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Anderson Luchese
Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS)
Componente curricular na modalidade de educação a distância
Anderson Luchese
Possui graduação em Pedagogia de Educação Especial, pela Universidade do
Oeste de Santa Catarina - UNOESC (2010), Especialização em Pós-Graduação em
Atendimento Educacional Especializado - AEE, pelo Portal Faculdades (2011),
Mestrado em educação, pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó –
UNOCHAPECÓ (2016). Atualmente, é professor titular da Universidade da Região de
Chapecó - UNOCHAPECÓ, vinculado à Área de Ciências Humanas e Jurídicas. Tem
experiência na área de educação de surdos e na linguística da Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS), atuando na área de disciplina de Libras para todos os cursos
ofertados da Unochapecó.
Chapecó, 2022
Reitor
Claudio Alcides Jacoski
Pró-Reitor de Administração
José Alexandre De Toni
Ficha catalográfica
_________________________________________________________________
L936l Luchese, Anderson
Libras:língua brasileira de sinais / [recurso eletrônico]
/ Anderson Luchese. -- Chapecó, SC : Argos, 2022.
79 p... -- (EaD; 157 ) --
Inclui bibliografias
978-65-88029-75-6
Não estão autorizadas nenhuma forma de reprodução, parcial ou integral deste material, sem autorização expressa do autor e do Setor de
Educação a Distância - Unochapecó
CARTA AO ESTUDANTE
Seja bem-vindo!
Você está recebendo o livro do componente curricular de Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS).
No atual cenário educacional, em que, cada vez mais, as pessoas buscam por
uma formação complementar e há a inserção massiva das tecnologias de informação
e comunicação, a modalidade de educação a distância é vislumbrada como uma
importante contribuição à expansão do ensino superior no país, que permite formas
alternativas de geração e disseminação do conhecimento.
A educação a distância tem sido importante para atingir um grande contingente
de estudantes de vários locais, com disponibilidade de tempo para o estudo diversa,
além daqueles que não têm a possibilidade de deslocamento até uma instituição de
ensino superior todos os dias. Desta forma, a Unochapecó, comprometida com o
desenvolvimento do ensino superior, vê a educação a distância como um aporte para
a transformação dos métodos de ensino em uma proposta inovadora.
Levando em consideração o pressuposto da necessidade de autodesenvolvimento
do estudante da modalidade de educação a distância, este material foi elaborado de
forma dialógica, baseada em uma linguagem clara e pertinente aos estudos, além de
permitir vários momentos de aprofundamento do conteúdo ao estudante, através da
mobilidade para outros meios (como filmes, livros, sites).
Temos como princípio a responsabilidade e o desafio de oferecer uma formação
de qualidade, para tanto, a cada novo material, você está convidado a encaminhar
sugestões de melhoria para nossa equipe, sempre que julgar relevante.
Lembre-se: a equipe da UnochapecóVirtual estará à disposição sempre que
necessitar de um auxílio, pois assumimos um compromisso com você e com o
conhecimento.
CARTA AO ESTUDANTE............................................................................... 4
APRESENTAÇÃO.......................................................................................... 7
UNIDADE 1.................................................................................................. 8
ASPECTOS HISTÓRICOS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO DE
SURDOS...................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO......................................................................................... 9
2 A EDUCAÇÃO DOS SURDOS NOS ASPECTOS FILOSÓFICOS E SÓCIO-
HISTÓRICOS DO MUNDO ATÉ OS DIAS ATUAIS...................................... 9
3 O SURGIMENTO DA PRIMEIRA ESCOLA PARA SURDOS NO BRASIL... 13
4 ABORDAGENS DO ENSINO NA EDUCAÇÃO DA PESSOAS SURDAS.... 16
4.1 Oralismo...................................................................................... 17
4.2 Comunicação Total...................................................................... 19
4.3 Bilinguismo................................................................................. 21
REFERÊNCIAS........................................................................................ 23
UNIDADE 2................................................................................................ 26
CONCEITOS DA SURDEZ............................................................................ 26
INTRODUÇÃO.................................................................................... 27
2 DEFICIÊNCIAS E TERMINOLOGIAS...................................................... 27
3 DEFICIÊNCIA E EFICIÊNCIA................................................................ 28
4 SURDO-MUDO, DEFICIENTE AUDITIVO, SURDO E SURDOCEGO......... 29
Prezado acadêmico!
Bom estudo!
Professora Anderson Luchese
Objetivos:
• Identificar as concepções filosóficas metodológicas da educação de surdos no
mundo até no Brasil;
• Refletir sobre a realidade da educação de surdos no Brasil: Oralismo,
Comunicação Total e Bilinguismo;
• Aprofundar o conhecimento do Plano Nacional de Educação – PNE da educação
bilingue para Surdos.
Conteúdo programático:
• A educação dos surdos nos aspectos filosóficos e sócio-históricos do mundo
até os dias atuais;
• História e o surgimento da primeira escola para surdos no Brasil;
• Abordagens de ensino da educação de pessoas surdas.
INTRODUÇÃO
No século XVII (1620), “[...] Juan Martin Pablo Bonet publicou, na Espanha, o
livro Reduccion de las letras y artes para enseñar a hablar a los mudos, que trata da
invenção do alfabeto manual de Ponce de Leon” (GOLDFELD, 2001, p. 28).
Sacks (2010) situa que os educadores ouvintes, como Pedro Ponce de Léon, da
Espanha; os Braidwoods, da Grã-Bretanha; Amman, da Holanda; e Pereire e Deschamps,
da França, ensinaram alguns surdos a falar. Afirma, também, que, assim, as condições
de sobrevivência dos surdos, naquela época, despertaram interesse em alguns filósofos,
que levantaram algumas questões:
Curiosidade
O oralismo surgiu por volta do século XVIII, a partir das resoluções do Congresso
Internacional de Educadores Surdos que ocorreu em 1880, em Milão, Itália, perdurando
até a década de 1970. Segundo Sacks (2010, p. 35), no referido congresso “no qual
os próprios professores surdos foram excluídos da votação, o oralismo saiu vencedor
e o uso da língua de sinais nas escolas foi oficialmente abolido”.
A modalidade oralista baseia-se na crença de que é a única forma desejável de
comunicação para o sujeito surdo, e a língua de sinais deve ser evitada a todo custo
porque atrapalha o desenvolvimento da oralização. Devido à evolução tecnológica
que facilitava a prática da oralização pelo sujeito surdo, o oralismo ganhou força a
partir da segunda metade do século XIX.
Goldfeld, ao fazer referência às consequências do Congresso de Milão,
afirma que “naquele momento, a educação dos surdos deu uma grande
reviravolta em sentido oposto à educação do século XVIII” (GOLDFELD, 2001, p.
31). As reflexões dos autores citados nos possibilitam compreender que havia,
naquele período, uma expectativa de que os surdos se comportassem como
ouvintes, ou seja, deveriam aprender a falar. Os alunos que frequentavam a
escola para aprender os conteúdos escolares e a comunicar-se em língua de
sinais e alfabeto digital foram proibidos de sinalizarem, recomendando-se que a
comunicação fosse feita pela via auditiva e pela leitura da face e boca.
Dica
A Comunicação Total não privilegia o fato de esta língua ser natural (surgiu
de forma espontânea na comunidade surda) e carrega uma cultura própria, e
cria recursos artificiais para facilitar a comunicação e a educação dos surdos,
que podem provocar uma dificuldade de comunicação entre surdos que
dominam códigos diferentes das línguas de sinais.
Esta meta é composta por 19 estratégias, sendo que a estratégia 4.7 menciona
a oferta da educação bilíngue, cujo texto prevê
3 Os caminhos da educação de surdos ainda estão sendo construídos. Para conhecer mais a respeito
da história da educação de surdos e sobre questões atuais no debate sobre essa educação, sugerimos
as leituras a seguir: SOARES, M. A. L. A educação de surdos no Brasil. Campinas: Autores Associados,
1999. FERNANDES, E. (org.). Surdez e bilinguismo. Porto Alegre: Mediação, 2005.
FREMAN, Roger D., CARBIN, Crifton F, BOESE, Roberto J. Seu filho não
escuta? Um guia para todos que lidam com crianças surdas. Brasília: MEC/
SEESP, 1999.
GUARINELLO, Ana Cristina. O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São Paulo:
Plexus, 2007.
LOPES, Surdez & educação. 2. ed. rev. ampl. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Tradução de Laura
Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
VELOSO, Éden; FILHO, Valdeci Maia. Aprenda a Libras com eficiência e rapidez.
Editora - Mãos Sinais. Curitiba - PR. 2009.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado
para esta Unidade de Aprendizagem.
Unidade 2
Conceitos da surdez
Objetivos:
• Identificar as diferenças das Deficiências: Terminologias e Eficiência;
• Especificar os conceitos do Surdo-Mudo, Deficiente Auditivo, Surdo e Surdocego;
• Definir os conceitos da cultura e comunidades surdas.
Conteúdo programático:
• Deficiências e Terminologias;
• Deficiência e Eficiência;
• Surdo-Mudo, Deficiente Auditivo, Surdo e Surdocego;
• Quem são os Surdos afinal?
• Alguns conceitos de Cultura, Identidade e Comunidades Surdas;
• Surdez e a Aquisição da Língua de Sinais.
INTRODUÇÃO
2 DEFICIÊNCIAS E TERMINOLOGIAS
Para não errar nesta questão, é necessário não usar termos ultrapassados,
com conotações negativas, bem como não tentar explorar ao máximo as variações
linguísticas, usando palavras com conotações genéricas para grupos específicos.
Pode até parecer politicamente correto, mas ofende as pessoas em questão. Assim
entendemos que o uso do termo pessoa com deficiência é o correto, haja vista retratar
sem ofensas tal realidade.
3 DEFICIÊNCIA E EFICIÊNCIA
Muitos não usam a terminologia correta, pessoa com deficiência, por acreditarem
que o contrário de deficiência é eficiência. Entretanto, esse entendimento é equivocado.
O contrário de eficiência não é a deficiência. O contrário de eficiência é ineficiência.
Assim, ineficiente (entendido como aquele que não produz, e, portanto, não é eficaz),
pode ser tanto uma pessoa com deficiência como uma pessoa sem deficiência, haja
vista ser esta característica existente independentemente desta situação (a deficiência).
Incapacidade também não é contrário de deficiência. Pode até ser, sob um
recorte feito dentro de uma análise concreta, uma consequência de uma deficiência,
entretanto não deve ser considerada de forma generalizada, pois a incapacidade de
um sentido (visão, audição, por exemplo) não impede, necessariamente, a capacidade
de utilização de outro.
Neste sentido, a Dra. Fávero (2004) afirma que a pessoa com deficiência
não é uma pessoa incapaz, pois caso assim fosse, isto representaria, no mínimo,
um retrocesso a todo esforço de décadas para que a deficiência seja vista de forma
dissociada da ausência de potencialidade, ou seja, a pessoa com deficiência possui
sim suas potencialidades, precisamos apenas desenvolvê-las.
Podemos dizer que: “O contrário de pessoa com deficiência é pessoa sem
deficiência” (COSTA, 2010, p. 74). Assim, pode-se definir deficiência, de acordo com
BRASIL (2001), “uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou
transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da
vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social” (BRASIL, 2001, p.
55). Esta é a definição dada pela Convenção Interamericana para a Eliminação de todas
Saiba mais
Este discurso não é homogêneo, nem dentro nem fora das comunidades
surdas. Recentemente, o termo surdo-mudo tem sido objeto de polêmicos debates
entre surdos/as, mas tem prevalecido o não uso desse termo, posição com a qual
concordamos. A não utilização de sons se dá porque não ouvem. O surdo, quando
oralizado, pode se comunicar por meio da fala, é óbvio que isto demanda um
acompanhamento fonoaudiólogo demasiado.
Saiba mais
Não nego a falta de audição do corpo surdo, porém desloco meu olhar para
o que os próprios surdos dizem de si quando articuladose engajados na
luta por seus direitos de se verem e de quererem ser vistos como sujeitos
surdos, e não como sujeitos com surdez. Tal diferença, embora pareça sutil,
marca substancialmente a constituição de uma comunidade específica e a
constituição de estudos que foramproduzindo e inventando a surdez como
um marcador cultural primordial (LOPES, 2011, p. 9).
Os povos surdos não são obrigados a ter normalidade. A máscara não esconde
o ser que é surdo, o ser surdo que é humano [...]. Quando a sociedade deixa
o surdo ser ele mesmo, carece tirar as máscaras e assim chega o momento
de o povo surdo enfrentar a prática ouvintista, resgatar-se e transformar-se
no que é de direito: partes de nós mesmos, de termos orgulho de ser surdo!
Para Padden (1989, p. 89), “uma Comunidade Surda é um grupo de pessoas que
mora em uma localização particular, compartilha as metas comuns de seus membros,
e de vários modos trabalha para alcançar estas metas.” Portanto, em uma comunidade
surda pode ter também ouvintes e surdos que não são culturalmente Surdos. Já a
cultura da pessoa Surda é mais fechada do que a comunidade surda. Membros de
uma cultura surda se comportam como as pessoas surdas, usam a língua das pessoas
surdas e compartilham das crenças das pessoas surdas entre si e com outras pessoas
que não são surdas. Ser uma pessoa surda não equivale a dizer que esta faça parte
de uma cultura e de uma comunidade surda, porque sendo a maioria dos surdos,
aproximadamente 95% filhos de pais ouvintes, muitos destes não aprendem a Libras
e não conhecem as associações de surdos, que são as comunidades surdas, podendo
se tornar somente pessoas com deficiência auditiva.
Retomamos aqui a questão da terminologia, por ser um posicionamento da
comunidade surda: pessoas surdas, que estão politicamente atuando para terem
seus direitos de cidadania e linguísticos respeitados, fazem uma distinção entre “ser
surdo” e ser “deficiente auditivo”. A palavra “deficiente”, que não foi escolhida por
elas para se denominarem, estigmatiza a pessoa porque a mostra sempre pelo que
ela não tem, em relação às outras, e não mostra o que ela pode ter de diferente e por
isso, acrescentar às outras pessoas.
Ser surdo é saber que pode falar com mãos e aprender uma língua oral auditiva,
através dela conviver com pessoas que em um universo de barulhos deparam-se com
Remetem aos surdos que nunca tiveram contato com a identidade surda. Vivem
entre uma identidade surda e uma identidade ouvinte. Quando um surdo encontra com
seus pares surdos e se identifica surdo também, o encontro torna-se um momento de
aprendizado e reconhecimento. Estes são, na maioria das vezes, filhos de pais ouvintes
e nunca tiveram contato com outros surdos.
Perlin (2012, p. 64) afirma que “[...] no momento em que esses surdos
conseguem contato com a comunidade surda, a situação muda e eles passam pela
‘desouvintização’ da representação da identidade”. É um momento em que ocorre a
passagem da comunicação visual/oral para a comunicação visual/sinalizada.
Com o intuito de pensarmos sobre as identidades dos indivíduos surdos de
uma forma categorizada, nos amparamos em Madeira (2015, p. 29), quando nos diz
que “é compreensível que a constituição da identidade se desenvolva por meio da
coexistência sociocultural desde o nascimento, ou que, precisamente, a identidade
seja construída pela realidade na qual o sujeito vive”.
Segundo o autor, a categorização de Perlin pode ser vista.
[...] não pelo viés das identidades, mas pelos diferentes entornos linguísticos,
pelas diferentes experiências linguísticas nas quais os surdos estão imersos.
Essas experiências, esses entornos, também não são fixos, porque as pessoas
mudam de ambientes, de relações sociais, de escolas, entre outros (MADEIRA,
2015, p. 29).
Neste sentido, fica evidente que quanto mais cedo propiciar o contato com a
língua, melhor é o desenvolvimento da pessoa surda. Muitos autores reafirmam esta
premissa, assim como Mesa Casa (2016, p. 43), para ela “uma língua adquirida em
sua totalidade e fluência é a base do processo de comunicaçãoe desenvolvimento
cognitivo”.
Sacks (2010, p. 58) afirma ainda que há um “perigo especial que ameaça o
desenvolvimento humano, tanto intelectual como emocional, se deixar de ocorrer
à aquisição apropriada de uma língua”. É uma constatação óbvia a capacidadeque
a criança tem no início da aquisição da linguagem, pois o sujeito desenvolvea
potencialidade e há um processo de maturação da língua de forma natural, cada
modalidade do seu jeito, com suas características diferentes, no caso da educaçãode
surdos, com o estímulo espaço-visual.
Mesa Casa (2016) traz novamente a discussão de Lodi, Mélo e Fernandes (2012,
p. 217), que se amparam em Vygotsky (1989) para pontuar que “o significado das
palavras é um fenômeno do pensamento apenas na medida em que o pensamento
ganha corpo por meio da fala e só é um fenômeno da fala na medida em que esta
é ligada ao pensamento, sendo iluminada por ele”. E discutemuanto é complexo o
sistema que envolve a linguagem e o pensamento, portanto se torna difícil pensar
em “fazer uma criança surda falar”. Já a comunicação linguística através da aquisição
da língua de sinais como primeira língua é que poderá projetar e criar este papel
fundamental entre o pensamento e o que se sinaliza e vice-versa. Ainda segundo
Vygotsky (1989 apud OLIVEIRA, 1997, p. 54), acima citado, “se refere a ter domínio,
de fato, de instrumental linguístico que lhe sirva para as operações mentais que
envolvem mecanismos linguísticos”.
Sabemos muito bem como um bebê ouve, passa a balbuciar e vai evoluindo
até falar frases complexas. E como se dá a evolução da aquisição da Língua de
sinais?
FICOU CURIOSO?
Leia a primeira Unidade do trabalho de Aline Lemos Pizzio e Ronice Müller
de Quadrossobre “AQUISIÇÃO DA LINGUA DE SINAIS” (páginas 3 a 8). Você
irá encontrar otexto em:<http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/
eixoFormacaoEspecifica/aquisicaoDeLinguaDeSinais/assets/748/Texto_Base_
Aquisi_o_de_l_nguas_de_sinais_.pdf>Acesso em: 29 nov. 2019.
Saiba mais
COSTA, Maria da Piedade Resende da. Juliana P. Barbosa. A educação do surdo ontem
e hoje: posição sujeito e identidade. Mercado de Letras, Campinas-SP, 2010
FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga. Direitos das pessoas com deficiência: Garantia
de igualdade na diversidade. Rio de Janeiro. WVA Ed, 2004. 334p
PERLIN, Gládis T. T. Identidades surdas. In: SKLIAR, Carlos. (Org.). A surdez: um olhar
sobre as diferenças. 6. ed. Porto Alegre: Mediação, 2012. p. 51-73.
STROBEL, Karin Lilian. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: UFSC,
2008.
STROBEL, Karin Lilian. Karin Lilian. Surdos: vestígios culturais não registrados na
história. 2008. 176f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2008.
Objetivos:
• Conhecer Declarações, Leis, Portarias, Decretos e Políticas para pessoas surdas
e da Libras;
• Identificar os movimentos de luta da comunidade surda e os efeitos nas políticas
de inclusão.
Conteúdo programático:
• A Constituição de 1988: Direitos dos Portadores de deficiência;
• Considerações que antecedem a Lei da Libras;
• Decreto de Libras.
INTRODUÇÃO
Lembrando o que foi dito no Unidade 2: Textos legais escritos com termos
ultrapassados não necessitam de revisão, subtendendo que o termo era válido
na época, ou seja, traduz pelas terminologias utilizadas atualmente.
Todas as comunidades linguísticas têm direito a decidir qual deve ser o grau
de presença da sua língua, como língua veicular e como objeto de estudo, em
todos os níveis de ensino no interior do seu território: pré-escolar, primário,
secundário, técnico e profissional, universitárioe formação de adultos
(BARCELONA, 1996).
No artigo 30, § 4: “As pessoas com deficiência deverão fazer jus, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas, a que sua identidade cultural e linguística específica
seja reconhecida e apoiada, incluindo as línguas de sinais e a cultura surda” (BRASIL, 2009).
Neste mesmo ano, 1996, Campello e Quadros (2010) citam o esforço da Câmara Técnica
de Petrópolis/RJ com a CORDE – Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência (criada em 29 de outubro de 1989) e com a FENEIS, para
dar subsídios ao projeto da Senadora Benedita da Silva que propôs a oficialização da
Libras em âmbito nacional. Para reforçar, dar credibilidade e divulgar este projeto de
Lei, foi criada pela FENEIS, em parceria com o MEC, a 1ª edição do material “LIBRAS
EM CONTEXTO”, em que foi apresentada uma metodologia para o ensino da Libras.
•Treinar os instrutores Surdos para que eles possam ensinar a língua de sinais
na rede oficial de ensino;
•Apoiar tecnicamente as instituições de educação média e superior na inclusão
da Libras como componente curricular dos cursos de formação de professores
e fonoaudióloga do sistema federal de ensino;
•Apoiar técnica e financeiramente cursos de capacitação de professores
(surdos e ouvintes) e instrutores surdos dos sistemas estaduais, municipais e
do Distrito Federal, para o ensino de Libras em sala de aula;
•Apoiar técnica e financeiramente cursos de capacitação de professores dos
sistemas estaduais, municipais e do Distrito Federal, para que se tornem
bilíngues (LIBRAS/Língua Portuguesa), para exercer a função de tradutor e
intérprete de Libras em sala de aula.
Percebemos a dura realidade citada pela autora, hoje passados mais de quinze
anos da promulgação da lei, ainda encontramos surdos que não estão cientes dos
direitos e da própria condição de sua surdez. São pessoas de mais idade que passaram
despercebidas e hoje se encontram ainda nesta condição.
Como já discutimos anteriormente, é uma caminhada histórica de constantes lutas
no que diz respeito à língua deste grupo minoritário de surdos. A conscientização
deles e tudo mais que envolve esta situação está em deslocamento, como diria Costa
(2010). Precisamos ressaltar ainda que a língua dos ouvintes sempre foi colocada ao
surdo como forma de contato com a sociedade.
A caminhada ou o deslocamento é lento, concordamos com a autora, quando destaca
que neste momento
Costa (2010) amplia esta discussão, se o surdo possui uma linguagem, ela
passa a ser língua brasileira do surdo, ela é sua língua nacional e, como tal, tem uma
história constituída, ligada à forma histórica do sujeito sociopolítico, que se define na
formação do país em relação a esta língua. Se referir neste momento a uma língua
e não linguagem, é tratar de outros sentidos que garantem o status linguístico da
Libras, é dar um lugar sociopolítico à linguagem de sinais e ao sujeito surdo.
São somente cinco artigos que dispõem sobre a Libras: O Artigo 1 trata do que é
Libras; artigo 2 trata do dever público, empresas e serviços, de apoiar o uso de difusão
de Libras; terceiro artigo versa sobre o apoio da saúde ao ‘portador dedeficiência
auditiva’; o quarto artigo versa sobre o papel da educação de incluir Libras nos cursos
de formação, como integrante dos Parâmetros CurricularesNacioais – PCN; o último
artigo trata da entrada em vigor da lei.
Costa (2010) reitera que agora, como língua permitida, legal (izada), este
reconhecimento desloca a posição do sujeito surdo brasileiro, lhe traz um novo espaço
social. Tendo língua própria, ele agora é reconhecidamente marcado por uma distinta
brasilidade, e recebe a condição de pertencimento, de patriotização. Os surdos são
agora possuidores de uma língua do Brasil.
De acordo com a lei, entende-se como Língua Brasileira de Sinais a forma
de comunicação e expressão que usa um sistema visual-motor, com estrutura
gramatical própria, o que constitui um sistema linguístico de transmissão
de ideias e fatos, reconhecida a partir do uso pelas comunidades de pessoas
surdasdo Brasil, portanto, com tantas características, nosso status linguístico já
está garantido, apesar de que muitos autores tiveram que escrever sobre o tema
para‘comprovar este status’. Ser minoria significa, muitas vezes, seguir desconhecida
pela maioria da sociedade e, para entender melhor, podemos relacionar a semelhança
de outros grupos minoritários como as diversas línguas indígenase africanas, que não
possuem prestígio social e sua utilização permanece restrita aos grupos em que haja
a aglutinação de pessoas.
Dica
De forma geral, o decreto discorre sobre vários itens, entre eles: a definição de
pessoa surda; a colocação de Libras como disciplina curricular obrigatória e a ampliação
dos cursos que a ensinem, e em alguns casos a opção nos cursos; a formação do
professor e do instrutor de Libras; exames de proficiência e outras avaliações; medidas
para difusão e uso de Libras e Língua Portuguesa como forma de dar ao surdo acesso
à educação; a formação do tradutor/intérprete de Libras/Português; a garantia dos
direitos dos surdos à educação e à saúde; o papel do poder público no apoio à difusão
Saiba mais
Dica
Conheça a lei mais recente de nosso país, a LBI. Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>.
Parafraseando Costa (2010), quando cita toda essa caminhada histórica como
os deslocamentos a partir do discurso defendido “a Língua Brasileira de Sinais”. Que
deslocamento! Ou seja, que caminhada! A conquista da comunidade surda brasileira
na questão da aprovação da Lei nº 10.436 ainda é recente. Foram anos de luta para
que a língua de sinais fosse efetivamente reconhecida e serão mais quantos, até vermos
a verdadeira inclusão efetivada em nossa sociedade. Os deslocamentos continuam, e
agora você, acadêmico, pode passar a ser um sujeito que contribuirá para impulsionar
estes novos deslocamentos!
A voz dos surdos são as mãos e os corpos que pensam, sonham e expressam.
As línguas de sinais envolvem movimentos que podem parecer sem sentido
para muitos, mas que significam a possibilidade de organizar as ideias,
estruturar o pensamento e manifestar o significado da vida para os surdos.
Pensar sobre a surdez requer penetrar no mundo dos surdos e ouvir as mãos
que, com alguns movimentos, nos dizem que para tornar possível o contato
entre os mundos envolvidos se faz necessário conhecer a língua de sinais
(QUADROS, 2007, p. 119).
Como a autora explica a citação acima, traz relatos de anos de lutas e conquistas,
foi uma caminhada árdua para fazer valer seus direitos como cidadãos com direitos e
deveres, e efetivar seu conhecimento e reconhecimento perante sociedade, aprovando
leis que aparassem o sujeito como num todo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002. Presidência da República. Casa Civil.
Subchefia para Assuntos Jurídicos. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras
e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 25 abr. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/
L10436.htm>. Acesso em: 10 nov. 2019.
Objetivos:
• Compreender os conceitos de linguagem e da língua;
• Compreender o estudo da Língua Brasileira de Sinais;
• Conhecer as mãos utilizadas para a datilologia e a diferença entre essa e o
sinal soletrado;
• Identificar o uso do espaço em todos os níveis de análise da fonologia e
morfologia da Libras;
• Reconhecer os numerais de 1 até 10 e a diferença da utilização de cardinal,
quantidade e ordinais.
Conteúdo programático:
• Linguagem e Língua;
• Línguas de Sinais e Língua Brasileira de Sinais - Libras ;
• Sistema de transcrição da Libras;
• Datilologia, Alfabeto manual e Numerais (Cardinais, quantidades e ordinais);
• O sinal pessoal;
• Aspectos relevantes sobre a fonologia das línguas de sinais;
• Noções sobre morfologia da língua de sinais.
1 INTRODUÇÃO
Apesar dos avanços da pesquisa linguística que consolidaram o estatuto das
línguas de sinais como línguas naturais, ainda são comuns inúmeros equívocos quan-
do do primeiro contato com elas. Dessa forma, é necessário, para iniciar o aprendiza-
do da Língua Brasileira de Sinais - Libras, revisar alguns conceitos com a finalidade de
esclarecer e desmistificar ideias relacionadas às línguas visoespaciais.
2 LINGUAGEM E LÍNGUA
A preocupação com a linguagem não se restringe a limitar um objeto de es-
tudo para a linguística, mas implica reflexões que vão dos aparatos biológicos do
homem e da base biológica da própria linguagem humana até a delimitação do
papel da linguagem como distintiva da natureza humana, passando por sua função
comunicativa dentro do corpo social. Ou seja, não se trata apenas de definir o que é
linguagem, ou o que é uma língua, mas das interpretações particulares que podem
ser atribuídas a essas questões dentro de uma estrutura teórica aceita.
4 Site próprio da TV INES - http://tvines.org.br/
No que diz respeito a determinar o que é uma linguagem natural e uma língua natu-
ral, é interessante o dizer de Chauí (2000), explicitando questões relativas à natureza
da linguagem:
Uma primeira divergência sobre o assunto surgiu na Grécia: a linguagem
é natural aos homens (existe por natureza) ou é uma convenção social?
Se a linguagem for natural às palavras possuem um sentido próprio e
necessário; se for convencional, são decisões consensuais da sociedade e,
nesse caso, são arbitrárias, isto é, a sociedade poderia ter escolhido outras
palavras para designar as coisas. Essa discussão levou, séculos mais tarde, à
seguinte conclusão: a LINGUAGEM como capacidade de expressão dos seres
humanos é natural, isto é, os humanos nascem com uma aparelhagem física,
anatômica, nervosa e cerebral que lhes, permite expressarem-se pela palavra;
mas as LÍNGUAS são convencionais, isto é, surgem de condições históricas,
geográficas, econômicas e políticas determinadas, ou, em outros termos são
fatos culturais. Uma vez constituída uma língua, ela se torna uma estrutura
ou um sistema dotado de necessidade interna, passando a funcionar como se
fosse algo natural, isto é, como algo que possui suas leis e princípios próprios,
independentes dos sujeitos falante que a empregam (CHAUÍ, 2000, p.43).
Quanto à definição do que é uma língua natural, dois pontos devem se con-
siderados. O primeiro diz respeito ao condicionamento dessa definição construções
teóricas diversas e à área do conhecimento à qual está ancorado o estudo da língua.
O segundo liga-se à investigação das propriedades inerentes uma língua natural,
propriedades essas que vão torná-la distinta de uma língua, não natural. “Um exem-
plo de língua não natural é o esperanto, inventado no final do século XIX como for-
6 BAKHTIN, 1988; LYONS, 1981; MARTINET, 1970; ROBINS, 1977; SAUSSURE, 1995; SÁ, 2002
Língua natural, aqui, deve ser entendida como uma língua que foi criada e é
utilizada por uma comunidade especifica de usuários, que é transmitida de
geração em geração, e que muda — tanto estrutural como funcionalmente
— com o passar do tempo (SÁ, 2002, p.108).
Padrão: diz respeito a restrições que as línguas apresentam na organização dos seus
elementos. Isso significa que ao se produzir um enunciado em português, por exem-
plo, a combinação das palavras nas frases é restrita. Assim, tendo-se as palavras casa,
3 LÍNGUAS DE SINAIS
As línguas de sinais são línguas visoespaciais. Elas se apresentam em uma
modalidade diferente das línguas orais, pois utilizam a visão e o espaço, e não o ca-
nal oral-auditivo, para sua realização. Como tradicionalmente a língua foi associada
à fala, várias concepções inadequadas surgiram quanto ao estatuto de tais línguas
como sistema linguístico, bem como quanto ao entendimento de suas característi-
cas.
Importante salientar que, como no caso das línguas oral-auditivas, não existe
uma língua de sinais universal. Cada país tem sua própria língua de sinais, com léxico
e estrutura próprias. Dessa forma, por exemplo, se um surdo brasileiro, usuário de
Libras, quiser se comunicar com um surdo norte-americano na língua deste, deverá
7 São línguas improvisadas, não aprendidas de forma nativa, também chamadas de língua de
contato. São criadas de forma espontânea a partir da mistura de outras línguas e utilizadas como
meio de comunicação entre falantes de línguas diferentes. De maneira geral, têm vocabulários res-
tritos e gramáticas rudimentares.
Não há por que, dessa forma, existirem dúvidas quanto ao estatuto linguístico
das línguas de sinais. Importante dizer que, diferentemente das primeiras pesquisas
linguísticas nas quais se procurava identificar o que era igual entre as línguas faladas
Postula-se nesse aspecto, inclusive, uma teoria geral da linguagem, cujo ponto
de partida da análise sejam as línguas de sinais, isso porque suas peculiaridades, tais
como o caráter icônico 8 de alguns sinais (um sinal ideia) é aquele em que a confi-
guração das mãos reproduz a forma do objeto representado, por exemplo o sinal
CASA [ /\ ]), permitiriam um acesso mais direto às operações cognitivas envolvidas no
processamento da linguagem.
Dica
Para saber mais sobre linguagem e língua, e sobre a língua brasileira de sinais,
recomendamos as obras a seguir: QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Língua de sinais
brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
• Quando um sinal é composto, isto é, dá ideia de uma única coisa, mas é formado
por dois ou mais sinais, é representado por duas ou mais palavras da língua por-
tuguesa separadas pelo símbolo ^.
Exemplos: CASA^AESTUDAR - “escola”
CARRO^ABATER - “acidente”
PAI^MÃE - “pais”
• Nome de pessoas, localidades, objetos e outras palavras quaisquer que não te-
nham um sinal são representadas através da datilologia (soletração do alfabeto
manual) e transcritas pela palavra separada, letra por letra, por hífen.
Exemplos: P-E-D-R-O. S-U-P-R-A-S-S-E-G-M-E-N-T-A-I-S
• Uma palavra soletrada com o uso do alfabeto manual pode tornar-se um sinal
integrante da Libras se à soletração for incorporado um movimento da língua de
sinais. Esse sinal será representado pela soletração, ou parte da soletração do sinal
11 Felipe; Monteiro, 2001.
• Não há desinências para gênero (masculino e feminino) em Libras. O sinal para re-
presentar a palavra da língua portuguesa que possui essas marcas, será o símbolo
@, que substituirá a última letra da palavra escrita com letras maiúsculas.
Exemplos: AMIG@ - “amiga e amigo”
FRI@ - “fria e frio”
MUIT@ - “muita e muito”
4.2 Datilologia
As palavras de uma língua oral são os sinais nas línguas de sinais. Quando se
utiliza a datilologia para soletrar duas ou mais palavras, geralmente, realiza-se uma
pequena pausa entre uma e outra ou move-se a mão do lado direito para o esquer-
do como se estivesse passando para o lado a primeira palavra para dar espaço para
soletrar a segunda.
Segundo Pimenta e Quadros (2006), salienta que, uma vez batizada, não é costu-
me a pessoa trocar o seu sinal, mesmo que aquilo que motivou o sinal (o referente)
tenha mudado. Por exemplo, Joana foi batizada com o seu sinal por causa de seus
cabelos longos e ondulados. Com o passar dos anos, ela cortou os cabelos e alisou-
-os, mas o seu sinal permaneceu o mesmo.
Não se preocupe, acesse o vídeo no Youtube TV INES, que o Heveraldo irá mostra
o abecedário e outros elementos importantes para a comunicação dos surdos
<https://www.youtube.com/watch?v=mZOLIDC6F6U>.
4.5 Numerais
As línguas podem ter formas diferentes para apresentar os numerais quando
utilizados como cardinais, ordinais, quantidade, medida, idade, dias da semana ou
mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na Libras.
Segundo autoras Felipe e Monteiro (2001) coloca que, É erro o uso de uma
determinada configuração de mão para o numeral cardinal sendo utilizada em um
contexto onde o numeral é ordinal ou quantidade, por exemplo: o numeral cardinal
1 é diferente da quantidade 1, que é diferente do ordinal PRIMEIR@, que é diferente
de PRIMEIRO-ANDAR, que é diferente de PRIMEIRO-GRAU, que é diferente de MÊS-1.
Para assistir
12 Dr. William C. Stokoe, Jr. foi um estudioso, que pesquisou extensivamente a American Sign
Language ou ASL enquanto trabalhava na Universidade Gallaudet. De 1955 a 1970 trabalhou como
professor e chefe do departamento de inglês, na Universidade Gallaudet.
6.1 Substantivo
Os substantivos em Libras não apresentam flexão de gênero: não há desinência
para marcar o gênero nos sinais. Isso acontece também com adjetivos, pronomes e
numerais.
13 http://www.fcee.sc.gov.br/informacoes/biblioteca-virtual/educacao-especial/cas
Para assistir
Para saber mais sobre a gramática em Libras, assistem o vídeo do youtube TV INES.
A Vida Em Libras – Gramática I <https://www.youtube.com/watch?v=Ej-VqeTJREU>.
A Vida Em Libras – Gramática II <https://www.youtube.com/watch?v=Mx28l4eIaGE>.
_______. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Diário Oficial (da] República Federativa
do Brasil, Brasília, 25 abr. 2002. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/1eis/2002/110436. htm>. Acesso em: 08 dez. 2019.
BRITO, L. F. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,
1995.
CUXAC, C. Les langues des signes: analyseurs dela faculté de langage. Acquisition et
Interaction en Langue Étrangére, Paris, n.15, 2001. Disponível em: http://aile.revues.
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SÁ, N. R. L. de. Cultura, poder e educação de surdos. Manaus: Ed. da Ufam, 2002.