Ficha formativa - 10 dezembro 2024.docx

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FICHA FORMATIVA DE HISTÓRIA A - 11ºB

MÓDULO 4
2. Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII

DOC. 1 A essência da monarquia, segundo Jaime I (século XVII)

DOC. 2 O sistema de governo inglês, visto por Voltaire (século XVIII)


1. Apresente, com base no Doc.1, três características do absolutismo.

2. Compare as duas perspetivas sobre o sistema de governo expressas nos Doc. 1 e 2, quanto a três
aspetos em que se opõem.

3. Associe os monarcas que constam da coluna A às frases que lhes correspondem na coluna B.

4. Ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos relativos à consolidação do

parlamentarismo em Inglaterra.

Escreva, na folha de respostas, a sequência correta das letras:

A) Governo de Cromwell

B) Revolução Gloriosa

C) Restauração da monarquia

D) Guerra civil entre os partidários do rei e os partidários do Parlamento

E) Declaração dos Direitos


Dificuldades da economia portuguesa, nos séculos XVII–XVIII
Doc. 1 O estado da economia portuguesa, segundo D. Luís da Cunha (1747)
1.
No fim do reinado de D. João V, o diplomata português D. Luís da Cunha traça o seguinte quadro da
economia portuguesa:

O que logo salta aos olhos é que Portugal não tem frutos, nem géneros para se permutarem com os que nos
entram de fora, não só quanto à qualidade mas também quanto à quantidade e variedade. E para prova do
5 que digo […] junto a lista de frutos e géneros que os estrangeiros tiram1 de Portugal, e o que nele
introduzem, como por exemplo:
Os Franceses tiram de Portugal couros em cabelo, pau do Brasil, laranjas, limões, azeite […] sabão de todas
as castas, melaço, açúcar, tabaco do Brasil […].
É de reparar que os Franceses sempre foram aumentando os direitos (de entrada em França) dos ditos
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frutos e mercadorias, desde o ano de 1664, sem que usássemos da represália, como seria justo,
levantando-lhes também à proporção os direitos da entrada dos que metem em Portugal, o que lhes seria
mais sensível, porque são em muito maior quantidade e de melhor qualidade, a saber: em primeiro lugar de
Paris vem uma droga a que chamam moda, que vai por toda a Europa. E segundo diz o marechal de Vauban
[…] é um dos melhores ramos do comércio da Europa. […]
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Os Ingleses tiram de Portugal vinhos em grande quantidade, azeite moderadamente, couros da Baía, pau do
brasil, laranjas […].
Mandam para Portugal panos […] meias de lã, chapéus e outras mais coisas. […]
[O principal] seria examinar quais são as fazendas estrangeiras, que poderíamos proibir por totalmente
20 inúteis, quais poderíamos nós mesmos fabricar para delas não necessitarmos […].
Começando pois pela primeira droga, que França nos manda, que é a moda, já o senhor rei D. Pedro a quis
inutilizar […] e proibiu o uso dos galões e estofos de prata e ouro.
[…] Deixo à consideração dos nossos ministros fazer renovar a pragmática do senhor rei D. Pedro proibindo
a entrada de todas as fazendas que contribuíam ao luxo […]. Não há dúvida que há muitos géneros que não
25 podemos manufaturar, e é necessário comprá-los aos estrangeiros, como por exemplo, as roupas finas, que
vão de França e Holanda, mas quem nos impede tê-las [às manufaturas] de todos os géneros que se fazem
de lãs e sedas, que é o grosso comércio de Inglaterra e Holanda, e ainda de França?
[…] Alguém poderá arguir que, se diminuir em Portugal o consumo de géneros de Inglaterra, também se
diminuirá o seu dos nossos vinhos; ao que respondo: que neste caso tornarão as vinhas a ser de pão, como
dantes eram.
Testamento Político ou Carta Escrita pelo grande D. Luís da Cunha ao Senhor Rei D. José I antes
do seu Governo. Redigida em 1747.

1
No sentido de importam.

Ao referir que “Portugal não tem frutos, nem géneros para se permutarem com os que
nos entram de fora, não só quanto à qualidade mas também quanto à quantidade e
variedade” (linhas 3 e 4) D. Luís da Cunha põe a tónica

a) na fraca produtividade da agricultura.


b) na necessidade de diversificar a produção agrícola.
c) no reduzido volume do comércio português.
d) no défice da balança comercial.
2. Identifique o ministro francês responsável pelo aumento dos direitos de entrada das
mercadorias portuguesas em França, no ano de 1664 (linhas 9 e 10).

3. Apresente duas medidas tomadas no tempo do “senhor rei D. Pedro” (linha 22) com o fim de
fomentar a produção nacional.
Uma das medidas deverá ser fundamentada com excertos relevantes do documento.

4. As afirmações seguintes sobre a situação económica de Portugal nos séculos XVII e XVIII são
todas verdadeiras.
Identifique as duas afirmações que podem ser comprovadas através da análise do documento.
a) Em finais do século XVII, a economia portuguesa viu-se a braços com uma profunda crise comercial, que
afetou a venda de produtos ultramarinos.
b) Sob a influência do conde da Ericeira criaram-se companhias monopolistas para o comércio atlântico.
c) As relações comerciais com a Inglaterra favoreciam a exportação dos vinhos portugueses e a importação de
têxteis britânicos.
d) A descoberta do ouro brasileiro, na viragem para o século XVII, foi, em parte, responsável pelo fim da
política industrializadora do governo de D. Pedro II.
e) Em meados do século XVIII, ponderou-se a adoção de medidas protecionistas da indústria nacional.

5. Indique dois princípios de carácter mercantilista patentes no texto de D. Luís da Cunha.


Fundamente a sua resposta com excertos relevantes do documento.

6. Ordene cronologicamente os factos que se seguem, relativos à economia portuguesa dos


séculos XVII-XVIII.
a) Tratado de Methuen.
b) Conde da Ericeira, Vedor da Fazenda de D. Pedro II.
c) Saldo positivo da balança comercial.
d) Política industrializadora do Marquês de Pombal
Doc. 1 As enclosures, vistas por um francês Doc. 2 Evolução da população inglesa
Milhões de
habitantes
9

1700 10 20 30 40 1750 60 70 80 90 1800

Doc. 3 O Regent’s Canal (norte de Londres), no Doc. 4 A Inglaterra verde e a Inglaterra negra
início do século XIX

1. O termo “enclosures”, às quais se refere La Rochefoucauld (Doc.1), designa


a) a inclusão de rebanhos nas unidades agrícolas.
b) a estreita relação entre o cultivo e a criação de gado.
c) as vedações dos campos.
d) a divisão dos campos segundo a sua produtividade.
2. De acordo com os dados do gráfico (Doc. 2), na segunda metade do século XVIII, a população
inglesa cresceu aproximadamente
a) 20%.
b) 45%.
c) 70%.
d) 100%.

3. Desenvolva o tema O crescimento económico da Grã-Bretanha, no século XVIII, apresentando


dois elementos de cada um dos seguintes tópicos de orientação:
• inovações agrícolas;
• fatores da vitalidade do mercado interno;
• arranque industrial.
Na sua resposta integre, pelo menos, uma informação relevante de cada um dos documentos 1 a 4.

FIM

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