AULAS 1,8,1.9,1.10

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Relembrando: No Ativo, as contas que representam os bens e os direitos são

organizadas em ordem decrescente do grau de liquidez.

Grau de liquidez: é a possibilidade de componentes se transformarem ou se realizarem em


dinheiro. Os estoques de mercadorias, por exemplo, serão transformados em dinheiro
quando vendidos à vista; as duplicatas a receber, quando forem recebidas, e assim por
diante.

Ativo Circulante
São classificadas neste grupo as contas que devem circular (girar) no máximo até o
próximo exercício social. Ou seja, tem uma rotação rápida e devem se transformar em
dinheiro até o final do exercício subsequente.

As principais contas do Ativo Circulante são:

Disponibilidades

Neste subgrupo são classificadas as contas que possuem o maior grau de liquidez dentre
as demais contas do Ativo. Elas representam as disponibilidades imediatas e quase
imediatas. As disponibilidades imediatas correspondem ao dinheiro que a entidade tem no
caixa ou depositado em conta corrente bancária, pois pode lançar mão desses valores
imediatamente. Disponibilidades quase imediatas são os valores que, embora disponíveis,
necessitam de alguns dias para serem resgatados ou para serem liberados, como ocorre
com as aplicações de curtíssimo prazo e com os valores em trânsito (exemplo: depósitos
efetuados a favor da empresa por meio de ordens de pagamentos que ainda não foram
liberados). Exemplos: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações financeiras de liquidez
imediata.

Contas a Receber ou a Recuperar

A expressão “a receber” ou “a recuperar” deixa claro que se trata de um direito, e será


classificada no ativo circulante se o recebimento ocorrer a curto prazo. As contas a receber
representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em geral. São
valores a receber decorrentes de vendas a prazo de mercadorias e serviços a clientes, ou
oriundos de outras transações. Essas outras transações não representam o objeto principal
da empresa, mas são normais e inerentes às suas atividades. Por esse motivo, é
importante a segregação dos valores a receber, relativos ao seu objeto principal
(CLIENTES), das demais contas, que podemos denominar de Outros Créditos.

Estoques
A composição dos estoques será uma consequência do tipo da atividade da empresa. A
empresa comercial terá um estoque composto de mercadorias, enquanto a indústria terá
estoques de matéria prima, produtos em elaboração, produto acabado, material de
consumo e embalagens. Por exemplo: uma construtora terá estoque de imóveis em
construção ou acabados, além de material de construção. No caso de quebra ou
desvalorização habitual dos estoques, em uma indústria têxtil ou de informática,
obedecendo ao conservadorismo, deverá ser feito o ajuste do valor por meio da provisão
para quebra ou desvalorização, incluindo assim a despesa dentro do resultado do período
em encerramento e respeitando também a competência do exercício.

Despesas do Exercício Seguinte

Alguns autores preferem chamar de Despesas Antecipadas, por se tratar de antecipação


de pagamento de despesas, cujos serviços, produtos ou benefícios ocorrerão apenas no
próximo exercício. Exemplos: prêmios de seguros, aluguel passivo a vencer, assinaturas e
anuidades, antecipação de comissões e prêmios, juros passivos a vencer.

As contas do ativo circulante compõem o que chamamos de capital circulante e


ainda de capital de giro.

Ativo Não Circulante


São classificadas neste grupo as contas que não estão programadas para circular
(girar) até o final do próximo exercício. Ou seja, tem uma rotação lenta e não fazem
parte da programação financeira de recebimento para o próximo exercício.

As principais contas do Ativo Não Circulante são:

Ativo Realizável a Longo Prazo

São classificadas aqui as contas que devem entrar em liquidez somente após o
encerramento do próximo exercício. O realizável a longo prazo compreende teoricamente
as mesmas contas do Ativo Circulante (com exceção das disponibilidades), cujo prazo de
realização seja superior a um ano ou ao ciclo operacional se esta for superior a um ano.
Exemplos: Duplicatas a Receber, Clientes, Estoques, Aplicações Financeiras, Cauções, (-)
Provisão para Perdas com Clientes, Adiantamento ou Empréstimo a Clientes e
Funcionários, enfim todos os direitos a receber após o encerramento do próximo exercício.

Investimentos

Não são destinados à manutenção da atividade operacional da empresa; são ativos que a
empresa não tem intenção de se desfazer deles. É chamada por alguns profissionais de
imobilização financeira. A lei das Sociedades Anônimas (S.A.) estabelece que devam ser
classificadas em investimentos as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza que não se destinem à manutenção da atividade da empresa,
e não se classifiquem no Ativo Circulante ou realizável a longo prazo. (MATARAZZO, 1993)

Exemplos: participação permanente em outras sociedades, obras de arte, imóveis não para
uso (fruição de renda, aluguel)

Imobilizado

São bens e direitos utilizados na atividade operacional da empresa. A venda de qualquer


desses elementos sem a devida reposição, prejudicará (ou pode até paralisar) a atividade
normal da empresa. Exemplos: Podem ser tangíveis como terrenos, construções, obras em
andamento, móveis e utensílios, máquinas, aparelhos e equipamentos, etc.

Intangível

São os bens que não possuem matéria (corpo), portanto não podem ser tocados
fisicamente. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um
ativo intangível, quando:

● for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido,


licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou
passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
● resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais
direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações.

PASSIVO

No passivo, são registradas as obrigações da empresa com terceiros, tecnicamente


chamada de exigibilidades e também o patrimônio líquido, que é a obrigação da empresa
com os seus sócios. Assim, no jargão técnico Exigível Total ou Exigibilidades é a soma das
obrigações da empresa, incluindo aqui as dívidas de curto e de longo prazo.
Recomenda-se que a classificação siga a ordem decrescente do grau de
exigibilidade.

Grau de exigibilidade – diz respeito à prioridade de pagamento por exigência de terceiros


que tem direito ao recebimento.

As contas do passivo são classificadas como: Passivo Circulante, Passivo Não


Circulante e Patrimônio Líquido.

Passivo Circulante
São classificadas neste grupo as obrigações que devem ser pagas ou recolhidas até o
término do próximo exercício. Geralmente aparecem acompanhadas da expressão “a
pagar” ou “a recolher”, e muitas vezes sendo esta a única distinção da despesa que possui
o mesmo nome de conta. É de grande importância na análise das demonstrações
contábeis, pois se trata de valores com grande influência no fluxo de caixa da empresa.
Falta de controle nas obrigações de curto prazo podem levar a empresa à falência. Aqui, as
principais contas são referentes a obrigações com fornecedores, funcionários, fiscais e
trabalhistas, provisões, entre outras. Exemplo: fornecedores, duplicatas a pagar, impostos
a recolher, encargos trabalhistas a recolher, salários a pagar,etc.

Passivo Não Circulante


Passivo Exigível a Longo Prazo são contas de obrigações e só diferem do Passivo
Circulante pelo prazo de pagamento. Com o passar do tempo as contas do exigível a longo
prazo passam para o passivo circulante. Isto porque estas obrigações passam a ser
exigíveis até o final do próximo exercício. Tal transição não acontecerá somente se o
pagamento for feito enquanto a dívida for de longo prazo, antecipando o pagamento.
Exemplo: Financiamentos, Empréstimos, Adiantamentos,etc.

Patrimônio Líquido
É o grupo de contas que embora não seja considerado exigível, está vinculada ao Passivo
por se tratar de uma dívida da empresa para com os seus sócios. E também para
estabelecer o equilíbrio dos recursos entre o Ativo (aplicação) e o Passivo (origem).

O patrimônio líquido é composto por:

● Capital Social: É o recurso aplicado pelos sócios na empresa. Pode ser a título de
investimento inicial, aumento de investimento ou até mesmo aplicação de lucros
para aumentar o investimento na empresa, deduzindo-se a parcela não
integralizada.
● Capital social subscrito: é o valor que os sócios registraram como investimento no
contrato social da empresa. É o compromisso assumido de entrega dos valores.
● Capital social integralizado (realizado): é o valor já entregue pelos sócios, em
virtude do compromisso assumido no registro do capital social. É a diferença entre o
capital subscrito e o capital a realizar.
● Capital social a integralizar (a realizar): é o valor registrado no capital social da
empresa, mas ainda não entregue pelos sócios.
● Reservas de capital: São valores emitidos pela empresa, não destinados a
aumento do capital social e que não passaram pelo resultado. São exemplos: ágio
na venda de ações, prêmio recebido na emissão de debêntures, bônus de
subscrição.
● Reservas de lucros: São valores retidos do lucro, para uma destinação específica.
Ou seja, é a parte do lucro que neste momento não será distribuída aos sócios
como dividendos, ficando investida na empresa. São exemplos: reserva legal,
reserva para contingências, reserva de lucros a realizar, entre outras dispostas na
legislação.
● Ajustes de avaliação patrimonial: São os aumentos ou reduções de valores do
ativo ou passivo, em função do valor real de mercado. Há uma clara intenção de
apresentação do patrimônio pelo valor justo.
● Ações em Tesouraria: Ocorre quando a empresa compra, no mercado de ações,
suas próprias ações.
● Prejuízos Acumulados: É a soma dos valores negativos do resultado que são
acumulados em um ou mais exercícios.

Assim, para saber o que a empresa tem, consultamos o Balanço Patrimonial; mas
para saber como a empresa trabalha (sua eficiência), analisamos a DRE.

Demonstração de Resultado do Exercício


A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas
da empresa em determinado período (12 meses). É apresentada de forma dedutiva
(vertical), ou seja, das receitas subtraem-se às despesas e, em seguida, indica-se o
resultado (lucro ou prejuízo).

O lucro por ação se obtém dividindo o Lucro líquido do Exercício pelo número de ações da
empresa.

Quando as receitas são maiores que as despesas, temos lucro que irá aumentar o valor do
patrimônio líquido ou será distribuído aos sócios, como dividendos.

RECEITAS > DESPESAS = LUCRO

Quando as despesas são maiores que as receitas, temos o prejuízo que irá diminuir o
patrimônio líquido.

DESPESAS > RECEITAS = PREJUÍZO

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