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Aula 02
Caracterı́sticas de Sistemas de Controle em Malha Fechada
2° Semestre de 2024
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Introdução
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Estabilidade
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Estabilidade
GC (s)GP (s)
T (s) =
1 + GC (s)GP (s)H(s)
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Critério de Routh-Hurwitz
onde a0 ̸= 0.
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Critério de Routh-Hurwitz
1 b1 bk+1
dk = − k = 1, 2, 3, · · ·
c1 c1 ck+1
Existem três casos possı́veis na aplicação do algoritmo:
Caso 1: Na aplicação do algoritmo não ocorre problemas;
Caso 2: Elemento da primeira coluna é zero e ao menos um elemento em
sua linha não é zero. Quando isso ocorre, em tese é impossı́vel continuar o
algoritmo pois as linhas subsequentes teriam divisão por zero. Trataremos
deste caso mais adiante.
Caso 3: Linha nula (todos os elementos de uma linha são nulos). Mesmo pro-
blema que o anterior, mas este caso indica que há a presença de um polinômio
par Qp (s) fatorando Q(s). Um polinômio par é aquele que só contém expo-
entes que são pares ou zero. Também trataremos deste caso mais adiante.
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Critério de Routh-Hurwitz – Explorando o Caso 2
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Critério de Routh-Hurwitz – Explorando o Caso 3
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Estabilidade
Exemplo 2.1
Considere que a equação caracterı́stica de três sistemas de controle são
dadas abaixo. Analise a estabilidade de cada um deles a partir do Critério
de Routh-Hurwitz.
Q1 (s) = s 3 + 6s 2 + 11s + 6
Q2 (s) = s 4 + 2s 3 + 3s 2 + 4s + 5
Q3 (s) = s 3 + 2s 2 + s + 2
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.1:
Começando por Q1 (s)
Q1 (s) = s 3 + 6s 2 + 11s + 6 .
Observe que todos os coeficientes de Q1 (s) possuem o mesmo sinal, o que é uma
condição necessária porém não suficiente para que Q1 (s) possua todas as raı́zes com
parte real negativa (no semiplano à esquerda no plano-s). A Tabela de Routh para
este caso é
s3 1 11
s2 6 6
s1 b1
s0 c1
Calculando-se os coeficientes
1 1 11 −(6 − 66)
b1 = − = = 10
6 6 6 6
1 6 6 −(0 − 60)
c1 = − = =6.
10 10 0 10
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Estabilidade
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.1:
Passando agora para Q2 (s)
Q2 (s) = s 4 + 2s 3 + 3s 2 + 4s + 5 .
Observe que todos os coeficientes de Q2 (s) possuem o mesmo sinal, o que é uma
condição necessária porém não suficiente para que Q2 (s) possua todas as raı́zes no
SPE. A Tabela de Routh para este caso é
s4 1 3 5
s3 2 4
s2 b1 b2
s1 c1
s0 d1
Calculando-se os coeficientes
1 1 3 −(4 − 6)
b1 = − = =1
2 2 4 2
1 1 5 −(0 − 10)
b2 = − = =5
2 2 0 2
1 2 4 −(10 − 4)
c1 = − = = −6 .
1 1 5 1
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.1:
Continuando
1 1 5 −(0 − (−30))
d1 = − = =5.
−6 −6 0 −6
A Tabela de Routh final então fica
s4 1 3 5
s3 2 4
s2 1 5
s1 −6
s0 5
Como não houve zero na primeira coluna, este é um Caso 1. Analisando-se a primeira
coluna da tabela, nota-se há uma troca de sinal da linha s 2 para a linha s 1 e uma
troca de sinal da linha s 1 para a linha s 0 .
Sendo assim, há duas trocas de sinal na primeira coluna, e então há duas raı́zes de
Q2 (s) com parte real positiva (no semiplano à direita no plano-s), e as outras duas
estarão então no SPE.
Conclui-se então que o sistema de controle com equação caracterı́stica Q2 (s) é
instável, devido à presença de raı́zes caracterı́sticas no semiplano à direita!
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.1:
Finalmente analisaremos Q3 (s)
Q3 (s) = s 3 + 2s 2 + s + 2 .
Observe que todos os coeficientes de Q3 (s) possuem o mesmo sinal, o que é uma condição
necessária porém não suficiente para que Q3 (s) possua todas as raı́zes no SPE. A Tabela
de Routh para este caso é
s3 1 1
s2 2 2
s1 b1
s0 c1
Calculando-se os coeficientes
1 1 1 −(2 − 2)
b1 = − = =0.
2 2 2 2
Perceba que devido ao fato da linha s 1 ser inteiramente formada pelo coeficiente b1 , e sendo
este nulo, temos uma fila nula, portanto um Caso 3. O polinômio par é então formado
pelos coeficientes da linha anterior
Qp (s) = 2s 2 + 2 .
Derivando-se Qp (s) fornece a nova linha s 1
dQp (s)/ds = 4s .
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.1:
Continuando
1 2 2 −(0 − 8)
c1 = − = =2.
4 4 0 4
A Tabela de Routh final então fica
s3 1 1
s2 2 2
s1 0
4
s0 2
Analisando-se a primeira coluna da tabela, nota-se quer todos os elementos são
positivos, e portanto não há troca de sinal. Logo, não há raı́zes de Q3 (s) no SPD.
No entanto, devido ao Caso 3 e consequentemente a presença de um polinômio par
fatorando Q3 (s), o fato de não haver raı́zes no SPD significa que há raı́zes sobre o
eixo-jω, neste caso sendo duas (dado que o polinômio par é de grau 2).
Conclui-se então que o sistema de controle com equação caracterı́stica Q3 (s) é
marginalmente estável (instável sob a definição de estabilidade BIBO), devido à
presença de raı́zes caracterı́sticas no eixo-jω!
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Estabilidade
Exemplo 2.2
Considere o seguinte sistema de controle, no qual
2
GP (s) = e H(s) = 1 .
s 3 + 4s 2 + 5s + 2
Utilizando-se um controlador GC (s) puramente proporcional, qual a faixa
de ganhos de KP para os quais o sistema é estável em malha fechada?
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.2:
O Exemplo 2.2 ilustra bem a aplicação tı́pica do Critério de Routh em sistemas
de controle: ao invés de analisarmos a estabilidade absoluta do sistema, queremos
uitilizar o critério para definir uma faixa de valores de uma variável de forma que o
sistema estável, no que é conhecido como estabilidade condicional.
Sabemos que a equação caracterı́stica em malha fechada da malha padrão é
1 + GC (s)GP (s)H(s) = 0 .
Substituindo-se os valores
2
1 + KP 1=0
s 3 + 4s 2 + 5s + 2
s 3 + 4s 2 + 5s + 2 + 2KP
=0
s 3 + 4s 2 + 5s + 2
s 3 + 4s 2 + 5s + 2 + 2KP = 0 .
Temos então que o polinômio caracterı́stico em malha fechada é
Q(s) = s 3 + 4s 2 + 5s + 2 + 2KP .
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Estabilidade
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.2:
Calculando-se os coeficientes
1 1 5 −(2 + 2KP − 20) 18 − 2KP
b1 = − = =
4 4 2 + 2KP 4 4
0 < KP < 9 .
Isto significa que qualquer valor de ganho proporcional entre 0 e 9 torna o sistema
em malha fechada estável!
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Estabilidade em Malha Fechada
Exemplo 2.3
Considere o seguinte sistema de controle, no qual
50
GP (s) = e H(s) = 0, 02 .
s(s + 1)
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.3:
Novamente, temos um exemplo parecido com o anterior, mas agora com duas
variáveis: KP e KI , os ganhos de um controlador PI.
Sabemos que a equação caracterı́stica em malha fechada da malha padrão é
1 + GC (s)GP (s)H(s) = 0 .
Substituindo-se os valores
KI 50
1 + KP + 0, 02 = 0
s s(s + 1)
KP s + KI 1
1+ =0
s s(s + 1)
KP s + KI
1+ 2 =0
s (s + 1)
s 2 (s + 1) + KP s + KI
=0
s 2 (s + 1)
s 3 + s 2 + KP s + KI = 0 .
Temos então que o polinômio caracterı́stico em malha fechada é
Q(s) = s 3 + s 2 + KP s + KI .
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Estabilidade
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Estabilidade
Resolução do Exemplo 2.3:
Calculando-se os coeficientes
1 1 KP −(KI − KP )
b1 = − = = KP − KI
1 1 KI 1
1 1 KI −(0 − KI b1 )
c1 = − = = KI .
b1 b1 0 b1
A Tabela de Routh final então fica
s3 1 KP
s2 1 KI
s1 KP − KI
s0 KI
Para se ter estabilidade é necessário que todas as raı́zes de Q(s) estejam no SPE,
e isto significa que não pode haver trocas de sinal na primeira coluna da tabela.
Portanto, temos que ter
KP − KI > 0 KI > 0 .
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Estabilidade
0 < KI < KP .
Isto significa que para quaisquer valores de ganho positivos de modo que KI seja
menor que KP estabiliza o sistema em malha fechada.
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Estabilidade
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Estabilidade
s b s 2 − b2 s
G (s) = c1 + c2 2 + c3 2 + c4 2 .
s2 +b 2 s +b 2 (s + b 2 )2 (s + b 2 )2
Consultando uma tabela de Transformadas de Laplace, no domı́nio do tempo tem-se
que
1
g (t) = c1 cos(bt) + c2 sin(bt) + c3 t cos(bt) + c4 t sin(bt) ,
2b
e, portanto, a resposta ao impulso conterá termos que tenderão ao infinito quando
t tender a infinito, tornando o sistema instável – independentemente de qualquer
entrada que seja aplicada. Por isto, fazemos a ressalva do sistema não conter pólos
repetidos sobre o eixo-jω. Caso houvesse, por exemplo, pólos de multiplicidade 3
sobre o eixo-jω, terı́amos termos t 2 cos(bt) e t 2 sin(bt) na resposta, e assim por
diante.
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Estabilidade
P(s) b bP(s)
Y (s) = G (s)U(s) = = 2 .
s 2 + b2 s 2 + b2 (s + b 2 )2
De maneira similar à vista anteriormente, a saı́da, no domı́nio do tempo, será com-
posta dos quatro termos
1
y (t) = c1 cos(bt) + c2 sin(bt) + c3 t cos(bt) + c4 t sin(bt) ,
2b
e, portanto, tenderá ao infinito quando t tender ao infinito. Desta forma, vimos
que uma entrada limitada em magnitude (uma senoide de frequência b – a mesma
dos pólos sobre o eixo-jω) gera uma saı́da ilimitada em magnitude. Este é o efeito
conhecido como ressonância.
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Sensibilidade
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Sensibilidade
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Sensibilidade
Exemplo 2.4
Considere o seguinte sistema de controle:
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Sensibilidade
∂T (s) GP (s)
SGTP = =
∂GP (s) T (s)
GC (s) (1 + GC (s)GP (s)H(s)) − GC (s)GP (s)GC (s)H(s) GP (s)
(1 + GC (s)GP (s)H(s))2 GC (s)GP (s)
1 + GC (s)GP (s)H(s)
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Sensibilidade
∂T (s) H(s)
SHT = =
∂H(s) T (s)
0 (1 + GC (s)GP (s)H(s)) − GC (s)GP (s)GC (s)GP (s) H(s)
(1 + GC (s)GP (s)H(s))2 GC (s)GP (s)
1 + GC (s)GP (s)H(s)
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Sensibilidade
Resolução do Exemplo 2.4:
Continuando
−GC 2 (s)GP 2 (s) H(s)
SHT = .
1 + GC (s)GP (s)H(s) GC (s)GP (s)
Finalmente
−GC (s)GP (s)H(s)
SHT = ,
1 + GC (s)GP (s)H(s)
onde o sinal de menos indica que um aumento/diminuição em H(s)
resulta em uma diminuição/aumento em T (s).
Vemos que para que a sensibilidade com respeito à planta seja pequena
o ganho da malha aberta (em módulo) GC (jω)GP (jω)H(jω) deve ser
grande, enquanto que para que a sensibilidade com respeito ao sensor
seja pequena o ganho da malha aberta (em módulo) GC (jω)GP (jω)H(jω)
deve ser pequeno. Logo, o sistema em malha fechada não pode ser in-
sensı́vel ao mesmo tempo em relação à planta e ao sensor.
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Sensibilidade
Exemplo 2.5
Considere o seguinte sistema de controle:
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Sensibilidade
Resolução do Exemplo 2.5:
Função de transferência em malha fechada
KP GP (s)
T (s) = .
1 + KP GP (s)Hk
∂T (s) KP
SKTP = =
∂KP T (s)
GP (s) (1 + KP GP (s)Hk ) − KP GP (s)GP (s)Hk KP
2 KP GP (s)
(1 + KP GP (s)Hk )
1 + KP GP (s)Hk
1 1 s +1
SKTP = = = .
1 + KP GP (s)Hk KP Hk s + K P Hk + 1
1+
s +1
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Sensibilidade
∂T (s) Hk
SHTk = =
∂Hk T (s)
0 (1 + KP GP (s)Hk ) − KP GP (s)KP GP (s) Hk
2 KP GP (s)
(1 + KP GP (s)Hk )
1 + KP GP (s)Hk
KP Hk
−KP GP (s)Hk − −KP Hk
SHTk = = s +1 = .
1 + KP GP (s)Hk K H
P k s + K P Hk + 1
1+
s +1
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Sensibilidade
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Sensibilidade
0.8
0.7
0.5
0.4
0.3
STK (jω)
P
0.2
STH (jω)
k
0.1
0 2 4 6 8 10 12
Frequência [rad/s]
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Rejeição de Distúrbios
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Rejeição de Distúrbios
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Erro em Regime Permanente
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Erro em Regime Permanente
A definição matemática de erro é
e(t) ≜ ru (t) − y (t) ,
onde e(t) é o sinal de erro, ru (t) é o sinal de referência para a saı́da e y (t) é o sinal
de saı́da.
Vamos dividir o estudo do erro em regime permanente em tempo contı́nuo em três
partes: malha com realimentação unitária, malha com realimentação não-unitária e
sistemas com distúrbios.
A ferramenta básica para o estudo do erro em regime permanente (steady-state) é
o Teorema do Valor Final
fss ≜ lim f (t) = lim sF (s) ,
t→∞ s→0
assumindo que fss exista e que F (s) não tenha pólos no SPD (incluindo o eixo
imaginário).
Logo, temos que o erro em regime permanente ess será
ess ≜ lim e(t) = lim sE (s) ,
t→∞ s→0
assumindo novamente que ess exista e que o sistema seja estável (E (s) não possui
pólos no SPD incluindo o eixo imaginário).
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
sN
ess = lim .
s→0 sN + K
Desta forma, concluı́mos que, quando aplicamos uma entrada de referência do tipo
degrau unitário
Se o sistema é do Tipo 0, o erro em regime permanente é finito e é dado por
1
;
1+K
Se o sistema é do Tipo 1 ou superior, o erro em regime permanente é nulo.
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
Vamos analisar o erro em regime permanente do sistema quando na entrada é
aplicada uma rampa unitária, ou seja
t , t≥0
ru (t) = .
0, t<0
s N−1
ess = lim .
s→0 sN + K
Desta forma, concluı́mos que, quando aplicamos uma entrada de referência do tipo
rampa unitária:
Se o sistema é do Tipo 0, o erro em regime permanente tende ao infinito (não
existe);
Se o sistema é do Tipo 1, o erro em regime permanente é finito e é igual a
1
;
K
Se o sistema é do Tipo 2 ou superior, o erro em regime permanente é nulo.
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
Vamos analisar o erro em regime permanente do sistema quando na entrada é
aplicada uma parábola unitária, ou seja
2
t ,
t≥0
ru (t) = 2 .
0, t<0
Vimos que o erro para rampa é finito e depende do ganho em malha aberta K para
um sistema do Tipo 1. Com isso, definimos a constante de erro de velocidade Kv
Vimos que o erro para parábola é finito e depende do ganho em malha aberta K
para um sistema do Tipo 2. Com isso, definimos a constante de erro de aceleração
Ka
Ka = lim s 2 GC (s)GP (s)
s→0
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
Se as entradas forem multiplicadas por uma constante A, a qual é
conhecida como amplitude da entrada, os erros que são finitos também
são multiplicados por A.
Tabela Resumo:
A
Tipo 0 ∞ ∞
1 + Kp
A
Tipo 1 0 ∞
Kv
A
Tipo 2 0 0
Ka
Tipo 3 0 0 0
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
Exemplo 2.6
Considere o seguinte sistema de controle:
5
Considerando GP (s) = , calcule o erro em regime permanente para as entradas degrau
s + 10
unitário, rampa unitária e parábola unitária se:
(a) GC (s) = 10;
5
(b) GC (s) = 10 + ;
s
1, 5s + 10
(d) GC (s) = ;
0, 3s + 1
5
(e) GC (s) = 10 + + 0, 2s.
s
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
50
L(s) = GC (s)GP (s) = .
s + 10
L(s) 50
T (s) = = .
1 + L(s) s + 60
50
Kp = lim GC (s)GP (s) = lim =5.
s→0 s→0 s + 10
1 1 1
ess = = = ≈ 0, 1667 .
1 + Kp 1+5 6
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
50s + 25
L(s) = GC (s)GP (s) = .
s (s + 10)
L(s) 50s + 25
T (s) = = .
1 + L(s) s 2 + 60s + 25
O sistema em malha fechada possui pólos em s1 = −59, 5804 e s2 = −0, 4196 e, portanto, é estável.
O sistema em malha aberta é do Tipo 1 e, portanto, em malha fechada apresentará erro em regime permanente
nulo para degrau, finito para rampa e infinito para parábola. Sendo assim, a constante de erro de velocidade Kv
é
50s + 25 −1
Kv = lim sGC (s)GP (s) = lim s = 2, 5 [s] .
s→0 s→0 s (s + 10)
1 1
ess = = = 0, 4 .
Kv 2, 5
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
s + 50
L(s) = GC (s)GP (s) = .
s + 10
L(s) 0, 5s + 25
T (s) = = .
1 + L(s) s + 30
s + 50
Kp = lim GC (s)GP (s) = lim =5.
s→0 s→0 s + 10
1 1 1
ess = = = ≈ 0, 1667 .
1 + Kp 1+5 6
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
7, 5s + 50
L(s) = GC (s)GP (s) = .
0, 3s 2 + 4s + 10
L(s) 7, 5s + 50
T (s) = = .
1 + L(s) 0, 3s 2 + 11, 5s + 60
O sistema em malha fechada possui pólos em s1 = −32, 1035 e s2 = −6, 2299 e, portanto, é estável.
O sistema em malha aberta é do Tipo 0 e, portanto, em malha fechada apresentará erro em regime permanente
finito para degrau e infinito para rampa e parábola. Sendo assim, a constante de erro de posição Kp é
7, 5s + 50
Kp = lim GC (s)GP (s) = lim =5.
s→0 s→0 0, 3s 2 + 4s + 10
1 1 1
ess = = = ≈ 0, 1667 .
1 + Kp 1+5 6
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
s 2 + 50s + 25
L(s) = GC (s)GP (s) = .
s (s + 10)
L(s) s 2 + 50s + 25
T (s) = = .
1 + L(s) 2s 2 + 60s + 25
O sistema em malha fechada possui pólos em s1 = −29, 5774 e s2 = −0, 4226 e, portanto, é estável.
O sistema em malha aberta é do Tipo 1 e, portanto, em malha fechada apresentará erro em regime permanente
nulo para degrau, finito para rampa e infinito para parábola. Sendo assim, a constante de erro de velocidade Kv
é
s 2 + 50s + 25 −1
Kv = lim sGC (s)GP (s) = lim s = 2, 5 [s] .
s→0 s→0 s (s + 10)
1 1
ess = = = 0, 4 .
Kv 2, 5
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Erro em Regime Permanente – Realimentação Unitária
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
Equacionando a malha de controle acima, vemos facilmente que a saı́da do subtrator E (s)
é
1
E (s) = R(s) [em unidades elétricas] .
1 + GC (s)GP (s)H(s)
O problema que surge quando há realimentação não-unitária é que a escala entre unidades
da saı́da e tensão não é “um para um”. Desta forma, a tensão de saı́da do subtrator não
representa o erro de fato, mas sim o erro entre a tensão de referência e a saı́da medida.
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
Vimos anteriormente como converter uma malha com realimentação não unitária
em uma malha com realimentação unitária, quando a largura de banda do sensor é
muito maior que a do sistema e podemos substituı́-lo pelo seu ganho Hk :
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
Desta forma, podemos estender toda a análise que fizemos na realimentação unitária
para a realimentação não-unitária, lembrando-se de que a entrada deve estar na
mesma unidade da saı́da e trocando-se GC (s)GP (s) por GC (s)GP (s)H(s).
Com isto, as constantes de erro são redefinidas:
Constante de erro de posição
Se um determinado erro é fixado e deseja-se saber qual deve ser a tensão aplicada
de modo a gerar o erro desejado, basta encontrar a entrada Ru (s) que gera tal erro
e então multiplicá-lo por Hk para se ter a tensão desejada.
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
Exemplo 2.7
Considere o sistema de controle de um motor de corrente contı́nua, conforme ilustrado na figura a seguir. O objetivo é controlar
a velocidade do motor, em [rpm], utilizando-se de um sensor constituı́do por um tacogerador cuja função de transferência é:
1
H(s) = [V/rpm] .
0, 75s + 150
Ω(s) 8
= [rpm/V] ,
Ea (s) 0, 6s 2 + 1, 6s + 1
(a) Calcule as constantes de erro de posição, velocidade e aceleração para um controlador P, PI e PID.
(b) Calcule o erro em regime permanente (em [rpm]) para uma entrada do tipo degrau unitário, rampa unitária e parábola
unitária (em [rpm]) para um controlador P, PI e PID. Assuma que o sistema em malha fechada é estável.
(c) Qual deve ser o menor valor de KI ao se utilizar um controlador PID de modo que o erro em regime permanente para
uma entrada rampa de amplitude 160 [rpm/s] seja menor ou igual a 15 [rpm]? Assuma que o valor de KI encontrado
mantém o sistema estável em malha fechada.
(d) Qual deve ser a expressão matemática do sinal de entrada de referência da malha se em regime permanente é desejado
que o motor desenvolva uma velocidade de 1280 [rpm]? Assuma que um controlador PID será utilizado e que o sistema
em malha fechada é estável.
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Erro em Regime Permanente - Real. Não-Unitária
Exemplo 2.7
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
Resolução do Exemplo 2.7:
Primeiro, devemos notar que a constante de tempo do sensor é τH = 0, 005 [s],
muito menor que as constantes de tempo do motor, que são τ1 = 0, 6 [s] e τ2 = 1
[s]. Logo, a largura de banda do sensor é muito maior que a da planta (o sensor
responde muito mais rápido que a planta), e o sensor pode, portanto, ser substituı́do
por Hk = 1/150 [V/rpm] para efeito de análise em regime permanente. A função
de transferência da planta é
800
GP (s) = .
0, 6s 2 + 1, 6s + 1
KP s + KI 800 1
Kv = lim sGC (s)GP (s)H(s) = lim s
s→0 s→0 s 0, 6s 2 + 1, 6s + 1 150
= 5, 3333KI [s]−1
KP s + KI 800 1
Ka = lim s 2 GC (s)GP (s)H(s) = lim s 2 =0
s→0 s→0 s 0, 6s 2 + 1, 6s + 1 150
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
KI KD s 2 + KP s + KI
GC (s) = KP + + KD s = .
s s
Constantes de erro:
KD s 2 + KP s + KI 800 1
Kp = lim GC (s)GP (s)H(s) = lim =∞
s→0 s→0 s 0, 6s 2 + 1, 6s + 1 150
KD s 2 + KP s + KI 800 1
Kv = lim sGC (s)GP (s)H(s) = lim s
s→0 s→0 s 0, 6s 2 + 1, 6s + 1 150
= 5, 3333KI [s]−1
KD s 2 + KP s + KI 800 1
Ka = lim s 2 GC (s)GP (s)H(s) = lim s 2 =0
s→0 s→0 s 0, 6s 2 + 1, 6s + 1 150
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
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Erro em Regime Permanente – Real. Não-Unitária
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Erro em Regime Permanente – Distúrbios
Como vimos anteriormente, distúrbios são entradas indesejadas que tendem a per-
turbar a saı́da de um sistema.
Tomamos como exemplo o sistema de controle de temperatura de uma câmara
térmica: sempre há a troca de calor constante entre o interior da câmara térmica e
o ambiente. Logo, a temperatura ambiente pode ser vista como um distúrbio. Além
disso, sempre há a possibilidade de uma porta, janela ou fresta ser aberta, acelerando
a troca de calor entre a câmara e o ambiente. Logo, essa abertura também pode ser
vista como um distúrbio. Logo, um determinado sistema não está restrito a possuir
apenas um determinado distúrbio, e nem que os distúrbios possam ser eventuais.
Quando um distúrbio constante incide sobre um sistema, ele tende a perturbar a
saı́da indefinidamente. E, por consequência, se a saı́da é perturbada, o erro em
regime permanente também tende a ser modificado. Logo, há uma componente
do erro em regime permanente devido a esse distúrbio constante. Como vimos, a
maneira como um distúrbio incide sobre um determinado sistema pode possuir sua
dinâmica própria. Já vimos que essa dinâmica pode ser chamada de “Função de
Transferência do Distúrbio” GD (s) [un. da saı́da / un. do distúrbio].
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Erro em Regime Permanente – Distúrbios
Diagrama de blocos:
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Erro em Regime Permanente – Distúrbios
onde Er (s) é o erro devido à entrada de referência (Ru (s) − Yr (s)). Desta maneira,
o erro devido ao distúrbio é
GD (s)
Ed (s) = −Yd (s) = − D(s) .
1 + GC (s)GP (s)H(s)
Assim como a entrada de referência, distúrbios podem ser modelados como funções
do tipo degrau, rampa e parábola.
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Erro em Regime Permanente – Distúrbios
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Erro em Regime Permanente – Distúrbios
Exemplo 2.8
Vamos analisar novamente o motor de corrente contı́nua utilizado no Exemplo 2.7. Suponha que
haja um torque de distúrbio D(s) (em [N.m]) incidindo sobre o sistema, que pode ser representado
por uma mudança repentina e duradoura no torque de carga e/ou a consideração de perdas
elétricas (perdas no ferro, arrasto de enrolamento, atrito não viscoso, etc.), de modo que este
torque incida sobre o sistema da seguinte forma
18
GD (s) = − [rpm/(N.m)]
2s + 3
Suponha ainda que este torque de distúrbio seja um torque constante, ou seja, que o distúrbio
D(s) possa ser modelado como uma função do tipo degrau. Assumindo que o sistema de controle
em malha fechada seja sempre estável:
(a) Para um controlador P, calcule o erro em regime permanente devido a um distúrbio de
amplitude A = 2 [N.m] incidindo sobre o sistema;
(b) Repita o item (a) para um controlador PI;
(c) Utilizando-se um controlador P, suponha que seja aplicado no sistema uma entrada de
referência do tipo degrau com amplitude Ar = 1420 [rpm] e que a amplitude do distúrbio
é Ad = 5 [N.m]. Qual deve ser o valor de KP de forma que o erro do sistema seja igual a
15 [rpm]? Qual o valor da saı́da, neste caso?
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Erro em Regime Permanente - Distúrbios
1 −18 2
edss = − lim s
s→0 800 1 2s + 3 s
1 + KP
0, 6s 2 + 1, 6s + 1 0, 75s + 150
1 12
edss = 12 = .
800 1 + 5, 3333KP
1 + KP
150
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Erro em Regime Permanente - Distúrbios
1 −18 2
edss = − lim s
s→0 KP s + KI 800 1 2s + 3 s
1+
s 0, 6s 2 + 1, 6s + 1 0, 75s + 150
12 12s
edss = lim = lim =0.
s→0 KI 800 s→0 s + 5, 3333KI
1+
s 150
Observe que, para um controlador PI (ou PID), o erro em regime permanente devido a um
distúrbio do tipo degrau é nulo, qualquer que seja a amplitude do degrau de distúrbio. Isto se
deve ao pólo na origem do controlador PI (ou PID).
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Erro em Regime Permanente - Distúrbios
A 1420
erss = =
1 + Kp 1 + 5, 3333KP
1 −18 5 30
edss = − lim s = .
s→0 1 + 5, 3333KP 3 s 1 + 5, 3333KP
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Erro em Regime Permanente - Distúrbios
1450
ess = erss + edss = = 15 .
1 + 5, 3333KP
1450
= 15 ⇒ KP = 17, 9375 .
1 + 5, 3333KP
Com este valor de KP , os erros são erss = 14, 6897 e edss = 0, 3103. Sendo assim, o
efeito do distúrbio na saı́da é diminuı́-la em 0, 3103 [rpm], pois edss = −ydss . E então
como yrss = russ − erss , logo temos que yrss = 1405, 3103 [rpm]. Sendo assim, em regime
permanente a saı́da do sistema será:
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
A resposta tı́pica de um sistema é mostrada abaixo:
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
y (tp ) − y (∞)
Mp = ;
y (∞)
Tempo de Acomodação (Settling Time) – ts : tempo que a saı́da leva, para atingir pela
primeira vez, a faixa de ± 2% do valor final e não mais sair dela. Consequentemente, é o
tempo que o sistema leva para entrar em regime permanente.
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Considerando-se a função de transferência do sistema de segunda-ordem subamor-
tecido (0 < ζ < 1), tem-se
ωn 2
G (s) = ,
s 2 + 2ζωn s + ωn 2
cujos pólos são p
s1,2 = −ζωn ± jωn 1 − ζ2 ,
e a resposta ao degrau unitário é dada por
!
−ζωn t ζ
y (t) = 1 − e cos(ωd t) + p sin(ωd t) .
1 − ζ2
Por definição, o tempo de subida tr é o tempo que a saı́da leva para atingir o valor
final pela primeira vez. Para o sistema de segunda ordem padrão o valor final é 1,
logo !
−ζωn tr ζ
1=1−e cos(ωd tr ) + p sin(ωd tr )
1 − ζ2
!
−ζωn tr ζ
e cos(ωd tr ) + p sin(ωd tr ) = 0 .
1 − ζ2
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Uma vez que a exponencial nunca é zero, somente o segundo termo pode ser nulo.
Logo
ζ
cos(ωd tr ) + p sin(ωd tr ) = 0
1 − ζ2
p
1 − ζ2
tan(ωd tr ) = −
ζ
p !
−1 1−ζ 2
−1 ωd
ωd tr = tan − = tan − .
ζ ζωn
Sabendo-se que β = tan−1 (ωd /(ζωn )) fornece o ângulo do polo medido a partir do
eixo real negativo, então
π−β π−β
tr = = p .
ωd ωn 1 − ζ 2
Observe que β deve ser medido a partir do eixo real negativo, e que seu valor deve
ser em radianos. Logo, 0 < β < π/2 [rad] (para subamortecido). Outra forma de
calcular β é
β = cos−1 (ζ) .
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Por definição, o tempo de pico é o tempo no qual a saı́da atinge seu valor máximo.
Logo, para encontrar o valor máximo da saı́da, da teoria de cálculo, basta derivar a
expressão da saı́da e igualar a zero. Logo
!!
d −ζωn t ζ
1−e cos(ωd t) + p sin(ωd t) =0
dt 1 − ζ2
!
−ζωn t ζ
ζωn e cos(ωd t) + p sin(ωd t) −
1 − ζ2
!
−ζωn t ζωd
e −ωd sin(ωd t) + p cos(ωd t) =0
1 − ζ2
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Para que a expressão anterior seja zero é necessário que o termo que contém o seno
seja zero, logo
sin(ωd t) = 0
ωd t = sin−1 (0) .
Possı́veis soluções para a equação anterior são 0, ±π, ±2π, e assim por diante.
Como o tempo de pico por definição é o primeiro ponto de inflexão da curva, então
π π
tp = = p .
ωd ωn 1 − ζ 2
− √πζ − √πζ
!
1−ζ 2
ζ 1−ζ 2
y (tp ) = 1 − e cos(π) + p sin(π) = e +1 .
1 − ζ2
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Como o valor final do sistema de segunda ordem padrão subamortecido é unitário,
então
πζ
−p
Mp = e 1 − ζ2 .
Como na resposta do sistema de segunda ordem padrão subamortecido a saı́da
está confinada numa envelope criado por uma exponencial, admite-se que quando
a envoltória entra na faixa de ± 2% a saı́da estará dentro desta faixa. Logo
e −ζωn t
1+ p = 1, 02
1 − ζ2
e −ζωn t = 0, 02 1 − ζ 2
p
Algumas observações:
O tempo de pico corresponde a meio ciclo da frequência de oscilação amortecida;
Quanto maior o fator de amortecimento ζ, ou seja, quanto mais próximo de 0 [rad]
o ângulo β é, mais o tempo de subida se aproxima do tempo de pico. Isto indica
que há uma redução no máximo pico, algo claro de se ver na equação do overshoot;
Observe que somente o máximo pico depende apenas de ζ, enquanto que todos os
outros parâmetros dependem, além de ζ, também de ωn . Isto indica que no projeto
de controladores somente um deles pode ser utilizado livremente como especificação.
Em geral, é o tempo de acomodação;
A constante de tempo associada aos polos de um sistema de segunda ordem é dada
por
1 1 1
τ = = = ,
ζωn −σ −Re[s]
e isto implica que o tempo de acomodação equivale a 4 constantes de tempo, como
para um sistema de primeira ordem. Logo, quanto mais afastado do eixo-jω os
polos estiverem, menor o tempo de acomodação e mais rápido o sistema é (entra
em regime permanente).
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Considere o circuito RL série a seguir:
1
G (s) = LC ,
R 1
s2 + s +
L LC
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Exemplo 2.9
Encontre a região admissı́vel no plano-s correspondente aos pólos de um sistema de
segunda ordem padrão cujas caracterı́sticas da resposta temporal são: tr ≤ 1, 2 [s],
Mp ≤ 10% e ts ≤ 4 [s]. Utilize a aproximação
1, 8
tr = .
ωn
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Resolução do Exemplo 2.9:
A restrição de tempo de subida gera
1, 8
tr = ≤ 1, 2
ωn
ωn ≥ 1, 5 [rad/s] .
Como ωn é a distância da origem até o ponto no plano-s, logo, a região procurada
é todo o SPE excluindo-se o semicı́rculo de raio 1, 5 (área hachurada em cinza na
figura abaixo):
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Resolução do Exemplo 2.9:
A restrição de tempo de acomodação gera
4
ts = ≤4
ζωn
ζωn ≥ 1 .
Como −ζωn é a parte real do ponto no plano-s, logo, a região procurada é todo o
SPE à esquerda da reta σ = −1 (área hachurada em cinza na figura abaixo):
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Resolução do Exemplo 2.9:
A restrição de overshoot gera
ζπ
−p
Mp = e 1 − ζ2 ,
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Caracterı́sticas da Resposta Temporal
Resolução do Exemplo 2.9:
Juntando-se as três restrições, temos então a região procurada:
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Efeitos da Inclusão de Pólos
A análise das respostas dos sistemas de primeira e segunda ordem fornecem a base
para analisarmos qualitativamente a resposta de muitos sistemas LIT. Com base
nelas, podemos verificar o efeito de incluir mais pólos (sistemas de ordem superior)
e o de incluir zeros.
Começando com o efeito da inclusão de mais pólos, vamos observar um caso es-
pecı́fico. Considere um sistema de segunda ordem subamortecido
1
G (s) = .
s2 + s + 1
O fator de amortecimento é ζ = 0, 5 e a frequência natural é ωn = 1 [rad/s].
A parte real dos pólos é σ = −ζωn = −0, 5. Vamos verificar o efeito que é incluir
um pólo adicional ao sistema em s = −2, ou seja, quatro vezes mais distante do
eixo-jω que os pólos do sistema de segunda ordem mantendo o ganho dc do sistema
constante (igual a 1)
2
G (s) = .
(s + 2)(s 2 + s + 1)
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Efeitos da Inclusão de Pólos
1.4
1.2
1
Amplitude
0.8
0.6
0.4
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Time (seconds)
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Efeitos da Inclusão de Pólos
Vamos analisar o caso agora da inclusão de pólos mais próximos aos pólos do sistema
de segunda ordem. Iremos considerar a adição de um pólo em s = −0, 5 e também
o caso da adição de um pólo em s = −0, 25, também em ambos os casos mantendo
o ganho dc constante:
0, 5
G1 (s) =
(s + 0, 5)(s 2 + s + 1)
0, 25
G2 (s) = .
(s + 0, 25)(s 2 + s + 1)
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Efeitos da Inclusão de Pólos
1.4
1.2
1
Amplitude
0.8
0.6
0.4
Sistema Original
0.2 Inclusão de um pólo em s = −0,5
Inclusão de um pólo em s = −0,25
0
0 5 10 15 20 25
Time (seconds)
Vemos então que a adição de pólos mais próximos aos do sistema original desca-
racterizam completamente a resposta do sistema em termos da resposta do sistema
original. Pólos ainda mais lentos, como o que foi incluı́do em s = −0, 25, agravam
ainda mais este efeito.
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Efeitos da Inclusão de Pólos
Se o pólo possui parte real “‘muito negativa” (está longe do eixo-jω no plano-s),
então a exponencial decai muito rapidamente, e este termo contribui pouco para a
resposa do sistema. Sendo assim, diz-se que este termo pode ser “desprezado” na
reposta, e o pólo então é “insignificante”.
Os pólos que estão mais próximos do eixo-jω, que efetivamente vão contribuir para
o formato da resposta, são então chamados de “pólos dominantes”. Como uma
regra prática, se um mais pólos tiver a relação entre as partes reais com todos os
outros pólos menores que 0, 2, então os pólos mais próximos à origem podem ser
considerados dominantes em relação aos outros se não houver zeros na proximidade.
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Efeitos da Inclusão de Pólos
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Efeitos da Inclusão de Zeros
Vamos discutir agora o efeito da adição de zeros. Também iremos começar com um exemplo:
considere o seguinte sistema dinâmico LIT
2 2 2
G (s) = = − .
(s + 1)(s + 2) s +1 s +2
2(s + 5) 1, 6 1, 2
G (s) = = − .
5(s + 1)(s + 2) s +1 s +2
Vamos inserir um zero neste sistema em s = −1, 1, próximo ao pólo s = −1, também
mantendo o ganho dc constante
2(s + 1, 1) 0, 18 1, 64
G (s) = = + .
1, 1(s + 1)(s + 2) s +1 s +2
Há uma abordagem mais generalista para verificar o efeito dos zeros. Considere um
sistema dinâmico LIT representado por sua função de transferência G (s). Inserindo
um zero em s = −a no sistema, e mantendo o ganho dc constante, temos
s 1
G0 (s) = + 1 G (s) = G (s) + sG (s) .
a a
Vemos então, pelas propriedades da Transformada de Laplace, que a resposta do
sistema com o zero consiste na soma da resposta que o sistema original apresentaria
mais uma parcela que corresponde a derivada da resposta original multiplicada por
um termo 1/a (escalada).
Como no inı́cio da resposta do sistema original tem uma inclinação muito ı́ngreme,
isto equivale a dizer que a derivada nestes pontos será “grande”, e então a soma da
resposta original com a derivada será ainda maior, em geral tendendo a causar um
aumento no overshoot porém uma diminuição no tempo de subida.
A parcela que tem origem na derivada da resposta original pode ser minimizada se
o zero estiver longe do eixo-jω, ou seja, se o valor de a for muito grande. Logo,
quanto maior o valor de a, mais próximo da resposta do sistema original, e então o
efeito do zero será pequeno.
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Efeitos da Inclusão de Zeros
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Efeitos da Inclusão de Zeros
A figura a seguir ilustra a reposta do sistema original, o termo que depende da derivada
da resposta do sistema original, e a resposta do sistema com o zero:
Step Response
1.4
1.2
0.8
Amplitude
0.2
−0.2
0 2 4 6 8 10 12 14
Time (seconds)
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Efeitos da Inclusão de Zeros
Para ilustrar que o efeito do zero é minimizado se ele estiver longe do eixo-jω,
vamos considerar dois casos do sistema original anterior com adição de zeros: um
em s = −1 e outro em s = −10
1
G (s) =
s2 + s + 1
Inserindo um zero no SPE em s = −1, tem-se a = 1
s/1 + 1 s +1
G01 (s) = = 2
s2 + s + 1 s +s +1
Inserindo um zero no SPE em s = −10, tem-se a = 10
s/10 + 1 0, 1s + 1
G02 (s) = = 2
s2 + s + 1 s +s +1
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Efeitos da Inclusão de Zeros
A figura a seguir ilustra a reposta do sistema original, e as duas adições de zero:
Step Response
1.4
1.2
1
Amplitude
0.8
0.6
0.4
0
0 2 4 6 8 10 12
Time (seconds)
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Efeitos da Inclusão de Zeros
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Efeitos da Inclusão de Zeros
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Efeitos da Inclusão de Zeros
A figura a seguir ilustra a reposta do sistema original e duas adições de zeros no SPD:
Step Response
1.4
1.2
0.8
Amplitude
0.6
0.4
0.2
Sistema sem Zero
0 Sistema com zero em s = 1
Sistema com zero em s = 10
−0.2
−0.4
0 2 4 6 8 10 12
Time (seconds)
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Critérios de Desempenho para Sistemas de Controle
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Critérios de Desempenho para Sistemas de Controle
Exemplo 2.10
Considere o sistema de controle na figura a seguir. Se
K (s + α)
G (s) = ,
(s + β)2
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Critérios de Desempenho para Sistemas de Controle
Resolução do Exemplo 2.10:
Vamos começar com o requisito de resposta em regime permanente. Calculando-se
a constante de erro de posição (uma vez que se trata de erro para degrau)
K (s + α) Kα
Kp = lim G (s) = lim = 2 .
s→0 s→0 (s + β)2 β
Então o erro para degrau é
A
ess =
1 + Kp
A
0, 1A = ,
1 + Kp
uma vez que o erro é 10% da amplitude desejada. Logo, Kp = 9. Portanto
Kα
=9.
β2
Vamos agora analisar a resposta transitória. Os pólos em, malha fechada serão as
raı́zes de
1 + G (s) = 0 .
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Critérios de Desempenho para Sistemas de Controle
Resolução do Exemplo 2.10:
Substituindo-se os valores
K (s + α)
1+ =0
(s + β)2
(s + β)2 + Ks + K α
=0
(s + β)2
s 2 + 2βs + β 2 + Ks + K α = 0
s 2 + (2β + K )s + β 2 + K α = 0 .
Os pólos de um sistema de segunda ordem subamortecido são
s 2 + 2ζωn s + ωn 2 = 0 ,
√
e então com os valores desejados (ζ = 0, 5 e ωn = 10) ficam
√
s 2 + 10s + 10 = 0 .
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Critérios de Desempenho para Sistemas de Controle
K α = 9β 2 ,
e então
β 2 + 9β 2 = 10
β2 = 1 ,
e então poderı́amos ter β = 1 ou β = −1. Como é dito que o sistema em malha
aberta é estável, então β = −1 está descartado, pois fariam com que os pólos em
malha aberta estivessem no SPD (lembrando que os pólos em malha aberta são
s1,2 = −β). Portanto, β = 1.
Sendo assim √
2β + K = 10
√
fornece K = 10 − 2 = 1, 1623.
Finalmente
9β 2
α= = 7, 7433 .
K
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