Márcia Projeto

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 10

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI

CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
PRÉ-PROJETO DE PESQUISA EDUCACIONAL III

MÁRCIA FERREIRA GOMES

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Os paradigmas atuais e a vivência dos pedagogos e pedagogas

Pré-projeto apresentado ao Departamento de Educação, da


Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito
parcial para a elaboração de PESQUISA EDUCACIONAL
III como parte do processo de elaboração da Monografia do
Curso de Licenciatura em Pedagogia-URCA. Ministrada pelo
professor: Me. Gleison Amorim da Silva.

CRATO
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 2
1.1OBJETIVOS 2
1.1.1 Objetivo Geral 2
1.1.2 Objetivos Específicos 2
2. REVISÃO DE LITERATURA 3
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4
4. CRONOGRAMA 5
5. REFERÊNCIAS 6
1. INTRODUÇÃO
O termo educação inclusiva ganhou força no ano de 1994 com a Declaração de
Salamanca, que formalizou e legalizou os princípios, políticas e práticas voltadas para a
educação das pessoas com necessidades especiais. Contudo, a história da evolução de oferta
para essas pessoas vem desde a Idade Antiga, onde as necessidades especiais eram vista sob
um olhar repulsivo e reprovador, na Idade Média a deficiência era associada à bruxaria e
paganismo, já que a Igreja era principal ditadora de regras e aqueles que fugissem ao que era
visto como “normais” se associavam automaticamente as trevas Monteiro (2016).
Assim a linha do tempo da evolução de aceitação da sociedade para crianças com
deficiências ou superdotação, é permeada pelo termo exclusão, por ser exatamente o que
acontecia com essas crianças no ambiente escolar. As escolas já eram ao longo do tempo
“esquecidas” por assim dizer, pelos governantes, só valia a pena investir na educação dos
mais ricos, então quando o professor se deparava totalmente despreparado, e sem
conhecimento de tais deficiências, seu ato era de excluir aquele estudante e focar seu trabalho
aos demais Monteiro (2016).
O desafio e o despreparo tornam os docentes vilões dessa história em muitos
momentos, pois seu dever é ofertar a possibilidade da construção de conhecimento, porém
como fariam isso totalmente desprovido das ferramentas e das informações necessárias.
Diante disso, surgi o questionamento: Como os pedagogos e pedagogas vem desenvolvendo
suas aulas para garantir a inclusão de discentes com deficiência? Quais estratégias são usadas
pelos mesmos?
. O surgimento da educação inclusiva no século XIX não surte o efeito contido no
nome inclusão, pois segundo Cardoso (2004) “as pessoas com deficiências eram atendidas e
assim a sociedade era protegida do contato com os anormais”.
O autor se refere ao fato de que a inclusão no século XIX, era na verdade o ato da
própria exclusão dos estudantes portadores de deficiências, já que os mesmo na prática diária
de algumas escolas são retirados da sala de aula em que são matriculados e colocados em
outra, em muitas escolas vários alunos com deficiências são colocados em uma mesma sala,
independentemente da idade, série matriculada, da deficiência, dos níveis de aprendizado ou
até mesmo das suas necessidades especiais. Dessa forma além de excluídos, formam um
grupo diverso para que os docentes pratiquem a construção de conhecimento de forma única,
o que soma mais ainda nos desafios impostos para o florescimento dessa educação (Cardoso,
2004).
Atualmente, existem leis que asseguram os direitos dos discentes de serem inclusos da
forma correta, e de possuírem as ferramentas que atendam suas necessidades em sala de aula.
Apesar do muito que já se conquistou na educação inclusiva, ainda encontramos desafios,
descasos, preconceitos e despreparo no ambiente escolar. Tais preocupações serão discutidas
ao longo dessa pesquisa, precisamente voltadas para educação inclusiva dentro da construção
do conhecimento da pedagogia.
Diante essa questão, o desenvolvimento de aulas e adoção de diferentes metodologias
para com o processo de ensino e aprendizagem são essenciais para que o aluno possa ter
estimulado a aprender e buscar novas fontes de conhecimentos para com a Ciência, no tocante
em que a aprendizagem autônoma é um fator íntegro para a evolução cognitiva dos alunos
(Lima;Vasconcelos, 2006).
O professor no contexto da pedagogia deve ser um norteador para com o processo de
ensino e aprendizagem, trilhando caminhos e mostrando fontes diversas para que os
indivíduos busquem sempre construir seus conhecimentos e aprendizagens diversas no
processo.
Diante dessa realidade, buscar estratégias que envolvam o ensino de pedagogia na
educação e a perspectiva inclusiva se faz num paradigma que atualmente é ainda bastante
discutido, sendo que a inclusão ainda não ocorre de maneira íntegra, apresentando uma série
de impasses visíveis (Nardi, 2009).
Desse modo, no Ensino de Pedagogia não é diferente, é importante e necessário que se
promova práticas pedagógicas inclusivas que possibilite o desenvolvimento das
potencialidades dos alunos com deficiência, além de tornar o conhecimento cada vez mais
próximo desse público, por meio de uma educação mais democrática e qualitativa.

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Identificar as estratégias utilizadas pelo educador de pedagogia para construir
conhecimentos a partir de adaptações e adequações para o aluno incluso.
.

1.1.2 Objetivos Específicos


✔ Identificar a qualidade do processo de inclusão a partir da percepção de pedagogos e
pedagogas
✔ Identificar os desafios do educador de pedagogia ao implementar a educação inclusiva
em sala de aula.
✔ Verificar a qualificação profissional do educador diante da educação inclusiva, através
do questionário.
2. REVISÃO DE LITERATURA
O processo de ensino e aprendizagem dentro da educação inclusiva, depende do
acolhimento e da percepção dos pedagogos e pedagogas em relação aos seus alunos. Isso
implica observar de todas as maneiras possíveis, de que forma, ou qual metodologia atende a
necessidade de aprendizagem daquele estudante.

Os professores, em especial pedagogos e pedagogas, são convidados a construírem um


espaço escolar que abrace todos os alunos, desconstruindo as barreiras de inclusão, que ao
longo do tempo foram construídas por toda a sociedade. Entretanto, é importante observar as
situações cautelosamente, quando se trata de educação inclusiva, pois, a maioria dos
professores tendem a ter dificuldade de desenvolver suas aulas, alegando o despreparo em sua
formação.

A proposta de estudo e discussão, quando aprofundada nas leituras dos artigos,


entende-se que para que ocorra uma educação inclusiva e de qualidade é preciso que o
docente seja formado especificamente naquela área e tenha ajuda das instituições em suas
ações pedagógicas.

O estudo de Alves (2012) nos apresenta uma reflexão sobre o processo de inclusão
educacional e como o professor está envolvido nesse processo, afirmando que é preciso que a
docência tenha um tratamento especial, em relação a formação continuada, tenha apoio e seja
valorizado, enquanto professor que irá buscar melhorias em suas metodologias, para assim
contribuir com o processo de aprendizagem dos educandos.

Tassa et al(2023), em sua coleta de dados em grupo focal, discute que as dificuldades
enfrentadas pelos professores da rede pública de ensino estão em maioria na qualificação,
uma vez que a formação inicial docente possui inúmeras lacunas que ainda precisam ser
abordadas. O estudo da educação inclusiva nos cursos superiores de pedagogia, ainda não é
satisfatório quando se trata de proporcionar uma equidade educacional entre todos os alunos,
sejam os que possuem algum tipo de deficiência ou aqueles tidos como normais.

A inclusão escolar é compreendida como um processo que é direito de todo aluno, não
é somente a permanência do mesmo, mas, garantir que o atendimento às suas necessidades
aconteça de forma efetiva, respeitando a individualidade do discente e suas habilidades.
Quanto a isso Tassa et.al (2023), ainda afirmam através dos seus estudos, que a efetivação da
inclusão e o sucesso da aprendizagem dependerá, das metodologias usadas pelos professores
em sala de aula. Entretanto, não sendo o bastante, é preciso que haja a união da escola, família
e sociedade.

Quanto a perspectiva de pedagogos e pedagogas a respeito da educação inclusiva


estudos de Costa (2023) apontam a fragilidade na formação docente, sendo condizente mais
uma vez com outros estudos. Abordam a padronização de metodologias como aprisionadores
de docentes em seus anos iniciais de experiências na educação básica.

As experiências vividas pelos profissionais investigados pelo autor, estão direcionadas


exclusivamente a promoção de uma educação inclusiva verdadeira, tanto em teoria quanto
também em prática, alinhados a metodologias, que visem o aprendizado individual e de
diversas formas, atendendo as necessidades dos alunos, principalmente os inclusos.

Os estudos de Miskalo et. Al (2023), discutem a respeito da formação inicial dos


professores, tendo como resultados, um número significativo de docentes que não
vivenciaram a formação inicial sobre educação inclusiva, o que torna segundo os mesmos, a
inclusão dentro de sala de aula mais difícil, por não saberem como lhe dá com os alunos que
possuem alguma deficiência.

A discussão a respeito da formação inicial dos professores, torna-se relevante,


principalmente quando os docentes precisam adequar o ensino às diferenças individuais dos
seus alunos. Leite et al (2011) relata em sua pesquisa, que os professores apresentam
dificuldades em adaptar os currículos, planejar e buscar estratégias para atender aos alunos de
forma individual e que inclua aqueles que possuem alguma deficiência.

Na medida que os estudos sobre educação inclusiva vão se aprofundando, é


evidente a relevância da participação dos docentes em programas de formação docente, como
um processo contínuo e permanente. Nos estudos de Sant’Ana (2005) realizados em um
município do interior paulista, retrata um cenário de dificuldades, enfrentadas pelos
professores para implementar a educação inclusiva, pois, relatam a falta de orientação como
uma preocupação para trabalhar com alunos com necessidades especiais.

O processo de formação inicial tem como resultado um professor reflexivo, que


busca estratégias para garantir que o ensino chegue a todos dentro da escola. Além disso, na
busca por uma educação inclusiva, as metodologias lúdicas podem ter um grande resultado,
quando se trata de ensino e aprendizagem, pois, a ludicidade é um meio pelo qual a criança
pode absorver os conteúdos de forma mais fácil.
Quanto a isso Marques (2012) afirma que propostas inovadoras na educação
inclusiva, podem contribuir para a formação do conhecimento de alunos com necessidades
educacionais. O desenvolvimento da criança ocorre a partir de vivências, ações, assim, as
atividades lúdicas são estratégias usadas pelos professores com o objetivo de proporcionar
uma melhor qualidade na educação inclusiva.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa em questão compreendeu procedimentos de revisão de literatura com
abordagem qualitativa. Segundo Raupp e Beuren (2006) procedimento qualitativo
compreende as experiências relacionadas aos aspectos culturais, sociais, buscando
compreender a complexidade dos processos que são vivenciados nos grupos sociais, fazendo
uma análise mais aprofundada dos objetos em estudo. Abrange um estudo de campo,
considerando as respostas que serão obtidas. Sendo também uma pesquisa descritiva e
exploratória, cujo segundo os métodos de estudo de Gil (2008), busca por meio da coleta de
dados uma maior familiarização com determinado problema, concomitante à descrição de
características de determinadas populações ou objetos de estudo. A pesquisa será direcionada
para professores graduados em pedagogia do município de Crato, que atendem ou não em
escolas públicas.

4. CRONOGRAMA

PESQUISA MONOGRAF MONOGRAF SEMINÁRIO DE


Atividades EDUCACIONA IA I IA II APRESENTAÇÃO
L III e IV DE
MONOGRAFIA

Pesquisa X X X
bibliográfica e
documental

Discussão teórica X X
em função dos
objetivos

Determinação de X
categorias para
realização da
pesquisa de
campo

Execução da X
Pesquisa de
campo

Tabulação e X X
análise dos
resultados

Redação da X X X
Monografia

Revisão Final da X
Monografia

Apresentação X
Pública
5. REFERÊNCIAS

ALVES, Ivelise Kraide. A formação docente no contexto da educação inclusiva. 2012.


COSTA, Valdelúcia Alves da. Educação inclusiva, direitos humanos, formação docente e
democratização da escola. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 10, n. 2,
p. 159-172, 2023.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LIMA, K. E. C.; VASCONCELOS, S. D. Análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede
municipal de Recife. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.14, n.52, p. 397-412, jul./set.
2006.

LEITE, Lúcia Pereira et al. A adequação curricular como facilitadora da educação inclusiva. 2011.
MARQUES, Cláudia Luíza. A metodologia do lúdico na melhoria da aprendizagem na educação
inclusiva. Revista Eixo, v. 1, n. 2, p. 80-91, 2012.

MONTEIRO, Carlos Henrique Medeiros et al. Pessoa com deficiência: a história do passado ao
presente. Revista Internacional de apoyo a la inclusión, logopedia, sociedad y multiculturalidad, v. 2,
n. 3, p. 221-233, 2016.

NARDI, R. org. Ensino de Ciências e Matemática, I: temas sobre a formação de professores [online].
São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 258 p.

MISKALO, Adriana Ligia; CIRINO, Roseneide Maria Batista; FRANÇA, Denise Maria Vaz Romano.
Formação docente e inclusão escolar: uma análise a partir das perspectivas dos professores. Boletim
de Conjuntura (BOCA), v. 14, n. 41, p. 516-536, 2023.

RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Metodologia da pesquisa aplicável às ciências. Como
elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, p. 76-97, 2006.

SANT'ANA, Izabella Mendes. Educação inclusiva: concepções de professores e diretores. Psicologia


em estudo, v. 10, p. 227-234, 2005.

TASSA, Khaled Omar Mohamad; DE CARVALHO CRUZ, Gilmar; CABRAL, Jeniffer Javorski. Educação
inclusiva e o curso de formação de docentes: desafios e relatos de experiência. Boletim de
Conjuntura (BOCA), v. 14, n. 41, p. 100-115, 2023.

Você também pode gostar