analise_de_alimentos

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ISSN 1806-9193

Dezembro, 2009
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Cent ro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado
Minist ério da Agricult ura, Pecuária e Abast eciment o

Documentos 270

Avaliação Químico-
Bromatológica de Alimentos
Produzidos em Terras
Baixas para Nutrição Animal

Editor
Ruben Cassel Rodrigues

Pelotas, RS
2009
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Clima Temperado


Endereço: BR 392 Km 78
Caixa Postal 403, CEP 96001-970 - Pelotas, RS
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Comitê de Publicações da Unidade

Presidente: Ariano Martins de Magalhães Júnior


Secretária- Executiva: Joseane Mary Lopes Garcia
Membros: José Carlos Leite Reis, Ana Paula Schneid Afonso, Giovani Theisen,
Luis Antônio Suita de Castro, Flávio Luiz Carpena Carvalho, Christiane Rodrigues
Congro Bertoldi e Regina das Graças Vasconcelos dos Santos

Suplentes: Márcia Vizzotto e Beatriz Marti Emygdio

Normalização bibliográfica: Regina das Graças Vasconcelos dos Santos


Editoração eletrônica e Arte da capa: Sérgio Ilmar Vergara dos Santos
Fotos da capa: Ruben Cassel Rodrigues

1 a edição
1 a impressão (2009): 50 exemplares

Todos os direitos reservados


A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui
violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Rodrigues, Ruben Cassel


Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em
terras baixas para nutrição animal Ruben Cassel Rodrigues — Pelotas:
Embrapa Clima Temperado, 200 9.
2 8p. — (Embrapa Clima Temperado. Documentos, 270 ).

ISSN 1 516 -88 40

Análise química – Alimentação animal – Bromatologia – Avaliação


energét ica. I. Série.
CDD 5 43
Autor

Ruben Cassel Rodrigues


Zootecnista, MSc. Pesquisador
Embrapa Clima Temperado,
BR 392, km 78, CP 403, Pelotas, RS
CEP 96001-970
ruben@cpact .embrapa.br
Apresentação

Está publicação mostra dados médios de composição química e


qualidade de aliment os produzidos em terras baixas, de suma
importância na nutrição e produção animal, principalmente para
ruminant es. Os resultados representam as médias obt idas nas
várias análises realizadas no Laborat ório de Bromat ologia e
Nutrição Animal da EMBRAPA Clima Temperado. São incluídas,
também, fórmulas e tabelas usadas na rot ina do laboratório.

Os conceitos sobre tipos de alimentos e os seus estados físicos


e est ádios f enológicos, são derivados de inf orm ações em
publicações nacionais e int ernacionais.

Julga-se que esta publicação seja de utilidade para profissionais


que realizam e utilizam análises bromatológicas, laboratoristas,
est udant es, pecuarist as e para t odos os que se dedicam ao
est udo da alimentação animal.

Waldyr Stumpf Junior


Chefe-Geral
Embrapa Clima Temperado
AGRADECIMENTOS

M eus agradeciment os aos est agiários José do Patrocinio


Nunes da Cost a, Raquel M adruga Louzada, M aria Gabriela
Jansem Lopes pela elaboração desta publicação e especialmente
aos laboratoristas Gilmar Barros dos Santos e M auro Antonio
Paz Pinto que colaboraram na consulta de lit eratura, digitação e
part e das análises quim ic o-brom at ológicas cont idas nest e
t rabalho.
Sumário

1. Conceitos mais usados no Laborat ório de Bromatologia


e Nutrição Animal da Embrapa Clima Temperado............. 9
2. Determinação da Matéria Seca ................................... 12
3. Determinação da Proteína Bruta ................................. 14
4. Fibra Bruta ............................................................... 14
5. Determinação da Fibra em Detergente Neutro (FDN) ..... 15
6. Determinação de Fibra em Detergente Ácido (FDA) ...... 15
7. Determinação de Lignina em Detergente Ácido (LDA).... 16
8. Extrato Etéreo ou Gordura Bruta.................................. 17
9. Cinzas ou Matéria Mineral (MM) ................................. 17
10. M acronut rientes (fósforo e cálcio - P, Ca) em Plant as e
Resíduos Orgânicos....................................................... 18
11. Avaliação Energética dos Alimentos .......................... 19
Referências .................................................................. 28
Avaliação Químico-
Bromatológica de Alimentos
Produzidos em Terras Baixas
para Nutrição Animal
Ruben Cassel Rodrigues

1. Conceitos mais usados no Laboratório de


Bromatologia e Nutrição Animal da Embrapa Clima
Temperado

A seguir serão discutidos alguns conceitos importantes em


nutrição animal, relacionados aos tipos de amostras analisadas
no laboratório.
1.1. Bromatologia

É a ciência que estuda a qualidade dos alimentos (químico-


bromat ológica).

1.2. Silagem
É o produto result ante da ferment ação de uma planta
forrageira f resca ou parcialmente seca e compactada, se
possível com ausência total de ar no silo, para que não
ocorram reações químicas indesejáveis. A estrutura de
armazenagem é denominada de silos.

A fermentação anaeróbica é a conversão de carboidratos


solúveis em ácidos orgânicos por meio de microorganismos
12 Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
para nut rição animal

que estão presentes na própria planta, os quais se multiplicam


e se desenvolvem ao encont rarem condições adequadas.
Quando os níveis de ácido bem como o pH são ideais para
inibir a fermentação, a f orragem torna-se est ável e a silagem é
preservada enquant o permanecer com ausência tot al de ar no
silo.

Salienta-se que a silagem é um método de conservação dos


nutrientes da plant a e não um método utilizado para melhorar
a qualidade.

1.3. Feno
A fenação é uma técnica de conservação de f orragem, que
ocorre através da desidratação parcial da massa verde
(ext ração da água). O pont o ideal do feno é quando a
percentagem de umidade encontra-se entre 12 a 18% , quando
ocorre a est abilidade no processo de desidratação. A fenação
é uma técnica simples para elaborar alimento conservado,
sendo que a maior parte da umidade da forragem é evaporada
no próprio campo. Um feno de boa qualidade caracteriza-se
por:

- ter cor verde int ensa

- ser rico em folhas e caules macios

- ter aroma agradável

- ser bem aceito pelos animais

1.4. Concentrado

Alimento usado em combinação com outro alimento para


melhorar o balanço nutrit ivo do t odo. Quando misturado com
outro, produz um suplement o ou um aliment o completo.
1.5. Pré-secagem

Nest e processo a percentagem de matéria seca de uma


amostra é secada em estufa de circulação de ar f orçado, com
temperatura entre 65 a 75°C.
Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas 13
para nut rição animal

Para correção das análises a 100% de matéria seca, o material


é secado em estuf a a 105°C.
1.6. Forragem

É a parte aérea da planta de gramíneas ou leguminosas


cont endo mais de 18% de fibra em 100% da matéria seca,
sendo usada como alimento animal.
1.7. Processo de moagem

É a redução de part ículas por impacto, quebrament o ou atrito.


1.8. Péletes

São aglomerados de alimentos, f ormados por compactação e


forçados por abert uras reguladas, por processo mecânico.
1.9. Proteína

Qualquer uma das complexas combinações de aminoácidos


que ocorrem naturalmente.
1.10. Ração

Quantidade t otal de alimento que é fornecida a um animal por


um período de 24 horas.
1.11. Separação

Classificação de partículas por t amanho, forma e/ou


densidade.
1.12. Alimento

Materiais comestíveis consumidos pelos animais que fornecem


energia e/ou nutrientes para sua dieta.
1.13. Alimento Completo

Alimento nutricionalmente adequado para uma espécie animal


em determinado estádio fisiológico. Usado em dieta única, em
14 Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
para nut rição animal

formulas específicas completas e capaz de manter a vida e/ou


promover produção sem necessidade de consumir qualquer
outra substância adicional à exceção de água.
1.14. Estádios fenológicos
1.14.1. Pré-florescimento (PF)

Estádio anterior ao florescimento. E o início de crescimento


do embrião da semente.
1.14.2. Início do florescimento (IF)
Primeiras f lores – 1/10 de flores. Início da antese, ou seja, o
período ent re o início do floresciment o até que 1/10 das
plantas estejam com flores.

1.14.3. Florescimento completo ou pleno florescimento


(FC)
Final da ant ese. Quando 2/3 ou mais das plantas estiverem em
f lor.

1.14.4. Sementes em estado leitoso


Sementes formadas, porém moles e imaturas, ocorrem ent re o
florescimento e o início da formação de sementes.

1.14.5. Sementes em estádio farináceo


Estádio que as sementes são bem formadas, estão quase
duras mas ainda imaturas. Apresent am estado de massa.

2. Determinação da Matéria Seca


A determinação da matéria seca é a parte inicial da análise
químico-bromatológica. É de fundamental importância para
preservação do alimento e para a comparação dos valores
nutritivos dos alimentos VANSOEST, P.J. 1967. Já os
Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas 15
para nut rição animal

resultados das análises de alimentos de diferentes locais,


épocas ou mesmo regiões, são corrigidos em 100% da mat éria
seca (correção).

2.1. Fórmula para cálculo da matéria seca a 65°C

PMS   100
PMPS
PMV
Onde:

PMS = Peso matéria seca (Pré-Secagem)


PMPS = Peso do material pré-seco (65°C)
PMV = Peso do material verde (natural)

2.2. Fórmula para cálculo da matéria seca 105°C

MS%  100
PAS ( ASE)
PAN ( ASA)
Onde:

PAS = Peso da amostra seca


PAN = Peso da amost ra natural ou úmida
ASA = Amostra seca ao ar
ASE = Amost ra seca (estufa a 105°C)

2.3. Correção das análises a 105°C

O material, após sua análise química, deve ser corrigido a


100% da matéria seca, assim

os resultados poderão ser uniformizados para as diferentes


regiões.

RAC   100
RA
%MS(105C)
Onde:

RAC = Resultado da análise corrigida


RA = Result ado da análise a ser corrigida pela matéria seca
16 Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
para nut rição animal

3. Determinação da Proteína Bruta


Prot eína bruta (PB% ) – proteínas são substâncias orgânicas
expressivas constituídas de carboidratos, hidrogênio, oxigênio
e enxofre, de natureza coloidal. A percentagem de prot eína
brut a é calculada a partir da percentagem de nitrogênio t otal
(N), através do met odo KJELDAHL (A.O.A.C. 1970), isto é, no
cálculo da proteína bruta, multiplica-se o resultado do
nitrogênio pelo fat or 6,25. Processa-se em três fases:
Digestão, destilação e titulação.

3.1. Fórmula para cálculo da proteína bruta

V  N  FA  0,014  100
% Nitrogênio 
PA
Onde:

V = Volume gasto na titulação


N = Normalidade do ácido
FA = Fator do ácido
PA = Peso da amostra
% Proteína = % de N (nitrogênio) x 6,25

4. Fibra Bruta
O termo fibra bruta engloba as frações de celulose e lignina
insolúvel. Do pont o de vista químico, fibra bruta é a parte dos
carboidratos resist ente ao tratamento sucessivo com ácido e
base diluídos.

Fibra bruta em si não é um nutriente. Int egram-se nutrientes


como a celulose e hemiceluloses, mas também a lignina,
substância orgânica de composição variável e não bem
definida, altamente indigesto.

4.1. Fórmula para cálculo da fibra bruta

( PC  FB)  ( PC  %C )
% FB   100
PA  % MS (105C )
Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas 17
para nut rição animal

Onde:

FB = Fibra bruta
PC = Peso do cadinho
C = Cinza
PA = Peso da amostra
MS (105°C) = Matéria seca a 105°C

5. Determinação da Fibra em Detergente Neutro


(FDN)
Através do detergente neutro separa-se o conteúdo celular
que é const ituído principalmente por proteínas, gorduras,
carboidratos solúveis e pect ina, bem como outros
constituint es solúveis em água. A parte insolúvel em
detergente neutro é const ituída de celulose, hemicelulose,
prot eína lignificada. A fibra em detergent e neutro (FDN) está
relacionada com o consumo voluntário: quanto menor a
percentagem de fibra em detergente neut ro maior o consumo
volunt ário.

5.1. Fórmula para cálculo da FDN

(TC  Am)  PC
% FDN   100
PAm
Onde:

FDN = Fibra em detergente neutro


TC = Tara do cadinho (gooch)
Am = Amostra
PC = Peso do cadinho (gooch)
PAm = Peso da amostra

6. Determinação de Fibra em Detergente Ácido


(FDA)
Fibra em det ergente ácido é a porção de menor digestibilidade
da parede celular. É constituída basicamente de lignocelulose
(lignina e celulose), sendo inversamente proporcional à
18 Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
para nut rição animal

digestibilidade: quanto mais alta a percentagem de fibra em


detergente ácida mais baixa a digestibilidade do material.

6.1. Fórmula para cálculo da FDA

(TC  Am)  PC
% FDA   100
PAm
Onde:

FDA = Fibra em detergente ácido


TC = Tara do cadinho (gooch)
Am = Amostra
PC = Peso do cadinho (gooch)
PAm = Peso da amostra

7. Determinação de Lignina em Detergente Ácido


(LDA)
É a fração de menor digestibilidade da f orragem. O teor de
lignina é variável nas forragens com alto teor de fibras, até
20% da matéria seca (VAN SOEST, P.J. 1964). Observa-se
que a lignina é det erminada a partir da fibra em detergente
ácido.

7.1. Fórmula para cálculo da lignina ácida

PAAc  PC
% Lig   100
PA

Onde:

% Lig = Percentual de lignina ácida


PAAc = Peso da amostra ácida
PC = Peso do cadinho (gooch)
PA = Peso da amostra
Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas 19
para nut rição animal

8. Extrato Etéreo ou Gordura Bruta


É substância insolúvel em água, mas solúvel no éter,
clorofórmio, benzeno bem como em outros solventes
chamados de extratores.

A determinação do extrato etéreo (EE) consiste em submeter


o material (amostra seca) à extração com éter de petróleo ou
éter sulfúrico. O aparelho para extração do extrato etéreo é do
tipo Goldf ish.

8.1. Fórmula para cálculo do extrato etéreo

( PC  EE )  PCV
% EE   100
PA

Onde:

% EE = Percentual do Extrato et éreo


PC = Peso cadinho
PCV = Peso do cadinho vazio
PA = Peso da amostra

9. Cinzas ou Matéria Mineral (MM)


Cinza ou resíduo mineral é o produto que se obtém após o
aquecimento de uma amostra à temperatura de 500 à 600 oC,
ou seja, até o aquecimento ao rubro, durante 4 horas, ou até
a combustão total da matéria orgânica. A determinação da
cinza fornece apenas uma indicação da riqueza da amostra em
elementos minerais.

9.1. Fórmula para cálculo da cinza ou matéria mineral

%Cinza   100
cinza
Peso(amostra )
20 Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
para nut rição animal

9.2. Para se determinar a matéria orgânica utiliza-se a


fórmula.

MO  100  % MM
Onde;

MO = Matéria orgânica
MM = Matéria mineral

10. Macronutrientes (fósforo e cálcio - P, Ca) em


Plantas e Resíduos Orgânicos
Esta metodologia possibilita determinar cinco macro-
elementos com uma única digestão por peróxido de
hidrogênio (H2 O2 ) e ácido sulfúrico (H2 SO4 ) com mistura
digestora. A recuperação destes nutrientes é semelhante à
obtida com os métodos de Kjeldahl (BREMNER, 1965) para
nitrogênio e por digestão nitro-perclórica para os outros
nutrientes (JOHNSON & ULRICH, 1959).

10.1. Fósforo (P)


O teor de fósforo no tecido vegetal varia em geral entre 0,08
e 1,5% . É determinado por espectrofotometria adicionando-se
uma alíquot a do extrato após adição de molibdat o de amônio
e ácido aminonaftolsulfônico. Este método (TEDESCO M.J.
1995) possui sensibilidade adequada sendo livre de
interferências por H2 O2 e sais da mistura de digestão.

10.2. Cálcio (Ca)


Os t eores de cálcio no tecido vegetal variam geralmente entre
0,05 e 2,5 g/kg-1 (m/m). São determinados por
espectrofotometria de absorção atômica após diluição do
extrato e adição da solução de lant ânio ou estrôncio em
solução ácida (TEDESCO M .J. 1995).
Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas 21
para nut rição animal

11. Avaliação Energética dos Alimentos


Em nutrição animal, exist e um t ema dos mais importantes,
para o qual a informação, embora em abundância, não se
encontra abordada de modo complet o na literatura existente.
Trat a-se do estudo do valor nutritivo dos alimentos, o qual
permite o cálculo de rações balanceadas. É muito difícil, se
não impossível, est abelecer um denominador comum com
valor nutritivo dos alimentos, já que uma forragem rica em
prot eína, por exemplo, pode ser pobre em vitaminas, minerais
ou energia.

11.1. Medidas de Energias


11.1.1. Nutrientes Digestíveis Totais (NDT)
Nutrientes digestíveis totais (NDT) é uma medida do valor
energético dos alimentos para a aliment ação animal. A sua
determinação baseia-se na determinação química, dentro do
esquema de Weende, dos componentes orgânicos do
alimento, e do conhecimento dos correspondentes
coef icientes de digestibilidade. Para se obter a percent agem
de NDT, através de equação (TEIXEIRA J.C. et all 1998),
determina-se a fibra em detergent e ácido e, após, aplica-se
este percentual na fórmula do NDT, que segue abaixo:

NDT = 87,84 - (0,7X% FDA)

11.1.2. Digestibilidade da Matéria Seca (DMS)


A digestibilidade da matéria seca é a relação ent re a
quantidade de alimento ingerida pelo animal e a que é
digerida. Para se obter DM S, através de equação, determina-
se a fibra em detergente ácido e, após, aplica-se na fórmula
abaixo:

DMS = 88,9 - (0,779X% FDA


22 Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
para nut rição animal
11.1.3. Energia Digestível (ED)
Energia digestível de um alimento é a diferença da sua energia
brut a do alimento e da energia bruta cont ida nas fezes. Esse
valor pode ser obtido a partir de valores conhecidos de NDT e,
após, aplica-se na fórmula abaixo:
ED  NDT  0,04409
11.1.4. Energia M etabolizável (EM)
Como se viu anteriormente, a energia digestível leva em conta
somente a perda que ocorre nas excreções sólidas, que é a
maior parte mas não é a única. Ocorrem também perdas pela
urina e nos gases de combustão (metano), principalmente por
part e dos ruminantes.
A partir da fibra em detergente ácido calculam-se os
nutrientes digestíveis tot ais (NDT); a seguir, calcula-se a
energia digestível (ED) e após, aplica-se na fórmula da energia
metabolizável (EM) conforme fórmula abaixo:
EM = EDX0,82
11.1.5. Fibra Bruta (FB)
O termo fibra bruta engloba as frações de celulose e lignina
insolúvel. Do pont o de vista químico, fibra bruta é a parte dos
carboidratos resist ente ao tratamento sucessivo com ácido e
base diluídos.
Fibra bruta em si não é um nutriente. Int egram-se nutrientes
como a celulose e hemiceluloses, mas também a lignina,
substância orgânica de composição variável e não bem
definida, alt amente indigestível.
Para se obter a percentagem de fibra bruta, através de
equação, determina-se a f ibra em detergente ácido e, após,
aplica-se na fórmula abaixo:
FB = FDAx0,83

Na Tabela 1, estão inseridos os resultados protéicos e


energéticos de alimentos para nutrição animal.
Tabela 1. Análise quimico-bromat ológica de alimentos para nut rição animal produzidos em

Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas


terras baixas. Resultados médios corrigidos a 100% da matéria seca. Embrapa Clima
Temperado, Pelotas - RS, 2008.
Estádio ED EM
da MS PB FB FDN FDA Lig EE MM MO Ca P NDT DMS
Espécie/cultivar MCal/ MCal/
Planta % % % % % % % kg/g % kg/g kg/g % %
kg/MS kg/MS
Abacaxi (Ananas
comosus) _ 14,82 5,47 21,23 62,26 25,58 _ 1,23 5,16 94,84 0,17 0,08 69,93 68,97 3,08 2,53
Resíduo industrial sólido
Abóbora (fruto)
_ 9,20 23,07 23,39 34,27 28,18 _ 1,7 9,60 90,40 0,33 0,27 68,11 66,95 3,00 2,46
(Cucurbita maxima)

Feno de Alfafa _ _ 22,39 23,96 41,12 28,87 7,34 2,03 9,06 90,94 1,14 0,45 67,63 66,41 2,98 2,45
(Medicaga sativa)
Aguapé (Eichhornia
_ _ 10,10 33,94 66,35 40,89 _ _ 22,65 77,35 _ _ 59,22 57,05 2,61 2,14
crassipes)
Amendoim branco
_ 36,60 16,76 24,78 41,67 29,85 _ 2,40 15,62 84,38 1,23 0,18 66,95 65,65 2,95 2,42
(Arachis hypogaea)
Amendoim forrageiro
_ 34,12 25,15 19,59 42,37 23,60 _ 2,70 12,30 87,70 2,14 0,38 71,32 70,52 3,14 2,58
(Arachis pintoi)
Arroz com casca
_ 89,10 8,23 37,65 57,96 45,36 _ 3,90 15,23 84,77 0,09 0,08 56,09 53,56 2,47 2,03
(Oryza sativa)
Farelo de arroz integral
_ 89,14 13,11 15,31 35,66 18,45 6,01 15,07 11,33 88,67 0,10 0,62 74,93 74,53 3,30 2,71
(Oryza sativa)

para nut rição animal


Aveia preta PF 16,95 9,73 27,56 56,73 33,20 4,12 1,68 11,75 88,25 0,31 0,26 64,60 63,04 2,85 2,34
(Avena strigosa IF 18,23 7,87 31,66 62,97 38,15 4,78 1,64 6,36 93,64 0,33 0,24 61,14 59,18 2,70 2,21
cv. IAPAR-61-IBIPORÃ) FC 26,32 5,88 34,38 69,57 41,42 5,70 1,31 6,33 0,30 0,24
93,67 58,85 56,63 2,59 2,13
Azevém PF 17,24 11,16 25,21 53,45 30,37 3,57 1,71 8,74 91,26 0,42 0,30 66,58 65,24 2,94 2,41
Lolium multiflorum IF 22,33 8,22 29,32 57,12 35,32 4,20 1,46 7,16 92,84 0,45 0,27 63,12 61,39 2,78 2,28
cv. Comum-RS FC 32,49 5,29 30,13 60,10 36,30 4,93 0,99 6,28 0,32 0,21
93,72 62,43 60,62 2,75 2,26
Batata doce – ramo
_ 17,36 13,74 24,95 46,43 30,06 _ 2,3 9,42 90,58 1,44 0,32 66,80 65,48 2,95 2,42
(Ipomoea batatas)

23
24
Estádio ED EM
MS PB FB FDN FDA Lig EE MM MO Ca P NDT DMS

para nut rição animal


Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
Espécie/cultivar da MCal/ MCal/
% % % % % % % kg/g % kg/g kg/g % %
Planta kg/MS kg/MS
Batata roxa
_ 29,12 3,09 3,85 19,58 4,64 _ 0,30 1,58 98,42 0,33 0,08 84,59 85,29 3,73 3,06
(Solanum tuberosum)
Beterraba açucareira
(Beta saccharifera) _ 17,00 2,70 _ _ _ _ 0,40 _ _ 0,17 0,04 _ _ _ _
Parte aérea com cordas
Beterraba açucareira
(Beta saccharifera) _ 11,00 1,3 _ _ _ _ _ _ _ 0,19 0,19 _ _ _ _
Raiz
Braquiarão
_ 92,14 15,13 28,46 69,00 34,28 4,07 1,71 8,05 91,95 0,17 0,21 63,84 62,19 2,81 2,31
(Bracharia brizantha)
Brachiária
_ 91,83 3,26 34,80 77,66 41,93 4,08 1,52 6,14 93,86 0,13 0,16 58,49 56,24 2,58 2,11
(Brachiaria humidicola)
Cana de açúcar
(Saccharum officinarum) _ 91,95 1,36 48,86 89,82 58,86 9,70 0,69 6,36 93,64 _ _ 46,64 43,05 2,06 1,69
Bagaço de cana
Cana de açúcar
(Saccharum officinarum) _ 16,70 5,69 26,32 52,27 31,71 _ 3,40 8,66 91,34 0,17 0,16 65,64 64,20 2,89 2,37
Pé inteiro
Cana de açúcar
(Saccharum officinarum) _ 30,00 7,97 31,97 70,37 38,52 _ 2,40 9,46 90,54 0,29 0,26 60,88 58,89 2,68 2,20
Parte aérea
Capim-arroz
_ 33,33 11,87 26,95 57,37 38,33 _ 2,10 11,92 88,08 0,09 0,40 61,01 59,04 2,69 2,21
(Echinochloa crusgalli)
Capim-elefante – folha
_ 16,02 13,58 31,61 58,71 38,09 _ 2,00 13,70 86,30 0,39 0,13 61,18 59,23 2,70 2,21
(Pennisetum purpureum)
Capim-elefante – colmo
_ 24,83 7,49 37,85 68,64 45,60 _ _ 10,87 89,13 _ _ 55,92 53,38 2,47 2,02
(Pennisetum purpureum)
Estádio ED EM
MS PB FB FDN FDA Lig EE MM MO Ca P NDT DMS
Espécie/cultivar da

Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas


MCal/ MCal/
Planta % % % % % % % kg/g % kg/g kg/g % %
kg/MS kg/MS
Capim-elefante
(Pennisetum purpureum
_ 92,50 9,89 35,48 75,07 42,74 6,14 1,53 10,61 89,39 4,87 2,04 57,92 55,60 2,55 2,09
cv. Iguaçu)
Venezuelano
Capim-lanudo PF 13,76 10,13 27,43 59,72 33,05 4,10 1,92 8,14 91,86 0,27 0,32 64,71 63,15 2,85 2,34
(Holcus lanatus) IF 23,31 7,95 26,95 60,32 32,47 4,22 1,95 6,55 93,45 0,25 0,30 65,11 63,61 2,87 2,35
cv. Comum-RS
FC 23,66 6,71 29,65 62,28 35,72 5,05 1,64 6,30 93,70 0,29 0,30 62,84 61,07 2,77 2,27
Capim-tanzânia
_ 92,77 10,18 32,38 70,58 39,01 39,01 2,93 9,44 90,56 _ _ 60,53 58,51 2,67 2,19
(Panicum maximum)

Capim-mombaça
_ 91,62 10,33 34,16 73,54 41,15 4,17 1,45 10,41 89,59 4,46 1,71 59,03 56,84 2,60 2,13
(Panicum maximum)

Capim-nilo IPC 30 _ 9,96 31,85 67,11 38,37 _ _ 9,56 90,44 _ _ 60,98 59,01 2,69 2,20
(Acroceras macrum) IPC 45 _ 9,91 32,08 66,85 38,65 _ _ 8,34 91,66 _ _ 60,79 58,79 2,68 2,20
Feno IPC 60 _ 8,00 32,38 68,30 39,01 _ _ 8,06 91,94 _ _ 60,53 58,51 2,67 2,19
Capim-tobiatã
_ 93,06 15,03 31,81 71,52 38,33 4,22 1,14 9,93 90,07 0,37 0,21 61,01 59,04 2,69 2,21
(Panicum maximum)
Centeio PF 18,52 14,64 28,98 59,50 34,92 4,33 1,41 9,29 90,71 0,28 0,31 63,40 61,70 2,80 2,29
(Secale cereale) IF 21,92 10,18 34,34 65,35 41,37 5,00 1,71 5,69 94,31 0,25 0,30 58,88 56,67 2,60 2,13
cv. BR-1 FC 28,78 7,63 36,44 67,02 43,90 6,37 1,44 3,92 0,23 0,23
96,08 57,11 54,70 2,52 2,06

para nut rição animal


Cevada
(Hordeum vulgare) _ 89,90 12,40 13,09 22,53 15,77 _ 1,50 8,49 91,51 0,05 0,37 76,80 76,62 3,39 2,78
Grão
Cornichão anual PF _ 20,71 25,36 44,91 30,56 9,64 _ 10,71 89,29 _ _ 66,45 65,09 2,93 2,40
(Lotus subliflorus cv. El IF _ 19,86 28,51 49,97 34,35 12,49 _ 7,037 92,96 _ _ 63,80 62,14 2,81 2,31
Rincón) FC _ 15,36 37,24 59,96 44,87 16,71 _ 10,64 89,36 _ _ 56,43 53,95 2,49 2,04

25
26
Estádio ED EM
MS PB FB FDN FDA Lig EE MM MO Ca P NDT DMS

para nut rição animal


Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
Espécie/cultivar da MCal/ MCal/
% % % % % % % kg/g % kg/g kg/g % %
Planta kg/MS kg/MS
Cornichão PF 17,65 19,73 24,47 53,16 29,48 10,67 _ 8,38 91,62 0,69 0,26 67,20 65,94 2,96 2,43
(Lotus corniculatus cv. IF 20,95 20,13 26,59 51,57 32,04 12,26 _ 8,88 91,12 _ _ 65,41 63,94 2,88 2,36
Estanzuela Ganador) FC 25,84 15,43 32,93 56,73 39,68 13,20 _ 9,30 90,70 _ _ 60,06 57,99 2,65 2,17
Feijão miúdo
_ 97,42 23,71 14,45 28,52 17,41 _ 2,50 3,45 96,55 0,20 0,44 75,65 75,34 3,34 2,74
(Vigna sinensis)
Feijão miúdo – folha
_ 91,28 17,64 32,54 47,42 39,20 _ _ 19,15 80,85 _ _ 60,40 58,36 2,66 2,18
(Vigna sinensis)
Feijão miúdo – torrado
_ 97,62 24,81 15,18 27,39 18,29 _ _ 3,64 96,36 _ _ 75,04 74,65 3,31 2,71
(Vigna sinensis)
Festuca PF 19,64 9,7828,43 61,55 34,25 3,73 1,98 7,65 92,35 0,30 0,27 63,87 62,22 2,82 2,31
(Festuca arundinacea IF 23,38 7,5427,60 61,79 33,25 3,62 1,59 8,00 92,00 0,30 0,28 64,57 63,00 2,85 2,33
cv. E.E.Lages) FC 25,80 7,3129,92 64,47 36,05 3,75 1,77 7,28 92,72 0,33 0,35 62,61 60,82 2,76 2,26
Cama de galinha _ 82,15 16,29 21,73 _ _ _ 1,08 37,85 62,15 1,82 _ _ _ _ _
Girassol – Silagem
_ 22,73 10,92 11,99 45,1 14,44 _ _ 17,42 82,58 1,61 0,29 77,73 77,65 3,43 2,81
(Helianthus annuus)
Hermátria IPC 30 _ 7,73 28,98 74,65 34,91 _ _ 7,68 92,32 _ _ 63,40 61,71 2,80 2,29
(Hermathia altissima) IPC 45 _ 7,66 30,68 74,60 36,96 _ _ 7,29 92,71 _ _ 61,97 60,11 2,73 2,24
Feno _ 5,62
IPC 90 31,47 76,55 37,91 _ _ 7,04 92,96 _ _ 61,30 59,37 2,70 2,22
Laranja
(Citrus sinensis)
_ 84,89 5,87 14,11 _ _ _ 1,56 9,09 90,91 _ _ _ _ _ _
Bagaço seco não
peletizado
Bagaço não espremido _ 86,43 8,27 13,22 _ _ _ 1,58 3,74 96,26 _ _ _ _ _ _

Polpa de laranja _ 95,1 7,70 22,24 _ 26,80 _ 2,01 11,28 88,72 0,71 0,11 69,08 68,02 3,05 2,50

Mamona
(Ricinus communis) _ _ 38,01 32,10 75,26 38,68 _ _ _ _ _ _ 60,76 58,77 2,68 2,20
Resíduo de grão
Estádio ED EM
MS PB FB FDN FDA Lig EE MM MO Ca P NDT DMS

Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas


Espécie/cultivar da Mcal/ Mcal/
% % % % % % % kg/g % kg/g kg/g % %
Planta kg/MS kg/MS
Mandioca – folha
_ 97,24 22,02 38,95 52,23 46,93 _ 2,70 11,63 88,37 0,69 0,06 54,99 52,34 2,42 1,99
(Manihot esculenta)

Folha e talo _ 96,96 16,58 40,06 53,82 48,26 _ 4,70 9,60 90,40 0,54 0,23 54,06 51,31 2,38 1,95

Raiz _ 97,92 3,53 4,40 10,63 5,30 _ 0,40 3,00 97,00 0,15 0,08 84,13 84,77 3,71 3,04

Cornichão-dos-pantanos PF 12,39 20,81 23,51 42,87 28,32 3,70 1,78 7,61 92,39 1,03 0,27 68,02 66,84 3,00 2,46
(Lotus uliginosus cv. IF 15,65 13,78 32,49 53,30 39,15 4,12 2,00 7,16 92,84 0,76 0,31 60,44 58,40 2,66 2,18
MAKU) FC 23,66 6,71 26,12 62,20 31,47 5,17 _ 6,44 93,56 0,29 0,30 65,81 64,38 2,90 2,38
PF 12,86 13,13 27,17 54,96 32,73 6,23 _ 9,74 90,26 _ _ 64,93 63,40 2,86 2,35
Milheto
IF 24,53 11,36 31,27 62,06 37,68 6,62 _ 9,90 90,10 _ _ 61,46 59,55 2,71 2,22
(Pennisetum glaucum)
FC 26,33 10,68 31,14 64,98 37,52 5,82 _ 8,47 91,53 _ _ 61,58 59,67 2,71 2,23
Milho branco grão
_ 96,12 10,48 3,81 25,00 4,59 _ _ 1,68 98,32 _ _ 84,63 85,32 3,73 3,06
(Zea mays)

Milho doce verde


_ 23,28 6,82 27,46 57,62 33,08 4,65 3,42 3,14 96,86 _ _ 64,68 63,13 2,85 2,34
(Zea mays)

Silagem de milho
Grão úmido _ 38,2 8,98 2,24 6,13 2,70 _ _ 1,68 98,32 _ _ 85,95 86,80 3,79 3,11
(Zea mays)
Silagem de milho
Ramo, espiga e grão _ 22,85 9,58 32,01 66,4 38,57 4,51 2,67 9,52 90,48 0,27 0,20 60,84 58,85 2,68 2,20

para nut rição animal


(Zea mays)
Minhoca
_ 89,74 60,95 1,25 0,99 1,50 _ 7,28 5,11 94,89 _ _ 86,79 87,73 3,83 3,14
Farinha de minhoca
PF 16,40 12,85 27,04 51,82 32,58 6,06 _ 8,97 91,03 _ _ 65,03 63,52 2,87 2,35
Capim Papuã
IF 17,46 8,72 33,07 60,27 39,84 5,87 _ 8,45 91,55 _ _ 59,95 57,86 2,64 2,17
(Brachiaria plantaginea)
FC 20,48 4,58 32,80 65,23 39,52 5,36 _ 8,47 91,53 _ _ 60,18 58,11 2,65 2,18

27
28
Estádio ED EM
MS PB FB FDN FDA Lig EE MM MO Ca P NDT DMS

para nut rição animal


Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
Espécie/cultivar da Mcal/ Mcal/
% % % % % % % kg/g % kg/g kg/g % %
Planta kg/MS kg/MS
Peixe
_ 95,36 53,21 23,49 _ 28,30 _ 9,58 30,09 69,91 5,61 3,05 68,03 66,85 3,00 2,46
Farinha de peixe
Soja
Casca de Soja _ _ 19,18 31,97 54,98 38,52 9,19 4,90 9,24 90,76 0,45 0,17 62,96 61,00 2,84 2,39
(Glycine max)

Casca de Soja peletizada _ 88,17 12,70 32,38 65,28 47,24 _ 4,79 4,62 95,38 _ _ 54,77 52,10 2,41 1,98

Farelo de soja _ 89,66 58,62 4,87 9,11 5,87 0,63 2,82 6,82 93,18 0,28 0,63 83,73 84,33 3,69 3,03

Sorgo
Forrageiro _ 34,05 5,37 26,33 55,72 31,73 _ 2,22 6,00 94,00 0,16 0,13 65,63 64,18 2,89 2,37
(Sorghum vulgare)
Tífton
(Cynodon dactylon cv.
_ _ 14,32 31,47 76,44 37,92 4,20 1,40 5,68 94,32 1,03 0,31 61,30 59,36 2,70 2,22
Tifton 85)
Feno de Tifton
Trevo branco cv. BR-1- PF 11,49 21,09 23,36 36,80 28,15 4,68 1,06 11,27 88,73 1,30 0,39 68,14 66,97 3,00 2,46
Bagé IF 14,24 20,10 25,48 39,19 30,70 4,98 1,74 10,50 89,50 1,12 0,37 66,35 64,98 2,93 2,40
(Trifolium repens) FC 15,77 18,66 27,22 40,45 32,80 6,33 2,15 8,56 91,44 1,12 0,35 64,88 63,35 2,86 2,35
Trevo subterrâneo PF 14,51 16,23 21,25 49,23 25,60 6,37 1,60 11,21 88,79 1,32 0,36 69,92 68,96 3,08 2,53
(Trifolium subterraneum IF 18,08 16,87 26,35 45,15 31,75 7,37 1,87 9,82 90,18 1,37 0,35 65,62 64,17 2,89 2,37
cv. WOOGENELLUP) FC 20,27 14,90 28,86 46,98 34,77 7,88 1,61 8,88 91,12 1,47 0,31 63,50 61,81 2,80 2,30
Trevo vesiculoso cv. PF 14,16 15,14 26,91 41,15 32,42 5,57 1,57 6,25 93,75 1,23 0,30 65,15 63,64 2,87 2,36
Embrapa-28 Santa Tecla IF 19,07 12,34 30,75 46,08 37,05 6,57 1,46 7,07 92,93 1,27 0,30 61,91 60,04 2,73 2,24
(Trifolium vesiculosum) FC 28,03 10,68 33,84 50,40 40,77 7,43 1,38 5,61 94,39 1,23 0,27 59,30 57,14 2,61 2,14
Trevo persa cv. PF _ 26,42 22,58 41,07 27,20 5,01 _ 11,83 88,17 _ _ 68,80 67,71 3,03 2,49
Kyambro (Trifolium IF _ 21,96 24,44 36,32 29,45 6,43 _ 11,65 88,35 _ _ 67,23 65,96 2,96 2,43
resupinatum var. FC _ _ _ _
resupinatum) 24,94 23,28 37,48 28,05 4,96 13,86 86,14 68,21 67,05 3,01 2,47
Estádio ED EM
MS PB FB FDN FDA Lig EE MM MO Ca P NDT DMS

Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas


Espécie/cultivar da MCal/ MCal/
% % % % % % % kg/g % kg/g kg/g % %
Planta kg/MS kg/MS
Trigo
(Triticum aestivum) _ _ 7,5 41,18 _ 49,62 _ _ _ _ 0,14 0,18 53,11 50,25 2,34 1,92
Feno

Farelo de Trigo _ 89,87 17,13 9,31 39,88 11,22 3,50 3,16 4,43 95,57 1,06 8,60 79,99 80,16 3,53 2,89

IPC = idade da planta ao corte


PF = Pré-florescimento
IF = Início de f lorescimento
FC = Florescimento completo

para nut rição animal


29
30 Avaliação químico-bromatológica de alimentos produzidos em t erras baixas
para nut rição animal

Referências
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