Relatório Aula Pratica 2

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CAMPUS LAGOA DO SINO


CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
ENGENHARIA AMBIENTAL

Aula Prática 2 - Determinação das Propriedades Físicas de


Agregados Miúdos.

Prof. Dr. Jonathan Gazzola


CE 5 – Ciência e Tecnologia dos Materiais e Construções Sustentáveis

Ricardo Manoel Romão, RA: 727197

Buri
2022
1. Introdução

Agregados miúdos são definidos pela norma técnica NBR NM 52, ela designa
que eles são grãos que passam pela peneira ABNT com abertura de malha de 9,5
mm e quase totalmente pela peneira ABNT de 4,75mm ficando retidos na peneira
ABNT de 75 µm (ABNT, 2003).
Os agregados miúdos podem ser tanto areias naturais quanto sendo obtidas
através do resultado do britamento de rochas estáveis, além disso também podem
ser a mistura entre ambos. São aplicados na fabricação de argamassas aplicadas
para contrapisos, reboco e na confecção de concretos próprios para aplicação em
construção civil (UNIP, 2016).

2. Objetivos

Determinar as propriedades físicas dos agregados miúdos através de


procedimentos laboratoriais e a utilização de equações.

3. Materiais

a. Estufa;
b. Areia Úmida;
c. Recipiente Metálico;
d. Colher;
e. Balança Digital com Precisão de 0,01 mm;
f. Areia (Seca em Estufa);
g. Picnômetro;
h. Água Destilada;
i. Proveta;
j. Becker;
k. Recipiente de Plástico Graduado;
l. Régua;
m. Agitador de Peneiras;
n. Pincel;
o. Conjunto de Peneiras;
p. Pote de Plastico;
q. Software Microsoft Office Excel.

4. Métodos

Foram realizados 4 ensaios diferentes, cada uma buscando determinar uma


propriedade física específica, sendo elas o teor de umidade, massa específica
absoluta, massa específica aparente e a granulometria da areia.

I. Primeiro Ensaio - Teor de Umidade

Primeiramente a balança foi zerada com o cesto em cima, em seguida 100 g


de areia foram colocados no recipiente e sua massa foi pesada na balança digital,
posteriormente a areia foi levada à estufa por 24h e depois o material foi deixado 2h
em repouso, o material então foi pesado e os valores anotados. Assim, por meio da
equação abaixo foi possível se calcular o teor de umidade.

múmida −mseca
T . U .(% )= ∗100
mseca
Equação 1. Teor de Umidade.

II. Segundo Ensaio - Massa Específica Absoluta

Inicialmente o recipiente de metal foi pesado e sua massa anotada. Na


sequência, 60 gramas de solo foram colocados no recipiente de metal e ele foi
pesado. A amostra então foi seca na estufa a 110 °C por duas horas e em seguida
pesada e teve sua massa anotada. A massa de solo seco foi então despejada no
recipiente plástico e a massa foi pesada e anotada. Posteriormente, o picnômetro,
ainda seco, foi pesado, em seguida ele foi preenchido com água e o volume de
água que foi retirado do becker foi anotado. O picnômetro então foi preenchido com
água destilada até a borda e o valor da massa foi anotado. Assim, a areia foi
colocada dentro da proveta e ela foi saturada com água destilada, a amostra então
foi despejada dentro do picnômetro e completada com água destilada, por fim, a
massa foi pesada e anotada. Assim, através das equações abaixo foi obtido o peso
específico.

M águana areia =M areia úmida−M areia seca


Equação 2. Massa de Água na Areia.

M água M água+ picnômetro −M picnômetro


γ água = =
V picnômetro V becker cheio−V água restante becker
Equação 3. Volume do Picnômetro.

M T =M areia seca + M água+ picnômetro


Equação 4. Massa Total.

M águadeslocada =M T −M água+areia + picnômetro


Equação 5. Massa de Água Deslocada.

M água desloca
V areia =
γ água
Equação 6. Volume de Areia.

M areia seco
M específica =
V areia
Equação 7. Massa Específica.

γ específico =M específica∗9 , 81 m/s ²


Equação 8. Peso Específico.

III. Terceiro Ensaio - Massa Específica Aparente

Para o terceiro ensaio, foi analisado inicialmente o recipiente de plástico


vazio, anotando seus valores de massa e volume, em seguida o recipiente foi
enchido com agregado caindo de uma altura de 10 cm, com auxílio de uma régua, o
excesso foi retirado e o recipiente preenchido com agregado foi pesado. Assim, por
meio da equação abaixo se calculou a massa específica aparente do agregado.
mc −mrec
MU = ( kg /dm³)
V rec
Equação 9. Massa Específica Aparente.

IV. Quarto Ensaio - Granulometria da Areia.

Foram separadas 500 gramas de areia que foi seca previamente por meio da
estufa. Em seguida, foram montados os conjuntos de peneiras sobre o agitador, a
areia foi colocada no conjunto de peneiras e assim o conjunto foi agitado por 5
minutos. Toda massa de areia retida foi colocada dentro de um pote de plástico, que
se encontrava zerado em cima da balança digital, por meio de um pincel, as
partículas retidas foram removidas da malha da peneira. Assim, pesou-se o material
que ficou retido em cada peneira e prosseguiu-se o peneiramento até 1 minuto de
agitação contínua, até que a massa do material passante pela peneira se tornasse
inferior a 1% do material retido. Assim, por meio do software Microsoft Office Excel e
das fórmulas abaixo se determinou a granulometria, a porcentagem retida,
porcentagem acumulada, curva granulométrica, dimensão máxima característica e
módulo de finura. O procedimento foi realizado para duas amostras.

mretida peneira estudo


% retida = ∗100
mtotal
Equação 10. Porcentagem Retida.

mretida peneira superior +mretida peneira estudo


% acumulada =
mtotal
Equação 11. Porcentagem Acumulada.

Total %acum.
M . F .=
100
Equação 12. Módulo de Finura.

5. Resultados
No primeiro ensaio foram obtidos os valores de massa da bandeja vazia, a
massa úmida e após a estufa a massa seca por meio da diferença das massas
entre a bandeja com areia seca e a bandeja sem areia. Com esses valores, por
meio da equação 1, foi obtido o valor do teor de umidade da amostra.

Tabela 1. Ensaio I.
Massa da Massa da
Massa Úmida Teor de
Medida Bandeja Vazia bandeja + Massa Seca (g)
(g) Umidade (%)
(g) Massa Seca (g)
Valor 275,44 80,41 348,62 73,18 9,88

No ensaio 2, foram utilizados os dados da massa da área úmida, massa da


areia seca, volume do becker cheio, volume da água restante no becker, massa do
picnômetro, massa do picnômetro com água, massa do picnômetro com areia e
água, por fim o volume do picnômetro. Utilizando as equações 2 a 8 foi possível
calcular a massa específica absoluta e o peso específico desses agregados.

Tabela 2. Ensaio II.


Volume do
Massa de Areia Massa de Areia Massa de Água
Becker Cheio
Úmida (g) Seca (g) na Areia (g)
(cm³)
60 59,52 0,48 400
Volume de
Volume do Massa do
Água Restante Massa do
Picnômetro Picnômetro
no Becker Picnômetro (g)
(cm³) com Água (g)
(cm³)
93 307 34,74 337,28
Massa do
Densidade da Picnômetro Massa de Água
Massa Total (g)
Água (g/cm³) com Água e Deslocada (g)
Areia (g)
0,99 396,8 371,11 25,69
Massa Massa Peso
Volume da
Específica Específica Específico
Areia (cm³)
(g/cm³) (kg/m³) (KN/m³)
26,07 2,28 2280 22366,8
Para o terceiro ensaio foram anotados os dados de altura, diâmetro e peso
do recipiente, através disso se determinou o volume do recipiente e a massa do
agregado, por meio desses dados e da equação 9 determinou-se a massa
específica aparente para tais agregados.

Tabela 3. Ensaio III.


Massa
Volume do
Massa do Específica
Altura (mm) Diâmetro (mm) Recipiente
Agregado (g) Aparente
(mm³)
(g/mm³)
20 10 1979,66 1570 1,26

Para o quarto ensaio, determinou-se que as amostras possuem


respectivamente uma massa total de 500,04 g e 500,10 g. Dessa maneira, por meio
do ensaio com as peneiras e as equações 10 a 12, foram obtidos os dados de
granulometria das amostras, dimensão máxima característica e módulo de finura.

Tabela 4. Ensaio IV.

Obteve-se também o módulo de finura igual a 3,37 e a dimensão máxima


característica igual a malha de 2,00 mm. Por meio desses dados foi possível a
obtenção da curva granulométrica abaixo.
Imagem 1. Curva Granulométrica Determinada.
6. Conclusão

O ensaio de granulometria permite determinar a textura do agregado, o que


possibilita sua classificação em: pedregulho, areia, silte e argila, sendo assim muito
útil para a determinação das propriedades do agregado e assim facilitando a
determinação de sua área de aplicação.

7. Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICAS. ABNT NBR NM 52: Agregado


miúdo - Determinação da massa específica e massa específica aparente. Rio de
Janeiro: Abnt, 2003. 13 p. Disponível em:
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17827/
material/NBR%20NM%2052%20-.pdf. Acesso em: 28 jul. 2022.

UNIP (Sorocaba - Sp). AGREGADOS. 2016. Disponível em:


https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/66302.pdf. Acesso em: 28 jul. 2022.

Você também pode gostar