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PROJETO AMBIENTAL - PA

EMPREENDIMENTO:
BARRAMENTO - REPRESA

EPREENDEDOR:
XXXX

RESPONSÁVEL TÉCNICO:
XXXXX

MUNICÍPIO – UF
ANO
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 5
2. OBJETIVO......................................................................................................................................... 5
3. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE ......................................................................................... 6
4. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO .................................................................... 7
5. JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 8
6. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO........................................................................ 8
6.1 Localização do Empreendimento .................................................................................. 8
6.2 INFORMAÇÕES TÉCNICAS ....................................................................................................... 10
6.2.1 Identificação da Obra Hidráulica ............................................................................ 10
6.2.2 Finalidade da Obra .................................................................................................. 11
6.2.3 Área da Bacia Hidrográfica ..................................................................................... 11
6.2.4 Área de Inundação................................................................................................... 12
6.2.5 Volume de Acumulação do Reservatório................................................................ 12
6.2.6 Área da bacia de Contribuição ................................................................................ 13
6.3 Balanço Hídrico........................................................................................................... 14
6.3.1 Meses Chuvosos ...................................................................................................... 14
6.3.2 Meses de Seca ......................................................................................................... 17
6.4 MEMORIAL DE CÁLCULO......................................................................................................... 21
6.4.1 Vazão Máxima do Projeto ....................................................................................... 21
6.4.2 Dimensionamento da Estrutura Extravasora ........................................................... 21
6.4.3 Dimensionamento da Estrutura de Descarga para a Jusante ................................... 21
7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ..................................................................................................... 21
7.1 Meio Físico.................................................................................................................. 22
7.1.1 Geologia .............................................................................................................. 22
7.1.2 Solos .................................................................................................................... 22
7.1.3 Relevo ................................................................................................................. 23
7.1.4 Declividade.......................................................................................................... 23
7.1.5 Climatologia ........................................................................................................ 23
7.1.6 Hidrografia .......................................................................................................... 23
7.2 Meio Biótico................................................................................................................ 24
7.2.1 Flora .................................................................................................................... 24
7.2.2 Fauna ................................................................................................................... 28
7.3 Meio Antrópico ........................................................................................................... 30
7.3.1 Aspecto Sócio Econômico .................................................................................. 30
8. ETAPAS E PROCESSOS DO EMPREENDIMENTO ................................................................ 30
8.1 Caracterização da Fase de Planejamento..................................................................... 30

2
8.2 Caracterização da Fase de Instalação .......................................................................... 31
8.3 Caracterização da Fase de Operação ........................................................................... 34
9. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE CONTROLE ...35
9.1 Metodologia de Identificação de Impactos ................................................................. 35
9.1.1 Meio Físico.......................................................................................................... 36
9.1.2 Meio Biótico ....................................................................................................... 38
9.1.3 Meio Antrópico .................................................................................................. 40
9.1.4 Cronograma de Execução das Ações Mitigadoras ............................................. 42
10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E ESTIMATIVA DE CUSTO ........................................... 42
11. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................ 44

Lista de Quadros
Quadro 1: coordenadas geográficas da barragem........................................................................ 10
Quadro 2: Dados de Precipitação ................................................................................................ 14
Quadro 3: Dados de Evaporação ................................................................................................. 15
Quadro 4: Volume de entrada pelo córrego ................................................................................ 15
Quadro 5: Volume de saída a jusante .......................................................................................... 16
Quadro 6: Consumo hídrico do empreendimento ....................................................................... 16
Quadro 7: Resumo do balanço hídrico do empreendimento nos meses chuvosos ...................... 17
Quadro 8: Dados de Precipitação ................................................................................................ 17
Quadro 9: Dados de Evaporação ................................................................................................. 18
Quadro 10: Volume de entrada pelo córrego .............................................................................. 19
Quadro 11: Volume de saída à jusante ........................................................................................ 19
Quadro 12: Consumo hídrico do empreendimento ..................................................................... 20
Quadro 13: Resumo do balanço hídrico do empreendimento nos meses de seca ....................... 20
Quadro 14: Cronograma de Execução da Obra ........................................................................... 43
Quadro 15: estimativa de custos.................................................................................................. 43

Lista de Tabelas
Tabela 1: Coordenadas dos pontos de acesso do Croqui............................................................... 9
Tabela 2: Resumo das áreas do empreendimento ....................................................................... 10
Tabela 3: Lista das principais espécies encontradas na região do empreendimento ................... 26
Tabela 4: Coordenadas das áreas de empréstimo ........................................................................ 32

3
Lista de Figuras
Figura 1: Localização do Município. ............................................................................................ 8
Figura 2: Croqui de acesso. ........................................................................................................... 9
Figura 3: Mapa da Bacia Hidrográfica ........................................................................................ 12
Figura 4: Mapa da área da Bacia de Contribuição ..................................................................... 13
Figura 5: Mapa das classes de solos identificados no Município ............................................... 22
Figura 6: Córrego . ...................................................................................................................... 24
Figura 7: Mapa ilustrativo da vegetação potencial do Tocantins ................................................ 25
Figura 8: Flora local .................................................................................................................... 25
Figura 9: Flora local .................................................................................................................... 26
Figura 10: fotografia de pegadas de veado na área do empreendimento .................................... 29
Figura 11: Mapa Temático de Uso e Ocupação do Solo. ............................................................ 30
Figura 13: Mapa da área de empréstimo ..................................................................................... 31
Figura 14: Fossa séptica .............................................................................................................. 33
Figura 15: Resíduos sólidos ........................................................................................................ 33

4
1. INTRODUÇÃO

As barragens construídas nos leitos de córregos ou rios, podem ter finalidades


únicas ou múltiplas. As finalidades do barramento único podem ser abastecimento
humano, irrigação, geração de energia, mineração, piscicultura, deposição de resíduos
entre outros. No caso de barramento com finalidades múltiplas trata-se da combinação
de um ou mais das finalidades acima descritas.
No estado do Tocantins é notória a utilização desta técnica, principalmente em
regiões onde existe predominância de cursos de águas intermitente, ajudando assim a
manter a demanda hídrica da região, viabilizando a operação de empreendimentos
diversos.
A mineração é um dos setores básicos da economia do país, contribuindo de
forma decisiva para o desenvolvimento econômico da sociedade, desde que sejam
operadas com responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do
desenvolvimento sustentável. Este Projeto Ambiental – PA foi elaborado para viabilizar
a elevação de uma barragem para utilização hídrica na atividade de Mineração,
buscando promover o desenvolvimento com o mínimo de degradação ao meio
ambiente.
O presente estudo teve como base de elaboração o Termo de Referência
fornecido pelo órgão ambiental XXXX.

2. OBJETIVO

Esse estudo objetiva o Licenciamento Ambiental, junto ao órgão ambiental


XXXX, de uma barragem a ser construída no córrego XXXX localizado dentro dos
limites da Fazenda XXXX, na zona rural do município de XXXXX, Estado do
Tocantins, atendendo as exigências da legislação vigente.

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3. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE

Nome: XXXX
CPF: XXXX
Endereço: XXXX
Município/UF: XXXX
Telefone: XXXX

________________________________________________________________
NOME DO REQUERENTE
CPF: XXXX

6
4. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Empresa: XXXX
Responsável Técnico: XXXX
Formação: XXXX
CPF: XXXX
CREA: XXXX
Endereço: XXXX
Município/UF: XXXX
Telefone: XXXX
E-mail: XXXX

________________________________________________________________
NOME DO RESPONSÁVEL TÉCNICO
FORMAÇÃO

7
5. JUSTIFICATIVA

A referida obra tem por finalidade a construção de uma barragem no córrego


XXXX e acumular parte das águas disponíveis nos períodos chuvosos para compensar
as deficiências no período de estiagem, e posterior uso no beneficiamento de minério.
Diante do exposto justifica-se a implantação desta barragem viabilizando a
exploração econômica do imóvel promovendo assim o desenvolvimento de forma
planejada e trazendo benefícios econômicos para região.

6. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

6.1 Localização do Empreendimento

A barragem será construída no imóvel rural denominado Fazenda XXX


localizada no município de XXXX no estado do Tocantins, nas coordenadas UTM SAD
69, zona XXXX, X = XXXX e Y = XXXX.

Figura 1: Localização do Município.

8
A rota de acesso para a área estudada inicia na sede do município XXXX no
ponto 1 seguindo pela rodovia XXXX sentido a cidade XXXX, percorrendo
aproximadamente XXXX Km, no lado direito da pista no ponto 2 encontra-se a entrada
da Fazenda XXXX, daí segue aproximadamente XXX metros de estrada de chão até o
ponto 3, sede do imóvel, conforme croqui de acesso e tabela auxiliar de coordenadas
abaixo.

Figura 2: Croqui de acesso.

Tabela 1: Coordenadas dos pontos de acesso do Croqui

Coordenadas UTM, SAD 69, Zona 23L


PONTO COMENTÁRIO E N
1 Sede do município XXXX XXXX
2 Entrada XXXX XXXX
3 Chegada ao Destino XXXX XXXX

O imóvel rural Fazenda XXXX possui uma área total de XXXX hectares, tendo
como Reserva Legal uma área de XXXX hectares.

9
Tabela 2: Resumo das áreas do empreendimento

Resumo das áreas do empreendimento


Item Área
Área Total da Fazenda XXXX XXXX hectares
Reserva Legal XXXX hectares
Área Alagada 4,2855 hectares

6.2 INFORMAÇÕES TÉCNICAS

6.2.1 Identificação da Obra Hidráulica

O barramento é caracterizado como de terra e ocorrerá no curso médio do


córrego XXXX, a qual faz parte Bacia do Rio XXXX e do sistema hidrográfico do rio
Tocantins.
A barragem terá altura máxima de 19,762 metros, extensão de 238,42 metros,
largura máxima de 61,333 metros e a obra ocupará uma área de 0,6435 ha de base.
O aterro projetado possui capacidade da cota do espelho d'água até 377,55
metros, obtendo-se uma área de espelho d'água igual a 4,2855 hectares. As coordenadas
do empreendimento podem ser observadas no quadro 1 a seguir.

Quadro 1: coordenadas geográficas da barragem

Coordenadas Geográficas (Lat./Long.)


-XXº XX‘ XX“ (N/S)
-XXº XX‘ XX“ (L/W)

É importante informar que à montante e à jusante do barramento projetado, não


existem atividades que interfiram na disponibilidade e/ou qualidade hídrica do curso
d’água. Ressalto ainda que na área de abrangência do reservatório, não há nenhum tipo
de infra-estrutura existente.

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Figura 3: mapa da área a ser alagada pela formação da represa

6.2.2 Finalidade da Obra

Este empreendimento tem a finalidade acumular parte das águas do córrego


XXXX disponíveis nos períodos chuvosos para compensar as deficiências no período de
estiagem, e posterior uso na atividade de mineração. A água será captada e bombeada
para o setor de beneficiamento do minério, atividade essa já licenciada.

6.2.3 Área da Bacia Hidrográfica

A área estudada está inserida na Bacia Hidrográfica do XXXX que possui


uma área de 1.498.241,0971 hectares, conforme mapa abaixo.

11
Figura 3: Mapa da Bacia Hidrográfica

6.2.4 Área de Inundação

A área a ser inundada (AI) é de 4,2855 hectares.

6.2.5 Volume de Acumulação do Reservatório

Volume total:
V T= AI x P
AI= área inundada
P= Profundidade Média da Barragem
VT = (42.855 m2 x 8,61m) = 368.981,55 m³

Volume Morto:
Volume retido abaixo do nível mínimo.
Área morta = 12.856,5 m2
VM = 12.856,5 m2 x 3,56 m = 45.769,14 m3

12
Volume Útil:
A diferença entre o volume total de um reservatório e o volume morto é o
volume útil, ou seja, a parcela do volume que pode ser efetivamente utilizada
para regularização de vazão.
VU = (VT – VM)
VU= 368.981,55 m³– 45.769,14 m3= 323.212,41 m3

6.2.6 Área da bacia de Contribuição

Entende-se por bacia de contribuição o trecho da hidrografia compreendido entre


uma nascente e uma confluência, entre duas confluências sucessivas ou, ainda, entre
uma confluência e a foz da malha hidrográfica.
No nosso caso, a área de contribuição vai até o ponto de interferência no curso
d’água, com isso, através de levantamento de campo, análise de imagens de satélite e
Software Arc Gis, obteu-se a área de contribuição que é de 192,1545 hectares.

Figura 4: Mapa da área da Bacia de Contribuição

13
6.3 Balanço Hídrico

6.3.1 Meses Chuvosos

Segundo dados climatológicos da região a precipitação total nos meses de chuva


(outubro à abril) é de 1.603 mm, conforme pode ser constatado no quadro abaixo.

Quadro 2: Dados de Precipitação

REPOSIÇÃO/ PRECIPITAÇÃO MESES CHUVOSOS


MÊS REPOSIÇÃO/ PRECIPITAÇÃO (mm)
JAN 304,9
FEV 244,5
MAR 237,7
ABR 141,6
OUT 145,2
NOV 241,6
DEZ 287,5
TOTAL (RP) 1603,0
ABC 1921545,00
RPT 3080236,64
Fonte: Dados Climatológicos da Região- Estação 83235

Sendo,
RPT: Reposição / Precipitação Total;
ABC: Área da Bacia de Contribuição;
RP = Reposição / Precipitação da região no período chuvoso;

Então temos:
RPT = RP x ABC
RPT = 1,603 m x 1.921.545 m²
RPT = 3.080.236,64 m³

14
Quadro 3: Dados de Evaporação

EVAPORAÇÃO MESES CHUVOSOS


MÊS EVAPORAÇÃO (mm)
JAN 85,0
FEV 78,0
MAR 80,0
ABR 100,2
OUT 160,7
NOV 103,3
DEZ 85,2
TOTAL (EV) 692,4
AI 42855,00
EVT 29672,80
Fonte: Dados Climatológicos da Região- Estação 83235
sendo:
EVT = Evaporação Total;
EV = Evaporação da região no período de chuva;
A.I = Área de Inundação;
Então temos:
EVT = EV x A.I
EVT= 0,6924 m x 42.855 m²= 29.672,80 m3

Quadro 4: Volume de entrada pelo córrego

CÁLCULO DO VOLUME DE ENTRADA PELO CÓRREGO MESES CHUVOSOS


MÊS ENTRADA DIÁRIA (M³) DIAS ENTRADA MENSAL (M³)
JAN 5901,12 31 182934,72
FEV 5901,12 29 171132,48
MAR 5901,12 31 182934,72
ABR 5901,12 30 177033,60
OUT 5901,12 31 182934,72
NOV 5901,12 30 177033,60
DEZ 5901,12 31 182934,72
TOTAL 1256938,56

15
Considerando a vazão de descarga a jusante sendo 0,0342 m³/s, obteve o quadro
abaixo.

Quadro 5: Volume de saída a jusante

CÁLCULO DO VOLUME DE DESCARGA A JUSANTE MESES CHUVOSOS


MÊS SAÍDA DIÁRIA (M³) DIAS SAÍDA MENSAL (M³)
JAN 2954,88 31 91601,28
FEV 2954,88 29 85691,52
MAR 2954,88 31 91601,28
ABR 2954,88 30 88646,40
OUT 2954,88 31 91601,28
NOV 2954,88 30 88646,40
DEZ 2954,88 31 91601,28
TOTAL 629389,44
De acordo com o planejamento da atividade de mineração desenvolvida no
empreendimento estima-se um consumo médio na ordem de 150 m3/h em uma jornada
de 20 horas por dia o que totaliza 3000 m3/dia, conforme quadro abaixo.

Quadro 6: Consumo hídrico do empreendimento

CONSUMO MESES CHUVOSOS (150 M³/HORA)


MÊS SAÍDA DIÁRIA (M³) DIAS SAÍDA MENSAL (M³)
JAN 3000 31 93000
FEV 3000 29 87000
MAR 3000 31 93000
ABR 3000 30 90000
OUT 3000 31 93000
NOV 3000 30 90000
DEZ 3000 31 93000
TOTAL 639000

Diante dos dados acima detalhados, obteve - se o saldo do balanço hídrico nos
meses chuvosos através da subtração dos volumes de entrada pelos volumes de saída, o

16
que conclui-se que após os meses chuvosos a represa ficará com saldo positivo de
327.857,87 m³ de água, conforme o quadro abaixo.

Quadro 7: Resumo do balanço hídrico do empreendimento nos meses chuvosos

BALANÇO HÍDRICO MESES CHUVOSOS


ITEM VOLUME (M³)
CÓRREGO 1256938,56
VOLUME DE ENTRADA PRECIPITAÇÃO 3080236,64
VOLUME TOTAL DE ENTRADA 4337175,20
DESCARGA A JUSANTE 629389,44
EVAPORAÇÃO 29672,80
CONSUMO 639000
VOLUME DE SAÍDA EXTRAVASOR 2711255,09
VOLUME TOTAL DE SAÍDA 4009317,33
SALDO = (VOLUME DE ENTRADA - VOLUME DE SAÍDA) 327857,87

6.3.2 Meses de Seca

Segundo dados climatológicos da região a precipitação total nos meses de seca


(maio a setembro) é de 62,5 mm, conforme pode ser constatado no quadro abaixo.

Quadro 8: Dados de Precipitação

REPOSIÇÃO/ PRECIPITAÇÃO MESES DE SECA


MÊS REPOSIÇÃO/ PRECIPITAÇÃO (mm)
MAI 22,1
JUN 5,1
JUL 2,3
AGO 3,3
SET 29,7
TOTAL (RP) 62,5
ABC 1921545,00
RPT 120096,56
Fonte: Dados Climatológicos da Região- Estação 83235

17
Sendo,
RPT: Reposição / Precipitação Total;
ABC: Área da Bacia de Contribuição;
RP = Reposição / Precipitação da região no período seco;

Então temos:
RPT = RP x ABC
RPT = 0,0625 m x 1.921.545 m²
RPT = 120.096,56 m³

Quadro 9: Dados de Evaporação

EVAPORAÇÃO MESES DE SECA


MÊS EVAPORAÇÃO (mm)
MAI 143,9
JUN 184,9
JUL 223,9
AGO 269,5
SET 257,0
TOTAL (EV) 1079,2
AI 42855,00
EVT 46249,12
Fonte: Dados Climatológicos da Região- Estação 83235

sendo:
EVT = Evaporação Total;
EV = Evaporação da região no período de seca;
A.I = Área de Inundação;

Então temos:
EVT = EV x A.I
EVT= 1,0792 m x 42.855 m²= 46.249,12 m3

18
Quadro 10: Volume de entrada pelo córrego

CÁLCULO DO VOLUME DE ENTRADA PELO CÓRREGO MESES DE SECA


MÊS ENTRADA DIÁRIA (M³) DIAS ENTRADA MENSAL (M³)
MAI 5901,12 31 182934,72
JUN 5901,12 30 177033,60
JUL 5901,12 31 182934,72
AGO 5901,12 31 182934,72
SET 5901,12 30 177033,60
TOTAL 902871,36

Considerando a vazão de descarga a jusante sendo 0,0342 m³/s, obteve o quadro


abaixo.

Quadro 11: Volume de saída à jusante

CÁLCULO DO VOLUME DE DESCARGA A JUSANTE MESES DE SECA


MÊS SAÍDA DIÁRIA (M³) DIAS SAÍDA MENSAL (M³)
MAI 2954,88 31 91601,28
JUN 2954,88 30 88646,40
JUL 2954,88 31 91601,28
AGO 2954,88 31 91601,28
SET 2954,88 30 88646,40
TOTAL 452096,64

De acordo com o planejamento da atividade de mineração desenvolvida no


empreendimento estima-se um consumo médio na ordem de 150 m3/h em uma jornada
de 20 horas por dia o que totaliza 3000 m3/dia, conforme quadro abaixo.

19
Quadro 12: Consumo hídrico do empreendimento

CONSUMO MESES DE SECA (150 M³/HORA)


MÊS SAÍDA DIÁRIA (M³) DIAS SAÍDA MENSAL(M³)
MAI 3000 31 93000
JUN 3000 30 90000
JUL 3000 31 93000
AGO 3000 31 93000
SET 3000 30 90000
TOTAL 459000

Diante dos dados acima detalhados, obteve - se o saldo do balanço hídrico nos
meses secos através da subtração dos volumes de entrada pelos volumes de saída, o que
conclui - se que após os meses de seca a represa ficará com saldo positivo de 65.622,17
m³ de água. Esse será o volume de água contido no reservatório após os meses de seca,
sendo este valor excedente, uma margem de segurança para evitar falta de água no
empreendimento. Fato este justifica a necessidade do volume total projetado da represa
para suprir a demanda hídrica da atividade de mineração no empreendimento, conforme
o quadro abaixo.

Quadro 13: Resumo do balanço hídrico do empreendimento nos meses de seca

BALANÇO HÍDRICO MESES DE SECA


ITEM VOLUME (M³)
CÓRREGO 902871,36
VOLUME DE ENTRADA PRECIPITAÇÃO 120096,56
VOLUME TOTAL DE ENTRADA 1022967,92
DESCARGA A JUSANTE 452096,64
EVAPORAÇÃO 46249,12
VOLUME DE SAÍDA CONSUMO 459000
VOLUME TOTAL DE SAÍDA 957345,76
SALDO = (VOLUME DE ENTRADA - VOLUME DE SAÍDA) 65622,17

20
6.4 MEMORIAL DE CÁLCULO

6.4.1 Vazão Máxima do Projeto

Qmax = (C.I.A/360)x c
c = 0,26 = coeficiente de retardamento
Qmax = ((0,30 x 0,00041 x 1.921.545 m²) / 360) x 0,26
Qmax = 0,17 m³/s

6.4.2 Dimensionamento da Estrutura Extravasora

O Vertedouro / Extravasor tem a finalidade de escoar a vazão máxima de cheia.


Neste caso será reconstruído um extravasor no meio da Barragem. O mesmo foi
projetado com largura de 6 metros e profundidade de 1, 45 metro.

6.4.3 Dimensionamento da Estrutura de Descarga para a Jusante

A estrutura de descarga será constituída com tubos de P.V.C, PN = 150 e DN


250, sendo a vazão controlada por registro de gaveta de mesmo diâmetro, cuja a vazão
máxima será:
𝑄𝑚𝑎𝑥𝐷 = A. C. 2. g. h

𝑄𝑚𝑎𝑥𝐷 = (0,25) . 𝜋 /4 . 0,81 2 . 9,81 . 3,56


QmaxD = 0,3323 m3/s = 332,3 ℓ/s

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O diagnóstico ambiental tem como objetivo apresentar os principais elementos


do meio físico, biótico e sócio - econômico passíveis de modificações com a
implantação e operação do empreendimento.

21
7.1 Meio Físico

7.1.1 Geologia

A geologia do estado do Tocantins são: Latossolo Amarelo (LA), Latossolo


Vermelho-Amarelo (LV), Latossolo Vermelho-Escuro (LE), Latossolo Roxo (LR), Podzólico
Vermelho-Amarelo (PV), Podzólico Vermelho-Escuro (PE), Cambissolo (C), Plintossolo (PT),
Glei Pouco-Húmico (HGP), Areia Quartzosa Hidromórfica (HAQ), Areia Quartzosa (AQ), Solo
Litólico (R) e Plintossolo Pétrico (PP).

7.1.2 Solos

Os solos predominantes na região em estudo são classificados em Cambissolos,


Neossolos, Latossolos, Gleissolos e Plintossolos (EMBRAPA, 1999), conforme a
distribuição contida Figura 5. Segundo as análises físico-químicas, os solos apresentam
em sua maioria um horizonte superficial pouco desenvolvido e de textura variando de
média a arenosa.

Figura 5: Mapa das classes de solos identificados no Município XXXX.

22
7.1.3 Relevo

De acordo com SEPLAN (1999) são encontrados na região duas formas de


relevo que são classificadas como Formas Estruturais e Tipos de Dissecação.

7.1.4 Declividade

A área estudada está sobre uma superfície extremamente aplainada ocorrem,


localmente, elevações isoladas de porte considerável, como o Morro do Socavão, que
alcança até cerca de 300m acima da planície regional.
De acordo com levantamento de campo a declividade do terreno está entre 15%
e 30 %, com predominância de áreas inclinadas a fortemente inclinadas, cujo o
escoamento superficial é rápido a muito rápido.

7.1.5 Climatologia

O clima da região em estudo é classificado em C2rw’a’ – clima úmido subúmido


com moderada deficiência hídrica no inverno, evapotranspiração potencial média anual
de 1.500mm, distribuindo-se no verão em torno de 420 mm ao longo de três meses
consecutivos com temperatura mais elevada. A temperatura média anual é de 27º e duas
estações climáticas bem definidas. As chuvas se concentram nos meses de outubro e
março quando os índices pluviométricos mensais podem atingir 410 mm, enquanto que
nos meses de abril e setembro são caracterizados pela ocorrência de um período de
estiagem (Tocantins, 2005).

7.1.6 Hidrografia

A área do projeto pertence ao sistema hidrográfico do Rio Tocantins e a Bacia


Hidrográfica do Rio XXXX. O curso de água onde será realizado a obra é denominado
como Córrego XXXX, figura 6.

23
Figura 6: Córrego XXXX

7.2 Meio Biótico

7.2.1 Flora

A maior parte do Estado do Tocantins (87,8%) está inserida no bioma Cerrado,


como pode ser observado na Figura 7 (TOCANTINS, 2002).
A região de Cerrado é caracterizada por formações herbáceas intercaladas por
plantas lenhosas que variam do porte arbustivo até arbóreo, em diferentes densidades,
entrecortadas por matas de galeria (RADAMBRASIL, 1981).
Em relação à vegetação, é uma região com predominância de vegetação
xeromorfa aberta, dominada e marcada por um estrato herbáceo. Ela ocorre em quase
todo o Estado, preferencialmente em clima estacional (mais ou menos 6 meses secos),
sendo encontrada também em clima ombrófilo, quando obrigatoriamente reveste solos
lixiviados e/ou aluminizados,(EMBRAPA, 1999).

24
Figura 7: Mapa ilustrativo da vegetação potencial do Tocantins
Fonte: EMBRAPA Monitoramento por Satélite/TO

A área em estudo localiza-se em uma região de Cerradão, sendo caracterizada


pela fitofisionomia de Cerrado Sentido Restrito Denso e Típico, a figura 8 mostra como
é a vegetação local, e na tabela 3 estão as principais espécies encontradas no local do
empreendimento de acordo com inventário florestal realizado em campo.

Figura 8: Flora local

25
Figura 9: Flora local

Tabela 3: Lista das principais espécies encontradas na região do empreendimento

NOME COMUM NOME CIENTÍFICO


Açoita Cavalo Luehea paniculata
Algodoeiro Ceiba boliviana
Almesca Trattinickia rhoifolia Willd.
Amarelão Vochysia haenkeana (Spreng.) Mart.
Angelim Andira inermis
Araçá Psidium firmum
Aroeira Myracrodruon urundeuva
Ata Menju Duguetia lanceolata St. Hil.
Bacupari Salacia crassifolia
Buriti Mauritia flexuosa L.f.
Buritirana Mauritiella armata (Mart.) Burret
Cabeça De Arara Anona crassiflora Mart.
Cachamorra Sclerolobium paniculatum
Cajú Anacardium occidentale L.
Canjerana Cabralea canjerana
Caraíba Tabebuia aurea
Carvoeiro Sclerolobium paniculatum
Casco D'anta Hortia arborea Engl.
Catuaba Anemopaegma arvense
Cega Machado Physocalymma scaberrimum Pohl
Coração De Nego Piptocarpa rotundifolia

26
NOME COMUM NOME CIENTÍFICO
Creolí Siphoneugema sp
Embaúba Cecropia pachystachya Trec.
Farinha Seca Albizia haslerii
Faveira Dimorphandra mollis
Folha Larga Salvertia convallariaeodora St. Hil.
Folha Lisa Não identificada
Garroteiro Terminalia argentea Mart. et Succ.
Gonçalo Alves Astronium fraxinifolium
Grão De Galo Cordia superba Cham.
Grudento Não identificada
Imbiruçú Pseudobombax tomentosum
Ingá Inga sp.
Jacarandá Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers.
Jacaré Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Mcabr.
Jatobá Hymenaea courbaril L.
Jequitibá Cariniana rubra Gardner ex Miers
Landi Calophillum brasiliensis Camb.
Laranjinha Esenbeckia febrifuga (A.St.Hil) A.Juss.
Louro Cordia sellowiana Cham.
Maçaranduba Pouteria sp.
Mamoninha Mabea fistulifera Mart.
Manga Não identificada
Mata Cachorro Simarouba versicolor St. Hil.
Mijo De Guará Austroplenckia populnea (Reiss.) Lund.
Mirindiba Buchenavia tomentosa Eicheir.
Murici Byrsonima spicata (Cav.) H.B.K.
Oiti Couepia grandiflora
Olho De Boi Diospyros hispida DC.
Pacari Lafoensia pacari
Paineira Ceiba boliviana Britten & E.G.Baker
Paratudo Acosmium dasycarpum
Patí Syagrus sp.

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NOME COMUM NOME CIENTÍFICO
Pau D'água Vochysia thyrsoidea Pohl.
Pau De Brinco Connarus suberosus Planch.
Pau De Leite Himatanthus obovatus (M. Arg.) Wood.
Pau Doce Vochysia cinnamomea Pohl
Pau D'óleo Copaifera langsdorffil Desf.
Pau Pombo Hirtella ciliata Mart. & Zucc.
Pau Terra Qualea parviflora Mart.
Pau Terra Folha Larga Qualea grandiflora Mart.
Pequi Caryocar brasiliense Camb.
Periquiteira Trema micratha (L.) Blum.
Peroba Aspidosperma macrocarpon Mart.
Pindaíba Xylopia aromatica
Pinha Não identificada
Pitomba Talisia esculenta (St. Hill.) Radik.
Remela De Galinha Coccoloba molis Casar.
Sabugueiro Não identificada
Sambaíba Curatella americana L.
Sucupira Amarela Pterodon polygalaeflorus (Benth.) Benth.
Sucupira Preta Bowdichia virgilioides
Taipoca Tabebuia ochracea (Cham.) Standl.
Tingui Magonia pubescens St.Hil.

7.2.2 Fauna

A fauna da área estudada, por estar inserida na região dos cerrados, compõe-se
de espécies que ocorrem ordinariamente neste bioma, domínio este que abrange
habitantes variados.
A fauna do cerrado brasileiro é bem diversificada. Há 837 espécies de aves e 161
de mamíferos. Entre os insetos há milhares de espécies, entre elas em torno de 90
espécies de cupins e 1.000 de borboletas.
Entre os vertebrados os mais conhecidos são: a jibóia, a cascavel, jararaca, o
teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu rei, as
araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu peba, o tatu galinha, o tatu canastra, o

28
tamanduá-mirim, tamanduá-bandeira, o veado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro do
mato, o lobo guará, a jaratataca, o gato mourisco, e raramente a onça pintada e a onça
parda.
A fauna existente na área de estudo é típica do cerrado, os funcionários do local
citaram as espécies mais vistas por eles, os principais indivíduos são: entre os
mamíferos, veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) como mostra a figura 10, bugio
(Alouatta caraya), quati (Nasua nasua), raposa (Pseudalopex vetulus), tatupeba
(Eupharactus sexcinctus) e tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla), tamanduá
mirim (Tamandua tetradactyla). Os répteis são freqüentemente presentes através da
jibóia (Boa constrictor), cascavel (Crotalus durissus), jararaca (Bothrops jararaca) e
lagarto teiú (Tupinambis teguixim).

Figura 10: fotografia de pegadas de veado na área do empreendimento

Entre as aves destacam-se a ema (Rhea americana), seriema (Cariama cristata),


urubu comum (Coragyps atratus) e papagaios (Amazona aestiva), garças (Ardea cocoi),
periquitos (Brotogeris tirica), araras (Psitaciformes), entre outros.
No curso de água onde será feito a obra podemos observar que ocorrem apenas
espécies de peixes de pequeno porte.

29
7.3 Meio Antrópico

7.3.1 Aspecto Sócio Econômico

O município XXXX possui população de 8.887 habitantes, dos quais 28%


residem na zona rural, sendo a grande maioria compostas por pequenos produtores
(IBGE-2004), cujas principais atividades são a pecuária extensiva, com gado de aptidão
mista (leite e corte), e os cultivos de arroz, mandioca e milho, em sistema de consórcio,
em roça de toco. O uso e ocupação do solo estão demonstrados na figura 9, abaixo.

Figura 11: Mapa Temático de Uso e Ocupação do Solo.


Fonte: EMBRAPA Monitoramento por Satélite/TO

8. ETAPAS E PROCESSOS DO EMPREENDIMENTO

8.1 Caracterização da Fase de Planejamento

Na fase de planejamento é realizada a escolha do local para ser construído o


barramento, levando em consideração o fator econômico, a logística e o meio ambiente,
30
posteriormente são realizados estudos de dimensionamento da obra civil e os estudos
ambientais objetivando o licenciamento ambiental da atividade junto ao órgão
ambiental. Somente após a emissão das licenças ambientais é que se iniciarão as obras
de instalação.

8.2 Caracterização da Fase de Instalação

A primeira etapa da instalação é a limpeza da área destinada à construção, ou


seja, supressão da vegetação nativa que totaliza 4,2855 hectares, esta fase somente terá
início após emissão da Autorização da Exploração Florestal – AEF. O processo de
desmatamento será realizado com o auxílio de trator e moto-serra, todo o material
lenhoso (raízes, galhos e troncos) presente na área de alagamento será retirado e
enleirado em uma área de empréstimo para posterior utilização.
A barragem será construída utilizando-se de material de corte (solo e sub-solo)
oriundo das áreas de empréstimo, localizadas no próprio imóvel. O total de material a
ser utilizado é de aproximadamente 70.2041,20 m³. Segue abaixo o mapa e a tabela de
coordenadas da área de empréstimo.

Figura 12: Mapa da área de empréstimo

31
As áreas de empréstimo totalizam 4,0960 hectares.

Tabela 4: Coordenadas das áreas de empréstimo

Coord. Dos Pontos da Área de Empréstimo – SAD 69, Zona 23L


Pontos X Y
P.01 XXXX XXXX
P.02 XXXX XXXX
P.03 XXXX XXXX
P.04 XXXX XXXX
P.05 XXXX XXXX
P.06 XXXX XXXX
P.07 XXXX XXXX
P.08 XXXX XXXX
P.09 XXXX XXXX
P.10 XXXX XXXX
P.11 XXXX XXXX
P.12 XXXX XXXX
P.13 XXXX XXXX
P.14 XXXX XXXX
P.15 XXXX XXXX
P.16 XXXX XXXX
P.17 XXXX XXXX

A construção do barramento obedecerá ao projeto de dimensionamento civil e os


estudos ambientais aprovados pelos órgãos competentes.
Para a realização das obras de instalação o empreendedor manterá contratos em
regime de Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), uma equipe de 13 funcionários,
com uma carga horária diária de trabalho de oito horas, no qual o horário de trabalho
será de 8:00 h às 12:00h e das 14:00h as 18:00h.
Os recursos financeiros a serem utilizados na referida obra trata-se de recursos
financeiros próprio.
A assistência técnica por profissional habilitado, no caso engenheiro civil, é
permanente.

32
Os equipamentos a serem utilizados na fase de implantação do projeto são: 1
Patrol 120H; 1 Rolo Compactador Vap – 70; 1 Escavadeira hidráulica marca Komatsu
PC 200 equipada adequadamente para este tipo de serviço; 1 Trator de esteira SD-170; 1
Trator de pneu com grade; 2 Caminhão pipa Mercedes; 3 Caminhão Caçamba.
Para suprir as necessidades das frentes de serviço serão utilizados banheiros já
existentes na sede do imóvel. Os banheiros possuem fossa séptica, como pode ser
observado na figura 12.

Figura 13: Fossa séptica

Com relação à geração de resíduos sólidos nessa fase do empreendimento, os


mesmos serão periodicamente acondicionados em sacos plásticos e colocados em uma
estrutura elevada para que animais ou vetores não possam ter acesso aos mesmos, figura
13, todos os dias em determinado horário um carro faz a coleta desses resíduos e os
encaminham para a vala séptica que fica afastada do alojamento, evitando assim a
presença de vetores.

Figura 14: Resíduos sólidos

33
8.3 Caracterização da Fase de Operação

Durante a fase de operação são necessárias algumas medidas para que haja o
perfeito funcionamento da barragem evitando assim possíveis acidentes e/ou incidentes.
Essas medidas são:
 Manter os taludes da barragem- montante e jusante- sempre cobertos de grama
ou capim nativos, a fim de evitar erosões provenientes de precipitações;
 Conservar a barragem sempre limpa de vegetação arbustiva ou outras de porte
médio, que normalmente se desenvolvem durante o período chuvoso, o que viria criar
situações futuras desfavoráveis, pelo prolongamento de suas raízes;
 Não permitir, por hipótese alguma, a presença de formigueiros no corpo da
barragem, providenciando de imediato, a sua total extinção, antes que cheguem a se
desenvolver e criar condições piores com riscos sérios à segurança da obra;
 Observar se existe algum deslizamento ou queda dos taludes, e se há fendas
rachaduras a ser aterradas ou fechadas, pois qualquer anomalia que apareça neste
sentido, por ocasião de fortes chuvas, deve ser corrigida imediatamente;
 Observar também a cota original da barragem, isto é se não houver abatimento
ao longo de sua extensão e se o nível da mesma permanece inalterado. Caso negativo,
deve ser verificado o local que abateu, colocando, com urgência, material argiloso nesse
local, devidamente compactados, segundo os critérios de construção já mencionados;
 Conservar o extravasor inteiramente desobstruído, eliminando toda a vegetação
existente retirando, também, as pedras e terras que porventura ali se depositarem em
conseqüência de desmoronamento dos cortes;
 Não consentir que se façam cercas de arame, de varas, de arbustos ou outros
tipos quaisquer de cercados dentro do extravasor, costumeiramente usados para
impedimento a passagem de animais, pois tais, construções, promoverão a retenção dos
flutuadores trazidos pelas águas de sangria, tais como pequenas árvores, ramos e
balseiros ocasionando, assim outra barragem no próprio sangradouro, pondo em perigo
a segurança total da obra;
 Se a parte de montante (face molhada de barragem) fica a ação de ventos fortes,
pode ocorrer incidência de ondas constantes, sobre o maciço de terra, constituindo,
deste modo, um problema relativamente sério, pois, o movimento incessante da água
(dia e noite), por ação dos ventos, provocará erosões na barragem, ao longo do nível

34
d’água, as quais deverão ser evitadas e corrigidas com a devida urgência. Nesses casos
aconselhamos a manutenção no rip-rap para que não ocorram danos no talude de
montante;
 Pelas características do solo, da água e o fato da água ter uma saída direta pelos
dispositivos hidráulicos a tendência de salinização é baixa. Fazer monitoramento da
água para evitar a salinização.

9. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS DE


CONTROLE

Conforme a Resolução CONAMA n° 01/86 impacto ambiental é “qualquer


alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadas
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que direta
ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades
sociais e econômicas, a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a
qualidade dos recursos ambientais’’.

9.1 Metodologia de Identificação de Impactos

O presente projeto adotou como metodologia de identificação de impactos


ambientais o “Check List”. Tal método consiste na identificação e descrição dos
impactos e ações mitigadoras, a partir da diagnose ambiental dos meios físicos, bióticos
e antrópicos. Serão relacionados os impactos decorrentes das fases de implantação e
operação do empreendimento, categorizando-os em positivos e negativos.
Todos os impactos identificados para os meios físico, biótico e antrópicas, nas
distintas fases de planejamento, implantação e operação do empreendimento, estão
relacionadas com as devidas medidas mitigadoras e o responsável pela implantação, ou
seja, cronograma de execução, apresentados nos quadros a seguir.

35
9.1.1 Meio Físico

Atividade Atividade/Ação Impacto Classificação Ação Mitigadora Responsável

Fase Impactante

Desmatamento - Redução da proteção Negativo - O desmatamento se faz necessária para Empreendedor


natural do solo; a preservação da qualidade da água
- Diminuição do habitat represada, visando evitar a eutrofização
natural da fauna e pelo apodrecimento da vegetação que
diminuição da diversidade da seria inundada;
flora - Desmatar de forma que permita o
afugentamento da fauna.

Movimento de -Geração de ruídos, poeiras Negativo - Manutenção dos veículos e Empreendedor


Instalação

Supressão veículos e vibrações; equipamentos para evitar possíveis


da - redução da qualidade do ar vazamentos de óleos e graxas, reduzir
vegetação por emissão de gases e emissão de gases poluentes e redução
nativa partículas; de ruídos.
- Possível contaminação do
solo por óleos e graxas
Terraplanagem -Geração de ruídos, Negativo - Atividade necessária à execução das Empreendedor
vibrações, poeiras e obras, considerado impacto temporário.
movimentação do solo;

Geração de Possível contaminação do Negativo - Próximo ao local do empreendimento Empreendedor

36
resíduos sólidos solo e da água existe edificações para apoio a obra,
e líquido pelos onde há sanitários com respectiva fossa
operários séptica;
- Os resíduos sólidos gerados são
coletados em sacos plásticos e dispostos
em valas sépticas.
Alagamento Carreamento de Redução da qualidade da Negativo -Evitar o alagamento de áreas indevidas; Empreendedor
material água - Retirar antes do alagamento matéria
presente no solo orgânica presente no solo.
Evaporação da Aumento da umidade do ar Positivo - Manter preservada a vegetação do Empreendedor
água entorno da área contribuindo para a
formação de micro clima local
Abastecimento Aumento na quantidade de Positivo - Manter preservada a vegetação do Empreendedor
Operação

do Lençol água subterrânea entorno da área


Acumulação Freático
de Água Diminuição da Possível alteração da Negativo - Construir sistema de vertedouro Empreendedor
velocidade da qualidade da água extravazor permitindo o fluxo hídrico
água

37
9.1.2 Meio Biótico

Atividade Atividade/Ação Impacto Classificação Ação Mitigadora Responsável

Fase Impactante

Movimento de -Emigração da fauna local; Negativo - Promover o afugentamento da fauna; Empreendedor


veículos -Aumento na mortalidade da - Preservar as áreas com vegetação
fauna local nativa no entorno.
Instalação

Supressão Retirada de -Diminuição na diversidade Negativo - Não desmatar sem autorização dos Empreendedor

da material lenhoso da flora órgãos ambientais;

vegetação -Diminuição do habitat - Realizar desmatamento somente em

nativa natural da fauna. locais necessários;


- Preservar as áreas com vegetação
nativa próximas da região.

Perda das -Diminuição da capacidade Negativo - Obedecer ao projeto de Empreendedor


Operação

características de regeneração natural da dimensionamento, evitando alagamento


naturais do solo flora em áreas indevidas.

38
Perenização do -Aumento no Habitat da Positivo - Não realizar pesca predatória; Empreendedor
curso de água ictiofauna - Não realizar caça predatória.
Acumulação - Possibilidade de EM cima ta dizendo que não há presença ...
de Água Dessedentação dos animais
- Aumento da diversidade da
ictiofauna
Aumento do - Maior disponibilidade Positivo - Só desmatar o necessário; Empreendedor
lençol freático hídrica para a flora - Não realizar desmatamento ilegal;
- Preservar a vegetação nativa da área
de preservação permanente da represa.

39
9.1.3 Meio Antrópico

Atividade Atividade/Ação Impacto Classificação Ação Mitigadora Responsável

Fase Impactante

- Geração de emprego - Contratar de mão de obra local; Empreendedor


- Contratar os trabalhadores de maneira
Positivo formal, com pagamento de direitos
trabalhistas.
Contratação de
pessoal - Possibilidade de - Exigir o uso de equipamentos de Empreendedor
Implantação de acidentes com o pessoal proteção individual – EPI;
Instalação

obras de infra- contratado Negativo - Orientar os trabalhadores quanto aos


estrutura riscos de acidentes.

Comercialização - Aquecimento da - Recomenda-se a aquisição de todo Empreendedor


de material economia; material, com solicitação de nota fiscal e
- Geração de tributos. Positivo preferencialmente adquirida no comércio
local e regional.

- Valorização ambiental e - Preservar o meio ambiente; Empreendedor


Aumento da econômica do imóvel; - Fazer monitoramento constante na
Operação

Funcionamento
disponibilidade - Aumento na qualidade Positivo estrutura da barragem
da Barragem
de água de vida.

40
- Aumento na - Restringir o acesso a represa somente Empreendedor
possibilidade de Negativo para pessoas autorizadas;
afogamento
Viabilização de - Geração de emprego e - Instalar empreendimentos de forma Empreendedor
atividades com renda; Planejada, legal e respeitando o meio
demanda - Dinamização da Positivo ambiente
hídrica economia.

41
9.1.4 Cronograma de Execução das Ações Mitigadoras

Fase Ação Mitigadora Mês


- Desmatamento Maio
- Manutenção dos veículos Maio - Junho

- Terraplanagem - atividade necessária à execução das obras, Maio - Junho


considerado impacto temporário.
- Efluentes líquido dispostos em fossa séptica; Sempre
- Os resíduos sólidos são dispostos em valas sépticas.
- Evitar o alagamento de áreas indevidas; Maio
- Retirar antes do alagamento matéria orgânica presente no solo.
- Promover o afugentamento da fauna; Maio
- Preservar as áreas com vegetação nativa no entorno.
Instalação

- Não desmatar sem autorização dos órgãos ambientais; Maio


- Realizar desmatamento somente em locais necessários;
-Preservar as áreas com vegetação nativa próximas da região.

- Contratar de mão de obra local; Maio - Junho


- Contratar os trabalhadores de maneira formal, com pagamento
de direitos trabalhistas.

- Exigir o uso de equipamentos de proteção individual – EPI; Maio - Junho


- Orientar os trabalhadores quanto aos riscos de acidentes.

- Recomenda-se a aquisição de todo material, com solicitação de Maio - Junho


nota fiscal e preferencialmente adquirida no comércio local e
regional.

- Manter preservada a vegetação do entorno da área contribuindo Sempre


para a formação de micro clima local
- Construir sistema de vertedouro extravazor permitindo o fluxo Junho
hídrico

- Obedecer ao projeto de dimensionamento, evitando alagamento Junho


em áreas indevidas.
Operação

- Não realizar pesca predatória; Sempre


- Não realizar caça predatória.

- Preservar o meio ambiente; Sempre


- Fazer monitoramento constante na estrutura da barragem
- Restringir o acesso a represa somente para pessoas autorizadas; Sempre

- Instalar empreendimentos de forma Planejada, legal e Sempre


respeitando o meio ambiente

10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E ESTIMATIVA DE CUSTO

O empreendimento será construído em três etapas, planejamento, instalação e


operação, tendo como primeiro mês de atividade novembro de 2020, obedecendo o
cronograma do quadro abaixo.

42
Quadro 14: Cronograma de Execução da Obra

2020
AÇÕES PROPOSTAS
jan fev mar abr mai jun jul

Elaboração do estudo de dimensionamento


PLANEJAMENTO

Elaboração do Estudo Ambiental

Obtenção das Licenças ambientais

Supressão da Vegetação
INSTALAÇÃO

Construção do Barramento

Alagamento
OPERAÇÃO

Funcionamento da Barragem

O imóvel rural, Fazenda XXXX, possui os maquinários necessários para a


realização da obra, portanto, não haverá a necessidade de contratação dos mesmos. O
material a ser utilizado na obra será retirado do próprio local não havendo despesas em
relação a isto.
Estima-se que o valor total de custo da obra será de R$ 16.500,00 a descrição
desses custos segue no quadro abaixo.

Quadro 15: estimativa de custos.

Operador de Máquinas R$ 10.000,00


Ajudante R$ 1.500,00
Responsável Técnico pela Execução da Obra R$ 3.000,00
Combustível R$ 2.000,00
TOTAL R$ 16.500,00

43
11. BIBLIOGRAFIA

DAEE, Guia Prático para Projetos de Pequenas Obras Hidráulicas. São Paulo,
Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, 2005.

NUNES, J. A; Tratamento Físico-químico de Águas Residuárias. Departamento de


Engenharia Sanitária e Ambiental, UFMG, Minas Gerais, 1997,245p.

VON SPERLING, M; Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos.


Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, UFMG, Minas Gerais, 1996, 243 p.

TOCANTINS, Atlas do Tocantins – Subsidios ao planejamento da gestão territorial.


SEPLAN – 200

DAEE/CETESB Drenagem Urbana – Manual de Projeto. São Paulo, Departamento de


Águas e Energia Elétrica – DAEE e Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental - CETESB, 1980, 468p.

DAEE Manual de Cálculo de Vazões Máximas, Médias e Mínimas para as Bacias


Hidrográficas do Estado de São Paulo. São Paulo, Departamento de Águas e Energia
Elétrica - DAEE, 1994, 64p.

LINGLAY and FRANZINI. Engenharia de Recursos Hídricos. São Paulo, McGraw-Hill


do Brasil Ltda., 1978.

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