Abandono TARVs
Abandono TARVs
Abandono TARVs
POS-LABORAL
TEMA:
TETE, 2024
1
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
CURSO FARMACIA
DISCENTES:
TETE, 2024
2
Resumo
O estudo teve como objectivo analisar os factores sociais, económicos e demográficos
que influenciam ao abandono do TARV no centro de saúde nr 2 para os pacientes
residentes nos bairros Matundo e Chingodzi. Foi aplicado o método misto (quali-
quantitativo) e exploratório com a amostragem probabilística aleatória simples e uma
amostra de 210 participantes. Os resultados revelaram que 53,3% dos participantes
estavam na faixa etária de 35 a 55 anos, 44,3% são homens contra 55,7% mulheres e
maior parte não são casados. A maioria dos casos de abandono ao TARV, ocorreram em
indivíduos com nível de escolaridade igual ou inferior ao nível primário, desempregados,
com residência longe da unidade sanitária associado a problemas de acesso a transporte.
Cerca de 87,6% referiram ter sofrido discriminação e 62,9% referiram possuir hábitos
alcoólicos. Quanto a situação nutricional, apenas 12 (5,7%) tiveram mais de 3 refeições
por dia. Na relação entre os pacientes com os profissionais de saúde, foi revelado o mau
atendimento bem como o incumprimento de horários para atendimento de pacientes.
Muitos participantes do estudo demonstraram a falta de conhecimento do modo de
transmissão do HIV, a duração do tratamento e os problemas que podem surgir em casos
de abandono ao tratamento. Ficou concluído que os participantes possuíam idades
compreendidas entre 15 a mais de 55 anos e; destes, o maior número são mulheres.
Quanto ao estado civil, houve maior predominância de indivíduos não casados. Contudo,
o baixo nível de escolaridade, o desemprego, a baixa renda, a distância entre a unidade
sanitária e a residência do paciente, a discriminação, o consumo de álcool, o mau
atendimento, a deficiente dieta alimentar e a falta de conhecimento sobre HIV/SIDA
constituíram os principais factores sociais, económicos e demográficos que influenciaram
aos pacientes dos bairros Matundo e Chingodzi, a abandonarem o TARV.
3
LISTA DE SIGLAS
ARVs ___ Medicamentos Antiretrovirais
C.S. ___ Centro de Saúde
EAUDT ___ Estratégia de Acesso Universal ao Diagnóstico e Tratamento
Gays ___ Homens que fazem sexo com outros homens
HIV __ Vírus de Imunodeficiência Humana
IMASIDA ___ Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e HIV/SIDA
Km ___ Quilómetros
MEDH ___ Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
MEF ___ Ministério da Economia e Finanças
MISAU ___ Ministério da Saúde
N° ____ Número
OIT ___ Organização Internacional do Trabalho
OMS __ Organização Mundial de Saúde
ONG __ Organização Não Governamental
PVHA ___ Pessoas que vivem com HIV/SIDA
SIDA ou AIDS___ Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
TARV __ Tratamento antiretroviral
US __ Unidade Sanitária
4
INDICE
1 .INTRODUÇÃO ...........................................................................................................7
1.2 DELIMITAÇÃO...................................................................................................... 11
CAPITULO II ................................................................................................................ 14
3. METODOLOGIA...................................................................................................... 15
5
3.6.2 Segunda etapa: ........................................................................................... 23
CAPITULO IV............................................................................................................... 27
CAPITULO 1:
6
1 .INTRODUÇÃO
A fraca aderência ao tratamento antiretroviral constitui uma das condições primordiais
para o abandono ao TARV. Tal como para qualquer doença, o abandono ao tratamento
antes da indicação clínica pode causar sérios problemas, como por exemplo; a resistência
aos medicamentos, a falência terapêutica, a falta de cura, disseminação da doença, entre
outros problemas até a morte. Assim, devido ao impacto negativo que pode ser causado
pela fraca aderência ou pelo abandono ao TARV, a sociedade mostra se bastante
preocupada para reduzir e eliminar a o HIV/SIDA no seio das populações.
A doença do HIV/SIDA foi descoberta pela primeira vez, no mundo, há mais de quatro
décadas, nos Estados Unidos de América. A partir desse período,
um conjunto de profissionais de diversas especialidades de saúde têm se dedicado
profundamente na pesquisa sobre HIV/SIDA para obtenção de um possível tratamento
curativo de forma definitiva. Desde a descoberta das primeiras fórmulas de medicamentos
até ao presente momento, os indivíduos portadores de HIV/SIDA estão sujeitos a um
tratamento vitalício para minimizar o seu estado de saúde, pois; até a data, estes pacientes
ainda não dispõe de medicamentos ou tratamento que lhes pode levar a cura definitiva
(Silva et al., 2015a).
O HIV/SIDA é uma doença crónica e transmissível que se espalhou para diversos
continentes de forma muito rápida, no entanto, até a década de 1990 cerca de 30,6 milhões
de pessoas já estavam infectadas e consequentemente, padeciam do HIV/SIDA em todo
o mundo. Devido ao impacto negativo do HIV/SIDA caracterizado por mortes e
complicações da doença levando a incapacidade para realização de actividades
7
socioeconómicas, a doença mereceu destaque na lista das grandes prioridades de saúde
no mundo. Com esta acção, foi possível massificar a disponibilidade de medicamentos
antiretrovirais até o final da década de 1980 - 1990. Para efeito, a introdução dos
antiretrovirais (ARVs) não só contribuiu para mudança da história natural da doença
referente ao HIV/SIDA, como também, incentivou para a diminuição da ocorrência de
casos e de mortalidade devido ao SIDA a nível internacional (Lima, 2017).
O surgimento do TARV deu uma nova dinâmica na esperança de vida dos pacientes
seropositivos a nível global, neste contexto, melhorou o seu estado de saúde de forma
significativa através da diminuição de ocorrência de doenças oportunistas, reduziu a taxa
de internamento hospitalar devido ao HIV/SIDA bem como, auxiliou o controlo da
epidemia em alguns países contrariando deste modo o cenário do tempo passado onde os
pacientes seropositivos tinham pouca probabilidade de sobrevivência devido ao
deficiente acesso ao tratamento por insuficiência de unidades sanitária com capacidade
logística e técnica para o cumprimento efectivo do TARV (Foresto et al., 2017).
Através dos esforços coordenados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), diversas
nações delinearam estratégias para prevenção e combate ao HIV/SIDA tendo sido
estabelecida e harmonizada a estratégia 90/90/90, ou seja, Estratégia de Acesso Universal
ao Diagnóstico e Tratamento (EAUDT) cuja determina a eliminação do HIV/SIDA a
nível mundial até o ano de 2030. Esta estratégia estabelece que 90% de diagnóstico de
indivíduos infectados pelo HIV, dos quais 90% devem ter acesso ao tratamento, e; 90%
devem apresentar supressão viral, ou seja, de redução da sua carga viral. Assim, o
cumprimento adequado da estratégia 90/90/90 pode conduzir a eliminação da prevalência
do HIV/SIDA tendo como fundamento de que se todos indivíduos infectados tiverem
8
acesso ao diagnóstico, tratamento completo e sem abandono, terão redução da carga viral
até aos níveis indetectáveis.
Um aspecto bastante interessante na implementação correcta da estratégia 90/90/90, está
relacionado com a garantia de prevenção e eliminação de novos casos através de controlo
da supressão viral de todos pacientes do programa, ou seja, se um paciente tiver carga
viral em níveis indetectáveis, o mesmo estará com poucas capacidades para transmissão
da doença a outros indivíduos e deste modo haverá redução da susceptibilidade para
transmissão de novos casos (Lima, 2017).
Estudo realizado por Foresto et al., (2017), também referiu que através da introdução e
seguimento correcto da estratégia 90/90/90 no TARV, ficou garantido um método
eficiente que visa o diagnóstico e confirmação laboratorial de 90% de pacientes
seropositivos, seu tratamento de forma contínua e deste modo também, os mesmos
pacientes beneficiam de redução da carga viral no seu organismo. Em relação a estratégia
90/90/90, pode se esperar um enorme esforço pelos países membros da OMS e
consequentemente a redução dos níveis de prevalência do HIV/SIDA. No entanto, o
desafio desta estratégia pode fracassar se não houver aderência dos pacientes
independentemente dos factores adversos que possam interferir.
9
O autor desta pesquisa, julga que a aderência e seguimento correcto do tratamento
antiretroviral (TARV) têm sido uma realidade de sucesso em vários países, mas, nem
todos pacientes assumem as instruções do pessoal responsável pelo seu atendimento o
que coloca em risco a saúde pública.
Assim, o abandono ao TARV pode constituir um grave problema de saúde pública tendo
em consideração as suas consequências podem interferir negativamente do crescimento
socioeconómico duma determinada região. Baseando nos dados supracitados, pode-se
deduzir que existem pacientes que ainda persistem pelo abandono do tratamento sem
explicação dos reais motivos e consequentemente estejam a aumentar o risco de
transmissão da doença a outros cidadãos dando impacto negativo sob ponto de vista
socioeconómico. É nesta perspectiva que se despertou o interesse de analisar quais são os
factores que influenciam aos pacientes dos bairros Matundo e Chingodzi a abandonarem
o TARV como assunto essencial para a presente pesquisa de Dissertação do Mestrado em
Saúde Pública.
1.1 JUSTIFICATIVA
A melhoria ou cura de qualquer doença depende basicamente do comportamento e atitude
do paciente no concernente a aderência ao tratamento específico definido pelo serviço de
saúde em cumprimento das normas da OMS, deste modo, é fácil perceber que o abandono
do tratamento e em particular, o abandono ao TARV, poderá levar a sérios problemas ao
estado de saúde da individual e colectiva em qualquer comunidade.
Embora esteja a decorrer um conjunto de esforço para garantir acesso ao TARV em todo
território nacional, ainda existem alguns pacientes que não aceitam aderir ao tratamento
específico. E, deste modo, prevalece o risco de disseminação da doença a nível das
comunidades onde frequentam estes pacientes com problema de aderência ao TARV
levando ao abandono.
1.2 DELIMITAÇÃO
A pesquisa sobre factores que influenciam o abandono ao TARV vai se concentrar em
pacientes residentes nos bairros Chingodzi e Matundo e que tenham abandonado o
tratamento ao longo do primeiro semestre do ano de 2023.
Neste domínio, o estudo enquadra-se na área de conhecimento de prioritária da Direcção
Provincial de Saúde de Tete relativo a doenças infecciosas, com particular enfoque ao
HIV/SIDA.
Quanto ao espaço geográfico, o estudo vai decorrer nos bairros Matundo e Chingodzi na
Cidade de Tete.
1.3 RELEVĂNCIA
O presente trabalho de pesquisa reveste-se de capital importância nas ciências sociais e
humanas devido a sua contribuição para o conhecimento de fenómenos ligados ao
comportamento social dos pacientes face aos desafios relacionados com o cumprimento
da estratégia tendente a eliminação do TARV.
Assim, os conhecimentos a serem gerados pela presente pesquisa, poderão constituir de
suporte técnico e científico para mais estudos a serem realizados por outros investigadores
aumentando deste modo o volume de conteúdos e fontes bibliográficas referentes aos
factores que influenciam o abandono ao TARV.
Diante do paradigma social sobre saúde e doença, não é de admirar que qualquer
sociedade tende a preocupar-se para garantir bom estado de saúde aos seus habitantes.
Assim, o pesquisador entende que a ocorrência de abandono ao TARV também deixa
uma inquietação para a sociedade e para tal, há necessidade de conhecer os factores que
influenciam para aderência a este comportamento negativo.
Baseando neste pressuposto, pode se afirmar que os esforços sobre os esclarecimentos
dos principais factores que influenciam o abandono ao TARV nos bairros Matundo e
11
Chingodzi abrem espaço no domínio da mitigação do HIV/SIDA. Sendo a mitigação do
impacto de HIV/SIDA umas das preocupações das autoridades sanitárias e das
comunidades, logo, se torna claro de que estamos perante uma situação de relevância
social.
Fazendo o alinhamento do impacto social e do impacto académico ou científico que
poderá resultar desta pesquisa, o autor acredita que esta pesquisa tem relevância para que
seja operacionalizada.
1.4 VIABILIDADE
Para a realização deste estudo será previsto um orçamento equivalente a 54.600,00 mt
que serám aplicados durante todo processo, isto é, desde elaboração do protocolo até ao
relatório final da dissertação.
Este valor servira para aquisição de bens e serviços diversos, nomeadamente; papel A4,
esferográficas, computador, internet, impressão, encadernação de documentos, transporte
e subsidio para activistas que participaram na colecta de dados dos questionários.
Para efeito, todos os custos da presente pesquisa foram assegurados pelo próprio
estudante por falta de financiamento externo.
1.5 PROBLEMATIZAÇÃO
O problema de HIV/SIDA afecta muitos países no mundo com particular destaque às
nações subdesenvolvidas e de extrema pobreza devido ao seu impacto socioeconómico
dos quais a Republica de Moçambique também faz parte. O desafio destes países passa
por reduzir o impacto de HIV/SIDA através de acções assentes no tratamento efectivos
dos pacientes seropositivos. Por outro lado, a resposta satisfatória do TARV requer um
cumprimento rigoroso quanto a aderência ao tratamento, pois; a ocorrência de abandono
acarreta custos financeiros, prejudica a saúde do paciente entre outros problemas (Pires
et al.,2018).
O surgimento do TARV, não só trouxe benefícios aos pacientes que pautam pela
aderência às estratégias, por outro lado, nasceu um novo desafio derivado a fraca
aderência ou mesmo devido ao abandono deste tratamento. Estudos realizados por vários
investigadores referem que ainda é possível constatar certa percentagem de pacientes que
por razoes ainda não conhecidas, não colaboram com o seu tratamento originando
deficiente supressão viral no seu organismo que, em geral, se encontra já debilitado pela
presença do HIV (Menezes et al., 2018).
12
Os centros urbanos e localidade mais movimentadas são considerados como locais de
maior risco de prevalência do HIV/SIDA e consequentemente são os locais de elevada
susceptibilidade para registar maior número de pacientes em TARV bem como de
abandono (Idem). A existência de casos de abandono na cidade de Tete constitui uma
realidade, como por exemplo; consta nos livros de registos do Centro de Saúde n°2 que
maior parte dos pacientes que abandonam o TARV são residentes dos bairros Matundo e
Chingodzi, respectivamente.
Os dados consultados no ambito de abandono do TARV, revelaram que ano de 2016
foram registados 1.867 abandonos; em 2017 foram registados 1.698 e até ao primeiro
semestre do ano de 2019, foram registados mais de 438 abandonos ao TARV sendo
individuos residentes nos bairros Matundo e Chingodzi (DPS – Tete, 2017 e 2019).
Diante deste cenário, tornou-se bastante evidente que o problema de saúde pública
derivado do abandono do TARV nestas áreas, precisa duma intervenção mais
diferenciada tendo em consideração que a prevalência dos abandonos tem impacto
negativo no seio das comunidades, a destacar; o aumento do risco de disseminação da
doença, fraca supressão viral entre outros problemas. Neste contexto, os autores desta
pesquisa levantaram a seguinte pergunta de partida:
Quais são os factores que influênciam aos pacientes do Centro de saúde no 2 à
abandonarem o tratamento Anti-retroviral?
1.6 OBJECTIVOS:
1.6.1 Objectivo geral
Analisar os factores psicossociais, económicos e demográficos que influenciam
ao abandono do TARV para os pacientes residentes nos bairros Matundo e
Chingodzi.
1.6.2 Objectivos Específicos
Identificar os factores psicossociais e económicos associados ao abandono do
TARV;
Identificar os factores relacionados com os profissionais no âmbito do abandono
do tratamento
Determinar os conhecimentos dos participantes sobre HIV e SIDA.
13
CAPITULO II
2.1 REVISÃO DE LITERATURA
Estudos descrevem que o SIDA é uma doença que afecta todo mundo e se caracteriza
pela infecção através do Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV) e que na sua forma
mais grave causa várias infecções, neoplasias e morte. Esta doença afecta um elevado
número de pessoas podendo interferir também nos aspectos socioeconómicos. Os
indivíduos padecendo de SIDA podem estar debilitados e sem força para realizar qualquer
actividade de rendimento e por outro, a sua família pode ficar afectada na tentativa de
apoiar o paciente queira no hospital, ou em regime ambulatório (Carvalho, 2017).
14
como sendo a associação de uma série de sinais e sintomas originados pela infecção
causada pelo vírus de infecção humana (HIV). De referir, a infecção pelo HIV tem sido
mais propensa aos indivíduos com estado debilitado e com falta de cumprimento das
medidas preventivas (Maia, 2016).
Desde o período da sua descoberta, a doença tem se disseminado por todo mundo e
apresenta maior prevalência no continente Africano. Existem diversos conceitos e
definições sobre SIDA, mas para este estudo, o pesquisador recorreu a definição da OMS
para África. Neste domínio, a Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que para o
continente Africano, o SIDA deve ser definido como a ocorrência de uma infecção pelo
Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV) para adultos e crianças com idade superior a
18 meses.
Esta infecção deve ser determinada através de exames envolvendo dois tipos de testes
rápidos e que tenham resultados positivos (Teste Determine e Teste Unigold), específicos
para o HIV, associado a qualquer um dos critérios clínicos ou estádios clínicos
determinados pela mesma organização. A mesma fonte, refere que a evolução dos
estádios clínicos do SIDA, geralmente apresentam um sentido crescente, isto é, o doente
com HIV/SIDA, apenas, pode evoluir do estadio I para os estádios II, III e IV
progressivamente, no entanto, esta evolução nunca pode se efectuar sentido inverso ou
voltar a algum estadio anterior, isto significa que a evolução do estadio clínico do SIDA
é sempre em ordem crescente (MISAU, 2014).
CAPITULO III:
3. METODOLOGIA
Na metodologia, se pretende apresentar todos os passos ou caminhos que foram seguidos
bem como, as técnicas utilizadas para a elaboração da pesquisa tendo em consideração os
objectivos e os recursos disponíveis (Oliveira, 2011).
3.1 Classificação quanto a natureza da pesquisa
A pesquisa sobre os factores de abandono do TARV no pacientes do centro de saúde no
2, foi realizada com base no método misto (qualitativo - quantitativo), na perspectiva
de se abordar uma análise mais profunda dos dados Nas perguntas com enfoque
quantitativo, foi possível medir estatisticamente as respostas apresentadas quanto aos
factores demográficos, psicossociais, económicos e relacionados aos profissionais de
saúde. A abordagem quantitativa se direcciona ao estudo de fenómenos através de dados
numéricos. As respostas de alguns dados podem ser generalizadas e para tal requer uma
definição precisa da amostra (Oliveira, 2011).
15
O enfoque qualitativo, foi aplicado para permitir melhor esclarecimento e análise das
respostas sobre a influência do conhecimento do TARV dos pacientes para situações de
abandono e as propostas dos paciente sobre quais possíveis intervencoes para reduzir o
abandono ao TARV. A abordagem qualitativa visa compreender os fenómenos através
da colecta de dados narrativos e estuda as experiências individuais. Em geral, tem sido
utilizada para compreender opiniões, motivações, entre outras (Nunes et al., 2016).
16
correspondem ao número total de pacientes que abandonaram o TARV no primeiro
semestre do ano de 2013.
As informações foram colhidas nos livros de registos do Centro de Saúde n°2, localizado
entre os bairros Matundo e Chingodzi.
O número de indivíduos que constam da população - alvo foi considerado relativamente
alto com base nas limitações ou dificuldades previstas a decorrem durante o processo de
colheita de dados como por exemplo; insuficiência de recursos, mudanças de
residências, insuficiência de dados de identificação no processo do paciente,
alteração de nomes dos pacientes com a finalidade de dificultar a localização, entre
outros. Para efeito, houve a necessidade de efectuar o cálculo de amostra para o devido
ajustamento. Diversa literatura, recomenda, para este tipo de caso, ser realizado o cálculo
da amostra com destaque quando se trata de estudos que não abrangem toda população
(Marconi e Lakatos, 2003).
3.3.2 Amostragem
No presente estudo foi utilizada a amostragem probabilística aleatória onde a equipa de
colecta de dados foi contactando, de forma aleatória, cada indivíduo do bairro Matundo
ou Chingodzi que tenha sido registado como abandono do TARV a nível da unidade
sanitária da sua jurisdição.
Portanto, na amostragem probabilística aleatória torna-se evidente que cada elemento da
população tem uma probabilidade de ser escolhido ou seleccionado. Esta amostragem
apresenta vantagens pelo facto de permitir uma selecção aleatória, não tendenciosa e
amostra representativa (Oliveira, 2011).
3.3.3. Amostra
Na determinação do tamanho de amostra, recorreu se a fórmula aplicada por Bêrni (2002),
tendo estimado uma margem de erro tolerável de 5%. Para efeito, foram seleccionados
210 indivíduos de entre todos pacientes registados como abandono nos bairros Matundo
e Chingodzi.
Deste modo, foi utilizada a seguinte fórmula:
n = (N x n°) / (N + n°)
n°= 1/ (0,05)² = 400
Deste modo, n = 438x400/438+400 = 175.200/838 = 209,069 ≈ 210
Onde:
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N ___ Tamanho da população;
Eo² __ Erro Tolerável;
nº __ Primeira aproximação da amostra;
n __ Amostra
Uma especial atenção foi observada no âmbito da determinação da amostra, pelo que o
autor da pesquisa teve em consideração os seguintes aspectos técnicos:
Suspeita de possíveis mudanças de domicílio dos pacientes o que poderia aumentar a
dificuldade para localização dos abandonos;
Possível divergência entre o nome registado no processo do paciente com o nome
mais conhecido na zona de residência facto que pode causar problema na identificação
do paciente;
Probabilidade de recusa em participar do estudo;
Suspeita encontrar processos de pacientes com dados incompletos que poderiam
dificultar o contacto com o paciente seleccionado para amostra (falta de n° de
telefone, n° de residência e outros pontos ou dados de referência).
3.5. Variáveis
3.5.1. Operacionalização das variáveis do estudo
VARIÁVEL TIPO OPERACIONALIZAÇÃO
ESCALA DESCRIÇÃO
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Variáveis independentes e outros atributos
Idade Quantitativa discreta
1= 15-35 A
2= 36-55 A
3= Maior de 55 A Idade biológica avaliada durante o período do inquérito.
Sexo ou género Qualitativa nominal dicotômica
1= Masculino
2=Feminino Condição biológica de filiação
Estado civil Qualitativa nominal politômica
1=Solteiro/a
2=Casado/a
3=Divorciado/a
4=Viúvo Conforme o estado civil actual relatado pelos participantes
Nível de escolaridade Qualitativa ordinal politômica
1=Nenhum
2=Primário
3=Secundário
4= Universitário Segundo o nível de ensino concluído e informado durante o inquérito
Local de residência Qualitativa nominal dicotomica
1=Matundo
2=Chingodzi De acordo a resposta dada pelo inquirido sobre o bairro em que vive.
Nível sócio económico ou renda Qualitativa ordinal politômica
1=Sem renda
2=Baixa renda
3=Média renda
4= Alta renda Com base na resposta dada referente a renda mensal, salários ou
remunerações auferidas durante o período de tratamento até a data de abandono.
Estado de emprego Qualitativa nominal dicotômica
1= Empregado
2=Desempregado
Estágio de emprego ou ocupação relatado pelos participantes referente ao período em
análise podendo ser por conta própria ou ao serviço de outra entidade..
Variáveis dependentes
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Distância
Quantitativa discreta
1 = Perto (<5km)
2 = Longe (>5km) Segundo a estimativa da distância entre a residência do paciente e
unidade sanitária de referência.
Transporte para deslocar a US
Quantitativa discreta
1= Sim
2=Não
3= As vezes Conforme a resposta dada pelo paciente que mora distante da unidade
sanitária
Discriminação Qualitativa nominal dicotômica
1=Sim
2=Não De acordo a resposta dada pelo paciente em relação aos sentimentos de desprezo
pelo facto de ser seropositivo
Como se manifesta a discriminação
Quantitativa discreta
1= Desprezo
2= Por estar magro
3=Engordar parte do corpo
4= Contrair HIV por promiscuidade
Conforme a resposta dada sobre os motivos de discriminação
Problemas de saúde devido a reacções de medicamentos Qualitativa nominal
dicotômica
1=Sim
2=Não De acordo a resposta dada pelo paciente em relação a ocorrência de reacção
anormal depois da toma de medicamentos (alergias, vómitos, comichão, falta de sono,
etc) .
Modos de atendimento Qualitativa nominal dicotômica
1=Bom
2=Mau Conforme a resposta do paciente; Bom (quando não há conflitos ou zangas,
tratamento com respeito pelo paciente) e Mau quando o paciente sente insatisfação pela
forma que é tratado (presença de conflitos ou falta de respeito).
Tempo de espera para o atendimento Qualitativa nominal politómica
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1= Curto
2=Médio
3 =Longo De acordo a resposta sobre o tempo de permanência na unidade sanitária
sentido pelo paciente, sendo Curto (menor de 2h); Médio entre 2 a 3 h e Longo (maior de
3 Horas que afecta negativamente a rotina de actividades diárias do paciente como
cumprimento de acções de geração de renda, prática de desporto, etc).
Parou o tratamento devido ao sentimento de cura ou melhoria da doença Qualitativa
nominal dicotômica
1=Sim
2=Não Conforme a resposta da sobre o sentimento de bem-estar (sentimento de cura).
Consumo de álcool Qualitativa nominal politômica
1= Nunca
2= Poucas Vezes
3=Moderado
4= Frequente Resposta dada sobre consumo de bebidas alcoólicas sendo Nunca, Poucas
Vezes (Menos de 3 vezes por semana), Moderado ( de 3 a 5 vezes por semana) e Frequente
(mais de 5 vezes por semana).
Consumo de drogas ilícitas Qualitativa nominal politómica
1= Nunca
2= Raras vezes
3= Frequente De acordo a resposta dada pelo paciente se nunca consumiu drogas; Raras
vezes (3 vezes por semana) e Frequente (mais de 3 vezes por semana).
Esquecimento de horários para toma de medicamentos Qualitativa nominal
politómica
1= Nunca
2= Raras vezes
3= Frequente
Em conformidade a resposta dada pelo paciente sendo: Nunca; Raras vezes (menos de 3
vezes por semana) e Frequente (Mais de 3 vezes por semana) N° de refeições por dia .
Qualitativa nominal politômica
1=Crítica
2=Moderado
3= Aceitável
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Mais de 3= Recomendado Segundo a resposta dada pelo paciente sobre número de
refeições que tem acesso por dia, sendo Crítica: uma vez por dia, Mais ou menos: duas
vezes por dia; Aceitável: três vezes por dia e Recomendado: mais de 3 vezes por dia.
Conhecimento sobre o HIV Qualitativa nominal dicotômica
1= Sim
2=Não De acordo as respostas dadas sobre vias de transmissão do HIV.
Duração do tratamento de HIV Qualitativa nominal politómica
1= 6 meses
2= Até um ano
3=De 1 a 5 A
4= Até se sentir bem
5=Por toda vida Segundo a resposta dada pelo participante sobre quanto tempo deve durar
o tratamento
Desistência ao tratamento Qualitativa nominal politómica
1=Cansado de tomar medicamentos
2=Dificuldade de cumprir outros programas
3=Porque já sentia bem
De acordo a resposta dada pelo participante quanto ao motivo de desistência ao
tratamento.
N° de pessoas com quem vive Qualitativa nominal politómica
1=Sozinho
2=Com familiares ou outras pessoas Conforme a resposta dada pelo paciente se vive
sozinho ou com mais alguém que possa ajuda lo em caso de necessidade.
Cumprimento de horários para abertura e fecho das consultas Qualitativa nominal
dicotómica
1=Sim
2=Não Conforme a resposta dada pelo paciente quanto ao cumprimento de horários de
abertura (7:30h) e fecho as (15:30h) do atendimento público na Unidade Sanitária
Abandono frequente do gabinete de atendimento Qualitativa nominal dicotómica
1=Sim
2=Não Segundo a resposta dada pelo paciente
Conversa entre o profissional de saúde e o paciente Qualitativa nominal politómica
1= Não
2= Pouco
22
3= Bastante De acordo com a resposta do paciente se o profissional de saúde: Nunca
conversou com ele; Pouco (apenas saúda e pede identificação); Bastante (saúda, pede
identificação e fala sobre diversos aspectos que motivam o atendimento do paciente).
Problemas que podem surgir se parar com o tratamento
Quantitativa discreta
1= Nenhum
2= Sentir fome
3= Urinar muitas vezes
4= Fica doente com facilidade Conforme a resposta dada pelo paciente.
Fonte: Adaptado pelos pesquisadores, 2023.
3.6.2 Segunda etapa: Foi realizada a identificação dos indivíduos elegíveis ao estudo
e o levantamento de dados demográficos constantes nos livros de registos de pacientes
inscritos no Sector de TARV a nível do C.S. n°2. Esta acção visou a facilitar a
23
localização efectiva dos domicílios dos pacientes que abandonaram o tratamento e
que tenham a residência no bairro Matundo ou Chingodzi.
24
A digitação de dados foi realizada por uma equipa de dois técnicos treinados e
supervisionados pelo gestor de dados estatísticos. Como forma de garantir que dados
sejam fiáveis, consistentes e harmonizados, antes de encerramento desta fase, os técnicos
fizeram a devida revisão e correcção das possíveis inconsistências das fichas de recolha
antes da conferência final pelo supervisor de dados.
No final da análise e interpretação dos dados seleccionados, foram determinados os
resultados para obtenção de conclusões e elaboração do relatório final que incluirá as
sugestões para solução do problema de abandono ao TARV.
Segundo Marconi e Lakatos (2003), para garantir boa qualidade de dados, a análise e
interpretação, deverá ser antecedida por selecção, codificação e tabulação. Na fase da
selecção, os dados tiveram uma verificação bastante crítica filtrando informações
desajustadas á realidade; a codificação permitiu categorizar os dados transformando-os
em símbolos passíveis de serem contabilizados; enquanto, a tabulação auxiliou a análise
estatística visando melhor compreensão dos assuntos arrolados.
3.8. Limitações
Insuficiência de estudos científicos semelhantes que tenham sido realizados a nível
nacional e provincial e local para servirem de referência facto que motivou a escolha do
método exploratório.
Mudança de residência efectuada por alguns participantes por motivos alheios a sua
vontade e em consequência houve disso houve atraso na localização desses indivíduos.
Existência de participantes que apresentaram certas diferenças entre os nomes registados
na unidade sanitária para registo no Processo do paciente e o nome conhecido no bairro
(suposta falsificação de nomes) com a provável finalidade de evitar que seja identificado
como paciente seropositivo; estes casos também tornaram muito difícil a localização o
que interferiu no tempo previsto para recolha de dados.
25
Helsínquia da Associação Médica Mundial sobre os Princípios Éticos para a Pesquisa
Médica envolvendo seres humanos (2013).
Nestes termos, foi garantida com todo rigor a privacidade e sigilo de todas informações
fornecidas para esta pesquisa pelo que, não serão reveladas as identidades das pessoas
contactadas para efectuarem as respostas do questionário.
A pesquisa não envolveu nenhum procedimento invasivo aos participantes, pelo que foi
garantida toda a sua integridade física e respeitou o consentimento livre, informado e
verbal antes da participação do estudo, ou seja, nenhum participante foi inquirido sem o
seu consentimento.
Para o caso de pacientes com dificuldade de comunicação na língua ou idioma do
questionário, foram aconselhados pelos elementos envolvidos na pesquisa para a
solicitação voluntária de confidente para esclarecimentos e auxílio nas respostas do
questionário.
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CAPITULO IV
4.1 Conclusões
Depois da análise e discussão dos resultados do estudo sobre os factores de abandono do
tratamento antiretroviral nos pacientes dos bairros Matundo e Chingodzi, o autor desta
pesquisa, chegou a seguintes conclusões:
O género feminino, os indivíduos não casados e os residentes do bairro Matundo
apresentaram maior predominância no perfil demográfico da pesquisa.
O baixo nível de escolaridade, a falta de emprego, a baixa renda, a maior distância
entre a unidade sanitária e a residência dos pacientes, a discriminação, o consumo de
álcool, a fraca dieta alimentar são os principais factores socioeconómicos reportados
pela maioria dos participantes, como sendo influenciadores do abandono ao TARV.
O Mau atendimento aos pacientes e a falta de cumprimento dos horários de
atendimento público são algumas das acções dos profissionais que desencorajam a
aderência dos pacientes ao tratamento e deste modo, constituem os factores
relacionados com os profissionais de saúde que também estimulam o abandono ao
TARV.
O deficiente conhecimento em relação ao HIV/SIDA sobretudo quanto ao modo de
transmissão, duração do tratamento e os possíveis problemas que podem surgir em
caso de abandono, foi considerado um dos motivos relacionados ao seu fraco
envolvimento no programa TARV.
De acordo com as conclusões acima mencionadas, é sustentável afirmar que o
abandono ao TARV constitui um sério problema de saúde pública.
4.2 Recomendações
Reconhecendo o impacto negativo do abandono do TARV e em virtude das conclusões
deste estudo, urge a necessidade de apresentar as seguintes propostas para mitigar o
impacto do problema:
MISAU e MEDH, deverão coordenar mais acções no sentido de garantir que os
pacientes em TARV tenham acesso a educação com a finalidade de melhorar a
percepção e cumprimento dos procedimentos no âmbito do tratamento.
Governo através do MEF deverá providenciar fundos para promover acções de
empreendedorismo para os pacientes que não possuem renda sustentável visando
aliviar os problemas referentes a alimentação e transporte.
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Estado Moçambicano, deve intensificar acções de educação sanitária através de:
Inclusão no currículo escolar para todas as classes incluindo o ensino técnico
profissional, conteúdos sobre vantagens e desvantagens da adesão ao TARV;
Treinamento de líderes religiosos e comunitários para divulgação de informações
sobre aconselhamento TARV;
Adoptar vários dispositivos para publicar mensagens sobre TARV, como por
exemplo; Telefone celular, painéis públicos, telas das caixas de ATM ;
Introduzir as actividades de aconselhamento sobre TARV em todas instituições
públicas, privadas e outras organizações.
governo, as ONG e a comunidade em geral, devem promover acções para a redução
do consumo de bebidas alcoólicas e drogas sobretudo no caso de indivíduos que
estiverem efectuando TARV.
MISAU deverá aumentar o número de unidades sanitárias para providenciar maior
acessibilidade ao TARV.
MISAU, deverá providenciar estratégia para melhoria da qualidade de atendimento
através de:
Treinamento dos profissionais da saúde em matéria ética profissional;
Planificação e implementação de rondas diárias aos diversos sectores de atendimento
público no sentido de monitorar os procedimentos e os horários de atendimento.
Realização de reuniões de auscultação de utentes com periodicidade curta, pelo
menos, ao intervalo quinzenal.
Aumentar o número de unidades sanitárias com serviço TARV de modo a reduzir as
filas de espera e as distâncias para acesso aos serviços de saúde
Reforçar o número de profissionais de saúde para satisfazer a demanda e redução da
sobrecarga de trabalho.
MISAU deverá introduzir um sistema de incentivos aos pacientes com maior adesão
como forma de demonstrar boas práticas aos pacientes faltosos.
MISAU deverá melhorar o acesso ao serviços de TARV através de deslocação as
comunidades mais distantes (brigadas ou equipas móveis) podendo aproveitar as
mesmas oportunidades para efectuar busca activa dos casos de abandono.
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