Auditoria 1
Auditoria 1
Slide 17
1. Órgão de Gestão:
- Responsabilidade Máxima: O órgão de gestão, muitas vezes composto por
diretores executivos e outros altos executivos da empresa, é o responsável máximo
pelas demonstrações financeiras. Eles têm a responsabilidade de garantir a precisão,
integridade e conformidade das informações financeiras apresentadas nas DFs.
2. Contabilista Certificado (CC):
- Preparação e Elaboração das DFs: O Contabilista Certificado, também conhecido
como contabilista, é responsável pela preparação e elaboração das demonstrações
financeiras. Eles utilizam as informações contábeis e financeiras da empresa para criar
as DFs conforme as normas contábeis aplicáveis.
3. Revisor Oficial de Contas (ROC):
- Certificação das DFs: O Revisor Oficial de Contas (ROC), muitas vezes designado
como auditor externo, tem a responsabilidade de certificar as demonstrações
financeiras. Isso envolve a revisão independente das informações contábeis para
garantir a conformidade com as normas contábeis, a precisão das informações
apresentadas e a adequada divulgação de eventos significativos. O ROC emite uma
opinião sobre se as DFs oferecem uma visão verdadeira e apropriada da situação
financeira da empresa.
Portanto, temos uma separação clara de funções, onde o órgão de gestão é
responsável pela gestão global da empresa e pela qualidade das informações nas DFs,
o Contabilista Certificado lida com a preparação das DFs com base nas práticas
contábeis, e o Revisor Oficial de Contas garante a confiabilidade e qualidade das DFs
através da certificação independente. Essa segregação de responsabilidades contribui
para a transparência e confiança no processo de divulgação financeira.
Nota: os contabilistas certificados registam os factos patrimoniais ao realizar a
contabilidade de uma empresa. Os factos patrimoniais referem-se às transações e
eventos que afetam a posição patrimonial e financeira de uma entidade. São as
ocorrências que geram mudanças nos elementos do património (ativos, passivos e
património líquido) e são registados nos livros contabilísticos.
Alguns exemplos de factos patrimoniais incluem:
1. Compra de Ativos:
- Aquisição de equipamentos, imóveis, veículos, entre outros.
2. Venda de Produtos ou Serviços:
- Geração de receitas pela venda de produtos ou prestação de serviços.
3. Endividamento:
- Emissão de dívidas, empréstimos ou financiamentos que resultam em passivos.
4. Investimentos:
- Aquisição de participações em outras empresas.
5. Distribuição de Dividendos:
- Pagamento de lucros aos acionistas.
6. Depreciação:
- Alocação de custos de ativos ao longo do tempo.
7. Despesas Operacionais:
- Gastos com salários, aluguel, energia, entre outros.
Os contabilistas certificados utilizam as normas contabilísticas e princípios
contabilísticos geralmente aceites para registar esses factos patrimoniais de forma
consistente e precisa nos livros contabilísticos da empresa. Estes registos são a base
para a preparação das demonstrações financeiras e ajudam a fornecer uma visão clara
da saúde financeira e do desempenho da entidade ao longo do tempo.
Slide 18
A auditoria financeira, contabilística ou externa é um processo sistemático que
envolve a obtenção e avaliação de evidências relacionadas com as asserções contidas
nas demonstrações financeiras sobre situações e transações económicas de uma
entidade. O objetivo principal é certificar o grau de correspondência entre essas
asserções e as normas de referência, comunicando os resultados dessa avaliação aos
interessados.
1. Processo Sistemático:
- A auditoria é conduzida de acordo com procedimentos e métodos organizados de
forma sistemática. Os auditores seguem uma abordagem planeada para garantir que
todas as áreas relevantes são cobertas.
2. Obtenção e Avaliação de Evidência:
- Os auditores recolhem evidências através da análise de documentos, registros
contabilísticos, contratos e outras fontes relevantes. A avaliação dessas evidências é
essencial para formar conclusões sólidas sobre a fiabilidade das demonstrações
financeiras.
3. Asserções Contidas nas Demonstrações Financeiras:
- As asserções são declarações feitas pela administração da entidade nas
demonstrações financeiras. Exemplos incluem a validade das transações, a existência
de ativos e passivos, a precisão dos valores contabilísticos, entre outros.
4. Certificação do Grau de Correspondência:
- A auditoria visa determinar se as asserções contidas nas demonstrações
financeiras estão em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis. Os
auditores emitem uma opinião sobre a fidedignidade e conformidade das
demonstrações financeiras.
Slide 19
A evidência de auditoria consiste na informação que os auditores utilizam para
chegar a conclusões e emitir uma opinião sobre as demonstrações financeiras de uma
entidade. Esta evidência é crucial para garantir a fiabilidade e a precisão das
informações financeiras apresentadas.
A evidência de auditoria pode ser proveniente de várias fontes, incluindo:
1. Registos Contabilísticos:
- Os dados nos registos contabilísticos são uma fonte fundamental de evidência.
Os auditores analisam transações, saldos de contas e outros detalhes nos livros
contabilísticos da empresa.
2. Documentos e Comprovativos:
- Faturas, contratos, extratos bancários e outros documentos relacionados com
transações e eventos financeiros fornecem evidências tangíveis que sustentam a
veracidade das informações.
3. Entrevistas e Depoimentos:
- Comunicações diretas com a administração, funcionários e outros intervenientes
podem fornecer informações adicionais e esclarecimentos sobre as operações da
empresa.
4. Observação de Procedimentos e Rotinas:
- Os auditores podem observar diretamente as rotinas e procedimentos
operacionais para validar a consistência entre as práticas reais e aquelas descritas nos
registos contabilísticos.
5. Procedimentos Analíticos:
- Análises de tendências, relações e comparações de dados financeiros ajudam os
auditores a identificar anomalias e inconsistências que podem requerer investigação
adicional.
A qualidade e a suficiência da evidência de auditoria são cruciais para que o auditor
possa expressar uma opinião confiável sobre as demonstrações financeiras. Os
auditores utilizam uma abordagem rigorosa e sistemática na recolha e avaliação dessas
evidências para garantir uma base sólida para a sua conclusão.
Slide 20
Durante o processo de auditoria, o auditor analisa e avalia as asserções contidas nas
demonstrações financeiras (DFs). Essas asserções são critérios estabelecidos pela
administração da empresa e são a base para o trabalho do auditor. O auditor utiliza
procedimentos de auditoria específicos para obter evidências que suportem ou
refutem essas asserções. A análise das asserções é fundamental para formar uma
opinião sobre se as DFs estão apresentadas de forma justa e em conformidade com os
princípios contabilísticos aplicáveis.
O auditor utiliza uma variedade de procedimentos de auditoria, como revisão
documental, confirmações, testes de observação, procedimentos analíticos e outros
métodos, para reunir evidências que sustentem a validade de cada asserção. Ao
analisar essas asserções, o auditor forma uma opinião sobre se as DFs estão
apresentadas de forma justa e em conformidade com os requisitos contabilísticos e
normas aplicáveis. Essa opinião é expressa no relatório de auditoria que acompanha as
demonstrações financeiras.
Slide 23
A auditoria financeira é um processo sistemático no qual os auditores examinam
minuciosamente as Demonstrações Financeiras (DFs) de uma entidade. Este processo
envolve a recolha e avaliação de evidências para permitir que os auditores expressem
uma opinião sobre se as DFs estão preparadas, em todos os aspetos materiais, de
acordo com um referencial de relato financeiro aplicável1. Além disso, a opinião avalia
se as DFs oferecem uma imagem verdadeira e apropriada sobre a situação financeira
da empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa.
Vamos desenvolver cada um dos pontos mencionados:
1. Exame Sistemático das DFs:
- Os auditores conduzem uma revisão abrangente e organizada das DFs,
analisando detalhes como balanços, demonstrações de resultados e fluxos de caixa.
Este exame sistemático procura identificar possíveis erros, irregularidades ou
inconsistências nas informações financeiras apresentadas.
2. Recolha e Avaliação de Evidência:
- Durante a auditoria, os auditores recolhem evidências através de várias fontes,
como registos contabilísticos, documentos de suporte, confirmações diretas com
terceiros, procedimentos analíticos e outros métodos. A avaliação dessas evidências é
crucial para fundamentar a opinião do auditor.
3. Expressão de uma Opinião:
1
O referencial de relato financeiro, muitas vezes chamado de estrutura de relato financeiro ou normas
contabilísticas, é um conjunto de princípios, regras e diretrizes que estabelece as bases para a
preparação e apresentação das demonstrações financeiras de uma entidade. Essas normas são
desenvolvidas por organismos reguladores, instituições profissionais ou entidades governamentais e
visam garantir a consistência, comparabilidade e transparência nas informações financeiras divulgadas
pelas empresas.
Existem diferentes referenciais de relato financeiro em todo o mundo, e a escolha do referencial
geralmente depende da jurisdição e das práticas adotadas em determinado país ou região. Alguns dos
referenciais mais conhecidos incluem:
Esses referenciais estabelecem diretrizes sobre como reconhecer, mensurar, apresentar e divulgar
transações e eventos nas demonstrações financeiras. Ao seguir essas normas, as empresas buscam
garantir a consistência e a comparabilidade das informações financeiras, facilitando a análise por parte
dos utilizadores, como investidores, credores, reguladores e outros interessados nas demonstrações
financeiras da entidade.
- Com base na análise das evidências recolhidas, os auditores emitem uma opinião
sobre a fidedignidade e conformidade das DFs. Esta opinião pode ser "sem ressalvas"
se as DFs estiverem em conformidade com os princípios contabilísticos aplicáveis, ou
pode incluir ressalvas ou ênfases se existirem questões específicas que merecem
destaque.
4. Conformidade com o Referencial de Relato Financeiro:
- Os auditores avaliam se as DFs estão em conformidade com o referencial de
relato financeiro aplicável, que pode incluir normas contabilísticas locais ou
internacionais. Esta avaliação assegura a consistência e aderência às práticas
contabilísticas reconhecidas.
5. Imagem Verdadeira e Apropriada:
- A opinião dos auditores abrange a questão fundamental de se as DFs oferecem
uma "imagem verdadeira e apropriada" sobre a situação financeira da empresa. Isso
significa que as informações financeiras apresentadas são representativas da realidade
económica da entidade.
Em resumo, a auditoria financeira é um processo complexo que visa assegurar a
credibilidade e confiabilidade das informações financeiras. Os auditores desempenham
um papel crítico ao examinar as DFs, recolher evidências, e emitir uma opinião que
influencia a confiança dos utilizadores externos, como acionistas, investidores e
reguladores, nas informações financeiras divulgadas pela entidade auditada.
3. Procedimento de Amostragem:
- O auditor decide examinar uma amostra aleatória de 50 faturas de clientes do
total de 500 faturas emitidas no ano.
4. Amostragem Aleatória:
- Utilizando um método aleatório, o auditor seleciona aleatoriamente 50 faturas
de clientes a partir do registo de contas a receber.
5. Exame da Amostra Selecionada:
- O auditor analisa detalhadamente as 50 faturas selecionadas, verificando se os
montantes estão corretos, se as transações foram devidamente autorizadas e se estão
em conformidade com as políticas contabilísticas da empresa.
6. Extrapolação dos Resultados:
- Com base nos resultados da amostra, o auditor faz uma extrapolação estatística
para toda a população de faturas a receber. Se a amostra estiver livre de erros, o
auditor pode ter confiança razoável de que a população total está correta.
Este é um exemplo simplificado, e na prática, a escolha da base de amostragem e a
determinação do tamanho da amostra podem envolver considerações mais complexas,
como a identificação de riscos específicos, a natureza das transações e outros fatores
relevantes para a auditoria em questão.
Julgamento Profissional
O julgamento profissional do auditor é a capacidade de tomar decisões informadas
e éticas ao conduzir uma auditoria. Envolve a aplicação de conhecimento técnico,
experiência e discernimento para avaliar riscos, determinar a materialidade, escolher
procedimentos de auditoria adequados, avaliar evidências e comunicar resultados.
Esse julgamento é essencial devido à natureza complexa e subjetiva do ambiente de
auditoria, contribuindo para a eficácia, eficiência e integridade do processo de
auditoria.
A competência do auditor está intrinsecamente ligada ao seu julgamento
profissional. A competência refere-se à habilidade, conhecimento técnico e experiência
que um auditor possui para desempenhar as tarefas exigidas na auditoria. Isso inclui
entender os princípios contabilísticos, compreender o ambiente de negócios da
entidade auditada, aplicar procedimentos de auditoria apropriados, avaliar riscos e
interpretar evidências.
A competência do auditor é uma base essencial para o exercício do julgamento
profissional. Um auditor competente está mais apto a tomar decisões fundamentadas
e a aplicar julgamento crítico ao enfrentar desafios complexos durante a auditoria.
Além disso, a competência é crucial para garantir que o auditor esteja em
conformidade com as normas e regulamentações profissionais.
Assim, pode-se dizer que a competência do auditor é uma parte integral da
capacidade geral do auditor de aplicar julgamento profissional de maneira eficaz e ética
ao longo de todo o processo de auditoria.
O julgamento profissional do auditor refere-se à capacidade do auditor de tomar
decisões informadas e prudentes durante o processo de auditoria com base na sua
experiência, conhecimento técnico e entendimento do contexto específico da entidade
auditada. Vamos analisar alguns aspetos-chave:
1. Experiência:
- O auditor acumula experiência ao longo da sua carreira, tendo conduzido
auditorias em diferentes setores e contextos empresariais. Essa experiência permite ao
auditor reconhecer padrões, antecipar desafios comuns e lidar eficazmente com
situações complexas.
2. Conhecimento Técnico:
- O auditor deve possuir um sólido conhecimento técnico em contabilidade,
normas de auditoria, regulamentações e princípios contabilísticos. Esse conhecimento
é essencial para interpretar corretamente as informações financeiras, aplicar
procedimentos de auditoria adequados e avaliar a conformidade com os requisitos
normativos.
3. Compreensão do Negócio:
- Cada entidade possui características únicas em termos de operações, riscos e
ambiente de negócios. O auditor, ao aplicar julgamento profissional, deve
compreender profundamente o negócio da entidade auditada para adaptar os
procedimentos de auditoria e avaliar os riscos específicos associados.
4. Tomada de Decisões Éticas:
- O julgamento profissional inclui a capacidade do auditor de tomar decisões
éticas. Em situações desafiadoras, o auditor deve escolher o caminho ético, garantindo
a integridade e confiabilidade do processo de auditoria.
5. Adaptação a Mudanças e Incertezas:
- O ambiente de auditoria está sujeito a mudanças e incertezas. O julgamento
profissional capacita o auditor a adaptar-se a novas circunstâncias, ajustar abordagens
de auditoria quando necessário e lidar eficazmente com desafios imprevistos.
Em resumo, o julgamento profissional do auditor é uma combinação de habilidades,
experiência e conhecimento técnico que o capacita a tomar decisões prudentes, aplicar
procedimentos de auditoria apropriados e oferecer uma opinião fundamentada sobre
as demonstrações financeiras da entidade auditada. Esse julgamento é essencial para
garantir a qualidade e a integridade do processo de auditoria e, por conseguinte, a
confiança do público nas informações financeiras.
A independência do auditor é um princípio fundamental na prática de auditoria e
refere-se à capacidade do auditor de realizar a sua avaliação de forma objetiva e
imparcial, sem influências ou conflitos de interesse que possam comprometer a sua
integridade. A independência é vital para assegurar a credibilidade e a confiança nas
conclusões da auditoria. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a independência
do auditor:
1. Imagem de Imparcialidade:
- A independência garante que o auditor seja percebido como uma parte imparcial
e neutra, sem ligações que possam afetar a sua objetividade ao conduzir a auditoria.
2. Evitar Conflitos de Interesse:
- O auditor deve evitar situações que possam criar conflitos de interesse, como ter
participações financeiras significativas na empresa auditada ou manter
relacionamentos pessoais próximos com gestores-chave.
3. Garantir a Objetividade:
- A independência assegura que o auditor tome decisões e emita opiniões com
base em factos e evidências, sem ser influenciado por pressões externas que possam
comprometer a sua objetividade.
4. Cumprimento de Normas Éticas e Profissionais:
- As normas éticas e profissionais, como o Código de Ética da Profissão de Revisor
Oficial de Contas, estabelecem requisitos específicos para garantir a independência do
auditor, incluindo restrições sobre serviços adicionais prestados à entidade auditada.
5. Transparência:
- A independência requer transparência na relação entre o auditor e a empresa
auditada. Os auditores devem divulgar qualquer relação ou interesse que possa
comprometer a sua independência.
6. Avaliação Contínua:
- A independência não é apenas uma condição inicial; deve ser mantida durante
todo o período da auditoria. Os auditores devem avaliar continuamente se existem
fatores que possam afetar a sua independência e tomar medidas para mitigar qualquer
ameaça.
Em resumo, a independência do auditor é essencial para garantir que a avaliação
das demonstrações financeiras seja conduzida de forma imparcial e confiável,
protegendo assim os interesses dos utilizadores das informações financeiras e
preservando a integridade da profissão de auditoria.
3. Fraude e Conluio:
- A fraude é muitas vezes realizada com a intenção de enganar os auditores. Casos de conluio ou
manipulação deliberada podem ser difíceis de detetar, mesmo com procedimentos de auditoria
extensivos.
4. Documentação Limitada:
- O auditor depende da documentação disponível na entidade auditada. Se houver falta de
documentação adequada ou se a documentação for falsificada, isso pode dificultar a identificação de
distorções.
Portanto, a expressão "garantia razoável" reconhece a realidade de que a auditoria não pode eliminar
todos os riscos e incertezas associados à preparação das DFs. Os auditores aplicam procedimentos
rigorosos para proporcionar uma segurança elevada, mas não absoluta, visando oferecer uma avaliação
confiável das DFs dentro das limitações inerentes ao processo de auditoria. Essa conscientização sobre as
limitações é essencial para que os utilizadores compreendam a natureza da auditoria e interpretem as
opiniões emitidas pelos auditores.
Ao mencionar "distorções materiais devido a fraude ou erro", destaca-se a
responsabilidade do auditor em detetar tanto atividades fraudulentas quanto erros
inadvertidos que possam influenciar significativamente as informações financeiras.
A expressão da opinião do auditor é baseada no resultado da auditoria, indicando se
as DFs, como um todo, estão em conformidade com o referencial de relato financeiro
aplicável. O referencial pode ser um conjunto específico de normas contabilísticas ou
princípios, como o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) em Portugal, ou
padrões internacionais, dependendo do contexto da entidade auditada.
Em resumo, a auditoria financeira visa proporcionar confiança aos utilizadores das
informações financeiras, garantindo que as DFs são confiáveis e conformes com as
normas contabilísticas aplicáveis, contribuindo assim para a transparência e
integridade do processo de prestação de contas da entidade auditada.
Slide 25
O papel da auditoria é desempenhar um papel crítico na avaliação da informação
financeira de uma entidade. Vamos explorar os principais objetivos e funções da
auditoria:
1. Assegurar Credibilidade e Integridade:
- A auditoria visa assegurar a credibilidade e integridade das Demonstrações
Financeiras (DFs) de uma entidade. Isso é fundamental para manter a confiança dos
utilizadores, como investidores, credores e o público em geral, nas informações
financeiras divulgadas.
2. Identificar e Mitigar Riscos:
- Os auditores identificam e avaliam os riscos associados às informações
financeiras. Isso inclui riscos de erro, fraude, e outros fatores que possam impactar a
precisão e fidedignidade das DFs.
3. Cumprir Normas e Regulamentações:
- A auditoria visa garantir que as DFs estejam em conformidade com as normas
contabilísticas aplicáveis e regulamentações. Isso inclui garantir que as práticas
contabilísticas seguidas pela entidade estejam de acordo com os princípios
contabilísticos aceites.
4. Detetar e Prevenir Fraudes e Erros:
- Os auditores aplicam procedimentos para detetar e prevenir fraudes e erros nas
DFs. Isso envolve avaliar a eficácia do controlo interno e conduzir procedimentos de
auditoria específicos para identificar possíveis irregularidades.
5. Avaliar Controlos Internos:
- A auditoria avalia a eficácia dos controlos internos da entidade. Controlos
internos robustos são fundamentais para garantir a precisão e integridade das
informações financeiras.
6. Expressar uma Opinião Independente:
- Com base na avaliação realizada, o auditor expressa uma opinião independente
sobre se as DFs estão apresentadas de forma justa e em conformidade com os
princípios contabilísticos aplicáveis. Essa opinião fornece aos utilizadores uma avaliação
externa da fiabilidade das informações financeiras.
7. Fornecer Recomendações para Melhorias:
- Além de avaliar a conformidade, os auditores muitas vezes fornecem
recomendações para melhorar os processos e controlos internos da entidade,
contribuindo para aprimorar a qualidade das informações financeiras.
8. Proteger Interesses dos Utilizadores:
- A auditoria desempenha um papel vital na proteção dos interesses dos diversos
utilizadores das informações financeiras, ajudando a garantir que essas informações
sejam precisas, transparentes e úteis para a tomada de decisões.
Em resumo, o papel da auditoria é garantir a qualidade, confiabilidade e
conformidade das informações financeiras divulgadas pelas entidades, protegendo
assim os interesses dos utilizadores e mantendo a integridade do processo de
prestação de contas.
Slide 26
A complexidade do processo de preparação e elaboração das Demonstrações
Financeiras (DFs) constitui uma razão adicional para a justificação da auditoria. Este
procedimento envolve uma série de passos contabilísticos, avaliações, estimativas e
decisões que podem ser desafiantes e propensos a erros. A necessidade de verificar
estas DFs, através da auditoria, surge para garantir a precisão, integridade e
conformidade com as normas contabilísticas.
Para além disso, a auditoria procura minimizar o potencial conflito de interesses
entre quem produz a informação financeira (gestores) e quem a utiliza (proprietários,
investidores, credores, entre outros). Este conflito é inerente à estrutura
organizacional, uma vez que os gestores podem ter motivações distintas dos
proprietários no que diz respeito à apresentação das DFs.
O auditor atua como um elemento independente e imparcial que verifica as
informações financeiras. Ao fazê-lo, contribui para reduzir a assimetria de informações
e a possibilidade de manipulação por parte dos gestores. A credibilidade e validação
proporcionadas pela auditoria ajudam a mitigar o conflito de interesses entre gestores,
que procuram otimizar os seus ganhos, e proprietários do negócio, que pretendem ter
uma visão precisa e fiável do desempenho financeiro da empresa.
Assume-se que os gestores valorizam a credibilidade que a auditoria confere às DFs,
uma vez que estas refletem a gestão da empresa. A credibilidade adicional proveniente
da auditoria pode contribuir para diminuir a potencial conflitualidade entre gestores e
proprietários do negócio, estabelecendo assim um equilíbrio na dinâmica
organizacional.
Deste modo, a auditoria atua como um mecanismo de equilíbrio, proporcionando
confiança, transparência e assegurando que as DFs representem uma imagem fiel da
situação financeira da entidade, mesmo perante os potenciais conflitos de interesses
existentes na dinâmica organizacional.
Slide 27
A auditoria proporciona diversas utilidades para as empresas, contribuindo para
vários aspetos essenciais da sua operação. Algumas das utilidades fundamentais
incluem:
1. Cumprimento de Obrigações Legais:
- A auditoria ajuda as empresas a cumprir obrigações legais ao garantir que as suas
demonstrações financeiras estejam em conformidade com as normas e regulamentos
contabilísticos. Isso é crucial para evitar penalizações legais e manter a transparência
no ambiente empresarial.
2. Melhoria da Qualidade das Informações Financeiras:
- A auditoria contribui para a qualidade e fiabilidade das informações financeiras.
Ao avaliar e validar os procedimentos contabilísticos, a auditoria assegura que as
demonstrações financeiras refletem de forma precisa a posição financeira e os
resultados da empresa.
3. Controlo Interno Eficaz:
- A auditoria atua como um elemento de controlo interno, promovendo práticas
eficazes dentro da empresa. Isso ajuda a prevenir e detetar fraudes, a garantir a
segregação apropriada de funções e a promover a eficiência operacional.
4. Visão Externa e Credibilidade:
- Ao fornecer uma visão externa e independente sobre as operações da empresa, a
auditoria acrescenta credibilidade às suas demonstrações financeiras. Esta
credibilidade é valiosa para os investidores, credores e outros stakeholders,
fortalecendo a confiança nas informações divulgadas.
5. Identificação de Oportunidades de Melhoria:
- A auditoria pode identificar áreas de melhoria nos processos internos e controlos
da empresa. As recomendações do auditor podem ajudar a empresa a otimizar os seus
procedimentos, melhorar a eficiência operacional e fortalecer as práticas de gestão.
6. Gestão de Riscos:
- A auditoria contribui para a gestão de riscos ao avaliar a eficácia dos controlos
internos. Isso ajuda a identificar e mitigar potenciais riscos que possam afetar a
integridade das informações financeiras.
7. Transparência e Confiança:
- A auditoria promove a transparência nas operações da empresa, proporcionando
uma avaliação independente da sua situação financeira. Isso contribui para a
construção de confiança junto dos stakeholders, incluindo clientes, fornecedores e
investidores.
Em resumo, a auditoria é uma ferramenta valiosa que vai além do simples
cumprimento de requisitos legais. Ela desempenha um papel vital na garantia da
integridade, transparência e eficiência das operações empresariais, promovendo a
confiança dos diversos intervenientes no ambiente empresarial.
Controlo Interno:
O controlo interno refere-se ao conjunto de políticas, procedimentos e práticas que
uma organização implementa para garantir a eficácia, eficiência e integridade das suas
operações. Ele abrange todos os aspetos da empresa, desde a gestão financeira até a
conformidade regulamentar e a proteção de ativos. Os objetivos principais do controlo
interno incluem prevenir e detetar erros, fraudes, assegurar a conformidade com
normas e regulamentos, e garantir que as operações estejam alinhadas com os
objetivos da empresa.
Os componentes típicos do controlo interno incluem a segregação de funções,
políticas e procedimentos claros, supervisão eficaz, sistemas de informação seguros, e
avaliação regular da eficácia dos controlos.
Relação com Auditoria:
A auditoria é um processo independente e sistemático que avalia a eficácia do
controlo interno e a confiabilidade das informações financeiras de uma organização. A
relação entre controlo interno e auditoria é estreita, pois a auditoria utiliza o controlo
interno como ponto de partida para avaliar a validade e a precisão das demonstrações
financeiras.
Durante uma auditoria, os auditores analisam os controlos internos existentes para
entender como a empresa opera, identificar áreas de risco e determinar a extensão em
que podem confiar nos sistemas de controlo internos. Se o controlo interno é robusto,
isso geralmente reduz o risco percebido e pode influenciar a natureza e a extensão dos
procedimentos de auditoria necessários.
Assim, o controlo interno e a auditoria estão interligados na medida em que o
primeiro fornece a estrutura para a gestão eficaz das operações e o segundo avalia a
adequação e a eficácia desse sistema de controlo interno. A auditoria proporciona uma
avaliação independente do controlo interno, contribuindo para a confiança nas
informações financeiras da empresa.
O controlo interno aplica-se a todas as áreas da organização. Ele visa assegurar a
eficácia, eficiência e integridade das operações em todos os domínios, abrangendo
aspetos financeiros, contabilísticos, regulamentares, ambientais, trabalhistas, entre
outros. Aqui estão alguns exemplos de como o controlo interno é aplicado em várias
áreas:
1. Financeiro e Contabilístico:
- Controlos para garantir a precisão dos registos contabilísticos, reconciliação de
contas, segregação de funções (como a separação entre autorização e registo de
transações), políticas claras de despesas e receitas, entre outros.
2. Conformidade Regulatória:
- Controlos para assegurar o cumprimento de regulamentações específicas da
indústria ou do país, garantindo que a organização opera de acordo com as leis e
normas aplicáveis.
3. Ambiental:
- Controlos para monitorizar e garantir o cumprimento de regulamentações
ambientais, gestão sustentável de recursos e práticas que minimizem o impacto
ambiental da organização.
4. Trabalhista:
- Controlos relacionados ao cumprimento de leis trabalhistas, segurança no
trabalho, gestão de recursos humanos, conformidade com políticas de contratação e
igualdade de oportunidades.
5. Operacional:
- Controlos para otimizar eficiências operacionais, gestão eficaz de inventário,
supervisão adequada de processos e procedimentos operacionais, e avaliação de riscos
associados às operações diárias.
6. Sistemas de Informação:
- Controlos para garantir a segurança da informação, integridade dos dados,
acesso autorizado a sistemas e redes, e resiliência contra ameaças cibernéticas.
7. Gestão de Riscos:
- Implementação de controlos para identificar, avaliar e mitigar riscos em todas as
áreas da organização, garantindo uma gestão eficaz do risco.
A aplicação abrangente do controlo interno visa criar um ambiente organizacional
em que as operações são conduzidas de maneira eficiente, ética, e em conformidade
com as regulamentações aplicáveis. Isso contribui para a transparência, confiabilidade
e sustentabilidade da organização em todos os aspetos do seu funcionamento.
3
A auditoria pode facilitar o acesso ao crédito ao influenciar positivamente a classificação
de risco da empresa. Quando uma empresa é sujeita a auditorias regulares e apresenta
demonstrações financeiras auditadas, isso fornece uma garantia adicional aos intervenientes
nos mercados financeiros, como bancos e credores. Os potenciais benefícios incluem:
Credibilidade Financeira:
7. Acrescenta Fiabilidade às Demonstrações Financeiras para a Administração Fiscal:
- A auditoria confere fiabilidade e autoridade às demonstrações financeiras
apresentadas à administração fiscal. Isso é crucial para garantir a conformidade fiscal e
evitar disputas com as autoridades fiscais.
Em resumo, a auditoria não apenas fortalece os controlos internos e a conformidade
legal, mas também desempenha um papel fundamental na promoção da
transparência, confiança e credibilidade da empresa perante diversos públicos
interessados.
A auditoria desempenha várias funções e oferece diversas vantagens para as
empresas, conforme mencionado:
1. Cumprimento de Obrigações Legais, Estatutárias ou Contratuais:
- A auditoria assegura o cumprimento das obrigações legais, estatutárias ou
contratuais impostas à empresa. Isso garante que a organização esteja em
conformidade com regulamentações específicas e que cumpra acordos contratuais.
2. Contribuição para a Qualidade e Fiabilidade das Demonstrações Financeiras (DFs):
- A auditoria contribui para a qualidade e fiabilidade das demonstrações
financeiras e do sistema contabilístico* subjacente. Ao examinar de forma
independente as informações financeiras, os auditores ajudam a assegurar a exatidão e
integridade das DFs.
3. Visão Externa para Melhoria do Controlo Interno:
- Ao fornecer uma visão externa, a auditoria contribui para a melhoria do controlo
interno da empresa. A análise independente dos processos internos e das práticas de
gestão permite identificar áreas de aprimoramento e fortalecer as salvaguardas
internas.
4. Maior Eficiência e Eficácia da Gestão:
- A auditoria é um instrumento que contribui para a eficiência e eficácia da gestão.
Ao analisar as operações e práticas de gestão, os auditores oferecem recomendações
que visam otimizar os recursos e melhorar a eficácia global da empresa.
5. Elemento de Controlo Interno para Cumprimento de Normas Internas:
- A auditoria atua como um elemento essencial do controlo interno, garantindo o
cumprimento rigoroso das normas internas estabelecidas pela empresa. Isso promove
uma gestão consistente e alinhada com as políticas internas.
SLIDE 32
A Auditoria Externa, também designada como Auditoria Financeira ou
Contabilística, é um processo de auditoria abrangente ou limitado das Demonstrações
Financeiras (DFs). Este processo baseia-se em normativos contabilísticos, comerciais,
fiscais, laborais e nas normas de auditoria. É conduzido por auditores externos,
conhecidos em Portugal como Revisores Oficiais de Contas, mediante a celebração de
um contrato de prestação de serviços com a organização auditada.
O principal objetivo da Auditoria Externa é emitir relatórios que certifiquem a
conformidade entre as Demonstrações Financeiras da entidade e as normas de
referência aplicáveis. Esta análise independente visa garantir a precisão, integridade e
transparência das informações financeiras apresentadas pela organização.
Ao longo do processo de Auditoria Externa, os auditores realizam uma análise
detalhada das transações financeiras, práticas contabilísticas, conformidade com
regulamentos fiscais, laborais e outras normativas relevantes. O âmbito da auditoria
pode abranger diversos aspetos, desde a verificação de saldos de contas específicas até
à avaliação global da saúde financeira da empresa.
Os Revisores Oficiais de Contas emitem relatórios que detalham as conclusões da
auditoria, destacando áreas de conformidade e, se aplicável, identificando eventuais
áreas de preocupação ou não conformidade. Estes relatórios são valiosos para partes
interessadas, como acionistas, reguladores, investidores e outras entidades que
dependem de informações financeiras precisas e confiáveis para tomar decisões
informadas sobre a organização auditada.
Em resumo, a Auditoria Externa é um processo essencial para garantir a fiabilidade
das Demonstrações Financeiras, promovendo a transparência e a conformidade com as
normas e regulamentos aplicáveis.