Situacao Problema Doencas Cardiovasculares
Situacao Problema Doencas Cardiovasculares
Situacao Problema Doencas Cardiovasculares
cardiovasculares:
situação-problema
Horácio Pereira de Faria
Gisele Marcolino Saporetti
Doenças
cardiovasculares:
situação-problema
Horácio Pereira de Faria
Gisele Marcolino Saporetti
Belo Horizonte
NESCON - UFMG
2020
© 2019, Núcleo de Educação em Saúde Coletiva
1a reimpressão de 2020
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morais do autor.
ATUALIZE-SE
Novos protocolos editados por autoridades sanitárias, pesquisas e experiências clínicas indicam que
atualizações e revisões nas condutas clínicas são necessárias. Os autores e os editores desse curso
fundamentaram-se em fontes seguras no sentido de apresentar evidências científicas atualizadas para o
momento dessa publicação. Leitores são, desde já, convidados à atualização. Essas recomendações são
especialmente importantes para medicamentos e protocolos de atenção à saúde.
S241d
Faria, Horácio Pereira de
Doenças cardiovasculares : situação-problema / Horácio Pereira de Faria,
Gisele Marcolino Saporetti -- Belo Horizonte : NESCON / UFMG, 2019 -
reimpressão de 2020. 51p.
ISBN: 978-85-60914-63-0
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Gerente de Tecnologias da Informação (TI): Gustavo E-mail: [email protected]
Storck
Gestora Acadêmica: Roberta de Paula Santos
Sumário
Apresentação
O Curso Doenças cardiovasculares: situação problema integra uma série de cursos direcionados
à capacitação de Profissionais de Educação Física para atuarem na Atenção Básica à Saúde
(ABS). Estes cursos são de curta duração e têm como foco problemas relevantes do cotidiano
do trabalho das equipes dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica – NASF-
AB e das Equipes de Saúde da Família.
Os conteúdos dos cursos foram estruturados tendo como pontos essenciais tanto as
informações e os conhecimentos teóricos necessários para atuação na ABS como as discussões
práticas sobre o processo de trabalho das equipes dos NASF-AB.
Os conteúdos dos cursos serão expostos por meio de apresentação de caso específico que
interliga os conteúdos teóricos e a realidade prática do trabalho do Profissional de Educação
Física nos NASF-AB. Você terá a oportunidade de conhecer personagens, diálogos e processos
de trabalho que fazem o cotidiano de uma equipe neste contexto.
Vamos lá, pessoal! Muito ânimo, disposição e interesse, porque temos muito com que
contribuir para a formação de modos de vida saudáveis dos brasileiros.
Unidade 1
Doenças Cardiovasculares
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UNIDADE 1
Doenças Cardiovasculares
Seção 1
Aspectos Gerais
O que são as Doenças Cardiovasculares?
Doença coronariana
Doença cerebrovascular
Cardiopatia congênita
Embolia Pulmonar
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• As DCVs são a principal causa de morte no mundo atualmente. Estima-se que cerca de
17 milhões de pessoas morreram por DCV em 2015, o que representou cerca de 31% do
total de óbitos ocorridos no mundo. Dentre as DCVs, o infarto agudo do miocárdio (IAM)
e os acidentes vasculares cerebrais (AVC) foram as principais causas de óbito;
• Mais de 75% das mortes por DCV ocorreram em países de baixa e média renda;
• O enfrentamento das DCVs deve ser feito com a prevenção dos fatores comportamentais
de risco, como tabagismo, etilismo, sedentarismo e dietas inadequadas, utilizando
estratégias que tenham como foco a população em geral;
milhões
2015 Óbitos no
mundo
DCVs
Países de baixa e IAM
AVC
média renda
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Outros fatores de risco que devem ser considerados têm relação com mudanças sociais,
econômicas e culturais e os processos de globalização, urbanização e envelhecimento da
população. O estresse e a pobreza decorrentes desse contexto de mudanças também são
fatores importantes na gênese das DCVs. Finalmente, há de se considerar, também, os fatores
hereditários.
Seção 2
Aspectos epidemiológicos
O Quadro 1 apresenta alguns dados sobre a ocorrência dos fatores de risco para Doenças
Cardiovasculares – tabagismo, sedentarismo e sobrepeso – na população portadora de
Hipertensão Arterial e Diabetes que estão registrados no Sistema de Cadastramento e
Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos: Hiperdia. Chama a atenção o percentual
significativo de mais de 40% de hipertensos e diabéticos que apresentam o fator de risco
sedentarismo, indicando a importância do desenvolvimento de projetos que estimulem a
atividade física.
Quadro 1 – Presença de fatores de risco para DCV em hipertensos e diabéticos, Brasil, 2012
Quadro 2 - Presença de fatores de risco para DCV por faixa etária, Brasil, 2012.
Presença de fatores de risco para DCV por faixa etária, Brasil, 2012.
25 a 34 anos 1 2,4
Morbidade hospitalar
Quadro 4 - Morbidade Hospitalar do SUS segundo o capítulo da CID 10, Brasil, 2010-2018
Quadro 5 - Taxa de mortalidade hospitalar (em % das internações) do SUS, Brasil, 2010,
2015 e 2018
Sintomas, sinais e achados anormais em exame clínico e laboratorial 6,72 7,99 7,78
Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas 2,58 2,37 2,27
O Quadro 6 apresenta o custo anual com internações realizadas no âmbito do Sistema Único de
Saúde, segundo o capítulo da CID 10. As doenças do aparelho circulatório ocuparam o primeiro
lugar em todos os anos analisados, com um custo médio por AIH crescente (Quadro 7).
Quadro 6 - Custo anual das internações segundo o capítulo da CID 10, Brasil, 2010, 2015 e 2018
Custo anual das internações segundo o capítulo da CID 10, Brasil, 2010, 2015 e 2018
Capítulo CID-10 2010 2015 2018
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 743.540.867 999.440.765 978.417.945
Neoplasias (tumores) 791.125.158 1.545.215.308 1.618.563.994
Doenças de sangue, órgãos hematológicos e
47.451.905 66.174.074 69.806.884
transtornos imunitários
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 168.280.821 198.263.208 217.683.826
Transtornos mentais e comportamentais 531.447.677 308.378.082 243.894.836
Doenças do sistema nervoso 255.966.803 268.243.058 244.952.943
Doenças do olho e anexos 68.952.228 110.161.049 164.635.569
Doenças do ouvido e da apófise mastoide 38.598.180 49.165.475 52.642.577
Doenças do aparelho circulatório 2.118.141.126 2.654.329.081 2.665.578.730
Doenças do aparelho respiratório 1.197.735.713 1.251.516.149 1.173.503.028
Doenças do aparelho digestivo 777.700.156 1.032.556.837 1.091.576.976
Doenças da pele e do tecido subcutâneo 102.849.416 140.083.966 136.377.874
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido
285.972.692 359.165.475 318.385.843
conjuntivo
Doenças do aparelho geniturinário 455.790.854 682.093.432 715.164.524
Gravidez, parto e puerpério 1.305.868.851 1.392.793.792 1.396.939.102
Quadro 7 - Custo médio da AIH (em reais) segundo o capítulo da CID 10, Brasil, 2010, 2015
e 2018
Custo médio da AIH (em reais) segundo o capítulo da CID 10, Brasil, 2010, 2015 e 2018
UNIDADE 2
Situação-problema
ATENÇÃO!
Como recurso didático para a discussão do enfrentamento das DCVs, vamos utilizar uma equipe
fictícia do NASF-AB de Vila Formosa, do município de Curupira. Iniciaremos apresentando, um
fragmento de uma reunião de avaliação conduzida pela Coordenadora de Atenção Básica à Saúde do
município de Curupira.
Bom dia a todas e a todos. Como fazemos em todo final de ano, vamos iniciar nossa reunião de
avaliação dos resultados do nosso trabalho deste ano que está se encerrando. Devo dizer que
tivemos avanços importantes pelos quais, já de antemão, gostaria de parabenizar a todos vocês
e agradecer o empenho e a dedicação. Entre esses avanços, eu destacaria, principalmente, a
redução da mortalidade infantil e materna. Isso só foi possível pelo envolvimento de todos os
profissionais na elaboração e execução do Plano de Ação construído no final do ano passado.
Por outro lado, eu gostaria de dizer que, infelizmente, não tivemos tanto sucesso em outras
áreas como, por exemplo, no Plano de Ação para a prevenção e o controle da Dengue e com
o Plano de Ação voltado para as Doenças Cardiovasculares. E eu gostaria de começar a minha
apresentação fazendo uma avaliação do Plano de Ação das DCVs, no que se refere à sua
elaboração e execução.
Acho que o Plano de Ação refletiu, em certo sentido, o processo de sua elaboração que podemos
sintetizar em dois pontos:
1. Plano de ação fragmentado: o plano ficou uma colcha de retalhos. Resultou em um
“ajuntamento” das propostas de cada setor, quando não em um “ajuntamento” de
proposições de profissionais individuais.
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E a consequência disso pode ser vista na sobrecarga dos serviços de urgência, no aumento
das taxas de internação e óbitos e, é claro, dos gastos do sistema de saúde.
Feitas estas considerações iniciais, temos agora o desafio de reestruturar o nosso Plano
de Ação para as DCVs, para o próximo ano. A ideia é que as equipes e as coordenações
trabalhem, neste próximo mês, nessa tarefa para termos um Plano para aprovação até o
final do ano. Como pontapé inicial para essa tarefa, eu proponho que a gente discuta agora
as premissas do nosso Plano e as ferramentas com que devemos trabalhar. Acho que essas
definições, com certeza, ajudarão no trabalho de elaboração do Plano sem repetir os erros
que identificamos no Plano atual. Proponho que trabalhemos em dois grupos: o primeiro
grupo trabalharia com a questão das premissas do Plano, e o segundo com as ferramentas
de trabalho.
Apenas para esclarecer um pouco a tarefa de cada grupo, estamos considerando premissas
os aspectos macros, por exemplo, a equidade; e estamos chamando de ferramentas de
trabalho aspectos mais técnicos, por exemplo, o uso de protocolos. Vamos ao trabalho?
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A situação apresentada não é incomum na realidade brasileira; pelo contrário, é bem frequente.
Os dados apresentados na Seção 1 caracterizam muito bem uma situação de crescimento
sustentável das taxas de incidência e prevalência das DCVs, dos fatores de risco e também
das consequências das DCVs – alto custo humano e social. A fragmentação das ações e suas
limitações também são muito frequentes. O desafio colocado pela coordenadora de Atenção
Básica para as equipes de elaboração e implementação de um Plano de Ação mais consistente
também vale para a maioria dos profissionais que atuam nos diferentes pontos da rede de
atenção do Sistema Único de Saúde.
Este desafio também está colocado para os profissionais de Educação Física que dominam um
conhecimento e têm uma competência estratégica para o enfrentamento de fatores de risco
importantes para a gênese e o desenvolvimento das DCVs.
Antes de avançarmos neste tema, vamos analisar, a síntese do trabalho proposto pela
Coordenadora de APS, realizado pelos dois grupos.
1. Protocolos: é importante que a equipe defina quais são os protocolos que irão nortear
o seu trabalho. Aqui estamos entendendo protocolos como o conjunto de tecnologias
e ações, com evidências de efetividade, que serão utilizadas para o enfrentamento
dos problemas em todas as suas dimensões e de acordo com as necessidades de
cada pessoa. Os protocolos devem definir também o papel e as responsabilidades
de cada profissional envolvido nas ações. É importante que, uma vez definidos estes
papéis, os profissionais sejam capacitados para o desenvolvimento das ações que
lhes cabem.
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A síntese do trabalho apresentada pelos dois grupos contempla aspectos importantes para a
atuação das equipes de saúde e ajudam a orientar a construção de um Plano de Ação para o
enfrentamento deste grave e complexo problema de saúde pública, que são as DCVs. Porém,
é importante que os profissionais envolvidos nessa tarefa também atentem, num segundo
momento, aos aspectos mais particulares das ações e reponsabilidades de cada profissional
específico e às parcerias que devem ser construídas para o enfrentamento adequado dos
problemas que teremos que superar. A seguir, um passo a passo sugerido por um dos
profissionais para a definição e organização das ações que comporão o Plano de Ação.
Boa tarde! Vamos começar nossa reunião que hoje tem como pauta a questão do Plano
de Ação para as Doenças Cardiovasculares para o próximo ano. Na oficina, conseguimos
avançar na discussão das premissas do Plano e das ferramentas de trabalho. Minha proposta
seria, nesta reunião, discutirmos aspectos mais gerais do plano e, nas próximas reuniões,
detalharmos nossas propostas. Alguém quer começar?
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Glicério: – Acho boa a ideia de começarmos pelos aspectos mais gerais. Achei que a ideia da
Rosilene de definirmos premissas e ferramentas para o plano foi muito boa. Para mim ficou
mais claro o caminho a percorrer para a construção do Plano de Ação. Eu acho que temos que
pensar alguns passos:
1. O plano deve contemplar ações para quem já tem DCV e ações para quem não tem
DCV;
5. Para cada ação, identificar os nossos parceiros externos – população, ONGs, setores
da saúde e setores da administração pública;
• as ações,
• definir objetivos e conteúdo das ações,
• os recursos e as parcerias necessários para o desenvolvimento das ações;
• os responsáveis e prazos para a implementação das ações e os instrumentos –
indicadores, relatórios, etc., para o acompanhamento e a avaliação das ações.
Sendo assim, as atividades propostas visam ensinar as crianças a gostarem das brincadeiras que
solicitam envolvimento do corpo e da mente, ofertar jogos para os adolescentes que integrem
outros jovens, incluir as práticas de modalidades esportivas que valorizem a cooperação, a
competição dentro das regras estabelecidas, bem como diminuir os níveis de inatividade física
entre as crianças e os adolescentes.
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Responsáveis pela Ação: Equipe do NASF-AB (Profissional de Educação Física: Glicério; Médico
Pediatra: Marcelo; Nutricionista: Patríca), Professoras da Escola Municipal de Vila Formosa
(Profissional de Educação Física: Helena, Professora de Artes: Conceição) e da Academia da
Saúde (Profissional de Educação Física: Glorinha).
Locais: quadra e pátio da Escola Municipal de Vila Formosa, Clube Campestre de Curupira
(piscinas e quadras), parques e praças.
Resultados esperados:
• Diminuição do nível de inatividade física entre crianças e adolescentes;
• Es�mulo ao desenvolvimento neuropsicomotor das crianças;
• Fortalecimento musculoesquelético das crianças e dos adolescentes;
• Melhora do condicionamento físico, inclusive a coordenação e as habilidades motoras;
• Redução/prevenção do sobrepeso e da obesidade;
• Redução do risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares;
• Melhora da qualidade do sono;
• Melhora da concentração e da aprendizagem;
• Redução de ansiedade e estresse;
• Melhora da autoestima e da confiança;
• Realização de atividades em grupo, cooperativas, que colaborem com as relações sociais.
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Recursos:
Políticos:
Cognitivos:
Econômicos:
Organizacionais:
Parceiros prioritários:
• Escola Municipal de Vila Formosa;
• Conselho de Pais da Escola Municipal de Vila Formosa;
• Igrejas do Município de Curupira;
• Lideranças comunitárias;
• Universidade;
• Indústrias localizadas no município;
• Polícia Militar;
• Clube Campestre de Curupira.
Monitoramento e avaliação:
Desenvolvimento da
Atividade executada
% do público-alvo
2-Não satisfatório
2-Não satisfatória
Envolvimento do
atividade pelo
público--alvo
Avaliação da
público-alvo
1-Satistório
1-Satistório
1-Satistória
2-Não (1)
atividade
1-Sim
Data
A caminhada é a atividade física aeróbia mais praticada ao redor do planeta, até por ser uma
condição de vida da maior parte dos seres humanos. Este tipo de atividade física envolve riscos
mínimos para os adeptos nas rotinas de prática, e seus benefícios estão associados à promoção
da saúde e prevenção de doenças. O custo financeiro necessário para uma prática regular da
caminhada é baixo, comparativamente com outras atividades aeróbias, no que diz respeito aos
custos de vestuário, calçado, equipamentos e locais para prática.
Esta atividade física possibilita ainda monitoramento do progresso alcançado pelos praticantes,
seja pelo aumento do tempo e intensidade em um período definido de semanas ou meses,
como também pelo monitoramento de passos por instrumentos. Atualmente, são muitos os
dispositivos tecnólogicos que permitem, com certa confiabilidade, ter os passos dos praticantes
contados. Entre esses instrumentos e aplicativos estão os pedômetros, os acelerômetros, entre
outros disponíveis e aplicativos, inclusive disponíveis nos smartphones.
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Entretanto, para uma prática segura e nas condições necessárias para que seja mantido o
nível da intensidade e do volume do esforço físico e da frequência exigidos aos praticantes,
são requeridos investimentos públicos nas condições de infraestrutura de pavimentos tanto
em passeios, parques, ruas e outros ambientes onde a caminhada pode ser praticada, como
também em transporte, acessibilidade e segurança.
Alcançar 10.000 passos ou mais no dia, quando se compara a não alcançar este número de
passos, possibilita a um indivíduo atenuar o ganho de peso.
Fortes evidências indicam que o aumento na prática de atividade física na intensidade moderada
para vigorosa pelos adultos está associado à prevenção ou à redução do ganho excessivo de
peso, como também à manutenção do peso dentro IMC e na prevenção da obesidade.
Fortes evidências demonstram que adultos com sobrepeso ou obesos que são fisicamente
ativos conseguem alcançar benefícios similares, com a prática de atividades físicas, aos dos
adultos com peso corporal normal. Também é equivalente para este grupo populacional a
redução do risco de incidentes e mortes por doenças cardiovasculares e incidência de diabetes
tipo 2.
Fortes evidências sustentam que a atividade física regular reduz o risco de mortalidade por
DCV entre as pessoas com hipertensão e diabetes tipo 2.
Público-alvo: usuários adultos e idosos, com ou sem deficiência, e usuários com doenças
cardiovasculares (usuários com DCV que terminaram a reabilitação cardíaca, já passaram pelas
Fases II e III da reabilitação e estão com liberação médica para serem atendidos pelas equipes
do NASF-AB e da Academia da Saúde);
Resultados esperados:
• Aumento da prática da caminhada e redução da inatividade física entre os adultos e
idosos de Curupira;
• Desenvolvimento do sentimento de satisfação dos usuários-associados do clube pela
prática de atividade física aeróbia;
• Potencialização da união comunitária em prol de uma vida saudável;
• Redução ou manutenção do índice de Massa Corporal (IMC) dos usuários-associados do
clube dentro do padrão normal;
• Reeducação alimentar dos usuários-associados do clube com base na redução do sal/
sódio, açúcar e de alimentos com gorduras saturadas e trans;
• Redução do tabagismo, pela valorização da melhoria da capacidade respiratória e pelo
prazer de caminhadas ao ar livre;
• Redução do consumo de álcool, pela valorização da vida mental e fisicamente ativa,
como também pelo prazer do convívio social;
• Redução do estresse psicológico entre os usuários-associados do clube.
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Recursos
Políticos:
Cognitivos:
Econômicos:
Organizacionais:
Referência:
PHYSICAL ACTIVITY GUIDELINES ADVISORY COMMITTEE. 2018 Physical Activity
Guidelines Advisory Committee: scientific report. Washington, DC: US Department of
Health and Human Services, 2018.
Intensidades da Caminhada
• Caminhada Vigorosa: exige METs iguais ou maiores que 6.0 – Caminhada rápida: 4.5 a 5
mph.
• Caminhada Moderada: exige METs de 3.0 a menos de 6.0 – Caminhada com propósito:
3 a 4 mph.
• Caminhada Leve: exige METs de 1.6 a menos de 3.0 – Caminhada devagar: 2 mph ou
menos.
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Alvo de tempo das Caminhadas: entre 150 a 300 minutos na intensidade moderada, por
semana.
Definição das referências técnicas para o estabelecimento do apoio psicológico aos usuários-
associados do Clube de Caminhada.
Parceiros prioritários:
• Programa Academia da Saúde;
• Igrejas do Município de Curupira;
• Lideranças comunitárias;
• Universidade;
• Supermercados e empresas localizadas no município;
• Indústrias localizadas no município;
• Polícia Militar;
• Museus;
• Centros culturais;
• Associação de guias turísticos;
• Associação das agências de turismo;
• Conselho Regional de Educação Física.
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Avaliação da atividade
% do público-alvo que
Desenvolvimento da
Atividade executada
Atividade prevista
2-Não satisfatório
2-Não satisfatória
pelo público-alvo
participou (2)
1-Satistório
1-Satistório
1-Satistória
2-Não (1)
atividade
1-Sim
-alvo
Data
• Teste de esforço em esteira ergométrica (teste obrigatório para usuários com DCV.
Exigência de presença de um médico durante o teste);
• Teste de esteira ergométrica adaptada para cadeira de rodas;
• 6 minutes walk-test (utilização também para monitoramento);
• Teste de agachamento;
• Teste Timed up and go;
• Teste de flexão de braços;
• Teste de puxada em suspensão na barra;
• Teste de puxada em suspensão na barra modificada (utilização também para
monitoramento de força de membro superior dos usuários-associados cadeirantes).
implementação da ação e dos recursos disponíveis – os recursos que a equipe controla, para
a implementação da ação.
Não é muito incomum, na prática dos profissionais da atenção primária, que a equipe não
tenha controle sobre todos os recursos necessários para a implementação de uma ação. Nesta
situação podem-se observar alguns tipos de comportamento da equipe:
Essas questões nos apontam para um aspecto importante do planejamento de ações de saúde:
o fato de que o processo de planejamento é um processo dinâmico e que é possível, a cada
momento, que uma equipe tenha que fazer adaptações para se adequar a novas realidades.
E, finalmente, é importante que as equipes e os profissionais estejam preparados e abertos
para reconhecer suas falhas e limitações e mudar. Mudar proativamente!!!
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. VIGITEL: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças
crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2008a. Disponível em: http://
www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0208&id=28248785. Acesso em: 12 abr.
2019.