Política de vida e não de morte 15

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Política de vida e não de morte 15/05/48 Edição 16918

Ifigênia 18/05/48 Edição 16920

A Batalha do Rio de Janeiro 19/05/48 Edição 16921

O que pretendemos do Governo 20/05/48 Edição 16922

O Partido Comunista e a Batalha do Rio de Janeiro 21/05/48 Edição 16923

Prioridade número um 22/05/48 Edição 16924

O Rio pelo avesso 24/05/48 Edição 16925

HORA DE RESOLVER 25/05/48 Edição 16926

Mas o caso das favelas, como vários outros, neste país, assumiu um caráter de calamidade
pública.

Ao encontro do tempo perdido 26/05/48 Edição 16927

A Batalha do Rio de Janeiro é uma nova campanha da Abolição. Temos diante de nós a
degradação de mais de 300 mil pessoas, arrastando na sua queda a totalidade da população.

Solução e dissolução 27/05/48 Edição 16928

...”O de que se trata, em verdade, é de ir mais ao fundo das coisas. É desenvolver no indivíduo
a consciência democrática. Esta, porém, não se aprende apenas nos livros, ou ouvindo
sermões ou discursos. Elas se aprende sobretudo na ação, na prática de cada dia, em cassa ou
no trabalho, no bairro ou no clube no partido ou na associação, na escola ou na igreja, no
sindicato ou no baile, na fazenda, no trem, na cidade ou na roça, por toda a parte onde vive o
homem ao lado do homem e para onde o carreguem as suas atividades.

...”a qualidade democrática de cada um se mede pelo seu espírito de solidariedade humana ou
pela capacidade de iniciativa na promoção do progresso do seu semelhante.

“...um povo desnutrido e sem casa para morar não pode sequer evitar o desmoronamento da
própria família, que se desfaz na promiscuidade forçada dos cortiços e mocambos. Um povo
que passa de castigo à metade do seu dia, em pé junto aos postes, em pé nos estribos e
plataformas, não pode comer com vontade, nem tem tempo para se instruir e para se divertir
e muito menos para formar verdadeiramente uma família – isto é, o núcleo que tem interesses
permanentes, eternos mesmo, na continuação da espécie – pois não decorre apenas de um
impulso, mas de um sentimento de preservação e aperfeiçoamento da vida humana”.

Os mandarins fazem beicinho 29/05/48 Edição 16930

O problema das favelas não pode ser tratado com leviandade. A decisão de recambiar gente
para a roça, por exemplo, envolve uma imensa responsabilidade. Se a alta burocracia quer
tentar sozinha, experimente. Nós já sabemos qual será o resultado. Será uma nova retirada da
Amazônia, uma nova “Campanha Nacional de Educação” – que visa ensinar adultos e deixa as
crianças ignorantes, além de não ensinar a ninguém...

O êxito da “Batalha” está condicionado à reforma de certas estruturas, a fim de que o trabalho
seja feito pela base e não pela superfície. Assim, ao início da “Batalha” no campo prático, deve
corresponder uma ação paralelam de ordem feral no sentido de serem obtidas medidas
legislativas de interesse imediato para o bom resultado da “Batalha”.

Entre essas medidas legistlativas de ordem geral podem ser mencionadas:

- Instiuilão do “salário-família”.

- Fomento do cooperativismo (facilidades, aprovação de melhor ei pelo cCOngresso).

- Financiamento da construção de casas populares.

- Justiça gratuita e rápida.

- Assistência às zonas rurais.

- Maior rapidez na concessão dos Benefícios Pelos Institutos e Caixas.

- Facilidade na obtenção dos documentos necessários à vida profissional.

- Cumprimento das leis de proteção do trabalho do menor e da mulher.

- Fiscalização da lei sobre obrigatoriedade da frequência escolar.

...

equipe:

médico

assistente social – auxiliares

educadora familiar

enfermeira

professora

etc.

MACACOS NO MORRO 05/06/1948 Edição 16936

A REALIDADE DAS FAVELAS por Paulo Fleming

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