Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial foi o conflito mais sangrento da nossa história. De 1939
a 1945, milhões de pessoas perderam suas vidas no campo de batalha. A política
expansionista e militarista do nazifascismo provocou um novo conflito
mundial. Aliados e Eixo disputaram durante seis anos a vitória na guerra. O Brasil
também participou de forma efetiva com as tropas aliadas. O final da Segunda
Guerra Mundial trouxe grandes consequências para o mundo.
Esse cenário catastrófico, de crise política, social e econômica, fez surgir grupos
radicais que prometiam resgatar a grandeza do império alemão de séculos
anteriores, vingando a humilhação que o Tratado de Versalhes promoveu ao povo
alemão. Adolf Hitler, com seu Partido Nazista, ganhava espaço na política da
Alemanha.
Em 1933, Hitler foi aclamado como chanceler e tinha em suas mãos todos os
poderes para governar os alemães. O Führer, o “líder”, era aclamado por onde
passava, e a ele o seu povo prestava juramento de lealdade. A partir desse
momento, Hitler tratou de expandir o domínio alemão sobre a Europa, reivindicando
territórios que pertenceram ao império alemão. Ele estava disposto a tudo para
construir o Terceiro Reich.
Com tantas semelhanças entre alemães e italianos, não demorou para que Hitler e
Mussolini se aproximassem e fizessem alianças políticas e militares. Pouco antes de
começar a guerra, os dois líderes aproximaram-se do Japão, dando início ao Eixo,
que lutaria contra os Aliados na Segunda Guerra Mundial.
Estados Unidos
Inglaterra
França
União Soviética
Alemanha
Itália
Japão
Essa fase favorável ao Eixo encerrou-se em 1941, quando as tropas nazistas foram
derrotadas na União Soviética, após invasão ordenada por Hitler. Em dezembro do
mesmo ano, os Estados Unidos foram atacados por kamikazes japoneses em sua
base aérea de Pearl Harbor, no Oceano Pacífico. Os norte-americanos, com esse
ataque, entraram na guerra.
A segunda fase da guerra foi definitiva para o término do conflito. Com a entrada dos
Estados Unidos e da União Soviética no confronto, ingleses e franceses contaram
com ajudas importantes para responder aos ataques nazifascistas. As tropas aliadas
iniciaram o contra-ataque e reverteram o avanço do Eixo obtido na primeira fase. Do
lado oriental, as tropas soviéticas; do lado ocidental, as tropas americanas, inglesas
e francesas.
Na Europa, o Eixo foi perdendo espaço e sendo encurralado pelos Aliados. Benito
Mussolini foi o primeiro líder a ser derrotado. Um dos dias mais marcantes para os
Aliados na Segunda Guerra Mundial foi o dia 6 de junho de 1944, que entrou para a
história como o Dia D. Nessa ocasião, ocorreu o desembarque dos aliados na
Normandia, norte da França, ato que foi decisivo para encaminhar o Eixo à derrota
ao iniciar a libertação francesa do domínio nazista.
A Itália foi o primeiro país do Eixo a se render, em 1943. Dois anos depois,
veio a derrota nazista. Percebendo que a vitória dos Aliados era uma
realidade, o Führer suicidou-se. Logo em seguida, os alemães renderam-se
aos aliados, em 8 de maio de 1945. Esse dia foi comemorado como o Dia da
Vitória. A Segunda Guerra na Europa já tinha terminado, mas, no Pacífico, os
japoneses não assinaram a rendição e continuaram o combate,
principalmente contra as tropas norte-americanas
Bombas atômicas
Ao contrário do que ocorreu na Primeira Guerra Mundial, o Brasil enviou tropas para
a guerra na Europa. Em 1944 foi criada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que
foi lutar contra as tropas nazistas na Itália. Apesar da rendição italiana no ano
anterior, o país ainda tinha muitas tropas alemãs por lá. A participação da FEB foi
vitoriosa, pois derrotou várias tropas inimigas. A vitória mais conhecida foi a
conquista de Monte Castelo.
A Segunda Guerra Mundial terminou em 1945, deixando como saldo uma Europa
devastada, o mundo horrorizado com a abertura dos campos de concentração e
duas superpotências surgindo:
É claro que o mundo não seria o mesmo depois do final da Segunda Guerra
Mundial. A Europa não teria mais a força política, econômica e cultural que teve
durante séculos. As potências europeias, tanto as que venceram como as que
perderam, não tinham condições de manter suas colônias na Ásia e na África. Esse
enfraquecimento da Europa abriu espaço para o processo de descolonização, ou
seja, a independência dessas colônias.
A Alemanha teve seu território e sua capital, Berlim, dividida em zonas de influência
dos países vencedores. Iniciava-se o processo de desnazificação do país ao se
destruir os símbolos ligados ao nazismo e a Adolf Hitler. As propagandas que
exaltavam o Füher foram banidas. Nazistas foram julgados e condenados à
morte no Tribunal de Nuremberg.
Pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética
já esboçavam suas diferenças sobre o mundo a ser formado após o conflito. Em
1947, começava a Guerra Fria, na qual americanos e soviéticos entrariam em
conflito ideológico, o que não significou que não houve momentos em que as duas
superpotências, por pouco, não entraram num confronto direito. As armas nucleares
tornaram-se objetos de disputas diplomáticas e de intimidação. Se elas fossem
utilizadas, o mundo inteiro poderia ter sido destruído.
Apesar do fracasso da Liga das Nações, órgão internacional criado logo após o final
da Primeira Guerra Mundial, em garantir a paz mundial e evitar uma nova guerra,
ainda se manteve a esperança de uma instituição mundial que tivesse o mesmo
objetivo. Em 1945, foi criada a Organização das Nações Unidas, que, além de evitar
outra guerra mundial, buscava (e ainda busca) garantir a defesa e o cumprimento
dos Direitos Humanos.
No Brasil, a volta dos soldados da FEB expôs uma contradição. Ao mesmo tempo
que brasileiros lutaram na guerra contra a ditadura nazifascista, o Brasil era
governado por um ditador autoritário. Os militares voltaram da Europa com a
popularidade alta e desejosos de participar da vida política. Em novembro de
1945, Getúlio Vargas foi deposto por militares, encerrando-se a ditadura do Estado
Novo.
Estudos recentes mostram que a rápida expansão das tropas nazistas durante a
primeira fase da Segunda Guerra Mundial deu-se por conta da anfetamina,
substância que os soldados alemães tomavam antes das batalhas e que provoca
euforia e resistência.