a perspectiva de
Tardif e Lessa dà ,àp. àdeà ueàaàdo iaà àu aà p ofiss oài te ati a ,àpo àaàEaDà oà
inviabiliza tal interação, mas uma forma de mantê-la nesse contexto ainda não foi estruturada
pelos envolvidos.
Diante desses achados, as seguintes considerações finais foram traçadas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desse modo, conclui-se que no curso pesquisado, torna-se necessário romper com o
tradicionalismo e lançar-se as inovações tecnológicas no ensino superior (MORAES, 2010); para
tal, é preciso uma extensa mudança de cultura já que, no Brasil, a EaD ainda é vista com olhar
de desconfiança.
Diante das limitações desse estudo, que restringe suas conclusões ao contexto
investigado, sugere-se que sejam realizadas pesquisas em outras instituições, abarcando
professores e alunos, não somente no curso de Ciências Contábeis como também outros, no
intuito de compreender como está sendo vista a EaD e seus impactos na formação de novos
profissionais, além das competências que o docente tem (reais) e precisa ter (idéias) neste
formato didático-pedagógico, uma vez que a educação a distância é uma realidade vivenciada
e experenciada mundialmente, em franco crescimento.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
ALVES, L.; BRITO, M. O ambiente moodle como apoio ao ensino presencial. Disponível em
<http:\\www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/085tcc3.pdf>. Acesso em: 01 set. 2011.
ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais:
pesquisas quantitativas e qualitativas. São Paulo: Thomson, 1999.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2008.
COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e
pós-graduação. Porto Alegre: Bookman, 2005.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
DIAS, I. S. Competências em Educação: conceito e significado Pedagógico. Revista Semestral da
Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, n. 1, p.73-78,
jan./jun. 2010.
LONGHI, M. T.; BEHAR, P. A.; BERCHT, M. A busca pela dimensão afetiva em ambientes virtuais
de aprendizagem. In: BEHAR, P. A. (org.). Modelos pedagógicos de educação a distância. Porto
Alegre: Artmed, 2009. p. 204-231.
MARTINS, M. C.à C ia çaà eà ídia:à di e sa- e te à e à aç oà e à o te tosà edu a io ais.à
Campinas, 2003. (s.n.). Tese (Doutorado em Multimeios) - Universidade Estadual de Campinas,
Campinas. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000295942>. Acesso em: 05
set. 2011.
MEC - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Portaria nº 4.059. Brasília, 13/12/2004. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059. pdf>. Acesso em: 31
ago. 2011.
MELO, M. C. O. L.; PAIVA, K. M.; MAGESTE, G. S.; CAPELLE, M. C. A.; BRITO, M. J. M. Em busca
de técnicas complementares em pesquisa qualitativa no campo da administração. In: GARCIA,
ZABALZA, M. A. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas. Porto Alegre: Artmed,
2004.
RESUMO
Este ensaio reúne competências docentes específicas para a educação à distância (EAD),
identificadas na literatura, com vistas a formação e desenvolvimento de professores nesse
contexto pedagógico. Elas foram organizadas sob a égide de cinco dimensões da competência
profissional, a saber: Cognitiva (ter formação superior na área de atuação; dominar princípios
e processos de tecnologia educacional; dominar o contexto político e econômico, situando os
conhecimentos; ser capaz de segmentar o ato de ensinar; ter habilidade com tecnologias de
informação e comunicação, TIC´s); Funcional (comunicar-se efetivamente; trabalhar com
didática apropriada à EAD; criar e preparar materiais pedagógicos; atuar na gestão da EAD;
o ie ta àosàdis e tesà aàes olhaàdeàfe a e tasàdeàTIC s;à es la àoàusoàdosà e u sosàp p iosà
dasà TIC sà aosà ate iaisà did ti osà t adi io ais;à pa ti ipa à eà o t ola à ta efasà deà ealizaç o;à
realizar tutoria; ensinar a pesquisar, a processar informações e a aprender; desenvolver
atividades avaliativas apropriadas; fazer intervenções; guiar o percurso de aprendizagem;
reconhecer pontos fortes e fracos das mídias, utilizando-as adequadamente; avaliar a
qualidade de conteúdos digitais; montar conexões em rede; criar estratégias que
p opo io e à e o st ui àasà elaç esàe t eàosàsa e esàte i osàeàosàsa e esàdaà salaàdeàaula ;à
Co po ta e talà i ita àosàalu osà àt o aàdeàsa e es,àaoàusoàdasàTIC sà oàt atoàdosà o teúdosà
apreendidos; desenvolver equipes de projetos inovadores; mediatizar; oferecer apoio
psicossocial; desafiar cognitivamente os alunos; promover interação); Política (lidar com
o flitos;àde idi àso eàaàutilizaç oàdeàTIC sà u oàaosào jeti osàdeàap e dizage ;àpa ti ipa àdeà
comunidades de aprendizagem; determinar conteúdos e métodos de aprendizagem;
estabelecer parâmetros de qualidade didática e pedagógica;); Ética (lidar com diversidade;
tornar o ensino eficiente e melhor; responsabilizar-se pelo conteúdo curricular e questões
didático-pedagógicas referentes à disciplina sob sua responsabilidade). O reconhecimento
dessas dimensões da competência profissional permite identificar fragilidades e
potencialidades no corpo docente que atua em EAD, visando contribuir com sua formação
permanente.
14
Graduanda em Administração, Bolsista Fapemig.
15
Doutora em Administração, Professora e Pesquisadora do Programa de Mestrado Acadêmico em Administração
da Faculdade Novos Horizontes.
16
Mestranda em Administração da Faculdade Novos Horizontes, Bolsista Capes.
17
Mestranda em Administração da Faculdade Novos Horizontes, Bolsista Capes.
ABSTRACT
This essay combines specific teaching competences to distance education (DE), identified
in the literature, with a view to training and development of teachers in this pedagogical
context. They were organized under the aegis of the five dimensions of professional
competence, namely: Cognitive (have higher education in the area of operation; master
principles and processes of educational technology; dominate the political and economic
context, situating the knowledge; be able to segment the act of teaching; have the ability to
information and communication technologies, ICT), Functional (communicate effectively; work
with didatic appropriate to the DE; create and prepare pedagogical materials; work in the
management of DE; guide students in choosing tools of ICT; merge the use of own resources of
ICT to traditional learning materials; participate and monitor tasks to perform; carry out
tutoring; teach the research process information and learn; develop evaluation activities
appropriate; make interventions; guide the learning process; recognize strengths and
weaknesses of the media, using them properly; assess the quality of digital contents; mount
network connection; create strategies that provide rebuilding the relationship between
theoretical knowledge and knowledge of "classroom"), Behavioral (encourage students to
exchange knowledge and to use of ICT in dealing with the contents seized; develop teams of
innovative projects; mediate; provide psychosocial support; challenge cognitively students;
promote interaction); Political (deal with conflict; decide on the use of ICTs towards the
learning objectives; participate in learning communities; determine learning contents and
methods; establish standards for didactic and pedagogical quality); Ethical (deal with diversity;
make teaching effective and better; be responsible for the curriculum content and didactic-
pedagogical issues relating to discipline under their responsibility). The recognition of these
dimensions of professional competence allows identifying weaknesses and strengths in the
teachers that operates in DE in order to contribute to their ongoing formation.
1 INTRODUÇÃO
Por ser uma temática muito discutida atualmente, as reflexões sobre as competências
possue à dife e tesà e fo ues;à o fo eà salie taà “teffe à ,à p.à ,à oà e iste único
conceito sobre o tema das competências, mas diferentes enfoques, que por sua vez, servem
pa aà a plia à eà e i ue e à osà dife e tesà odelosà deà o pet iaà p ofissio al .à ássi ,à aà
exigência de inúmeras competências e habilidades do mundo do trabalho dificulta sua própria
conceituação (CHEETHAM e CHIVERS, 1996).
Esses diferentes enfoques dados às competências são melhores visualizados na síntese
feita por Bittencourt (2002), no Quadro 1.
QUADRO 1
ASPECTOS RELACIONADOS À COMPETÊNCIA PROFISSIONAL E AUTORES.
Note-se que a síntese feita por Bittencourt (2002) sobre os vários enfoques das
competências foi dividida em duas perspectivas: a primeira enfatiza a qualificação do
indivíduo, que são as capacidades que eles devem ter para desenvolverem seu trabalho. Já a
segunda está relacionada ao ato de desenvolver o trabalho, à ação. Assim sendo, a primeira
refere-se à aptidão para desenvolver o trabalho e a segunda no ato de realizar a função, fazer.
Dutra et al. (2000) alinham-se a essa segunda concepção, assim como Paiva (2007), que
acrescentou uma componente ao modelo de Cheetham e Chivers (1996, 1998, 2000),
adaptando-o para fins de suas pesquisas com professores do ensino superior brasileiro. Para
Paiva (2007, p. 45), competência profissional é a
FIGURA 1
MODELO DE COMPETÊNCIA PROFISSIONAL DE PAIVA (2007)
AM
DE B
TO O TR IENT
E X AB E
NT ALH AL DE
HO
CO RAB
T METACOMPETÊNCIAS NA ORGANIZAÇÃO
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL
RESULTADOS
REFLEXÃO
Apesar da necessidade de delimitar esse modelo utilizado neste ensaio para estudar as
competências docentes na EAD, ele se mostrou profundo em pesquisas realizadas no Brasil
sobre competências profissionais, principalmente da profissão docente.
Note-se que a transição da educação presencial para a EAD induziu mudanças no trabalho
dos docentes, aumentando as exigências e o papel dos mesmos (LIBÂNEO et al., 2003). Diante
disso, é necessário estudar a reconfiguração do papel dos professores e o ambiente no qual o
trabalho é desenvolvido, para uma melhor realização do mesmo (ZABALZA, 2004), não
deixando de considerar suas especificidades pedagógicas, que geralmente não são
reconhecidas (NÓVOA, 2002). O papel do professor vai além da transmissão do conhecimento;
os professores se deparam com dificuldades ao oferecer um ensino (DUTRA, HIPÓLITO &
SILVA, 2000; PAIVA, 2007), o qual deve estar aliado a pesquisa (ZABALZA, 2004).
Com todas essas mudanças na educação, deve-se revisar o papel e as competências dos
p ofesso esà aàEáDà DIá“àeàLEITE,à ,à o side a doàoàusoàdasàTIC sà BELLONI, 2009). Niskier
,àp.à àa aliaà ueà aàa uisiç oàdeà o pet iaàa a geàoàsa e àeàoàfaze ;àaàteo iaàeàaà
p ti a;àosàp i ípiosàeàp o essosàdaàte ologiaàedu a io al .
As competências docentes na EAD apontadas pela literatura sobre essa temática foram
classificadas sob a égide do modelo de Paiva (2007), priorizando-se suas componentes,
conforme apresentadas a seguir:
a) Componente cognitiva: possui formação superior na área de atuação; domina
princípios e processos de tecnologia educacional; domina o contexto político e
econômico, situando os conhecimentos transmitidos; é capaz de segmentar o ato de
ensinar; tem habilidade com tecnologias de informação e comunicação, TIC´s
(MORAES, 2010; BELLONI, 2009; COSTA, 2008; NISKIER, 2009);
b) Componente funcional: comunica-se efetivamente; trabalha com didática apropriada
à EAD, recriando estratégias; cria e prepara materiais pedagógicos; atua na gestão da
EAD, identificando público-alvo específico, fixando programas, elaborando cursos,
gerenciando conteúdos programáticos dos módulos e das disciplinas por área de
atuaç o;à es laà oà usoà dosà e u sosà p p iosà dasà TIC sà aosà ate iaisà did ti osà
t adi io ais;à o ie taà osà dis e tesà aà es olhaà deà fe a e tasà dasà TIC sà isa doà suaà
aprendizagem; participa e controla tarefas de realização; realiza tutoria, orientação;
ensina a pesquisar, a processar informações e a aprender; faz intervenções; guia o
percurso de aprendizagem; reconhece pontos fortes e fracos de cada mídia,
utilizando-as adequadamente; avalia qualidade de conteúdos digitais; monta
conexões em rede; cria estratégias que proporcionem reconstruir as relações entre os
sa e esà te i osà eà osà sa e esà daà salaà deà aula ;à o ie taà osà dis e tesà aà es olhaà deà
fe a e tasà dasà TIC sà isa doà suaà ap e dizage ;à dese ol eà ati idadesà a aliativas
apropriadas (BELLONI, 2009; MOORE e KEARSLEY, 2007; COSTA, 2008; NISKIER, 2009;
SATHER, 2008; SEIXAS e MENDES, 2006; BORBA et al., 2008);
c) Componente Comportamental: domina a dimensão humana; incita os alunos à troca
deàsa e es,àaoàusoàdasàTIC sà a gestão, crítica, síntese e apresentação dos conteúdos
apreendidos; desenvolve equipes de projetos inovadores; mediatiza; desafia
cognitivamente os alunos; promove interação; oferece apoio psicossocial (BELLONI,
2009; BEHAR, 2009; NISKIER, 2009; BORBA et al., 2008);
d) Componente política: sa eàlida à o à o flitos;àsa eàde idi àso eàaàutilizaç oàdeàTIC sà
rumo aos objetivos de aprendizagem; participa de comunidades de aprendizagem;
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das competências docentes identificadas para a EAD e classificadas sob a égide
das componentes cognitiva, funcional, comportamental, ética e política do modelo utilizado de
Paiva (2007), acredita-se numa maior facilidade no desenvolvimento pesquisas futuras,
algumas já iniciadas e outras agendadas, devido à relevância do tema e a necessidade de
aprofundamento dessas questões.
Percebe-se como necessário o aprofundamento sobre tal tema no contexto abordado
para que se tenha melhora, ou pelo menos uma tentativa nesse sentido, da realidade da
educação brasileira. Assim, os resultados de esforços de pesquisas com esse direcionamento
podem fazer com que o ensino seja mais eficaz, preciso, agregue conhecimentos e que,
principalmente, os alunos realmente aprendam; por outro lado, podem gerar informações
para que os professores tenham mais apoio e suporte, para desenvolverem seu trabalho,
ofertando uma educação mais consistente diante da defasagem que se tem hoje nas escolas
do país.
Este ensaio sobre as competências docentes pode contribuir para facilitar o planejamento
do processo da educação, para melhor atender as demandas educacionais e do trabalho atual.
Em síntese, o reconhecimento dessas dimensões da competência profissional permite
identificar fragilidades e potencialidades no corpo docente que atua em EAD, visando
contribuir com sua formação permanente.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
BORBA, M. C., MALHEIROS, A. P.; ZULATTO, R. B. Educação a distância online. Belo Horizonte:
Autêntica, 2007.
CHEETHAM, G.; CHIVERS, G. A new look at competent professional practice. Journal of
European Industrial Training, v. 27, n. 7, p. 374-383, 2000.
CHEETHAM, G.; CHIVERS, G. The reflective (and competent) practioner: a model of
professional competence which seeks to harmonise the reflective practioner and competence-
based approaches. Journal of European Industrial Training, v. 22, n. 7, p. 267-276, 1998.
CHEETHAM, G.; CHIVERS, G. Towards a holistic model of professional competence. Journal of
European Industrial Training, v. 20, n. 5, p. 20-30, 1996.
COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e
pós-graduação. Porto Alegre: Bookman, 2005.
COSTA, M. M. O papel do professor-tutor no campos EAD Metodista. In: SATHER, L.,
JOSGRILBERG, F.; AZEVEDO, A. B. Educação a Distância: uma trajetória colaborativa. São
Bernardo do Campo: Metodista, 2008. p. 89-102.
DIAS, R. A.; LEITE, L. S. Educação a distância. Petrópolis: Vozes, 2010.
DUTRA, J. S.; HIPÓLITO J. A. M; SILVA. C. M. Gestão de Pessoas por Competências: o caso de
uma empresa do Setor de Telecomunicações. Revista de Administração Contemporânea, v. 4,
n. 1, p. 161-176, 2000.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar. São Paulo: Cortez, 2003.
MOORE, M.; KEARSLEY, G. Educação a distância. São Paulo: Thomson, 2007.
MORAES, R. C. Educação a distância e ensino superior. São Paulo: Senac, 2010.
NISKIER, A. Os aspectos culturais e a EAD. In: LITTO, F.M.; FORMINGA, M. M. M (orgs.).
Educação a distância. São Paulo: Pearson, 2009. p. 28-33.
NÓVOA, A. Formação de professores e trabalho pedagógico, Lisboa: Educa, 2002.
NUNES, I. B. A história da EaD no mundo. In: LITTO, F. M.; FORMINGA, M. M. M (orgs.).
Educação à distância. São Paulo: Pearson, 2009. p. 2-8.
PAIVA, K. C. M. Gestão de competências e a profissão docente um estudo de caso em
universidades no Estado de Minas Gerais. 2007. 278f. Tese (Doutorado em Administração) –
CEPEAD, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
PETERS, O. Didática do ensino a distância. São Leopoldo: Unisinos, 2010.
SATHER, L. Educação e tecnologia: espaço de fortalecimento da atuação docente. In: SATHER,
L., JOSGRILBERG, F.; AZEVEDO, A. B. Educação à Distância: uma trajetória colaborativa. São
Bernardo do Campo: Metodista, 2008. p. 47-70.
SEIXAS, C. A.; MENDES, I. A. C. E-learning e educação a distância, São Paulo: Atlas, 2006.
STEFFEN, I. Modelos de Competência Profissional. (mimeo) 2009.
WAQUIL, M. P.; BEHAR, P. A. Princípios da pesquisa científica para investigar ambientes
virtuais de aprendizagem sob o ponto de vista do pensamento complexo. In: Behar, P. A. (org.),
Modelos pedagógicos de educação a distância. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 146-178.
ZABALZA, M. A. O ensino universitário. Porto Alegre: Artmed, 2004.
RESUMO
ABSTRACT
18
Mestranda do Programa Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo
19
Orientadora: Professora Doutora do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da Universidade de
São Paulo
training. We also discussed the need to seek better working conditions for these teachers, as
well the improvement of their image and social representation, often precarious and
undervalued in our country.
1 INTRODUÇÃO
e si oà dioà o oàat àe t oàe aàexigido. (GATHI; BARRETO, 2009, p. 43). Foi também com a
promulgação dessas novas diretrizes que a formação de professores pela modalidade à
distância fica, então, oficializada sendo que, de acordo com Giolo (2008),
Em 2006, foi criada a Universidade Aberta do Brasil (UAB), tendo como um de seus
objetivos a educação inicial e continuada de professores utilizando a Educação a Distância,
sendo que, de acordo com Teixeira (2010), essa instituição tornou-se a ação de maior
envergadura do governo para a formação de docentes da educação básica. Como apontam
Gathi e Barreto (2009), utilizando-se de dados do Censo Escolar realizado pelo MEC em 2009,
entre os dois milhões de docentes que atuavam no país naquele ano, existiam 32% de
professores da educação básica sem a formação mínima exigida. Desses, a maioria encontrava-
se na educação infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Outro propósito da UAB
foi reduzir as desigualdades de acesso ao Ensino Superior, que é majoritariamente formado
por instituições privadas. Borges (2010), utilizando-se de dados do Ministério da Educação,
indicou um aumento 571% no número de alunos da EAD no país entre os anos de 2003 e 2006.
Em maio de 2011, os dados da UAB já registravam a oferta de 930 cursos, sendo 697, ou seja,
74,9%, de formação de professores, e os demais, destinados à formação de gestores e pessoal
administrativo .à GáTHI;àBá‘‘ETO;àáND‘É,àà ,àp.à .
No ano de 2009, por meio do Decreto nº. 6.755 (BRASIL, 2009), a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) passa também a ser responsável pelos
cursos de formação de professores, com o objetivo de:
Apesar de todas as medidas tomadas pelo governo nas últimas décadas, ainda é possível
perceber muitas carências no sistema educacional brasileiro, especialmente aquelas que dizem
respeito à formação docente. Muitos estudos apontam que
Com isso, a Educação a Distância (EAD) tem sido a preferência dos programas de governo
para a promoção de cursos formação continuada de professores, sendo justificada por ser uma
forma mais rápida de promover essa formação por flexibilizar o processo formativo, já que os
alunos não precisariam ter horários fixos de estudo, e por alcançar diversas localidades, as
quais, muitas vezes, são carentes de recursos e universidades (GATHI, 2008, p.65).
Vale ressaltar que, apesar de a Educação a Distância ser considerada por muitos uma
odalidadeà dosà o osà te pos ,à suaà utilizaç o não é tão recente. Gouvêa e Oliveira (2006)
apresentam um breve histórico da modalidade, destacando que um dos primeiros registros da
existência institucionalizada da EAD data de 1856, em Berlim. A partir do século XIX, esta
modalidade ganha maior importância, principalmente devido às novas configurações
socioeconômicas advindas da Revolução Industrial, como a demanda crescente por mão de
obra qualificada. Nas últimas décadas esse tipo de ensino foi revisitado em decorrência das
tecnologias de informação e comunicação (TICs), sendo o computador e a Internet os
principais atores envolvidos no grande impulso que a EAD sofreu, bem como as políticas
públicas na área.
No Brasil, as primeiras experiências com EAD estão ligadas à criação da Rádio Sociedade
do Rio de Janeiro (1923), que possuía caráter educativo e cultural. No âmbito do Ensino
Superior, a Universidade de Brasília foi a pioneira em EAD em nosso país, oferecendo os
primeiros cursos de extensão em 1980. Na última década do século XX, a oferta de cursos de
especialização começou a se generalizar e, logo em seguida, alguns cursos de graduação em
Após realizarmos esse breve panorama sobre algumas medidas políticas adotadas no país
para a formação docente, bem como sobre a EAD, faremos uma exposição introdutória sobre
o curso de formação continuada de professores da rede pública oferecido pela Secretaria do
Estado de São Paulo em parceria com as universidades públicas do Estado: o programa rede
São Paulo de Formação Docente (RedeFor), que é foco do presente artigo.
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
Foram analisadas respostas de 475 cursistas do EspBio. Do total de cursistas, 332 (70%)
são do sexo feminino e 143 (30%) do sexo masculino. Eles pertencem às mais diversas cidades
do Estado de São Paulo, sendo contabilizados 127 municípios. Quanto à idade dos cursistas, a
maioria (35%) possui entre 26 e 35 anos, sendo seguidos por aqueles que possuem entre 36 e
45, os quais representam 34% das respostas (Figura 1).
Quanto à habilitação dos alunos, a grande maioria (90%) possui ensino superior com
formação pedagógica (Licenciatura) (Figura 2).
Pode-se verificar que a maioria dos cursistas (44%) tem dedicação exclusiva à função
docente, trabalhando entre 31 a 44 horas semanais nessa atividade. Em seguida, estão aqueles
que declararam trabalhar mais de 40h nessa função, os quais representaram 21% das
enquetes respondidas.(Figura 5).
A grande maioria dos cursistas (78%) respondeu que não exerce outra função além da
docência. Dentre aqueles que exercem, a maior parte (8%) dedica entre 31 a 40 horas
semanais a essa outra função, o que nos permite dizer que a docência tem um papel
secundário, ou complementar, na sua vida profissional. A mesma conclusão chegamos com
relação aqueles que declararam se dedicar mais de 40 horas semanais a outra atividade
remunerada, os quais, somam 4% do total de enquetes respondidas. Entre aqueles que
complementam sua atividade principal, a docência, com outro trabalho remunerado, estão
aqueles que dedicam até 10 horas a essa outra função, somando 5% do total. ( Figura 7).
5 DISCUSSÃO
Sendo assim, partilhamos das mesmas conclusões das autoras: a maioria dos professores
exerce a docência como única atividade remunerada, sendo seguidos por pequenas parcelas
de docentes que se dedicam a outros tipos de função assalariada. Como o trabalho docente é
bastante exigente, é mesmo difícil esperar que os mesmos tenham outras funções.
6 CONCLUSÃO
A análise do perfil dos alunos realizada no estudo corrobora com diversos trabalhos
realizados no Brasil sobre o perfil dos docentes que atuam na Educação Básica de uma
maneira geral.
Pudemos perceber que grande parte dos cursistas participantes do EspBio se encaixam no
perfil da maioria dos docentes brasileiros na atualidade: esses professores obtiveram sua
titulação em instituições privadas, possuem média de idade de 30 anos, atuam em apenas uma
escola e dedicam um grande número de horas à função docente. Da mesma maneira, grande
parte deles cursou Licenciatura em uma área específica, apesar de ainda existir alguns atuando
sem a formação adequada exigida, como aqueles que possuem bacharelado ou apenas curso
de Pedagogia.
Sabe-se que a formação de professores na atual realidade brasileira constitui-se um
desafio que não deve ser enfrentado apenas pelos órgãos normativos do Estado, mas também
pela sociedade em geral. É preciso repensar a mercadorização que tem assombrado os cursos
superiores brasileiros, principalmente aqueles voltados para a formação de educadores:
muitas vezes, os primeiros pecam pela falta de qualidade e estrutura o que reflete
diretamente na prática dos segundos. Também é necessário buscar melhores condições de
trabalho para esses docentes, assim como melhorar sua imagem e representação social, tão
precarizada e desvalorizada no cenário do país. Sendo hoje o Estado o maior empregador da
classe docente no país, diversos entraves são colocados pelas políticas de formação de
professores, as quais sempre perpassam pela planilha orçamentária do governo. Logo, faz-se
necessária uma re-avaliação das prioridades da gestão, lembrando que a educação é um
grande investimento, apesar de seus resultados somente serem vistos à longo prazo. Reformas
educacionais urgem e, por isso, deve-se deixar de lado as disputas partidárias e o interesse
político. Também é importante considerar que não basta apenas oferecer melhores cursos aos
educadores e aumento de salários dos mesmos. Faz-se necessária uma grande reforma que
altere substancialmente a estrutura da atual realidade educacional brasileira que ainda está
duramente enraizada nas políticas adotadas no século XIX.
REFERÊNCIAS
GATHI, B.; Análise das políticas públicas para formação continuada no Brasil, na última
década. Revista Brasileira de Educação. v. 13, n. 37, p.57-70, 2008.
RESUMO
Este estudo objetiva apresentar um panorama das monografias defendidas entre 2007 e
2011 no Curso de Especialização a distância em Ensino de Ciências por Investigação
(ENCI), ofertado pelo Centro de Ensino de Ciências e Matemática (CECIMIG) na UFMG em
parceira com a Universidade Aberta do Brasil (UAB). O curso ENCI busca promover formação
continuada de professores das disciplinas de Ciências, Biologia, Física e Química, com enfoque
numa perspectiva investigativa para o ensino-aprendizagem. O desenho metodológico
consistiu na análise de relatório emitido pela secretaria do curso, onde constam os títulos das
monografias, autores e orientadores. Para categorizar as monografias utilizou-se a
parametrização do Centro de Documentação em Ensino de Ciências (CEDOC) da Faculdade de
Educação da UNICAMP, organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Formação de
Professores da Área de Ciências. Foram analisadas as categorias: área, nível escolar e foco
temático. Após a análise, verificou-se que 33,5% dos trabalhos eram da área de Ciências
Naturais; 19,5% de Química; 19% de Física; 16% de Biologia e 12% outros (não apresentam
abordagem específica). Com relação ao nível escolar dos trabalhos, 51,5% dos trabalhos
estavam relacionados ao Ensino Médio, 37% ao Ensino Fundamental e 11,5% outros (poderiam
ser aplicados em quaisquer dos dois níveis de ensino). Sobre o foco temático, predominaram
temas relacionados ao conteúdo-método de ensino (51,5%), uso de recursos didáticos (24%) e
formação de conceitos (16%). A presente pesquisa aponta que o curso ENCI promove, por
meio das monografias, uma reflexão dos professores sobre sua prática docente,
potencializando melhora na área de ensino de Ciências da Natureza na Educação Básica.
20 2 3 4
Especialista em Ensino de Ciências por Investigação; Doutora em Educação; Doutora em Educação; Especialista
5 6 7
em Ensino de Ciências por Investigação; Doutorando em Educação; Mestre Parasitologia; Mestre em Educação
Tecnológica.
ABSTRACT
This study aims at presenting an overview of monographs defended between 2007 and
2011 in the distant specialization course in Teaching of Science by Research (ENCI), offered by
the Teaching Center of Science and Mathematics (CECIMIG) at UFMG in partnership with the
Open University Brazil (UAB). The ENCI course seeks to promote continuing education of
teachers in the disciplines of Science, Biology, Physics and Chemistry, with a focus on
investigative perspective to teaching and learning. Our methodology consisted of the analysis
report issued by the secretariat of the course, which includes the titles of papers, authors and
advisors. To categorize the monographs we used the parameterization of the Documentation
Centre in Science Teaching (CEDOC), Faculty of Education at UNICAMP, organized by the Group
for Study and Research in Teacher Education Sciences Area. Categories analyzed were: area,
school level and thematic focus. Upon analysis, it was found that 33.5% of the studies were in
the area of Sciences, 19.5% of Chemistry, Physics 19%, 16% Biology and 12% other (do not
have specific approach). Regarding the level of school work, 51.5% of jobs were related to high
school, 37% for primary education and 11.5% other (could be applied in any of the two levels
of education). On the thematic focus, predominant themes related to the content-teaching
method (51.5%), use of teaching resources (24%) and concept formation (16%). This research
shows that the course ENCI promotes, through monographs, a teachers' reflection on their
teaching practice, leveraging improvements in education in Natural Science Education.
1 INTRODUÇÃO
2 O CURSO ENCI
De acordo com o Projeto do ENCI (2011), a natureza das disciplinas contemplam quatro
linhas gerais, a saber:
capacitação de professores para estudos orientados à distância e mediados por
tecnologias de informação e comunicação; introdução a metodologias de ensino de
ciências por investigação com abordagem comum às ciências da natureza;
abordagem de temas contextualizados de ensino de ciências desenvolvidos a partir
de conceitos estruturadores do conhecimento físico, químico e biológico.
21
Em sua pesquisa sobre dificuldades e estratégias relacionadas a organização dos estudos na EAD, Mill e Batista
(2012), corroboram os dados apresentados na pesquisa de (GOMES et al, 2011) ao afirmar que os estudantes da
EaD, são em geral, trabalhadores com pouco tempo para se dedicar aos estudos e que demonstram dificuldades em
relacionar trabalho, convívio familiar e lazer.
mesma é então submetida à avaliação pela Banca Examinadora, constituída por orientador e
leitor crítico que é escolhido pela coordenação do curso ou pelo próprio orientador. Na
apresentação da monografia os alunos podem ser aprovados, reprovados ou aprovados com
indicação de reformulação, dentro de um prazo pré-estabelecido para entrega de versão final.
Tal versão deve ser entregue em modo impresso e digitalizado e segue os tramites legais para
emissão de diplomas.
Cabe ressaltar que são disponibilizados aos alunos, em todas as disciplinas, textos ou links
para leituras complementares, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre os
assuntos abordados; artigos de revistas e jornais relativos aos temas estudados; artigos
produzidos especialmente para o curso, com vista ao aprofundamento de questões abordadas
pelos alunos no processo de estudo.
As atividades desenvolvidas durante o curso também devem servir de referencial para o
desenvolvimento de suas monografias, entre elas: a confecção de trabalhos escritos; relatórios
de projetos ou de pesquisas; planejamento de experimentos e seqüências didáticas, provas;
estudos de caso, preparação e análise de planos de intervenção em sala de aula; entrevista;
memorial; produção de textos, resumos, resenhas e fichamentos.
Nas turmas do curso ENCI ofertadas pelo CECIMIG desde o ano de 2005, tem-se
observado a dificuldade de alunos, tanto na elaboração de seus projetos de pesquisa, quanto
no desenvolvimento de suas monografias. Isso resulta em um número de apresentação de
monografias e finalização do curso inferior ao número de cursistas que se matriculam na
disciplina Técnicas de Elaboração de Monografia.
Ao longo do trabalho com as turmas do ENCI foi possível identificar que as principais
dificuldades para a finalização das monografias são:
comunicação entre orientador e orientando;
organização do tempo pelos cursistas para a elaboração do trabalho;
estruturação e escrita de um trabalho acadêmico, pois muitos dos cursistas nunca
fizeram um trabalho do tipo monografia ou se o fizeram não encontraram tantas
dificuldades devido ao nível diferenciado de exigência e qualidade;
atendimento à exigência de produção de monografias que apresentem temas
relacionados ao Ensino de Ciências por Investigação;
Utilização, pelos alunos, de conteúdos abordados nas disciplinas do curso para o
desenvolvimento da monografia.
Outra questão preocupante está relacionada ao tema proposto pelo cursista e/ou
orientador e a adequação deste à proposta do curso. Há dificuldades quando o tema escolhido
é muito geral e distanciado da perspectiva de ensino de ciências (ciências, biologia, física,
química) por investigação, foco do curso. Diante disso é importante que os orientadores
conheçam a proposta do curso e o perfil dos cursistas. Em geral a equipe do ENCI convida,
preferencialmente, orientadores vinculados à instituição, que apresentem habilidade em
orientar a distância e que participem de linhas de pesquisa próximas aos temas propostos.
Visando auxiliar na inovação das práticas docentes dos professores cursistas e facilitar a
construção das monografias, a equipe do ENCI tem sugerido que produzam suas monografias
na modalidade relato de experiência.
Buscando a melhoria no andamento do curso, coordenação, tutores e orientadores do
ENCI buscam entender as peculiaridades dos cursistas e discutir maneiras de tratá-las com
atenção, principalmente durante o desenvolvimento das monografias.
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos critérios anteriormente descritos os títulos das monografias foram
analisados e foi possível traçar um panorama das áreas de conteúdo, nível escolar e focos
temático.
Com relação às áreas de conteúdo (ver gráfico 1) verificou-se que 33,5% das monografias
são da área de conteúdo de Ciências Naturais; 19,5% de Química; 19% de Física; 16% de
Biologiaà eà %à out os à aà atego izaç oà out os à foià at i uídaà aosà t a alhosà ueà oà
apresentaram a área definida).
Com relação ao nível escolar (ver gráfico 2), foi possível verificar que 51,5% voltaram-se
para o Ensino Médio, 37% para o Ensino Fundamental e 11,5% (outros) poderiam ser aplicadas
em quaisquer dos dois níveis de ensino.
A análise do foco temático (ver gráfico 3) mostrou que, nas monografias do ENCI,
predominam temas relacionados ao conteúdo-método de ensino (51%), seguidos por uso de
recursos didáticos (24%) e formação de conceitos (16%). Verificamos ainda, que apenas 9%
dos trabalhos foram categorizadosà o oà out os ,àpoisàpossuía ài id iaà eduzidaà o oàj à
descrito. Acreditamos que isso pode ter ocorrido devido à dificuldade do aluno em abordar os
temas tratados no curso e até mesmo pela dificuldade de alguns orientadores que não
compreenderam a proposta do curso, entre outros.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf>. Acesso em: 01 de maio
de 2012.
LIMA, M. E. C. C.; AGUIAR JR., O., BRAGA, S. A. M. Ensinar ciências. Presença Pedagógica. Belo
Horizonte, v.6, n.33, p.90-92, maio/jun., 2000.
MARCELO, H.A.G.; SILVEIRA; A.M.A.M.; PAULA, W.C.O; SILVA, N. S. Estudo sobre a evasão de
alunos do curso de Especialização em Ensino de Ciências por Investigação (ENCI) oferecido
pelo CECIMIG/UAB. XIV Encontro de Extensão/PROEX. Universidade Federal de Minas Gerais.
out/2011.
MARTINS, C.M.C., AGUIAR JR., O.; TOLEDO, M.IM..; PEDROZO,K. Desenvolvimento de Projetos
em Ensino de Ciências I. In: LIMA, M.E.C.C.; MARTINS, C.M.; MUNFORD, D. Ensino de Ciências
por Investigação. Belo Horizonte:UFMG/FAE/CECIMG, 2008. v.1, p. 37-44.
MILL, D.; BATISTA, V.L.L. Aprendizagem na educação a distância virtual: Percepção estudantil
sobre dificuldades e estratégias relacionadas à organização dos estudos. Educação a Distância:
Tão Longe,Tão Perto. CAED-UFMG, Belo Horizonte, 2012, p. 177-194. ORNELAS, A.D.A.;
FELIZARDO JR. L.C.; TOLEDO, M.I.M.; PAULA, H.F. Desenvolvimento de Projetos em Ensino de
Ciências I. In: LIMA, M.E.C.C.; MARTINS, C.M.; PAULA, H.F.. Ensino de Ciências por
Investigação. Belo Horizonte:UFMG/FAE/CECIMG, 2009. v.3, p. 23-44.
RESUMO
ABSTRACT
This article intends to show and socialize the development experience of a subject in a
classroom course of pedagogy, which has the purpose of elucidating the possibilities that the
distance learning offers for education. The construction of this course, offered as optional by
the Education Faculty of UFMG, aims to illustrate the fundamental aspects in Distance
Education (DE), such as: the importance of the teacher, the problems related to mentoring,
production of teaching materials, the interpersonal relationship in distance education, the
evaluation in distance education, the ways of using the technology of information and
communication in the educational process, among others. The course was offered mixing
classroom and distance activities, being the meetings previously established in the lesson plan.
These meetings aimed to strengthen the understanding of the issues related to distance
education. At the beginning of the course were performed two workshops for Moodle, the
software used to develop the course distance activities, so that the students could take
ownership and ask questions about the tools we used during the course. In Moodle were
proposed, each week class, activities related to an issue on distance education, while the
student perform them they used the resources (forums, databases, chat rooms) offered by the
Virtual Learning Environment (VLE). Weà ealizedàth oughàso eàstude ts àstate e tsàthatàtheà
course adds important knowledge to their educational background, and promotes new
perspectives within the playing field of education. There were several moments in which the
own students proposed new activities and new ways of disseminating knowledge in the Virtual
Learning Environment. We hope that this initiative promotes other new actions in order to
allow the learning process in distance courses for Teacher Education and Major in Education,
which are still insufficient in our universities.
A profissão docente, com o passar dos tempos, teve suas características e funções
transformadas, acompanhando às mudanças sociais e econômicas contemporâneas
(PASCHOALINO, 2008). Tais transformações, somadas às novas características atribuídas à
escola/educador, lhe causaram um enorme desconforto. Afinal, as suas necessidades
cotidianas e concretas muitas vezes se contrapõem as dos alunos, e do que se espera deles. Na
atualidade, o profissional docente, envolvido na educação a distância, precisa estar em um
contínuo processo de alfabetização tecnológica (domínio técnico, pedagógico e crítico da
tecnologia), além de ser capaz de conduzir seus alunos na busca de informações e orientá-los
na construção do conhecimento, e assim, se tornar um estimulador, coordenador e parceiro
no processo de ensino-aprendizagem. No entanto, tais características profissionais ainda estão
sendo apreendidas pelos docentes, o que gera uma distinção entre professores atuantes nas
ofertas de ensino, presencial e a distância. Reiteramos que, por ser uma forma regulamentada
recentemente (Lei 9.394/96 e Decreto 5.622/2005), os profissionais da educação
desconhecem os procedimentos a serem desenvolvidos em cursos a distância. Assim, muitas
vezes, realizam apenas uma transferência de metodologias presenciais para a modalidade a
distância, esquecendo-se das particularidades deste ensino.
Nesta perspectiva, a disciplina apresentada neste artigo, ofertada por duas vezes (2º
semestre de 2010 e 1º semestre de 2011), foi pensada em atividades complementares, com o
intuito de provocar no estudante a verificação das diferenças e similaridades, qualidades e
imperfeições, entre a educação presencial e a educação a distância. Afinal, comprendemos a
edu aç oàaàdist iaà o oàu aàfo aàdeà a es e ta ,à o t i ui ,ài o a àeàe isti àju toà o àaà
edu aç oàp ese ial à T ia;àCosta,à ,àp.à .à
Ademais, esta disciplina proporcionou aos estudantes a possibilidade de desenvolverem
as atividades utilizando as ferramentas de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, neste caso,
o Moodle, a fim de compreender a dinâmica de um curso a distância.
O nosso objetivo, no momento da formulação da disciplina, foi o de proporcionar aos
estudantes de Pedagogia o conhecimento sobre as potencialidades da EaD para o ensino e
aprendizado em todos os níveis de ensino, enfocando sobretudo as atividades desenvolvidas
pelos tutores.
Assim como Belloni (2001) consideramos o ensino a distância imprescindível para
contribuir na organização do trabalho docente na atualidade.
[...] sem dúvida a educação a distância, por sua experiência de ensino com
metodologias não presenciais, pode vir a contribuir inestimavelemente para a
transformação dos métodos de ensino e da organização do trabalho nos sistemas
convencionais, bem como para a utilização adequada das tecnologias de
mediatização da educação [...]. A experiência e o saber desenvolvidos no campo
da educação a distância podem trazer contribuições significativas para a expansão
e melhoria dos sistemas de ensino superior no sentido da convergência, definida
pela maioria dos especialistas, entre as diferentes modalidades de educação: o
cenário mais provável no século XXI será o de sistemas de ensino superior
istos ,à ouà i teg ados à ueà ofe e e à opo tu idadesà dive sifi adasà deà
formação, organizáveis de modo flexível, de acordo com as possibilidades do
aluno, com atividades presenciais e a distância, com uso intensivo de tecnologias e
com atividades presenciais [...] (Belloni, 2001, pp.06 -07)
No entanto, sabemos que este tipo de modalidade foi iniciado no Brasil no início do
século XX, mas, somente recentemente foi regulamentada. De acordo com estudos sobre a
EaD22, a utilização das tecnologias para a educação a distância no Brasil pode ser sintetizada da
seguinte maneira:
a) 1904: Mídia impressa e correio – ensino por correspondência privado;
22
Ver: Vianney, Torres e Silva (2003), Tarcia e Costa (2010), Campos, Costa e Santos (2007) e outros.
23
A realização da disciplina na condição de semipresencialidade está balizada pela Portaria 4.059/2004, que
regulamenta a oferta de carga horária a distância para cursos ou disciplinas presencias no âmbito do ensino
superior.
sujeitos envolvidos na EaD, de modo que haja um período fixo para o acesso aos novos
conteúdos e novos procedimentos que serão trabalhados.
As temáticas desenvolvidas durante a disciplina tiveram o objetivo de propiciar aos
estudantes reflexões acerca do pensar e fazer o ensino a distância. Alguns elementos
característicos e presentes no processo de aprendizagem neste tipo de ensino permearam
toda a disciplina, que tratou sobre: 1) O trabalho Docente na EaD; 2) Problemas relacionados à
tutoria; 3) Tempo e Espaços em Ambientes Virtuais; 4) Relações Interpessoais na EaD; 5)
Educação, Tecnologia e Comunicação; 6) Como utilizar as tecnologias da Informação e da
Comunicação no Processo Educativo; 7) Produção de Material Didático para a EaD; 8)
Avaliação na EaD. Conforme quadro abaixo:
QUADRO 1
ORGANIZAÇÃO DO CURSO
TEMA ATIVIDADES
- Construção do perfil no ambiente
- Te toà áà o ple idadeàdoàt a alhoàDo e te à
O trabalho docente na EAD
(PASCHOALINO, 2008)
- Banco de dados
- Avaliação diagnóstica do encontro presencial
- Te toà O desafio de uma interação de qualidade na EAD: o
Problemas relacionados à tutor eàsuaài po t iaà esteàp o esso à MILL,à
tutoria - Construção de glossário
- Fórum
- Te toà ád i ist a àoàTe poà àPla eja àaàVida àCha esà s/d
Tempo e Espaço em - Vídeo:à O aç oàdoàte po àdeàCaeta oàVeloso24
ambientes virtuais - Fórum: organização do tempo
- Diário de Bordo
- Te toà Mediaç oàPedag gi aàe àá ie tesàVi tuaisàdeà
Aprendizage :àaàpe spe ti aàdosàalu os à Machado; Teruya,
Relações interpessoais na
2009)
EaD
- Vídeo:à “apateadoàMoti a io al 25
- Fórum
- Te toà Como articular Educação, Tecnologia e
Educação, Tecnologia e Co u i aç o à Co ea,à
Educação - Vídeoà HelpàDesk 26
- Fórum
Como utilizar as Tecnologias
da Informação e da - Texto "Aprendendo das Cozinheiras" de Alves (s/d)
Comunicação no Processo - Fórum
Educativo
Te tosà Qual o papel dos materiais digitais na
ap e dizage ? àCo eiaà àeà Mate ialàDidático em EAD:
Materiais didáticos e
a importância da cooperação e colaboração na construção do
aprendizagem na EAD
o he i e to àà ássis,àC uz,à .
- Base de dados
- Fórum
24
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=OmLJxDB4Qpw
25
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=aRipR9V05QA
26
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4ZwJZNAU-hE
27
Ressaltamos que, nesse espaço, os alunos, além de realizarem as atividades dessa disciplina, o utilizam para
realizarem suas matrículas, acessarem a frequencia e notas, buscarem referencias indicadas pelos professores e se
informarem sobre os serviços universitários.
ativo, motivando-os a refletir sobre o trabalho do profissional que atua com o ensino a
distância.
Acreditamos que oferta dessa disciplina possibilitou para os estudantes o
conhecimento sobre os recursos utilizados pela EaD, suas funcionalidades e aplicabilidades
para educação a distância, sobretudo, ao delinear as funções a serem desenvolvidas pelos
tutores. As atividades foram realizadas primando a interação entre os atores e a estimulação
por uma postura questionadora e provadora de problemas. Ademais, a disciplina possibilitou
aos estudantes uma situação de construção coletiva e colaborativa de aprendizagem que, teve
como suporte, as tecnologias da informação e da comunicação, utilizando os recursos do
Moodle, tais como: fórum, chat, mensagens, banco de dados e outros.
Neste sentido, a disciplina ofertada visou o desenvolvimento das seguintes habilidades e
competências:
a) Organização do tempo;
b) Disponibilidade para o estudo;
c) Flexibilidade para as interações com os colegas;
d) Interesse pela análise e interpretação dos textos;
e) Habilidade de escrita interativa.
Constatamos que, o perfil dos alunos que optam por cursar esta disciplina é formado, em
sua maioria, por aqueles que estão no término do curso de Pedagogia ou, até mesmo, que já o
concluíram (continuidade de estudos). De acordo com estes estudantes a formação no curso
de Pedagogia, oferecido pela UFMG, não favorecia o aprendizado das possibilidades que a EaD
oferece. Muitos afirmaram que tinham desconhecimento ou até mesmo preconceito em
relação a esta modalidade de ensino por, durante todo o curso, não terem tido uma disciplina
que abordasse de maneira significativa a relação do ensino a distância e o uso das novas
tecnologias em sala de aula. O que reforçou, para eles, a necessidade de cursar a disciplina
optativa sobre o tema da educação a distância.
Ainda, para a nossa satisfação, o retorno dos estudantes foi bastante positivo. Em relatos
presenciais e postados através de fóruns, foi possível verificar que a disciplina foi de grande
relevância para os que a cursaram. Neste sentido, esperamos que esta iniciativa promova
outras novas ações com o objetivo de possibilitar o estudo da EaD nos cursos de Pedagogia e
Licenciaturas, ainda insuficientes em nossas universidades.
4 CONCLUSÃO
do campo de atuação da educação. Esperamos que esta iniciativa promova outras novas ações
com o objetivo de possibilitar o estudo da EaD nos cursos de Pedagogia e Licenciaturas em
todo o Brasil.
REFERÊNCIAS
ALVES, R. Aprendendo das Cozinheiras. Estórias de quem gosta de ensinar – O fim dos
vestibulares, Ars Poética – São Paulo, p.133, 1995, pág. 133.
http://seed.lcc.ufmg.br/moodle/file.php/205/Tecnologia_e_comunicacao_educativa-1.pdf.
2008.
VIANNEY, J.; TORRES, P.; SILVA, E. A universidade virtual no Brasil: Os números do ensino
superior a distância no país em 2002. In: Seminário Internacional sobre Universidades Virtuais
na América Latina e Caribe. Quito – Equador, 13 e 14 de fevereiro de 2003. Disponível em:
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001398/139898por.pdf. Acesso em: 23/06/20011.
MILL, D. et al. O desafio de uma interação de qualidade na EAD: o tutor e sua importância
neste processo. 2009. Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/ead/arquivos/File/Textos/texto_mill_desafio_interacao_qualida
de_ead.pdf . Acesso em: 25 de junho de 2011.
RESUMO
ABSTRACT
The research is about the effectiveness of the application of theory in the practice of
supervised training of undergraduate courses at a distance. Establishing the mode of distance
learning as guiding the analysis and understanding the desired orientation stage as a necessary
practice and primary teacher education, this is an ongoing research aims to explore the
breadth of the stage in the training of students, taking as a theoretical Pimenta (2011) and
Lima (2010), among others, the analysis that there is a general conception of
"bureaucratization of the stage, a formal compliance with the legal requirement" (PIMENTA,
28
Geógrafa, licenciada em Geografia, Mestranda em Educação pela Universidade Católica de Santos. Professora
Orientadora de estágio em cursos de licenciatura a distância na Universidade Metropolitana de Santos.
29
Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Santos, graduando em História pela Universidade de Franca,
pós-graduando em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e em História pela
Universidade Santa Cecília. Tutor EAD na Universidade Metropolitana de Santos.
30
Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu
em Educação da Universidade Católica de Santos.
2011). The research, qualitative and quantitative methodology will be based on the theoretical
and empirical, given the work done by the authors in distance education teachers as tutors in
undergraduate courses in distance education. For this work, presented as preliminary results,
the analysis of reports of students in the practice stage of undergraduate courses at a distance,
the effectiveness of orientation training conducted in a virtual learning environment and the
theoretical foundation of the effectiveness of stage based on the aforementioned authors.
1 INTRODUÇÃO
A Educação a Distância (EAD) é uma realidade presente em número cada vez maior de
municípios, através dos pólos presenciais, possibilitando o acesso ao Ensino Superior por um
número cada vez maior de pessoas, graças à Lei n° 9.394/96, lei de diretrizes e bases da
educação, que dispôs acerca da existência da modalidade de educação a distância no Brasil. O
crescimento do número de alunos, especialmente em licenciaturas, gera uma série de
discussões sobre as práticas relacionadas ao ensino. Segundo Martins e Moço (2009), a EAD
cresceu 45.000% em número de alunos no país entre os anos 2000 e 2009. Nesse contexto, os
questionamentos oriundos da forma como os cursos são conduzidos, geram questões no
tocante às avaliações, ao conteúdo apresentado ao aluno, ao processo de ensino-
aprendizagem, ao estágio, ao trabalho de conclusão de curso. Ainda que a modalidade a
distância seja apenas uma alteração no modus operandi, não prejudicando, em tese, o
processo de ensino-aprendizagem, como já mencionamos, muitos questionamentos são
gerados. Abordaremos, especificamente, o aspecto relacionado ao estágio nos cursos de
licenciatura a distância. Entendendo a prática do estágio como o momento no qual o aluno
entra em contato com a realidade acerca do curso que escolheu, a realização do estágio é o
momento no qual o aluno poderá conciliar o conhecimento teórico à prática, avaliando o que
aprendeu, relacionando a teoria à prática e vislumbrando práticas desconhecidas, assim como
assimilando as primeiras impressões que tangem a profissão docente.
Contudo, a impressão do aluno sobre o estágio nem sempre é essa que apresentamos e
aquela que fundamenta a existência da obrigatoriedade do estágio. Em muitos casos, o aluno
interpreta a realização do estágio como mera necessidade curricular, não atentando para a
possibilidade formati aài t í se aà à ealizaç o.àDeàa o doà o àPi e taà ,àp.à ,à est gioà
e disciplinas compõem o currículo do curso, sendo obrigatório o cumprimento de ambos para
obter-seà oà e tifi adoà deà o lus o .à I te p eta doà aà i possi ilidadeà deà o te ç oà doà
certificado de conclusão como penalidade, o aluno, na obrigatoriedade do estágio, vê o estágio
uitoà aisà o oà u à o po e teà u i ula à desti adoà aà at apalha à seuà otidia o,à doà ueà
espaço de aprendizado. Nesse aspecto, Pimenta (2011) cita pesquisa realizada por GATTI e
ROVAI (1977 apud PIMENTA, 2011):
Em pesquisa realizada anos antes por GATTI & ROVAI (1977), as autoras informam
que, na opinião dos professores entrevistados, o curso é acadêmico e teórico com
ausência total da prática. Faltam escolas para os alunos estagiarem e, quando
existe esta oportunidade, permanecem apenas na observação, não havendo
possibilidade de participação no planejamento e execução das atividades. Além
O exercício da atividade docente requer preparo. Preparo que não se esgota nos
cursos de formação, mas para o qual o curso pode ter uma contribuição específica
enquanto conhecimento sistemático da realidade do ensino-aprendizagem na
sociedade historicamente situada, enquanto possibilidade de antever a realidade
que se quer (estabelecimento de finalidades, direção de sentido), enquanto
identificação e criação das condições técnico-instrumentais propiciadoras da
efetivação da realidade que se quer. Enfim, enquanto formação teórica (onde a
unidade teoria e prática é fundamental) para a práxis transformadora. (PIMENTA,
2011, p. 105)
Reconhece-se que a escola tem sido privilégio das camadas sociais dominantes e
luta para torná-la acessível às camadas sociais dominadas. Para isso entende que
a escola precisa traduzir nos seus mecanismos internos de trabalho as condições
propiciadoras da aprendizagem social por parte dessa população, a aprendizagem
Aluno Y:
Durante o período de 27/02/2012 a 04/04/2012 estagiei na UME Maria Luíza
XXXX31 perfazendo um total de 99 horas de estágio. Este número de horas excedeu
e muito o pedido no estágio de Educação Infantil devido a um pedido meu à
Diretora da Unidade Municipal de Ensino. A vivência que o estágio me propiciou
foi bem distinta do que eu já havia experimentado em uma Escola Particular. Foi
bem gratificante perceber que a realidade difere, de forma positiva, dos conceitos
pré-estabelecidos de que o ensino público é ineficaz e inoperante. É claro que uma
nova experiência sempre nos imprime pontos favoráveis e também pontos
desfavoráveis. E com certeza o que outra prática de ensino puder acrescentar ao
meu trabalho de modo a valorizá-lo será muito bem vinda. Como pontos positivos,
a escola que me recebeu prima pelo acolhimento aos alunos, pelo tratamento
carinhoso que as professoras dispensam as crianças, pelo relacionamento
respeitoso entre a Equipe Técnica e o Corpo Docente e, pelo espaço físico que a
escola oferece (é uma unidade linear, com mobiliário e espaços adequados à faixa
etária atendida). No que concerne aos pontos negativos da Unidade, posso
destacar a falta de participação da comunidade do entorno, bem como a falta de
espeitoàdeàalgu sà espo s veis àpa aà o àp ofesso esàeà o àosàp p iosàfilhos.à
Como se considerasse à aà u idadeà o oà u à dep sitoà oà elho à estilo:à T à
paga doà i posto,à te hoà di eitoà eà p o to! .à Oà ueà e à algu asà situaç esà à
bastante desagradável. Outro fator desfavorável é o espaço recreativo (parque)
cuja área é pouco aproveitada para a demanda atendida. Considero que a
importância do estágio é fundamental, pois permite que possamos vivenciar
outros ambientes e outras práticas pedagógicas, possibilitando que ampliemos
nossa visão de ensino. Na prática de estágio, como professora, eu agirei da
mesma forma como agiram comigo: com cordialidade e respeito. Talvez eu tenha
tido sorte ser acolhida com tanta consideração mas, como acredito que aà olaà
voltaà pa aà sà o à aà es aà i te sidadeà o à ueà aà joga osà aà pa ede ,
pretendo caso um dia tenha estagiárias, atuar da mesma maneira. Obrigada pela
oportunidade, Aluna Y
31
O nome completo da unidade de ensino foi omitido a fim de preservar a identidade da aluna.
Aluno Z:
A vivência no estágio foi muito importante, pois possibilitou o aprofundamento
dos meus conhecimentos, com relação à Educação Infantil, sendo possível
estabelecer uma relação entre os conhecimentos aprendidos no curso e a
realidade, relacionando teoria e prática. O contato com as crianças despertou-me
a vontade em lecionar aulas para essa faixa etária, pois os pequenos são curiosos,
ingênuos, alegres, espontâneos, possuem espírito investigativo, o que dá prazer
em lecionar. O educador é valorizado, tido como modelo, engrandecendo a
profissão de professor. Os pontos positivos da escola que estagiei são: A atenção
dos funcionários que me acolheram, ensinando-me e respeitando-me como
estagiária. O cuidado e carinho dedicado às crianças da creche. Convém ressaltar
que a escola que estagiei localiza-se na periferia de Taubaté. Cidade do interior de
São Paulo, que aumentou muito os índices de criminalidade e envolvimento com o
tráfico. Percebo que embora todo esse contexto social seja capaz de influenciar a
vida das crianças, elas têm prazer em ir para a escola. A professora que
acompanhei durante meu período de estágio era muito carinhosa, trabalhava com
contação de histórias, jogos e brincadeiras. Assim, através do lúdico buscava a
construção do conhecimento e estimulava o imaginário infantil. Os pontos
negativos da escola que me acolheu e que merecem ser destacados são: Falta de
acesso à Informática: a escola possui apenas um computador, para fins
ad i ist ativos.àEà o oàle osà oàa tigoà Oàpapelàdosà eiosà aàfo aç oàdoàalu oà
eàdoàp ofesso àe àedu aç oàdeàjove sàeàadultos ,àde Moacir Gadotti (exercício de
leitura), as escolas e secretarias de educação devem possibilitar ao aluno o
contato com os meios de comunicação, pois informar-se é sinônimo de
democratização. Sem estar bem informado é impossível participar, exercer a
cidadania. Assim, acredito que seria interessante disponibilizar mais recursos, para
que as crianças possam ter aulas de informática, desenvolvendo as habilidades e
competências, com auxílio do computador. Há softwares muito interessantes para
essaà faixaà et ia,à ueà t a alha à o à o teúdosà dosà eixosà Li guage à O alà eà
Es ita,à Mate ti a,à á tes ,à et .à Osà p ofesso esà daà es ola,à deà uma forma geral,
usam poucos meios de comunicação. Na escola há TV e vídeo, mas são pouco
explo ados,àusadosà a a e teàape asà aàt a s iss oàdeàvídeosà j àela o ados .à
Não há a criação de nada novo, de maneira que as crianças possam exercer a
autoria, coauto ia.à “o eà isso,à Gadottià e fatizaà ueà aà pedagogia dos
meios entende que não se trata apenas de assistir vídeos já elaborados. Trata-se
deà p oduzi à vídeosà asà p p iasà es olas .à H à aà e essidadeà deà aisà e u sosà
humanos: a diretora reveza entre as funções de diretora e secretária, necessitando
do auxílio dos professores para algumas questões administrativas. Algumas salas
necessitariam de uma estagiária para auxiliar nas atividades e nos cuidados com
as crianças, porém as estagiárias ficam preferencialmente no berçário. Minha
visão como educadora do século XXI: acredito que o professor deva estar em
constante atualização profissional, nunca parar de estudar, pois o conhecimento
está em constante transformação, necessitando do aperfeiçoamento contínuo.
Sou formada em Letras, fiz pós graduação nas áreas de Psicopedagogia e Mídias
na Educação(USP). Porém nesse ano, ao lecionar aulas de Português para 7ª série,
encontrei alunos ainda em processo de alfabetização. Vi a necessidade de voltar
para sala de aula. Assim, iniciei o curso de Pedagogia. Além disso, acredito ser
importante o uso das novas tecnologias na educação, pois os alunos (ainda na
infância) estão cercados por informações oriundas da TV, rádio, computador,
Internet. Logo, é importante aproveitar esses recursos em sala de aula, tornando-
as mais dinâmicas e criativas, facilitando a construção do conhecimento. Também
acredito que o professor deve acreditar nas potencialidades dos alunos. Na
ap ese taç oà deà todosà osà o teúdosà deveà valo iza à oà ueà osà alu osà j à sa e ,à
seus conhecimentos prévios, para assim partir para a construção de um novo
conhecimento, favorecendo o diálogo e a aprendizagem significativa. Isso pude
observar de forma efetiva na realização de meu estágio. O educador deve planejar
e avaliar sempre, compreendendo a avaliação como um instrumento de
observação e reavaliação da prática, como é encarada na Educação Infantil. E por
último, saber trabalhar em equipe, discutindo com os pares, desenvolvendo
projetos interdisciplinares. A troca de ideias traz soluções eficazes, pois permite
compartilhar informações, trocar conhecimentos, repensar sobre a prática. Assim,
posso afirmar que a vivência no estágio é de suma importância para o aluno, pois
permite visualizar a atuação dos professores em sala de aula. E a partir disso, o
estagi ioà à apazà deà efleti à so eà oà ueà à ap e didoà oà u so à eà oà ueà à
ealizadoà aà p ti a .à Noà o e toà ueà estagiava,à algu sà o teúdosà ueà lià oà
curso e que às vezes não consegui assimilar, pude ver de forma concreta,
facilitando a construção do meu conhecimento. Foi interessante que ao elaborar
os planos de aula ( exercício de projeção) foi mais fácil, pois conseguia visualizar o
grupo de crianças da sala que estagiei e assim, refletir sobre as características do
desenvolvimento infantil, bem como as necessidades, no que tange ao
desenvolvimento de habilidades e competências, elaborando um plano coerente e
passível de ser aplicado. De um modo geral, achei muito bem organizada a
sequência de atividades de estágio propostas pela UNIMES. É interessante a
distribuição de metade das horas na escrita do projeto, bem como metade das
horas na realização do estágio, o que não ocorre em muitas Instituições,
dificultando o trabalho do estagiário. Se fosse possível mudar algo, na realização
do estágio, no tocante à faculdade disponibilizaria mais materiais voltados para a
educação infantil, pois as leituras são gerais, com temas amplos. Assim, seria
interessante a disponibilização de materiais para cada nível do estágio, como
Educação Infantil, Ensino Fundamental (1ª a 4ª série), Ensino Fundamental (5ª a
8ª série), Ensino Médio e Gestão. Também achei arriscado enviar a documentação
comprobatória, via correio. Nós poderíamos entregar essa documentação no
nosso polo de origem e após juntar todas as documentações dos alunos, os
responsáveis pelo polo enviarem, para fazer parte do currículo. Fiquei com medo
de enviar e extraviar o documento. Com relação às mudanças no tocante à
Instituição que estagiei, penso que incentivaria os professores a buscarem mais
treinamentos na área de Mídias na Educação, para que possam refletir sobre as
possibilidades de uso dos meios de comunicação, no desenvolvimento das
habilidades e competências das crianças. Em síntese, a realização do estágio é de
suma importância para instrumentalizar o educador em sua prática futura, pois
permite a relação entre teoria e prática.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MARTINS, Ana Rita; MOÇO, Anderson. Educação a distância vale a pena? Nova Escola, ed. 227,
nov/2009. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/vale-
pena-entrar-nessa-educacao-distancia-diploma-prova-emprego-rotina-aluno-teleconferencia-
chat-510862.shtml
GESTÃO
DA EAD
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
____________________________________________________RESUMOS
O objetivo desse estudo foi analisar o processo de fomento da educação a distância e seus
reflexos no andamento e na eficiência na gestão das ofertas dos cursos, apontado como um
dos principais desafios a serem superados pela gestão da educação a distância pública no
Brasil. Esse artigo desenvolveu-se através de pesquisa bibliográfica em livros, artigos e
dissertações. Procurou-se conceituar a educação a distância e as particularidades do seu
financiamento, bem como o papel das Fundações de Apoio que prestam o serviço de suporte
administrativo aos projetos de pesquisa, ensino e extensão nas universidades. Buscou-se
orientações a respeito do ciclo orçamentário brasileiro com base em legislações específicas e
das ações governamentais que influenciam direta e indiretamente a boa gestão dos recursos
destinados a esse fim. Além disso, realizou-se uma pesquisa documental em projetos e
documentos da UFMG, o que permitiu a obtenção de informações sobre os cursos a distância.
Foram analisados ainda os problemas de duas formas de execução dos recursos: 1) através dos
departamentos administrativos da universidade, utilizando-se o Sistema Financeiro Federal e
2) através da contratação de Fundação de Apoio. Esse estudo permitiu identificar problemas
com o trâmite burocrático, a falta de planejamento e o atraso na liberação de recursos para a
educação a distância. Constatou-se também a incompatibilidade do calendário financeiro
público com as reais necessidades da administração pública, a limitação de gastos em rubricas
específicas que não atendem todas as demandas dos cursos, a falta de capacitação de alguns
gestores públicos e a duplicação de setores administrativos para execução das tarefas na
estrutura organizacional da universidade e da Fundação de Apoio.
A educação a distância vem se expandindo de forma dinâmica, o que motiva a reflexão sobre a
concepção de projetos em EAD. A preocupação com a adoção da melhoria em todos os
processos educacionais e administrativos torna-se um novo paradigma a ser consolidado.
Dentre as variáveis a serem consideradas na tomada de decisão para realização de um projeto,
a Gestão de tutoria é ponto crucial. Cabe ao Gestor de tutoria uma infinidade de atribuições,
competências e atividades a serem desempenhadas no processo de sua gestão. É preciso que
ele conheça a configuração do modelo de curso e das mídias utilizadas, pois, assim, poderá
definir o perfil da equipe de tutoria. Para cada modelo, temos um tipo de tutor, ou seja, os
tutores presenciais no modelo semipresencial e os tutores virtuais na educação on-line. A
essência da gestão consiste em disponibilizar um conjunto de ferramentas para que o Gestor
possa repensar e reprojetar suas rotinas de trabalho. Essas rotinas são importantes, pois
permitem uma visão macro do gestor, proporcionando-lhe melhor entendimento do
funcionamento da organização e lhe permitindo a definição adequada de responsabilidades, a
utilização eficiente dos recursos, a prevenção e solução dos problemas, a eliminação de
atividades redundantes e a identificação clara dos diferentes públicos. Por fim, faz-se
necessário refletir sobre a importância da estruturação de um setor para desenvolver
instrumentos de planejamento e gestão dos cursos a distância, de acordo com necessidades
específicas da instituição, levando-se em conta múltiplos cursos, públicos e níveis, bem como a
gestão dos clientes internos da instituição (equipe de professores, produtores de mídia,
tutores, etc.).
A educação a distância vem se expandindo de forma dinâmica, o que motiva a reflexão sobre a
concepção de projetos em EAD. A preocupação com a adoção da melhoria em todos os
processos educacionais e administrativos torna-se um novo paradigma a ser consolidado.
Dentre as variáveis a serem consideradas na tomada de decisão para realização de um projeto,
a Gestão de tutoria é ponto crucial. Cabe ao Gestor de tutoria uma infinidade de atribuições,
competências e atividades a serem desempenhadas no processo de sua gestão. É preciso que
ele conheça a configuração do modelo de curso e das mídias utilizadas, pois, assim, poderá
definir o perfil da equipe de tutoria. Para cada modelo, temos um tipo de tutor, ou seja, os
tutores presenciais no modelo semipresencial e os tutores virtuais na educação on-line. A
essência da gestão consiste em disponibilizar um conjunto de ferramentas para que o Gestor
possa repensar e reprojetar suas rotinas de trabalho. Essas rotinas são importantes, pois
permitem uma visão macro do gestor, proporcionando-lhe melhor entendimento do
funcionamento da organização e lhe permitindo a definição adequada de responsabilidades, a
utilização eficiente dos recursos, a prevenção e solução dos problemas, a eliminação de
atividades redundantes e a identificação clara dos diferentes públicos. Por fim, faz-se
necessário refletir sobre a importância da estruturação de um setor para desenvolver
instrumentos de planejamento e gestão dos cursos a distância, de acordo com necessidades
específicas da instituição, levando-se em conta múltiplos cursos, públicos e níveis, bem como a
_________________________________TRABALHOS COMPLETOS
RESUMO
32
Mestranda em Estudos Linguísticos- Linguagem e Tecnologia
33
Doutor em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
34
Mestre em Educação - University Of Wisconsin
ABSTRACT
Distance education has been expanding dynamically, what motivates the reflection on the
design of projects in EAD. The concern with the adoption of improved in all educational and
administrative processes becomes a new paradigm to be consolidated. Among the variables to
consider in making a decision to carry out a project, the management of mentoring is crucial. It
is up to the Manager of mentoring a myriad of duties, powers and activities to be performed in
the process of its management. It must meet the current template configuration and media
used, because, well, you can define the profile of mentoring team. For each model, we have a
kind of tutor, i.e., face-to-face tutoring in semipresencial model and the virtual tutors on-line
education. The essence of management is to provide a set of tools for which the Manager can
rethink and redesign their work routines. These routines are important because they allow a
macro view of the Manager, providing you with better understanding of the functioning of the
Organization and allowing the appropriate definition of responsibilities, the efficient use of
resources, the prevention and resolution of problems, eliminating redundant activities and
clear identification of different audiences. Finally, it is necessary to reflect on the importance
of structuring a sector to develop planning tools and management of distance learning
courses, according to the specific needs of the institution, taking into account multiple public
courses and levels, as well as the management of the institution's internal customers (team of
teachers, media producers, tutors, etc.).
1 INTRODUÇÃO
Com a expansão da Educação a Distância (EAD), percebe-se que a cada dia mais e novos
projetos de Gestão em EAD são lançados no mercado educacional. Priorizando-se a qualidade
nos processos educacionais e administrativos, este artigo tem o objetivo de abordar as
especificidades da Gestão da tutoria, seu papel e importância dentro dos programas de EAD.
Tende ainda discutir as diversas atribuições, competências e atividades envolvidas na gestão
de uma equipe tutorial de cursos a distância e descrever as características e atribuições de um
setor de produção em uma instituição de EAD, bem como suas interfaces com os demais
setores institucionais.
Este se justifica à medida que reflexões acerca da concepção de projetos em EAD tornam-
se necessárias. Muitas são as variáveis a serem consideradas na tomada de decisão para
realização de um projeto, porém a Gestão de tutoria é ponto crucial. TRACTENBERG (2011)
afirma que cabe ao tutor dar vida aos conteúdos e atividades trabalhados, mesmo que ele não
seja o autor dos materiais e do plano de curso. Embora seja apenas um dos atores do serviço
prestado, é ele quem está mais próximo e representa a instituição educacional junto ao
público alvo.
A importância do papel da tutoria é reafirmada por diversos autores, tais como
MORGADO (2006) e CARVALHO (2007), que declaram que a atuação do professor é a chave do
sucesso do ensino on-line.
Para melhor compreensão dos procedimentos que envolvem a gestão da tutoria, passa-se
a explicar qual é o papel do tutor na Educação a distância, dada a sua importância no processo
de ensino-aprendizagem. Ele atuará no sentido de mediar a relação entre aluno-professor,
aluno-aluno, aluno-coordenação. O decreto CD/FNDE nº 26 de 2009, elenca as seguintes
atribuições do tutor:
referenciais de qualidade.
Oà te oà gest o ,à segu doà MáXIMIáNOà ,à o igi a-se da palavra gestio, esta, por
sua vez, proveniente de gerere,à ueà sig ifi aà t aze à e à si,à p oduzi .à Nesseà se tido,à aà
gest o à passaà aà se à e te didaà o oà si i oà deà ad i ist aç o.à Maisà ueà o ga iza ,à aà
administração implica a produção de novos relacionamentos nos contextos sociais, político,
cultural e pedagógico, de modo que se promova interação, integração, participação e
articulação entre os atores deste processo.
O gestor de tutoria assume um papel essencial no projeto de EAD, pois ele tem a difícil
tarefa deàge i àoà o aç o àdoà u so,à o oàafi aàBO‘GE“à .àOàsu essoàdeàu à u soàdeà
EAD está diretamente ligado à correta tomada de decisão na escolha do Gestor de tutoria,
pois, dentre outros fatores, ele será o responsável pela constituição da equipe de tutoria.
Espera-se do Gestor de tutoria uma infinidade de atribuições, competências e atividades
que são desempenhadas no processo de sua gestão. Como já mencionado, uma das
características do Gestor de tutoria é a liderança. TRACTENBERG (2011) acredita que o
gesto / oo de ado à de eà se à u à líde à pa ti ipati oà o à fo oà aà soluç oà deà p o le as,à aà
fa ilitaç oàdoàt a alhoàdosàp ofesso esàeàe àsuaào ie taç o/fo aç oà o ti uada. .à
Importante lembrar que o gestor de tutoria, indiferente do sistema que opere, é um
Gestor educacional. MILL ET. AL.. (2010) apresentam a diferença entre a gestão educacional e
a empresarial. Os autores explanam conceitos muito esclarecedores, quando afirmam que:
Essa reflexão se faz importante visto que as atividades praticadas pelos sujeitos
envolvidos na EAD não estão centradas no ambiente tradicional de sala de aula; ao contrário,
se descentralizam em diferentes e múltiplos espaços virtuais constituídos de informações,
tecnologias de comunicação e softwares de apoio, como de pesquisa, simulação, editoração,
entre outros. Esse novo contexto exige uma nova mentalidade de docência, e, antenado a esse
novo paradigma, é que o Gestor de tutoria, juntamente com todos os atores envolvidos nesse
processo, deve desenvolver competências para lidar com tais recursos e possibilitar
experiências diferenciadas de ensino e aprendizagens, respeitando as características e o tempo
de aprender de cada aluno (GARBIN ET. AL., 2010).
BORGES (2011) destaca competências importantes que cabem ao Gestor de Tutoria:
competência política e interpessoal; administração de RH; planejamento e avaliação curricular;
desenvolvimento e implementação de projetos educacionais; docência (e, desejável, docência
on-line); gestão da aprendizagem; gestão da mudança.
TRACTENBERG (2011) destaca ainda que o Gestor deve criar um plano de tutoria dos
cursos on-line em conjunto com a coordenação pedagógica e com os professores-autores, em
conformidade com o modelo pedagógico da instituição; estabelecer critérios para a seleção de
tutores; definir políticas de remuneração de tutores; planejar e coordenar o processo de
seleção de tutores; selecionar e coordenar a equipe de apoio à coordenação de tutoria;
planejar e coordenar o processo de formação inicial e continuada dos tutores; administrar a
alocação de tutores nas turmas; acompanhar, avaliar o desempenho e orientar tutores
(supervisão, coaching, mentoria); promover a integração, a colaboração e a colegialidade
docente, inclusive entre professores-autores e professores-tutores; solucionar eventuais
problemas e conflitos relativos à tutoria; fornecer feedback às demais coordenações sobre a
tutoria, o desempenho das turmas, os conteúdos e atividades dos cursos, a fim de que estas
possam melhorá-los; representar o corpo docente frente às outras coordenações e à
instituição.
instituições e de cursos a distância e que por isto mesmo requerem dos gestores
um conhecimento destas vertentes para que se defina qual o perfil de equipe
tutoria mais adequada a qual tipo de curso. Importante, pois, desta definição,
muitas vezes, depende o sucesso e continuidade do curso, uma vez que a tutoria é
u aàdi e s oàesse ialàdeàu à u soàaàdist ia,à o oà ueàoà o aç o àdoà u so.à
(BORGES, 2011, p. 08)
Como se vê, para cada modelo, temos um tipo de tutor, ou seja, os tutores presenciais no
modelo semipresencial e os tutores virtuais na educação on-line. A partir do modelo e mídias
utilizadas, o gestor poderá compor uma equipe de tutoria que desenvolva suas atividades com
eficência. Para tal decisão, o gestor deverá considerar os critérios definidos pelo Institute for
Distance Education da Maryland University - IDE (1997) conforme citado por BORGES (2011) e
representado na tabela a seguir:
TABELA 1
ATRIBUIÇÕES DO TUTOR
MODELOS
Classe Distribuída Aprendizado Independente Aprendizado Independente
+ Aula
Atribuições do tutor
- Acompanhamento mais O tutor acompanha, de forma Como se trata de uma
quantitativo das atividades mais individual, as atividades combinação dos modelos
dos estudantes e em nível do estudante e, por isso, o anteriores, este modelo
coletivo, portanto a relação número de estudantes é mais requer a participação de
tutor/número de estudantes reduzido. O tutor precisa ser tutores virtuais e de tutores
pode ser ampliada. especialista na área de presenciais. Assim a relação
- O tutor não necessita ter conhecimento em questão, tutor/número de estudantes
uma formação na área ou seja, o tutor virtual. pode ser significativa para os
específica de conhecimento, primeiros e reduzida para o
mas se faz necessária a segundo tipo.
produção do conteúdo e do
material didático por um
especialista, assim como a
avaliação da aprendizagem.
Fonte: IDE (1997) – Adaptação
Conforme a tabela, o tutor não precisa ter uma formação específica e pode acompanhar
apenas quantitativamente as atividades dos alunos, se o modelo optado for de Classe
Distribuída. Se a opção for pelo modelo de Aprendizado Independente, as atribuições do tutor
virtual são mais direcionadas aos estudantes, que serão em número reduzido e este deverá ser
especialista na área de conhecimento do curso em questão. Já no caso de opção pelo modelo
combinado de Aprendizado Independente mais Aula, será necessário tanto tutores virtuais
quanto presenciais. Observa-se então a importância profissional dada ao tutor tanto no
modelo de Aprendizado independente quanto no modelo de Aprendizado Independente mais
aula.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para conceber o sistema de tutoria de um projeto de EAD e para que este se concretize,
é preciso refletir sobre atribuições, competências e atividades envolvidas na gestão de uma
equipe tutorial. É fundamental que o gestor/coordenador de tutoria desenvolva competências
específicas para atuar neste contexto. As atribuições e atividades envolvidas devem ser
desempenhadas com vistas ao desenvolvimento de uma liderança efetiva. É interessante que o
Gestor/ Coordenador tenha experiência como aluno e/ou tutor para melhor entender as
necessidades tanto dos alunos como da equipe de tutores. Além disso, ele deve demonstrar
segurança, criatividade e habilidades de relacionamento interpessoal, objetivando o sucesso
da equipe de alunos a fim de monitorá-los na caminhada da construção do conhecimento.
O setor de produção é também parte importante no projeto de EAD, sendo que os
profissionais devem apresentar perfis bem específicos para a função, porém, não diferente dos
demais setores, também devem demonstrar criatividade, espírito inovador, capacidade de
comunicação, iniciativa, interesse por novas técnicas e tecnologias, ousadia e espírito de
equipe.
Após a leitura dos diversos autores citados neste artigo, que contribuíram para a
compreensão de gestão de tutoria e o setor de produção de uma instituição de EAD, percebe-
se a complexidade e importância da gestão em Educação a Distância. A existência de dois
elementos essenciais - gestão e gestor - é determinante e imperativa no fazer pedagógico, no
processo ensino-aprendizagem e na elaboração de um plano de gestão em EAD. É importante
destacar que o gestor em EAD deve manter o foco no resultado, porém ele não pode esquecer
que a sua atuação envolve a gestão do conhecimento, o que faz toda a diferença em relação a
outras formas de gestão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília: SEED, 2007.
DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez/UNESCO, 2000.
MEIRELLES, Eduardo; LOPES, Carlos Henrique; PRATES, Antônio. O setor de produção em uma
instituição de EAD. SENAC/MG, Gestão da EaD, 2011.
RESUMO
ABSTRACT
The purpose of this paper is to analyze the tools available for monitoring and controlling
the students in the Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle) -
software for virtual learning environment, taking as reference the device presented by
Foucault's Panopticon (1987) in his work Discipline and Punish. This is a qualitative case study.
For this purpose, print screens from Moodle were taken. It was observed that through Moodle
it is possible to control the participant of a course: this one can access the virtual ambient
whenever he wants, but he is monitored since the very beginning when use his login and
35
Doutoranda em Administração - UFPE/PROPAD
36
Especialista em Gestão da Segurança da Informação e Comunicação - UNB
37
Doutor em Administração - UFRGS
everything he does on the course is registered until the disconnection. With all information
registered and kept, statistics and reports about participant´s behavioral and performance are
produced. Examining the tools of Moodle in the light of panoptic perspective sought to
provoke a reflection about how the use of technologies for education can also bring in its heart
the sophistication of subtle forms of control over teachers and students. It is believed that
Moodle provides classrooms without walls where participants enjoy the feeling of freedom
and autonomy, but at the same time, it does not cease to watch them intermittently, subtly
and invisibly, similar to the panoptic view. In this sense, each educational institution should
balance these opportunities offered by Moodle in order to achieve the proposed objectives for
their activities in distance education.
1 INTRODUÇÃO
Para dizer tudo em uma palavra, ver-se-á que ele é aplicável penso eu, sem
exceção, a todos e quaisquer estabelecimentos, nos quais, num espaço não
demasiadamente grande para que possa ser controlado ou dirigido a partir de
edifícios, queira-se manter sob inspeção um certo número de pessoas. Não
importa quão diferentes, ou até mesmo quão opostos, sejam os propósitos (....) (p.
20)
O Panóptico de Bentham foi analisado por Foucault e considerado como inspiração para a
rede de controle das sociedades disciplinares. Pode-se afirmar AINDA que a forma do
Panóptico é amplamente conhecida e divulgada:
Na descrição acima, inclui-se ainda que o Panóptico possui uma parede espessa o
suficiente para que o aprisionado não se comunique com os demais. Não podem, pois, exercer
oà papelà deà sujeitoà u aà o u i aç o .à Isoladosà u sà dosà out os,à oà se doà su etidosà
o sta te e teà à o diç oà deà o jetoà deà a lise à FOUCáULT,à ,à p.à 90). Como não há
interação entre os indivíduos, as condições para revoltas não se instalam.
Não havia, com certeza, nenhuma maneira de saber se você estava sendo
observado em qualquer momento. Saber quão frequentemente, ou em qual
sistema, a Policia do Pensamento entrava na linha individual era adivinhação. Era
até mesmo concebível que eles observassem todo mundo o tempo todo. Mas, de
qualquer forma, eles poderiam interceptar sua linha quando quisessem. Você tem
que viver - vivia, do habito que se tornou instinto - na presunção que todo som que
você fizesse seria escutado, e, exceto na completa escuridão, todo movimento
seria cuidadosamente observado. (ORWELL, 1990, p.05).
3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO
possibilidade de criar e conduzir cursos à distância, por meio de atividades (exigem ação do
aluno) e recursos (materiais para consulta e estudo) (BRANDL, 2005).
O Moodle foi projetado com base na pedagogia sócio-construtivista e a partir dessa
perspectiva tem como objetivo fornecer um conjunto de ferramentas que suportam a
investigação e a descoberta baseada em abordagem de aprendizagem online. No Brasil, esse é
um dos softwares mais utilizados pelas IES (Instituições de Ensino Superior) que oferecem
cursos à distância (CARLINI; TARCIA, 2010).
As ferramentas oferecidas pelo Moodle propiciam tanto a comunicação entre os
participantes do curso como ferramentas de publicação de conteúdo - fórum, chat, escolhas-
enquetes, glossário, diário, questionário, tarefa, wiki, lição, banco de dados. Mais que isso,
também o software apresenta ferramentas de gerenciamento das atividades online. Portanto,
apresenta toda a estrutura administrativa e acadêmica, bem como ferramentas de interação
(DELGADO et al., 2008).
O acesso ao Moodle dá-se por meio de login e senha de cada usuário, que a partir dessa
identificação, acessa o seu ambiente customizado a partir de configurações específicas. Cada
u àte àsuaà cela ,àeà àdelaà ueàosàalu os,àp ofesso es,àtuto esàeà oo de ado esàpa ti ipa àdoà
curso ou atividade. Neste ponto é possível argumentar que diferentemente do Panóptico, no
Moodle os usuários comunicam-se entre si nos chats e fóruns, por exemplo. Contudo, como
será mostrado adiante, todas essas conversas podem ser monitoradas, registradas e
disponibilizadas para acompanhamento do aluno pelo professor.
O Moodle disponibiliza ao professor relatórios que acompanham todo o percurso dos
alunos durante o curso. Para tanto, há opções que permitem filtrar os dados armazenados no
sistema e assim acessar informações sobre a atuação individual ou em grupo dos alunos.
Neste sentido, a figura 01 mostra que o Moodle permite ao professor, coordenador ou
tutor acompanhar as atividades de todos os alunos: todos os dias, todas as ações e atividades
que eles realizam no ambiente. Esse monitoramento, assim como no Panóptico, acontece de
forma constante e sem a necessidade de autorização dos alunos para ser exercido:
A próxima figura (02) mostra que caso o professor/tutor deseje, tem ainda a sua
disposição, um relatório de atividades que sinaliza quantas vezes uma atividade ou material foi
visualizado pelo grupo, e quando se deu o último acesso:
Desta forma, o professor pode ter uma visão do grupo de alunos e tutores do curso,
semelhantemente ao panóptico onde apenas um inspetor era capaz de vigiar muitas celas,
pois possuía uma visão privilegiada do todo.
A figura 03 mostra outra perspectiva, qual seja, ao acessar o perfil individual do aluno, o
professor/tutor obtém informações sobre a data do último acesso do aluno; as mensagens
postadas por ele nos fóruns do curso e aos Relatórios de atividades.
De fato, o aluno pode também rever o que acessou no ambiente, as mensagens enviadas,
a quantidade de visitas ao curso e sua participação nas atividades. No entanto, apesar de ter
ciência de que essas ferramentas estão disponíveis, o aluno não sabe se o professor ou tutor
está acessando as informações sobre seu desempenho em tempo real. Sob a perspectiva
panóptica, ele se sabe monitorado, acompanhado, mesmo que não necessariamente esteja
sendo.
Com efeito, as várias ferramentas de acompanhamento e controle da atuação dos alunos
em um curso têm suas especificidades, obviamente. É importante reforçar que embora os
relatórios a seguir estejam à disposição dos alunos e tutores, eles não são avisados quando o
professor os acessa. Pode-se dizer então que o monitoramento dos alunos é feito de forma
invisível, sutil, semelhante ao observar panóptico. Uma dessas ferramentas é o relatório de
outline (figura 04) que mostra a relação dos recursos e atividades do curso e o respectivo
número de visitas aos recursos e a data e o horário do último acesso, por participante (seja ele
aluno ou tutor):
A próxima figura (05) refere-se ao relatório completo individual, que apresenta a relação
de tópicos e o detalhamento dos recursos atividades do curso, sinalizando o número de visitas
aos recursos e a participação nas atividades, bem como a data e o horário do último acesso:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALCADIPANI, R.; ALMEIDA, A. Por fora bela viola, por dentro... : analise critica sobre a
gestão do espaço nas organizações através de um estudo de caso sobre a implementação de
um escritório aberto no Brasil. Organização & Sociedade. Salvador, v. 7, n. 19, pp. 35-51,
set./dez. 2000.
BANKS, M. Dados visuais para pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
BAUER, M. W. GASKELL, G. (ORG.), 2002. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: Um
Manual Prático.Tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis: Vozes, 2002.
BEHAR, P. A.; MEIRELLES, S. The virtual learning environment ROODA: an institutional project
of long distance education. Journal of Science Education and Technology, v. 15, n. 2, p. 159-
167, 2006.
BESSI, V.; ZIMMER, M. V.; GRISCI, C. L. I. O Panóptico Digital nas Organizações: Espaço-
temporalidade e Controle no Mundo do Trabalho Contemporâneo. O&S. Organizações &
Sociedade, v. 14, p. 83-96, 2007.
B‘áNDL,àK.à á eà ouà ead à toà Moodle ?à Language Learning & Technology. v. 9, n. 2, maio/
2005. pp. 16-23.
CARLINI, A.; TARCIA, R. M. 20% a distância e agora?: orientações práticas para o uso de
tecnologia de educação a distância no ensino presencial. São Paulo: Pearson, 2010.
HARDY, C.; CLEGG, R. S. Alguns ousam chamá-lo de poder. In: CLEGG, Stewart R.; HARDY, C.;
NORD, W. R. Handbook de estudos organizacionais. v.2 São Paulo: Atlas, 2010.
MERRIAN, S. B. Qualitative research and case study applications in education. San Francisco:
Jossey-Bass Publishers, 1998.
PALANGE, I. Os métodos de preparação de material para cursos on-line. In: MILITTO, Fredric
Michael; FORMIGA, Marcos (orgs.). Educação a distância : o estado da arte. São Paulo :Pearson
Educacion do Brasil, 2009. p. 239-248.
SEWELL, G. The discipline of teams: the control of team based industrial work through
eletronic and peer surveillance. Administrative Science Quarterly, v. 43, p. 397-428, 1998.
SILVA, S. T.; SOUZA, C. S. Pesquisa Científica em Ambientes Virtuais. VIII Brazilian Symposium
on Games and Digital Entertainment, Rio de Janeiro, Outubro, 2009. Disponível em
<http://www.sbgames.org/papers/sbgames09/culture/short/cults16_09.pdf>. Acesso em 21
abril. 2012.
SILVEIRA, R. A.. Michel Foucault: poder e análise das organizações. Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2005. 168 p.
ZIMMER, M. O panóptico está superado? Estudo etnográfico sobre a vigilância eletrônica. Tese
(Doutorado em Administração). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre,
2009.
MATERIAL
DIDÁTICO
E EAD
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
____________________________________________________RESUMOS
Devido à expansão da educação a distância e ao uso das tecnologias para fins educacionais,
torna-se cada vez mais urgente a demanda por profissionais que desenvolvam soluções para o
aprendizado eletrônico. O perfil deste profissional implica em uma formação não só na área da
educação, mas também em diferentes campos do conhecimento, tendo como referência as
contribuições pedagógicas para o ensino e ap e dizage .à “egu doà “a tosà ,à algu sà
princípios pedagógicos importantes para o Desenho Instrucional de cursos de Educação a
Distância (EaD) podem ser utilizados como referência para nortear o planejamento de Objetos
deà áp e dizage .à De t oà desseà ontexto temos o Designer Instrucional, responsável por
desenvolver competências voltadas para a aprendizagem através de métodos, técnicas e
atividades mediadas pela tecnologia. Partindo da experiência na construção de cursos em tela
flash ou HTML pela empresa webAula, apresentaremos o uso de storyboards pelo Designer
Instrucional como instrumento de orientação no desenvolvimento de cursos a distância por
uma equipe multidisciplinar. O uso de instrumentos ou atividades capazes de orientar
adequadamente e de apoiar o desenvolvimento de múltiplas competências, habilidades e
atitudes contribui no desenvolvimento de cursos a distância. A utilização de storyboards na
fase de produção tem gerado um produto final alinhado às competências necessárias para o
desenvolvimento de um fluxo de produção e seu acompanhamento, de uma forma mais visual
possível, com descrições técnicas do que será produzido à equipe. Isto possibilita um
entendimento maior sem margem para decisões ao acaso evitando o comprometimento da
qualidade do curso. Por isso, destacamos a relevância deste profissional, através do relato de
experiência com o uso de storyboard.
Link: http://youtu.be/04HE8lnKf_M
Renata Gonçalves
Érika Loureiro Borba
Alexandre José de Carvalho Silva
Contato: [email protected]
Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Link: http://www.youtube.com/watch?v=0hMH7UJcMsI
Deleuze e Guatarri (1995) afirmam que o conhecimento precisa ser tecido rizomaticamente
como uma rede, que remeta ao múltiplo, e que se realiza de forma dinâmica, em relações
fasciculares. Para tanto, trabalham com os princípios de conexão e heterogeneidade, de
multiplicidade e os da ruptura assignificante, para evidenciar que não existe um conhecimento
mais importante que outro, mas sim ramificações que partem de qualquer ponto e, se dirigem
para outros. Tal conceito cunhado pelos autores citados, rompem com o conhecimento
depois incluídas para que cada ferramenta fosse então relacionada com habilidades,
competências e atitudes que seu uso contribuiria para desenvolver nos alunos. A matriz se
tornou então 5 x 6. Uma última coluna foi então incluída para que os cursistas indicassem
como cada ferramenta do Moodle poderia promover e facilitar a interdisciplinaridade no
processo de ensino-aprendizagem, criando então uma matriz 5 x 7.
EM CURTANDO A DISTÂNCIA
MEDIAÇÃO E
AVALIAÇÃO
EM EAD
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
____________________________________________________RESUMOS
apenas de interação que deve ser intrínseco ao ensino a distância, há a intenção de discussão
do fórum como espaço de ensino-aprendizagem durante e após a realização do mesmo,
através da intervenção docente no decorrer do fórum e a posterior compilação e apresentação
aos alunos dos conhecimentos revelados e trabalhados na discussão decorrente da temática
apresentada. O trabalho utiliza-se de elementos teóricos e empíricos na apresentação de seu
conteúdo, uma vez que os autores exercem a docência no ensino a distância. A partir de
experiências vivenciadas, fundamentadas na teoria, o trabalho pretende apresentar o fórum
no ensino a distância como processo avaliativo completo e necessário para a construção do
conhecimento.
Este trabalho é resultado parcial de uma pesquisa de mestrado que se propôs a fazer uma
análise das interações entre professor-aluno no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) a
partir da perspectiva da teoria sócio-histórica de Vygotsky (1896-1934). As ideias de Vygotsky
têm particular relevância para a área da educação. Sua concepção de que o desenvolvimento
deve ser visto de maneira prospectiva, para além do momento atual, é central para a educação
e o aspecto principal do constructo da zona de desenvolvimento proximal (ZDP). O aporte
teórico para estabelecer as formas de intervenção e atuação na ZDP foi encontrado em
Gallimore e Tharp (1996), autores que se fundamentam em Vygotsky e apresentam um
modelo constituído por quatro estágios que representam o progresso pela zona de
desenvolvimento proximal. Para os autores, o avanço pela ZDP – do desempenho assistido ao
desempenho não-assistido, se processa de forma gradual e, assim, propõem uma relação de
formas de assistência, as quais são chamadas de meios de assistência ao desempenho. Neste
sentido, investigou-se como ocorreu a atuação na ZDP nos processos da educação a distância
(EaD), utilizando os meios de assistência ao desempenho. A pesquisa caracteriza-se como um
estudo de caso de abordagem qualitativa, tendo como locus da pesquisa a Rede Escola Técnica
Aberta do Brasil (e-Tec) ofertada pelo CEFET-MG com três cursos técnicos a distância. Os
resultados da pesquisa apontaram para a possibilidade de atuação na ZDP no contexto da
educação a distância e para a necessidade de que professores e tutores assumam a postura de
mediadores no processo ensino-aprendizagem.
INT‘ODUÇÃO:Oà u soà deà apa itaç oà Doe çaà Fal ifo e:à li haà deà uidadosà aà áte ç oà
Primária" é uma das etapas de um projeto de educação sobre doença falciforme para
profissionais das equipes de saúde. O projeto inicia-se com a mobilização de gestores, através
de acordos firmados com a gestão estadual e municipal de saúde os profissionais são indicados
e informados sobre o curso para efetivar a sua participação. A capacitação acontece em
ambiente virtual de aprendizado. O monitoramento telefônico dos profissionais participantes
doàp o essoàdeà Fo aç oàdeàFa ilitado es à àu aàest at giaàedu ati aàlo gitudi alà ueà isaà
otimizar o aproveitamento, fortalecer o vínculo e a participação do profissional no curso de
educação à distância (EAD). OBJETIVO: (1) Monitorar e acompanhar o acesso dos profissionais
durante o processo de formação de facilitadores. (2) Identificar os elementos relatados como
dificultadores e/ou facilitadores no período de participação no curso EAD. METODOLOGIA:
Trata-se de um relato de experiência descritivo sobre o monitoramento realizado durante o
curso de educação à distância. Os contatos foram realizados semanalmente por acadêmicos
com um roteiro, visando o acompanhamento da participação dos profissionais no curso
durante o ano de 2011. Os registros das ligações telefônicas foram armazenados em um banco
de dados para o monitoramento e avaliação da participação pela equipe de tutores do curso.
RESULTADOS: O monitoramento permitiu o aumento da frequência e participação dos
profissionais no processo de ensino e aprendizagem à distância proporcionando melhor
aproveitamento no curso. CONCLUSÃO: O monitoramento telefônico possibilitou a
identificação dos elementos dificultadores e/ou facilitadores vivenciados pelos profissionais e
a avaliação da participação durante o processo de capacitação em ambiente virtual.
O presente trabalho tem como objetivo discutir a relação entre interação e linguagem em
ambientes de aprendizagem. A palavra virtual será problematizada quanto ao seu aspecto
restritivo, ou seja, ela pode ser aplicada ou aplicável a diversas situações, as quais se
complexificam ao passo que as tecnologias se desenvolvem e os hábitos da sociedade mudam.
A análise focaliza especialmente a questão da linguagem. Ou seja, o seu papel no
estabelecimento e desenvolvimento da efetiva interação nos ambientes de aprendizagem.
Para tanto, é preciso discutir tanto o conceito de interação quanto de linguagem a partir de
experiências de mediação em ambientes virtuais de aprendizagem.
I t oduç o:àOà u soà Doe çaàfal ifo eà DF :à li haàdeà uidadosà aàate ç oàp i iaà àsaúdeà
áP“ ,à ealizadoàpo àedu aç oà àdist ia,à àdi e io adoàpa aàp ofissio ais de saúde de nível
superior e visa à formação de facilitadores que poderão atuar na replicação dos
conhecimentos para os demais integrantes das equipes da APS. O curso se desenvolve a partir
de fóruns de discussão de casos clínicos. Incentiva um olhar compartilhado e multiprofissional
direcionado para a integralidade do cuidado. Objetivos: Descrever os resultados do teste de
conhecimento sobre a DF realizado pelos alunos como parte do processo de inscrição no curso
Doe çaà fal ifo e:à li haàdeà uidadosà aà ate ç oà p i iaà à saúde .à M todos:à Oà teste,à ueà
será repetido ao final do curso, é constituído por 38 questões divididas em áreas temáticas: 5
questões, de múltipla escolha simples, sobre a fisiopatologia da DF; 30 questões, de verdadeiro
ou falso, sobre o manejo da DF na APS e 3 questões sobre o período da replicação do conteúdo
para as equipes de saúde. Resultados: 129 alunos responderam ao pré-teste que é parte do
processo de inscrição do curso no 2º semestre de 2011. A distribuição por categorias
profissionais: 39 médicos (30%), 72 enfermeiros (56%) e 18 (14%) profissionais de outras
categorias. O índice geral de acerto das questões por área temática: fisiopatologia, 70%;
manejo da DF, 73% e replicação, 60%. O percentual de acerto das questões sobre manejo da
DF na APS foi de 82% para os médicos, 72% para enfermeiros e 60% para os demais
profissionais. Conclusão: O curso pretende que haja avanço nos conhecimentos teóricos e
práticos sobre DF para as equipes de saúde da APS, além de possibilitar aos gestores a
implementação, durante o período de replicação dos conhecimentos pelos facilitadores, de
ações voltadas para a organização da atenção à pessoa com DF nos municípios.
_________________________________TRABALHOS COMPLETOS
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
2 AFETIVIDADE E EDUCAÇÃO
2010. p.25). A partir da análise das idéias deste, pode-se perceber as relações de afetividade
em um processo de ensino e aprendizagem a partir dos diferentes posicionamentos descritos
pelos alunos que foram os sujeitos deste processo de ensino e aprendizagem.
Osà estudosà ueà utiliza a à oà te oà afeti idade à aà eaà edu a io al,à fo a à at à à
iti adosà o oà oà ie tífi os àde idoà ài se ç oàdeà atego iasà o side adasà su jeti as àe à
suas definições. As idéias propostas por Wallon contribuíram para a definição da afetividade
de forma aproximada com a complexidade do desenvolvimento orgânico e cognitivo.
A partir do entendimento das idéias de Wallon, nota-se como a inter relação entre
afetividade e relações sociais pode ser fundamental para a compreensão dos processos de
aquisição do conhecimento, uma vez que estes relacionam-se ao desenvolvimento cognitivo,
que sofre influências diretas das construções afetivas dos sujeitos, pois:
A afetividade, nesta perspectiva, não é apenas uma das dimensões da pessoa: ela
é também uma fase de desenvolvimento, a mais arcaica. O ser humano foi, logo
que saiu da vida puramente orgânica, um ser afetivo. Da afetividade, diferenciou-
se lentamente a vida racional. Portanto, no início da vida, a afetividade e
inteligência estão sincreticamente misturados com a primeira. (TáILLE,à Y.à D.L.à
OLIVEI‘á,àM.K.àDáNTá“,àH,à .àp.
Outro autor que ofereceu contribuições importantes sobre esta temática foi
(PIAGET,1954/1994). Assim como Wallon ele relaciona a aproximação entre as dimensões
afetivas e cognitivas, considerando que a afetividade como mola propulsora de diferentes
tipos de ações.
De acordo com Piaget, não existem estados afetivos sem elementos cognitivos,
assim como não existem comportamentos puramente cognitivos. Quando discute
os papéis da assimilação e da acomodação cognitiva, afirma que esses processos
da adaptação também possuem um lado afetivo: na assimilação, o aspecto
afetivo é o interesse em assimilar o objeto ao self (o aspecto cognitivo é a
compreensão); enquanto na acomodação a afetividade está presente no interesse
pelo objeto novo (o aspecto cognitivo está no ajuste dos esquemas de pensamento
ao fenômeno).(ARANTES, 2002)
Nota-se que Piaget apresenta que a afetividade e a cognição são elementos inseparáveis,
em seu trabalho "Les relations entre l'intelligence et l'affectivité dans le développement de
l'enfant"(1953-54) o autor afirma que as ações e pensamentos contém aspectos cognitivos e
afetivos, sendo assim a afetividade é assumida pelo autor como componente da estrutura de
organização do pensamento.
O entendimento dos processos de ensino e aprendizagem deve considerar o fato de que
os comportamentos cognitivos são também compostos de dimensões afetivas. Segundo
Arantes N oà e iste à estadosà afeti osà se à ele e tosà og iti os,à assi à o oà oà e iste à
comportamentos puramente cognitivos. à á a tes,à .àDestaàfo aàp o o e àsituaç esàdeà
aprendizagem requer considerar as particularidades de desenvolvimento cognitivo e afetivo
dos diferentes sujeitos.
A educação à distância, mediada pela internet, tendo como veículo o texto, pode
ter, sim, um ambiente afetivo que estimula a relação e a emoção. Se, como foi
dito, a afetividade não pode ser separada da atuação cognitiva, parece-nos clara a
possibilidade de aprendizagem efetiva via computador.(VEIGA, A.L.V.S, 2005, p. 8
.
4 MÉTODO DE COLETA DE DADOS
áàalu aà V‘à desta aà ueà aà ediaç oàfoià espo s elàpelaàfi alizaç oàdoàseuàp o essoàdeà
es ita.àElaàai daàdesta aàasài te e ç esà o oàfo aàdeàate ç oàdeàseuào ie tado àpa aà o à
aà suaà p oduç oà deà TCC,à poisà ela io aà asà sugest esà o oà olasà p opulso asà deà efle esà
a ad i as.à áà alu aà MCà asso iaà aà ediaç oà dese ol idaà oà p o essoà deà o ie taç oà sà
afi idadesàdeài te aç oà o àaàsuaào ie tado a.àPa aàelaàasà e sage sàdeàestí uloàaàau ilia a à
aà o lui àseusào jeti os.
Ela foi muito presente, respondia minhas dúvidas imediatamente. Foi humana,
justa, compreendeu o meu lado pessoal, que por motivo de trabalho precisava
adiantar a escrita foi onde ela passou o feriado da semana santa todo, sentada
comigo, ela á distancia, mas de uma forma tão presente que eu a sentia como se
estivesse presencialmente, tal foi o seu zelo para com a minha escrita.(Aluna MD)
ássi à deà a o doà o à aà alu aà MDà oà laçoà deà t a alhoà e t eà elaà eà suaà o ie tado aà foià
esta ele idoà aà talà po toà ueà de a douà dedi aç oà deà a asà e à fi sà deà se a aà eà fe iadosà
le a doà e à o side aç oà aà e essidadeà deà o st uç oà deà u aà p oduç oà te tualà deà talà
i po t ia.à Oà alu oà IPà ta à ela io aà aà i te aç oà p o o idaà du a teà oà p o essoà deà
o ie taç oà o oàapoioà oti a io alàp i o dialàpa aàaà o etizaç oàdoàseuàt a alho.à Foiàu à
i st u e toà deà totalà apoioà pa aà aà o etizaç oà doà t a alho.à ál à daà pa teà t i aà oà apoioà
oti a io alàdaào ie tado aààfoiàde isi o. álu oàIP .àEsteà i st u e to à itadoàpeloàalu oà àaà
defi iç oà desteà pa aà oà p o essoà deà i te aç oà daà o ie taç o,à ouà seja,à pa aà eleà aà i te aç oà
i lui do-seà elaà osà aspe tosà oti a io aisà daà o ie tado a,à foià oà eioà ueà possi ilitouà aà
o st uç oàeàfi alizaç oàdeàseuàTCC.àJ àaàalu aàEFàdesta aà ue:
áàalu aàEFàta à ela io aàaà ediaç oà o oàfato àde isi oàpa aàsupe a àasàdifi uldadesà
deàseuàp o essoàdeàes ita.àDesta a-seàe àseuàdepoi e toàaà elaç oàdeà o fia çaà itadaàpo à
‘ealàeàCo elli i .àPe e e-seàai daà ueàpa aàestaàoàdi e io a e toàpeloà a i hoàaàse à
seguidoàfoiàp opo io adoàpelaàsuaào ie tado a,à ueàaàp epa ouà oàpa aàaàpassi a,à asàpa aà
se àu aà es ito aàate ta .à
J à aà alu aà áFà desta aà aà i po t iaà doà aspe toà deà o fia çaà iadoà eà itaà aà suaà
o ie tado aà o oàu aà pa ei aàdeàt a alho .
Minha orientadora, foi certamente durante a escrita do meu TCC uma grande
parceira. E esta parceria tornou-a para mim uma pessoa muito especial. Sem ela
seria impossível realizar um trabalho de qualidade.(Aluna AF)
Estaà a a te ísti aà itadaà pelaà alu aà ta à seà ap o i aà doà aspe toà doà p o essoà deà
es itaàdeàTCCàdefi idoàpo à‘ealàeàCo elli i .àDesta a-seàà ueàpa aàaàalu aàaài po t iaà
doà dese ol i e toà destaà à pa e iaà foià fu da e talà pa aà aà es itaà deà u à t a alhoà deà
ualidade.à
Desta a-seà ai daà ueà algu sà alu osà ita a à oà p o essoà deà o ie taç oà ediadoà po à
te ologiasà o oà u aà opo tu idadeà pa aà aà o st uç oà doà o he i e toà deà fo aà
dife e iada.àNe hu àdosàe t e istadosàasso iouàestaà a a te ísti aà àu àp o le aà est iti o.
A mediação não perdeu seu valor e grande importância por vir através de meios
tecnológicos, principalmente quando encontrei uma orientadora super
competente, comprometida no que lhe foi proposto e o melhor, paciente e
dedicada.(Aluna SO)
A aluna CS desta aàe àseuàdepoi e toà ueàaà a a te ísti aàdeà o u i aç oà i tual àdosà
meios tecnológicos permitiu a continuidade da interação mesmo após a finalização do TCC. No
depoimento desta aluna destaca-se também com grade ênfase as características afetivas do
processo de mediação.
Acredito, pois uma grande rede de amizade foi formada entre alunos, professores,
tutores e orientadores do TCC. Por meio das ferramentas de comunicação
tecnológicas estamos sempre nos comunicando, mesmo após a finalização do
nosso curso. (Aluna CS)
Conforme a interação acontece, nem parece que há distância. Fico muito feliz
quando vejo email de minha orientadora. Parece que viramos amigas. É muito
o .àFaloàdelaà o àsatisfaç o,àfoià aào ie tado a . álu aàM‘
A sensação de ausência da distância física também é citada pela aluna MA que destaca
i lusi eà aà p ese çaà deà se ti e tosà o oà Feli idadeà eà o pa hei is o .à áà e pe i iaà deà
aprendizado aindaà à itadaà pelaà alu aà o oà t o a à pala aà ueà podeà se à asso iadaà à
característica de interação da EAD.
Uma informação importante a ser considerada nesta pesquisa, é o fato de que todos os
alunos entrevistados estavam se graduando em pedagogia mas já atuavam como professores,
o que sem dúvida modifica a relação destes com o processo de aprendizagem. Uma das
entrevistadas citou o fato de que sendo professores a exigência deles próprios era muito grande o
que aumentava ainda mais a necessidade de existir confiança na construção de um TCC.
Pe soà ueà p ofesso à ua doà est à aà posiç oà deà alu o,à vaià se à se p eà alu oà eà
p e isaà seà se ti àsegu oà es oà ueà à dist ia.à Dessaà fo a,à a eà aoà p ofesso à
a i àu àespaçoàpa aà ueàestaà elaç oàa o teça,àpoisà o oàalu aàeuà eàse ti iaà
evasivaàda doàesteàp i ei oàpasso.àOuàseja,à aàposiç oàdeàalu os,àa editoà ueàaà
ge teàse p eàvaiào ede e àaàestaàhie a uiaàeàespe a à ueàoàp ofesso à osàofe eçaà
estasàpossi ilidades.à álu aàV‘
á tesà euà oà a editava,à a tesà digo,à deà expe i e ta ...à Ext e a e teà
g atifi a te,à po à v iasà vezesà à uaseà desistià oà fosseà oà apoioà eà aà dete i aç oà
ueà aà o ie tado aà passavaà pa aà i à asà e t eli hasà deà suasà e sage sà euà
ta à uaseà oà te iaà o seguidoà al a ça à oà euà o jetivo.à ‘eal e teà ia-seà
ví ulosàafetivosàeàpossoàga a ti à ueàelesàseàto a a àefetivosàpoisàse p eàestouà
e à o tatoà o àaà i haào ie tado aà álu aàMC
Contar com profissionais compromissados com a educação como foi contar com
minha orientadora na construção do TCC e com o futuro dos docentes preparando-
nos para sermos melhores e diferentes é grande motivo para celebração e
propagação, para que novos rumos e novas visões possam contribuir no processo
de formação profissional e pessoal de outras pessoas.(Aluna MA)
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOGDAN, R. & BIKLEN, S. A Pesquisa qualitativa em educação. Portugal, Porto Editora, 1994.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 23. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2002.
MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. 4ª ed.
Papirus, 2009
REAL , Luciane Magalhães Corte. CORBELLINI, Silvana Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
em um Curso de Graduação Modalidade EAD: uma Proposta Cooperativa Construída em
Ambiente a Distância- Revista Novas Tecnologias na Educação. ISSN 1679-1916- V.9 2011.
RESUMO
ABSTRACT
This study aims to describe and provoke reflection about the dynamic guidance of Labor
Completion of course (CBT) and challenges experienced in teacher training / expertise in the
Environmental Education (EE), the distance mode - funded by the University Brazil Open (UAB)
in partnership with the Department of Continuing Education, Literacy, Diversity and Inclusion
(SECADI), and UFLA (UFLA), from September 2010 to March 2012. For the development of the
research used a qualitative approach, seeking to describe the teaching strategies course for
the realization of orientation activities of TCCs, to systematically record this route, promoting
reflection about the strategies used during that period, the light authors such as: Camargo
(2007), Birth (2008), Palloff and Pratt (2002), among others. It is believed that the strategy
adopted for the guidance was successful because a significant portion of course participants
were able to complete the activities, about 140 jobs were approved on newsstands final
evaluation of the TCCs, this aspect suggests that the effectiveness of the proposal.
38 Mestre em Educação
1 INTRODUÇÃO
QUADRO 1:
CICLO BÁSICO (160 HORAS-AULA)
CARGA
DISCIPLINAS
HORÁRIA
Ambiente Virtual de Aprendizagem 10
Ambiente escolar 40
Movimentos sociais, ação política e atualizações da LDB 30
Educação em e para os direitos humanos 20
Diversidade e desigualdade 40
Educação Ambiental na Diversidade 20
Fonte: Guia do Curso de Especialização em EA (2010, p. 29) adaptado.
QUADRO 2:
CICLO ESPECÍFICO (260 HORAS-AULA)
CAGA
DISCIPLINAS
HORÁRIA
Projeto de Ação na Escola 20
Políticas Estruturantes de Educação Ambiental 34
Educação Ambiental no Brasil 32
Temas Geradores de Mudanças Ambientais Globais 64
Gestão dos Movimentos da Juventude 30
Avaliação Projetos Ambientais 20
Orientação para TCC 60
Fonte: Guia do Curso de Especialização em EA (2010, p. 29) adaptado.
Utilizou-se de material impresso para cada disciplina. Material este, desenvolvido pela
equipe de educadores/as que atuaram no curso. Fez-se também o uso do Material Nacional
disponibilizado pela SECADI para esta especialização.
O público alvo atendido nesta especialização era na sua maioria educadores e educadoras
da rede pública de ensino da Educação Básica, residentes em MG, inscritos por intermédio da
Plataforma Freire39, em um total de 200 vagas, oferecidas nos Polos de Boa Esperança,
Formiga, Ilicínea e Jaboticatubas.
Para cada PAP destinou-se 50 vagas divididas em duas turmas de 25 cursistas. Cada turma
teve durante todo o curso, o apoio de tutores ou de tutoras a distância e presenciais, que
tinham funções estabelecidas de acordo com os critérios da Resolução nº. 8, de 30 de abril de
2010 e da Resolução CD/FNDE nº. 26, de 5 de junho de 2009 do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). São atribuições dos tutores/as:
· mediar a comunicação de conteúdos entre o professor e os estudantes;
39 A Plataforma Paulo Freire é um sistema eletrônico, criado em 2009 pelo Ministério da Educação com a
finalidade de realizar a gestão e acompanhamento do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação
Básica. Disponível em: http://freire.mec.gov.br Acessado em: 15.08.12
Essa disciplina foi inserida no curso a partir da observação por parte de tutores e tutoras
que, em parceria com os/as professores/as formadores/as, evidenciaram uma carência com
relação a construção do conhecimento e a respeito da construção de trabalhos científicos.
Durante o ciclo básico, principalmente na disciplina de Diversidade e Desigualdade, foram
solicitados trabalhos e produções nas quais estes conhecimentos sobre MP deveriam ser
demonstrados e uma grande dificuldade por parte dos cursistas em realizar tais atividades foi
notada. A partir desta percepção foi feita a reorganização redirecionamento das disciplinas.
[...] o sujeito professor nas escolas como quem acrescenta, à sua experiência, ao
conhecimento e às informações disponibilizadas pela ciência, a sensibilidade de
perceber a contribuição das experiências de vida comuns, ordinárias, envolvidas
na produção e constituição do saber – saber que se alicerça no que nos acontece,
no que nos diz respeito, não no que ocorre alhures; saber que se monta e dá
sentido aos fatos. (CAMARGO in CAMARGO e MARIGUELA, 2007, pág. 75)
4 REFLEXÕES E DESAFIOS
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Irineu José Barsantini de, in CAMARGO, Ana Maria Faccioli e MARIGUELA, Márcia
(orgs). Experiências Ordinárias para Refletir Sobre o Cotidiano Escolar. Piracicaba: Jacintha
Editores, 2007. Páginas 73 a 88.
NASCIMENTO, Franc-Lane Sousa Carvalho do. In Nascimento in Serra e Silva. Por uma
Educação a Distância: recortes da realidade brasileira. Avaliação da Aprendizagem em
Educação a Distância: um processo avaliativo mais construtivo e significativo no curso de
pedagogia do UemaNet. 2008. Páginas 113 a 142.
RESUMO
ABSTRACT
In this paper we wish to apply the methods, models and tools based on the Theory of the
Semiotic Engineering to research evaluating the communicability by implementing a
collaborative system online application Semiotic Inspection Method – SIM. The research for
the development of this system aims to enable a application wide of SIM. So this study aims to
propose a primary tool for application of semiotic inspection for interactive systems. To
support the evaluators and researchers, as well as contributing to the developers and teachers
for distance education systems. We are researching the requirements for implementation of
SIM, we intend to implement an online system and to validate this evaluation
1 INTRODUÇÃO
42
A pesquisa em Interação Humano-Computador - IHC tem como objetivo fornecer
explicações e previsões para fenômenos de interação usuários-sistemas e resultados práticos
para o projeto da interação. A prática necessária envolve a compreensão e domínio de
técnicas, capacidade de aplicação e adaptação. Para garantir o desenvolvimento da pesquisa e
da prática na área é importante a consolidação da teoria de IHC.
Este desenvolvimento da pesquisa na área de IHC fundamenta os métodos e permite a
explicação de fenômenos e previsões de desempenho. Já o desenvolvimento da prática está na
identificação de problemas práticos que geram questões de pesquisa. A consolidação da teoria
de pesquisa sobre os métodos de IHC são feitas pela coleta de dados da prática.
Na área de Interação Humano-Computador a qualidade de um produto é avaliada com
relação ao que os usuários experimentam ao interagirem com este artefato computacional,
através de uma atividade denominada avaliação da IHC. Barbosa et al. (2010) descreve a
avaliação da IHC como o processo sistemático de coleta de dados responsável por nos
informar o modo como um determinado usuário ou grupo de usuários utiliza um produto para
uma determinada tarefa em um certo tipo de ambiente.
A teoria da Engenharia Semiótica propõe seus próprios métodos e modelos de design e
avaliação. A Engenharia Semiótica, desenvolvido por de-Souza (2005), que é uma teoria
recente de Interação Humano-Computador que entende a interação em uma perspectiva de
comunicação. Uma das diferenças é a de que esta teoria compreende a Interação Humano-
Computador não como apenas uma interação entre computadores e usuários, mas como um
processo comunicativo entre os projetistas e os usuários do sistema através do seu
representante, o sistema, em tempo de interação. Nesse sentido o principal foco desse
trabalho é propor uma ferramenta que apoie o uso de um dos métodos de avaliação da
Interação Humano-Computador: o Método de Inspeção Semiótica.
Essa ferramenta ira apoiar os avaliadores e pesquisadores, além de contribuir com os
desenvolvedores de sistemas para a Educação a Distância – EaD. Estes poderão utilizar a
ferramenta para mensurar a qualidade de uso da comunicabilidade43 de seus respectivos
sistemas.
O trabalho de Reis e Prates (2011) mostra que a aplicabilidade do Método de Inspeção
Semiótica abrange diferentes domínios e tecnologias e ainda pode ser aplicado de forma
cientifica e técnica. Portanto passível de ser aplicado na EaD.
Ao verificar o contexto específico dos métodos de avaliação da Engenharia Semiótica -
discutido em Bim (2009) - as dificuldades de interpretação sistemática, abstração e visão global
tornam-se um obstáculo, em função da relação de precedência que uma tem sobre a outra. A
dificuldade de uma capacidade intensifica a dificuldade da capacidade sucessora, ou seja, a
dificuldade de interpretação sistemática impede a abstração que por sua vez impede a
construção de uma visão global. Pontos importantes para a avaliação de sistemas para a EaD.
Deste modo, os métodos ganham um grau de complexidade que torna qualquer solução
um desafio para o qual não há ações únicas nem tampouco pontuais. Estes são elementos que
demostram que o fato de não ter ferramentas funcionais implementadas dificulta a aplicação
dos métodos de IHC baseado na Teoria da Engenharia Semiótica e logo a consolidação desse
1.1 ORGANIZAÇÃO
Para uma maior clareza deste trabalho, uma breve descrição da estrutura deste
documento é dada a seguir.
A primeira parte do trabalho, Introdução, esclarece as premissas para o desenvolvimento deste.
As seções seguintes descrevem as etapas necessárias para a construção da ferramenta.
Primeiramente é descrito a fundamentação teórica dos princípios que devem ser utilizados
para criar uma ferramenta colaborativa de aplicação do Método de Inspeção Semiótica, Seção
2 Fundamentação Teórica, que é seguida de uma justificativa para o desenvolvimento e a
definição dos objetivos desse trabalho na Seção 3, Justificativa e Objetivo. Na Seção 4, Revisão
da Literatura, é apresentado uma revisão do estado da arte. E na Metodologia de Pesquisa e
Desenvolvimento, Seção 5, é descrita a metodologia utilizada e apresentado o estado de
desenvolvimento do trabalho.
E por fim, é apresentada uma breve discussão sobre os resultados obtidos e esperados
desse trabalho que podem surgir até o termino de sua realização, Seção 6 – Resultados e
Trabalhos Futuros.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
interação usuário-sistema. O principal foco desse trabalho é o MIS. Esse encontra-se descrito
com detalhes na subseção 2.2.
No trabalho de Reis e Prates (2011) é demostrado que o MIS tem uma vantagem sobre
outros métodos, a sua aplicabilidade. É demostrado também que a aplicação do Método de
Inspeção Semiótica é importante para a pesquisa em Engenharia Semiótica e que o seu uso
pode ser mais amplo, atendendo diversos segmentos. No entanto, o MIS é difícil de ser
aplicado corretamente devido a necessidade de conhecimento prévio da Teoria da Engenharia
Semiótica e um grau de formalismo de seus princípios. Conceitos desconhecidos pela maioria
dos profissionais da área de Educação a Distância.
Isto é gerado pelo fato de que os métodos de avaliação da Engenharia Semiótica são
essencialmente qualitativos e geralmente os cursos na área de ciências exatas e da EaD têm
pouca afinidade com este tipo de prática. Fato comprovado pela tese de Bim (2009) e Reis e
Prates (2011) que conclui também que no contexto específico do Método de Inspeção
Semiótica, a principal dificuldade na aplicação e no ensino do método refere-se à dificuldade
no processo de classificação dos signos. Isto é, aplicação dos conceitos de Engenharia
Semiótica.
Os passos do método exigem uma interpretação profunda da mensagem de
metacomunicação do projetista da aplicação. Outro motivo que dificulta a utilização do
método é o fato de ele ser relativamente novo e possuir pouca literatura com exemplos
detalhados de sua aplicação. Além do fato de que sistemas interativos serem muito usados
pela EaD e pouco avaliados. Assim uma ferramenta apoiaria a aplicação da avaliação e a
disseminação do método para os profissionais da EaD.
Essa ferramenta colaborativa de aplicação do MIS permitiria que se coleta-se mais
informações sobre o método. Fato importante para a pesquisa sobre o método e a Engenharia
Semiótica. A ferramenta colaborativa iria possibilitar também que diversos avaliadores possam
expor seus pontos de vista sobre um mesmo assunto. Item fundamental para o
desenvolvimento de sistemas para EaD. Essa possibilidade de discussão passo a passo, das
etapas do MIS, entre os avaliadores é também de grande ajuda, pois a interpretação de um
signo é independente e individual, assim, os avaliadores podem chegar a conclusões conjuntas
sobre um determinado signo e sobre a qualidade da metacomunicação do sistema interativo
avaliado.
Os estudos sobre as ferramentas colaborativas, (PRATES e DA SILVA, 2010; DA SILVA,
2009; ALMEIDA e BARANAUSKAS, 2008; MATTOS et al., 2009), mostram que geralmente essas
dispõe de opções para o debate e discussão em seu processo de desenvolvimento da
aplicação. Podemos então afirmar que uma ferramenta colaborativa do MIS iria favorecer a
pesquisa sobre o método e o aprimoramento dos envolvidos na utilização dessa em ambientes
como os da EaD.
Essa pesquisa tem como objetivo principal propor uma ferramenta de aplicação da
inspeção semiótica. A ferramenta ira possibilitar a avaliação de sistemas interativos. Entre
esses os sistemas para a EaD. Para alcançar esse objetivo, pretende-se pesquisar os requisitos
de aplicação do Método de Inspeção Semiótica, implementar um sistema online e validar esse
para a avaliação.
Diante do contexto apresentado acima, a questão principal a ser investigada é:
Identificar os requisitos necessários para o desenvolvimento e avaliação de uma
ferramenta que apoie o avaliador na aplicação do Método de Inspeção Semiótica.
A pesquisa, guiada pela questão principal tem como objetivos:
1. A identificação das necessidades de desenvolvimento e aplicação do Método de
Inspeção Semiótica;
2. A análise em profundidade dessas necessidades, articulando-as de modo a
compreender a abrangência dos problemas;
3. A construção de conhecimentos que propiciem um sistema colaborativo de aplicação
do método para diversos contextos. Inclusive o da EaD.
4 REVISÃO DA LITERATURA
A geração de um sistema que apoiará a aplicação do MIS. Esse poderá ser aplicado
técnica ou cientificamente em sistemas da EaD;
A coleta de dados sobre a aplicação dos modelos fundamentados na Engenharia
Semiótica em um contexto real, a maioria das avaliações que se tem é em contexto de teste e
não de um desenvolvimento real;
O registro da utilização, benefícios e desafios vivenciados na sua aplicação e
possibilidade de integração serão úteis na continuidade das pesquisas sobre os modelos da
Engenharia Semiótica e o desenvolvimento de sistemas interativos.
Já as contribuições teóricas são:
A análise da experiência dos avaliadores e pesquisadores que aplicam o MIS
atualmente;
A pesquisa sobre a aplicação do Método de Inspeção Semiótica através de um sistema
colaborativo que visa apoiar a contribuição do avaliador para o desenvolvimento da
interpretação sistemática, abstração e visão de conjunto estabeleceu contribuições para a
compreensão do desenvolvimento do MIS atingindo os objetivos estabelecidos.
Conclui-se através da pesquisa no estado da arte que a ferramenta de aplicação do MIS a
ser desenvolvida deve conter implementado um sistema de ajuda que explique contextualmente
o método e possibilite a aplicação individual e por equipes na aplicação do método e registro dos
seus resultados parciais e finais. Essa pesquisa esta proporcionando também o aumento do
suporte ao desenvolvimento da aplicação da inspeção semiótica na EaD.
A metodologia baseada nos métodos e ferramentas da Teoria da Engenharia Semiótica
estabelecida contribui para pesquisa científica, conforme de Castro Salgado et al. (2006); Prates
(2007). Como o MIS pode ser aplicado de forma técnica ou cientificamente os seus resultados
além de produzirem informações que indiquem a qualidade interativa dos sistemas e as
estratégias do projetista, produzem sob certas condições novos conhecimentos. Dessa forma, a
ferramenta de aplicação do método facilitaria a geração de conhecimento científicos de IHC.
Como a avaliação de comunicabilidade feita pelo MIS é um método ancorado na
Engenharia Semiótica espera-se que uma reflexão sistemática da interação dos avaliadores
com um sistema colaborativo para o MIS permita explicar e apresentar conclusões sobre a
aplicação do método em diversos contextos, entre estes o contexto educacional.
Além disso a pesquisa realizada no levantamento dos requisitos para utilização de forma
colaborativa de um sistema para aplicação do MIS e o uso de modelos da Teoria da Engenharia
Semiótica no desenvolvimento de um sistema real contribui com o desenvolvimento cientifico
da Engenharia Semiótica. É importante ressaltar que o uso dos modelos por si só também é
uma contribuição, já que permiti uma análise do uso dos métodos em um cotexto real e até
mesmo sobre a sua integração.
Este trabalho apresentou para a comunidade a possibilidade de uso dos métodos da
teoria da engenharia semiótica em sistemas voltados à EaD e uma proposta em
desenvolvimento de uma ferramenta para avaliação da comunicabilidade em sistemas
interativos. Como trabalho futuro espera-se implementar e avaliar a ferramenta, atualmente
em fase de planejamento, e que nos próximos passos de desenvolvimento - 3º e 4º passo da
metodologia - seja possível coletar dados sobre como as pessoas aplicam o MIS e o seu uso
direto no contexto da aplicação para a EaD. Esses dados podem ser úteis tanto para ajuste e a
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à FAPEMIG e ao CNPq pelo apoio financeiro concedido através das bolsas
de pesquisa, bem como ao Departamento de Ciência da Computação – DCC, ao Centro de
Apoio à Educação a Distância - CAED da UFMG e ao professor Fernando Selmar Rocha Fidalgo
diretor do CAED pelos incentivos à pesquisa.
REFERÊNCIAS
ARTIGOS
DE SOUZA, C. S.; LEITÃO, C. F.; PRATES, R. O.; AMÉLIA BIM, S. e DA SILVA, E. J. Can inspection
methods generate valid new knowledge in hci? the case of semiotic inspection. Int. J. Hum.-
Comput. Stud., 68:22-40. 2010.
DE SOUZA, Clarisse. S.; LEITÃO, C. F.; PRATES, R. O. e DA SILVA, E. J. The semiotic inspection
method. Em Proceedings of VII Brazilian symposium on Human factors in computing systems,
IHCà ,àNew York, USA. ACM, p. 148-157. 2006.
LIVROS
RESUMO
O presente trabalho traz uma discussão do fórum como espaço de construção de saberes
no ambiente virtual de aprendizagem, considerado como espaço de reflexão e de
aprendizagem, que propicia a interatividade do professor com os alunos. Tendo como
fundamentação teórica o trabalho de Duarte (2010), Depresbiteris (2009), Mill et al. (2010),
entre outros, pretende-se demonstrar a importância do fórum para o diálogo possível nas
relações aluno-professor e aluno-aluno e nas práticas avaliativas da educação a distância,
tendo em vista que o fórum é um espaço de ensino-aprendizagem que possibilita a
intervenção docente e o debate crítico e reflexivo dos alunos na construção do conhecimento.
O trabalho utiliza-se de elementos teóricos e dados empíricos, colhidos no fórum de cursos de
licenciatura a distância, os quais foram analisados dentro da abordagem qualitativa da
pesquisa. Os dados mostraram que as reflexões dos alunos sobre as experiências vivenciadas
no fórum podem trazer subsídios para uma reavaliação do significado e da utilização
pedagógica da ferramenta.
ABSTRACT
This work shows the tool forum as a critic space of knowing construction in a virtual
learning environment, considered as a space for reflection and learning, which provides
interactivity with the teacher's students. With the theoretical work of Duarte (2010),
Depresbiteris (2009), Mill et al. (2010), among others, aims to demonstrate the importance of
the forum for dialogue on the possible relationship student-teacher and student-student and
evaluation practices in distance education, with a view that the forum is a space for teaching
and learning allowing intervention teacher and debate critical and reflective of students in
knowledge construction. The work makes use of theoretical and empirical data gathered in the
46
Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Santos, graduando em História pela Universidade de Franca,
pós-graduando em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e em História pela
Universidade Santa Cecília. Tutor EAD na Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES).
47
Geógrafa, licenciada em Geografia. Mestranda do Programa de Educação da Universidade Católica de Santos.
Professora Orientadora de Estágio em cursos de licenciatura a distância na Universidade Metropolitana de Santos.
48
Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo. Professora Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação
stricto sensu da Universidade Católica de Santos - Universidade Católica de Santos.
forum of undergraduate distance, which were analyzed within the qualitative research
approach. The data showed that the students' reflections on their experiences on the forum
can bring benefits to a reassessment of the meaning and use of pedagogical tool.
1 INTRODUÇÃO
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e
institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o
exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. (BRASIL, 1996)
que vive num meio rural, terá probabilidade de conhecer mais árvores do que
Pedro, que vive numa região bem urbana. (DEPRESBITERIS, 2009, p. 46)
Além de condutas positivas, ou seja, condutas que devem ser observadas quando da
utilização do fórum, é preciso atentar também para outras práticas, entre elas regras de
etiqueta (netiqueta), a fim de otimizar os resultados e possibilitar uma interação sem
interferências negativas. Entre as orientações sugeridas por Silva (2006 apud DUARTE, 2010, p.
17-18), aos professores, temos:
a) seguir a discussão baseando-se no tópico sugerido;
b) inserir novo tópico, criando ova discussão, caso se queira comentar questões paralelas
ao debate;
c) ser objetivo quando escolher um tópico para discussão, evitando temas longos e não
compreensíveis;
d) acompanhar os debates;
e) compreender que a qualidade é mais importante que a quantidade dos comentários;
f) ler atentamente as postagens anteriores a fim de não repetir ideias ou utilizar tom
di e soàdoàutilizado;àeàdispe sa àoàusoàdeàopi i esàdoàtipoà ta àa ho .
Um estudo sobre a participação dos alunos no fórum, realizado em 2012, mostrou que,
após feedback intermediário ou feedback final, alunos relataram que já haviam participado de
fóruns em outras disciplinas, e que o professor, na ocasião, apenas havia proposto o tópico,
sem participar da discussão. Outro alu oà afi ouà ueà oà f u à daà dis ipli a,à aà p ofesso aà
ha iaà suge idoà u à te aà ueà oà ap ese ta aà espaçoà pa aà dis uss o à alu oà .à Out oà
o e touà ueà oàgosta aàdaàfe a e taàpo ueà oàpe e iaà aàpossi ilidadeàdeàdis uss oà
osàte as à alu oà ,ààeàde ido ao fato de trabalhar muito, acabava focando a discussão em
out osà assu tos,à oà ueà le a aà aà u aà a aliaç oà ui à po ue,à es oà faze doà algu à
o e t ioà ela io adoà aoà te a à alu oà ,à oà e ia aàout asà e sage sà o oà osà de aisà
colegas.
Os relatos acima foram colhidos nas mensagens enviadas por alunos de cursos de
licenciatura a distância, no primeiro semestre de 2012, em uma instituição de ensino privado
do Estado de São Paulo. Os comentários sinalizam a necessidade de planejamento, disciplina e
dedicação dos professores na utilização do fórum como ferramenta pedagógica.
Outro aspecto a ser observado diz respeito à avaliação feita com base em critérios
quantitativos, os quais desencorajam a participação de muitos alunos, que visualizam a
atividade como mero cumprimento da disciplina. Da mesma forma, a não participação do
professor / tutor nas discussões também gera a impressão de descaso com o processo de
ensino-aprendizagem. Isso posto, deduz-se que a utilização do fórum deve ser compreendida a
partir das inúmeras possibilidades que oferece para a aprendizagem do aluno e das condições
ideais para a construção de novos conhecimentos, considerando que a interatividade pode
permitir a construção do conhecimento, além dos vínculos, gerados a partir dos debates
reiterados no fórum de discussão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MILL et al. A docência virtual versus presencial sob a ótica dos professores. In: Polidocência na
Educação a Distância: múltiplos enfoques. São Carlos: Edufscar, 2010. p. 13-22
RESUMO
ABSTRACT
One of the goals of developers of educational systems for distance education is to build
Web collections with high quality, useful resources for teaching and learning through
numerous levels of educational contexts. These features include reading material static and
iterative.This work was accomplished through the interpretation of reports the authors'
experience and research in educational systems, as students understand the relevant
information and determine the presence or absence of indicators of quality systems used in
the UFMG. To achieve this goal we used a technique for evaluating of the Semiotics
Engineering, the Method Evaluation Communicability - MEC. As a result we present indicators
that can be considered in designing and planning systems for distance education.
1 INTRODUÇÂO
2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS
para coletar o perfil do participante; termo de consentimento sobre cuidados éticos; roteiro
para as entrevistas pré e pós-teste, para coletar a opinião dos usuários sobre o sistema;
formulário de acompanhamento do teste, para que o avaliador faça as anotações que julgar
necessárias durante o teste; e se necessário, textos explicativos sobre o sistema a ser avaliado.
A coleta de dados consiste na realização dos testes com os usuários. Esta etapa é feita em
um ambiente controlado, para que o avaliador acompanhe a interação dos usuários com o
sistema e faça as anotações necessárias. Toda a interação do usuário com o sistema é gravada
em vídeo para análise posterior pelo avaliador. O ideal é que se tenha duas pessoas para
aplicar o teste: uma fica encarregada pela aplicação e a outra pela observação.
3 TRABALHOS RELACIONADOS
TABELA 1
TABELA DE ANÁLISE DA AVALIAÇÃO.
A metodologia aplicada na pesquisa foi estabelecida em dois passos. O primeiro passo foi
a coleta de informação sobre a vivencia no desenvolvimento de sistemas da equipe do CAED.
Já o segundo passo, constituído por testes com usuários, foi realizado pelo Método de
Avaliação da Comunicabilidade.
A aplicação do teste nesta pesquisa envolveu a participação de voluntários com o perfil
de estudantes da EaD. Para a amostra ser estatisticamente significante frente a sua população,
definimos a quantidade de participantes de acordo com as recomendações de Nielsen. Sendo
que para esse, a partir de 9 participantes se consegue atingir até 95% dos problemas
detectáveis em uma pesquisa, (HOUSER e KLOESEL; 1992). Nossa amostra efetiva se constituiu
em 10 participantes voluntários, esses são alunos do ciclo básico de graduação em
matemática, ciência da computação, sistemas de informação ou matemática computacional do
ensino presencial que cursam disciplinas na EaD. Os três avaliadores são alunos de mestrado
de ciência da computação com graduação em sistemas de informação, ciência da computação
ou matemática computacional. Estes possuem experiência de no mínimo 12 meses na
avaliação em sistemas utilizando os métodos em IHC.
A aplicação dos testes com usuários contou com os seguintes materiais de coleta:
questionário pré-teste, termo de consentimento, formulário de acompanhamento contendo
anotações feitas durante a avaliação, gravação da interação com o sistema e entrevista pós-
teste, para cada participante voluntário. As análises dos resultados foram feitas por três
avaliadores, sendo que em todas as aplicações dos testes com os voluntários pelo menos dois
avaliadores estavam presentes. Na fase da coleta de dados, o avaliador deve traçar um
planejamento prévio e a relação dos materiais necessários para aplicação do MAC. A coleta de
dados deve ser minuciosa para detectar os dados relevantes para a pesquisa.
É preciso salientar que o MAC é aplicado em um ambiente controlado para conseguir
resultados que não tenham interferência externa no processo e toda interação é filmada e
registrada em vídeos de interação, a fim de se conseguir retirar o maior número de análises.
Depois de aplicado o teste no ambiente isolado, o avaliador faz o levantamento dos problemas
relacionados à comunicabilidade, com base na sua análise da experiência do usuário durante
sua interação com o sistema, (PRATES e BARBOSA, 2007). De acordo com Da Silva et al. (2010)
através das filmagens os avaliadores podem detectar as rupturas na metamensagem, as
intenções de interação do usuário com o sistema e as interpretações que o sistema transmitiu
para seu usuário. Para desenvolver esse trabalho estabeleceu-se que o sistema seria avaliado
por dimensões inseridas no cenário de uso. Estas são dimensões:
Física - Inclui elementos de interface que o usuário pode manipular;
Perceptiva - Englobam aqueles que o usuário pode perceber;
Conceitual - Resulta dos processos de interpretação e raciocínio do usuário
encadeado pela sua interação com o sistema.
As dimensões foram utilizadas para observar a interface de usuário e os sistemas
desenvolvidos.
A aplicação dos questionários pré-teste e pós-teste são para verificar como era a
percepção do usuário antes e depois da aplicação do MAC. Também é importante para auxiliar
os avaliadores na fase de interpretação das etiquetas.
Os testes com os usuários foram baseados em uma conta de usuário padrão com um
cenário pré definido. Os usuários tinham que executar 19 atividades baseados nas opções de
ações contidas na plataforma Moodle 2.0. Um exemplo destas atividades encontra-se listado
abaixo:
1ª – Verifique as noticias do fórum. Faça uma busca pelo termo EaD;
GRÁFICO 1
TABULAÇÃO DAS ETIQUETAS OBTIDAS PELA APLICAÇÃO DO MAC
5 RESULTADOS E ANÁLISE
TABELA 2
INTERPRETAÇÃO DOS PROBLEMAS DA ETIQUETAGEM
EXPRESSÕES DE ATRIBUIÇÃO DE
EXECUÇÃO NAVEGAÇÃO PERCEPÇÃO
COMUNICABILIDADE SIGNIFICADO
Cadê? X
E agora? X
O que e isto?
Epa! X X
Onde estou? X
Assim não dá? X
Por que não funciona? X
Ué, o que houve? X
Para mim esta bom.
Vai de outro jeito. X
Não obrigado.
Socorro. X X
Ao analisar os dados coletados pelo teste foi constatado que o designer da plataforma
Moodle pretendia que o sistema fosse multidisciplinar, simples e com visual agradável para o
universo de usuários da EaD. A análise dos dados obtidos pelos testes concluíram que os
usuários aprovam a organização dos sistema, mas ainda não conseguiram compreender
claramente a multifuncionalidade do ambiente educacional, principalmente na adaptação de
abas e menus do portal de acesso. Encontramos em vários participantes o não êxito em
administrar e entender o funcionamento do seu perfil virtual, por exemplo, a utilização dos
fóruns e calendários. Com isso, podemos afirma que a proposta do designer não está
correspondendo aos objetivos dos usuários, devido à dificuldade na interpretação da
mensagem da interface. Mas ressaltamos que o sistema possui ferramentas necessárias para
atender seus usuários. Na pesquisa apontamos que os principais problemas encontrados são
pela falta do reconhecimento do usuário em vez da memorização da interface do sistema, pois
o designer procurou desenvolver ambientes adequados à orientação pedagógica, mas falhou
com o reconhecimento pelo usuário.
Um importante ponto desta análise é o levantamento de um estudo para distinguir as
rupturas relativas à interação, daquelas relativas ao conteúdo sendo ensinado/aprendido. Para
investigar este ponto buscou-se na etapa de etiquetagem distinguir as rupturas de interação
das rupturas de conteúdo, G fi oà .à à Oà a tigoà deà Betha dà età al.à à ost aà ueà aà
qualidade pode ser decomposta em dimensões significativas para os ambientes educacionais.
Para isso, filtramos as rupturas encontradas e atribuímos dimensões. Essas são efetivas para
criar um sistema com qualidade e podem ser traduzidas como identificadores desta qualidade
de forma mensurável. Para estes indicadores a avaliação com o MAC mostrou-se adequada.
Indicadores para a concepção de qualidade em ambientes educacionais:
Possuir boa configuração geral - esse indicador mostra como um ambiente educacional
pode facilitar a comunicação e interação entre usuário e sistema, facilitando a percepção e
interpretação do ambiente educacional;
Ser adequado à orientação pedagógica - é importante o ambiente educacional está
voltado para as propostas pedagógicas que se pretende alcançar;
Adequada inclusão de elementos gráficos - os elementos gráficos podem auxiliar uma
melhor compreensão do conteúdo para o usuário, de forma sucinta, possibilita que o texto
exposto seja resumido em tabelas e gráficos que contenham informações relevantes para o
conteúdo transmitido ao usuário, além de possibilitar a inserção de dados por eles no
ambiente;
Possuir legibilidade do texto - esse indicador traz a relevância da qualidade tipográfica,
onde o texto traz uma forma escrita compreensiva para os usuários, possibilitando ao texto
educacional ser legível, adequando e fácil em sua leitura;
Possibilitar a inclusão de atividades - é interesse que tanto o docente e discente
possam interagir de maneira ativa no ambiente educacional, isso lhe proporciona maior
autonomia e compreensão frente ao seu conhecimento e interação com o ambiente;
Deve ser robusto ao apoio pedagógico - o ambiente educacional deve possibilitar o
apoio pedagógico meios de esse aprimorar e aperfeiçoar o ambiente educacional para atingir
os objetivos;
Adequado ao perfil do público - o ambiente educacional deve estar voltado para o
público alvo, então é preciso um estudo do perfil dos usuários para adequar o sistema e então
obter melhores resultados pedagógicos. Esse é um grande desafio do designer, pois o perfil do
público pode ser muito heterogêneo. Por isso a opinião dos usuários sobre o ambiente
educacional é importante para que ele possa formular um sistema mais próximo da realidade
do usuário e para que a comunicabilidade aconteça mais rápida e corretamente. Através dessa
interação usuário-sistema o designer poderá atender e compreender melhor os desejos e
necessidades do seu público;
Adequado às atividades de ensino - o ambiente educacional tem que ser focado na
proposta pedagógica inicial, assim é preciso avaliar e acompanhar as atividades envolvidas na
plataforma de ensino para enfim propor atividades que favoreçam a aprendizagem do usuário
e ter recursos para a criação de atividades voltadas para o ensino;
Possuir ligações para aplicações no mundo real - o ambiente educacional tem que
voltar-se para a realidade do usuário, possibilitando a este a aplicação e ligação direta entre
mundo real e virtual;
Refletir a autoridade fonte do sistema - o termo refletir significa transmitir segurança e
presença de uma autoridade;
Concentra-se em conteúdos-chave - Cada interface deve detalhar e ser focada em
conteúdos específicos a serem absorvidos pelos usuários, para que o sistema possa transmitir
conteúdos de forma clara e não possibilitar que o sistema seja confuso;
Fornecer acesso aos dados pertinentes - De acordo Da Silva et al. (2010) é preciso
aumentar a eficiência e transmitir de forma correta os dados para reduzir o tempo de
interação e os erros cometidos pelos usuários.
Pode-se concluir com este trabalho que os sistemas educacionais devem ser construídos
e avaliados. A avaliação deve ser feita com a participação dos usuários, alunos e professores.
Estes sistemas devem seguir métricas de qualidade mensuráveis.
Definiu-se neste trabalho que os sistemas educacionais devem possuir boa configuração
geral, ser adequado à orientação pedagógica, adequada a inclusão de elementos gráficos,
possuir legibilidade do texto, possibilitar a inclusão de atividades, deve ser robusto ao apoio
pedagógico, adequado ao perfil do público, adequado às atividades de ensino, possuir ligações
para aplicações no mundo real, refletir a autoridade fonte do sistema, concentra-se em
conteúdos-chave e fornecer acesso aos dados pertinentes. Estes são indicadores de qualidade
que podem ser medidos e avaliados de forma mensurável.
As técnicas aplicadas e a vivência da equipe resultam que sistemas educacionais
demonstram a sua eficiência quando estes são desenvolvidos seguindo os conceitos da teoria
da Engenharia Semiótica. Portanto, esses sistemas voltados para a EaD devem ser construídos
visando ampliar a comunicabilidade entre os educadores (representados pelo sistema
educacional) e os alunos.
Estaà pes uisaà ap ese taà esultadosà ueà o t i uià ta toà pa aà aà eaà deà I te aç oà
Humano-Co putado ,àde o strando uma aplicação da Teoria da Engenharia Semiótica e seu
M todoàdeàá aliaç oàdaàCo u i a ilidade,à ua toàpa aàaà eaàdeà I fo ti aàeàEdu aç o ,à
contribuindo com a definição de indicadores para a construção de sistemas voltados para a
Educação a Distância.
Como trabalho futuro pretendemos ampliar a avaliação em sistemas educacionais
voltados para a Educação a Distância com os indicadores listados. A pesquisa com a aplicação
do Método de Avaliação da Comunicabilidade no domínio educacional identificou
considerações específicas desse domínio . Estas devem ser melhor investigadas para
permitirem uma análise mais apropriada da propriedade de comunicabilidade desses sistemas.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
ARTIGOS
LIVROS
POLÍTICAS
DE EAD
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
____________________________________________________RESUMOS
Este estudo investigou como a educação a distância serve de estratégia política à formação de
professores e como essa ocorre nos polos de apoio presencial. Participaram do estudo dez
polos do Rio Grande do Sul, correspondendo à amostra de 20% do total de polos gaúchos
UAB/CAPES. Os dados foram coletados através de questionário estruturado, aplicado
individualmente, a cada coordenador de polo. Os dados mostraram que 70% dos polos
investigam as demandas locais de formação, após a sinalização de oferta de cursos, o que
possibilita ajustar o número de vagas junto às universidades e a infraestrutura a ser utilizada
no polo. Várias instituições de ensino superior atuam nesses polos e dentre elas: UFPel (90%
dos polos), UFRGS (60%), UFSM e FURG (40% cada). Identificou-se que 60% das universidades
mantêm reuniões periódicas nos polos, estreitando o relacionamento polo - universidade.
Identificou-se que 100% dos polos ofertam licenciaturas, sendo os mais presentes Pedagogia
(90%), Espanhol (70%), Educação para o Campo (60%) e Matemática (50%). Quanto às
especializações voltadas à formação docente, Mídias na Educação é ofertado em 70% dos
polosàeàosà u sosàdeàEJáàpa aàDi e sidade,àTIC sàapli adasà àEdu aç o,àEdu aç oàá ie talàeà
Educação em Direitos Humanos são ofertadas em 30% dos polos cada. Os resultados
mostraram que os polos estão envolvidos com a formação de professores e estão atuando
para executar a política nacional, sendo indiscutíveis as possibilidades de uso da educação à
distância para garantir a democratização desse acesso. Sugere-se, para próximos estudos,
análises acerca das políticas de valorização docente, envolvendo a formação docente,
condições de trabalho e remuneração digna.
que faz uma interface com o objeto de pesquisa em questão, cujo objetivo é, a partir da
produção escrita dos acadêmicos das licenciaturas oferecidas na modalidade EaD pela
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, apreender o sentido atribuído ao
direito a educação superior. Quanto a metodologia, optou-se por uma pesquisa de campo,
cujo referencial teórico-metodológico está pautado na Psicologia Sócio-Histórica. Para coleta
das informações utilizou-se a aplicação de uma dissertação, parte da atividade curricular da
disciplina Prática de Leitura e Produção de Textos, aplicada para os alunos dos referidos cursos
ainda na primeira semana de inserção nas atividades. Esse procedimento, foi realizado com a
utilização do ambiente virtual plataforma moodle. Realizou-se a análise das informações, que
atendem aos objetivos de uma pesquisa qualitativa, chegando-se a alguns direcionamentos.
Dentre eles, pode-se mencionar como aspecto de maior relevância, um consenso em torno da
ideia que se constitui aos sentidos atribuídos por grande parte dos acadêmicos, de que a
ampliação do acesso a educação deve ser tratada como uma prioridade por nossos
governantes, mas não demonstram clareza acerca do entendimento do acesso a educação
como direito. Atribuem a ela um sentido de acessão social, que se refletirá na posição ocupada
na atividade profissional, viabilizando melhorias financeiras. Em menor proporção uma
preocupação com a relação da mudança de papel social, proporcionado pela educação com a
qualidade do curso ofertado.
Este trabalho tem como objetivo desvelar por meio de análise de Trabalhos de Conclusão de
Curso (TCC´s) e de atividades de fórum desenvolvidas ao longo de um curso, na modalidade
EaD, para gestores escolares, os processos da gestão presentes. Os principais eixos da pesquisa
serão: trabalho objetivo e trabalho subjetivo; subjetividade autônoma; individualização,
intensificação e precarização dos processos de trabalho e de formação destes gestores
escolares. Constitui-se para análise desses processos de gestão, a Lógica das Competências
que advém em prol de um novo modo de acumulação flexível do capital cujas
intencionalidades tácitas são favoráveis ao desenvolvimento do capital e de suas demandas. O
termo competência ganha centralidade no debate educacional, uma vez que, o modo de
produção também se expande para a administração escolar. Ao considerar competência como
o ilizaç oà dosà aspe tosà o jeti osà eà su jeti osà i plicados na ação prática, sobretudo na
esfe aàdoàt a alho à FIDáLGOà&àFIDáLGO,à ,àp. ,àa edita-se que a compreensão destes
elementos presentes na produção destes textos possibilita uma análise importante para o
campo da gestão escolar.
A Amazônia é uma região que ocupa aproximadamente 40% do território nacional é a morada
de apenas 5% da população brasileira. A formação continuada e a capacitação de profissionais
de saúde, engloba um leque de questões a serem resolvidas pelo poder público, entre as quais
se destaca a dificuldade encontrada através das grandes distâncias geográficas em que se
encontram os municípios e o dificil acesso ao transporte, feito em sua maioria por via fluvial.
Por isso, a criação do Programa Nacional de Telessaúde veio á contribuir de forma significativa
na capacitaçao e formação destes profissionais, através de aulas e cursos de capacitação
continuada oferecidas nos Centros de Telemedicina, através da aplicação de políticas para o
uso da educação a distância, como ferramenta para a formação de docentes e profissionais de
saúde a distância.Este resumo mostrará como num curto período de tempo, que foram feitos
progressos significativos quando a capacitação dos profissionais de saúde, e formação de
docentes residentes em todos os municípios do estado, através do uso da tecnologia da
informação, e a aplicação portanto do ensino a distância para a formação e capacitação destes
profissionais, diminuindo portanto as grandes distâncias geográficas, as quais enfrentam os
moradores da região amazônica.
_________________________________TRABALHOS COMPLETOS
RESUMO
ABSTRACT:
This study investigated how distance education serves as political strategy to teachers
training and how this process takes place in the personal assistance poles. Ten poles at Rio
Grande do Sul undergone to the study, corresponding a sample of 20% of all poles UAB/CAPES
from Rio Grande do Sul. Data were collected through a structured questionnaire, applied
individually to each pole coordinator. The data had shown that 70% of poles after indicating
the offering of courses investigate the local demands of formation, which enables setting up
the number of enrollments in the universities and the infra-structure to be used at the pole
itself. Several institutions of higher education actuate in these poles. Calling attention by the
percentage of occurrence we have UFPel (90% of poles), UFRGS (60%), UFSM and FURG (40%
each). Was identified that 60% of universities keep periodic meetings in the poles, straiten the
relationship pole/university. Regarding to the offering of courses it has been identified that
100% of the poles offer graduate degree courses, being the more common Pedagogy (90%),
Spanish (70%), Education to the Countryside (60%) and Mathematics (50%). In respect of
specializations for teachers education the course of Media in Education is offered in 70% of
poles and the courses of EJA (Education for Adults and Young People) to Diversity, TICs
implemented to Education, Environmental Education and Education to Human Rights are
offered in 30% of each pole. The results showed that the poles are involved with initial and
continued education of teachers and they are acting to execute the national politics of
distance education regarding to this theme. So the possibilities of the use of distance
education are unquestionable to ensure the democratization of access to processes for
teacher training. However we consider that deeper considerations which go beyond this study
are necessary to think about comprehensive politics of appreciation of the profession of
teaching.
1 INTRODUÇÃO
específicos do Ministério da Educação. Assim, cada Estado terá o seu Plano Estratégico de
Formação, elaborado no âmbito do Fórum Estadual. O Plano Estratégico conterá o diagnóstico
e identificação das necessidades de formação e a definição das ações a serem desenvolvidas.
As ações de formação inicial devem ser contempladas preferencialmente pela
modalidade presencial, através da ampliação das matriculas nos cursos de licenciatura das IPES
e de apoio técnico ou financeiro para atendimento de necessidades específicas. Já as ações de
formação continuada devem ser contempladas preferencialmente pela modalidade a
distância, através da indução da oferta de cursos e atividades formativas pelas IPES, em
consonância com os projetos das unidades escolares e das redes e sistemas de ensino.
Para regulamentar a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da
Educação Básica, também em 2009, publicou-se o Plano Nacional de Formação de Professores
da Educação Básica, através da Portaria Normativa MEC nº 09/2009. O referido Plano,
intermediado pela CAPES, deve ser executado em parceira com as Secretarias de Educação,
estaduais e municipais, e as IPES.
As necessidades de formação inicial e continuada devem ser atendidas a partir dos planos
estratégicos, elaborados no âmbito dos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação
Docente. As demandas individuais por formação devem ser encaminhadas através da
Plataforma Paulo Freire. As etapas desse processo são:
Os Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente elaboram o Plano
Estratégico dos Estados e aprovam as prioridades de formação;
O MEC aprova os Planos Estratégicos dos Estados;
O professor solicita formação via direção de sua escola ou por si na Plataforma Freire
(pré-inscrição);
As Secretarias de Educação analisam e validam as ações, que devem estar coerentes
com o Plano Estratégico;
A lista validada é encaminhada as IPES.
Após as etapas listadas, os cursos passam a ser elaborados internamente nas IPES, de
acordo com a expertise de cada instituição de ensino superior. Nesse processo, a interação
com os polos de apoio presencial torna-se essencial, para que ambos coadunem esforços no
sentido de propor e executar projetos pedagógicos coerentes com as realidades locais e
regionais, onde os mesmos serão efetivados, bem como coerente com as respectivas
demandas.
De acordo com o Site da UAB (UAB, 2012), os polos de apoio presencial podem ser
caracterizados como:
dos polos é oferecer o espaço físico de apoio presencial aos alunos da sua região,
mantendo as instalações físicas necessárias para atender aos alunos em questões
tecnológicas, de laboratório, de biblioteca, entre outras.
3 METODOLOGIA
70
70
60
50
Sim
40
30 Não
20
20 10 Não respondeu
10
0
Pesquisa de Demanda (%)
Nesse momento, é importante esclarecer que essa pesquisa, realizada pela maioria dos
polos investigados, não vem de encontro com as necessidades de formação inicial e
continuada, levantadas a partir da Plataforma Freire, analisadas e validadas pelas Secretarias
de Educação. A investigação dos polos se dá após o recebimento de uma oferta de curso pela
IPES, para identificação da demanda local pelo curso e, assim ajustar o número de vagas e
infraestrutura que será utilizada no polo.
Assim, percebe-se que há uma interação grande entre os polos e as IPES no sentido de
ajustes quanto ao número de vagas que devem ser alocadas em cada polo para cada curso.
Essa pratica, apesar de informal, pode contribuir para minimizar o desperdício de recursos,
sejam eles materiais, como também humanos, além de reforçar a ideia de que para a execução
das macropolíticas, as microrrelação tornam-se elementos essenciais.
Nesse sentido, os polos relatam que, para identificar o interesse local em um
determinado curso e estimar o número de interessados, enviam enquetes e questionários às
escolas públicas do município e municípios vizinhos, buscando o interesse dos professores;
estendem a pesquisa à comunidade local através de meio digital; bem como divulgam os
cursos através de mídias locais e regionais. Ou seja, os polos investigados coadunam esforços
com as Secretarias de Educação no sentido de levantar demandas de formação, com a
vantagem de possuírem um conhecimento empírico da realidade local e regional.
As instituições de ensino superior que estão atuando nos polos pesquisados são as
ap ese tadasà aà Figu aà ,à ueàseàsegue:
100 90 UFPel
80 60 UFRGS
60 40 40 UFSM
40 30
20 20
20 10 10 FURG
0 IFRS
IES que atuam nos Polos (%)
60
60
40
40
Sim
20 Não
0
Reuniões IPES e Polos (%)
Todos os polos ofertam pelo menos um curso de licenciatura. São ainda ofertados em
número significativo os cursos de especialização (80%); e cursos Tecnólogos e Técnicos (30%).
áà Figu aà à ost aà elho àtaisàdados:
100
100
80
80 Especializações
Licenciaturas
60
Tecnólogos
40 30 30 30 Técnicos
Extensões
20 10
Outros
0
Cursos Ofertados nos Polos (%)
Chama a atenção, portanto, o fato de 100% dos polos estarem vinculados á oferta de
licenciaturas. Nesse contexto, os cursos de licenciatura mais presentes nos polos investigados
foram Pedagogia, Espanhol Matemática e Educação para o Campo, como mostram os dados
ueàseàsegue à aà Ta elaà :
TABELA 1
CURSOS DE LICENCIATURA OFERTADOS NOS POLOS
Curso de Licenciatura Nº polos %
Licenciatura em Pedagogia 09 90%
Licenciatura em Espanhol 07 70%
Licenciatura em Educação para o Campo 06 60%
Licenciatura em Matemática 05 50%
Sociologia 01 10%
Inglês 01 10%
Artes Visuais 01 10%
TABELA 2
CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO OFERTADOS NOS POLOS
Especializações voltadas à formação de professores Nº polos %
Especialização em Mídias na Educação 07 70
Especialização em EJA para Diversidade 03 30
Especialização em TICS aplicadas à Educação 03 30
Especialização Ambiental 03 30
Especialização em Direitos Humanos 03 30
Especialização em Matemática, Mídias Digitais e Didática 01 10
Especialização em Gestão Educacional 01 10
Especialização em Educação: Espaços e possibilidades para 01 10
formação continuada
Observa-se, portanto, que apesar da formação docente ter sido destacada como ponto
forte para melhoria do sistema nacional de ensino em vários documentos legais, sozinha ela
pouco ou nada pode fazer. Nesse sentido, para além da democratização do acesso às
possibilidades formativas é preciso se pensar também em ações de melhoria das condições de
trabalho docente e de remunerações dignas. A formação inicial e continuada é apenas mais
uma faceta da valorização docente, que não pode responder sozinha pela melhoria dos índices
da educação básica.
Conclusivamente, concordamos com Freitas (2007, p. 1205), quando esta afirma que é
preciso falarmos de um política de valo izaç oàdoà agist ioà o oàp ofiss o,à o àoàse tidoà
de projeto de vida e futuro, enquanto percurso da existência, uma carreira que deve
necessariamente estruturar-se tendo como parâmetro orientador o compromisso social dos
educadores com as necessidades educativas de nosso povo e com a qualidade histórica da
es ola .
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos dados levantados neste estudo, identificamos que a educação à distância
está servindo ao propósito de democratizar o acesso à formação de professores, auxiliando a
formação em serviço de centenas de professores da educação básica. Ainda, podemos afirmar
que os polos de apoio presencial estão cumprindo seu papel nesse contexto, auxiliando na
consecução das políticas nacionais de formação inicial e continuada de professores.
Percebe-se, portanto, que a educação à distância constitui-se em ferramenta eficiente à
democratização de acesso aos processos de formação docente. Nesse sentido, defendemos a
tese de que a educação a distância pode ser um importante veículo para a difusão de uma
nova sociabilidade, um novo modo de ser, pensar e agir dos professores brasileiros.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 5800 de 08 de junho de 2006. Presidência da República. Casa Civil. 2006.
BRASIL. Lei nº 11.502 de 11 de julho de 2007. Presidência da República. Casa Civil. 2007.
BRASIL. Decreto nº 6755 de 29 de janeiro de 2009. Presidência da República. Casa Civil. 2007.
GATTI, B. A. Análise das políticas públicas para a formação continuada no Brasil, na última
década. Revista Brasileira de Educação, v.13, n37. p. 57-70. Jan./Abr. 2008.
SOARES, J. C.; SALES, M. R. N. Educação a Distância para Professores em Serviço – A voz das
cursistas. 31ª Reunião Anual da ANPEd. Anais do Evento. Caxambu, 2008.
RESUMO
ABSTRACT
The present work aims to analyze the low rates of abandonment / discontinuance in a
specialization course in School Management / FAE / UFMG in the period 2008 and 2010,
respectively, analyzing the main factors that corroborate the success of this course. It begins
this study by performing a survey of possible hypotheses that determine the cancellation of a
distance learning course, based on surveys and studies on this subject. In the first course held
in the period 2008-2009 has a dropout rate of 14.5% regarding characterizing this percentage
dropped to course participants of the course for personal reasons. In the second course held in
the period 2010-2011 the percentage is even lower dropout reaching 6%, characterizing the
withdrawal of teacher students through a formal request for personal reasons. The dropout
rates / dropout presented give the course a successful experience with a course in the
distance. Accordingly, we seek to analyze some theoretical and practical elements of the
educational proposal of this course watching your target audience, the strategies of effective
registration, guidance and monitoring of mentoring, management, supervision, assessment
and records required in the process of training students this course will also be covered. We
conclude by highlighting the most important aspects mentioned in this course with the results
of research on dropout in distance education, such as pointing to other studies courses in the
distance.
1 INTRODUÇÃO
Estes dados mostram que dos 400 cursistas matriculados em 2010, apenas 27 cursistas
desistiram. Dentre os aspectos relevantes considerados nesta experiência de sucesso estão
alguns apontados como importantes para uma situação de sucesso. A análise destes aspectos
foi fundamentada em autores como COELHO(2002); MOORE E KEARSLEY(2007); SHIN E
KIM(1999) e ABBAD, CARVALHO E ZERBINI(2006)
A organização do material e do funcionamento do curso: este curso contou com uma
equipe de professores e assessores, sob uma coordenação geral, que buscou integrar este
equipe e desempenhar eficazmente um suporte de tecnologia e prontidão nas dúvidas
postadas e apresentas, visando atender às demandas dos cursistas. Um dos elementos
apontados por ABBAD, CARVALHO E ZERNINI(2006) no abandono de um curso EaD é a falha na
elaboração do curso, gerando uma frustração nas expectativas dos alunos. Vale lembrar
também que a prontidão deste funcionamento possibilitou uma segurança em toda equipe,
construindo laços de pertinência e de integração entre professores e cursistas. O material de
apoio do curso também foi reconstruído pela equipe através da construção de estratégias
didáticas para esclarecimento de possíveis dúvidas. O resumo entre equipe e materialidade
culminou num curso eficiente, pronto a estabelecer estratégias rápidas em relação aos
cursistas desistentes.
A criação da Turma Matriz: Esta estratégia de construção de uma turma coletiva para
troca de materiais, solução de dúvidas e para compartilhar materiais diversos entre
professores e coordenadores das salas ambientes do curso possibilitou uma integração maior
da equipe, um estímulo entre os professores na busca de recursos para o combate à
desistência. Nesta turma, os professores conseguem fazer o curso como alunos testando as
atividades e tirando dúvidas com os coordenadores de sala ambiente numa formação contínua
e virtual.
O atendimento nos pólos: organizado de maneira a atender aos cursistas que apresentam
maiores dificuldades nas salas ambientes. Os professores assistentes atendem aos cursistas
em horários pré-determinados, colocando-se à disposição para auxiliá-los. Para COELHO(2002)
a falta da tradicional relação face-a-face entre professores e alunos, do ajuntamento de um
grupo de alunos numa instituição física, faz com que o estudante de EaD não se sinta incluído
num sistema educacional. Para SHIN E KIM(1999) o uso de atividades face a face é associado à
retenção dos estudantes, sugerindo que as atividades presenciais de interação entre os
participantes e os tutores diminuem a saída dos mesmos.
Encaminhamentos acadêmicos relacionados aos cursistas: buscou-se realizar um trabalho
no qual os cursistas pudessem apropriar-se das informações, construir o conhecimento e
interagir nos espaços de troca e ampliar os conhecimentos construídos durante o curso. Esses
encaminhamentos se associam à dinâmica da proposta pedagógica deste curso que objetiva
oferecer aos alunos uma educação instigadora, estimulante e provocativa (MORAN, 2007)
visando evitar modelos engessados, repetitivos e monótonos.
Os Momentos Presenciais: estes momentos foram muito importantes para a construção
de vínculos entre os cursistas e o corpo de profissionais da equipe do curso da Universidade e
para sanar dúvidas relacionadas ao uso da tecnologia. Para LITWIN(1999) o suporte
tecnológico constitui para muitos cursistas uma novidade. Portanto, a necessidade de ensinar
a utilizar esses meios tecnológicos contribui para a permanência dos estudantes.
Os Mini-cursos: os professores tutores trabalharam com material didático específico
sobre diferentes campos do conhecimento pedagógico relacionados à gestão escolar. Esse
momento favoreceu uma reflexão da prática gestora entre os cursistas, fortalecendo ainda
mais a permanência deste cursista.
A criação da Turma de Recuperação: esta estratégia constituiu-se importante pois
favoreceu uma extensão dos prazos do curso, uma vez que alguns cursistas sempre demandam
um tempo maior para realização das atividades propostas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAD, G.S., CARVALHO, R.S., & ZERBINI, T.(2006). Evasão em um curso via internet:
explorando variáveis explicativas. Revista de Administração de Empresas Eletrônica, 5(2).
Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/raeel/v.5n2a08.pdf. Acesso em: 28/05/2012.
http://revistapaideia.unimesvirtual.com.br/index.php?journal=paideia&page=article&op=view
File&path[]=101&path[]=96 Acesso em: 28/05/2012.
MOORE, Michael G, KEARSLEY, Greg. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo:
Thomson Learning, 2007.
MORAN, José M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas:
Papirus, 2007.
SHIN, N.; KIM, J. An exploratory of learner progress and dropout in Korea National Open
University.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo desvelar por meio de análise de Trabalhos de Conclusão
de Curso (TCC´s) e de atividades de fórum desenvolvidas ao longo de um curso, na modalidade
de Educação a Distância (EaD) para gestores escolares, os processos da gestão presentes. Os
principais eixos da pesquisa serão: trabalho objetivo e trabalho subjetivo; subjetividade
autônoma; individualização, intensificação e precarização dos processos de trabalho e de
formação destes gestores escolares. A metodologia utilizada consistirá primeiramente na
análise dos TCCs e das atividades de fórum, a partir do referencial teórico da Lógica das
Competências. Num segundo momento será feito um questionário com todos os cursistas
egressos visando confrontar os dados do questionário com a primeira análise dos TCCs. Num
terceiro momento será feita a entrevista com os alunos egressos que ainda permanecem na
gestão escolar. Acredita-se que a compreensão destes elementos presentes na produção
destes discursos possibilite uma análise importante para o campo da gestão escolar.
1 INTRODUÇÃO
A lógica flexível se caracteriza por elementos que traduzem uma lógica do capital, que
sofisticou os processos de produção/consumo e instaurou novos processos de subjetividade no
mundo do trabalho e da formação, a partir da emersão de uma nova lógica, a lógica das
o pet ias.à Essaà l gi aà à i dí ioà daà i stau aç oà deà u à p o essoà deà i di idualizaç oà ueà
pe passaà asà elaç esà so iais ,à deà a o doà o à aà o aà Edu aç oà p ofissio alà eà aà l gi aà dasà
o pet ias ,ào ga izadaàpo àFe a doàFidalgo,àMaria Auxiliadora Monteiro e Nara Luciene
Rocha Fidalgo. (2007, p. 12).
Novas relações sociais de produção são construídas na chamada Sociedade do
Conhecimento e/ou Sociedade da Informação e o caráter da subordinação do trabalho nesta
sociedade acaba por intensificar os processos de individualização, intensificação e
precarização do trabalho e da formação dos gestores escolares. Analisar os processos de
gestão objetivos e subjetivos presentes nos discursos dos gestores escolares egressos, alunos
do curso de especialização em Gestão Escolar da Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Minas Gerais, constitui-se como objeto desta pesquisa.
Constitui-se para análise desses processos de gestão, a Lógica das Competências que
advém em prol de um novo modo de acumulação flexível do capital cujas intencionalidades
tácitas são favoráveis ao desenvolvimento do capital e de suas demandas. E, nessas novas
demandas, o termo competência ganha centralidade no debate educacional, uma vez que, o
modo de produção também se expande para a administração escolar. Maria Tereza Fleury e
Afonso Fleury, ao lerem Guy Le Boterf (1995), trazem o conceito de competência desse autor
aàpe spe ti aàdeà u àsa e àagi à espo s elàeà ueà à e o he idoàpelosàout os.àI pli aàsa e à
como mobilizar, integrar e transferir os conhecimentos, recursos e habilidades, num contexto
p ofissio alàdete i ado ( LE BOTERF apud FLEURY & FLEURY, 2001, p.187).
Nessa lógica competente, a gestão escolar sofre modificações, assim como o papel do
gestor escolar no âmbito do trabalho e da formação. Segundo Corrêa e Pimenta (2009), aà
dimensão humana é recuperada e inserida numa outra vertente- aàdaàp oduti idade à CO‘‘Êáà
& PIMENTA, 2009, p.30), envolvendo a gestão escolar na lógica da eficácia e dos resultados.
Enquanto Professora Auxiliar do Curso de Especialização em Gestão Escolar desenvolvido
pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (FAE/UFMG) desde
2008, sob a coordenação dos professores Dr. Fernando Selmar Rocha Fidalgo e Dr. Hormindo
Pereira Júnior, a pesquisadora pôde vivenciar, através da correção do Projeto Político
Pedagógico (PPP) e das orientações aos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), a
manifestação dos discursos expressos por esses gestores escolares em suas produções
escritas. Seus discursos revelam uma imposição da lógica das competências aos processos do
t a alhoà eà daà fo aç oà p ofissio alà dosà gesto esà es ola es,à u aà l gi aà ueà t aduzà oà
somente os conhecimentos e os saberes adquiridos mas o saber-ser, os traços particulares de
pe so alidade à FIDáLGOà&àFIDáLGO,à ,àp. ).
A partir da experiência como Professora Auxiliar no Curso de Especialização em Gestão
Escolar da Fae/UFMG, se tomará como objeto de estudo, na investigação desta pesquisa, os
processos objetivos e subjetivos do trabalho e da formação profissional dos gestores escolares
impostos pela Lógica das Competências, ao considerar que a mesma individualiza, intensifica e
precariza esses processos. Com base num referencial teórico que reflete sobre essa lógica,
referencial que ocupa espaço privilegiado no campo da Sociologia do Trabalho e da Educação,
desde a década de 80, buscar-se-á fundamentação para analisar esse discurso na gestão do
trabalho e formação desse trabalhador em serviço.
Essa nova racionalidade aponta, no trabalho dos gestores escolares, uma necessidade de
alterações. A pesquisadora Beatriz Pont (2008) destaca a importância que o papel do gestor
e àga ha doà oàp ese teàs ulo,à seàest àda doàu aà e ie teàp eo upa i àpo àelàpapelàdelà
director definido en la época industrial ho ha cambiado lo suficiente como para enfrentarse los
o plejosà etosà ueàp ese taàLaàes uelaàDelàsigloàXXI à PONT,à àp.à .àPe e e-se que as
competências demandadas para o gerenciamento escolar, pautadas na Lógica das
Competências, investem nesse trabalho caracterizando-o por aspectos de individualização,
intensificação e precarização, fruto das demandas da nova ordem que postula o retorno do
sujeito e a questão da subjetividade como possibilidade de nova relação no interior do
processo de trabalho.
Compreender a categoria trabalho em suas dimensões objetivas e subjetivas, ao
considerar os indicadores de individualização, intensificação e precarização; assim como
refletir sobre a categoria formação deste trabalhador contribuirá para desvelar aspectos
importantes do trabalho do gestor escolar.
Quanto aos aspectos do trabalho, a nova Lógica das Competências demanda um trabalho
e à pad esà a eit eisà deà ualidade,à eà pa aà ueà issoà o o aà i pli aà e à e ol i e toà doà
coletivo de trabalhadores no processo produtivo, sua adesão aos objetivos organizacionais, o
que implica em aspectos que estão além da racionalidade pura e simples: valores, afetos,
e ças,àatitudes,àet . à CO‘‘Êáà&àPIMENTá,à ,àp.à -36)
As mudanças quanto à formação profissional dos gestores escolares ganham novas
características a partir das mudanças de reestruturação produtiva, iniciadas na década de 1980
e aceleradas na década de 1990. É a posse das características inerentes ao modelo de
competências que acaba por inserir as práticas da gestão escolar nesse novo cenário. E ao
considerar a questão da qualificação do trabalho, novos elementos compõem esse cenário, em
vista às demandas dessa nova lógica. Lucília Regina de Souza Machado (1996) aponta esses
indícios:
Por outro lado, há uma nova maneira de analisar as condições de trabalho e a questão
da qualificação, que não é mais tratada como consequência inevitável da evolução
técnica. Considera-se fundamental o influxo das novas políticas de organização do
processo de trabalho e de gestão da força de trabalho e seus impactos sobre o modo de
ser do trabalho, a subjetividade humana e as relações intersubjetivas, que envolvem o
oletivoàdosàt a alhado es à MáCHáDO,à àp. -14).
Todas essas modificações apresentadas pelo modelo de competência fazem surgir novos
esquemas e novos modos de capacitação do trabalho e de gestão do processo produtivo,
constroem novas performances para os trabalhadores inseridos na gestão da educação básica.
Machado (1996) aponta questões que estão implicadas nessa lógica e de certa forma traduzem
o dinamismo que a subjuga:
3 REFERENCIAL TEÓRICO
4 METODOLOGIA
Este trabalho desenvolverá uma pesquisa de análise qualitativa, pois se compreende que
os resultados dessa análise poderão se complementar e possibilitar avanços na leitura dos
dados. Nesse sentido, serão considerados como centrais a investigação sobre os processos da
gestão escolar.
A pesquisa apresenta-se organizada em dois eixos, o eixo analítico e o eixo operacional.
Os eixos analíticos conduzirão os estudos realizados em todo o processo desta pesquisa; e os
eixos operacionais, cuja função é a de conceder à pesquisa elementos importantes para sua
análise.
Eixos Analíticos: A construção dos processos da gestão escolar dos egressos do curso; a
influência do discurso da Lógica das Competências na construção de estratégias de
individualização, intensificação e precarização sobre os processos de trabalho e formação;
análise dos principais elementos que delimitam um perfil de gestor escolar.
Eixos Operacionais: Aprofundamento teórico; preparação dos instrumentos e coleta de
dados; análise dos dados.
Pretende-se, num primeiro momento, analisar os Trabalhos de Conclusão de Curso(TCCs)
do curso de Especialização em Gestão Escolar da Fae/UFMG referente as turmas de 2008/2009
eà / ,à ueàap ese ta àoàte aà Gest o ,àeàdasàati idadesàdeàf u .
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTRO, Nádia Araújo. Qualificação das relações industriais: Uma nova moeda-de-
troca?Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
73301997000400003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 04 de dez. 2011.
Disponível em:<http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/976/880>.
Acesso em: 04 dez. 2011.
FIDALGO, Fernando; OLIVEIRA, Maria Auxiliadora Monteiro; FIDALGO, Nara Luciene Rocha
(orgs.). Educação profissional e a lógica das competências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
FLEURY, Maria Tereza Leme; FLEURY, Afonso. Construindo o conceito de competência. RAC,
Edição Especial 2001:183-196. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rac/v5nspe/v5nspea10.pdf>. Acesso: 14 jul. 2011.
HIRATA, Helena.(Org.). Apresentação Sobre o modelo japonês; Trad. R. Eichemberg et al. São
Paulo, EDUSP, 1993. p.11-19.
MACHADO, Lucília Regina de Souza. Qualificação do trabalho e relações sociais. In: FIDALGO ,
Fernando. (Org.). Gestão do trabalho e formação do trabalhador. Belo Horizonte, MG:
Movimento de Cultura Marxista, 1996.
MARX, Karl. O capital: crítica da Economia Política. São Paulo: Difel, Livro1.1984
MIRANDA, Silvânia Vieira. Identificando competências informacionais. Ci. Inf., Brasília, v. 33,
n. 2, p. 112-122, maio/ago. 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n2/a12v33n2.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2011.
MONTEIRO, Maria Silvia e GOMES, Jorge da Rocha. De Taylor ao modelo japonês: modificações
ocorridas nos modelos de organização do trabalho e a participação no trabalho. Revista
Brasileira de Saúde Ocupacional, 93/94: p. 29-37, dez. 1998.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre, Artmed, 1999.
PONT, Beatriz. Los directores de escuela deben centrarse em La mejora de los resultados
escolares. In: GAIRÍN, J. e SERAFÍN, A.(Orgs.).Organizaciones educativas AL servivio de La
sociedad. Wolters Kluwer. España, SA, 2008.
RIBEIRO, Adelia Maria Miglievich Ribeiro. Anotações acerca da especialização flexível e o caso
brasileiro . Disponível em: <http://www.senac.br/BTS/221/boltec221b.htm>. Acesso em: 02
jul. 2011.
ZARIFIAN, Philippe.. Introdução. In: HIRATA, Helena (Org.). Sobre o modelo japonês; Trad. R.
Eichemberg et al. São Paulo, EDUSP, 1993. p.23-32.
TEMPO E
ESPAÇO
EM EAD
ANAIS DO IV SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: TÃO LONGE, TÃO PERTO______________________________
BELO HORIZONTE, 04 E 05 DE JUNHO DE 2012 ISBN: 978-85-64724-24-2
____________________________________________________RESUMOS
A educação à distância (EaD) lida com tempo e espaço de modo diferenciado do ensino
tradicional (ET). A tecnologias de informação e comunicação (TIC´s) promovem um
encurtamento das distâncias físicas, porém ampliam-se as relacionais, afetivas e
comunicacionais; por outro lado, o tempo rígido da sala de aula é flexibilizado e fluído na EaD,
implicando comportamentos diferenciados dos envolvidos. Este ensaio objetiva identificar
tendências de comportamentos de professores do ensino superior, considerando-se suas
atividades no ET e na EaD, baseando-se nas cinco dimensões temporais de Bluedorn e Jaussi
(2007): policronicidade (preferência por fazer várias atividades ou apenas uma, num mesmo
período de tempo; tendência a elevada policronia em ambos os contextos); velocidade
(preferência por um ritmo acelerado ou lento de realização das atividades; tendência para
rapidez, porém atividades como pesquisa e orientação de alunos podem ser mais lentas);
pontualidade (posicionamento usual frente a prazos, horários e metas; tendência à
pontualidade; na EaD, o ensino pode retroceder ou antecipar conforme desempenho do
aluno); profundidade temporal (distanciamento do presente em relação ao passado e ao
futuro; tendência por proximidade com o passado, dada a importância do conhecimento
consolidado; as TIC´s implicam profundidade futura, dada sua permanente evolução, exigindo
aprendizagem contínua); arrastamento (comportamentos que conduzem ou são conduzidos
pelos tempos de terceiros, como alunos, instituição de ensino, outras instituições etc.;
tendência por ser arrastado por prazos definidos fora de sua alçada). Pesquisas visando
identificar comportamentos típicos nas atividades envolvidas na docência no ensino superior
possibilitarão compreensão de perfis nos cenários analisados e, daí, definição de políticas mais
efetivas rumo à qualidade na educação.
O presente trabalho consiste em levantar qual o conceito do acadêmico quanto sua visão
referente a qualidade ofertada em cursos através da modalidade a distância. Buscou-se traçar
uma análise quanto a forma em que o acadêmico compreende e avalia a qualidade do curso. A
pesquisa abrangeu um universo de acadêmicos pertencentes ao sistema da Universidade
Aberta do Brasil (UAB), do curso de Pedagogia em EAD da Universidade Estadual de Maringá
(UEM). Com os resultados foi possível levantar de que forma a modalidade a distância pode
contribuir para a o desenvolvimento da aprendizagem, abordando as facilidades e dificuldades
encontradas por estes acadêmicos, ao freqüentar um curso de graduação a distância. A
pesquisa de análise conceitual abordou um estudo comparativo entre dois polos, sendo
aplicada em duas fases distintas. A primeira fase ocorreu no ano de 2011, aplicada para um
total de 30 (trinta) acadêmicos, pertencentes aos cursos de Pedagogia da Universidade
Estadual de Maringá (UEM), do Polo de Apoio Presencial de Umuarama. A segunda fase foi
aplicada no ano de 2012, com novamente 30 (trinta) acadêmicos, pertencentes aos mesmos
cursos, porém, do Polo de Apoio Presencial de Astorga. Com esta pequena amostragem
compreende-se que de acordo com os resultados obtidos, na visão do acadêmico em ambos os
polos, aferiu-se que a maior parte afirmou que existe qualidade devido a concretização da
aprendizagem, destacando o seu caráter dinamizador, colaborativo e flexível que respeita o
tempo e o espaço de cada integrante, além do incentivo a inclusão tecnológica, ao exercício
contínuo da leitura e ao aperfeiçoamento da escrita, com ênfase no conhecimento científico.
_________________________________TRABALHOS COMPLETOS
RESUMO
O SCORM – Sharable Content Object Reference Model foi desenvolvido pela ADL –
Advanced Distributed Learning, que surgiu em 1997, a partir da necessidade do Departamento
de Defesa dos Estados Unidos de oferecer treinamento sob demanda para suas unidades em
todo o mundo, configurando-se em uma estratégia para unir processos de ensino-
aprendizagem e teconolgias da informação. Este trabalho trata do projeto de estudo,
especificação e implementação de uma API53 para desenvolvimento de cursos no formato
SCORM, realizado em atendimento à demanda de entrega de conteúdo de E-Learning54
autoinstrucional, gerada pela instituição SENAC – Minas, no intuito de dar suporte ao produto
denominado Curso de Inglês para Recepcionistas em Meios de Hospedagem. Como resultado
do trabalho desenvolvido, obteve-se uma API, utilizada no lado cliente, para auxiliar
programadores e desenvolvedores de conteúdo no desenvolvimento e publicação
padronizados de cursos adequados à utilização dos diversos recursos de gerenciamento
oferecidos pela API SCORM disponibilizada pelos Sistemas de Gestão da Aprendizagem
compatíveis com o modelo de referencia.
ABSTRACT
SCORM - Sharable Content Object Reference Model was developed by ADL - Advanced
Distributed Learning, which appeared in 1997, from the necessity of the Department of
Defense of the United States to provide training on demand for its units worldwide, becoming
in a strategy to unite the teaching-learning processes and teconolgias information. This work
deals with the study design, specification and implementation of an API for developing courses
in SCORM format, conducted in response to the demand for content delivery of E-Learning
autoinstrucional, generated by the institution SENAC - Mines in order to support the product
called Course in English for Receptionists Lodging Facilities. As a result of the work, we
obtained an API, used on the client side, to help programmers and content developers in the
development and publication of standardized courses appropriate to the use of various
53
Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicativos, geralmente são criadas para
auxiliar no desenvolvimento de determinado tipo de aplicação que utilize um conjunto de recursos e
funcionalidades a serem providos pelo API, de modo a facilitar, agilizar e padronizar a utilização de um certo
conjunto de recursos de programação.
54
Modelo de ensino a distancia mediado principalmente pela WEB e suportado por tecnologias da informação.
management features offered by the API provided by the SCORM Learning Management
Systems compatible with the reference model.
1 INTRODUÇÃO
55
Traduzido de <http://www.adlnet.gov/About/Pages/adlinitiative.aspx>. Acesso: 14 Ago. 2009.
autoinstrucional; produto final destinado à publicação no LMS Moodle, pronto para execução
e sem necessidade de ajustes posteriores; avaliação da evolução do aluno a cada unidade de
aprendizagem, com registro do aproveitamento e medição de competência adquirida; a
avaliação do aluno deve ser feita com base no tempo de permanência em cada unidade de
aprendizagem, no número de tentativas de realização de uma dada atividade e através de
exercícios, jogos e atividades interativas; o aluno deve ser capaz de visualizar, a todo instante,
o registro de seu progresso ao longo do curso, podendo identificar sua localização atual no
conteúdo e qual o seu progresso em cada unidade de aprendizagem.
Estudando a documentação do SCORM, verificou-se que suas especificações traziam
diretrizes para sua implementação por parte do LMS, que deve expor uma interface que
permita a utilização dos recursos do padrão. Porém, além da explicação acerca dos recursos
disponibilizados pelo LMS que implemente o SCORM, não há especificações de como uma
aplicação cliente possa utilizar-se do padrão e recorrer aos recursos presentes no LMS, no nível
programático.
Sendo assim, para utilização do SCORM no desenvolvimento do curso de Inglês para
Recepcionistas em Meios de Hospedagem, a equipe de tecnologia educacional do SENAC –
Minas decidiu-se por estudar detalhadamente a documentação fornecida pela ADL e, com
base no conhecimento da arquitetura e funcionamento do SCORM, implementar uma
Interface de Programação de Aplicação, neste trabalho refenciada simplesmente como API,
que introduzisse mecanismos automatizados para realização de tarefas correlatas aos recursos
do padrão e que pudesse ser utilizada para facilitar e agilizar o desenvolvimento de cursos a
serem publicado no formato SCORM.
56
Toda a documentação está em conformidade com o IEEE e com o IMS Global Learning Consortium (IMS GLC),
conforme pode ser verificado na seção COPYRIGHT, LICENSING, AND REDISTRIBUTION GUIDELINES de cada
documento.
compor um dado conteúdo, da maneira como devem ser disponibilizados de um sistema para
outro, como estes componentes devem ser descritos e qual a forma de organizá-los e
sequenciá-los de acordo com a necessidade de apresentação.
Os principais tópicos abordados no SCORM CAM são:
Modelo de Conteúdo: definição de uma terminologia comum;
Empacotamento de Conteúdo: descrições e requerimentos para agregação e
organização de conteúdo com vistas à publicação no LMS. São dados direcionados, em
sua maioria, ao LMS que receberá e dará acesso ao pacote SCORM;
Metadados: informações possíveis e necessárias para descrição dos componentes do
pacote SCORM.
Sequenciamento e navegação: informações relacionadas aos processos de
sequenciamento e navegação entre as diversas atividades, a serem utilizados pelos
componentes da API SCORM do LMS, que são desenvolvidos com base no documento
Sequencing and Navigation – SN.
O conteúdo de um curso no formato SCORM pode conter diversos elementos, tais como
atividades interativas, objetos de aprendizagem compartilhados, arquivos de texto, áudio,
vídeo e animações. Diante disso, o modelo de conteúdos apresentado pelo SCORM - CAM
agrupa e define tais elementos dentro de especificações que possibilitam organizar o modelo,
definir as regras para agregação e os requisitos para empacotamento, estruturação e
descrição, navegação e sequenciamento. Dessa forma, são apresentadas as seguintes
classificações para os diversos componentes de um conteúdo: Assets, Sharable Content Object
– SCO e Activities.
ASSETS
ássets,àouà ati os ,àpode àse àdefi idos,àsegu doàoà“CO‘Mà– CAM, como elementos básicos
de um dado conteúdo, ou seja, podem ser tanto recursos midiáticos digitais passíveis de serem
renderizados por um navegador WEB e apresentados ao aluno, quanto arquivos de dados e
programas a serem processados no navegador cliente para gerar ou dar suporte a recursos
necessários à interação, navegação ou comunicação de dados entre o conteúdo e o LMS.
São exemplos de assets que podem compor um determinado recurso de aprendizagem:
arquivos de texto, imagem, áudio, vídeo, avaliações interativas, scripts, XML57, animações e
conteúdo interativo em Flash58. Estes componentes são geralmente descritos por
metadados em XML, inseridos diretamente em uma seção da página do curso no LMS ou
acessados via hiperlinks internos ou externos.
É importante ressaltar que um asset, ou mesmo um conjunto de assets, não pressupõem
comunicação em tempo de execução com o LMS para informe de dados relativos à interação
do aluno com o conteúdo, intervenção no processo de navegação e sequenciamento ou para a
realização de quaisquer outras requisições possíveis de serem feitas utilizando-se a interface
pública da API do SCORM implementada pelo LMS. Ou seja, em um nível organizacional em
que o conteúdo se forme apenas por um conjunto de assets estruturalmente independentes,
as funcionalidades previstas no padrão irão se resumir ao registro de quais elementos já foram
57
Extensible Markup Language – formato de arquivo recomendado pela W3C para
organização, armazenamento e transporte de dados.
Adobe Flash – Ferramenta de Autoria da Adobe que possibilita desenvolvimento visual e
58
ATIVIDADE
Uma atividade de aprendizagem pode ser vagamente descrita como uma unidade
significativa de instrução. É conceitualmente algo que o aluno faz, progredindo através da
instrução. A atividade de aprendizagem pode fornecer um recurso de aprendizagem (SCO ou
Asset) para o aluno ou pode ser composta de várias sub-actividades.60
Como se pode observar, a organização de um dado conteúdo em atividades não precisa
seguir uma única estrutura ou taxonomia. Podemos ter uma única atividade que, por si só,
consiste de ou referencia um SCO, ou mesmo um asset, ou pode ser composta de diversas
atividades, que podem, cada uma delas, referenciar outros SCOs ou assets e, também, serem
compostas por outras atividades.
59
Responsáveis pela organização de conteúdo, elaborado por eles próprios ou por terceiro, os Instructional
Designers também tratam da adequação de todo o material a ser utilizando em um curso ou treinamento.
60
SCORM® 2004 4th Edition Content Aggregation Model (CAM) Version 1.1, p. 21.
61
Para definição de SCO, vide seção 2.2.2.2 deste documento.
Quanto à navegação, o modelo descrito pelo SCORM especifica a forma como eventos de
navegação podem ser desencadeados e processados para possibilitar a identificação e entrega
da atividade apropriada. Para isso, é assumida pelo SCORM a existência de uma interface de
usuário a partir da qual sejam disparados os eventos de navegação.
Dispositivos básicos para carregamento de uma determinada atividade já são fornecidos
pelos LMSs mais utilizados atualmente. Toda via, outros dispositivos e interfaces customizadas
podem ser desenvolvidos para serem apresentados tanto por um LMS, que permita este tipo
de customização, quanto como sendo parte do próprio SCO a ser publicado no LMS. Ao se
pensar na padronização, na compatibilidade dos pacotes de conteúdos e nos mecanismos de
interoperabilidade, a segunda abordagem parece a mais apropriada, fazendo com que as
customizações inerentes a um determinado SCO fiquem a ele associadas, garantindo assim o
seu funcionamento em qualquer LMS compatível com o SCORM, em que seja publicado.
Como foi visto na revisão bibliográfica resumida, apresentada neste trabalho, sobre os
documentos e especificações que contemplam o SCORM, estes se referem à implementação
de uma API no lado servidor a ser disponibilizada pelo LMS.
Sendo assim, o comportamento intrínseco a um SCO possui livre definição e controle por
parte daqueles que o projetam e o implementam. Por outro lado, é demandado um
conhecimento claro da interface da API exposta pelo LMS e dos modelos de dados fornecido
pelo padrão, para que se possa lançar mão destes recursos no momento de se projetar um
determinado conteúdo. Além disso, os comportamentos pretendidos para o conteúdo e as
formas de interação previstas entre este e o aluno, devem ser implementados pelo
desenvolvedor, caso sejam mais elaboradas que aquelas fornecidas pelo LMS, de forma
programática, no lado cliente.
Diante disso, foi projetada e implementada, pelo SENAC – Minas, uma API para
desenvolvimento, agregação, sequenciamento e navegação de conteúdo SCORM no nível dos
SCOs. Fornecendo assim, recursos para o desenvolvedor de conteúdo que estendam aqueles já
fornecidos pelo LMS, os quais fornecem tratamento geral aos SCOs e não contemplam
tratamentos peculiares e intrínsecos.
Serão aqui apresentados os principais aspectos da API, uma visão geral de sua arquitetura
e funcionamento e uma exposição de seus processos e componentes mais importantes.
3.2.1 WORKSPACE
Para desenvolvimento da API, foi definido um ambiente de projeto no qual arquivos
fontes e arquivos destinados à publicação estejam separados e organizados devidamente de
acordo com o tipo, categoria e funcionalidade, e procurando espelhar a arquitetura da
aplicação.
Na raiz do workspace, têm-se o pacote scormapi, que contém todo o projeto da API.
Também foi criado no workspace um pacote projetc, que define a estrutura básica de um
projeto de curso a ser desenvolvido para a utilizando-se a API
3.2.2 ARQUITETURA
O desenvolvimento desta API resultou em uma aplicação multimídia que carrega e
gerencia telas de conteúdo, realizando comunicação dos processos de interação do aluno,
tanto de forma automatizada para os registros mais comuns, quanto de acordo com o
pretendido pelo desenvolvedor do referido conteúdo, recorrendo à interface da API do
SCORM, exposta pelo LMS, e ao modelo de dados definido pelo padrão.
Os componentes encarregados do carregamento, gerenciamento e navegação das telas
de conteúdo foram escritos em Action Script, utilizando-se a ferramenta Adobe Flash. Para a
comunicação de dados com o LMS, os componentes responsáveis foram desenvolvidos em
JavaScript. As configurações da API, para descrição da interface de usuário, da estrutura do
curso e de seus SCOs, serão feitas a partir de parâmetros presentes em XML.
O processo de compilação da API gera um arquivo SWF, que é encarregado de ler os
arquivos de configuração e estruturar o conteúdo conforme descrito, aplicando os parâmetros
definidos nos atributos disponíveis, tais como se o acesso será linear e sequencial ou de livre
navegação.
Assim, têm-se para a API os seguintes componentes:
a) User Interface
b) Data Model
i. Validação de dados
ii. Persistência no via LMS
iii. Persistência local
c) Control
i. Comunicação dos dados
ii. Acesso aos dados
iii. Controle de navegação
d) Main
i. Inicialização dos components
ii. Interface entre componentes
iii. Gestão de processos
Estes componentes têm seus códigos fonte gerados nos respectivos pacotes, que
compõem o pacote src, dentro do pacote superior scormapi. A compilação, conforme
anteriormente citado, gera os arquivos índex.swf e índex.html diretamente na raiz do pacote
bin, que fica no mesmo nível do pacote src, na raiz do scormapi. Ainda no pacote bin, têm-se
dois outros pacotes no quais serão gerados os arquivos em JavaScript, e os arquivos de
configuração em XML. Também há o pacote destinado a imagens que venham a compor a
interface de usuário e que são carregados pelo índex.swf.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A API aqui apresentada foi desenvolvida pelo SENAC – Minas e possibilitou a publicação
do curso autoinstrucional de Inglês para Recepcionistas em Meios de Hospedagem, atendendo
à demanda apresentada e aos requisitos listados para o produto. Dessa forma, é permitido ao
aluno navegar pelo curso, acompanhar seu progresso e aproveitamento, ser avaliado ao longo
do processo e obter o resultado final, sem a necessidade de qualquer intervenção além de sua
interação com o conteúdo apresentado. O arquivo final contendo todo o curso pode ser
publicado diretamente em qualquer LMS.
Detalhes técnicos, como documentação de software e diagramas de projeto não foram
contemplados no escopo deste trabalho.
Nas figuras 1 e 2 são apresentadas parte da árvore de conteúdos gerada pelo LMS
Moodle, após publicação do referido curso, que soma vinte lições ao total e parte do relatório
de registros sobre a evolução do aluno e sua interação com o conteúdo.
Figura 2 – Alguns dos registros do SCORM gerados para o curso através da API desenvolvida.
REFERÊNCIAS
ADVANCED DISTRIBUTED LEARNING. SCORM 2004 4th Edition – Content Aggregation Model
[CAM], 2009. Disponível em: <http://www.adlnet.gov>. Acesso: 14 Ago. 2009.
ADVANCED DISTRIBUTED LEARNING. SCORM 2004 4th Edition – Run-Time Environment (RTE),
2009. Disponível em: <http://www.adlnet.gov>. Acesso: 14 Ago. 2009.
ADVANCED DISTRIBUTED LEARNING. SCORM 2004 4th Edition – Sequencing and Navigation
[SN], 2009. Disponível em: <http://www.adlnet.gov>. Acesso: 14 Ago. 2009.
RESUMO
A educação à distância (EaD) lida com tempo e espaço de modo diferenciado da educação
presencial (EP). As tecnologias de informação e comunicação (TIC´s) promovem um
encurtamento das distâncias físicas, porém ampliam-se as relacionais, afetivas e
comunicacionais; por outro lado, o tempo rígido da sala de aula é flexibilizado e fluído na EaD,
implicando comportamentos diferenciados dos envolvidos. Este ensaio objetiva identificar
tendências de comportamentos de professores do ensino superior, considerando-se suas
atividades na EP e na EaD, baseando-se nas cinco dimensões temporais de Bluedorn e Jaussi
(2007): policronicidade (preferência por fazer várias atividades ou apenas uma, num mesmo
período de tempo; tendência a elevada policronia em ambos os contextos); velocidade
(preferência por um ritmo acelerado ou lento de realização das atividades; tendência para
rapidez, porém atividades como pesquisa e orientação de alunos podem ser mais lentas);
pontualidade (posicionamento usual frente a prazos, horários e metas; tendência à
pontualidade; na EaD, o ensino pode retroceder ou antecipar conforme desempenho do
aluno); profundidade temporal (distanciamento do presente em relação ao passado e ao
futuro; tendência por proximidade com o passado, dada a importância do conhecimento
consolidado; as TIC´s implicam profundidade futura, dada sua permanente evolução, exigindo
aprendizagem contínua); arrastamento (comportamentos que conduzem ou são conduzidos
pelos tempos de terceiros, como alunos, instituição de ensino, outras instituições etc.;
tendência por ser arrastado por prazos definidos fora de sua alçada). Pesquisas visando
identificar comportamentos típicos nas atividades envolvidas na docência no ensino superior
possibilitarão compreensão de perfis nos cenários analisados e, daí, definição de políticas mais
efetivas rumo à qualidade na educação.
62
Doutora em Administração, Professora e Pesquisadora do Programa de Mestrado Acadêmico em Administração
da Faculdade Novos Horizontes.
63
Mestranda em Administração da Faculdade Novos Horizontes, Bolsista Capes.
64
Mestranda em Administração da Faculdade Novos Horizontes, Bolsista Capes.
65
Graduanda em Administração, Bolsista Fapemig.
ABSTRACT
Distance education (DE) deals with time and space differently from face education (FE).
The information and communication technologies (ICTs) promote a shortening of physical
distances, but extend the relational, emotional and communicational distances; on the other
hand, the chronological time from the classroom is more flexible and fluid in DE, implying
different behaviors of those involved. This study aims to identify trends in behavior of teachers
in higher education, considering their activities in FE and DE, based on the temporal
dimensions of five Bluedorn and Jaussi (2007): policronicity (preferably by doing various
activities or just one, at the same time; tendency is high policronicity both contexts), speed
(preferably at an accelerated or slow pace at the performance of activities; tendency to high
speed, but activities such as research and guidance of students may be slower), punctuality
(usual position in front of deadlines, schedules and goals; tendency to high punctuality; in
distance education, teaching can rewind or advance as student achievement); temporal depth
(distance from the present in relation to past and to future; tendency for proximity to the past,
given the importance of consolidated knowledge; ICTs involve proximity to the future, given its
constantly changing, requiring continuous learning), entrainment (behaviors that lead or are
led by time of third parties such as students, educational institution, other institutions etc.;
tendency to be entrained by deadlines outside their remit). Research to identify the behaviors
typical in activities involved in teaching in higher education will enable understanding profiles
in the analyzed scenarios and, hence, the definition of more effective policies towards quality
in education.
1 INTRODUÇÃO
A educação a distância (EaD) lida com tempo e espaço de modo diferenciado do ensino
presencial (EP). As tecnologias de informação e comunicação (TIC´s) promovem um
encurtamento das distâncias físicas, porém ampliam-se as relacionais, afetivas e
comunicacionais; por outro lado, o tempo rígido da sala de aula é flexibilizado e fluído na EaD,
implicando comportamentos diferenciados dos envolvidos.
Note-seà ueà asà atitudesà hu a asà ela io adasà aoà te po à p o o a à u à p ofu doà
impacto no contexto social vivenciado, apesar da importância de seus estudos ser subestimada
pela maioria das pessoas, seja da academia ou na sociedade de modo geral, sendo esta
realidade caracterizada por Zimbardo e Boyd (2009) como o primeiro paradoxo do tempo. No
entanto, acredita-se que um posicionamento reflexivo quanto ao tempo proporciona um
momento voltado a identificar as possibilidades e limitações do próprio ser humano (KLEIN,
1995; ELIAS, 1998), inclusive diante do campo laboral (MELLO e TONELLI, 2002; PAIVA e
MAGESTE, 2008)
Tal temática tem sido estudada não apenas no campo da física e filosofia, campos nos
quais seus estudos são mais amplos, mas também em diversas outras áreas de conhecimento
(KLEIN, 1995; ELIAS, 1998). Ressalta-se ser o tempo uma construção social com uma
característica inerente: sofre alterações de acordo com o momento e local vivenciado pelos
seres humanos, consolidando e reconsolidando de maneira contínua (HALL, 1983; BAUMAN,
2 REFERENCIAL TEÓRICO
outro pólo estão os sujeitos que se envolvem com uma atividade de cada vez, chamados de
monocrônicos. (PAIVA et al 2011, p. 644).
Ela é caracterizada por ser uma escolha consistente, seja ela tomada de maneira
consciente ou inconsciente, sobre como envolver tarefas e eventos. Para Bluedorn (2002), ao
e io a àaàe p ess oà aoà es oàte po àouà si ult eo àte -se a não obrigatoriedade de
término de uma tarefa ou evento para que se ocorra o início de outra, não implicando assim
com a produtividade (quantidade ou qualidade dos resultados obtidos) (BLUEDORN e JAUSSI,
2007). Contudo, Whitrow (2005) relata que há uma proporção direta no interesse pelo que se
faz com a percepção do tempo. Em outras palavras, o tempo parece passar mais rápido a
medida que o indivíduo se envolve com mais atividades, o que implica a segunda dimensão
analisada por Bluedorn e Jaussi (2007).
De acordo com os autores, a segunda dimensão apresentada pelos autores é velocidade,
aà ualà podeà se à a a te izadaà pelaà f e u iaà ú e o à deà ati idadesà e à u aà u idadeà deà
te poà so ial à BLUEDO‘N,à ,à p. .à ‘essalta-se que a mesma pode variar de rápida à
lenta, de acordo com a preferência de cada sujeito.
Para esta dimensão também se aplica a noção de contínuo apresentada na anterior:
neste caso, em uma extremidade estão presentes os sujeitos que são mais acelerados, ou seja,
rápidos ao desenvolver suas atividades; e, na outra, os sujeitos que são mais lentos na
execução das mesmas. É importante frisar que velocidade não tem impacto direto na
produtividade (quantidade ou qualidade dos resultados obtidos).
Quanto às duas primeiras dimensões apresentadas, elas ocorrem de maneira interligada
e contínua, assim percebe-se a possibilidade descrever quatro comportamentos possíveis,
conforme Figura 1:
Cada uma das combinações é capaz de exprimir o envolvimento do individuo com o seu
ambiente produtivo (BLUEDORN e JAUSSI, 2007).
Já pontualidade, terceira dimensão analisada por Bluedorn e Jaussi (2007), refere-se a
estar no tempo, ser pontual; trata-se de uma construção objetiva, mensurável pelo relógio, e,
também, é um elemento de construção social (PAIVA et al, 2011). Tal construção ocorre em
decorrência do posicionamento dos fatores individuais e contextuais, variando assim de
pessoa para pessoa, de cultura para cultura (BLUEDORN, 2002) e, até mesmo, no interior de
uma mesma cultura (BLUEDORN e JAUSSI, 2007). Ressalta-se que essa terceira dimensão
também está relacionada à velocidade no que tange ao cumprimento de metas, prazos e
horários estabelecidos (PAIVA et al, 2011).
as fases de out osà it osà ueàs oà a astados ,àsegui doàasàfasesà o espo de tesàdoà
it oà a asta te àouàà aisàpode oso/fo te,àassi à o oàoà ueào o eàap sàoàsoa àdoà
sino diante de um pregão em bolsas de valores, cujos analistas que compram e
vendem papéis (ações, por exemplo) seguem a permissão dada (ou negada) pelos
gestores do pregão para comercialização de papéis (PAIVA et al, 2011, p. 646).
Torna-se importante ressaltar que esta última dimensão impacta diretamente no âmbito
organizacional como um todo, já que nele os gestores são cobrados (de maneira formal ou
informal) por promover coesão social, podendo utilizar-se de alinhamentos temporais de seus
subordinados em relação às suas preferências temporais para com as demandas temporais da
organização (PAIVA e MAGESTE, 2008; PAIVA et al, 2011).
Neste sentido, a percepção dos indivíduos quanto ao tempo na sociedade
contemporânea é interpretada de diversas maneiras variando de acordo com gênero, geração,
hierarquia organizacional, posição social e cultura dominante (GRISCI, 2000), além de
divergências apresentadas em relação aos dados demográficos tais como: idade, estado civil,
situação familiar e tipo de atividade que desenvolve (PERLOW, 1999). A utilização do tempo de
trabalho, pela grande maioria dos trabalhadores num contexto geral, vem invadindo o espaço
antes reservado para a família e, de acordo com Lewis e Weigert (1981), acredita-se que foram
impulsionadas severas frustrações e quebras na força dos laços familiares. Silva e Wetzel
(2004) ressaltam que o confinamento do tempo extratrabalho é responsável pelo surgimento
de conflitos de valores e ações usualmente caracterizadas como fonte de mal-estar nas
relações interpessoais.
Por fim, Bluedorn e Jaussi (2007) chamam atenção para alguns cuidados conceituais que
devem ser tomados no estudo do tempo, dentre eles a importância de se considerar a
realidade pesquisada e suas complexidades como um todo e também ao analisar as junções
entre as dimensões.
Esclarecidas as dimensões do modelo conceitual adotado, serão abordadas a seguir
possíveis tendências de comportamentos esperadas para o trabalho docente no ensino
superior, presencial e a distância, pautadas nas cinco dimensões esclarecidas (BLUEDORN E
JAUSSI, 2007).
eficiente e dinâmico, o que usualmente visa melhorias no modelo EaD de modo que se
comprometa a alcançar cada vez melhores resultados (SEIXAS E MENDES, 2006). Porém,
atividades como pesquisa e orientação de alunos podem ser mais lentas, devido à natureza
diferenciada dessas atividades quando comparadas à docência. Para Dias e Leite (2010 p.47)
asà te ologiasà alte a a à pa aà se p eà aà fo aà deà p oduzi /i te agi à o à oà o he i e to ,à
proporcionando o cruzamento de uma nova fronteira da educação, possibilitando uma
perspectiva sólida e interligada de se ensinar e aprender (SEIXAS e MENDES, 2006).
No que tange à Pontualidade (posicionamento usual frente a prazos, horários e metas), a
tendência em ambos os contextos parece ser a elevada pontualidade; no entanto, na EaD, o
ensino pode retroceder ou antecipar conforme desempenho do aluno. Moraes (2010)
apresenta a necessidade de quebra do tradicionalismo presente nos atores em suas aulas
presenciais no ensino superior para que se possa ser construído e efetivado um eficiente
modelo de educação à distância, como reza a Portaria nº 4.059 (MEC, 2004) que regulamenta
a inserção da EaD na educação superior. De acordo com Behar (2009), a EaD, de maneira
oposta ao ensino presencial, caracteriza-se pela necessidade de estabelecer um controle
referente às perspectivas pedagógicas, que envolva professores, alunos, tutores e monitores,
de forma a organizá-los dentro de um sistema integrado, tendo em vista sua separação de
forma tanto espacial como também temporal.
No que se refere à Profundidade temporal (distanciamento do presente em relação ao
passado e ao futuro), a tendência dos professores do ensino superior é por proximidade com o
passado, dada a importância do conhecimento consolidado; já as TIC´s implicam profundidade
futura, devido a sua permanente evolução, exigindo aprendizagem contínua por parte dos
envolvidos. Segundo Peters (2010), no contexto EaD, o professor caracteriza-se por ser
instrumento motivacional ao aluno e responsável pelos aspectos didáticos, o que pode
promover encurtamento de distância relacional e aumento na proximidade com o futuro. Por
outro lado, Seixas e Mendes (2006) acrescentam que, ao transitar do modelo educacional
presencial para o modelo EaD, espera-se que se enfrente barreiras tais como a falta de apoio,
resistências e desconstruções, o que pode implicar distanciamento com o futuro. Nesse
sentido, Zimbardo e Boyd (2009) esclarecem que atitudes moderadas referentes ao passado,
presente e futuro podem ser caracterizadas como normais e espelham sinais de saúde; no
entanto, atitudes extremas tendem a diagnosticar padrões de vida doentios.
Por fim, quanto ao Arrastamento (comportamentos que conduzem ou são conduzidos
pelos tempos de terceiros, como alunos, instituição de ensino, outras instituições etc.), a
tendência observada é o comportamento ser arrastado por prazos definidos fora da alçada do
professor, estando ele sujeito a cronogramas impostos pela IES e por outras instituições e
eventos, como deadlines de submissão de artigos, projetos e relatórios de pesquisa.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
ANCONA, D. G.; CHONG, C. L. Entrainment: pace, cycle, and rhythm in organizational behavior.
Research in Organizational Behavior, v. 18, p. 251-284, 1996.
BENTO, I. C. Notas sobre o celular como prótese identitária na cidade-ciborgue Anais: XIII
Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste, Intercom, São Paulo, 2008.
LEWIS, J. D.; WEIGERT, A. J. The Structures and Meanings of Social Time, Social Forces, v. 60, p.
432-462, 1985.
LONGHI, M. T., BEHAR, P. A., AND BERCHT, M. A busca pela dimensão afetiva em ambientes
virtuais de aprendizagem. In: BEHAR, P. A. (org.). Modelos pedagógicos de educação à
distância. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 204-231.
PAIVA, K. C. M.; MAGESTE, G. S. Ação, devoção e desilusão Anais: XXXII - EnANPAD, Rio de
Janeiro: ANPAD, 2008.
PAIVA, K. C. M.; PINTO, D. L.; DUTRA, M. R. S.; ROQUETE, R. F. Quanto tempo o tempo tem?
Organizações & Sociedade, Salvador: v. 18, n. 59, p. 641-659, out-dez, 2011.
TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como
profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2005.
VIRILIO, P. O espaço crítico e as perspectivas do tempo real. São Paulo: Ed. 34, 1999.
WHITROW, G.J. O que é tempo? uma visão clássica sobre a natureza do tempo. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
ZIMBARDO, P.; BOYD J. O paradoxo do tempo: você vive preso ao passado, viciado no
presente ou refém do futuro? Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.