Resumo Oidio Em Pimentão
Resumo Oidio Em Pimentão
Resumo Oidio Em Pimentão
CAMPUS CAPANEMA
GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
DISCIPLINA: FITOPATOLOGIA
DOCENTE: ARINALDO PEREIRA DA SILVA
Capanema - Pa
2022
RESUMO OIDIO EM PIMENTÃO
O pimentão esta entre as hortaliças com maior importância para o mercado agronômico
brasileiro, essa atividade agrícola é responsável por aproximadamente 13 hectares de
área cultivada em todo o campo rural brasileiro, este espaço tem o equivalente a 280
toneladas do fruto (Gall, 2019). Um dos maiores problemas que os agricultores
brasileiros enfrentam durante o cultivo é o Oídio, que tem como agente etiológico o
fungo Oidiopsis taurica fase assexuada e Leveillula taurica fase sexual, pertencente à
classe dos Ascomicetos (PAZ LIMA et al., 2004). Provocado pelo fungo Leveillula
taurica, anamorfo de Oidiopsis taurica também conhecido como Oidiopsis haplophylli,
é um patógeno polífago sendo amplamente distribuído no Brasil. O oídio teve como
primeiro relato da ocorrência em pimentão no Brasil por volta do ano de 1994, a sua
introdução poderia ter sido por meio de plantas ornamentais importadas (BOITEUX et
al, 1994). Há uma maior ocorrência do patógeno em regiões de clima seco e na ausência
parcial de precipitação, também é de intensa frequência em ambientes de cultivo
protegido que utiliza de sistemas de irrigação via gotejamento (KUROZAWA et al.,
2005). Esta doença tem como característica o aparecimento dos sintomas iniciais na
parte superior das folhas mais velhas e desenvolvidas das plantas, o aparecimento de
pequenas áreas cloróticas com bordas irregulares que aumentam de tamanho atingindo
alguns centímetros de diâmetro ou até toda a superfície foliar. Já na face inferior
correspondente observa – se um crescimento pulverulento branco, constituído de
micélio, conidióforos e conídios. Com variedades de pimentão mais suscetíveis e com
as condições favoráveis ao patógeno, ocorre um intenso crescimento do micélio branco
na face adaxial da folha, assim os sintomas da doença tem um progresso e começam a
se manifestar nas folhas mais novas (SOUZA e CAFÉ FILHO, 2000). Esta doença é
favorecida por umidade relativa baixa, falta de chuva, irrigação por aspersão ou por
temperatura de 20 a 25°C (LOPES & ÁVILA, 2003). A infecção de O. taurica ocorre
por penetração no estômato, tem capacidade de germinar em condições com baixa
umidade relativa (40 a 90%). Depois da infecção em temperaturas acima de 30°C
intensifica o desenvolvimento dos sintomas (GOLDBERG, 2003). Em cultivos com
ambientes, em que as temperaturas diurnas são elevadas e as noturnas são amenas,
aumenta à possibilidade de infecção do patógeno, provocando severas epidemias o
período de latência do patógeno varia significativamente em função do estado de
desenvolvimento da cultura, assim reduzindo com a maturação das plantas com média
de 14,3 dias em plantas com 10 folhas, para uma de 8,6 dias para plantas no estágio de
frutificação (SOUZA e CAFÉ FILHO, 2000). Na classificação de McNew a doença se
classifica no grupo V em que afeta na fotossíntese da planta (PIRES, 2014). O trabalho
teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica, com o intuito de fazer uma
análise sobre o agente etiológico do Oídio que infecta a cultura do pimentão e como é o
ciclo da doença e métodos de controle, tendo como fonte de busca artigos de sites como
Scielo, Embrapa, teses da USP e outros. O controle da doença e dificultado por conta do
ciclo de vida que ocorre em maior parte dentro da folha (PALTI, 1988). Fungicidas
cúpricos e sistêmicos foram desenvolvidos para controle, porém o uso indiscriminado
tem prejudicado a comercialização do fruto, segundo a ANVISA apontado como o
alimento mais contaminado por resíduos de defensivos agrícolas (CERKAUSKAS &
BUONASSISI, 2003; GUZMÁN-PLAZOLA et al, 2011; ANVISA, 2018; MACHADO
et al, 2017). Uma das medidas de controle mais adequada para o oídio é a resistência
genética, entretanto ainda não há cultivares ou híbridos de pimentão disponíveis
comercialmente com níveis satisfatórios de resistência ao oídio no Brasil. No entanto a
Embrapa Hortaliças tem investido em seleção de genótipos de Capsicum spp. resistentes
ao patógeno (PAZ-LIMA e LOPES, 2002; SOUZA e CAFÉ FILHO, 2003; PAZ-LIMA
et al. 2004; REIS et al., 2005a). Métodos de controle diferentes podem ser utilizados
para prevenção com a finalidade de reduzir fontes de inoculo inicial.
REFERENCIAS: