[224]-PERFIL+EPIDEMIOLÓGICO+DE+PACIENTES+COM+TRAUMATISMO+CRANIOENCEFÁLICO+NO+BRASIL+DE+2020+A+2023
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doi.org/10.51891/rease.v9i8.11132
ABSTRACT: Traumatic Brain Injury (TBI) is characterized by damage to the brain caused
by external physical forces. In Brazil, it is estimated that more than one million people live
with irreversible neurological consequences due to TBI. This trauma involves complex
mechanisms and elicits different responses depending on its origin. It is a public health
problem with a high socioeconomic impact, since the medical costs of its treatment are
extremely high. The objective of this study is to determine the epidemiological profile of
patients diagnosed with TBI, through the analysis of data from the Department of
Information Technology of the Sistema Único de Saúde (DATASUS), in order to obtain
information for the development of strategies to prevent and control the costs of this
pathology.
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1 INTRODUÇÃO
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mecânica que atua no momento do impacto inicial. As secundárias, por sua vez, são lesões
resultantes dos fatores metabólicos e infecciosos que ocorrem em resposta à lesão primária
(ANDRADE et al., 2009).
O TCE também pode ser classificado em três níveis de gravidade: leve, moderado ou
grave. O método mais utilizado determinar a gravidade do trauma é por meio da avaliação
do nível de consciência do paciente, realizada com a Escala de Coma de Glasgow (ECG)
(SILVA et al., 2018) Esse método avalia três parâmetros: a abertura ocular, a melhor resposta
verbal e a melhor resposta motora, sendo que a pontuação da abertura ocular varia de
espontânea (4 pontos) até ausente (1 ponto). A resposta motora varia de situações em que o
indivíduo obedece aos comandos (6 pontos) até os casos em que a resposta motora é ausente
(1 ponto). A resposta verbal é separada em cinco situações, variando de casos em que a
conversa é orientada (5 pontos) até casos em que a resposta verbal é ausente (1 ponto). Todos
os parâmetros contêm níveis intermediários. Dessa forma, o total da pontuação varia de 3 a
15 pontos, sendo que de 14 a 15 pontos o trauma é considerado leve; de 9 a 13 moderado e de 3
a 8 grave (SANTOS et al., 2016).
Os pacientes que sobrevivem aos TCEs graves muitas vezes permanecem com
sequelas cognitivas e funcionais que inviabilizam o retorno às atividades laborais por anos.
2828
No Brasil, em 2017, foi estimado que mais de um milhão de pessoas vivia com sequelas
neurológicas decorrentes de TCE (HAMMOND et al., 2019).
Todavia, tanto no Brasil quanto em outros países há uma falta de dados na literatura
com relação à epidemiologia do TCE grave. Dados epidemiológicos precisos podem ajudar
na formulação de políticas públicas e em estratégias para reduzir a incidência de TCE, bem
como melhorar os desfechos de pacientes com TCE grave (DEWAN et al., 2018). Diante
desse contexto, o objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico de pacientes
com traumatismo cranioencefálico no Brasil.
2 METODOLOGIA
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Os dados obtidos neste estudo referem-se aos atendimentos de TCE realizados pelo
SUS. Foram incluídas na análise informações referentes às internações, à taxa de
mortalidade, às despesas associadas às internações, bem como os dados epidemiológicos
pertinentes ao perfil dos pacientes, considerando aspectos como gênero e faixa etária, com
um recorte temporal de janeiro de 2020 a janeiro de 2023.
O escopo central foi assimilar e descrever os padrões epidemiológicos relacionados
aos atendimentos de TCE pelo SUS, fornecendo informações valiosas para a área da saúde
pública e contribuindo para o aprimoramento das políticas e estratégias de cuidados a
pacientes com traumatismo cranioencefálico.
Com base nos dados disponibilizados pelo DATASUS, no período selecionado,
foram verificadas 241.836 internações devido ao TCE, das quais 182.748 foram
exclusivamente do sexo masculino, o equivalente a 75,57% do total de casos. Conforme
exposto na Tabela 1, foram analisados os dados de internação em decorrência do sexo e idade,
podendo concluir-se quanto ao perfil epidemiológico dos pacientes com TCE. A faixa etária
predominante foi de 20 a 29 anos, com um total de 36.053 internações no período, o que
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corresponde a 14,91%; na sequência, dos 30 a 39 anos com 32.904 (13,61% do total) e da dos 40
a 49 anos com 31.789 responsável ( 13,14% das internações totais).
Tabela 1. Internações por Traumatismo Intracraniano de janeiro de 2020 a janeiro de 2023 no SUS abordando
faixa etária e sexo
FAIXA ETÁRIA MASCULINO FEMININO TOTAL
Menor 1 ano 3359 2611 5970
1 a 4 anos 6132 4427 10559
5 a 9 anos 4916 2883 7799
10 a 14 anos 4364 1796 6160
15 a 19 anos 10445 3009 13454
20 a 29 anos 29736 6317 36053
30 a 39 anos 27402 5502 32904
40 a 49 anos 26480 5309 31789
50 a 59 anos 24645 5278 29923
60 a 69 anos 20389 5932 26321
70 a 79 anos 14805 7403 22208
80 anos e mais 10075 8621 18696
Total 182.748 59.088 241.836
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4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
Menor 1 a 4 5a9 10 a 15 a 20 a 30 a 40 a 50 a 60 a 70 a 80 2832
1 ano anos anos 14 19 29 39 49 59 69 79 anos e
anos anos anos anos anos anos anos anos mais
Tabela 3. Taxa de mortalidade por Traumatismo Intracraniano de janeiro de 2020 a janeiro de 2023 no SUS
abordando faixa etária e sexo
FAIXA ETÁRIA MASCULINO FEMININO TOTAL
Menor 1 ano 1,28 1,42 1,34
1 a 4 anos 1,03 1,17 1,09
5 a 9 anos 1,14 1,08 1,12
10 a 14 anos 2,27 2,51 2,34
15 a 19 anos 7,27 4,42 6,63
20 a 29 anos 8,3 5,13 7,75
30 a 39 anos 8,62 5,51 8,1
40 a 49 anos 10,22 6,35 9,57
50 a 59 anos 11,57 7,6 10,87
60 a 69 anos 13,65 11,35 13,13
70 a 79 anos 15,88 12,51 14,76
80 anos e mais 20,86 17,43 19,28
Total 10,2 8,06 9,68
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CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi determinar, por meio da análise de dados do DATASUS,
o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com TCE, buscando informações para 2833
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REFERÊNCIAS
DEWAN, M. C. et al. Estimating the global incidence of traumatic brain injury. Journal of
Neurosurgery, [s.l.], v. 130, n. 4, p. 1-18, 2018. DOI: 10.3171/2017.10.JNS17352.
MELO, J. R.; SILVA, R. A.; MOREIRA, E. D. J. Características dos pacientes com trauma
cranioencefálico na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, [s.l.],
v. 62, n. 3-A, p. 711-714, 2004. DOI: 10.1590/S0004-282X2004000400027.
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