Relatorio Corrego Lavapes Terminado

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Integrantes

Filipe Guilherme
Gabriel Henrique Marques de Almeida
Guilherme Marinho Ritir
Leonardo Gali de Almeida
Luís Gustavo Barbosa Oliveira
Renato Henrique Rodrigues

Estudo de Caso do Córrego Lavapés

Para iniciar o estudo de caso, é necessário termos noção ao que se refere os


fatores endógenos e exógenos. Primeiro, fatores endógenos são processos
originados no interior da Terra que moldam o relevo. Exemplos incluem o
tectonismo (movimento das placas tectônicas), vulcanismo e atividades
sísmicas. Esses fatores geralmente criam e elevam estruturas geológicas,
como montanhas e falhas, impactando indiretamente as bacias hidrográficas.
Já fatores exógenos são processos que ocorrem na superfície e atuam na
modelagem e desgaste do relevo. Incluem a erosão, sedimentação,
intemperismo e ações humanas, como urbanização, desmatamento e
agricultura. Esses fatores tendem a esculpir, desgastar e reconfigurar o relevo
existente.

Tendo esse conhecimento, é possível analisar o impacto de determinados


fatores sobre a paisagem e relevo do Córrego Lavapés. Analisando
primeiramente em torno dos fatores exógenos, temos que a pavimentação e
construção de áreas urbanas reduzem a infiltração da água da chuva,
aumentando o escoamento superficial. Como resultado, há um maior volume
de água sendo direcionado rapidamente para o córrego, intensificando
processos erosivos nas margens e aumentando o risco de inundações.

Complementando, o escoamento superficial nas áreas urbanas carrega


poluentes (resíduos sólidos, produtos químicos e óleos) para o córrego,
afetando sua qualidade e contribuindo para a degradação ambiental. Esse
processo também acelera o assoreamento do leito do córrego, alterando sua
capacidade de vazão e modificando o relevo local.

Finalizando esse assunto, a erosão acelerada pelas enxurradas nas áreas


urbanas pode causar o aprofundamento do leito e o desmoronamento das
margens do córrego, modificando a topografia ao redor. Além disso, o
assoreamento causa o acúmulo de sedimentos no leito, o que pode levar à
formação de pequenas elevações ou depressões no relevo ao longo do tempo.

Agora falando sobre o impacto dos fatores endógenos, as mesmas têm


influência limitada em relação ao córrego, sendo suas interferências mediadas
por atividades tectônicas passadas. Estas, podem ter criado a base geológica
sobre a qual o córrego flui. Alterações sutis na inclinação do terreno devido a
falhas geológicas podem influenciar o curso e a velocidade do fluxo de água.
Além disso, as forças endógenas configuraram a base do relevo, enquanto as
forças exógenas, principalmente a ação antrópica (como a urbanização),
moldam constantemente o relevo e a paisagem de forma mais visível. No caso
do Córrego de Lavapés, as intervenções humanas são os fatores dominantes
que levam às mudanças recentes e rápidas no relevo.

Antes de partir para a finalização, foi feito uma pesquisa adicional referente a
qualidade da água do córrego, com base em um estudo feito pelo pesquisador
Manara. O estudo de Manara (2011) revelou uma leve tendência de aumento
no pH ao longo dos pontos de coleta, com uma diferença de 0,88 entre os
pontos 1 e 4. Esse aumento, no entanto, não foi significativamente influenciado
pelo lago ou pelos efluentes lançados no córrego. As águas superficiais
geralmente apresentam pH entre 4 e 9, com variações dependendo do tipo de
solo e da atividade biológica local, como a proliferação de algas. A oxigenação
dissolvida (OD) se manteve elevada, com valores superiores a 7 mL/L, o que
indica boa qualidade da água para a manutenção de vida aquática, estando
acima das exigências do CONAMA 357. Em relação à Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO), o ponto 2 apresentou valores baixos em comparação aos
demais, o que sugere menor presença de matéria orgânica biodegradável
nessa área. No entanto, a Demanda Química de Oxigênio (DQO) mostrou que
o ponto 1 apresentou o segundo maior valor, indicando alta concentração de
matéria orgânica de difícil degradação, possivelmente resultante de
escoamento urbano. Esses parâmetros ressaltam a influência da ocupação do
solo e da presença de áreas verdes na qualidade da água do córrego Lavapés.

Imagem pontos de coleta 1 a 3

Imagem pontos de coleta 3 e 4


Concluindo, o estudo de caso indica que as águas do Córrego Lavapés são
fortemente impactadas pela ocupação urbana, que tem alterado
significativamente a qualidade da água e a paisagem ao redor. O uso
doméstico e residencial da água pode ser prejudicado pela contaminação e
pela degradação ambiental causada pela urbanização. A interação entre forças
endógenas (mesmo que limitadas a ações antigas de formação) e exógenas,
aliada à ação humana, molda de forma contínua e acelerada o relevo e a
qualidade dos recursos hídricos na região, destacando a necessidade de
práticas de manejo sustentável para amenizar os diversos efeitos na bacia
hidrográfica do córrego.

Bibliografia

 TUNDISI, J. G. (2003). "A água no século 21: enfrentando a


escassez." Editora Rima.
 BRIGANTE, J. (2003). "Ecologia Urbana: A Questão Ambiental nas
Cidades."
 https://www.scientiaplena.org.br/sp/article/view/356/165

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