Exame Físico da criança

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Exame Físico da criança

 Varia de acordo com a idade


 Conversar com a criança antes e durante o exame
 Sinais vitais inicialmente (choro pode alterar)
 Muitas vezes iniciamos no colo da mãe
 Ouvido e garganta no final

 Medidas antropométricas
 Peso; altura; perímetros (cefálico, torácico, abdominal)
 Sempre colocar as medidas nos gráficos da caderneta da criança

Dados vitais

1. Frequência cardíaca (bpm)

2. Frequência Respiratória (irpm)

Obs: verificar a satO2 sempre que a


criança estiver taquipneica ou com
sinais de cianose

3. Técnica de aferição da PA
 Criança na posição sentada, braço direito, em repouso
 Borracha inflável do manguito deve circundar o braço e deve cobrir 40% da distância do
olecrano ao acrômio
 Estetoscópio não pode ficar sob o manguito
 Necessário 3 aferições em diferentes ocasiões
 Locais de aferição: cubital; poplítea; pediosa

4. Exame da pele
 Anamnese deve ser dirigida, com perguntas diretas e objetivas:
 Início: súbito ou gradual
 Tempo de aparecimento
 Progressão do quadro dermatológico – evolução das lesões (melhora, piora,
surtos, sazonalidade)
 Fatores precipitantes ou agravantes – cosméticos, sabões ou produtos novos
 Tratamentos anteriores e atuais
 Pesquisa de lesões elementares (primárias e secundárias): a morfologia, a configuração, a
distribuição e a consistência
 Lesões primárias – são lesões mais representativas da doença – podem ser planas (máculas),
salientes (pápulas, nódulos, tumorações) ou de conteúdo líquido (vesículas, bolhas, pústulas)
 Lesões secundárias – alterações evolutivas que ocorrem no curso das dermatoses – erosões
(rompimento da epiderme ou derme e seguem uma vesícula); úlceras (alterações mais
profunda da pele, com envolvimento da epiderme e derme); escamas (processo proliferativo
das camadas da epiderme); crostas (concreção dos líquidos presentes nas vesículas, bolhas
ou pústulas)
 Mecanismo de agressão à pele:
o Invasão e multiplicação direta na pele
o Ação de toxinas
o Ação imunoalérgica com expressão na pele
o Dano vascular podendo causar obstrução e necrose da pele

 ALTERAÇÕES DEMATOLÓGICAS
 Exantema: qualquer alteração de cor e/ou relevo da pele
 Enantema: alteração da mucosa oral
 Mácula: alteração circunscrita da cor da pele
 Pápula: lesão elevada, sólida, menor que 1 cm de diâmetro
 Placa: lesão elevada, sólida, maior que 1 cm de diâmetro
 Vesícula: lesão elevada, conteúdo líquido, seroso, menor que 1 cm de diâmetro
 Bolha: lesão elevada, conteúdo líquido, maior que 1 cm de diâmetro
 Púrpura: lesão arroxeada, secundária a hemorragia cutânea ou alteração vascular, quando
puntiforme denominada petéquia
 GÂNGLIOS
 A exploração dos linfonodos superficiais é parte obrigatória do exame clínico da criança
 Observar: tamanho, localização, consistência, presença de sinais inflamatórios, sensibilidade,
presença de fístulas, aderência a pele, aos planos profundos ou a outros gânglios adjacentes
 Dependendo da faixa etária, na infância os linfonodos podem estar aumentados sem ser
considerados sinal de doença, mas representar respostas transitória do sistema imunológico
as infecções de pele ou do sistema respiratório
 Outras vezes, porém, adenomegalias podem ser sinais de doenças graves que cursam e que
precisam ser diagnosticadas a tempo para um tratamento efetivo
 Adenomegalia:
o Período neonatal – qualquer tamanho
o Lactentes e crianças - >1cm na região cervical; >1,5 cm na região inguinal e
>0,5cm em qualquer outra região
o Devem ser explorados – tempo de aparecimento, a velocidade de
crescimento, presença de sinais inflamatórios, epidemiologia de contato com
doentes ou animais, uso de medicações, sinais gerais como febre,
emagrecimento, palidez, adinamia, exantemas e hepatoesplenomegalia
 Aparecimento de linfonodos aumentados de forma aguda e localizada em crianças com bom
estado geral sugere processo infeccioso benigno
 Quadros insidiosos com aumento generalizado dos linfonodos e alteração do estado geral
devem ser considerados graves
 A localização da adenomegalia está estritamente relacionada à drenagem linfática da região
afetada, sendo classificada em regional ou localizada
 A consistência dos linfonodos podem variar desde fibroelastica, presente nos processos
inflamatórios, até amolecida, com flutuação em processos supurativos ou pétreos nas
doenças malignas
Roséola (Exantema Súbito/Febril)

 O exantema súbito, também conhecido como roseola infantum ou sexta doença, ocorre em
aproximadamente 20% das crianças com infecção primária pelo HHV-6 e consiste na sua
apresentação clássica.
 Causado pelo Herpesvírus humano 6.
 Comum na infância entre 6 e 30 meses.
 O início é com febre alta e, após desaparecimento desta, surge rash morbiliforme,
principalmente em tronco e membros, com distribuição craniocaudal. Involução após 2 a 3
dias.
 Caracteriza-se por uma fase febril de início súbito, com temperaturas chegando a 39,5 a 40°C
durante 3 a 5 dias.
 Algumas crianças apresentam também edema periorbitário durante o quadro febril. Esse
período inicial é seguido por exantema que aparece quando a temperatura normaliza;
 É benigno e frequente na infância. Comum em lactentes e pré-escolares. Em cerca de 10 dias
os sintomas desaparecem.
 Tratamento: tratar sintomas; - Não precisa solicitar exames.
 Fisiopatologia: vírus penetra pelas mucosas > febre alta de 3-4 dias, rash não pruriginoso que
começa no tronco e pode se extender > pode ocorrer convulsão por conta da
FEBRE/hipertermia.

Varicela

 Causada pelo vírus varicela-zoster (V'ZV).


 É a doença mais comum na infância. E mais usual que, ocorra infecção primária antes dos 1 O
anos. E altamente contagiosa, com período de transmissão de 5 a 7 dias antes do
aparecimento da lesão até que elas desapareçam.
 Confere imunidade por toda a vida.
 Inicialmente, há período prodrômico, com sintomatologia geral, e, após, há o surgimento de
manchas eritematosas que evoluem para vesículas, pústulas e crostas, determinando
polimorfismo.
 As lesões são mais numerosas no tronco e têm evolução craniocaudal.
 Pode ocorrer lesão mucosa. A involução é em 7 a 1 O dias

Escarlatina = Amigdalite + Exantema

 Streptococcus Pyogenes (hemolítico do grupo A)


 3-12 anos
 Ação de toxinas eritrogênicas
 Amígdalas hipertrofiadas, hiperemiadas e com exsudatos (50-90%)
 Adenomegalia dolorosa (30-60%)
 Inicio agudo com febre alta, calafrios, vômitos, cefaleia, prostação, amigdalite e dor
abdominal
 Exantema surge de 12 a 24 horas depois. Inicio em áreas de flexão (exantema petequial –
Sinal de Pastia)
 Exantema confluente, finamente papular eritematoso, com textura áspera
 Orofaringe acometida. Língua saburrosa (morango branco) 1º e 2º dia. Língua em
framboesa no 3º e 4º dias
 Sinal de filatov : rubor facial com palidez perioral
 Cerca de 3 semanas após há descamação do tipo laminar em mãos e pés

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