Trabalho de Extensão
Trabalho de Extensão
FICHA BIBLIOGRÁFICA
Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação em
Geografia - PROPGEO ABREU, M. R. M.; FORTE, S. S.; NOGUEIRA, M. F.; ABREU NETO, J. C.
Análise da percepção ambiental e as práticas sustentáveis da comunidade
jovem do município de Lajes-RN. GeoUECE (online), v. 09, n. 17, p. 104-
Revista GeoUECE 128, 2020.
ISSN: 2317-028X
https://revistas.uece.br/index.php/GeoUE
CE/index
Análise da percepção ambiental e as práticas sustentáveis da comunidade jovem do município de Lajes-RN
Resumo: É perceptível que a sociedade, em sua maioria, conhece o meio ambiente e sua importância para
a sobrevivência humana, por isso a necessidade de preservá-lo. Fala-se que os jovens tem papel fundamental
de cuidar e preservar o meio ambiente, pois são os responsáveis pelo futuro do mundo e das gerações futuras,
por conseguinte, são os que mais deveriam ter atitudes sustentáveis. Todavia, apesar do amplo diálogo a
respeito dos impactos que o meio ambiente vem sofrendo, a aplicabilidade da percepção já adquirida
frequentemente não é colocada em prática. O objetivo da pesquisa foi analisar a percepção ambiental dos
jovens do município de Lajes sobre suas práticas sustentáveis. Esta foi dividida em três etapas (análise
bibliográfica, prática de campo e integração dos dados) e teve como finalidade ponderar a percepção por
meio de metodologia exploratória e descritiva e questionário, onde avaliou-se a relação entre a teoria e a
prática no cotidiano. Verificou-se que a percepção ambiental dos jovens e suas formas de agir quanto à
preservação do meio, é insatisfatória, pois existe na teoria a noção do entendimento das ações que geram
impactos ambientais, entretanto, na prática não é feito nada para reverter a situação da degradação ambiental.
Não apenas os jovens, mas toda a sociedade junto com o governo deve ter práticas proativas quando o
assunto é preservar o meio. Se faz necessário mais debate junto à comunidade para gerar mais ações em
defesa do meio ambiente.
Palavras-chave: Educação ambiental. Atitudes sustentáveis. Preservação. Meio ambiente.
1. Introdução
entendimento ilusório de que o meio ambiente e seus recursos são abundantes e/ou infinitos.
Entretanto, sabe-se que esta forma de pensar além de atrasada, está dificultando as ações em defesa
do meio ambiente no mundo todo.
Para Moura de Abreu et al. (2018), a evolução do capitalismo, que se aplica essencialmente
na busca desenfreada pelo lucro, tendo o subsídio dos meios de comunicação nesta prática, por meio
de divulgação de que o desenvolvimento socioeconômico é motivado pela produção e consumo em
larga escala, foi o que (re)produziu esta publicidade pautada na ilusória necessidade do “ter” antes do
“ser” e no uso e ocupação indevida dos recursos naturais, o que hoje vem causando inúmeros
problemas de ordem socioambiental.
De acordo com Coimbra (1985, p. 21), meio ambiente é “o conjunto dos elementos físico-
químicos, ecossistemas naturais e sociais em que se insere o Homem, individual e socialmente, num
processo de interação que atenda ao desenvolvimento das atividades humanas, à preservação dos
recursos naturais e das características essenciais do entorno, dentro de padrões de qualidades
definidos”. Ou seja, é toda relação entre o ser humano e a natureza no geral.
Desse modo, é perceptível que a sociedade, em sua maioria, conhece o meio ambiente e sua
importância para a sobrevivência humana, por isso a necessidade de preservá-lo. Fala-se que os
jovens tem papel fundamental de cuidar e preservar o meio ambiente, pois são os responsáveis pelo 105
futuro do mundo e das gerações futuras, por conseguinte, são os que mais deveriam ter atitudes
sustentáveis. Todavia, apesar do amplo diálogo a respeito dos impactos que o meio ambiente vem
sofrendo, a aplicabilidade da percepção já adquirida frequentemente não é colocada em prática.
Vale ressaltar que o meio ambiente é direito de todos na forma pela qual deve ser desfrutado
sem ser destruído, pois segundo Toaldo e Meyne (2013), os recursos naturais são finitos e se usados
desordenadamente serão extintos. Vê-se cada vez mais reportagens sobre mudanças climáticas,
aquecimento global, degradação ambiental e desenvolvimento sustentável, o que contradiz o artigo
225 da Constituição Federal de 1988 no que se refere ao direito de todos a terem um ambiente
ecologicamente equilibrado.
Nesse contexto, é de suma importância a busca de se sensibilizar a sociedade da importância
de preservar o meio ambiente. Em primeira instância a escola tem o papel de ensinar o aluno, por
meio de disciplinas como a Educação Ambiental (EA), atitudes cotidianas de se cuidar do ambiente
que se vive. Esta se caracteriza como um processo dinâmico e complexo, pois várias realidades sociais
convivem nele o que determina um movimento contínuo de retroalimentação sociocultural
(MAZZARINO; ROSA, 2013).
Maia (2015) confirma que a EA é peça chave na orientação sobre os valores perdidos na
relação histórica dos seres vivos com a natureza. Esta evidencia à medida que potencializa os seres
humanos para ações cotidianas que favoreçam a integração do indivíduo em sua corporeidade,
superando a dicotomia entre a sociedade e natureza. E Dias (2004) assevera que para se ter percepção
de defesa ambiental são necessários conhecimentos efetivos que promovam uma compreensão social
que impulsionem atitudes e influenciem os comportamentos, valores e hábitos permitindo a
sensibilização e a demonstração de responsabilidade necessária para a busca de soluções aos
problemas ambientais.
Desta forma, é importante ressaltar que o estudo da percepção ambiental é de essencial
importância para entender as inter-relações entre o homem e o ambiente, tendo em vista que uma das
dificuldades para a preservação dos espaços naturais está nas diferentes concepções dos valores e da
importância dos mesmos entre os indivíduos de culturas diferentes (FERNANDES, et. al., 2004).
Seguindo esse foco, a pesquisa teve como objetivo analisar a percepção ambiental dos jovens
do município de Lajes-RN (Mapa 1) sobre suas práticas sustentáveis e teve como finalidade ponderar
a percepção por meio de metodologia exploratória e descritiva e questionário, onde avaliou-se a
relação entre a teoria e a prática no cotidiano, com o intuito de questionar se estes possuem práticas
sustentáveis ou não em seu dia-a-dia.
os jovens entre 18 (dezoito) e 30 (trinta) anos de idade. Para tanto, a juventude é considerada o último
estágio de socialização para se chegar à fase da solidificação das responsabilidades, sendo esse termo
variável em todo o mundo, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) (op. cit.). O jovem
deve ser o comandante principal das decisões na sua vida no âmbito público na busca de se sustentar-
se, não podendo ser considerado como vulnerável, tendo em vista que esse é dotado de
responsabilidades e com devida capacidade.
Buscando identificar as práticas cotidianas dos envolvidos na pesquisa e, a necessidade de
questionar e conscientizar suas práticas ecológicas apresentamos como hipóteses os seguintes
questionamentos: Como os jovens se avaliam em relação ao meio ambiente? Os jovens se consideram
uma sociedade do consumo? Eles estariam dispostos a pagar mais caro por determinado produto
similar a fim de gerar um menor impacto ao meio ambiente? Eles praticam atitudes sustentáveis como
a reciclagem e/ou a reutilização de algum material que vai para o lixo?
2. Fundamentação Teórica
Este artigo pretende analisar a percepção ambiental da sociedade jovem, verificando seu
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protagonismo juvenil junto as questões ambientais, tendo como base a Educação Ambiental (EA)
transformadora e crítica, que está condicionada pela prática e movimentos sociais em concordância a
comunidade global, sob os aspectos da Percepção Ambiental (PA) proativa e reflexiva, no intuito de
tornar o indivíduo jovem capaz de reconhecer seu papel como protagonista na defesa do meio
ambiente.
Os hábitos que a sociedade veio adquirindo ao longo dos anos acarretam na redução dos
recursos naturais e degradação do meio ambiente. Estas transformações se dão, seja pela falta de
esclarecimento a respeito das questões ambientais e de sua capacidade de suporte, seja pela busca
consciente do lucro perante a devastação do meio. Essas atitudes têm causado diversos danos na
qualidade ambiental dos ecossistemas, trazendo perdas não só para o meio ambiente, mas para o ser
humano (MOURA DE ABREU, et al., 2018).
Para Jacobi (2012) é necessário transformar o modelo de vida, os padrões de produção e as
maneiras de pensar e agir quanto as questões ambientais, pois não é possível resolver os crescentes e
difíceis problemas ambientais e retornar suas causas sem que aja uma enorme transformação nos
sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinâmica de racionalidade
existente, com base no aspecto econômico do desenvolvimento.
Dessa maneira, com base nos princípios da participação e informação ambiental, foi
promulgada em 1999 a Lei Federal 9.795 que instituiu a Política Nacional da Educação Ambiental, a
qual define Educação Ambiental (EA) como sendo (art. 1°)
“os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade” (BRASIL, Art. 1º, 1999).
Para Moura de Abreu et al. (2018), o ato de conscientizar pode ser proporcionado por meio
das diversas disciplinas ensinadas no âmbito escolar, nas quais o aluno adquire conhecimento e, por
conseguinte, senso crítico do assunto em questão. É, nesse contexto, onde a EA se faz presente, na
interdisciplinaridade da temática a respeito da preservação ambiental, que pode ser conduzida nos
variados espaços sociais, onde podemos destacar o jovem na relação ensino-aprendizagem que ocorre
dentro e fora da escola, ou seja, através da troca do conhecimento adquirido.
A EA apresenta a possibilidade de ir além de uma simples conscientização, ela poderá
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questionar tanto a maneira como os homens estão reproduzindo suas vidas, como a relação que se
estabelece com a natureza sob o sistema social capitalista. O papel dela seria fornecer a “consciência
ecológica” para a mudança de rota (BOMFIM; PICCOLO, 2011). Dessa maneira, não basta apenas
conscientizar, faz-se necessário que ocorra de fato a mudança com o questionamento.
Barbieri (2011) afirma que a EA deve estimular as pessoas a serem portadoras de soluções e
não apenas de denúncias, embora estas devam ser as primeiras atitudes diante dos desmandos
socioambientais. Deve produzir também mudanças nas suas próprias condutas, modificando, por
exemplo, seus hábitos de consumo.
Nesse contexto, o ato de se ensinar e aprender na EA deve estar em conformidade as atitudes
habituais do sujeito. No entanto, este nem sempre está sensível a buscar alternativas de mudanças em
suas práticas (MOURA DE ABREU et al., 2018). Desse modo, Moura (2004) afirma que além do
processo de tornar sensível, é importante então, considerarmos o fato de que sensibilizar consiste em
‘tornar emocionalmente consciente’, onde o ato de sensibilizar está intimamente vinculado ao
aprender e apreender na educação.
Todavia não é fácil conseguir que as pessoas tenham uma educação ambiental, pois Marques
(2010) assevera que a educação ambiental se coloca em prática a partir de determinados princípios:
educação através de uma participação ativa e global, utilizando-se vários métodos de atividades
interativas, incluindo serviço comunitário, a educação para os valores e a resolução de problemas.
A EA tem o papel de tornar o indivíduo capaz de mudar suas formas de agir, pois possui em
seu modelo de ensino reflexivo e crítico, um processo de construção, reconstrução, transformação e
apropriação, onde, segundo Oliveira & Pinto (2014), desenvolve um importante papel na formação
das pessoas, fomentando a consciência crítica para o enfrentamento de realidades adversas, provando
que nosso planeta é singular e que seus recursos são finitos,
Devido a tantas vantagens que a prática da EA realiza junto à sociedade, a mesma passou a
ser cogitada densamente em diversos setores (econômico, social, cultural, dentre outros), ampliando
assim o conhecimento que apoia a gestão do meio de forma sustentável. A sociedade em si tem um
papel importante nesse aspecto pois o ato de praticar a EA dentro de sistemas de gestão ambiental,
seja em instituições de ensino, governamental, empresas públicas e privadas, aumenta as discussões
sobre os problemas ambientais, gerando a sensibilização que estava sendo perdida por meio do modo
de vida consumista.
Andrade (2014), corrobora com o pensamento quando afirma que o processo de
desenvolvimento das formas de produção capitalista catalisou a “desintegração” do homem com a
natureza.
(...) o capitalismo age sob a lógica de dominação do homem sobre o homem, da produção e
do incentivo ao desenvolvimento da tecnologia para aumentar a produção e a exploração
ilimitada dos recursos naturais, principalmente os recursos não renováveis tais como: os
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minérios, o petróleo, a água etc. Seu único objetivo é a reprodução do capitalismo através do
acúmulo de bens, acarretando muitas vezes a destruição, a extinção e a doença de partes
importantes do meio ambiente (ANDRADE, p. 297, 2014).
Para Moura (2004) a sensibilização utilizada na EA permite conexões e relações que admitam
a integração dos conhecimentos reconhecidos pela racionalidade e daqueles provenientes das
emoções, considerando sentidos e sentimentos. Através da sensibilização são desencadeadas
vivências que ao longo dos tempos fomos deixando de ter ou de perceber, as quais ativam o
componente sensível de cada um de nós.
Neste sentido, a EA na prática deve ser transformadora e crítica, onde o pensar a EA é pensar
a partir do individual para o coletivo, é buscar mudança de racionalidade, é fugir do modelo
consumista e de pessoas que estão cada vez mais afogadas nas necessidades produzidas pelo capital
e para o capital (ANDRADE, 2014).
Tal EA deve ser transformadora e possuir um conteúdo emancipatório, em que a dialética
entre forma e conteúdo se realiza de tal maneira que as alterações da atividade humana, vinculadas
ao fazer educativo, impliquem mudanças individuais e coletivas, locais e globais, estruturais e
conjunturais, econômicas e culturais (LOUREIRO, p. 89, 2007). E crítica sendo utilizada como
estratégia fundamental no preparo dos atores sociais para participarem ativamente na gestão e na
elaboração de políticas públicas voltadas a solução dos problemas ambientais (OLIVEIRA & PINTO,
2014).
Assim, é cogente à prática de ações de responsabilidade compartilhada entre governo e
sociedade, onde a EA auxilie na implementação de alternativas de intervenção, atuando na mudança
de atitudes e hábitos a fim de ajudar à preservação e utilização sustentável dos recursos naturais, para
melhoria da qualidade de vida ambiental, social e econômica (BRAVO et al., 2018).
O ser humano para alcançar avanços técnico-científicos em sua rotina diária ainda depende
totalmente do meio ambiente que é o indutor de todas as conquistas. No entanto, apesar deste enviar
sinais de que está em transformação, degradação e escassez, em razão da própria ação do ser humano,
o mesmo ou não quer enxergar, ou carece de percepção quanto aos problemas ambientais. Todavia,
sabe-se que a natureza em seu caminho histórico no planeta Terra, sobreviverá sem o ser humano,
porém o contrário não é verdadeiro (JACOBI, 2002).
Com a EA o ser humano passa a conhecer e aprender sobre os assuntos relacionados ao meio
ambiente e os problemas ambientais ocasionados pelas atividades realizadas por este. Com tal 110
conhecimento ele adquire percepção a respeito da importância do tema em questão. Contudo, para
Faggionato (2009), a percepção é inerente a cada ser humano, que percebe, reage e responde de forma
diferente tanto às relações interpessoais quanto às ações sobre o meio.
Neste contexto, Almeida et al. (2017) afirma que analisar a percepção do sujeito e como este
se vê em relação ao meio ambiente e vê o lugar no qual vive, vai auxiliar na compreensão dos valores
ambientais que este possui e no comportamento do mesmo em relação a natureza. Assim, existe a
preocupação em saber se o indivíduo realmente está construindo esta conscientização acerca de que
a importância de se viver em um ambiente equilibrado depende dos seres humanos ao mesmo tempo
em que podemos averiguar se este está apto a repassar o conhecimento adquirido ao longo de seus
estudos.
Tuan (2012) expõe em seus estudos sobre topofilia a ideia de percepção, atitude e visão de
mundo em relação ao meio ambiente. Este afirma que a percepção é adquirida quando o sujeito
percebe o mundo por meio da sua experiência, no qual a cultura do lugar se torna influencia nesta
percepção. Já a atitude deste vai ser composta pelas percepções obtidas ao longo de suas experiências
vividas. Dessa forma, sua visão de mundo se dá, em parte, pelo seu conhecimento individual, mas
destacando a grande parcela dos aspectos adquiridos pela sociedade. E topofilia é o elo afetivo entre
o sujeito e o lugar ou ambiente físico no qual este vive, podendo ser transmitida por meio da
identidade (MOURA DE ABREU et al., p. 65-66, 2018).
Já Ferreira (1997) destaca que existem dois tipos de percepção: a percepção visual, que são as
atitudes que não consideram as consequências, e a percepção informacional, que são as ações
refletidas. Todavia Morin (p. 20, 2000) coloca que “todas as percepções são, ao mesmo tempo,
traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos
sentidos”.
Holtzer (1993) apresenta em seus estudos que a partir do final da década de 50, o conceito de
percepção começou a ser debatido na área do meio ambiente e assinala os principais autores
humanistas e suas abordagens teóricas sobre Percepção Ambiental (PA)
[...] de cunho antiurbanista, Kevin Lynch estudou a percepção com destaque no indivíduo e
sua figura ambiental; o autor da corrente epistemológica da percepção ambiental, Hugh
Prince, estudava os aspectos subjetivos da arte e da descrição com a explicação, na qual a
visão subjetiva não tinha lugar; uma abordagem comportamental e fenomenológica da
realidade, de Willian Kirk, como forma de unir a visão subjetiva à objetiva na ciência
geográfica; o autor que dava ênfase ao contexto cultural e histórico do homem nos estudos
dos lugares, ou seja, seu conceito era de que a análise empírica da verdade só poderia ser
obtida por meio da valorização do “lugar” era Lukermann; havia a crítica da geografia
comportamental e analítica, por Leonard Guelke, a partir da percepção ambiental e cultural,
na qual a descoberta de muitas leis do comportamento humano não garantia a resolução dos
problemas da geografia humana; baseada na geografia analítica e na percepção ambiental,
Roger Downs explica a existência de três formas de aproximação para o comportamento
espacial: estrutural, se refere à identidade da percepção do espaço, avaliativa, que julga os
fatores ambientais valorizados pelas pessoas e da preferência, que diferencia os objetos a
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partir da escala de preferência [...] (HOLTZER, p. 115-121, 1993).
do meio ambiente e a sociedade deve participar dessas ações, disseminando as práticas motivadoras
da conscientização ambiental.
Diversas instituições públicas, ONG’s e empresas privadas passaram a criar propostas,
projetos e até cartilhas que difundem a conscientização e sensibilização ambiental, que auxiliam nos
movimentos que buscam a preservação ambiental. Entre estes, o Ministério do Meio Ambiente
(MMA), disponibiliza projetos para que qualquer interessado possa realizar diferentes ações e libera
o acesso às instituições interessadas em atingir a sociedade com atitudes sustentáveis (CARVALHO
et al., 2017).
Dessa forma, mudar alguns hábitos em relação ao consumo, produção e destinação de lixo,
transforma os cidadãos mais atuantes na resolução dos problemas ambientais. E o Instituto Akatu
(2011) traz os 8 R’s do consumo consciente: Refletir, pois qualquer ato de consumo causa impactos
do consumo no planeta; Reduzir, evitando desperdícios de produtos, serviços, água e energia;
Reutilizar, usando materiais de outra maneira; Reciclar, descartando de forma seletiva o lixo;
Respeitar, a si mesmo, o seu trabalho, as pessoas e o meio ambiente; Reparar, consertando e pedindo
desculpas; Responsabilizar-se, por si, pelos impactos bons e ruins de seus atos, pelas pessoas, por sua
cidade; Repassar, informações que ajudam na prática do consumo consciente (AKATU, 2011).
Assim, Malafaia e Rodrigues (2009) ressaltam que a educação e a percepção ambiental 112
despontam como armas na defesa do meio natural e ajudam a reaproximar o homem da natureza,
garantindo um futuro com mais qualidade de vida para todos, já que despertam maior
responsabilidade e respeito dos indivíduos em relação ao ambiente em que vivem.
Desde que nascemos ouvimos falar na natureza e como ela é importante para nossa vida. Com
o passar dos anos somos bombardeados por assuntos relacionados aos impactos ambientais
ocasionados pelos hábitos do consumo excessivo e o desperdício de recursos naturais. Gomes et al.
(2018) afirma que o meio ambiente está sendo prejudicado pela própria população que não tem, em
muitos casos, noção do quanto degradante são suas ações, muitas das vezes, decorrente da falta de
informação e de educação.
Para Georgin et al. (2014) o meio ambiente fica à mercê do ser humano, seres considerados
pensantes, dotados de discernimento e únicos capazes de garantir a absoluta existência e permanência
da espécie humana na terra. Entretanto, os indivíduos são dotados de liberdade, cabendo a cada um
escolher sua escala de valores, tornando-se sujeitos e agentes de suas próprias histórias. Logo, toda
atividade humana é responsável por modificações no meio ambiente, por isso é essencial a mudança
na relação homem-natureza atual.
Segundo, Moraes (2019), para que haja de fato a mobilização da opinião pública na adoção
de atitudes verdadeiramente sustentáveis, além de um trabalho de EA, é preciso formar profissionais
comprometidos com a questão da preservação do meio ambiente, verificando se nossos jovens estão
sendo formados quanto a sustentabilidade real ou apenas numa educação de caráter conteudista. Sabe-
se que há conteúdo, mas falta contextualização, daí a necessidade do professor como agente que irá
integrar o conteúdo à experiência do aluno, para chegar a conscientização do que foi abordado
(MORAES, p. 15, 2019).
É mister a compreensão dos problemas ambientais relacionados com as atividades humanas
para que ocorra transformação no comportamento do indivíduo e da sociedade. A sensibilização da
população quanto a atitudes que promovam a qualidade de vida social e a educação para o meio
ambiente podem colaborar na formação de cidadãos atuantes, responsáveis e críticos (BRASIL, 2013).
E existe, na sociedade global, índices que destacam a comunidade jovem como a parte da sociedade
que mais luta pela defesa do meio ambiente.
Há uma década atrás, conforme Gama (2009), seis em cada dez jovens brasileiros não sabiam
o que significa ou nunca tinham ouvido falar na palavra sustentabilidade. Ainda assim, a maior parte 113
deles acreditava que se preocupavam mais com o meio ambiente do que a população em geral, as
empresas e o governo. Os perfis identificados entre os entrevistados dividem-se entre eco-alienados,
intuitivos, refratários, teóricos e comprometidos – este último grupo, consciente e que admite fazer o
que está a seu alcance, abrange somente 17% do público.
Tais jovens, considerando o Brasil, creditavam boa parte de sua inércia sobre as ações
ambientais à falta de informação sobre o tema. Para a maioria (53%) a mídia deveria apresentar mais
informações sobre o ambiente. Ainda assim, o jovem brasileiro está acima da média da população
geral quando o assunto é economizar, como por exemplo, a água. Enquanto 23% dos entrevistados
se preocupam em fechar as torneiras, a média da população mundial que o faz é de 7%. O mesmo
acontece no cuidado com a limpeza das ruas. A maioria dos jovens brasileiros (55%) não joga lixo
na rua, enquanto apenas 24% da população geral seguem o mesmo exemplo (GAMA, p. 02, 2009).
Já a ONU (2019) e instituições parceiras lançaram este ano a iniciativa global
#MeuPlanetaMeusDireitos, uma campanha pelos direitos das crianças a um meio ambiente saudável.
Ao longo dos próximos dois anos, o projeto vai mobilizar jovens de todo o planeta, que vão participar
da elaboração da Declaração Global para o Direito das Crianças a um Meio Ambiente Saudável. Tal
iniciativa, coloca os jovens como dianteiros no projeto e expressa seus pontos de vista e preocupações
sobre o meio ambiente como destaque nas contribuições e possíveis decisões que serão tomadas a
nível nacional, regional e internacional.
Conforme Geração (2019), a classe jovem atual é a primeira geração que sofrerá, ou melhor,
que já sofre, os efeitos da crise ecológica e climática, sendo, todavia, a última que pode fazer algo
para deter este desastre. Essa perspectiva fez com que muitos jovens passassem a protagonizar o
“efeito Greta”, isto é, após a postura da jovem ativista sueca Greta Thunberg, que se consolidou como
o símbolo de uma geração bastante internacional, na luta pelo meio ambiente e pela frustração
acumulada com a passividade dos adultos e dos líderes políticos diante de um planeta ameaçado, onde
a mesma aglutinou os mais jovens com uma mensagem e uma missão.
E essa luta vem apoiada na Educação, onde os estudantes passaram a fazer movimentos ativos
como greves globais e manifestações nacionais em defesa do meio ambiente. Bars (2019)
complementa que lutar pela educação é justamente o nosso papel e nós vamos continuar para que
essas crianças que estão aqui hoje e todos os jovens do país tenham direito a uma educação melhor.
O autor afirma que todos vão continuar o movimento para que todas as pessoas possam ingressar na
universidade num país que respeite e preserve o meio ambiente.
Nesse contexto, apesar das declarações contrárias ao meio ambiente do atual governo
brasileiro, o que acarreta no enfraquecimento da proteção ambiental nacional, mesmo o Brasil sendo 114
possuidor da maior reserva verde do planeta, os jovens estão cada vez mais incentivados a continuar
na batalha. O próprio MMA (2013) apresenta que os jovens brasileiros, por meio de diversos
movimentos e entidades sociais, cumprem uma função importante no debate socioambiental e a
criação de um Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, proposta que foi institucionalizada
no Plano Plurianual de 2012/2015, é uma demanda antiga da juventude brasileira. Muitos jovens já
são proativos e compartilham nas redes sociais iniciativas em prol do meio ambiente.
3. Procedimentos Metodológicos
Este artigo pretende apresentar a importância da percepção da sociedade jovem na busca pelo
protagonismo juvenil nas questões ambientais, tendo foco na Educação Ambiental (EA), na luta pela
esperança real e praticada junto à sociedade global sob os aspectos da percepção ambiental, para o
desenvolvimento sustentável.
A pesquisa dispõe de uma base científica e cunho multiplicador, visto que se utiliza do
conhecimento debatido em rodas de conversas e projetos de pesquisa em discussões bibliográficas
auxiliando as análises de campo com a comunidade. Segundo Nicolau (2013), pesquisa exploratória
visa, sobretudo quando é bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto,
Categorias Descrição
Romântica Elabora uma visão de “super-natureza”, mãe natureza. Aponta a grandiosidade
da natureza, sempre harmônica, enaltecida, maravilhosa, com equilíbrio e
beleza estética. O homem não está inserido neste processo. Dentro desta
concepção está embutida uma visão dualística, homem vs. natureza.
Utilitarista Esta postura, também dualística, interpreta a natureza como fornecedora de
vida ao homem, entendendo-a como fonte de recursos para o homem.
Apresenta uma leitura antropocêntrica.
Abrangente Define o meio ambiente de uma forma mais ampla e complexa. Abrange uma
totalidade que inclui os aspectos naturais e os resultantes das atividades
humanas, sendo assim o resultado da interação de fatores biológicos, físicos,
econômicos e culturais.
Reducionista Traz a ideia de que o meio ambiente se refere estritamente aos aspectos físicos
naturais, como a água, o ar, o solo, as rochas, a fauna e a flora, excluindo o ser
117
Na última etapa fizemos a interpretação dos resultados, através da análise das respostas dos
envolvidos na pesquisa e a análise do objeto de estudo, o espaço do município, pois sabe-se que na
teoria, a maioria das pessoas possuem o conhecimento básico do assunto, mas, na prática, nem sempre
se faz o que é dito, logo, verificar os espaços da cidade, o cuidado com o patrimônio de todos, também
é uma forma de identificar como está a concepção ambiental dos jovens da cidade, de fato.
4. Resultados e Discussões
Foram totalizados 100 questionários respondidos. Destes 58% (58) do gênero feminino e 42%
(42) do gênero masculino, com idades entre 18 e 30 anos, predominando a faixa etária entre 18 e 25
anos com 84% (42). Dentre estes, 50% eram estudantes e os demais se dividem em profissões
diversas, como professores (8%). Em relação ao grau de escolaridade: 36% concluíram o ensino
médio e 22% não concluíram, assim como 20% não concluíram o superior, explicando o fato de 50%
dos entrevistados sejam estudantes. Sendo que 48% dos jovens moram mais de 15 anos em Lajes,
logo, subtende-se que esses conhecem bem seu munícipio.
Moura de Abreu et al. (2018) destaca que para que seja combatido os problemas causados no
meio ambiente, são necessárias, pelo menos, pequenas práticas de cada um que podem mudar os
impactos gerados no ambiente. A maioria dos jovens (82%) afirmou estar bem informado e consciente
quanto ao assunto sobre o meio ambiente. O gráfico 1 apresenta resultados a respeito do costume
diário dos jovens que, questionados se estariam dispostos a pagar mais caro por determinado produto
a fim de causar um menor impacto ambiental, 70% afirmaram que sim. Se já haviam substituído o
consumo de um produto por outro similar para gerar menos danos 58% responderam que sim. Já em
relação ao olharem se o produto possui embalagem reciclável, 64% afirmaram que não. Quanto ao
consumo de água para beber, 50% afirmaram que alguma vez já derramou a água por “estar quente”
e por não querer bebê-la, 20% já fizeram com certeza e 30% nunca derramaram. E, 56% afirmaram
que não deixam o carregador de celular na tomada após finalizar o uso. Aparentemente os jovens
estão preocupados com o meio ambiente, porém ainda faltam mais práticas diárias.
Gráfico 1: Respostas das questões que tratam do consumo e de atitudes cotidianas. 119
Quando tratou-se sobre os jovens terem ou não atitudes proativas que beneficiam o meio
ambiente, 25% afirmou não praticar no dia a dia ações que preservem o meio ambiente e 75%
afirmaram que praticam e deram como as principais atitudes a economia de água, a redução do uso
de produtos plásticos como sacolas e canudos, não jogar lixo no chão/rua e a reciclagem/reuso de
materiais. Esta última 43% realizam enquanto que 30% não realizam, sendo o material mais
reciclado/reutilizado o plástico, destacando as sacolas plásticas e as garrafas pet.
120
Ao falar de meio ambiente é necessário saber se os entrevistados têm noção do que seria. A
metodologia proposta neste artigo apresentou imagens que contribuiriam com a análise da percepção
dos envolvidos na pesquisa. Logo, os jovens responderam à questão: Qual das imagens abaixo você
define como a que representa melhor o meio ambiente? A maioria dos entrevistados (64%)
responderam que era a Imagem 5 (Gráfico 3), representando o meio ambiente como um todo no
sentido mais amplo, numa visão Abrangente, já alguns deles ficaram confusos e/ou não souberam,
destacando apenas as Imagens 1 (8%), 2 (12%) e 3 (8%), Reducionista, Romântica e Sócio-ambiental,
as duas primeiras que retratam o meio ambiente como um espaço separado do homem, apenas com
elementos físicos e a terceira sendo a visão dualista do home que destrói o meio.
Já a análise questão: Para você o que é meio ambiente? Metade dos jovens (50%),
responderam que é o lugar onde o homem e a natureza habitam e se relacionam uns com os outros, a
alternativa que mais correta quanto a relação homem-natureza, apresentando uma visão Abrangente.
No entanto, outros 36% disseram que meio ambiente é tudo que a natureza nos oferece, se tornando
uma informação preocupante pois, dessa forma, o meio ambiente é visto apenas como recurso natural
disponível para consumo humano, tendo uma visão Utilitarista (Gráfico 3).
Gráfico 4: Respostas das questões que tratam dos veículos de informação e comunicação 121
sobre as questões ambientais.
Sobre as questões ambientais em Lajes (Gráfico 5), a maioria dos jovens respondeu que
existem alguns problemas ambientais na cidade, como a grande quantidade de lixo nas ruas, o lixão
em local inadequado, a falta de saneamento, a coleta de lixo de forma irregular, dentre outros (Figura
3). Dessa maneira é possível verificar que os jovens sabem quais são esses problemas e tem a
percepção, porém são poucos que tem a atitude de mudar.
O ato de perceber os problemas ambientais é fundamental, contudo, para que ocorra a
mudança, de fato, na forma de agir em defesa do meio ambiente, faz necessário você se identificar
com o lugar onde mora. Logo, apesar dos problemas, o resultado da identidade dos jovens com o
lugar em que vivem é boa, pois 62% afirmam que tem um sentimento agradável por Lajes e apenas
8% dizem ter um sentimento desagradável pela cidade, o que mostra a importância que se tem com o
ambiente, respeitando-o por meio de ações sustentáveis (Gráfico 5).
122
Verificou-se assim que a percepção sobre o meio ambiente é notória, a maioria dos jovens
sabem o que é, quais impactos causam, porém não tem a ação proativa. Eles sabem a respeito do que
se pode fazer mas não praticam o que aprendem. Esse tipo de atitude é o que corresponde em diversos
estudos sobre a sociedade como um todo. Em várias questões os entrevistados pareceram confusos e
controversos em suas respostas, por exemplo, respondia que era bem informado e tinha atitude, mas
ao ser questionado se prática alguma ação em benefício do meio ambiente não sabia o que responder.
Este resultado acima pode ser avaliado conforme Audino (2017), que afirma que dados que
correlacionam a percepção ambiental de um indivíduo devem levar em consideração três diferentes
5. Conclusões
Através dos dados alcançados sobre a percepção ambiental dos jovens da cidade de Lajes-RN,
de como estes classificam o meio ambiente no munícipio e como agem para a preservação do mesmo,
verificou-se que há necessidade de mais ação para preservar o espaço, onde se tem a necessidade de
gerar ações de conscientização ambiental, com oficinas e debates na comunidade para melhorar o
entendimento sobre o de fato o que é o meio ambiente e qual a sua importância, a fim de sensibilizar
a população para realizar mais atitudes sustentáveis no cotidiano.
A elaboração desta pesquisa buscou identificar junto aos jovens informações sobre as questões
123
ambientais em Lajes-RN, para poder evitar ao máximo o prejuízo ao meio ambiente acarretado dos
costumes diários destes, procurando um planejamento adequado e uma consciência ambiental de
todos na cidade. Lembrando que toda forma de conscientização é importante, pois geram resultados,
toda via, se faz necessário transmitir esse conhecimento para que o resultado ocorra de fato em nossas
ações.
Agradecimentos
Agradecemos o apoio da comunidade jovem lajense, por se fazerem participantes nos momentos das
atividades práticas, que foram essenciais para o aprofundamento do estudo e da consciência ambiental
da pesquisa e ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte - Campus Avançado Lajes, por nos
proporcionar a experiência de sermos bolsistas voluntárias no projeto de pesquisa fomentado pela
instituição (IFRN - Edital nº 01/2018 - 1º Chamada).
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127
descriptive exploratory methodology and questionnaire, which evaluated the relationship between theory
and practice in daily life. It was found that the environmental perception of young people and their ways
of acting regarding the preservation of the environment is unsatisfactory, because in theory there is the
notion of understanding the actions that generate environmental impacts, however, in practice nothing is
done to reverse the situation of environmental degradation. Not only the young, but the whole society along
with the government must have proactive practices when it comes to preserving the environment. More
debate with the community is needed to generate more actions in defense of the environment.
Keywords: Environmental education. Sustainable attitudes. Preservation. Environment.