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Traumato Revisao

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LEANDRO OLIVEIRA
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TRAUMATO

Fratura Transversa

 A linha de fratura é perpendicular ao eixo do osso, formando um ângulo próximo de 90°.


 Geralmente causada por forças diretas ou impactos bruscos.

Fratura Longitudinal

 A linha de fratura segue paralela ao eixo longitudinal do osso.


 Geralmente ocorre devido a forças de esmagamento ou pressão ao longo do osso.

Fratura Oblíqua

 A linha de fratura forma um ângulo inclinado em relação ao eixo do osso.


 Ocorre comumente por forças anguladas ou torções.

Fratura Oblíqua Exposta

 A fratura é oblíqua e o osso perfura a pele, deixando-o exposto.


 É mais propensa a infecções devido à comunicação com o meio externo.

Fratura Desviada

 Os fragmentos do osso se deslocam da posição normal após a fratura.


 Pode ocorrer em qualquer tipo de padrão de fratura (transversal, oblíqua, espiral).
 Fratura em Espiral

 A linha de fratura tem um padrão helicoidal ao redor do osso, semelhante a uma espiral.
 Geralmente causada por forças de torção.

Fratura Simples

 O osso quebra em apenas duas partes, sem fragmentação significativa.


 A pele permanece intacta, sem exposição do osso ao meio externo.

Fratura Cominutiva

 O osso quebra em vários fragmentos ou pedaços.


 Comum em traumas de alta energia, como acidentes de carro ou quedas graves.
FASES DE REPARO DA FRATURA

Fase inflamatória inicial


A fase inflamatória inicial é dominada por eventos vasculares. Após uma fratura, forma-se um hematoma
que fornece os blocos de construção para a cura. Posteriormente, ocorre a reabsorção de 1 a 2 mm de osso
nas bordas da fratura que perderam seu suprimento sanguíneo.
Fase reparadora
Na fase reparadora, novos vasos sanguíneos se desenvolvem de fora do osso. Há o fornecimento de
nutrientes para a cartilagem, que começa a se formar no local da fratura.
A imobilização quase completa é desejável durante a fase inflamatória e a fase reparadora inicial, para que
seja possível permitir o crescimento desses novos vasos.

Fase de remodelação

Na fase de remodelação, o calo endocondral torna-se completamente ossificado e o osso sofre remodelação
estrutural. O processo de remodelação ocorre rapidamente em crianças pequenas, que remodelam todo o seu
esqueleto todos os anos. No final da infância, a taxa de remodelação esquelética é de aproximadamente 10%
ao ano. Ao longo da vida, esse valor continua próximo.

TEMPO DE CONSOLIDAÇÃO DA FRATURA

Não existem regras rígidas sobre o tempo de consolidação.

 Calo ósseo duro: 3 meses


 Processo de remodelação final: até 2 anos. Fatores que influenciam a consolidação da fratura são:
 Aspecto mecânico: estabilidade do osso no local da fratura.
 Aspecto biológico: condição da vascularização no local da fratura

FRATURA NÃO CONSOLIDADA – PSEUARTROSE

SINDROME DO IMOBILISMO

CAUSA INFLAMAÇÃO, PERDA DE MASSA OSSEA E ENCURTAMENTO MUSCULAR.

O QUE PODEMOS TRABALHAR ? ALONGAMENTO, MOBILIDADE, ELETRO, CINESIO, LIBERAR


A FASCIA PARA DIMINUIR ENCURTAMENTO E REEDUCAÇÃO FUNCIONAL.

FIXADOR EXTERNO

VANTAGENS : osteogênese imediata e rápida (qualquer idade), boa qualidade óssea, trauma pequeno,
circular = > estabilidade, permite carga imediata (máx. 250 Kg),permite movimento precoce.

DESVANTAGENS: forma e peso, aceitação psicológica, problemas locais (dor, infecção), dificuldade de
contração muscular (fios).
FIXADOR EXTERNO X ILIZAROV

FIXADOR EXTERNO: Utiliza pinos ou fios transfixantes que penetram perpendicularmente no esqueleto
e são fixados uns aos outros por uma armação metálica, fraturas abertas com danos de tecidos moles: apoio
estável ao mesmo tempo que permite o tratamento das lesões dos tecidos moles, tipos: linear e circular.

ILIZAROV: Permite: compressão, distração, transporte ósseo, remodelamento e o alongamento ósseo,


possibilita: correção de fraturas e deformidades ósseas, tratamento de infecções e até mesmo a substituição
do emprego de próteses ou enxerto ósseo nas ressecções tumorais. Objetivo: promover a manutenção das
funções de sustentação e locomoção do membro acometido, promovendo a mobilização precoce do paciente;
contenção de fraturas e alongamentos ósseos (ossos longos). A possibilidade de colocação de carga precoce
na extremidade atingida promove solicitação fisiológica na região dos fragmentos ósseos, estimulando a
osteogênese com a aplicação do efeito piezoelétrico.

Principal indicação: lesões/fraturas (ocasionadas de traumas de grande intensidade) em que há uma grande
perda de substância de pele e de osso.

FIXADOR EXTERNO ILIZAROV

ESPONDILÓLISE X ESPONDILOLISTESE

ESPONDILÓLISE: fratura por estresse ou defeito ósseo na pars interarticularis (uma pequena porção do
arco vertebral, geralmente na região lombar, especialmente em L5).

ESPONDILOLISTESE: deslizamento anterior (ou posterior, menos comum) de uma vértebra sobre a
outra, frequentemente associado à espondilólise.

SINTOMAS

 Lombalgia, com piora na hiperextensão.


 Dificuldade p/ flexão do tronco.
 Compressão nervosa.
 Retração dos músculos isquiotibiais e dos paravertebrais lombares.
 Quando a espondilolistese estiver em grau avançado, na avaliação clínica se observará aumento da
lordose lombar.

TRATAMENTO

 Colete (estabilização lombar)


 Alongamento de músculos isquiotibiais e paravertebrais
 Fortalecimento de músculos abdominais

CASOS CLINICOS

1. Fratura de Fêmur – Pós Cirurgia com Haste Intramedular

Paciente: Masculino, 45 anos, sofreu fratura diafisária do fêmur direito em acidente automobilístico. Foi
submetido a osteossíntese com haste intramedular há 6 semanas.
Queixa principal: Dor, limitação de amplitude de movimento (ADM) no quadril e joelho, dificuldade para
caminhar e perda de força muscular.
Objetivos do tratamento:

 Reduzir dor e edema.


 Restaurar a ADM do quadril e joelho.
 Fortalecer a musculatura de membros inferiores.
 Reeducar a marcha.
Plano de tratamento:
 Fase inicial (semanas 6-8):
o Mobilizações passivas e ativas assistidas no quadril e joelho.
o Fortalecimento isométrico do quadríceps e glúteos.
o Controle de dor com crioterapia.
 Fase intermediária (semanas 8-12):
o Propriocepção em superfícies instáveis.
o Exercícios resistidos progressivos (cadeira extensora, leg press com baixa carga).
o Treino de marcha com auxílio de bengala.
 Fase avançada (após 12 semanas):
o Treinamento funcional (subir e descer escadas, agachamentos).
o Corrida leve e exercícios específicos para atividades diárias.

2. Entorse de Tornozelo Grau II

Paciente: Feminina, 30 anos, sofreu torção no tornozelo direito durante corrida, com diagnóstico de lesão
parcial do ligamento talofibular anterior.
Queixa principal: Dor, edema, dificuldade para caminhar e instabilidade articular.
Objetivos do tratamento:

 Diminuir dor e edema.


 Restaurar ADM e força muscular.
 Melhorar estabilidade e equilíbrio.
Plano de tratamento:
 Fase inicial (semanas 0-2):
o Controle de edema com crioterapia e elevação do membro.
o Mobilizações passivas suaves para ADM.
o Fortalecimento isométrico dos músculos do tornozelo.
 Fase intermediária (semanas 2-4):
o Exercícios ativos para ganho de força (bandas elásticas).
o Propriocepção em bases estáveis (plataformas firmes).
 Fase avançada (após 4 semanas):
o Treino funcional (corrida leve, mudanças de direção).
o Propriocepção em superfícies instáveis (bosu, disco de equilíbrio).

3. Lesão do Manguito Rotador – Pós-Cirurgia

Paciente: Masculino, 50 anos, submetido a reparo artroscópico de ruptura completa do supraespinhal no


ombro direito.
Queixa principal: Dor e restrição de movimentos no ombro.
Objetivos do tratamento:

 Controlar dor e inflamação.


 Restaurar ADM progressivamente.
 Fortalecer a musculatura do ombro e escápula.
Plano de tratamento:
 Fase inicial (semanas 0-6):
o Mobilizações passivas para elevação e rotação externa (dentro do limite permitido pelo
cirurgião).
o Controle de dor com crioterapia.
 Fase intermediária (semanas 6-12):
o Mobilizações ativas assistidas e ativas.
o Fortalecimento progressivo com faixas elásticas (foco no manguito rotador e estabilizadores
escapulares).
 Fase avançada (após 12 semanas):
o Exercícios resistidos para força global do ombro.
o Treino funcional (movimentos acima da cabeça e atividades esportivas).

4. Fratura de Rádio Distal – Pós-Imobilização

Paciente: Feminina, 60 anos, com fratura do rádio distal tratada com gesso por 6 semanas.
Queixa principal: Rigidez no punho, edema e dificuldade para realizar movimentos finos.
Objetivos do tratamento:

 Melhorar ADM e reduzir edema.


 Recuperar força da musculatura do antebraço e mão.
 Restaurar habilidades funcionais.
Plano de tratamento:
 Fase inicial (semanas 0-4):
o Mobilizações passivas e ativas assistidas do punho e dedos.
o Recursos para redução do edema (compressão e massagem drenante).
 Fase intermediária (semanas 4-8):
o Fortalecimento progressivo com exercícios resistidos leves (bolas, elásticos).
o Treino de habilidades manuais (pegar objetos pequenos, escrita).
 Fase avançada (após 8 semanas):
o Exercícios funcionais específicos (tarefas diárias).
5. Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (LCA)

Paciente: Masculino, 25 anos, submetido a reconstrução do LCA no joelho esquerdo após lesão em partida
de futebol.
Queixa principal: Instabilidade no joelho e perda de força muscular.
Objetivos do tratamento:

 Proteger o enxerto e prevenir complicações.


 Recuperar ADM e força muscular.
 Restaurar propriocepção e funcionalidade.
Plano de tratamento:
 Fase inicial (semanas 0-6):
o Mobilizações passivas e ativas assistidas para ganho de ADM.
o Fortalecimento isométrico do quadríceps e glúteos.
o Propriocepção inicial em bases firmes.
 Fase intermediária (semanas 6-12):
o Fortalecimento progressivo em cadeia cinética fechada (leg press, agachamentos leves).
o Propriocepção em superfícies instáveis.
 Fase avançada (após 12 semanas):
o Treino de corrida leve e mudanças de direção.
o Exercícios específicos para retorno ao esporte.

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