Ficha formativa - 10 dezembro 2024.docx
Ficha formativa - 10 dezembro 2024.docx
Ficha formativa - 10 dezembro 2024.docx
MÓDULO 4
2. Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII
2. Compare as duas perspetivas sobre o sistema de governo expressas nos Doc. 1 e 2, quanto a três
aspetos em que se opõem.
3. Associe os monarcas que constam da coluna A às frases que lhes correspondem na coluna B.
parlamentarismo em Inglaterra.
A) Governo de Cromwell
B) Revolução Gloriosa
C) Restauração da monarquia
O que logo salta aos olhos é que Portugal não tem frutos, nem géneros para se permutarem com os que nos
entram de fora, não só quanto à qualidade mas também quanto à quantidade e variedade. E para prova do
5 que digo […] junto a lista de frutos e géneros que os estrangeiros tiram1 de Portugal, e o que nele
introduzem, como por exemplo:
Os Franceses tiram de Portugal couros em cabelo, pau do Brasil, laranjas, limões, azeite […] sabão de todas
as castas, melaço, açúcar, tabaco do Brasil […].
É de reparar que os Franceses sempre foram aumentando os direitos (de entrada em França) dos ditos
10
frutos e mercadorias, desde o ano de 1664, sem que usássemos da represália, como seria justo,
levantando-lhes também à proporção os direitos da entrada dos que metem em Portugal, o que lhes seria
mais sensível, porque são em muito maior quantidade e de melhor qualidade, a saber: em primeiro lugar de
Paris vem uma droga a que chamam moda, que vai por toda a Europa. E segundo diz o marechal de Vauban
[…] é um dos melhores ramos do comércio da Europa. […]
15
Os Ingleses tiram de Portugal vinhos em grande quantidade, azeite moderadamente, couros da Baía, pau do
brasil, laranjas […].
Mandam para Portugal panos […] meias de lã, chapéus e outras mais coisas. […]
[O principal] seria examinar quais são as fazendas estrangeiras, que poderíamos proibir por totalmente
20 inúteis, quais poderíamos nós mesmos fabricar para delas não necessitarmos […].
Começando pois pela primeira droga, que França nos manda, que é a moda, já o senhor rei D. Pedro a quis
inutilizar […] e proibiu o uso dos galões e estofos de prata e ouro.
[…] Deixo à consideração dos nossos ministros fazer renovar a pragmática do senhor rei D. Pedro proibindo
a entrada de todas as fazendas que contribuíam ao luxo […]. Não há dúvida que há muitos géneros que não
25 podemos manufaturar, e é necessário comprá-los aos estrangeiros, como por exemplo, as roupas finas, que
vão de França e Holanda, mas quem nos impede tê-las [às manufaturas] de todos os géneros que se fazem
de lãs e sedas, que é o grosso comércio de Inglaterra e Holanda, e ainda de França?
[…] Alguém poderá arguir que, se diminuir em Portugal o consumo de géneros de Inglaterra, também se
diminuirá o seu dos nossos vinhos; ao que respondo: que neste caso tornarão as vinhas a ser de pão, como
dantes eram.
Testamento Político ou Carta Escrita pelo grande D. Luís da Cunha ao Senhor Rei D. José I antes
do seu Governo. Redigida em 1747.
1
No sentido de importam.
Ao referir que “Portugal não tem frutos, nem géneros para se permutarem com os que
nos entram de fora, não só quanto à qualidade mas também quanto à quantidade e
variedade” (linhas 3 e 4) D. Luís da Cunha põe a tónica
3. Apresente duas medidas tomadas no tempo do “senhor rei D. Pedro” (linha 22) com o fim de
fomentar a produção nacional.
Uma das medidas deverá ser fundamentada com excertos relevantes do documento.
4. As afirmações seguintes sobre a situação económica de Portugal nos séculos XVII e XVIII são
todas verdadeiras.
Identifique as duas afirmações que podem ser comprovadas através da análise do documento.
a) Em finais do século XVII, a economia portuguesa viu-se a braços com uma profunda crise comercial, que
afetou a venda de produtos ultramarinos.
b) Sob a influência do conde da Ericeira criaram-se companhias monopolistas para o comércio atlântico.
c) As relações comerciais com a Inglaterra favoreciam a exportação dos vinhos portugueses e a importação de
têxteis britânicos.
d) A descoberta do ouro brasileiro, na viragem para o século XVII, foi, em parte, responsável pelo fim da
política industrializadora do governo de D. Pedro II.
e) Em meados do século XVIII, ponderou-se a adoção de medidas protecionistas da indústria nacional.
Doc. 3 O Regent’s Canal (norte de Londres), no Doc. 4 A Inglaterra verde e a Inglaterra negra
início do século XIX
FIM