Apostila DIRF 2023

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1 - Objetivos a serem alcançados com a DIRF

Trata-se de declaração prestada pela fonte pagadora, de periodicidade anual,


contendo as informações relativas ao ano-calendário anterior, com o objetivo de
informar à RFB:
- Os rendimentos pagos a pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no país,
inclusive os isentos e não tributáveis nas condições em que a legislação
específica;
- O valor do imposto sobre a renda e/ou contribuições retidos na fonte, dos
rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários;
- O pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou
domiciliados no exterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto,
inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero;
- Os pagamentos a planos de assistência à saúde – coletivo empresarial, no caso
de beneficiário pessoa física;
- Os valores relativos a deduções, no caso de trabalho assalariado.
Fonte: Perguntas e Respostas DIRF 2023.

2 – Tratamento dos rendimentos declarados na DIRF


2.1 – Tributável
Rendimento sujeito à tributação do IR (beneficiário PF ou PJ) ou das
Contribuições Sociais – PIS, COFINS e CSLL (beneficiário PJ). No caso de
rendimentos pagos à pessoa física, não havendo previsão expressa de exceção
na legislação, será sempre considerado como tributável.
2.2 - Tributado exclusivamente na fonte
Rendimentos também sujeitos à tributação, neste caso apenas do IR, mas que
constituem fato gerador apenas em determinado momento – 13º salário (no
pagamento), PLR, RRA e juros sobre capital próprio (no crédito ou no
pagamento) e juros sobre aplicações de renda fixa (no resgate). Tais
rendimentos não são acrescidos aos rendimentos tributáveis (2.1) para fins do
ajuste anual da pessoa física.
2.3 – Isento e não tributável, inclusive decorrente de alíquota zero
Rendimentos sem previsão do IRRF e/ou das CSRF, conforme previsão em lei,
quer em sua totalidade (aviso prévio indenizado, abono de férias, etc.) ou até
determinado valor (aposentadoria para maiores de 65 anos – até o limite de
isenção da tabela progressiva), por exemplo.

[Data] 1
3 - Obrigatoriedade de entrega - destaques
a) PJ de direito privado – inclusive imunes ou isentas - ou público – inclusive
fundos públicos, Condomínios Edilícios, Serviços Notariais e de Registro
mantidos pelo Estado, e pessoas físicas – dentre outros elencados – que
pagaram ou creditaram (beneficiário PJ no Brasil, pessoa física ou jurídica
domiciliada no exterior, PLR e JSCP) rendimentos com retenção de IR, ainda
que em um único mês do ano-calendário;
b) PJ de direito privado que tenham efetuado retenção, ainda que em um único
mês do ano-calendário, das contribuições sociais – PIS, COFINS e CSLL - sobre
pagamentos efetuados a outras PJ (Lei 10.833/2003 - Artigo 30);
c) Órgãos públicos, autarquias e fundações da administração pública federal,
empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades de cujo
capital social com direito a voto, a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria, e que recebam recursos do Tesouro Nacional que tenham efetuado
pagamento a PJ pelo fornecimento de bens ou serviços (Lei 9.430/96 –
Artigo 64);
d) (I) Pessoas jurídicas e físicas domiciliadas no Brasil que efetuaram
pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a PF ou PJ residente ou
domiciliada no exterior, e (II) Candidatos (pessoas físicas) a cargos eletivos,
inclusive vices e suplentes, ainda que não tenha havido imposto retido na
fonte.
A DIRF corresponde às informações unificadas de todos os estabelecimentos,
devendo ser entregue de forma centralizada pela Matriz da PJ.
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Artigos 2º e 3º.
Espaço para anotações:

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4 - Prazo para entrega
- Até às 23h59min59s, horário de Brasília, de 28/02/2023 (IN RFB 1.686/2017);
- Último dia do mês subsequente ao da data do evento (registro do ato no
respectivo órgão – Junta Comercial ou RCPJ), nos casos de liquidação,
incorporação, fusão ou cisão total. Se a data do evento ocorrer em janeiro,
excepcionalmente a DIRF poderá ser entregue até o último dia do mês de março.
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Art. 7º

[Data] 2
5 - Dispensa de entrega
5.1 – MEI – Microempreendedor Individual
Encontra-se dispensado de entrega apenas se o único rendimento sujeito ao
IRRF no período objeto da declaração se referir a comissões e corretagens
pagas às administradoras de cartão de crédito.
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Art. 14 – Parágrafo Único

6 - Entrega mediante uso de certificado digital válido


A partir dos fatos geradores relativos ao ano-calendário 2010, é obrigatória a
assinatura digital na DIRF a ser transmitida pelas pessoas jurídicas, inclusive
imunes ou isentas (não cabe para as equiparadas a PJ ou outras entidades que
possuam CNPJ, como os Condomínios Edilícios, por exemplo), mediante
utilização de um certificado digital válido, excetuando-se desta exigência as PJ
optantes pelo Simples Nacional (inclusive MEI) e declarante pessoa física
(CAEPF).
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Art. 5º - § 2º; Perguntas e Respostas DIRF 2023 –
perguntas 3.2, 3.3 e 18.4.

7 - Consulta Situação da Declaração


A transmissão com assinatura digital mediante certificado digital válido possibilita
à PJ acompanhar o processamento da declaração através do e-CAC.
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Art. 5º - § 3º
7.1 – Status da Declaração
- Em Processamento: DIRF entregue e cujo processamento ainda está sendo
realizado;
- Aceita: processamento da DIRF encerrado com sucesso, sem nenhuma
pendência impeditiva;
- Retificada: a DIRF foi substituída integralmente por outra (retificadora). Poderá
ser objeto de retificação as declarações nos status “Aceita” ou “Rejeitada”;
- Rejeitada: indica que durante o processamento foram detectados erros e a
DIRF deve ser retificada;
- Cancelada: indica que a DIRF foi cancelada, a pedido do declarante ou por
interesse do Fisco, encerrando todos os seus efeitos legais.
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Art. 23

[Data] 3
8 - Multas e penalidades por ausência ou atraso na entrega
- 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante
dos tributos e contribuições informados na DIRF, ainda que integralmente pago,
no caso de falta de entrega destas declarações ou entrega após o prazo, limitado
a 20% (vinte por cento) deste montante;
- R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou
omitidas; observada a multa mínima de:
a) R$ 200,00 (duzentos reais), tratando-se de pessoa física, PJ inativa e PJ
optante do Simples Nacional;
b) R$ 500,00 (quinhentos reais), nos demais casos – inclusive equiparadas a PJ
e as imunes/isentas, antes da aplicação da redução de 50% (cinquenta por
cento) – apresentação em atraso antes de qualquer procedimento de ofício - ou
de 25% (vinte e cinco por cento) – apresentação no prazo fixado em intimação.
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Art. 25 e IN SRF 197/2002
8.1 – Cruzamento com a ECF – Escrituração Contábil Fiscal
Atenção especial a toda e qualquer espécie de retenção de IR e/ou Contribuições
Sociais incidente sobre serviços contratados de PJ de direito privado no decorrer
do ano-calendário, visto que o beneficiário PJ declara estas mesmas
informações constantes na Ficha “Rendimentos Tributáveis” da DIRF entregue
pela fonte pagadora, do registro Y570 da ECF – Escrituração Contábil Fiscal
(Demonstrativo do Imposto de Renda e da CSLL Retidos na Fonte).
Havendo informação de IRRF e/ou CSRF para o CNPJ da Contratante na ECF
transmitida pela PJ Contratada, sem a correspondente apresentação de DIRF
pela Contratada no mesmo ano-calendário, a RFB processará como ausência
de entrega da DIRF, cabendo as multas e penalidades mencionadas no tópico
8.
Espaço para anotações:

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9 – Mudanças da DIRF 2023 em relação à DIRF 2022
9.1 – Rendimentos recebidos que passaram a ser qualificados como
isentos e não tributáveis
a) Os juros de mora recebidos, devidos pelo atraso no pagamento de
remuneração por exercício de emprego, cargo ou função devem ser informados
em campo correspondente da ficha relativa a rendimentos isentos e não

[Data] 4
tributáveis, a ser disponibilizado para os códigos de receita aplicáveis (reflexo da
repercussão geral do Tema 962 do STF – Recurso Extraordinário de nº
855091/RS);
b) O resgate de previdência complementar por portador de moléstia grave
estende-se ao resgate das contribuições vertidas a plano de previdência
complementar. Os rendimentos isentos pagos a título de resgate de previdência
complementar a portadores de moléstia grave comprovada por laudo médico
devem ser informados na ficha relativa a “Rendimentos isentos”, disponibilizada
para os códigos de receita aplicáveis.
9.2 – Substituição da DIRF Anual
Com a publicação da IN RFB nº 2.096/22, que altera as regras da EFD-Reinf,
prevendo o envio dos eventos da série 4000, relativos às demais retenções na
fonte não abrangidas pelo e-Social, fica estabelecido de que a partir de
01/01/2024 não será preciso entregar a Declaração.

10 - Códigos de IRRF e CSRF mais comuns


Comparativamente à IN RFB 1.587/2015, destaca-se o acréscimo do código
5200 – Honorários advocatícios por sucumbência (Lei 13.327/2016, Art. 27) –
beneficiário Pessoa Física.
10.1 – Rendimentos a residentes ou domiciliados no país
10.1.1 – Pessoa física (apenas IRRF)
0561 - Assalariados (folha de pagamento), inclusive pró-labore e bolsa-estágio
3562 - Participação nos Lucros ou Resultados (Lei 10.101/2000)
0588 - Autônomos/profissionais liberais (RPA)
3208 - Aluguéis e royalties
1889 - Rendimentos recebidos acumuladamente (RRA). Cabe este código aos
rendimentos decorrentes de acordos e reclamatórias trabalhistas.
8053 - Rendimentos de mútuo – mutuário pessoa física (tabela regressiva)
10.1.2 - Pessoa Jurídica
10.1.2.1 - IRRF
8045 - Mediação de negócios, comissões e corretagens e propaganda e
publicidade (alíquota de 1,5%)
3280 - Cooperativas de trabalho (alíquota de 1,5% - inclusive para as
cooperativas de limpeza e/ou conservação)
5944 - “Factoring” (alíquota de 1,5%)

[Data] 5
1708 - Demais serviços prestados por PJs sujeitos à retenção (alíquota de 1,5%
para serviços profissionais elencados no Art. 647 do Decreto 3000/99 e 1% para
os serviços de limpeza, conservação, vigilância, segurança e locação de mão-
de-obra)
9385 - Multas e vantagens contratuais (alíquota de 15%)
3426 - Rendimentos de mútuo – mutuário pessoa jurídica (tabela regressiva)
10.1.2.2 – Contribuições Sociais Retidas na Fonte (CSRF)
5952 - Devidas em conjunto as três contribuições (PIS, COFINS e CSLL)
5960 - Retenção apenas da COFINS (3%)
5979 - Retenção apenas do PIS (0,65%)
5987 - Retenção apenas da CSLL (1%)
10.2 – Rendimentos a residentes ou domiciliados no exterior
0422 – Royalties (tipo de rendimento = 140)
0481 – Comissões em geral (tipo de rendimento = 160) e Juros sobre
empréstimos (tipo de rendimento = 130)
9478 – Aluguéis (tipo de rendimento = 100)
9453 – Juros sobre capital próprio (tipo de rendimento = 300)
0473 – Serviços administrativos em geral, inclusive reembolso de despesas no
exterior (tipos de rendimento mais usuais: 160 e 300)
0473 (*) – Lucros e dividendos (tipo de rendimento = 120). Independente de
incidência ou não de IR, informar este código para habilitar o preenchimento.

11 - Rendimentos de beneficiários a serem declarados pelas empresas em


geral
Devem obrigatoriamente ser informados os rendimentos relativos aos
beneficiários – pessoa física ou jurídica - que tenham sofrido retenção do IR ou
das Contribuições Sociais (esta última apenas se beneficiário PJ), ainda que em
um único mês do ano-calendário – IN RFB 1.990/2020 Art. 10 Inc. I.
Os rendimentos devem ser individualizados por CPF ou CNPJ (beneficiário do
país) ou NIF, se houver (beneficiário do exterior), e individualizados conforme os
códigos de DARF, se sujeitos à retenção. Sendo assim, um mesmo CPF pode
constar na DIRF por “n” vezes, por diferentes espécies de rendimentos pagos
(ou creditados) a este mesmo beneficiário (Ex.: remuneração do trabalho
assalariado – código 0561 – rendimento tributável - e de PLR – código 3652 –
rendimento tributado exclusivamente na fonte).

[Data] 6
A cumulatividade dos rendimentos tributáveis pagos à pessoa física, para fins de
aplicabilidade da tabela progressiva mensal do IRRF, mesmo que de
rendimentos relativos a diferentes códigos de DARF, permanece, somando-se o
total dentro do mesmo mês dos rendimentos tributáveis para um mesmo CPF
(Ex.: código 0561 – pró-labore e 3208 – aluguel de bem) – IN RFB 1.500/2014
Art. 58.
Espaço para anotações:

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11.1 – Residentes ou domiciliados no país
11.1.1 – Pessoa física
11.1.1.1 - Trabalho assalariado (códigos de DARF 0561 ou 3592)
Valor de rendimentos pagos ao beneficiário durante o ano-calendário igual ou
superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e
setenta centavos) – IN RFB 1.990/2020 Art. 27.
Fica dispensada a retenção de imposto de renda, de valor igual ou inferior a R$
10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos que integrem a base do
IR devido no ajuste = rendimentos tributáveis (IN RFB 1500/2014 – Art. 61).
11.1.1.2 - Trabalho sem vínculo empregatício (código de DARF 0588) ou de
aluguéis e de royalties (código de DARF 3208)
Total de rendimentos pagos no ano-calendário acima de R$ 6.000,00 (seis mil
reais) – IN RFB 1.990/2020 Art. 10 Inc. III.
11.1.1.3 – Lucros e dividendos (rendimento isento de IRRF)
Pagamentos a titular ou sócio pessoa física, quando o montante anual for igual
ou superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais
e setenta centavos) – IN RFB 1.990/2020 Art. 10 Inc. VIII.
11.1.1.4 – Bolsas de estudo pagas ou creditadas a médicos-residentes
(rendimento isento de IRRF)
A IN não cita montante mínimo para declaração – IN RFB 1.990/2020 Art. 12 Inc.
VII, “i”.

[Data] 7
11.1.2 – Pessoa jurídica
Rendimentos relativos aos beneficiários PJ que tenham sofrido retenção do IR
ou das Contribuições Sociais, ainda que em um único mês do ano-calendário –
IN RFB 1.990/2020 Art. 10 Inc. I.
11.1.2.1 - Dispensa da retenção
11.1.2.1.1 - IRRF
- R$ 10,00 por nota fiscal de serviços emitida, ou seja, cuja base de cálculo
(rendimento bruto) seja igual ou inferior a R$ 666,67, se sujeita à alíquota de
1,5%, ou de R$ 1.000,00, se sujeita à alíquota de 1% (Decreto 9.580/2018 - Art.
785 Inciso II).
11.1.2.1.2 – Contribuições sociais retidas na fonte (CSRF)
- R$ 10,00 por pagamento sujeito à retenção, ou seja, cuja base de cálculo
(rendimento bruto) seja igual ou inferior a R$ 215,05, caso recaia a incidência
das três contribuições em conjunto – PIS, COFINS e CSLL (Lei 13.137/2015 –
Art. 24).
O tempo “pagamento” guarda vinculação com o “meio de pagamento”, ou seja,
boleto, cheque, TED/DOC ou depósito. Sendo assim, se houver o pagamento de
duas notas fiscais no valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) / cada, através
de um único meio de pagamento que consolidou as duas notas fiscais, isso
corresponderá a um único pagamento de R$ 300,00 (trezentos reais), o que
passará a compor base de cálculo para a retenção das CSRF.
Espaço para anotações:

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11.1.3 – Rendimentos de juros sobre capital próprio
Fica dispensada a informação de rendimentos correspondentes aos JSCP pagos
ou creditados, individualizadamente, a titular, sócios ou acionistas, relativos ao
código de receita 5706, cujo IRRF, no ano-calendário, tenha sido igual ou inferior
a R$ 10,00 (dez reais), ou seja, cujo rendimento tributável (base de cálculo) seja
inferior a R$ 66,67 (sessenta e seis reais e sessenta e sete centavos),
independente do beneficiário ser pessoa física ou jurídica (IN RFB 1.990/2020
Art. 10 § 4º).
Tal condição não se aplica aos rendimentos de JSCP pagos ou creditados a
beneficiários do exterior, cujo código de receita é o 9453, e sim apenas a prevista
em 10.2.1.

[Data] 8
11.2 – Residentes ou domiciliados no exterior
11.2.1 – Independente de retenção na fonte
Total anual (do declarante) de (a) rendimentos auferidos por residentes ou
domiciliados no exterior, inclusive nos casos de isenção e de alíquota zero (IN
RFB 1.990/2020 Art. 10 Inc. V) e (b) os remetidos por pessoas físicas e jurídicas
domiciliadas no país para cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas
físicas residentes no país, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento
ou missões oficiais (IN RFB 1.990/2020 Art. 10 Inc. X), igual ou superior a R$
28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta
centavos) e do respectivo IRRF (IN RFB 1.990/2020 Art. 10 § 6º).

12 - Rendimentos tributáveis – beneficiário pessoa física

12.1 - Previdência oficial (serviços com ou sem vínculo empregatício)


Valor do INSS retido do trabalhador ou de contribuinte individual (RPA/pró-
labore), quando admitido para fins de dedução da base de cálculo do IRRF.
O limite mensal da dedução, no caso de RPA/pró-labore, equivale à aplicação
da alíquota de 11% sobre o teto vigente no mês da incidência – em 2022 foi de
R$ 779,59.
Para fins de base de cálculo do IRRF, a dedução do INSS retido ao assalariado
poderá ser utilizada apenas uma vez ao mês, de acordo com o desconto
efetuado sobre as verbas pagas, observando-se o limite do teto vigente.
Excetua-se desta condição o décimo terceiro salário (incidência individualizada).
Em relação às férias, embora o cálculo do INSS retido esteja demonstrado no
Recibo de Férias por mês de competência, faz-se uso do direito da dedução
ainda no momento do pagamento do rendimento, ou seja, quando efetivamente
descontado (regime de caixa).

[Data] 9
12.2 - Previdência privada e FAPI
Possui caráter meramente informativo por parte da fonte pagadora, será utilizado
pela RFB para cruzamento com os dados prestados pelo beneficiário pessoa
física em sua declaração anual de ajuste (DIRPF). Não constitui dedução para
fins de cálculo do IRRF, salvo se por determinação judicial.
12.3 – Dependentes
Resultado da multiplicação do valor mensal admitido de dedução por
dependente, para fins de IR – desde 04/2015 o valor é R$ 189,59 – pela
quantidade de dependentes do beneficiário no mês de cálculo. Não é usual a
adoção da dedução de dependentes para os pagamentos a autônomos ou
profissionais liberais sem vínculo empregatício (RPA) e aluguéis, por exemplo.
A dedução de dependentes será utilizada apenas uma vez ao mês. Havendo,
porém, pagamento dentro de um mesmo mês a um mesmo beneficiário de (a)
verbas salariais do mês de competência anterior e (b) férias, será admitido valor
dobrado no campo relativo a dedução com dependentes, por se tratar de
rendimentos relativos a diferentes períodos laborais mensais.
12.4 - Rendimentos de férias e rescisões pagas aos trabalhadores
12.4.1 - Férias
Informadas no mês do pagamento do Recibo de Férias, o que ocorre, antes do
efetivo período de gozo (competência), período de datas este utilizado para fins
de apropriação da dedução para a Previdência Oficial (INSS), mas não para o
IRRF (regime de caixa). Recomenda-se especial atenção quanto às deduções
relacionadas a este evento, em conjunto ou não com rendimentos decorrentes
de salários, tais como dependentes e a dedução para a Previdência Oficial
(INSS).
12.4.2 – Rescisões
Tratando-se de rescisão sem justa causa, o empregador tem até dez dias para
proceder o pagamento das verbas rescisórias ao trabalhador, o que pode ocorrer
em mês posterior ao do cômputo da rescisão em folha de pagamento
(competência). Efeito contrário ao que ocorre em relação ao pagamento das
férias.
12.5 – Remuneração de bolsa e recesso a estagiário
Os rendimentos de bolsas e de recesso remuneratórios decorrentes de estágio,
nos termos da Lei 11.788/2008, são tributados para fins de IR, estando sujeitos
à tabela progressiva mensal (Decreto 9.580/2018 Art. 36 Inc. I). Por não
possuírem natureza salarial, para fins previdenciários, não estão sujeitos à
retenção de INSS. O código de recolhimento a ser utilizado é o 0561.

[Data] 10
12.6 – Limite total das deduções – beneficiário pessoa física
O somatório das deduções – Previdência Oficial, Previdência Privada/FAPI,
Dependentes e Pensão Alimentícia não pode ultrapassar ao montante do
rendimento tributável declarado no mês por beneficiário.
13 – Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva
13.1 – Décimo terceiro salário
Rendimento sujeito à tributação exclusiva na fonte de IRRF, sendo apresentado
no Comprovante de Rendimentos pelo montante líquido de INSS e de IRRF.
Espaço para anotações:

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13.2 – Participação nos lucros ou resultados - PLR (Lei 10.101/2000)
Por meio da Lei 12.832/2013 instituiu-se tributação exclusiva, em base anual,
para as participações nos lucros ou resultados, em conformidade com a Lei
10.101/2000, mediante adoção de tabela progressiva apartada dos demais
rendimentos tributáveis.

Valor PLR Anual Parcela a


Alíquota
De Até Deduzir
0,00 6.677,55 0,00% 0,00
6.677,56 9.922,28 7,50% 500,82
9.922,29 13.167,00 15,00% 1.244,99
13.167,01 16.380,38 22,50% 2.232,51
16.380,39 9.999.999,99 27,50% 3.051,53

Sobre os rendimentos de PLR (Lei 10.101/2000), não há incidência da retenção


para seguridade social e dos respectivos encargos previdenciários. Não é
permitida a dedução de dependentes para apuração do IRRF sobre PLR (Lei
10.101/2000 Art. 3º § 10º e IN RFB 1.990/2020 Art. 12 § 8º), apenas de pensão
alimentícia judicial.

[Data] 11
14 - Rendimentos de transporte autônomo de cargas e passageiros –
parcela tributável
- Transportador autônomo de cargas – incluindo-se tratores, colheitadeiras,
máquinas de terraplenagem, barcos, aviões e semelhantes: no mínimo 10% do
rendimento bruto auferido (Lei 7.713/88 – Artigo 9° Inciso I);
- Transportador autônomo de passageiros – táxi e serviços de aplicativo de
transporte: no mínimo 60% (Lei 7.713/88 – Artigo 9° Inciso II).
Após a aplicação do percentual relativo ao rendimento tributável sobre o valor
bruto do rendimento, deduz-se o INSS retido e dependentes (possível, embora
não recomendável) para se obter a base de cálculo efetiva do IRRF para
enquadramento na respectiva faixa da tabela progressiva. O salário de
contribuição (base de cálculo do INSS – retido e patronal) do condutor autônomo
de veículo rodoviário (inclusive o taxista), do auxiliar de condutor autônomo e do
operador de máquinas, bem como do cooperado filiado a cooperativa de
transportadores autônomos é de 20% (vinte por cento) do valor bruto auferido
pelo frete, carreto, transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor
relativo aos dispêndios com combustível e manutenção do veículo, ainda que
parcelas a este título figurem discriminadas no documento (IN RFB 2.110/2022
Art. 31 § 1º).
14.1 – Tratamento dos rendimentos não sujeitos à tributação do IR
O valor relativo à diferença de até 90% para cargas e de até 40% para
passageiros em relação ao rendimento bruto é considerado rendimento isento.
Esta diferença não justifica acréscimo patrimonial, e a pessoa física que desejar
fazê-lo em sua DIRPF/DAA, deverá incluí-lo como tributável no ajuste, e no mês
a mês sujeitar ao recolhimento do carnê-leão o percentual superior aos acima
referidos, porém são indedutíveis as despesas com combustível,
estacionamento e manutenção de veículo próprio (Fonte: Perguntas e Respostas
IRPF 2022 – Pergunta 416).
Espaço para anotações:

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[Data] 12
15 - Rendimentos de aluguel pagos a pessoa física
Desde que assumidas pelo locador (proprietário ou arrendatário do bem imóvel
ou móvel locado ou sublocado), ou seja, encontrando-se inclusas ao valor do
aluguel contratado pelo locatário, e o recolhimento tenha sido efetuado pelo
locatário, poderão ser subtraídos, para fins de cálculo do IRRF, os seguintes
encargos abaixo, para preenchimento da coluna “Rendimento Tributável”:
- impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que tenha produzido o
rendimento;
- aluguel pago pela locação de imóvel sublocado;
- despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento (inclui-se a taxa
das administradoras de imóveis);
- despesas de condomínio.
Fonte: IN RFB 1.990/2020 – Art. 12 § 5º Inc. III.

16 - Lucros e dividendos isentos – informação em DIRF


Tratando-se de rendimento pago a sócio de PJ empresária ou simples, com fins
lucrativos, a título de lucros ou dividendos isentos de IRRF:
a) Se o beneficiário do rendimento já estiver informado na DIRF por conta
de rendimentos tributáveis, a título de pró-labore ou aluguéis, por
exemplo, deve-se preencher a informação do campo “Lucros e dividendos
pagos a partir de 1996” ou “Valores pagos a titular ou sócio de
microempresa ou empresa de pequeno porte, exceto pró-labore e
aluguéis”, da ficha “Rendimentos Isentos”, com os rendimentos pagos ou
creditados no ano;
b) Caso não esteja informado, inclui-lo sob o código de receita 0561, mesmo
não havendo retenção na fonte ou existência de qualquer outro
rendimento sujeito à tributação do IR para este beneficiário, e repetir os
passos mencionados em ( a ).
16.1 – Rendimentos de dividendos e de juros sobre capital próprio num
mesmo ano-calendário
Não há a possibilidade de incluir o valor dos lucros ou dividendos isentos pagos
ou creditados no ano atribuídos a um mesmo CPF, apenas informando o código
de receita relativa ao rendimento tributável de JSCP (5706). Neste caso,
bastante comum para as sociedades por ações (S/A), o mesmo beneficiário
(CPF) deverá constar duas vezes, uma sob o código 5706 – para os rendimentos
de JSCP e outra sob o código 0561 – para os lucros ou dividendos pagos e/ou –
vide 15 (b).

[Data] 13
17 - Rendimentos isentos – principais colunas e campos

Vide relação de rendimentos isentos recebidos por pessoas físicas nos Artigos
5º a 7º da IN RFB 1.500/2014.
17.1 - Bolsa médico-residente
Informar os valores pagos a este título, de acordo com a Lei 6.932/81,
independentemente do valor do rendimento.
17.2 - Diária e ajuda de custo
Devem ser aqui informadas as: (1) diárias destinadas ao pagamento de
despesas de alimentação e estadia, por serviço eventual realizado em município
diferente do da sede de trabalho (passível de reincidência em diversos meses
do ano); e (2) ajudas de custo pagas em caso de remoção de um município para
outro, relativas às despesas de transporte, frete e locomoção do beneficiário e
de seus familiares (situação esporádica, eventual).
Nas demais situações que não se enquadrarem nas acima relacionadas, mesmo
que adotada nomenclatura igual ou assemelhada em folha de pagamento, tais
rendimentos devem ser considerados como tributáveis para fins de IR.
17.3 - Abono pecuniário de férias
Indenização paga ao trabalhador equivalente a remuneração de até 10 (dez) dias
do período das férias, mais adicional constitucional de 1/3 sobre esta verba.
17.4 – Férias integrais e proporcionais pagas na rescisão
Permanece ausência de coluna ou de campo específico para as verbas
correspondentes às férias integrais e as proporcionais, pagas em rescisão mas
não gozadas, que constituem rendimentos isentos de IR. Devem ser totalizadas

[Data] 14
a outros rendimentos isentos ou não tributáveis sem especificação (se
houverem) e detalhadas no campo “Outros (especificar)”;
18 - Rendimentos pagos a residentes ou domiciliados no exterior – análise
dos principais campos

18.1 - Número de identificação fiscal (NIF)


Equivale ao CPF (se pessoa física) ou ao CNPJ (se pessoa jurídica) do Brasil.
Trata-se de informação obrigatória, exceto se o país do residente não possuir
NIF ou houver previsão de dispensa.
A lista não exaustiva de países que adotam o NIF pode ser consultada conforme
link abaixo:
http://www.oecd.org/tax/automatic-exchange/crs-implementation-and-
assistance/tax-identification-numbers/
18.2 - Relação fonte pagadora/beneficiária
Campo habilitado somente quando tratar-se de beneficiário pessoa jurídica (PJ)
no exterior. Indica grau de dependência ou característica da relação existente
com a fonte pagadora do Brasil, tais como: matriz, filial, sucursal ou agência,
coligada, controlada, controle societário comum ou agente exclusivo. Não
havendo relação alguma de ligação entre a fonte pagadora (Brasil) e o
beneficiário do rendimento (Exterior) deverá ser informado o código 900.
18.3 - Individualização dos pagamentos – quadro inferior da tela
Especificar data, código da receita e tipo de rendimento (tabela específica – vide
a seguir) de cada pagamento, remessa, crédito, emprego ou entrega.
Especial atenção ao cruzamento de dados com as informações prestadas
através do SISCOSERV e do SPED ECF.
Em relação aos tipos de pagamento mais usuais, vide relacionamento em 9.2.

[Data] 15
19 - Pagamentos a planos privados de saúde – análise dos principais
campos
As informações aqui declaradas para o CPF do titular e de seus respectivos
dependentes será cruzada com a(s) respectiva(s) DIRPF a ser(em) entregue(s),
para fins de dedução de despesas com saúde – declaração completa.

19.1 - Registro ANS


Obrigatório informar. Toda operadora ou administradora de plano de saúde
possui o registro na Agência Nacional de Saúde (ANS), composto de 6 (seis)
algarismos alfanuméricos, sendo o último correspondente ao dígito de controle.
19.2 - Valor pago no ano (Titular ou Dependente)
Informar apenas a contrapartida assumida pelo trabalhador, descontada em
folha de pagamento. Em hipótese alguma deverá constar os valores custeados
pela fonte pagadora.
19.3 - CPF e Data de Nascimento
Deverá ser informado CPF ou Data de Nascimento – se o dependente não
possuir CPF.
O CPF deverá ser obrigatoriamente preenchido para os dependentes que
completaram 18 (dezoito) anos de idade até 31/12/2022 (IN RFB 1.990/2020 Art.
12, Inc. IV, “b”).

[Data] 16
20 - Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRA)
20.1 – Rendimentos a serem declarados

Deve ser informado na ficha “Rendimentos recebidos acumuladamente” da DIRF


o rendimento tributável pago de forma acumulada, relativo a anos-calendário
anteriores ao do pagamento, sendo comum para algumas empresas, os
decorrentes de decisões da Justiça do Trabalho (IN RFB 1.500/2014 Art. 26 e
Subseção I da Seção I do Capítulo VII).
A fórmula de cálculo da tabela progressiva acumulada para fins dos RRA
encontra-se transcrita no Anexo IV da IN RFB 1.500/2014.
20.2 – Principais campos da ficha Rendimentos Recebidos
Acumuladamente
20.2.1 - Código da receita
1889 – rendimentos recebidos acumuladamente (RRA).
Desde 24/02/2011 o código 5936 – IRRF – Rendimento decorrente de Decisão
da Justiça do Trabalho será utilizado apenas nos casos em que o rendimento (a)
não tenha sido pago acumuladamente ou (b) tenham sido pagos
acumuladamente, mas relativos ao mesmo ano-calendário corrente ao do
pagamento (IN RFB 1.990/2020 Anexo I).
20.2.2 - Natureza do rendimento recebido acumuladamente
Transcrever terminologia de fácil entendimento, que vise explicar a origem do
rendimento. Ex.: Reclamatória (ou Acordo) Trabalhista.
20.2.3 - Identificação do advogado / escritório de advocacia
Estes campos devem ser preenchidos apenas quando relativos a honorários
pagos pelo declarante (fonte pagadora), sem restituição, reembolso ou
indenização pelo beneficiário do rendimento.

[Data] 17
20.2.4 - Previdência oficial
Informar o valor correspondente à contribuição cabível ao segurado
(beneficiário), não deve ser informado o encargo patronal da fonte pagadora.
Quando a fonte pagadora assumir a responsabilidade pelo recolhimento da
contribuição do INSS cabível ao segurado, sem efetuar a retenção, usualmente
por meio de determinação judicial, deverá reajustar o rendimento bruto para fins
da base de cálculo do IRRF.
20.2.5 - Imposto retido
Aplica-se as faixas da tabela progressiva vigente do IRRF, no mês do pagamento
ou crédito, sobre o rendimento total considerado tributável, multiplicadas pela
quantidade de meses a que se referem os rendimentos (20.2.6).
A não indicação pela fonte pagadora da natureza jurídica das parcelas objeto de
acordo homologado perante a Justiça do Trabalho (rendimentos tributáveis e
isentos/não tributáveis) acarretará na incidência do IRRF sobre o valor total da
avença (IN RFB 1.500/2014 Art. 26 § 3º). Cabe também à fonte pagadora
comprovar, nos respectivos autos, o recolhimento do IRRF incidente sobre os
rendimentos pagos, no prazo de 15 (quinze) dias da data da retenção.
20.2.6 - Quantidade de meses
Total de meses-calendário relativos ao RRA. O décimo terceiro salário, será
adicionado como um mês ao total (IN RFB 1.500/2014 Art. 37 § 1º).

21 - Rendimentos retidos pelo próprio beneficiário PJ (autoretenção)


São objeto de informação na DIRF os créditos ou pagamentos, sujeitos de
retenção pelo próprio beneficiário PJ de direito privado:
a) colocação ou negociação de títulos de renda fixa;
b) operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas;
c) distribuição de valores mobiliários emitidos, no caso de pessoa jurídica que
atue como agente da companhia emissora;
d) operações de câmbio;
e) vendas de passagens, excursões ou viagens;
f) administração de cartões de crédito;
g) prestação de serviços de distribuições de refeições pelo sistema de
refeições-convênio;
h) prestação de serviços de administração de convênios;

[Data] 18
i) o anunciante que tenha pago a agências de propaganda (CNAE-Fiscal 7311-
4/00) importâncias relativas à prestação de serviços de propaganda e
publicidade.
Recai igualmente sobre a fonte pagadora (tomador dos serviços) a obrigação de
declarar tais rendimentos na DIRF, de acordo com comprovante anual de
rendimentos que deverá ser fornecido ou disponibilizado pelo beneficiário dos
rendimentos (prestador) até o dia 31/01 do ano subsequente (IN RFB 1.990/2020
Artigos 14 e 15).
Espaço para anotações:

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22 - Conciliação DIRF x DCTF x DARF/DCOMP


Faz-se necessária conciliação permanente das informações relativas às
retenções de IR ou das Contribuições Sociais, declaradas em DIRF, com as
informações declaradas mensalmente na DCTF – Declaração de Débitos e
Créditos Tributários pela fonte pagadora pessoa jurídica, bem quanto ao
somatório dos valores de DARF efetivamente recolhidos e/ou Declarações de
Compensação (DCOMP) relativos a estes débitos de seus respectivos períodos
mensais de apuração.
Atualmente, tal cruzamento já é objeto de auditoria eletrônica por algumas
Delegacias da RFB, havendo informações de notificações emanadas neste
sentido.
Recomendável identificar eventuais divergências e saná-las com brevidade, se
possível previamente à transmissão da DIRF, especialmente nos casos em que
constatar-se débitos em aberto, até por tratar-se também de apropriação
indébita.

23 - DIRF x Declaração Anual de Ajuste (DAA ou DIRPF)


O beneficiário pessoa física residente ou domiciliado no Brasil dos rendimentos
declarados em DIRF pelas fontes pagadoras, quando da elaboração de sua
Declaração Anual de Ajuste (DAA ou DIRPF), deve registrar, ou apenas
confirmar (na versão online) as informações de rendimentos tributáveis e
respectivas deduções e IR retido, isentos e não tributáveis e os tributados
exclusivamente na fonte em conformidade com o “Comprovante Anual de
Rendimentos Pagos ou Creditados” fornecido pelo declarante, com informações
que devem necessariamente equivaler às apresentadas na DIRF transmitida.

[Data] 19
Eventuais correções podem ser realizadas já dentro do aplicativo da DIRF, após
a importação de arquivo texto (TXT) gerado pelo software de folha de
pagamento, porém, neste caso, deverá ser fornecido aos beneficiários o
comprovante gerado pela própria DIRF, e não mais o do software de folha de
pagamento, sob pena de divergência entre as informações declaradas à RFB
pela fonte pagadora e o informado na DAA ou DIRPF pelo beneficiário (pessoa
física) dos rendimentos.

24 – Tabelas mensais vigentes no ano-calendário 2022


Valores expressos em reais (R$)

Tabela progressiva mensal vigente - IRRF

Base de Cálculo Parcela a


Alíquota
De Até Deduzir
0,00 1.903,98 0,00% 0,00
1.903,99 2.826,65 7,50% 142,80
2.826,66 3.751,05 15,00% 354,80
3.751,06 4.664,68 22,50% 636,13
4.664,69 9.999.999,99 27,50% 869,36
Dedução por dependente: 189,59

Tabela de contribuição mensal vigente – INSS

1) Assalariados

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA


até R$1.212,00 7,50%
R$1.212,01 até R$2.427,35 9,00%
R$2.427,36 até R$3.641,03 12,00%
R$3.641,04 até 7.087,22 14,00%

2) Autônomos, profissionais liberais e pró-labore

Até Alíquota
7.087,22 11,00%
Acima de Teto máximo
7.087,22 R$ 570,88

[Data] 20
Bibliografia sugerida

- Instrução Normativa RFB 1.990/2020;


- Instrução Normativa RFB 1.500/2014;
- Manual do Imposto Retido na Fonte (MAFON);
- Perguntas e Respostas DIRF 2023;
- Perguntas e Respostas IRPF 2022;
- Decreto 9.580/2018 – Regulamento do Imposto de Renda;
- Lei 7.713/88;
- Lei 10.833/2003 – Artigos 30 a 33;
- Lei 12.832/2013;
- Lei 10.101/2000;
- Instrução Normativa SRF 197/2002;
- Instrução Normativa SRF 459/2004;
- Instrução Normativa 1.700/2017;
- Instrução Normativa RFB 2.055/2021;
- Instrução Normativa RFB 2.110/2022;
- Ementário Soluções de Consulta COSIT;
- ARAÚJO, Elaine Cristina de, MATOS, Maria Aparecida Pinheiro de. Manual
Prático das Obrigações Acessórias junto ao Fisco Federal. 5a ed. São Paulo:
IOB, 2016.
- YOUNG, Lúcia Helena Briski; DIRF 2011. 1a ed. Curitiba: Juruá Editora, 2011.
- MARCHEZIN, Glauco; Manual Prático de Retenção de Impostos e
Contribuições. 13 ed. São Paulo: IOB, 2014.
- CHAVES, Francisco Coutinho; Retenção de Tributos IR-PIS-COFINS-CSLL-
INSS e ISS. 1a ed. São Paulo: Atlas, 2014.
- NEVES, Silvério das; Curso Prático de Imposto de Renda: Pessoa Jurídica e
Tributos Conexos - Pis - Cofins - Csll. 19ª ed. São Paulo: Thomson Reuters,
2021.
- HIGUSHI, Hiromi. Imposto de Renda das Empresas. 42a ed. São Paulo: IR
Publicações, 2017.
- PINTO, João Roberto Domingues. Imposto de Renda, Contribuições
Administradas pela Secretaria da Receita Federal e Sistema Simples. 20 ed.
Brasília: CFC, 2012.

[Data] 21

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