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Profª´Bárbara Freitas
RELEMBRANDO
Da metade do século V. até o final do século IV Atenas é o centro da cultura Grega. Nessa
época, artista, filósofos, mercadores e sofistas vindos de toda a Grécia se deslocaram para
a polis de Atenas . Os sofistas eram educadores profissionais que instruíam jovens na arte
da retórica (oratória),- ensinando exercícios de eloquência, - por meio de pagamentos.
Além da retórica, esses sofistas ficaram conhecidos por defender teses relativistas sobre o
conhecimento - Fase antropológica.
Platão criticava a forma como os deuses eram retratados nos poemas homéricos.
Ele acreditava que as histórias sobre os deuses frequentemente apresentavam
comportamentos imorais, como engano e disputas mesquinhas.
Na República, Platão elabora uma de suas mais famosas teorias: o mundo das
ideias. Ela aborda a natureza da realidade, propondo a existência de dois mundos
interconectados: o mundo sensível, que percebemos pelos sentidos, e o mundo
das Ideias (ou Formas), que é o reino das realidades eternas e imutáveis.
As Ideias (ou Formas) são essências universais que representam a verdadeira
natureza de cada coisa existente no mundo sensível. Elas são imutáveis, perfeitas
e eternas.
Exemplo: a ideia (essência) de Bem, de Belo e de Justiça.
Para Platão, o mundo sensível é uma mera cópia ou reflexo imperfeito do mundo
das Ideias. Os objetos e eventos no mundo sensível são apenas manifestações
efêmeras das Ideias que existem no mundo das realidades eternas.
A FILOSOFIA DE PLATÃO: MUNDO DAS IDEIAS
Os objetos no mundo sensível participam das Ideias, o que significa que eles têm
sua existência e significado por causa das Ideias correspondentes no mundo das
Formas. Por exemplo, todas as cadeiras no mundo sensível são variações das
Ideias da "cadeira".
O conhecimento verdadeiro só pode ser alcançado por meio das Ideias. O
conhecimento adquirido pelos sentidos é apenas opinião, sujeito a enganos e
mudanças.
Os filósofos, de acordo com Platão, deveriam buscar o conhecimento das Ideias
por meio da razão e da contemplaç
PLATÃO: ALEGORIA DA CAVERNA
O mito (alegoria) da caverna ilustra a visão de Platão sobre a relação entre o mundo
das aparências sensíveis e o mundo das Ideias (ou Formas).
Platão descreve prisioneiros que estão acorrentados desde a infância no interior de
uma caverna escura, de costas para a entrada. Eles só podem ver as sombras das
coisas projetadas na parede da caverna, iluminadas por uma fogueira atrás deles.
Suponhamos que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a sair da caverna em
direção ao mundo exterior. Inicialmente, ele seria cegado pela luz do sol, mas
gradualmente se acostumaria e começaria a perceber as coisas reais ao seu redor.
A saída da caverna representa a jornada da ignorância para o conhecimento
verdadeiro. O mundo exterior iluminado pelo sol representa o mundo das Ideias,
onde as realidades eternas e imutáveis residem.
A FILOSOFIA DE PLATÃO: CRÍTICA A DEMOCRACIA
Platão se decepcionou com a democracia ateniense após a condenação de Sócrates.
Ele formula várias críticas a ela em seu diálogo A República, segundo ele:
A democracia era um sistema que permitia mudanças frequentes de liderança e
políticas.
Não dava poder a especialistas ou filósofos qualificados. Ele acreditava que os
cidadãos comuns não tinham o conhecimento ou a capacidade para tomar
decisões políticas informadas, o que poderia levar a erros e más decisões.
Os políticos democráticos poderiam manipular as emoções das pessoas através da
retórica, levando a decisões precipitadas ou equivocadas
A FILOSOFIA DE PLATÃO: UTOPIA POLÍTICA
Platão em seu diálogo A República formula uma outra forma de governo e de
sociedade
Platão propõe a divisão da sociedade em três classes distintas: os governantes-
filósofos, os guerreiros-guardiões e os trabalhadores.
Os governantes-filósofos são os detentores do conhecimento e da sabedoria e
devem governar com base na razão. Com base na virtude, buscando o bem-estar
da sociedade como um todo, em vez de buscar seus próprios interesses.
Os guerreiros-guardiões comporiam a classe militar, responsável por proteger a
cidade contra ameaças externas. Eles seriam educados para serem corajosos e
virtuosos,
E os artesãos, trabalhadores em geral, como agricultores e comerciantes.
A FILOSOFIA DE PLATÃO: UTOPIA POLÍTICA
Nesse modelo de sociedade, as famílias tradicionais desapareceriam, pois a criança
seria educada pela pólis.
A justiça é central para a sociedade ideal de Platão. Cada indivíduo deve realizar
sua função designada, contribuindo para o bem-estar de toda a comunidade.A
harmonia da cidade surge quando todas as partes da sociedade desempenham seu
papel corretamente.
A FILOSOFIA DE PLATÃO: TRIPARTIDE DA ALMA
Platão divide a alma em três partes: razão, espírito e apetite.
Razão (intelectual):
A parte racional da alma é responsável pelo pensamento, razão e tomada de decisões.
É a parte que busca a verdade, busca o conhecimento e guia as outras partes.
Irascível (emoções):
A parte espiritual da alma lida com emoções, moralidade e motivações. É a fonte de
coragem, ira e desejo de reconhecimento social.
Apetitiva (Desejo):
A parte apetitiva da alma está relacionada aos desejos físicos e às necessidades
básicas, como fome e sede. É a parte que busca prazeres sensoriais e satisfação
material.
A FILOSOFIA DE PLATÃO: TRIPARTIDE DA ALMA
A harmonia entre as três partes da alma é essencial para a virtude e uma vida
bem-sucedida. A parte racional deve governar sobre as partes emocionais e
apetitiva para que a pessoa seja justa e virtuosa.