aula 5

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DIREITO PROCESSUAL PENAL - RENATO BRASILEIRO DE LIMA

Aula 05
INVESTIGAÇÃO
PRELIMINAR II

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5. Características do inquérito policial.

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5.5. Procedimento discricionário.

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CPP

Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal,


e o indiciado poderão requerer qualquer
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da
autoridade.

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Lei n. 12.830/13

Art. 2, § 2o Durante a investigação criminal,


cabe ao delegado de polícia a requisição de
perícia, informações, documentos e dados que
interessem à apuração dos fatos.

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Constituição Federal

Art. 129. São funções institucionais do Ministério


Público:
(...)
VIII – requisitar diligências investigatórias e a
instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações
processuais;
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Lei n. 12.830/13

Art. 2, “§ 3º O delegado de polícia conduzirá a


investigação criminal de acordo com seu livre
convencimento técnico-jurídico, com isenção e
imparcialidade.” (VETADO)

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Razões do veto
“Da forma como o dispositivo foi redigido, a
referência ao convencimento técnico-jurídico poderia
sugerir um conflito com as atribuições investigativas
de outras instituições, previstas na Constituição
Federal e no Código de Processo Penal. Desta forma,
é preciso buscar uma solução redacional que
assegure as prerrogativas funcionais dos delegados
de polícias e a convivência harmoniosa entre as
instituições responsáveis pela persecução penal”

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5.6. Procedimento indisponível.

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CPP

Art. 17. A autoridade policial não poderá


mandar arquivar autos de inquérito.

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5.8. Procedimento temporário.

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STJ: “(...) No caso, passados mais de 7 anos desde a instauração do
Inquérito pela Polícia Federal do Maranhão, não houve o oferecimento de
denúncia contra os pacientes. É certo que existe jurisprudência, inclusive
desta Corte, que afirma inexistir constrangimento ilegal pela simples
instauração de Inquérito Policial, mormente quando o investigado está solto,
diante da ausência de constrição em sua liberdade de locomoção (HC
44.649/SP, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJU 08.10.07); entretanto, não se pode
admitir que alguém seja objeto de investigação eterna, porque essa situação,
por si só, enseja evidente constrangimento, abalo moral e, muitas vezes,
econômico e financeiro, principalmente quando se trata de grandes
empresas e empresários e os fatos já foram objeto de Inquérito Policial
arquivado a pedido do Parquet Federal. Ordem concedida, para determinar o
trancamento do Inquérito Policial 2001.37.00.005023-0 (IPL 521/2001), em que
pese o parecer ministerial em sentido contrário. (STJ, 5ª Turma, HC
96.666/MA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 04/09/2008, DJe
22/09/2008).

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Em outro precedente, atinente à investigação da prática de
crime de peculato que se arrastava por quase 6 (seis) anos,
sem que tivesse sido formada a opinio delicti e sem que
houvesse quaisquer notícias concretas de que os
procedimentos estivessem próximos do fim, a 6ª Turma do STJ
(RHC 106.041-TO, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 16.06.2020,
DJe 10.08.2020) concedeu a ordem para fins de determinar o
trancamento dos inquéritos policiais, porquanto configurada
patente ineficiência estatal.

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Nova Lei de Abuso de Autoridade

Art. 31. Estender injustificadamente a


investigação, procrastinando-a em prejuízo
do investigado ou fiscalizado:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.

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6. Formas de instauração do inquérito policial.

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Nova Lei de Abuso de Autoridade

Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento


investigatório de infração penal ou administrativa, em
desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de
crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de
sindicância ou investigação preliminar sumária,
devidamente justificada.

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Obs. 1: vedação às fishing expeditions: trata-se
de uma investigação especulativa
indiscriminada, sem objetivo certo ou
declarado, que lança suas redes com a
esperança de pescar qualquer prova, para
subsidiar uma futura acusação.

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STF: “(...) Ausência de competência por conexão.
Ilegalidade de busca e apreensão. Decisão genérica
que autorizou a diligência contra setenta
escritórios/advogados após o oferecimento de
denúncia. Violação às normas do art. 240, §1º e 243,
§2º, do CPP, bem como do art. 7º, II, §6º, do Estatuto
da OAB. Evidente situação de fishing probatório (...)”.
(STF, 2ª Turma, Rcl 43.479-RJ, Rel. Min. Gilmar
Mendes, j. 10.08.2021, DJ 03.11.2021).

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Obs. 2: verificação de procedência de
informações (VPI’s);

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6.1. Crimes de ação penal pública condicionada
ou de ação penal de iniciativa privada.

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6.2. Crimes de ação penal pública
incondicionada.

a) De ofício.

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b) Requisição da autoridade judiciária ou do
Ministério Público.

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- O STF julgou improcedente o pedido formulado na ADPF 572 (Rel. Min. Edson Fachin, j. 18/06/2020), em que se
discutia a (in) constitucionalidade da instauração do Inq. 4.781. Quanto ao mérito, assentou condicionantes
no sentido de que o procedimento investigatório: (a) seja acompanhado pelo Ministério Público; (b) seja
integralmente observado o Enunciado 14 da Súmula Vinculante; (c) limite o objeto do inquérito a
manifestações que, denotando risco efetivo à independência do Poder Judiciário (CF, art. 2º) pela via da
ameaça aos membros do STF e a seus familiares, atentam contra os Poderes instituídos, contra o Estado de
Direito e contra a democracia; e (d) observe a proteção da liberdade de expressão e de imprensa nos termos
da Constituição, excluindo do escopo do inquérito matérias jornalísticas e postagens, compartilhamentos ou
outras manifestações (inclusive pessoais) na internet, feitas anonimamente ou não, desde que não integrem
esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais. Na visão da Corte, ausente a atuação
dos órgãos de controle com o fim de apurar o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do
Judiciário e o Estado de Direito, incide o art. 43 do RISTF. Esse dispositivo é regra excepcional que confere
ao Judiciário função atípica na seara da investigação, de modo que seu emprego depende de rígido
escrutínio. Muito embora o dispositivo regimental exija que os fatos apurados ocorram na sede ou
dependência do próprio STF, o caráter difuso dos crimes cometidos por meio da internet permite estender o
conceito de “sede”, uma vez que o STF exerce jurisdição em todo o território nacional. Logo, os crimes
objeto do inquérito, contra a honra e, portanto, formais, cometidos em ambiente virtual, podem ser
considerados como cometidos na sede ou dependência do STF. Considerou-se, ademais, ser imprescindível
a obediência ao juiz natural. De acordo com a regra regimental, o ministro competente para presidir o
inquérito é o presidente da Corte, ou seu delegatário. Nesse caso, a delegação pode afastar a distribuição por
sorteio, embora esta também seja uma via legítima. Ao Ministério Público caberá, derradeiramente, diante
dos elementos colhidos, propor eventual ação penal ou promover o respectivo arquivamento.

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c) Requerimento do ofendido (ou de seu
representante legal).

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d) Notícia oferecida por qualquer do povo;

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e) Auto de prisão em flagrante delito.

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7. Notitia criminis.

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7.1. Conceito: é o conhecimento, espontâneo
ou provocado, por parte da autoridade
policial, acerca de um fato delituoso.

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7.2. Espécies.
a) De cognição imediata (espontânea): a autoridade
policial toma conhecimento do crime através de suas
atividades rotineiras;
b) De cognição mediata (provocada): a autoridade
policial toma conhecimento do crime através de um
expediente escrito.;
c) De cognição coercitiva: nesse caso a autoridade
policial toma conhecimento do fato delituoso através
da apresentação de indivíduo preso em flagrante.

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7.3. Notitia criminis inqualificada.

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STF: “(...) Firmou-se a orientação de que a
autoridade policial, ao receber uma denúncia
anônima, deve antes realizar diligências
preliminares para averiguar se os fatos
narrados nessa "denúncia" são materialmente
verdadeiros, para, só então, iniciar as
investigações”. (STF, 1ª Turma, HC 95.244/PE,
Rel. Min. Dias Toffoli, j. 23/03/2010, DJe 76
29/04/2010).

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(TRF – 2ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO- 2017) Delegado da Polícia Federal recebe
carta apócrifa, na qual é reportado esquema de fraude, consistente em produzir atestados falsos
para obtenção, junto ao INSS, de benefícios de auxíiiodoença. Após diligências preliminares
destinadas a verificar a verossimilhança das informações da carta, o Delegado instaura inquérito
policial para completa apuração dos fatos. Consideradas tal narrativa e a jurisprudência do STF,
assinale a opção correta:
(a)O inquérito deve ser trancado, pois é ilegal a sua instauração a partir de denúncia anônima.
(b)É legal a instauração de inquérito policial em virtude de denúncia anônima, desde que realizadas
diligências preliminares para verificar a verossimilhança das informações.
(c)O inquérito deve ser trancado. No caso de denúncia anônima, a jurisprudência do STF assinala
que o inquérito policial só pode ser instaurado com autorização judicial prévia.
(d)Em virtude da regra constitucional que veda o anonimato, a jurisprudência dos Tribunais
Superiores aponta que o inquérito policial só pode ser formalmente instaurado após diligências
prévias e após a autorização do juiz, que, cm alguns casos, pode ser posterior.
(e)Independentemente da questão do anonimato, que depende de solução diversa das acima
apontadas, o Delegado agiu de forma ilícita, pois é vedada a realização de diligências
investigatórias antes da instauração formal de inquérito policial, já que subtrai da apreciação legal o
eventual arquivamento das informações.

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Gabarito: B

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8. Incomunicabilidade do indiciado preso.

Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre


de despacho nos autos e somente será permitida quando o
interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o
exigir.

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9. Identificação criminal.

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Constituição Federal

Art. 5º (...)
(...)
LVIII – o civilmente identificado não será
submetido à identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei.

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Súmula n. 568 do STF: “A identificação criminal
não constitui constrangimento ilegal, ainda que
o indiciado já tenha sido identificado
civilmente”.

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9.1. Leis relativas à identificação criminal.

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III – o indiciado portar documentos de identidade distintos,
com informações conflitantes entre si;

IV – a identificação criminal for essencial às investigações


policiais, segundo despacho da autoridade judiciária
competente, que decidirá de ofício ou mediante
representação da autoridade policial, do Ministério Público
ou da defesa;

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V – constar de registros policiais o uso de
outros nomes ou diferentes qualificações;

VI – o estado de conservação ou a distância


temporal ou da localidade da expedição do
documento apresentado impossibilite a
completa identificação dos caracteres
essenciais.

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9.3. Identificação do perfil genético (Lei n.
12.654/12).

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Lei n. 12.037/09

Art. 5 o (...)
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do
art. 3o, a identificação criminal poderá incluir a
coleta de material biológico para a obtenção do
perfil genético.

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Lei n. 12.037/09

Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos


bancos de dados ocorrerá: (Redação dada
pela Lei n. 13.964/19)
I – no caso de absolvição do acusado;
II – no caso de condenação do acusado,
mediante requerimento, após decorridos 20
(vinte) anos do cumprimento da pena.
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LEP

Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com


violência grave contra a pessoa, bem como por crime
contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime
sexual contra vulnerável, será submetido,
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético,
mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico),
por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso
no estabelecimento prisional. (Redação dada pela Lei n.
13.964, de 2019)
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Obs. 1. Constitucionalidade da identificação do
perfil genético à luz do princípio do nemo
tenetur se detegere;

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- A controvérsia deverá ser dirimida em breve pelo Supremo
Tribunal Federal, onde o tema será objeto de análise no
Recurso Extraordinário n. 973.837/MG, com repercussão
geral reconhecida.

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Muito embora o tema esteja pendente de análise pelo Supremo Tribunal Federal, há precedente da
6ª Turma do STJ (RHC 162.703/RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, j. 13.09.2022) reconhecendo a
nulidade, para fins de identificação criminal, da coleta compulsória de material orgânico não
descartado de pessoas definitivamente não condenadas. No caso concreto, a infração praticada não
deixara vestígios, tampouco a autoridade policial noticiara de que forma a providência restritiva traria
utilidade às investigações, nem tampouco havia denúncia contra o investigado, quanto mais sentença
condenatória. Aos olhos da 6ª Turma do STJ, se é verdade que há precedentes daquele Tribunal no
sentido de que a extração de saliva não representa método invasivo da intimidade, também não é
menos verdade que em todas essas hipóteses o referido material genético se achava em objetos
descartados – vale dizer, o exame do elemento orgânico não envolveu violação ao corpo do indivíduo
(ilustrativamente, o suspeito fumou e desprezou cigarros, ou a saliva foi recolhida de copos ou
talheres de plástico utilizados e eliminados) – ou a arrecadação do material biológico foi consentida.
Deveras, há dezenas de precedentes do STJ que não confrontam com o caso concreto apreciado
pela 6ª Turma do STJ no citado RHC 162.703/RS, porquanto aludem à coleta de elementos orgânicos
de sentenciados e sujeitos à execução, ou remetem a circunstâncias em que há consentimento do
acusado com o recolhimento do material biológico ou fornecimento voluntário do dado perquerido.
Diante do distinguishing, declarou-se a nulidade da coleta compulsória de material orgânico e da
inserção dos respectivos dados biológicos no Banco Nacional de Perfis Genéticos no caso concreto,
eis que: I. não havia sentença contra o investigado; II. não havia proporcionalidade na medida
invasiva, já que não havia denúncia em seu desfavor; III. não havia dúvida acerca da identificação do
investigado; IV. o delito pelo qual se determinou a providência restritiva não deixou vestígios; V. não
havia comprovação bastante de que a identificação genética do investigado era essencial para a
investigação criminal; VI. não se tratava de material biológico descartado; VII. a coleta dos dados
orgânicos dependia da intervenção no corpo do indivíduo, não consentida; VIII. o investigado, em
princípio, era primário, de modo que não havia motivo idôneo, ao menos à época, para a inclusão do
seu perfil biológico em banco estatal de dados genéticos; IX. há discussão relevante no Supremo
Tribunal Federal sobre a possibilidade de atos semelhantes violarem direito à personalidade de
pessoas definitivamente condenadas, bem como a prerrogativa de os réus não se autoincriminarem
(conforme, inclusive, orientação da Corte Européia de Direitos Humanos); e X. a espécie não se
adequava aos precedentes do STJ, que se reportam a sentenciados, a material descartado ou ao
consentimento da provisão dos dados biológicos pelos réus.

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10. Indiciamento.

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10.1. Conceito.

Consiste em atribuir a alguém a autoria de


determinada infração penal.

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10.2. Momento.

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STJ: “(...) Esta Corte Superior de Justiça, reiteradamente,
vem decidindo que o indiciamento formal dos acusados,
após o recebimento da denúncia, submete os pacientes a
constrangimento ilegal e desnecessário, uma vez que tal
procedimento, que é próprio da fase inquisitorial, não mais
se justifica quando a ação penal já se encontra em curso.
Habeas corpus concedido para cassar a decisão que
determinou o indiciamento formal dos pacientes, excluindo-
se todos os registros e anotações, relativos ao processo de
que aqui se cuida, sem prejuízo do regular andamento da
ação penal. (STJ, 6ª Turma, HC 182.455/SP, Rel. Min. Haroldo
Rodrigues, j. 05/05/2011).
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10.3. Espécies.

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10.4. Pressupostos.

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STF: “(...) Indiciamento. Ato penalmente relevante.
Lesividade teórica. Indeferimento. Inexistência de
fatos capazes de justificar o registro.
Constrangimento ilegal caracterizado. Liminar
confirmada. Concessão parcial de habeas corpus
para esse fim. Precedentes. Não havendo
elementos que o justifiquem, constitui
constrangimento ilegal o ato de indiciamento em
inquérito policial”. (STF, 2ª Turma, HC 85.541, Rel.
Min. Cezar Peluso, DJe 157 21/08/2008).
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10.5. Atribuição.

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STF: “(...) Sendo o ato de indiciamento de atribuição
exclusiva da autoridade policial, não existe fundamento
jurídico que autorize o magistrado, após receber a
denúncia, requisitar ao Delegado de Polícia o
indiciamento de determinada pessoa. A rigor, requisição
dessa natureza é incompatível com o sistema
acusatório, que impõe a separação orgânica das funções
concernentes à persecução penal, de modo a impedir
que o juiz adote qualquer postura inerente à função
investigatória. Doutrina. Lei 12.830/2013. Ordem
concedida. (STF, 2ª Turma, HC 115.015/SP, Rel. Min. Teori
Zavascki, j. 27/08/2013).
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Lei n. 12.830/13
Art. 2, § 6o O indiciamento, privativo do
delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-
jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias.

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10.6. Desindiciamento.

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10.7. Sujeito passivo.

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STF: “(...) Se a Constituição estabelece que os agentes políticos respondem,
por crime comum, perante o STF (CF, art. 102, I, b), não há razão
constitucional plausível para que as atividades diretamente relacionadas à
supervisão judicial (abertura de procedimento investigatório) sejam retiradas
do controle judicial do STF. A iniciativa do procedimento investigatório deve
ser confiada ao MPF contando com a supervisão do Ministro-Relator do STF.
A Polícia Federal não está autorizada a abrir de ofício inquérito policial para
apurar a conduta de parlamentares federais ou do próprio Presidente da
República (no caso do STF). No exercício de competência penal originária do
STF (CF, art. 102, I, "b" c/c Lei nº 8.038/1990, art. 2º e RI/STF, arts. 230 a 234),
a atividade de supervisão judicial deve ser constitucionalmente
desempenhada durante toda a tramitação das investigações desde a
abertura dos procedimentos investigatórios até o eventual oferecimento, ou
não, de denúncia pelo dominus litis. Questão de ordem resolvida no sentido
de anular o ato formal de indiciamento promovido pela autoridade policial
em face do parlamentar investigado”. (STF, Pleno, Inq. 2.411 QO/MT, Rel. Min.
Gilmar Mendes, DJe 74 24/04/2008).
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- O STJ tem precedentes no sentido de que, embora as autoridades com
prerrogativa de foro devam ser processadas perante o Tribunal
competente, a lei não excepciona a forma como devem ser
investigadas, devendo ser aplicada, assim, a regra geral prevista no
art. 5º do CPP. Portanto, não há necessidade de autorização do
Judiciário para a instauração de inquérito (ou procedimento
investigatório criminal) contra agente com foro por prerrogativa de
função, dada a inexistência de norma constitucional ou
infraconstitucional nesse sentido, o que, aliás, vem inclusive ao
encontro do sistema acusatório adotado pelo Brasil, que prima pela
distribuição das funções de acusar, defender e julgar a órgãos
diversos. Nesse contexto: STJ, 5ª Turma, AgRg no HC 404.228/RJ, Rel.
Min. Jorge Mussi, j. 01.03.2018, DJe 07.03.2018; STJ, 5ª Turma, REsp
1.563.962/RN, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 08.11.2016, DJe
16.11.2016.

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- Cuida-se, porém, de orientação que não encontra ressonância no STF,
que tem reiteradamente afirmado, sobretudo em julgados de sua 2ª
Turma, que é indispensável a existência de prévia autorização judicial
para a instauração de inquérito ou outro procedimento investigatório
(v.g., no âmbito do Ministério Público) em face de autoridade com foro
por prerrogativa de função. Com base nesse entendimento, em caso
concreto em que não teria havido supervisão judicial das
investigações deflagradas pelo Parquet contra autoridade então dotada
de foro por prerrogativa de função em Tribunal de Justiça, a 2ª Turma
do STF declarou a nulidade dos Relatórios de Inteligência Financeira
(RIF’s) por intercâmbio e das provas deles decorrentes. A propósito,
confira-se: STF, 2ª Turma, HC 201.965/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
30.11.2021. Com entendimento semelhante: STF, 2ª Turma, RE 1.322854
AgR/GO, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 03.08.2021, DJe 09.08.2021.

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STF: “(...) Inquérito policial em tramitação perante a
Justiça Federal de primeira instância, para apurar
possível prática de crime de sonegação fiscal e
lavagem de dinheiro por pessoas que não gozam de
foro por prerrogativa de função. A simples menção
de nome de parlamentar, em depoimentos prestados
pelos investigados, não tem o condão de firmar a
competência do Supremo Tribunal para o
processamento de inquérito. H.C. indeferido”. (STF,
2ª Turma, HC 82.647/PR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ
25/04/2003).
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Obs. 1: portanto, se a investigação contra titular de foro por
prerrogativa de função for levada adiante sem a supervisão do
Tribunal competente, os elementos de informação obtidos pela
autoridade policial devem ser considerados ilícitos. Nesse
contexto: STF, Pleno, Inq. 2.842/DF, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJe 41 26/02/2014).

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Obs. 2: para fins de instauração de um inquérito policial, não há
necessidade de prévia autorização judicial, independentemente da
natureza do delito. Não por outro motivo, o Plenário do Supremo Tribunal
Federal se viu obrigado a deferir, em parte, pedido de medida cautelar em
ação direta de inconstitucionalidade (STF, Pleno, ADI 5.104 MC/DF, Rel.
Min. Roberto Barroso, j. 21/05/2014), para suspender, até julgamento final
da ação, a eficácia do art. 8º da Resolução 23.396/2013, do Tribunal
Superior Eleitoral - TSE (“O inquérito policial eleitoral somente será
instaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral, salvo a hipótese
de prisão em flagrante”). Ora, uma resolução do TSE não pode contrariar
a lei, nem tampouco a Constituição Federal, seja exigindo, em matéria
eleitoral, o que a lei não exigira ou proibira, seja distinguindo onde o
próprio legislador não distinguira.

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Obs. 3: Surgindo indícios da prática de crime por parte de magistrado, o
prosseguimento dessa investigação criminal não depende de deliberação do
órgão especial do tribunal competente, cabendo ao relator a quem o
inquérito foi distribuído determinar as diligências que entender cabíveis. O
parágrafo único do art. 33 da LOMAN não autoriza concluir ser necessária a
submissão do procedimento investigatório ao órgão especial tão logo
chegue ao tribunal competente, para que seja autorizado o prosseguimento
do inquérito. Trata-se, em verdade, de regra de competência. No tribunal, o
inquérito é distribuído ao relator, a quem cabe determinar as diligências que
entender cabíveis para realizar a apuração, podendo chegar, inclusive, ao
arquivamento. Cabe ao órgão especial receber ou rejeitar a denúncia,
conforme o caso, sendo desnecessária a sua autorização para a instauração
do inquérito judicial. Nesse contexto: STJ, 6ª Turma, HC 208.657/MG, Rel.
Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 22/4/2014, DJe 13/05/2014.

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10.8 Afastamento do servidor público do
exercício de suas funções como efeito
automático do indiciamento em crimes de
lavagem de capitais.

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Lei n. 9.613/98
Art. 17-D, com redação dada pela Lei n.
12.683/12: “Em caso de indiciamento de
servidor público, este será afastado, sem
prejuízo da remuneração e demais direitos
previstos em lei, até que o juiz competente
autorize, em decisão fundamentada, o seu
retorno”.

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- No julgamento da ADI 4.911 (j. 20.11.2020), o Plenário do STF
declarou a inconstitucionalidade do art. 17-D da Lei n. 9.613/98.
Prevaleceu o voto do Min. Alexandre de Moraes, para quem a
determinação de afastamento automático do servidor investigado,
por consequência única e direta do indiciamento, viola os princípios
da presunção de inocência e da igualdade entre os acusados. A
medida, ademais, não atende ao princípio da proporcionalidade,
pois o afastamento do servidor pode ocorrer a partir de
representação da autoridade policial ou do Ministério Público à
autoridade judiciária competente, na forma de medida cautelar
diversa da prisão, conforme já preveem os arts. 282, §2º, e 319,
inciso VI, do CPP.

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11. Conclusão do inquérito policial.

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11.1. Prazo para a conclusão do IP.

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CPP

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10


dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem
de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.

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CPP
Art. 3º-B. (...)
(...)
§2º Se o investigado estiver preso, o juiz das
garantias poderá, mediante representação da
autoridade policial e ouvido o Ministério Público,
prorrogar, uma vez, a duração do inquérito por até 15
(quinze) dias, após o que, se ainda assim a
investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei n. 13.964/19)

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- Atenção para alguns prazos previstos na
legislação especial:

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Lei 5.010/66 (Justiça Federal)
Art. 66. O prazo para conclusão do inquérito policial
será de quinze dias, quando o indiciado estiver preso,
podendo ser prorrogado por mais quinze dias, a
pedido, devidamente fundamentado, da autoridade
policial e deferido pelo Juiz a que competir o
conhecimento do processo.
Parágrafo único. Ao requerer a prorrogação do prazo
para conclusão do inquérito, a autoridade policial
deverá apresentar o preso ao Juiz.
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Lei 11.343/06 (Drogas)
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo
de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de
90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este
artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da
autoridade de polícia judiciária.

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CPPM
Art. 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se
o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir do dia
em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de
quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a
partir da data em que se instaurar o inquérito.
1º Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte
dias pela autoridade militar superior, desde que não
estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja
necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do
fato.

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Lei n. 1.521/51 (crimes contra a economia
popular)
Art. 10. (...)
§1º Os atos policiais (inquérito ou processo
iniciado por portaria) deverão terminar no
prazo de 10 (dez) dias.

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Lei 8.072/90 (Crimes Hediondos)
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o
terrorismo são insuscetíveis de: (…)
§ 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no
7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes
previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464,
de 2007)
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PRAZO
SOLTO PRESO

JUSTIÇA ESTADUAL
30 10 + 15

JUSTIÇA FEDERAL
30 15 + 15

LEI DE DROGAS
90+90 30+30

JUSTIÇA MILITAR
40 20

CRIMES CONTRA ECONOMIA 10 10


POPULAR
Prisão temporária em crimes não se aplica 30+30
hediondos
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STJ: “(...) A prisão ilegal, que há de ser relaxada pela
autoridade judiciária, em cumprimento de dever-poder
insculpido no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição da
República, compreende, por certo, aquela que, afora perdurar
por prazo superior ao prescrito em lei, ofende de forma
manifesta o princípio da razoabilidade. É induvidosa a
caracterização de constrangimento ilegal, quando perdura a
constrição cautelar por mais de seis meses, sem oferecimento
da denúncia, fazendo-se invocável a razoabilidade. Ordem
concedida”. (STJ, 6ª Turma, HC 44.604/RN, Rel. Min. Hamilton
Carvalhido, j. 09/12/2005, DJ 06/02/2006, p. 356).

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11.2. Relatório da autoridade policial: peça de
caráter descritivo, em que o Delegado de
Polícia descreve as principais diligências
realizadas na fase investigatória.

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CPP, Art. 10. (…)
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver
sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar
testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o
indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao
juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências,
que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

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11.3. Destinatário dos autos do inquérito policial.

CPP.
Art. 10(...)
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver
sido apurado e enviará autos ao juiz competente.

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- Resolução n. 63/2009 do Conselho da Justiça
Federal.

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Obs. 1: no julgamento da ADI 2.886/RJ, o Plenário do Supremo
julgou procedente, em parte, pedido formulado em ação direta para
declarar a inconstitucionalidade formal do inciso IV art. 35 da Lei
Complementar 106/2003, do Estado do Rio de Janeiro (“Art. 35. No
exercício de suas funções, cabe ao Ministério Público: ... IV - receber
diretamente da Polícia Judiciária o inquérito policial, tratando-se de
infração de ação penal pública”). O Tribunal reconheceu o caráter
procedimental do inquérito e afastou a apontada ofensa à
competência privativa da União para legislar sobre direito
processual (CF, art. 22, I). Entretanto, entendeu violado o § 1º do art.
24 da CF, porquanto o ato atacado dispõe de forma diversa do que
estabelecido pela norma geral editada pela União sobre a matéria,
qual seja, o § 1º do art. 10 do CPP. (STF, Pleno, ADI 2.886/RJ, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, j. 03/04/2014).
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Obs. 2: na dicção do TRF da 4ª Região, embora seja juridicamente possível
que o magistrado, no livre exercício da atividade jurisdicional, sopesando
princípios como economia processual, instrumentalidade, eficiência e
celeridade, determine a tramitação direta de inquéritos sob sua jurisdição
entre a polícia e o parquet, tal não pode ser imposto por resoluções
administrativas, atos infralegais, como, por exemplo, a Resolução n. 63 do
Conselho da Justiça Federal. Inexistindo na lei determinação de que o Juiz
estabeleça a tramitação direta de inquérito policial entre Autoridade Policial
e o Ministério Público Federal, e sendo certo que resoluções administrativas
não têm o condão de arredar o disposto no art. 10, §3º, do CPP, interferindo
no livre exercício da jurisdição, eventual indeferimento dessa tramitação
direta não caracteriza inversão tumultuária dos atos para fins de
interposição de correição parcial. Nessa linha: TRF4, COR
2009.04.00.044743-5, Oitava Turma, Relator Guilherme Beltrami, D.E.
03/02/2010.

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11.4. Providências a serem adotadas pelo MP
ao ter vista dos autos do inquérito policial:

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a) Crimes de ação penal privada:

CPP
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos
do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde
aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante
legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante
traslado.

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b) Crimes de ação penal pública;

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b.1. Oferecimento de denúncia;

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b.2. decisão de arquivamento;

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b.3. requisição de diligências;

CPP
Art. 16. O Ministério Público não poderá
requerer a devolução do inquérito à autoridade
policial, senão para novas diligências,
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

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CF/88
Art. 129. São funções institucionais do
Ministério Público:
(…)
VIII - requisitar diligências investigatórias e a
instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações
processuais;

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b.4. declinação da competência;

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b.5. suscitar conflito de competência;

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- Conflito de competência.

Trata-se de instrumento que visa dirimir


eventual controvérsia entre duas ou mais
autoridades judiciárias acerca da
(in)competência para o processo e julgamento
de determinada demanda.
Previsão legal: CPP, arts. 113 a 117.

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- Espécies de conflitos de competência:

a) positivo:

b) Negativo:

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Atenção para o limite temporal previsto na
súmula 59 do STJ: não há conflito de
competência se já existe sentença com trânsito
em julgado, proferida por um dos juízos
conflitantes.

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Súmula 73 do STJ: a utilização de papel moeda
grosseiramente falsificado configura, em tese,
o crime de estelionato, da competência da
Justiça Estadual.

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Tribunal competente para decidir o conflito de
competência:

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- Juiz da comarca de Cabo Frio/RJ X TJ/ RJ:

- Juiz Federal do MS X Juiz Federal SP:

- Juiz de Direito do JECRIM/BH x Juiz de Direito da


Vara Criminal/BH:

- Juiz de Direito da Vara Criminal/RS X Juiz de Direito


do Juízo Militar/RS:
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Súmula 348 do STJ: compete ao Superior Tribunal de Justiça
decidir os conflitos de competência entre juizado especial
federal e juízo federal, ainda que da mesma seção judiciária.
Súmula 428 do STJ: compete ao Tribunal Regional Federal
decidir os conflitos de competência entre juizado especial
federal e juízo federal da mesma seção judiciária.

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