03. Lição 03 - Epístolas Paulinas I
03. Lição 03 - Epístolas Paulinas I
03. Lição 03 - Epístolas Paulinas I
A SANTIFICAÇÃO
DOS JUSTIFICADOS
Rm 6–8.39
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Esboço da Lição
1. O Significado do Batismo
2. Um Mercado de Escravos
3. A Lei – A Analogia com o Casamento
4. A Lei e a Consciência
5. O Andar no Espírito
Objetivos da lição
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TEXTO 1 | O SIGNIFICADO DO BATISMO
O SIGNIFICADO DO BATISMO (Rm 6.1-14)
(RM 6.1-14)
A palavra batismo significa, no origi-
nal, mergulho, o que nos leva a entender Em Romanos 5.20, Paulo descreve o princípio
como se realizava o batismo bíblico. Nes- da graça de Deus operando na vida do crente: “...
sa imersão, ou mergulho, três mensagens onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
são transmitidas: morte, sepultamento e
Compreendendo que alguns poderiam interpretar
ressurreição. Vejamos, pois, o significado
de cada uma:
este princípio de forma incorreta, no capítulo 6.1,2,
o apóstolo mostra:
Na morte, o cristão identifica-se com
a morte de Cristo, ou seja, morte para o a) de que modo a graça divina se
pecado (Rm 6.4). O pecado é algo tão ter- manifesta;
rível e perigoso, que o nosso rompimen-
to com ele deve ser tal qual a morte para b) que o verdadeiro crente não pode viver
qualquer ser humano – separação total mais no pecado, pois está morto para
desta vida para a outra.
o mundo;
No sepultamento, o cristão identifica-se
com a crucificação de Cristo, demonstran- c) que a morte e a ressurreição de Cristo
do que a sua velha natureza pecaminosa libertam o crente do pecado e conce-
não o domina mais por estar sepultada dem-lhe uma nova vida.
com Cristo pelo poder do Espírito de vida
que, agora, está presente em seu homem
interior (Rm 6.6). O batismo em água
Na ressurreição, o cristão demonstra
Paulo fala da experiência e do significado
que, agora, vive uma nova vida segundo
o Espírito, caracterizada por uma nova
do batismo em água (Rm 6.3) como uma razão
maneira de pensar e de agir cujo objeti- poderosa para não vivermos mais no pecado.
vo principal é fazer a vontade do Senhor Segundo o apóstolo, fomos batizados para a
(Rm 6.4). Essa nova vida é pautada pela união com Cristo, em Sua morte (Rm 6.3). A
fé e pela obediência à Palavra, e é de- nossa posição como estando “em” Cristo, signi-
monstrada também em santidade, dedi-
fica que estamos mortos para o pecado.
cação, adoração e bom testemunho.
52 Epístolas Paulinas I
Testemunho de uma nova vida
EXERCÍCIOS
Assinale com “x” a alternativa correta.
TEXTO 2 | UM MERCADO
UM MERCADO DE ESCRAVOS (Rm 6.15-23) DE ESCRAVOS (RM 6.15-23)
Antigamente, o comércio de escravos
era muito comum. Os mais abastados sem-
A presente Lição mostra, na prática, a santi-
pre procuravam mão de obra escrava para ficação como resultado da nossa escolha. Paulo
quase todo tipo de tarefas. Os escravos ilustra este ponto expondo o relacionamento entre
eram procedentes de duas situações: ou um servo e o seu senhor (Rm 6.15-23).
eram levados de outros países, que teriam
sido vencidos em alguma guerra, ou eram Paulo apresenta o pecado e a obediência a
Deus como dois tipos de patrão (Rm 6.16). Uma
54 Epístolas Paulinas I
pessoa torna-se escrava ou serva de um destes
o fruto de uma dívida que não fora paga
patrões por meio da irrestrita obediência a um
conforme o combinado. Havia o “mercado
deles. O pecado se paga com a morte, enquanto de escravos”, onde estes eram colocados
a obediência a Deus conduz à justiça. A morte é nas praças dos grandes centros para se-
o salário do pecado, enquanto a vida eterna é o rem avaliados pelos possíveis compradores
dom de Deus por Jesus Cristo. Por isso, o cristão que, ao pagar o devido preço, levavam-nos
deve dizer “não” ao pecado; caso contrário, a para os seus novos destinos de trabalho.
obediência ao pecado o fará servo dele. Agora, analisemos esta situação do pon-
to de vista espiritual e bíblico. São Paulo
Antes escravos, agora livres afirma que o homem sem Deus é escravo,
ou servo, do pecado (Rm 6.17). Ora, quais
Éramos escravos do pecado, mas, pela nossa as características de um escravo? Ele tem
união com Cristo, morremos para a vida velha. O um dono, não possui vontade própria, e é
vendido para pertencer a outro dono. En-
nosso antigo patrão – o pecado, já não pode exigir
tão, quando o homem se converte e acei-
nada de nós. Notemos no versículo 17 que o tipo ta a Cristo como Salvador e Senhor de sua
de obediência que produz justiça é a obediência à vida, tudo isso muda. Agora, esse escravo
fé e à doutrina segundo o Evangelho. do pecado é liberto para pertencer a outro
dono: Cristo. Ele tem toda a liberdade de
O crente deve continuar morto para o continuar obedecendo, ou não, a este novo
pecado e entregue completamente à sua nova vida, dono, pois Deus nunca interfere no livre-ar-
como servo de Deus. O cristão prossegue de uma bítrio do ser humano. Essa vontade, porém,
posição justa para uma vida justa (Rm 6.17). Este é atraída pela graça divina, que faz com
é o princípio que Paulo apresenta em defesa do que o escravo sirva a Deus de forma total-
mente voluntária. O preço desse “escravo”
Evangelho, tanto na Epístola aos Romanos como
foi altíssimo: custou a vida do Senhor Jesus
na Epístola aos Gálatas. Se queremos uma vida Cristo na cruz do Calvário.
reta e justa, devemos começar por uma posição
Assim, o homem torna-se servo de Deus.
justa com Deus. O que ele fazia para o seu antigo senhor (a
carne e o diabo) é deixado para trás, pois
Duas tentações a evitar o seu novo Senhor libertou-o do poder do
pecado, tornando-o livre para servir a Deus
Entre os cristãos, existem duas clássicas tenta-e adorá-lo em espírito e em verdade! Ago-
ções quanto ao assunto em discussão. A primeira ra, esse “escravo” não usa mais os membros
delas é dizer: “Eu tenho salvação por fé, portanto, do seu corpo para satisfazer às concupis-
não importa o meu modo de viver”, o que não é cências da carne, pois se tornou servo da
bíblico. Como cristão, somos donos da nossa vida, justiça (Rm 6.18).
A lei da liberdade
A lei da liberdade é mais santa e mais poderosa do que qualquer
outro código de regulamentos. O cristão que espera encontrar no Novo
Testamento um novo código de leis e regulamentos não tem compreen-
dido a lei da liberdade cristã, que ensina o discípulo fiel e sincero a
consultar não um código de regras, mas a vontade do Salvador amado.
(S.E. McNair, A BÍBLIA EXPLICADA.)
O ímpio tem liberdade sem lei, enquanto o judeu tinha lei sem
liberdade. Já o cristão nascido de novo tem a lei da liberdade. O domínio
de Cristo sobre nós coloca-nos sob uma lei pessoal muito elevada, pois
trata-se de união espiritual com Ele. É a liberdade com lei – a lei de
Cristo (1Co 9.21; Rm 7.22 e Gl 6.2).
A salvação é uma transferência de senhorio. Tanto debaixo da Lei,
como debaixo da Graça, o homem é um servo (Rm 6.14,15). A diferença
está na orientação da vida: para o pecado ou para Deus. A salvação
significa uma mudança de gerência, a partir de quando tornamo-nos
servos da justiça (Rm 6.18).
56 Epístolas Paulinas I
EXERCÍCIOS
Marque “C” para certo e “E” para errado.
A analogia
Motivações diferentes
O texto da Epístola aos Romanos 7.6 estabelece o contraste entre
a velha motivação externa de servir a Deus e a nova motivação interior.
A primeira provinha da letra da Lei; já a segunda provém do Espírito de
Deus, trazendo nova vida através do Seu poder.
Se a Lei não pode nos justificar, nem dar-nos poder para vivermos
de maneira santa, qual sua função em relação ao homem? Existem
algumas funções, sim, dentre as quais destacam-se as seguintes:
a) revelar Deus e Sua vontade;
b) trazer o pecado à luz e revelar a necessidade de um Salvador
(Gl 3.24; Rm 3.24);
c) prover uma norma de justiça; apenas prover e não operar, tal
qual o termômetro, que registra a febre, mas não tem poder
para curá-la.
EXERCÍCIOS
Assinale com “x” a alternativa correta.
58 Epístolas Paulinas I
___c) da união do crente com Cristo.
___d) Todas as alternativas estão corretas.
3.15 A Lei não pode nos santificar ou nos ajudar a viver de maneira
santa, mas é capaz de
___a) revelar Deus e Sua vontade.
___b) trazer o pecado à luz e revelar a necessidade de um Salvador.
___c) prover uma norma de justiça, ainda que não possa operá-la.
___d) Todas as alternativas estão corretas.
60 Epístolas Paulinas I
a) os mandamentos de Deus são santos, justos e bons (Rm
7.12);
b) a Lei não pode mudar a nossa vida (Rm 7.14);
c) a nossa força de vontade e os nossos esforços não nos
concedem vitória contra o pecado (Rm 7.21-25);
d) devemos pedir ajuda e libertação divinas, confessando o
nosso pecado e a necessidade de um Salvador (Rm 7.24);
e) devemos louvar a Deus pela vitória em Cristo e reconhecer
que não devemos confiar em nós mesmos.
A única saída
EXERCÍCIOS
Associe a coluna “A” de acordo com a coluna “B”.
Coluna “A”
___3.16 Mundos em que vive o cristão, assim como Paulo, razão de
seu conflito interior.
___3.17 Deus espera que Cristo viva em nós, pelo Seu Espírito, e, em
nós produza vida com estas características.
___3.18 O segredo da vitória consiste em nos concentrarmos em
Cristo, reconhecendo, entre outros aspectos, que os manda-
mentos de Deus têm esta natureza.
62 Epístolas Paulinas I
A vitória sobre a morte (Rm 8.5-11)
EXERCÍCIOS
Marque “C” para certo e “E” para errado.
64 Epístolas Paulinas I
___3.22 Vida vivificada é aquela que é conduzida pelo Espírito,
porquanto Ele cura e liberta de todo o mal e tem garantida
a nossa ressurreição depois da morte.
___3.23 Àqueles que se tornassem Seus filhos Deus planejou fazê-los
conforme a imagem de Seu Filho Jesus Cristo.
REVISÃO DA LIÇÃO
Associe a coluna “A” de acordo com a coluna “B”.
Coluna “A”
___3.24 Forma de batismo fundamentalmente bíblica.
___3.25 Em unindo-nos a Cristo Jesus, tornamo-nos mortos para ela
e deixamos de ser escravos do pecado.
___3.26 Paulo prova, em Romanos 3, que a nossa justificação é pela
fé e que nossa santificação dela provém.
___3.27 Deus prova-nos a vitória sobre o pecado através do pacto nela
realizado.
___3.28 Caracteriza o espírito que recebemos em lugar do espírito de
escravidão, ao nascermos para a nova vida.
Coluna “B”
A. Cruz do Calvário.
B. Vida velha.
C. União com Cristo.
D. A “adoção de filhos”.
E. Imersão.