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MENSAGEM-ALERTA de Dr.

Bezerra de Menezes aos


Dirigentes, médiuns e trabalhadores de Casas Espíritas...
do livro
“ NO FINAL DA ÚLTIMA HORA” de André Luiz Ruiz
pelo Espírito Lucius – 1a. Edição – 2012, pags. 102 a 109

Acompanhado por Jerônimo e Adelino, certa noite Bezerra compareceu à


agigantada instituição espírita responsável pela evangelização diária de
milhares de criaturas, com a finalidade de infundir em seus responsáveis as
orientações recebidas de Antênio e Aurélio.

Favorecidos pelo desdobramento que o sono conferia à alma dos


encarnados, foram os dirigentes reunidos em vasto ambiente no qual, em
dias comuns, se prestava assistência ao público sob a invocação do nome
do médico dos pobres.

O vasto auditório estava repleto de Espíritos, a maioria dos quais


trabalhadores da referida instituição naquela populosa comunidade. Sem
maiores formalidades, levantou-se Bezerra e, proferindo sentida oração ao
divino Mestre, agradeceu a presença de todos, rogando que tivessem o
coração límpido para o entendimento de tudo quanto havia sido enviado do
alto para os servos do bem que mourejavam na Terra em hora tão especial
para a humanidade.

Envoltos pela onda de carinho e emoção, contagiando até mesmo os mais


indiferentes, o ambiente espiritual se fez adequado para as rápidas palavras
do dirigente:

---“Filhos de minha alma – disse com voz firme e serena – , aqui nos
acercamos para compartilhar com vocês importantes alertas recebidos de
esferas mais elevadas e que devem dirigir nossos esforços no tocante ao
momento em que vivemos junto às criaturas encarnadas.

Todos já ouvimos falar dos trabalhadores da última hora a que se refere


Jesus em inspirada mensagem de seu evangelho.

Assim, sabem vocês que graças ao trabalho no bem que aceitaram como o
quinhão da entrega pessoal, são considerados no rol dos convocados
à última jornada.

Entretanto, urge saber que nos encontramos nas últimas etapas da


última hora, quando os esforços e sacrifícios devem ser multiplicados e
as advertências precisam chegar de maneira mais direta
aos corações dos encarnados.

Para, tanto, essa nobre instituição é farol que orienta multidões que lhes
buscam o conforto espiritual e que, como seus alunos ou trabalhadores, não
podem ficar ao largo da iluminação das próprias consciências, impondo-se
lhes seja recordado o fato de que já desperdiçamos quase dois mil anos
de ensinos e exemplos e que, diante das renovações que se aproximam,
cada qual deve empenhar-se na efetiva transformação moral, pela renúncia
MENSAGEM-ALERTA de Dr. Bezerra de Menezes aos
Dirigentes, médiuns e trabalhadores de Casas Espíritas...
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“ NO FINAL DA ÚLTIMA HORA” de André Luiz Ruiz
pelo Espírito Lucius – 1a. Edição – 2012, pags. 102 a 108

ao mundo, pela abnegação sincera e pelo exemplo no bem.

Esses avisos estão sendo espalhados pelas instituições religiosas de


todos os credos.

No entanto, ninguém melhor do que os espíritas para poder recebê-los no


âmago do ser, com a consciência que nos permitem as leis do discernimento
espiritual, que nos chegaram graças aos esforços da plêiade de nobres
almas, coordenadas pelo heroísmo de Kardec, sob cuja sombra nos
educamos para melhor compreender o amorável Jesus.

Essa mensagem, oriunda de esferas mais sublimes e de outros orbes


solidários conosco em matéria de adiantamento, precisa tocar primeiro os
vossos corações e mentes para que, assim assimilados, dirijam-se na direção
de todos quantos possam encontrar aqui, não somente opção para o
estômago, a roupa para o corpo, o remédio para a enfermidade, mas o
precioso ensino para as dúvidas da alma nascidas dos problemas diários.

Aqui, eles precisam achar a luz para seus passos incertos como líderes
indiferentes ao destino de seus liderados, dos que deixaram passar a hora
preciosa e, por preconceitos, por ideias pessoais, por interpretações
mesquinhas, como almas imortais.

Não se reduzam a cultivadores de corpos, tratadorres de corpos,


protetores de corpos. O Evangelho do Senhor é muito claro a respeito
quando Jesus afirma:

“Tende o cuidado de preservar-vos de toda a avareza,


seja qual for a abundância em que o homem se encontre,
sua vida não depende dos bens que ele possua.”
(Lucas, cap.XII,v.15)

A vida, portanto, não depende da abundância material em qualquer


sentido, nem nos valores transitórios, nem no equilíbrio orgânico nem na
satisfação dos prazeres ou desejos tão variados quanto o permita a
criatividade insaciável dos homens.

A vida está acima de todas essas coisas, precisando chegar aos nossos
aflitos companheiros de jornada a notícia de que não devem
perder mais tempo.

Todo esforço no bem que forem capazes de fazer ainda será pequeno
diante das grandes dificuldades que se avizinham.
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No entanto, ainda que as provações coletivas não possam ser impedidas,


por seguir o curso natural das coisas em obediência às indefectíveis leis
que regem o progresso dos orbes, a conduta sinceramente generosa, a
disposição diária para a bondade, o despertamento para a noção da respon-
sabilidade poderão mudar o destino de cada indivíduo enquanto há tempo.

E dirigindo-se aos responsáveis pela instituição que se posicionavam bem


diante de seus olhos. Bezerra enfatizou:

--- Vocês, queridos filhos, ocupando funções transitórias na responsabilidade


administrativa ou doutrinária, devem estar à altura da tarefa, sendo os
primeiros a exemplificar as virtudes evangélicas que predicam, recordando
que, se a lei não for iludida por orações de última hora, a sentença será
mais pesada sobre os ombros dos líderes indiferentes ao destino de seus
liderados, dos que deixaram passar a hora preciosa e, por preconceitos,
por ideias pessoais, por interpretações mesquinhas, negaram-se a
transmitir a notícia que poderia salvar muitas vidas.

Não solicito que deixem o bom senso de lado para adotar a obediência
cega e sem questionamento.

É importante que saibam, porém, que não dispõem de autonomia para


interferir no conteúdo da mensagem sem que, com isso, fraudem o
esforço das sublimes dimensões que nos tutelam, responsabilizando-se
pessoalmente por todas as dores que não forem evitadas.

Não se esqueçam de que o carteiro não é mais importante do que a


notícia que carrega e não está a seu cargo estabelecer nenhum julgamento
sobre a conveniência ou não de fazer chegar às mãos do destinatário aquele
documento de que é, apenas, o simples portador.

Os olhares de todos se concentravam no orador que, com seu magnetismo


intenso, dominava mesmo as mentes mais contrariadas, muitas das quais
defendiam a manutenção da ognorância coletiva com a desculpa de não
angustiar os ouvintes. …

Depois de entender-se diretamente com os dirigentes, Bezerra voltou-se para


o público onde estavam diversos trabalhadores da casa.

A todos vocês, filhos queridos, também está destinada a participação


importante na obra do bem.

Por suas bocas estaremos transmitindo mensagem de estímulos e vigilância.

Tais comunicados virão tanto dos amigos invisíveis que os orientam na


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prática mediúnica quanto pelos sofredores que dela se valerem para


descrever os próprios tormentos.

Sentirão o medo de muitos espíritos com a aproximação do fim as


oportunidades de reforma.

Receberão entidades recém-saídas das trevas interiores, carregadas de


fluídos pesadíssimos, blasfemando contra a hora difícil que
as tirou das obscuras furnas.

Magos da ignorância, perseguidores cruéis, estrategistas do mal, muitos


se manifestarão por meio de suas faculdades mediúnicas, relatando a força
poderosa que os está sugando para longe de seus domínios, sem saber
explicar o que os está conduzindo.

Saibam entender que isto já é o prenúncio das coisas.

Não desnaturem as comunicações pelo receio de não ser compreendidos


pelos coordenadores da obra humana.

Menos ainda por se identificar na mesma situação da entidade que se


manifesta através de suas faculdades.

Não será por minimizar as idéias, tentando desnaturar a comunicação em


benefício de quem quer que seja, que conseguirão impedir o curso das coisas.

Tanto quanto os dirigentes, são vocês igualmente corresponsáveis pelo


prejuízo dos irmãos que não forem alertados, que não puderem escutar uma
palavra esclarecedora sem o véu da fantasia, pois toda mensagem de
vigilância que morrer em suas gargantas será a nódoa da omissão que os
desqualificará como maus carteiros.

A hora não é de titubeios, queridos filhos.

A hora é de coragem e decisão no bem. Por isso, mantendo a calma e


a seriedade da obra do Senhor, saibamos corresponder ao chamamento
que nos trouxe a esta encarnação, como o momento mais importante para
nossa existência, por nos permitir edificar o nosso futuro sem as tristes
amarras que trazemos de nosso passado.

Para isso é que se faz indispensável que compreendamos o dever que precisa
ser cumprido a fim de não se atrapalhar o deslinde da obra.

Não se incomodem se as críticas aparecerem no dia a dia, desejando


intimidá-los nem percam o bom senso que deve permear toda conduta
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mental e emocional de dirigentes e trabalhadores da causa.

O momento é delicado e nele deverão saber alertar sem alarmar, orientar


sem fanatizar, falar com clareza sobre as leis espirituais, sobretudo as de
destruição, sem profetizar o fim do mundo.

A casa de Deus e a nossa casa interior deverão ser a morada do


equilíbrio e da serenidade na hora da tormenta, porquanto, graças ao
consolador prometido, não nos faltam noções de confiança em Deus e em nós
mesmos para suportar os embates da luta nem a convicção de que só
existe morte para o corpo.

Somos indestrutíveis na alma e, por isso, nada nos deve amedrontar.

Escutarão essas notícias de todos os lados, saberão de outras mensagens


através de diversos médiuns, de variados lugares, porquanto, é chegada a
hora de que as parábolas com as quais se educa o Espírito infantil sejam
substituídas pela lição direta, adequada ao Espírito que cresceu.”

O silêncio reinante dava bem a ideia da profundidade com que o alerta de


Bezerra fora recebido e assimilado pela maioria dos presentes.

Alguns se emocionavam, outros se entreolhavam com convicções reafirmada,


todos sabiam que não se tratava de um jogo de palavras.

A hora era urgente e, como tal, não havia meias palavras nem meias
intenções.

A responsabilidade seria de todos, cada um com a quota parte que lhe


cabia no cumprimento da missão.

… – ...
NOTA: Eventuais erros, grifos, itálico e negrito, por conta da transcrição: [email protected]

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