MATÉRIA DE DIREITO DO TRABALHO
MATÉRIA DE DIREITO DO TRABALHO
MATÉRIA DE DIREITO DO TRABALHO
Divisão Interna
Direito individual do Trabalho:
é o seguimento do Direito que estuda os contratos/relações individuais de
trabalho e as regras legais ou normativas a ele aplicáveis.
BASES HISTORICAS
Na antiguidade, trabalho era somente com a escravidão;
As corporações de ofício viram no século XIII, e extintas na França
pela Lei Chanpglier em 1971;
O trabalho assalariado vem com a revolução industrial francesa, em
que surge empresas e industrias, onde é necessário trabalho humano,
porém, foi um processo sem condições trabalhistas, salário digno,
ambiente, cargas horárias excedentes., mulheres e crianças
trabalhando sem parar...
Histórico do Direito do Trabalho no Brasil
A evolução histórica do Direito do Trabalho começou no século XIX, com a
Revolução Industrial, que trouxe novas condições de trabalho e exploração.
Os primeiros marcos incluíram a legislação sobre horas de trabalho e
condições de segurança. Em 1919, a Organização Internacional do Trabalho
(OIT) foi criada para promover direitos trabalhistas. Nos anos 1930, muitos
países implementaram legislações como o New Deal nos EUA, fortalecendo
direitos como o salário mínimo. Após a Segunda Guerra Mundial, a proteção
ao trabalhador se expandiu globalmente, com uma ênfase crescente em
direitos humanos e não discriminação. Hoje, o Direito do Trabalho continua a
evoluir com as mudanças nas relações de trabalho, como a gig economy e o
teletrabalho.
1. Sistematização do direito
manifesto comunista (1948) - Karl Marx
encíclica "Rerum Nouarum" (1891) - papa pio 13, traz manifestação
formal da igreja da exploração do homem para o próprio homem, deu
muito o que falar, por ser a igreja e pronunciando de um caso tão
comum
Empregado Rural
Art. 2º da Lei 5889/73. Empregado rural é toda pessoa física que, em
propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não
eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.
Obs.: O empregado que trabalha no "casarão" da fazenda, realizando
serviços domésticos no âmbito residencial, não será considerado
empregado rural, mas sim empregado doméstico.
Empregador Rural
Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou
jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos.
Inclui-se na atividade econômica referida no caput a exploração do turismo
rural relacionado à exploração agroeconômica. Não importa o local onde a
atividade é prestada, se em propriedade rural ou prédio rústico, o critério
utilizado é o da atividade desenvolvida.
Trabalho em Domicílio
É aquele que realiza o trabalho na sua moradia ou em outros locais de sua
escolha, distinto do local de trabalho do empregador.
Teletrabalhador
Não se confunde necessariamente com o trabalho em domicílio. Considera-
se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das
dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a
utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua
natureza, não configure trabalho externo. Obs.: O comparecimento, ainda
que de modo habitual, às dependências do empregador para a realização de
atividades específicas que exijam a presença do empregado no
estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho
remoto.
São três as principais características do teletrabalho:
a) prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira
preponderante ou não;
b) utilização de tecnologias de informação e de comunicação; e
c) Não configuração do trabalho externo.
Controle de Jornada
Art. 62, CLT (redação dada pela Lei n° 13.467/2017): Não são abrangidos
pelo regime previsto neste capítulo: ( ... ) IlI - os empregados em regime de
tele trabalho. A previsão não é absoluta.
Aprendiz
Considera-se aprendiz a pessoa maior de 14 anos e menor de 24 anos,
inscrita em programa de aprendizagem, que celebra contrato de
aprendizagem, nos termos do art. 428 da CLT.
Art. 7º da CF/88. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social: XXXIII - proibição de
trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a
partir de quatorze anos;
Empregado Público
Há situação concreta em que, mesmo diante da presença dos elementos
fático-jurídicos da relação de emprego entre trabalhador e tomador de
serviços, não ocorre, juridicamente, esse tipo legal de relação— sem que se
faça presente, portanto, a figura do empregado. Trata-se de situação
expressamente excepcionada pela Constituição, que elimina a possibilidade
jurídica de existência de relação de emprego, por enfatizar outro aspecto
singular também presente na mesma relação —a vinculação de natureza
administrativa, ao invés de trabalhista, à respectiva entidade estatal de
Direito Público.
O servidor público sob regime administrativo — servidor do tipo estatutário
ou sob regime jurídico único ou ainda sob o vínculo denominado função
pública — não se vincula à entidade estatal de Direito Público pelo caminho
da CLT, mas por intermédio de vínculo de natureza realmente
administrativa. Não obstante, essa não é a situação do servidor celetista,
isto é, aquele contratado por entidade estatal por meio do sistema jurídico
da CLT. Este é empregado, como qualquer outro, tendo como empregador a
correspondente pessoa jurídica de Direito Público.
Servidores investidos em empregos públicos, cujas funções podem ser
permanentes ou de confiança, das empresas públicas e sociedades de
economia mista, são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. * os
empregados públicos contratados pela Administração pública direta,
autárquica ou fundacional pelo regime da CLT recebem o nome de
servidores públicos celetistas.
* os empregados públicos contratados pela Administração pública direta,
autárquica ou fundacional pelo regime da CLT recebem o nome de
servidores públicos celetistas.
Diretor de Sociedade
Profissionais com soma de poderes de mando, gestão, representação,
concentrando em sua pessoa o núcleo básico e central do processo
decisório cotidiano da organização empresarial envolvida. A ideia de direção
tem-se afastado cada vez mais da ideia de propriedade, e assim, noção de
sócio. Surge, então, o interesse em se discutir a incidência ou não sobre os
diretores não proprietários das normas próprias à relação de emprego.
Empregado Eleito
Diretor Há quatro principais posições doutrinárias a respeito:
§ Extinção de seu antigo contrato empregatício, dada a incompatibilidade
dos cargos e funções.
§ suspensão do contrato de emprego, em razão da incompatibilidade de
situações jurídicas.
Súmula 269, TST: “Empregado eleito para ocupar cargo de diretor temo
respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de
serviço deste período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente
à relação de emprego.”
Mera interrupção da prestação de serviços, de modo que o período
despendido na diretoria é computado no tempo de serviço do empregado.
Eleição não altera a situação jurídica do empregado que continua, como
empregado, a desfrutar dos direitos inerentes a essa condição
O Empregador
Art. 2°, "caput", CLT: Considera-se empregador a empresa, individual ou
coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Na verdade, empregador
não é a empresa — ente que não configura sujeito de direitos na ordem
jurídica brasileira. Empregador será a pessoa física, jurídica ou ente de
personificado titular da empresa ou estabelecimento.
Empregador por Equiparação art. 2°, §º1º da CLT: Equiparam-se ao
empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem
trabalhadores como empregados.
Caracterização
Despersonalização do empregador. O empregado foi vinculado à atividade
econômica (empresa). Art. 10 da CLT. Qualquer alteração na estrutura
jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 da CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivo sem pregados.
- Assunção dos riscos da atividade
Empresa
Empresa é o complexo de bens materiais e imateriais e relações jurídicas
que se reúnem como um todo unitário, em função de dinâmica e finalidade
econômicas fixadas por seus titulares. É a organização dos fatores de
produção (bens, relações, direitos e obrigações) a serviço deum fim
econômico previamente definido.
A eleição do termo empresa tem o sentido funcional, prático, de acentuar a
importância do fenômeno da despersonalização do figurado empregador. Ao
enfatizar a empresa como empregador, a lei já indica que alteração do
titular da empresa não terá grande relevância na continuidade do contrato.
Grupo Econômico
Ocorre grupo econômico quando as empresas estão ligadas entre si. Cada
uma dessas empresas possui personalidade jurídica própria, isto é, CNPJ
próprio, quadro de pessoal próprio, exercem atividades econômicas diversas
etc. A CLT não exige um documento ou prova específica para configuração
do grupo econômico.
Art. 2º, § 2º da CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora,
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
Modalidades:
1. Grupo econômico por subordinação: O grupo se verifica diante da
existência de hierarquia entre as empresas. Para a prova de formação
do grupo econômico por subordinação, é indispensável, portanto,
demonstrar que há uma relação de controle entre uma ou mais
empresas em relação às demais integrantes.
Sucessão de Empregadores
O contrato de trabalho não está vinculado à figura do empregador, mas sim
à figura da empresa. Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da
empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448.
A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará
os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
ØPara que seja configurada a sucessão trabalhista, é necessária a presença
de dois requisitos:
a) Transferência do estabelecimento: há necessidade de transferência da
parte produtiva (unidade econômico-jurídica), possibilitando que o sucessor
(que adquiriu o estabelecimento) continue explorando atividade econômica
do sucedido.