Cartilha - Leilões

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RODRIGUES E TARTUCE
- ADVOCACIA E CONSULTORIA -

CARTILHA SOBRE LEILÕES JUDICIAIS


Perguntas e respostas sobre as principais
dúvidas sobre o assunto
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CARTILHA SOBRE LEILÕES RODRIGUES E TARTUCE


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JUDICIAIS

1) O QUE É UM LEILÃO? COMO É O SEU FUNCIONAMENTO?


O leilão é uma modalidade de venda de bens, através da figura do leiloeiro.
Ele pode ser judicial ou extrajudicial, sendo que normalmente são realizados
dois pregões, declarando-se o vencedor aquele que oferece o maior lance.
Os leilões podem ser realizados de modo eletrônico, presencial ou misto.

2) COMO VERIFICAR A AUTENTICIDADE DAS INFORMAÇÕES


ANUNCIADAS?
Todo leiloeiro precisa obrigatoriamente estar cadastrado na Junta
Comercial. Em se tratando de leilões judiciais é obrigatório também o
cadastramento perante o Poder Judiciário, de modo que todos esses
cadastros são públicos e podem ser facilmente consultados por qualquer
interessado. Antes de participar de qualquer leilão é fundamental certificar a
validade desses cadastros a fim de evitar golpes. Também é de suma
importância a contratação de assessoria jurídica especializada em leilões
para auxiliar na arrematação.

3) QUALQUER PESSOA PODE PARTICIPAR DO LEILÃO?


A princípio, qualquer pessoa pode participar do leilão, podendo, inclusive,
ser representada mediante procuração, sendo que as únicas restrições
estão dispostas no artigo 890 do Código de Processo Civil.

4) O QUE É NECESSÁRIO PARA PARTICIPAR DO LEILÃO?


Para participar, especialmente quando realizado na modalidade eletrônica,
basta apenas o cadastramento perante o leiloeiro, sendo que as instruções
devem estar dispostas no edital do leilão ou no próprio site do leiloeiro.
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5) EXISTE ALGUM TIPO DE PREFERÊNCIA DE QUEM PARTICIPA DO


LEILÃO?
Sim, a legislação estabelece (art. 892, § 2º, do CPC) que havendo igualdade
de lance entre os pretendentes, terá preferência o cônjuge, o companheiro,
o descendente ou o ascendente do executado, nessa ordem. Ou seja, essa
preferência existe apenas se alguma dessas pessoas participarem do leilão
e houver igualdade no lance ofertado, caso contrário, a preferência será de
quem oferecer o maior lance.

6) É POSSÍVEL VISTORIAR O BEM ANTES DO LEILÃO?


Sim, o artigo 16, parágrafo único, da Resolução 236/2016 do CNJ
possibilita ao leiloeiro e interessados a visitação do bem a ser leiloado,
sendo necessário o agendamento prévio. É fundamental o conhecimento do
estado do bem a ser arrematado, pois não poderá ser alegado qualquer
vício posteriormente.

7) QUAIS SÃO AS FORMAS E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO?


Via de regra, o pagamento no leilão judicial é sempre à vista, normalmente
via boleto bancário a ser expedido pelo leiloeiro em até 48h após a
arrematação, no entanto, a legislação possibilita o pagamento parcelado
(art. 895/CPC) em até 30x, com entrada de 25% mais a comissão do
leiloeiro. As regras do parcelamento poderão ser alteradas em cada caso,
devendo ser observado o que está disposto no edital. A vantagem do
parcelamento é que não há incidência de juros, apenas correção monetária.
As desvantagens do parcelamento é que o pagamento a vista sempre terá
preferência e em caso de atraso será cobrada uma multa de 10% sobre o
valor da parcela inadimplida, podendo haver, ainda, a resolução da
arrematação.
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8) EXISTE ALGUM DESCONTO NA ARREMATAÇÃO?


Sim, é possível adquirir o bem com descontos de até 50% no segundo
leilão.

9) O QUE ACONTECE COM OS DÉBITOS, ÔNUS E GRAVAMES


EXISTENTES SOBRE O BEM?
A legislação estabelece que os débitos incidentes sobre o bem, tais como
ITU/IPTU e dívida condominial, são sub-rogados no preço da arrematação,
ou seja, não são de responsabilidade do arrematante (art. 130, parágrafo
único, do CTN, e art. 908, §1°, do CPC). Contudo, é necessário analisar o
edital, pois pode conter disposição contrária a legislação. Inerente aos ônus
e gravames existentes na matrícula do imóvel todos são cancelados, com
exceção do usufruto, cujos efeitos deverão ser respeitados pelo
arrematante.

10) O ARREMATANTE ASSUME ALGUMA DÍVIDA DO EXECUTADO?


Não, nenhuma dívida do executado será assumida pelo arrematante, no
entanto, conforme exposto anteriormente, o edital pode prever que ele
assuma alguma dívida inerente ao imóvel, também chamadas de propter
rem.

11) APÓS A ARREMATAÇÃO, QUAIS DOCUMENTOS SÃO


EXPEDIDOS?
Concluído o leilão é elaborado o auto de arrematação, documento no qual o
leiloeiro informa ao magistrado do caso sobre a venda do bem. Em seguida,
abre-se o prazo de 10 dias úteis para contestação do leilão, sendo que não
havendo qualquer manifestação nesse prazo é expedida a carta de
arrematação, documento que oficializa a compra e permite o registro do
bem.
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12) QUAIS SÃO AS CAUSAS DE CONTESTAÇÃO EM UM LEILÃO?


As hipóteses de contestação do leilão estão descritas no artigo 903, §1º, do
Código de Processo Civil e se dão nas seguintes hipóteses: a) Caso o valor
pago na arrematação seja inferior ao valor mínimo estabelecido pelo
magistrado do caso; b) Não for realizada todas as intimações necessárias;
c) Não for realizado o pagamento no prazo estabelecido. OBS.: A assessoria
jurídica é fundamental nessas situações, pois permitirá a elaboração de
defesa em nome do arrematante visando assegurar a validade do leilão.

13) POSSO DESISTIR DA ARREMATAÇÃO?


Sim, é possível que o arrematante desista da arrematação nas seguintes
hipóteses (art. 903, §5°, do CPC): a) Se provar, nos 10 dias seguintes da
arrematação, a existência de ônus real ou gravame não mencionado no
edital; b) Se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de
entrega, o executado contestar o leilão por alguma das causas descritas
anteriormente; c) Se for ajuizada alguma ação contra o arrematante visando
a invalidação do leilão.

14) EM QUANTO TEMPO O BEM É ENTREGUE APÓS A


ARREMATAÇÃO?
Tratando-se de imóvel, se ele estiver desocupado, após a expedição da
carta de arrematação já poderá ser tomada a posse imediatamente. Caso,
todavia, ele esteja ocupado, é necessário observar as cautelas dispostas
abaixo.
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15) COMO PROCEDER CASO O IMÓVEL ARREMATADO ESTEJA


OCUPADO?
Nessa circunstância existem algumas situações a serem observadas: a) Se
for o antigo proprietário que esteja residindo no bem: I) Estabeleça um
prazo para saída voluntária; ou II) Informe a situação ao magistrado do caso
e solicite a expedição de mandado de imissão na posse; b) Se for um
locatário com contrato averbado na matrícula do imóvel: é necessário
respeitar o prazo da locação. No entanto, o arrematante começará a receber
os aluguéis devidos. Em caso de inadimplência, poderá ser requerido o
despejo; c) Se for um locatário sem contrato averbado na matrícula do
imóvel: I) Você pode notificar a parte e requerer a saída dele em um prazo
razoável; ou II) Você pode continuar com o contrato e receber os aluguéis;
d) Se for um arrendante: I) Você pode notificar a parte e requerer a saída
dele em um prazo razoável (art. 26, incisos V e X, do Decreto n° 59.566/66);
ou II) Você pode continuar com o contrato e receber os valores relativos ao
arrendamento; e) Se for um usufrutuário: É necessário aguardar a extinção
do usufruto.

16) QUAIS SÃO OS RISCOS ENVOLVIDOS NA ARREMATAÇÃO?


O maior risco se dá nos casos em que o arrematante não avalia o estado do
bem e as dívidas que eventualmente pode assumir, daí a importância de
uma assessoria especializada para fazer toda a avaliação jurídica-financeira
da operação. Existe também a possibilidade de decretação de invalidade do
leilão, contudo, havendo essa situação, o dinheiro investido pelo
arrematante é integralmente restituído a ele com a devida correção
monetária.
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17) QUAIS SÃO OS CUSTOS ENVOLVIDOS NA ARREMATAÇÃO?


Os custos inerentes a arrematação são: a) ITBI/ISTI: de 2% a 3% sobre o
valor da arrematação (OBS.: O percentual altera de acordo com a cidade);
b) Comissão do leiloeiro: 5% sobre o valor da arrematação; c) Carta de
arrematação: O custo desse documento depende se o processo tramita na
Justiça Federal (limite de cerca de R$ 2.000,00), se tramita na Justiça
Estadual (limite de cerca de R$ 600,00), ou se tramita na Justiça Trabalhista
(normalmente não possui esse custo); d) Cartório de Registro de Imóveis: O
custo do registro da carta de arrematação vai variar de acordo com o valor
de arrematação do bem, destacando que em Goiás o teto dessa despesa é
de cerca de R$ 10.000,00. Essas são as principais despesas inerentes ao
leilão, podendo haver ainda custos com a contratação de assessoria jurídica
e eventuais despesas relativas a dívidas e reformas do bem. Se o imóvel
estiver ocupado, pode existir ainda a possiblidade de eventuais custas para
expedição do mandado de imissão na posse ou de ajuizamento de eventual
ação judicial.

Ficou interessado em investir em leilões? Conte com a


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