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PSA - Fontes de Soldagem

PSA_Fontes de Soldagem

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Engenharia de Soldagem

Of.1 –T1

Processos de Soldagem à Arco

Aula 2: Fontes de Soldagem

2023/2

Prof. Mateus Codognotto Cunha, MSc.


Introdução
• A soldagem a arco utiliza uma fonte de energia capaz de fornecer tensões na faixa de 10 a
50 V e correntes entre 10 a 1.200 A, normalmente.

• Nas últimas três décadas, ocorreu um grande desenvolvimento no projeto e construção de


fontes para soldagem, com a introdução de sistemas de controle eletrônicos nestes
equipamentos.
Introdução
• Atualmente encontram-se no mercado tanto máquinas convencionais (tecnologia das
décadas de 50 60) como máquinas "eletrônicas", de desenvolvimento mais recente
(décadas de 1970, 80 e 90).

• No Brasil, a maioria das fontes fabricadas ainda é do tipo convencional mas nos países
desenvolvidos a situação é bastante diferente e os equipamentos fabricados são, na maior
parte, eletrônicos.
Requisitos básicos das fontes
Uma fonte de energia para soldagem a arco deve atender a três requisitos básicos:

• produzir saídas de corrente e tensão com características adequadas para um ou mais


processos de soldagem;

• permitir o ajuste dos valores de corrente e/ou tensão para aplicações específicas;

• controlar a variação dos níveis de corrente e tensão de acordo com os requisitos do


processo e aplicação.
Outros requisitos das fontes
Adicionalmente, o projeto da fonte precisa atender aos seguintes requisitos:

• estar em conformidade com exigências de normas de segurança e funcionalidade;

• apresentar resistência e durabilidade em ambientes fabris, com instalação e operação


simples e segura;

• ter controles/interfaces para o usuário de fácil uso e compreensão;

• quando necessário, ter interface ou saída para sistemas de automação.


Componentes de máquinas de solda convencional
Transformador principal e Retificador
Transformador auxiliar
ventilador

Indutor
Circuito de controle
Componentes de máquinas de solda Inversora
Modulo de diodo Transformador principal HF

Modulo de IGBT Cooler Circuito de potencia


Classes de Isolação
PONTO DE FUSÃO DO ALUMÍNIO: 660 °C
PONTO DE FUSÃO DO COBRE: 1083 °C
PONTO DE FUSÃO DOS VERNIZES DAS SEGUINTES CLASSES DE ISOLAÇÃO:
H 180°C
F 155 °C
B 130 °C
ANTES DE DERRETER O COBRE OU O ALUMÍNIO,
TEMOS A FUSÃO DO VERNIZ DE ISOLAÇÃO
Graus de proteção
Primeiro algarismo

IP 2X – Proteção contra contato com os dedos e proteção contra corpos estranhos sólidos de
dimensões acima de 12 mm

Segundo algarismo

IP 21 – Proteção contra pingos de água na vertical

IP 22 – Proteção contra pingos de água até uma inclinação de 15 graus coma vertical

IP 23 – Proteção contra água de chuva até uma inclinação de 60 graus com a vertical
Ciclo de Trabalho
NEMA
( National Electrical Manufacturers Association – EUA)

Ciclo de trabalho (CT) é a porcentagem de tempo


que uma fonte pode trabalhar em uma dada
corrente (arco aberto), em intervalos de 10 min,
sem exceder um limite pré-determinado de
Equipamento 230A @ 100%.
temperatura.
Pode ficar constantemente soldando
para esse valor de corrente.
Ciclo de Trabalho
Com o aumento da corrente de solda
temos obrigatoriamente um decréscimo do
fator de trabalho.
Esta relação pode ser expressa:

Exemplo:
(300)² x CT1 = (230)² x 100
CT1 x (300A)²= 60(%)
A distribuição de corrente (arco aberto) no tempo,
pode ser de forma contínua ou descontínua.
Placa de identificação
INFORMAÇÕES:
 Ciclo de trabalho
 Faixa de corrente
 Fabricante
 Tensão a vazio
 Consumo por faixa de corrente
 Tipo e modelo de fonte
 Peso
 Número de série do equipamento
Tecnologias de Construção dos Equipamentos
Convencional (Ajuste Manual)

• Transformadores (Núcleo Móvel);


• Retificadores de Corrente Constante (Núcleo Móvel);
• Retificadores de Tensão Constantes (Chaves Comutadores ou Escovas Deslizantes).

Tiristorizada (Ajuste por Tiristores)

Inversora (Ajuste PWM)

• Inversor no Primário;
• Inversor no Secundário (Chopper).
Transformadores
Princípio de Funcionamento
Retificadores de Corrente Constante
Princípio de Funcionamento

1. Chave Liga/Desliga: Energiza o transformador principal;


2. Transformador principal: Reduz a tensão de alimentação da rede para tensão de soldagem;
3. Ponte retificadora: Transforma a tensão alternada de alimentação em tensão contínua para a soldagem
(Obs.: são constituídas de placas dissipadoras onde estão montados os diodos retificadores);
4. Indutor: Reduz a ondulação da tensão continua retificada;
5. Motor do Ventilador: Refrigera a fonte. É alimentado em 220V através do bloco de mudança de tensão.
Retificadores de Tensão Constante

Fonte GMAW
Princípio de Funcionamento
1. Chave Liga/Desliga : energiza
o transformador auxiliar para
fornecimento das tensões de
controle ao Equipamento;
2. Contator: energiza o transformador principal
para fornecimento de tensão de soldagem. É
acionado pela placa de circuito de controle
quando é pressionado o gatinho da tocha;
3. Chave seletora de tensão: cada posição seleciona uma combinação de tapes que inserem no circuito mais ou
menos espiras do enrolamento primário criando desta forma relações de transformação diferentes gerando no
secundário diferentes níveis de tensão.
Princípio de Funcionamento
4. Transformador principal:
Reduz a tensão de alimentação da
rede para a tensão de soldagem.

A seleção da tensão de soldagem é estabelecida


de acordo com a combinação de diferentes
configurações feitas pela chave seletora de
tensão;

5. Ponte Retificadora: retifica a tensão alternada proveniente do secundário do transformador em tensão


contínua para soldagem. As pontes retificadoras são constituídas de placas dissipadoras onde estão montados os
diodos retificadores;
Princípio de Funcionamento
6. Indutor: minimiza a
ondulação (ripple) da tensão
contínua retificada;

7. Transformador auxiliar: fornece tensões de


até 42 volts para alimentação do circuito de
controle e para o circuito de alimentação do
voltímetro / amperímetro;

8. Válvula solenoide de gás: é responsável pelo controle do gás de proteção.


É energizada quando pressionado o gatinho da tocha de soldagem através do circuito de controle. Da mesma
forma que o contator quando o gatinho é desacionado o tempo de fechamento depende do tempo de anti-stick;
Princípio de Funcionamento
9. Circuito de Controle:
- Acionar o contator e válvula solenoide
quando pressionado o gatilho da tocha;
- Acionar e controlar a velocidade do moto-redutor
e freia-lo;
- Controlar o tempo de anti-stick ou burn-back;
- Controlar o tempo de solda ponto ou intermitente;
- Acionar moto-redutor quando pressionado o interruptor manual sem que haja acionamento do condutor ou
válvula solenoide;
- Desenergizar o contator quando o termostato da ponte ou do transformador abre e energiza o led de
sobretemperatura.
Princípio de Funcionamento
10. Led indicador de sobre
temperatura: é energizado em 24
volts a partir do circuito de
controle quando a temperatura,
na ponte ou no transformador, excede os valores
projetados. Essa operação é proveniente de um
termostato que existe nos dois componentes;

11. Potenciômetro de velocidade: regula a velocidade de avanço do arame. Sua regulagem varia a tensão de
alimentação do moto-redutor;
12. Potenciômetro de tempo: regula o tempo em que o contator fica energizado nos modos de solda ponto ou
intermitente com o gatilho da tocha acionado. Sua regulagem depende do tipo de solda, tipo e bitola do arame;
Princípio de Funcionamento
13. Chave de modo de soldagem:
tem como função selecionar o
modo de soldagem em:

Contínuo, onde o contator fica energizado


enquanto o gatilho da tocha estiver pressionado;
Ponto, onde o contator é energizado e o arame
tracionado durante um período de tempo
regulado pelo potenciômetro de tempo e para após este tempo enquanto o gatilho da tocha é pressionado. Para
iniciar um novo ponto é necessário desacionar e pressionar novamente o gatilho da tocha;
Intermitente, quando o contator é energizado e o arame tracionado durante um período de tempo regulado pelo
potenciômetro de tempo, para e reinicia enquanto o gatilho da tocha estiver pressionado.
Princípio de Funcionamento
14. Interruptor manual: aciona o
moto-redutor sem que seja
acionado o contator, permitindo
a alimentação do arame sem
tensão na saída da máquina;
15. Moto-redutor: é responsável pelo
tracionamento no arame de soldagem. É
alimentado com tensão contínua de 0 a 24 volts
regulados pelo circuito de controle.
16. Motor do Ventilador: Refrigera a fonte. É alimentado em 220V através do transformador auxiliar.
Alimentadores de Arame
Características Gerais
Os alimentadores de arame são projetados para soldagem semiautomática MIG/MAG com
arames sólidos, tubulares e alumínio em serviços de produção média e pesada.

Possuem mecanismo de avanço de arame de 2 ou 4 roldanas engrenadas e sistema de


controle eletrônico de velocidade.

Podem ser instalados sobre a fonte de alimentação, suspensos sobre a área de trabalho
com suporte apropriado ou com um carrinho para movimentação (opcional).

De acordo com o modelo possuem várias funções.


Tiristorizados
Princípio de Funcionamento
1. Chave Liga/Desliga : energiza o
transformador auxiliar para
fornecimento das tensões de
controle ao Equipamento;
2. Transformador principal: Reduz a tensão de
alimentação da rede para a tensão de
soldagem;
3. Ponte retificadora: Transforma a tensão alternada
de alimentação em tensão contínua para a soldagem;
4. Indutor: Reduz a ondulação da tensão continua
retificada.
Princípio de Funcionamento
5. Circuito de controle principal da fonte:
- Disparar corretamente a ponte retificadora;
- Desligar a tensão de saída da máquina quando o termostato da ponte ou do transformador abrem;
- Ligar o led indicador de sobre temperatura.

6. Circuito de controle:
- Controlar o comando da válvula solenoide quando pressionado o gatilho da tocha;
- Controlar a velocidade do moto-redutor;
- Controlar o tempo de anti-stick ou burn-back;
- Controlar o tempo de solda ponto ou intermitente.
Inversores
Inversores
Princípio de Funcionamento
Inversor no Primário

Tensão Tensão Tensão Tensão Tensão Tensão


alternada retificada filtrada chaveada Rebaixada retificada

Banco de Modulo de
Retificador Retificador
Capacitores Chaveamento
Transformador
Indutor
Abaixador
IGBT

Circuito de controle
PWM
Princípio de Funcionamento
1) Ponte retificadora de entrada: Transforma a tensão alternada de
alimentação em tensão contínua;

2) Banco de capacitores: Filtra a tensão retificada para ser entregue ao


módulo de chaveamento;

3) Módulo de chaveamento: Transforma a tensão retificada em tensão


alternada de alta frequência;

4) Circuito de controle PWM: Responsável por:


 Gerar os pulsos de disparo do módulo de chaveamento
 Desligar a tensão de saída da máquina quando o termostato atuar
Princípio de Funcionamento
5) Transformador principal: Reduz a tensão alternada chaveada para a
tensão de soldagem;

6) Ponte retificadora de saída: Transforma a tensão alternada chaveada em


tensão contínua para a soldagem;

7) Indutor: Reduz a ondulação da tensão continua retificada.


Princípio de Funcionamento
Inversor no Secundário

Tensão Tensão
alternada rebaixada Tensão Tensão
retificada filtrada Tensão Tensão
chaveada retificada

Banco de Modulo de
Retificador Retificador
Capacitores Chaveamento
Transformador Indutor
Abaixador
IGBT

Circuito de controle
PWM
Inversores X Transformadores
Tecnologia de transformação

• Inversores possuem circuitos eletrônicos • Transformadores possuem um núcleo de


que fazem o controle da corrente de ferrosilício e enrolamentos de cobre,
saída, tornando-os muito mais leves. tornando-os mais pesados.

• A regulagem da corrente de saída é feita • A regulagem da corrente é feita através da


de maneira muito mais rápida, através de movimentação do núcleo de ferrosilício pelo
um potenciômetro no painel. enrolamento secundário.

• Soldagem em corrente contínua, • Soldagem em corrente alternada,


proporcionando um arco mais macio e proporcionando um arco mais instável e
com abertura mais fácil; agressivo.
Conclusão
 Existe atualmente um grande número de opções para fontes de energia elétrica para soldagem a arco em
termos de modo de funcionamento e de custo.

 Na seleção de uma fonte, itens como tipo de


processo de soldagem, nível de corrente, posição de
soldagem, ciclo de trabalho, disponibilidade de
energia elétrica e tipos de equipamentos auxiliares,
particularmente a necessidade de interfaceamento
com robôs e outros dispositivos, devem ser
considerados.
Fonte: Fronius.com, 2022

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