Brasil - Sinais da arte na educação
Brasil - Sinais da arte na educação
Brasil - Sinais da arte na educação
ESCOLA MODERNA
A educação funcionava como um instrumento utilizado para realizar as reformas sociais
necessárias que o final do século XIX exigia. Na estrutura escolar permaneceu a presença do
desenho geométrico e a cópia. Enquanto isso, novos métodos de ensino da arte revigoravam
as escolas americanas onde, pela primeira vez, uma lei oficial, nos EUA, apontava como
principal finalidade da arte na educação o “desenvolvimento do impulso criativo” e
psicólogos começaram a enfatizar a relação existente entre os processos afetivo e cognitivo,
apontando a arte da criança como um elo vinculador entre eles. A Semana de Arte Moderna de
1922, que inseriu o Brasil no Modernismo, não ecoou de imediato no ensino da arte, mas
conduziu a uma renovação metodológica. O argumento dessa renovação era o de que a arte é
uma forma de liberação emocional, pensamento que permeou esse movimento pela
valorização da arte da criança após a queda do Estado Novo, responsável pelo entrave ao
desenvolvimento do ensino de arte no Brasil, quando solidificou procedimentos antilibertários
já ensaiados na educação brasileira anteriormente, como o desenho geométrico na escola
secundária e primária e, então, a partir de 1947, ocorreu uma supervalorização da arte como
livre-expressão.
O método da livre-expressão respeitava os princípios dessa nova educação, que ficou
conhecida como Escola Nova. A Escola Nova, também chamada de Escola Ativa ou Escola
Progressiva, foi um movimento de renovação do ensino, que surgiu no fim do século XIX e
ganhou força na primeira metade do século XX.
LEIS
Decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879
Art. 4º - Consta o ensino do “Elementos do desenho linear” e “Rudimentos
da música, com exercícios de solfejo e canto” como disciplina nas escolas
primárias e secundárias.
Art. 8º, parágrafo 9º - Fala sobre a criação de uma “escola especial ou de
aprendizado” para o “ensino prático das artes e ofícios”.
Art. 9º - Consta como disciplina para as “escolas normais do Estado”:
“Caligrafia e desenho linear” e “Música Vocal”.
nº 5.692/71
A lei 5692 foi sancionada em 11 de agosto de 1971. No art. 7º contém a inclusão
obrigatória da Educação Artística nos currículos plenos dos estabelecimentos de 1º e 2º
graus. A partir dessa lei a disciplina passou a ter a nomenclatura Educação Artística, pois
ela deveria reunir artes plásticas, cênicas e música. Isso significa ainda que, pouco a pouco,
o canto orfeônico, o desenho, trabalhos manuais deixaram de existir no currículo. Dessa
forma, todas as unidades federadas do país deveriam realizar o ensino de 1º e 2º graus
conforme a nova lei.
nº 9.394/96
Art. 26. Parágrafo 2º - O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,
constituirá componente curricular obrigatório da educação básica.
Parágrafo 6º - As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que
constituirão o componente curricular de que trata o § 2º deste artigo.
A LDB 9.394/96), define a obrigatoriedade do “ensino de arte” em lugar de “educação
artística”.