Consolidacao Normativa Notarial Registral 2023 TEXTO INTEGRAL 15-01-2024
Consolidacao Normativa Notarial Registral 2023 TEXTO INTEGRAL 15-01-2024
Consolidacao Normativa Notarial Registral 2023 TEXTO INTEGRAL 15-01-2024
NORMATIVA
NOTARIAL E REGISTRAL
INSTITUÍDA PELO PROVIMENTO Nº 01/20-CGJ/RS
ATUALIZADA ATÉ O PROVIMENTO Nº 02/24-CGJ/RS
TEXTO INTEGRAL
Capa:
Departamento de Suporte Operacional – DSO
Atualização e Publicação:
SEADM / Núcleo de Documentação – CGJ
e-mail: [email protected]
2
PROVIMENTO Nº 01/20-CGJ/RS
CONSIDERANDO que o novo texto tem por característica a ampla abertura e participação no seu
processo de elaboração, tendo sido obra de muitas dezenas de mãos e de cooperação intensa entre esta
Corregedoria e os Notários e Registradores do Rio Grande do Sul;
CONSIDERANDO que as atualizações propostas têm por objetivo a prestação do melhor serviço
possível ao usuário, ao introduzir exigências de acessibilidade, segurança e conforto aos usuários das
serventias extrajudiciais; ao encampar normas constitucionais de igualdade de tratamento, vedação de
discriminação e atendimento prioritário; e ao fomentar a melhor comunicação social dos serviços notariais e
registrais com o cidadão;
CONSIDERANDO que o texto procura conciliar o espírito de inovação com o respeito à tradição dos
serviços notariais e de registro do Estado do Rio Grande do Sul,
PROVÊ:
Art. 1º – Fica instituído o novo texto da Consolidação Normativa Notarial e Registral - CNNR, conforme
documento anexo a este Provimento.
Art. 2º – A Consolidação Normativa Notarial e Registral - CNNR, com a nova redação, entrará em vigor
em 02 de março de 2020.
PUBLIQUE-SE.
CUMPRA-SE.
3
APRESENTAÇÃO
4
hiperlinks externos que fazem remessa automática do leitor aos textos normativos referidos e
relacionados.
Por fim, trata-se de uma normativa que procura conciliar o espírito de inovação com o
respeito à tradição dos serviços notariais e de registro do Estado do Rio Grande do Sul.
Acreditamos que a CNNR/2020 atenderá a expectativas geradas quando foi iniciada a sua
elaboração e estamos seguros de que representará um avanço significativo para a prestação dos
serviços notariais e registrais à população gaúcha.
5
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PRESIDENTE
DESª. IRIS HELENA MEDEIROS NOGUEIRA
1º VICE-PRESIDENTE
DES. ALBERTO DELGADO NETO
2º VICE-PRESIDENTE
DES. ANTONIO VINICIUS AMARO DA SILVEIRA
3º VICE-PRESIDENTE
DESª. LIZETE ANDREIS SEBBEN
CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA
DES. GIOVANNI CONTI
SECRETÁRIO
VINICIUS AQUILES SEBBEN
JUÍZES-CORREGEDORES
6
PARTICIPANTES DO TRABALHO DE ELABORAÇÃO
CORREGEDORA-GERAL DA JUSTIÇA
DESª. DENISE OLIVEIRA CEZAR
7
SUMÁRIO
LIVRO I DAS ATIVIDADES NOTARIAIS E DE REGISTROS .....................................................................14
TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................................................14
TÍTULO II DO CADASTRO E DO CORREIO ELETRÔNICO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES......................20
TÍTULO III DOS PREPOSTOS E DEMAIS FUNCIONÁRIOS ..........................................................................22
TÍTULO IV DOS LIVROS E DOCUMENTOS ................................................................................................24
TÍTULO V DOS EMOLUMENTOS .............................................................................................................26
TÍTULO VI DO SELO DIGITAL DE FISCALIZAÇÃO NOTARIAL E REGISTRAL .................................................29
TÍTULO VII DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR ........................................................................................33
TÍTULO VIII DA VACÂNCIA DAS SERVENTIAS NOTARIAIS E DE REGISTRO ................................................34
TÍTULO IX DA COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA GESTÃO ......................38
TÍTULO X DA PRESTAÇÃO DE CONTAS ...................................................................................................39
TÍTULO XI DO PROCEDIMENTO DE DÚVIDA ...........................................................................................41
LIVRO II DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS .....................................................................42
TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................................................42
CAPÍTULO I DAS ATRIBUIÇÕES ................................................................................................................ 42
CAPÍTULO II DOS OFÍCIOS DA CIDADANIA .............................................................................................. 42
CAPÍTULO III DOS REGISTROS NOS POSTOS AVANÇADOS DE ATENDIMENTO ....................................... 43
TÍTULO II DOS LIVROS, DA ESCRITURAÇÃO E DA ORDEM DE SERVIÇO ....................................................43
CAPÍTULO I DOS LIVROS ......................................................................................................................... 43
CAPÍTULO II DA ESCRITURAÇÃO ............................................................................................................. 44
CAPÍTULO III DA ORDEM DE SERVIÇO..................................................................................................... 45
SEÇÃO I DA IDENTIFICAÇÃO, DA QUALIFICAÇÃO E DAS ASSINATURAS .............................................. 45
SEÇÃO II DA INICIATIVA DOS ATOS E DOS PRAZOS ............................................................................. 46
SEÇÃO IV ............................................................................................................................................ 48
DOS DOCUMENTOS APRESENTADOS ................................................................................................. 48
SEÇÃO V ............................................................................................................................................. 48
DOS EMOLUMENTOS E DESPESAS ..................................................................................................... 48
TÍTULO III DA PUBLICIDADE ...................................................................................................................49
TÍTULO IV DOS RELATÓRIOS E OUTRAS COMUNICAÇÕES .......................................................................55
TÍTULO V DO NASCIMENTO ...................................................................................................................57
CAPÍTULO I DO REGISTRO ....................................................................................................................... 57
SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................ 57
SEÇÃO II DO REGISTRO TARDIO.......................................................................................................... 60
SEÇÃO III DO REGISTRO COM GENITOR TRANSGÊNERO .................................................................... 64
SEÇÃO IV DO REGISTRADO COM ANOMALIA DE DIFERENCIAÇÃO SEXUAL ........................................ 66
SEÇÃO V DO REGISTRO SEM PATERNIDADE ESTABELECIDA............................................................... 68
SEÇÃO VI DO REGISTRO DE INDÍGENA ............................................................................................... 68
SEÇÃO VII DO REGISTRO DE NASCIMENTO DE CRIANÇAS GERADAS POR REPRODUÇÃO ASSISTIDA .. 70
SEÇÃO VIII DO REGISTRO DE NASCIMENTO E RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO EM
ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS ....................................................................................................... 71
CAPÍTULO II DO NOME ........................................................................................................................... 71
SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................ 71
SEÇÃO II DA AVERBAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO PRENOME E SEXO DE PESSOAS TRANSGÊNERO ......... 74
TÍTULO VI DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE OU MATERNIDADE ...............................................79
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 79
CAPÍTULO II DO RECONHECIMENTO DA PATERNIDADE OU MATERNIDADE SOCIOAFETIVA ................. 80
TÍTULO VII DA ADOÇÃO .........................................................................................................................83
CAPÍTULO I DA ADOÇÃO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE ......................................................................... 83
CAPÍTULO II DA ADOÇÃO DE ADULTO .................................................................................................... 84
TÍTULO VIII DO CASAMENTO .................................................................................................................84
CAPÍTULO I DA HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO .............................................................................. 84
CAPÍTULO II DO REGISTRO DA CELEBRAÇÃO .......................................................................................... 91
8
CAPÍTULO III DO REGISTRO DO CASAMENTO RELIGIOSO PARA EFEITOS CIVIS ...................................... 92
CAPÍTULO IV DA CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO .................................................... 93
TÍTULO IX DA SEPARAÇÃO E DO DIVÓRCIO ............................................................................................96
TÍTULO X DA UNIÃO ESTÁVEL ................................................................................................................97
TÍTULO XI ............................................................................................................................................103
DO ÓBITO ............................................................................................................................................103
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................................................... 103
CAPÍTULO II DOS ELEMENTOS DO REGISTRO ....................................................................................... 105
CAPÍTULO III DA MORTE PRESUMIDA................................................................................................... 107
CAPÍTULO IV DO REGISTRO DE NATIMORTO ........................................................................................ 107
TÍTULO XII DA EMANCIPAÇÃO, DA INTERDIÇÃO, DA AUSÊNCIA, DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA ..108
CAPÍTULO I DA EMANCIPAÇÃO ............................................................................................................ 108
CAPÍTULO II DA INTERDIÇÃO ................................................................................................................ 109
CAPÍTULO III DA AUSÊNCIA................................................................................................................... 110
CAPÍTULO IV DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA ................................................................................ 111
TÍTULO XIII DA AVERBAÇÃO ................................................................................................................111
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................................................... 111
CAPÍTULO II DA AVERBAÇÃO NO NASCIMENTO ................................................................................... 112
CAPÍTULO III DA AVERBAÇÃO NO CASAMENTO ................................................................................... 113
CAPÍTULO IV DA AVERBAÇÃO NA EMANCIPAÇÃO, INTERDIÇÃO, AUSÊNCIA E TOMADA DE DECISÃO
APOIADA ............................................................................................................................................... 114
CAPÍTULO V DA AVERBAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL .................... 114
TÍTULO XIV DAS RETIFICAÇÕES, DAS RESTAURAÇÕES E DOS SUPRIMENTOS ........................................115
TÍTULO XV DA ANOTAÇÃO...................................................................................................................116
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................................................... 116
CAPÍTULO II DA ANOTAÇÃO NO NASCIMENTO .................................................................................... 116
CAPÍTULO III DA ANOTAÇÃO NO CASAMENTO..................................................................................... 117
CAPÍTULO IV DA ANOTAÇÃO NA EMANCIPAÇÃO, INTERDIÇÃO, AUSÊNCIA E TOMADA DE DECISÃO
APOIADA ............................................................................................................................................... 117
TÍTULO XVI DA BUSCA DE ASSENTO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOA NATURAL .....................................117
TÍTULO XVII DAS TRASLADAÇÕES ........................................................................................................120
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................................................. 120
CAPÍTULO II TRASLADO DE NASCIMENTO ............................................................................................ 122
CAPÍTULO III TRASLADO DE CASAMENTO ............................................................................................ 123
CAPÍTULO IV TRASLADO DE ÓBITO ....................................................................................................... 125
CAPÍTULO V REGISTRO DE NASCIMENTO DE NASCIDOS NO BRASIL FILHOS DE PAIS ESTRANGEIROS A
SERVIÇO DE SEU PAÍS ........................................................................................................................... 126
CAPÍTULO VI DA OPÇÃO DE NACIONALIDADE ...................................................................................... 126
LIVRO III DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS ..................................................................127
TÍTULO I DAS ATRIBUIÇÕES .................................................................................................................127
TÍTULO II DOS LIVROS ..........................................................................................................................128
TÍTULO III DAS PROIBIÇÕES .................................................................................................................129
TÍTULO IV DA PROTEÇÃO AO NOME DA PESSOA JURÍDICA ...................................................................130
TÍTULO V DOS REQUISITOS DO REGISTRO ............................................................................................130
TÍTULO VI DA ESCRITURAÇÃO..............................................................................................................132
TÍTULO VII DO PROCEDIMENTO ...........................................................................................................133
TÍTULO VIII DO CANCELAMENTO .........................................................................................................137
TÍTULO IX DA ALTERAÇÃO DE MEMBROS DE DIRETORIA ......................................................................137
TÍTULO X DO REGISTRO DE JORNAIS, OFICINAS IMPRESSORAS, EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO E AGÊNCIAS
DE NOTÍCIAS E PERIÓDICOS .................................................................................................................139
TÍTULO XI DO REGISTRO E AUTENTICAÇÃO DE LIVROS DE PESSOAS JURÍDICAS ....................................140
TÍTULO XII AUTENTICAÇÃO DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL – ECD ............................................141
TÍTULO XIII DOS PARTIDOS POLÍTICOS .................................................................................................141
TÍTULO XIV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................143
9
LIVRO IV DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ....................................................................145
TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS .....................................................................................................145
CAPÍTULO I DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS .................................................................................... 145
CAPÍTULO II DO CONCEITO DE DOCUMENTO ....................................................................................... 145
CAPÍTULO III DAS ATRIBUIÇÕES ............................................................................................................ 147
TÍTULO II DOS LIVROS E DA ESCRITURAÇÃO .........................................................................................149
TÍTULO III DO REGISTRO DO CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA ...................................................152
TÍTULO IV DO REGISTRO DO CONTRATO DE PENHOR ...........................................................................153
TÍTULO V DO REGISTRO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS ..............................153
TÍTULO V-A ..........................................................................................................................................154
TÍTULO VI DAS NOTIFICAÇÕES .............................................................................................................154
CAPÍTULO I DAS NOTIFICAÇÕES EM GERAL .......................................................................................... 154
CAPÍTULO II DA NOTIFICAÇÃO PESSOAL ............................................................................................... 156
CAPÍTULO III DA NOTIFICAÇÃO POR VIA POSTAL ................................................................................. 157
CAPÍTULO IV DA NOTIFICAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO ...................................................................... 157
CAPÍTULO V DA INTIMAÇÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL ........................................ 158
TÍTULO VII DOS DOCUMENTOS ESTRANGEIROS ...................................................................................159
TÍTULO VIII DO REGISTRO PARA CONSERVAÇÃO..................................................................................159
TÍTULO VIII-A.......................................................................................................................................159
DO REGISTRO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO E SILVESTRES ....................................................................159
TÍTULO IX DAS DUPLICATAS ESCRITURAIS............................................................................................160
TÍTULO X DO CANCELAMENTO ............................................................................................................160
TÍTULO XI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS.....................................................................................................161
LIVRO V DO REGISTRO DE IMÓVEIS ...............................................................................................162
TÍTULO I DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS ........................................................................................162
TÍTULO II DAS CERTIDÕES E DAS INFORMAÇÕES ..................................................................................164
TÍTULO III DO PROCESSO DE REGISTRO ................................................................................................166
CAPÍTULO I DA APRESENTAÇÃO, DO PROTOCOLO, DA QUALIFICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO DOS
TÍTULOS ................................................................................................................................................ 166
CAPÍTULO II DO PROCEDIMENTO DE DÚVIDA REGISTRAL.................................................................... 169
CAPÍTULO III DA ALTERAÇÃO DE CIRCUNSCRIÇÃO ............................................................................... 170
CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES ........................................................................... 170
TÍTULO IV ALTERAÇÃO DA NATUREZA DO IMÓVEL: DESTINAÇÃO ........................................................172
TÍTULO V DA FUSÃO DE MATRÍCULAS ..................................................................................................172
TÍTULO VI DOS LIVROS, SUA ESCRITURAÇÃO E CONSERVAÇÃO ............................................................173
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................................................. 173
CAPÍTULO II DO LIVRO 1 – PROTOCOLO ............................................................................................... 174
CAPÍTULO III DO LIVRO 2 – REGISTRO GERAL ....................................................................................... 176
CAPÍTULO IV DO LIVRO 3 – REGISTRO AUXILIAR .................................................................................. 177
CAPÍTULO V DOS LIVROS 4 – INDICADOR REAL E 5 – INDICADOR PESSOAL ......................................... 177
CAPÍTULO VI DO LIVRO CADASTRO DE ESTRANGEIROS ....................................................................... 178
CAPÍTULO VII DA CONSERVAÇÃO ......................................................................................................... 178
TÍTULO VII DOS TÍTULOS ......................................................................................................................179
TÍTULO VIII DAS PESSOAS ....................................................................................................................180
TÍTULO IX DO REGISTRO ......................................................................................................................182
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................................................. 182
CAPÍTULO II DO BEM DE FAMÍLIA......................................................................................................... 185
CAPÍTULO III DAS HIPOTECAS ............................................................................................................... 186
CAPÍTULO IV DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO E ARRENDAMENTO ....................................................... 186
CAPÍTULO V DAS SERVIDÕES ................................................................................................................ 187
CAPÍTULO VI DO USUFRUTO, DA HABITAÇÃO E DO USO ..................................................................... 187
CAPÍTULO VII DAS CONVENÇÕES ANTENUPCIAIS E DOS PACTOS PATRIMONIAIS ............................... 188
CAPÍTULO VIII DAS CÉDULAS DE CRÉDITO ............................................................................................ 188
10
CAPÍTULO IX DOS PRÉ-CONTRATOS RELATIVOS A IMÓVEIS LOTEADOS ............................................... 189
CAPÍTULO X DAS PARTILHAS................................................................................................................. 190
CAPÍTULO XI DAS ARREMATAÇÕES E ADJUDICAÇÕES .......................................................................... 191
CAPÍTULO XII DA TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEIS A SOCIEDADE E DA TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEL POR
PESSOA JURÍDICA AO SÓCIO ................................................................................................................. 193
CAPÍTULO XIII DA DOAÇÃO ENTRE VIVOS ............................................................................................ 194
CAPÍTULO XIV DA COMPRA E VENDA ................................................................................................... 195
CAPÍTULO XV DAS CITAÇÕES EM AÇÕES REAIS OU PESSOAIS REIPERSECUTÓRIAS .............................. 196
CAPÍTULO XVI DO REGISTRO DE TERRAS INDÍGENAS DEMARCADAS PELA UNIÃO .............................. 196
CAPÍTULO XVII DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE IMÓVEL ...................................................................... 196
TÍTULO X DA AVERBAÇÃO ...................................................................................................................201
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................................................. 201
CAPÍTULO II DOS PACTOS ANTENUPCIAIS E DA ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS ............................. 205
CAPÍTULO III DOS CANCELAMENTOS .................................................................................................... 206
CAPÍTULO IV DO DESDOBRAMENTO DE IMÓVEL ................................................................................. 207
CAPÍTULO V .......................................................................................................................................... 207
DA EDIFICAÇÃO, RECONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO, REFORMA OU AMPLIAÇÃO DE PRÉDIO ................... 207
CAPÍTULO VI DA AVERBAÇÃO DE QUITAÇÃO DE PREÇO ...................................................................... 208
CAPÍTULO VII DAS SENTENÇAS DE SEPARAÇÃO JUDICIAL, DIVÓRCIO, NULIDADE OU ANULAÇÃO DE
CASAMENTO ......................................................................................................................................... 208
CAPÍTULO VIII DA ALTERAÇÃO DO NOME E DA TRANSFORMAÇÃO DAS SOCIEDADES ........................ 208
CAPÍTULO IX DAS SENTENÇAS OU ACÓRDÃOS DE INTERDIÇÃO ........................................................... 209
CAPÍTULO X DOS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA COM SUBSTITUIÇÃO DE MUTUÁRIO ................ 209
CAPÍTULO XI DO TOMBAMENTO DE IMÓVEIS ...................................................................................... 209
CAPÍTULO XII DOS DECRETOS DE DESAPROPRIAÇÃO ........................................................................... 210
CAPÍTULO XIII DA ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS HIPOTECADOS .................................................................. 210
CAPÍTULO XIV DA AVERBAÇÃO DE FLORESTA PLANTADA .................................................................... 210
CAPÍTULO XV ........................................................................................................................................ 211
DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO ............................................................................................................ 211
CAPÍTULO XVI DA ALTERAÇÃO E DA RETIFICAÇÃO DO REGIME DE BENS............................................. 211
CAPÍTULO XVII AQUISIÇÃO IMOBILIÁRIA POR MEIO DOS SISTEMA DE CONSÓRCIOS .......................... 212
CAPÍTULO XVIII DAS RETIFICAÇÕES ADMINISTRATIVAS ....................................................................... 212
CAPÍTULO XIX DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO ................................................................................... 215
CAPÍTULO XX DO CCIR – CERTIFICADO DE CADASTRO DE IMÓVEL RURAL ........................................... 216
CAPÍTULO XXI DA CERTIDÃO NEGATIVA DOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS ................................................... 217
CAPÍTULO XXII DA DISPENSA DE CERTIDÕES NA CONCESSÃO DE CRÉDITO RURAL .............................. 217
CAPÍTULO XXIII DA PROVA DE QUITAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL –
ITR......................................................................................................................................................... 217
CAPÍTULO XXIV ...................................................................................................................................218
DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART, DO TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA –
TRT OU DO REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – RRT .............................................................218
CAPÍTULO XXV DAS PENHORAS, ARRESTOS, SEQUESTROS E AVERBAÇÕES PREMONITÓRIAS ............. 219
TÍTULO XI DA AQUISIÇÃO E DO ARRENDAMENTO DE IMÓVEL RURAL POR ESTRANGEIRO ....................222
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................................................. 222
CAPÍTULO II DA PESSOA FÍSICA ESTRANGEIRA ..................................................................................... 224
CAPÍTULO III DA PESSOA JURÍDICA ESTRANGEIRA ............................................................................... 224
CAPÍTULO IV DOS IMÓVEIS RURAIS SITUADOS FORA DA FAIXA DE FRONTEIRA .................................. 225
CAPÍTULO V DOS IMÓVEIS RURAIS SITUADOS DENTRO DA FAIXA DE FRONTEIRA .............................. 225
CAPÍTULO VI DAS COMUNICAÇÕES SOBRE AQUISIÇÃO DE IMÓVEL RURAL POR ESTRANGEIRO ......... 225
TÍTULO XII DO REGISTRO TORRENS......................................................................................................226
TÍTULO XIII DOS TERRENOS DE MARINHA E OUTROS IMÓVEIS DA UNIÃO FEDERAL .............................227
TÍTULO XIV DOS LOTEAMENTOS URBANOS E RURAIS E DESMEMBRAMENTOS URBANOS ...................228
TÍTULO XV DAS REGULARIZAÇÕES FUNDIÁRIAS URBANAS DA LEI Nº 13.465/17 E DO DECRETO Nº 9.310/18
...........................................................................................................................................................231
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................................................. 231
11
CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO .............................................................................. 231
CAPÍTULO III DA LEGITIMIDADE PARA REQUERER O REGISTRO ........................................................... 232
CAPÍTULO IV DOS DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS E SUA QUALIFICAÇÃO ........................... 232
CAPÍTULO V DO PROCEDIMENTO ......................................................................................................... 235
CAPÍTULO VI DO REGISTRO .................................................................................................................. 237
CAPÍTULO VII DOS EFEITOS DO REGISTRO ............................................................................................ 238
CAPÍTULO VIII DA TITULAÇÃO EM REURB ............................................................................................ 239
CAPÍTULO IX DA DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA ..................................................................................... 239
CAPÍTULO X DAS DEMAIS DISPOSIÇÕES ............................................................................................... 239
TÍTULO XVI ..........................................................................................................................................244
MORE LEGAL V ....................................................................................................................................244
CAPÍTULO I............................................................................................................................................ 244
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS..................................................................................................................... 244
CAPÍTULO II........................................................................................................................................... 246
DO PROCEDIMENTO ............................................................................................................................. 246
CAPÍTULO III.......................................................................................................................................... 249
DO REGISTRO DOS CONTRATOS ........................................................................................................... 249
TÍTULO XVII DO PROJETO GLEBA LEGAL ...............................................................................................249
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS.................................................................................................. 249
CAPÍTULO II DA REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL RURAL ......................................................................... 250
TÍTULO XVIII DA LOCALIZAÇÃO DE ÁREAS EM CONDOMÍNIO ...............................................................252
TÍTULO XIX DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO ...............................................................................................253
CAPÍTULO I DAS INCORPORAÇÕES IMOBILIÁRIAS ................................................................................ 253
CAPÍTULO II DA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO .................................................................................. 259
CAPÍTULO III DO HABITE-SE PARCIAL – ESPECIFICAÇÃO PARCIAL DE CONDOMÍNIO ........................... 261
CAPÍTULO IV DA CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO ................................................................................. 262
TÍTULO XX DO GEORREFERENCIAMENTO ............................................................................................263
TÍTULO XXI DA COMUNICAÇÃO E AVERBAÇÃO DA INDISPONIBILIDADE DE BEM IMÓVEL ....................263
TÍTULO XXII .........................................................................................................................................265
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA ............................................................................................................265
CAPÍTULO I............................................................................................................................................ 265
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS..................................................................................................................... 265
LIVRO VI DO TABELIONATO DE NOTAS ..........................................................................................268
TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS .....................................................................................................268
CAPÍTULO I DAS ATRIBUIÇÕES .............................................................................................................. 269
CAPÍTULO II DA ATIVIDADE NOTARIAL ................................................................................................. 270
TÍTULO II DOS LIVROS E DA ESCRITURAÇÃO .........................................................................................273
CAPÍTULO I DOS LIVROS NOTARIAIS ..................................................................................................... 273
CAPÍTULO II DA ESCRITURAÇÃO ........................................................................................................... 274
TÍTULO III DOS ATOS NOTARIAIS .........................................................................................................278
CAPÍTULO I DA LAVRATURA DOS ATOS NOTARIAIS .............................................................................. 278
CAPÍTULO II DA ESCRITURA PÚBLICA ................................................................................................... 282
SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................... 282
SEÇÃO II DOS ATOS RELATIVOS A IMÓVEIS ...................................................................................... 283
SEÇÃO III DOS ATOS RELATIVOS A SEPARAÇÃO, DIVÓRCIO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL
CONSENSUAIS .................................................................................................................................. 289
SEÇÃO IV DOS ATOS RELATIVOS À PARTILHA DE BENS ..................................................................... 291
SEÇÃO V DOS ATOS DE TRANSFERÊNCIA DE EMBARCAÇÕES ........................................................... 295
SEÇÃO VI DAS DOAÇÕES .................................................................................................................. 295
CAPÍTULO III DA ATA NOTARIAL ........................................................................................................... 296
SEÇÃO I ................................................................................................................................................. 296
ATA NOTARIAL DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA ............................................................................... 296
CAPÍTULO IV DA APROVAÇÃO DE TESTAMENTO CERRADO ................................................................. 297
CAPÍTULO V DO TRASLADO E CERTIDÃO .............................................................................................. 298
12
CAPÍTULO VI DA AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS AVULSOS E ELETRÔNICOS ................................. 299
SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................... 299
SEÇÃO II DA AUTENTICAÇÃO DE CÓPIAS REPROGRÁFICAS E ELETRÔNICAS ..................................... 299
SEÇÃO III DO RECONHECIMENTO DE LETRAS, FIRMAS E CHANCELAS .............................................. 300
SEÇÃO IV DO REGISTRO DE ASSINATURA MECÂNICA ...................................................................... 302
CAPÍTULO VII DA CERTIFICAÇÃO DIGITAL ............................................................................................. 303
SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................................... 303
SEÇÃO II DOS ATOS NOTARIAIS NO MEIO ELETRÔNICO ................................................................... 304
TÍTULO IV DOS SERVIÇOS ELETRÔNICOS ..............................................................................................306
CAPÍTULO I DO BANCO ELETRÔNICO DE DADOS .................................................................................. 306
CAPÍTULO II DO ARQUIVO CENTRAL DE TESTAMENTOS ...................................................................... 307
LIVRO VII DO TABELIONATO DE PROTESTO DE TÍTULOS .................................................................309
TÍTULO I DA APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTO ...................................................................................309
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................................................... 309
CAPÍTULO II DA APRESENTAÇÃO DO CHEQUE ...................................................................................... 312
TÍTULO II DO APONTAMENTO .............................................................................................................313
TÍTULO III DA INTIMAÇÃO ...................................................................................................................313
TÍTULO IV DA DESISTÊNCIA E SUSTAÇÃO DO PROTESTO ......................................................................316
TÍTULO V DO PAGAMENTO ..................................................................................................................317
TÍTULO VI DA LAVRATURA E REGISTRO DO PROTESTO .........................................................................318
TÍTULO VII DA AVERBAÇÃO E ANOTAÇÃO DO PROTESTO .....................................................................319
TÍTULO VIII DO CANCELAMENTO DO PROTESTO ..................................................................................320
TÍTULO IX DAS CERTIDÕES ...................................................................................................................321
TÍTULO X DAS CERTIDÕES A ENTIDADES DE CLASSE .............................................................................322
TÍTULO XI DA GUARDA DOS LIVROS, ARQUIVOS E DOCUMENTOS .......................................................323
TÍTULO XII DOS EMOLUMENTOS .........................................................................................................324
TÍTULO XIII DA REMESSA E RECEPÇÃO ELETRÔNICA DE ARQUIVOS ......................................................325
ANEXOS ........................................................................................................................................326
• ANEXO 1 ...........................................................................................................................................326
• ANEXO 2 ...........................................................................................................................................327
• ANEXO 3 ...........................................................................................................................................328
• ANEXO 4 ...........................................................................................................................................329
• ANEXO 4-I .........................................................................................................................................330
• ANEXO 5 ...........................................................................................................................................331
• ANEXO 5-I .........................................................................................................................................332
• ANEXO 6 ...........................................................................................................................................333
• ANEXO 6-1 ........................................................................................................................................334
• ANEXO 7 ...........................................................................................................................................335
• ANEXO 7-1 ........................................................................................................................................336
• ANEXO 8 – EXTRATO MENSAL (ART. 60, I) .........................................................................................337
• ANEXO 9 – RELATÓRIOS ANUAIS (ART. 60, II) ....................................................................................338
9-I – REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS..................................................................................... 338
9-II – REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS................. 340
9-III – REGISTRO DE IMÓVEIS ............................................................................................................... 341
9-IV – TABELIONATO DE NOTAS ........................................................................................................... 342
9-V – TABELIONATO DE PROTESTO DE TÍTULOS................................................................................... 343
13
LIVRO I
DAS ATIVIDADES NOTARIAIS E DE REGISTROS
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 3º – Os titulares dos Serviços Notariais ou de Registros no Estado do Rio Grande do Sul
denominam-se:
IV – Registrador de Imóveis;
V – Tabelião de Notas;
VI – Tabelião de Protestos.
Art. 4º – A fiscalização dos Serviços Notariais e de Registro será exercida pelo juízo da Direção
do Foro da comarca a que pertencem, de ofício ou mediante representação de qualquer
interessado, sem prejuízo das atribuições do Corregedor-Geral da Justiça.
Parágrafo único - O Juiz de Direito Diretor do Foro fiscalizará a correção dos atos notariais ou
registrais, a qualidade dos serviços e da sede das serventias, o respeito à tabela de emolumentos e
a extração de recibo. (Incluído pelo Provimento nº 006/2022-CGJ).
§1º - O Juiz de Direito Diretor do Foro fiscalizará a correção dos atos notariais ou registrais, a
qualidade dos serviços e da sede das serventias, o respeito à tabela de emolumentos e a extração
de recibo. (Incluído pelo Provimento nº 006/2022-CGJ, transformado em §1º pelo Provimento n.
36/2022-CGJ).
§3º - As serventias vagas deverão possuir expediente próprio no SEI, distinto daquele
previsto no parágrafo anterior, objetivando que o trâmite dos pedidos dos interinos entre Direções
de Foros e Assessoria Especial Administrativa da Presidência seja otimizado. (Parágrafo incluído
pelo Provimento nº 36/2022-CGJ)
15
Art. 5º – O Juiz de Direito Diretor do Foro regulamentará o horário de funcionamento dos
Serviços Notariais e de Registros de sua respectiva comarca, mediante portaria com prévia e ampla
divulgação, atendidas as peculiaridades locais e respeitado o horário mínimo de todos os Serviços,
entre 10 e 17 horas, ficando à opção do titular a adoção de horário ininterrupto, preservados os
limites fixados em lei e na regulamentação administrativa.
§ 8º – O responsável pelo Registro Civil das Pessoas Naturais poderá atender e praticar atos
fora do horário do expediente quando necessário, a pedido das partes, ainda que não configurada
a hipótese do plantão obrigatório. (Parágrafo incluído pelo Provimento nº 029/2022-CGJ).
16
Art. 6º – Cada Serviço Notarial ou Registral funcionará em um só local, vedada a instalação
de sucursal e ressalvada a instalação das Unidades Interligadas do Registro Civil das Pessoas
Naturais.
• Provimento nº 74/18-CNJ.
17
• Lei nº 8.935/94, art. 27.
18
prestação do serviço de forma adequada e sem interrupção. (Redação alterada pelo Provimento nº
006/2022-CGJ)
• Lei nº 6.015/73, art. 24; Lei nº 8.935/94, art. 46; Provimento nº 74/18-CNJ.
Art. 14 – É condição para o concurso de remoção, assim como para a expedição do ato de
aposentadoria e para a renúncia à delegação, a comprovação, pelo Notário ou Registrador, da
regularidade da sua situação em relação às obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias,
apresentando as correspondentes certidões negativas da Fazenda Nacional (certidão negativa de
débitos relativos aos tributos federais e à dívida ativa da União) e Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço – FGTS, bem como os comprovantes de aviso prévio dado a todos os prepostos.
Art. 14 – É condição para o concurso de remoção, assim como para a expedição do ato de
aposentadoria e para a renúncia à delegação, a comprovação, pelo Notário ou Registrador, da
regularidade da sua situação em relação às obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias,
apresentando as correspondentes certidões negativas da Fazenda Nacional (certidão negativa de
débitos relativos aos tributos federais e à dívida ativa da União) e Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço – FGTS, pelo CPF do delegatário e CNPJ da serventia, bem como os comprovantes de aviso
prévio dado a todos os prepostos. (Redação alterada pelo Provimento nº 006/2022-CGJ)
• Resolução nº 157/95-COMAG.
Art. 16 – Deve ser observado o livre ingresso de advogados nas dependências dos Serviços
Notariais e de Registro, sem implicar seu livre trânsito em áreas reservadas exclusivamente a
funcionários.
19
Parágrafo único – Os advogados somente poderão examinar livremente os processos, livros
e documentos que lhes tenham sido regularmente entregues, mediante controle do responsável
pelo Serviço, sujeitando-se ao pagamento de emolumentos quando for o caso.
Art. 16-A - Serão contados em dias e horas úteis os prazos estabelecidos para a vigência da
prenotação, para os pagamentos de emolumentos e para a prática de atos pelos Registradores de
Imóveis, de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas, incluída a emissão de certidões,
exceto nos casos previstos em lei e naqueles contados em meses e anos. (Incluído pelo Provimento
nº 023/2023-CGJ)
TÍTULO II
DO CADASTRO E DO CORREIO ELETRÔNICO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES
I – nome completo;
II - data de nascimento;
III – sexo;
IV – filiação;
V – número de CPF;
VI – número de RG;
20
VII – cidade;
VIII – serventia;
IX – telefone;
Parágrafo único – Qualquer alteração dos dados cadastrais deverá ser imediatamente
comunicada ao Tribunal de Justiça e à Direção do Foro local.
Art. 19 – Todas as comunicações oficiais aos Notários e Registradores serão efetuadas por
meio do correio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado.
Parágrafo único – É obrigatório o acesso à caixa de correio eletrônico oficial ao menos uma
vez ao dia.
§1º - É obrigatório o acesso à caixa de correio eletrônico oficial, malote digital, sistema eproc
e centrais eletrônicas compartilhadas, uma vez ao dia, quando da abertura do expediente da
serventia. (Alterado pelo Provimento Nº 51/2022)
21
§2º - Os títulos que ingressarem pela caixa de correio eletrônico oficial, malote digital,
sistema eproc e centrais eletrônicas compartilhadas deverão ser protocolados sempre no início do
expediente da serventia, com sua devida qualificação no prazo legal. (Alterado pelo Provimento Nº
51/2022)
§3º - Para a correta qualificação dos documentos recebidos pelas serventias via sistema
eproc, o título deverá ser devidamente formalizado e encaminhado pela unidade judicial, seja por
documento específico por esta expedido, ou através de decisão com efeito de título determinado
expressamente pelo juízo, desde que contenha os requisitos necessários para a prática do ato,
compreendida a necessária indicação dos eventos específicos do processo que integram o título
judicial. (Alterado pelo Provimento Nº 51/2022)
TÍTULO III
DOS PREPOSTOS E DEMAIS FUNCIONÁRIOS
§ 1º – A indicação será feita pelo responsável mediante expedição de ato próprio, que será
afixado em local público nas dependências do Serviço, e comunicada ao Juiz de Direito Diretor do
Foro, acompanhada de alvará de folha-corrida judicial do indicado.
22
§ 3º – Os escreventes poderão praticar somente os atos que o Notário ou o Registrador
autorizar através de portaria interna, que deverá ser afixada na serventia em local visível ao público.
Art. 24 – A adoção do regime de teletrabalho em serventias vagas deverá ser autorizada pelo
Juiz de Direito Diretor do Foro da comarca e observará os seguintes critérios, sem prejuízo daqueles
previstos no Provimento nº 69/18-CNJ:
23
VI – estipulação das atribuições do interino:
f) preservação do sigilo dos dados acessados de forma remota, mediante observância das
normas internas de segurança da informação e da comunicação, bem como manter atualizados os
sistemas instalados nos equipamentos de teletrabalho.
Art. 25 – Sempre que houver alteração do responsável pelo Serviço Notarial ou de Registro,
por qualquer razão e independentemente de se tratar de titular ou interino, deverá ser
providenciada a rescisão dos contratos de trabalho de todos os prepostos e demais funcionários.
TÍTULO IV
DOS LIVROS E DOCUMENTOS
Parágrafo único – O termo de encerramento deverá ser lavrado quando do efetivo término
do livro.
§ 1º – Quando a lei não dispuser a respeito, o número será limitado a 200 (duzentas) folhas.
§ 1º - O Livro de Visitas e Correições (LVC), em formato de folhas soltas, será formado pelo
conjunto de atas e/ou ordens de serviços expedidos pelas autoridades competentes, contendo 100
páginas numeradas e rubricadas pelo Delegatário/Designado responsável pela Serventia, além de
termo de abertura, com lavratura do termo de encerramento quando do seu efetivo fechamento.
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 2º - O Livro de Visitas e Correições (LVC), em formato de folhas soltas, será formado pelo
conjunto de atas e/ou ordens de serviços expedidos pelas autoridades competentes, contendo 100
páginas numeradas e rubricadas pelo Delegatário/Designado responsável pela Serventia, além de
termo de abertura, com lavratura do termo de encerramento quando do seu efetivo fechamento.
(Parágrafo incluído pelo Provimento nº 006/2022-CNJ)
25
II – toda eliminação de documentos deverá ser comunicada, semestralmente, ao juízo da
Direção do Foro da comarca a que pertença a serventia ou ao juízo da Vara dos Registros Públicos,
onde houver.
• Provimento nº 50/15-CNJ.
§ 4º – Se a opção for pela impressão, os livros deverão conter 200 (duzentas) folhas, com
numeração cronológica, termo de abertura e encerramento, folhas rubricadas e numeradas, com
encerramento diário e encadernação ao final, que poderá ser pelo sistema de arquivo-parafusos.
§ 5º – O termo de abertura conterá o nome do livro, o fim a que se destina, o número das
folhas, o nome do titular ou designado e a declaração de que todas as suas folhas estão rubricadas
fechando com data e assinatura.
Art. 33 – Cada serventia deverá manter um Livro de Controle de Selos, onde serão lançados
diariamente os números dos Lotes de Selos Digitais de Fiscalização recebidos e o número dos Selos
utilizados, devendo ser encerrado diariamente com a assinatura do responsável pelo Serviço.
Parágrafo único – O livro deverá conter termo de abertura e encerramento, podendo ser
encadernado ou de folhas soltas, com suas folhas rubricadas, ou, ainda, ser escriturado em meio
eletrônico.
TÍTULO V
DOS EMOLUMENTOS
26
Art. 34 – Os Notários e Registradores têm direito à percepção dos emolumentos fixados no
Regimento de Emolumentos do Estado para os atos por eles praticados, a serem pagos pelo
interessado na forma da lei, exceto em razão da concessão da gratuidade judiciária.
§4º – Sem prejuízo dos meios de pagamento ordinários, em espécie ou cheque, os titulares
dos Serviços Notariais e de Registro estão autorizados a receber os emolumentos mediante as
seguintes formas de pagamento:
I – PIX;
II – cartão de crédito, emitido por operadoras ou administradoras autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil, de livre escolha do usuário;
III – boleto bancário;
IV – faturamento; e
V – outras modalidades de pagamento, crédito ou financiamento, autorizadas pelo Banco
Central do Brasil; (Redação alterada pelo Provimento nº 12/22-CGJ/RS)
§5º- Não poderão ser repassados aos usuários os custos administrativos ou financeiros
relativos ao uso do sistema e contratados pelo Notário ou Registrador com a empresa ou
instituição financeira operadora de crédito de sua escolha, salvo em caso de pagamento de dívida
protestada e seu parcelamento mediante meio eletrônico, quando os custos administrativos da
operação poderão ser imputados ao interessado. (Incluído pelo Provimento nº 032/2021-CGJ)
§5º – Em relação aos interinos, a contratação do serviço para operacionalizar o método de
pagamento ficará condicionada à prévia autorização pelo Juízo da Direção do Foro competente,
na forma prevista no artigo 57, § 1º, desta CNNR. (Redação dada pelo Provimento nº 12/22-
CGJ/RS)
• Lei Estadual nº 12.692/06
§6º – Ao menos um dos meios de pagamento previstos no parágrafo 4º será disponibilizado
aos usuários sem nenhum custo adicional para os interessados, observando o seguinte:
I – o PIX, sem nenhum repasse aos usuários;
II – os custos da intermediação financeira e/ou de eventual parcelamento por cartão de
crédito cobrados pela operadora ou administradora autorizada a funcionar pelo Banco Central do
27
Brasil serão repassados ao usuário e por ele suportados, mediante a inclusão dos valores
respectivos no pagamento devido e no recibo de emolumentos;
III – o custo do boleto, quando esta for a opção do usuário, pessoa jurídica ou física, será
incluído no valor devido pela prática do ato, devendo essa tarifa ser especificadamente
demonstrada de modo claro e transparente no corpo do respectivo boleto;
IV – nas hipóteses autorizadas em lei, quando for adotado o pagamento por meio de
faturamento, a fatura relativa aos valores devidos pelos serviços notariais ou registrais será fechada
no último dia de cada decêndio, com vencimento no prazo de cinco (5) dias corridos; e
V – no caso de opção pela forma de pagamento por meio de crédito ou financiamento, os
juros nominais cobrados pelas instituições de crédito autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil, bem como o Custo Efetivo Total (CET), mensal e anual, regulamentado pelas normas de
regência destinadas às instituições de crédito, serão também divulgados de modo claro e
transparente, permitindo aos interessados comparar os custos e fazer a escolha que lhes for mais
conveniente. (Redação dada pelo Provimento nº 12/22-CGJ/RS)
§7º – Os titulares e interinos deverão afixar cartaz, em local visível ao público, contendo
todas as formas de pagamentos disponíveis, especificando os custos efetivos. (Redação dada pelo
Provimento nº 12/22-CGJ/RS)
§ 2º - O repasse previsto neste dispositivo ao usuário final do serviço não implica qualquer
alteração da relação jurídico-tributária dos Municípios com notários e registradores. (Incluído pelo
Provimento nº 49/2023-CGJ)
§1º - Não será exigida antecipação dos emolumentos às requisições de certidões de qualquer
espécie pelo ente público municipal decorrentes de processos de execução fiscal em andamento,
praticando-se o ato com lançamento do selo de código PEPO, sendo o pagamento realizado ao final
pela parte vencida. (Incluído pelo Provimento nº 01/2024-CGJ)
• Constituição Federal, art. 129, VI; Lei nº 8.625/93, e art. 26, §3º; Lei Complementar nª
80/93, art. 128, X.
Art. 37 – As bases de cálculo para cobrança dos emolumentos, estabelecidas pela Lei Estadual
nº 12.692/06 (Regimento de Emolumentos), poderão ser atualizadas na periodicidade anual, nas
seguintes hipóteses e condições:
II – nos Tabelionatos, Serviços Notariais e de Registros, se omissa a Lei Fiscal quanto ao prazo
de validade da avaliação, depois de decorrido o prazo de um ano da realização desta;
Parágrafo único – O valor constante do documento será atualizado pela variação da URE até
março 2007, na forma do Provimento nº 62/94-CGJ/RS, e, pelo período restante, pela variação
anual do IPC/IEPE/UFRGS.
TÍTULO VI
DO SELO DIGITAL DE FISCALIZAÇÃO NOTARIAL E REGISTRAL
§ 2º – Se a nota de emolumentos incluir mais de um ato, para cada ato deverá ser utilizado
um Selo Digital de Fiscalização Notarial e Registral.
§ 3º – Para os atos em que não exista documento respectivo para se inserir o Selo Digital de
Fiscalização Notarial e Registral, o selo será registrado apenas na nota de emolumentos. Porém, se
daqueles atos preliminares for gerado ato final materializado em documento, neste deverão ser
inseridos os selos correspondentes utilizados.
Parágrafo único – Havendo utilização indevida ou qualquer outro problema com os Selos
Digitais de Fiscalização Notarial e Registral, o responsável pela serventia deverá comunicar o fato
imediatamente à Corregedoria-Geral da Justiça.
Art. 41 – O responsável pela serventia efetuará solicitação eletrônica de lote de Selos Digitais
de Fiscalização pela página eletrônica do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, mediante
aposição de sua identificação e senha.
30
Faixa III Emolumentos de R$ 12,11 até R$ 33,70 R$ 4,00
Faixa IV Emolumentos acima de R$ 33,71 R$ 4,90
Valor do Ato Valor do Selo
Faixa V Atos de R$ 70,01 até R$ 1.000,00 R$ 17,90
Faixa VI Atos de R$ 1.000,01 até R$ 50.000,00 R$ 35,90
Faixa VII Atos de R$ 50.000,01 até R$ 150.000,00 R$ 53,70
Faixa VIII Atos de R$ 150.000,01 até R$ 300.000,00 R$ 72,60
Faixa IX Atos acima de R$ 300.000,00 R$ 90,00
§5º – É permitida a utilização de selos combinados, sob a rubrica faixa zero, observada a
natureza dos atos relacionados.
§6º – A utilização do selo deverá ser em ordem sequencial de cada lote, sendo facultada a
utilização de lotes simultaneamente, com a prestação de contas na data da prática/materialização
do ato.
§7º - O responsável pela serventia deverá afixar a íntegra do presente artigo no mural
próprio, em local visível e preferencialmente ao lado da Tabela de Emolumentos, para ciência aos
usuários acerca das faixas de incidência dos valores dos selos. (Parágrafo incluído pelo Provimento
nº 019/2022-CNJ)
Art. 42 – A validade dos Selos Digitais utilizados poderá ser consultada pelo interessado na
página eletrônica do Tribunal de Justiça na Internet.
§ 1º – Atos que são entregues aos usuários deverão conter um QR Code, identificado por
uma chave de autenticidade, possibilitando que o usuário possa identificá-los.
§ 2º – Todos os atos que exigirem Selo Digital de Fiscalização Notarial e Registral receberão
uma chave de autenticidade que os identificará, independentemente do número de selos e de
contar ou não um QR Code vinculado.
31
§ 4º – Todos os selos enviados na prestação de contas deverão conter uma chave de
autenticidade.
Art. 43 – Em cada serventia deverá ser afixado cartaz, em local visível e de acesso ao público,
com os seguintes dizeres: “Exija que no documento e na nota de emolumentos conste o número
do Selo Digital utilizado em cada ato”.
I – 5% (cinco por cento) do valor do tributo pago, quando recolhido dentro dos primeiros 15
(quinze) dias subsequentes à data em que deveria ter sido pago;
II – 10% (dez por cento) do valor do tributo pago, quando recolhido após o décimo quinto e
até o trigésimo dia subsequente à data em que deveria ter sido pago;
III – 20% (vinte por cento) do valor do tributo pago, quando recolhido após o trigésimo dia
subsequente à data em que deveria ter sido pago.
32
§ 1º – A multa moratória de que trata o caput compreenderá também o equivalente à
desvalorização da moeda. Em qualquer hipótese, a correção monetária não incidirá sobre as
multas, nem sobre os juros de mora acrescidos à obrigação principal.
TÍTULO VII
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 48 – Compete ao Juízo da Direção do Foro da comarca a que pertence o Serviço Notarial
ou de Registro, sem prejuízo das atribuições do Corregedor-Geral da Justiça:
II – impor aos Notários e Registradores, quando for o caso, a pena disciplinar prevista no art.
32 da Lei nº 8.935/94;
IV – designar interventor, na hipótese do inciso anterior, para responder pelo Serviço no caso
em que a imposição da pena administrativa seja a de perda da delegação.
Parágrafo único – Os recursos das decisões tomadas pelos Juízes Diretores do Foro serão
dirigidos à Corregedoria-Geral da Justiça ou ao Conselho da Magistratura, nos termos da legislação
estadual vigente.
33
§ 1º – Quando o substituto também for acusado da falta, ou quando a medida se revelar
necessária para a apuração das provas ou conveniente para os Serviços, a designação do
interventor recairá em pessoa que já seja detentora da delegação para o mesmo tipo de serviço
prestado pelo titular afastado.
§ 2º – Em qualquer das hipóteses, a escolha deverá recair sobre pessoa idônea, com
reconhecida capacidade na área, fixando-se remuneração atendendo às peculiaridades do Serviço
e em conformidade com o disposto na Lei nº 8.935/94.
TÍTULO VIII
DA VACÂNCIA DAS SERVENTIAS NOTARIAIS E DE REGISTRO
Parágrafo único – Aprovada a portaria pelo Juiz-Corregedor responsável pela matéria, será
expedida comunicação aos setores competentes para alteração dos cadastros.
Art. 52 – A designação deverá recair, de regra, no substituto mais antigo que exerça a
substituição no momento da declaração da vacância.
Parágrafo único – Caso seja verificado que o titular anterior tomou providências, na
iminência da vacância da serventia, para escolher o seu substituto mais antigo com intenção de
assegurar a designação deste pelo critério disposto no caput, o Juiz de Direito Diretor do Foro,
lançando esta constatação em decisão fundamentada, poderá preterir o substituto mais antigo e
designar outro responsável interino pela serventia, de acordo com as regras dispostas neste Título.
Art. 52 - A designação deverá recair, de regra, no substituto mais antigo que exerça a
substituição no momento da declaração da vacância, limitada ao prazo de 06 (seis) meses.
(Parágrafo alterado pelo Provimento nº 042/2023-CNJ)
§1º - Caso seja verificado que o titular anterior tomou providências, na iminência da vacância
da serventia, para escolher o seu substituto mais antigo com intenção de assegurar a designação
deste pelo critério disposto no caput, o Juiz de Direito Diretor do Foro, lançando esta constatação
em decisão fundamentada, poderá preterir o substituto mais antigo e designar outro responsável
34
interino pela serventia, de acordo com as regras dispostas neste Título. (Parágrafo alterado pelo
Provimento nº 042/2023-CNJ)
§4º - Havendo desinteresse pela interinidade tanto do substituto mais antigo da serventia
quanto de delegatários habilitados, a nomeação observará os critérios do inciso III e parágrafo 2º
do artigo 55. (Parágrafo incluído pelo Provimento nº 042/2023-CNJ)
• Provimento nº 77/18-CNJ.
Parágrafo único - O responsável interino não poderá contratar como preposto ou substituto
da serventia seu cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, ou ainda preposto ou substituto na mesma condição em relação a magistrados do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. (Parágrafo incluído pelo Provimento nº 011/2023-CNJ)
II – crimes:
c) contra a fé pública;
35
d) hediondos;
III – teve suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por
irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, por decisão
irrecorrível do órgão competente;
§2° – Não se aplicam as vedações do caput, inciso II, ao crime culposo ou considerado de
menor potencial ofensivo.
• Provimento nº 77/18-CNJ.
Art. 55 – Não havendo substituto que atenda aos requisitos dos artigos anteriores, o Juiz de
Direito Diretor do Foro designará interinamente como responsável pelo expediente, por decisão
fundamentada, delegatário em exercício no mesmo município ou em município contíguo que
detenha uma das atribuições do serviço vago, preferencialmente da mesma comarca e previamente
inscrito no Cadastro de Designados ou Interventores da Corregedoria-Geral da Justiça.
Parágrafo único – A designação prevista no caput deverá recair preferencialmente sobre
titular que não possua penalidade administrativa anotada em sua ficha funcional, tampouco
apontamentos negativos relevantes em suas últimas atas de inspeções e reclamações registradas
tidas como procedentes sobre sua serventia.
Art. 55 – Não havendo substituto que atenda aos requisitos dos artigos anteriores, o Juiz de
Direito Diretor do Foro designará interinamente como responsável pelo expediente, por decisão
fundamentada, na ordem:
I - Delegatário em exercício no mesmo município ou em município contíguo que detenha
uma das atribuições do serviço vago, preferencialmente da mesma comarca e previamente
inscrito no Cadastro de Designados ou Interventores da Corregedoria-Geral da Justiça;
II - Substituto de outra serventia bacharel em Direito, que esteja provida e possua uma das
especialidades do serviço vago, no mesmo município ou em município contíguo,
preferencialmente da mesma comarca, que detenha no mínimo 10 (dez) anos de exercício em
36
serviço notarial ou registral e esteja previamente inscrito no Cadastro de Substitutos
Interessados em Designação da Corregedoria-Geral da Justiça.
III - Delegatário em exercício de serventia de outra comarca que detenha uma das
atribuições do serviço vago e esteja previamente inscrito no Cadastro de Designados ou
Interventores da Corregedoria-Geral da Justiça;
III - Substituto de outra serventia bacharel em Direito, que esteja provida e possua uma das
especialidades do serviço vago, no mesmo município ou em município contíguo,
preferencialmente da mesma comarca, que detenha no mínimo 10 (dez) anos de exercício em
serviço notarial ou registral e esteja previamente inscrito no Cadastro de Substitutos
Interessados em Designação da Corregedoria-Geral da Justiça. (Parágrafo alterado pelo
Provimento nº 042/2023-CNJ)
§1º – A designação prevista nos itens I e III deverá recair preferencialmente sobre titular
que não possua penalidade administrativa anotada em sua ficha funcional, tampouco
apontamentos negativos relevantes em suas últimas atas de inspeções e reclamações registradas
tidas como procedentes sobre sua serventia.
§2º - Na hipótese de habilitação de substituto de município contíguo de outra comarca,
deverá ser previamente consultado o Juiz de Direito Diretor do Foro competente pela fiscalização
da respectiva serventia. (Redação alterada pelo Provimento nº 17/21-CGJ/RS, art. 4º)
• Provimento nº 77/18-CNJ.
Art. 56 – Aos responsáveis pelo Serviço que tenham sido designados interinamente é vedado
contratar novos prepostos, aumentar salários dos prepostos já existentes na unidade ou contratar
novas locações de bens móveis ou imóveis, de equipamentos ou de serviços, que possam onerar a
renda da unidade vaga de modo continuado, sem a prévia autorização da Direção do Foro a que
estiver afeta a unidade do serviço. Todos os investimentos que comprometam a renda da unidade
vaga no futuro deverão ser objeto de projeto a ser encaminhado para a respectiva aprovação pelo
Juiz de Direito Diretor do Foro.
• Resolução nº 80/09-CNJ, art. 3º, §4º; Provimento nº 45/15-CNJ, art. 13.
Art. 56 – A designação para responder interinamente pelo expediente será revogada se for
constatado, administrativamente: (Redação alterada pelo Provimento nº 36/2022-CGJ)
37
II - que a designação ocorreu em contrariedade às normas que regulamentam a matéria, ou
descoberto fato superveniente que torne a designação incompatível com essas normas.
• Provimento nº 77/18-CNJ.
Parágrafo único - Da decisão que designar interino para responder pelo expediente ou que
revogar a designação caberá recurso à Corregedoria-Geral da Justiça, sem efeito suspensivo.
(Parágrafo incluído pelo Provimento nº 36/2022-CGJ)
Art. 57 – Qualquer despesa de serventia vaga que exija autorização do Juiz de Direito Diretor
do Foro e que não tenha sido solicitada previamente deverá ser objeto de imediato reembolso por
parte do responsável interino, sob pena de configuração de perda da confiança junto ao Tribunal
de Justiça.
§ 1º – Os pedidos de autorização serão encaminhados pelo responsável interino ao Juízo da
Direção do Foro, acompanhados, quando possível, de pelo menos 03 (três) orçamentos, e serão
apreciados pelo Juiz de Direito no prazo máximo de 10 (dez) dias.
§ 2º – Não será autorizada a contratação, pelo responsável interino, de prepostos com
remuneração superior ao dobro do salário-base instituído pelos sindicatos de prestadores de
Serviços Notariais e de Registros definidos em convenção coletiva.
§ 3º – Os bens móveis adquiridos para utilização da serventia durante a interinidade passam
a incorporar o patrimônio público, devendo a Direção do Foro providenciar, imediatamente após a
aquisição, o seu tombamento junto ao Departamento de Material e Patrimônio do Tribunal de
Justiça, acompanhado de nota fiscal e fotografia de cada bem.
• Ato nº 05/13-P/TJRS.
Art. 58 – A designação do substituto para responder interinamente pelo expediente será
revogada se for constatado, administrativamente, o não-repasse ao Tribunal de Justiça do
excedente a 90,25% dos subsídios de ministro do Supremo Tribunal Federal, ou eventual conduta
inadequada do interino que importe na perda da confiança junto ao Tribunal de Justiça.
• Provimento nº 77/18-CNJ.
Art. 59 – Da decisão que designar interino para responder pelo expediente ou que revogar a
designação caberá recurso à Corregedoria-Geral da Justiça, sem efeito suspensivo.
Parágrafo único – A portaria que designar interino para responder pelo expediente poderá
ser revogada pela Corregedoria-Geral de Justiça, a qualquer tempo, caso constatado que a
designação ocorreu em contrariedade às normas que regulamentam a matéria, ou descoberto fato
superveniente que torne a designação incompatível com essas normas.
TÍTULO IX
DA COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA GESTÃO
DAS DESPESAS DAS SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS VAGAS
Art. 57 - A gestão sobre as despesas das serventias extrajudiciais vagas é realizada pela
Presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, através de sua Assessoria Especial
Administrativa. (Redação alterada pelo Provimento nº 36/2022-CGJ)
38
Art. 58 – Aos responsáveis pelo Serviço que tenham sido designados interinamente é vedado
contratar novas locações de bens móveis ou imóveis, de equipamentos ou de serviços, que possam
onerar a renda da unidade vaga de modo continuado, sem a prévia autorização da Direção do Foro
a que estiver afeta a unidade do serviço, bem como contratar novos prepostos ou aumentar salários
dos prepostos já existentes na unidade, sem a prévia autorização da Assessoria Especial
Administrativa da Presidência do Tribunal de Justiça. (Redação alterada pelo Provimento nº
36/2022-CGJ)
Art. 59 – Qualquer despesa de serventia vaga que exija autorização e que não tenha sido
solicitada previamente deverá ser objeto de imediato reembolso por parte do responsável interino,
sob pena de configuração de perda de confiança junto ao Tribunal de Justiça. (Redação alterada
pelo Provimento nº 36/2022-CGJ)
TÍTULO X
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
II – até o dia 31 de janeiro, extrato do movimento dos atos praticados no ano anterior,
juntamente com o extrato do movimento financeiro da competência do mês de dezembro.
39
Art. 61 – Os responsáveis interinos deverão, ainda, prestar contas mensalmente das receitas
e despesas da serventia, mediante acesso à área “Extrato Mensal” do Portal Extrajudicial do
Tribunal de Justiça, selecionando os itens passíveis de lançamento nos respectivos campos de
receitas e despesas.
• Ato nº 05/13-P/TJRS.
Art. 62 – O responsável interino deverá abrir conta corrente em seu nome e CPF, com
finalidade exclusiva de receber as receitas e efetuar os pagamentos, juntando à prestação de contas
mensal o respectivo extrato, emitido no dia 1º (primeiro) do mês subsequente. (Caput do art. 62
suspenso temporariamente, nos termos do Provimento 013/2020-CGJ).
Parágrafo único – Devem ser juntados à prestação de contas ainda todos os documentos que
comprovem os pagamentos, com seus respectivos contratos, bem como cada autorização da
Direção do Foro, quando esta for exigida, além do comprovante do depósito do valor
correspondente ao repasse ao Tribunal de Justiça do excedente a 90,25% dos subsídios de ministro
do Supremo Tribunal Federal, se for o caso.
Art. 63 – Aos responsáveis interinos não será permitido incluir como despesas nas prestações
de contas:
40
TÍTULO XI
DO PROCEDIMENTO DE DÚVIDA
Art. 66 – A competência para dirimir dúvidas é do Juiz de Direito Diretor do Foro e do Juiz de
Direito da Vara dos Registros Públicos, onde houver.
41
LIVRO II
DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DAS ATRIBUIÇÕES
I – os nascimentos;
IV – os óbitos;
CAPÍTULO II
DOS OFÍCIOS DA CIDADANIA
Art. 70 – Os Registros Civis das Pessoas Naturais são considerados Ofícios da cidadania e
estão autorizados a prestar outros serviços remunerados, na forma prevista em convênio, em
credenciamento ou em matrícula com órgãos públicos e entidades interessadas.
Art. 71 – O convênio referido no artigo anterior deverá ser homologado pelo Poder Judiciário
e será firmado pela entidade de classe dos registradores civis de pessoas naturais de mesma
abrangência territorial do órgão ou da entidade interessada.
42
CAPÍTULO III
DOS REGISTROS NOS POSTOS AVANÇADOS DE ATENDIMENTO
TÍTULO II
DOS LIVROS, DA ESCRITURAÇÃO E DA ORDEM DE SERVIÇO
CAPÍTULO I
DOS LIVROS
III – Livro “B Auxiliar” – De registro de casamento religioso para efeitos civis e da conversão
de união estável em casamento;
§1º – Terá, ainda, o “Livro Tombo”, que poderá ser mantido em meio eletrônico.
43
§2º – Possuirá, também, classificadores, caixas de arquivos, ou outro sistema de
gerenciamento e arquivamento de documentos, físicos ou virtuais, para:
II – reconhecimentos de filiação;
VI – comunicações recebidas;
Art. 76 – No Registro Civil das Pessoas Naturais de cada comarca, ou no 1º, se houver mais
de um, haverá outro livro de inscrição dos demais atos relativos ao estado civil, designado sob a
letra “E”.
Parágrafo único – Poderá ser desmembrado o Livro “E” em livros especiais, de acordo com a
natureza dos atos a serem registrados, independentemente de autorização do Juiz Diretor do Foro.
CAPÍTULO II
DA ESCRITURAÇÃO
Art. 78 – A serventia deverá ter índice alfabético, além de indicador pessoal organizado pelo
sistema informatizado, preenchidos os requisitos de segurança, comodidade e pronta busca.
Art. 79 – Os sistemas de indexação dos assentos devem contemplar ferramenta de busca dos
nomes antes e depois das mutações permitidas.
44
Art. 80 – Efetivando-se a escrituração do livro em folhas soltas, a frente e o verso da folha
serão utilizados para um único assento.
Art. 81 – Os atos acessórios poderão ser realizados apondo-se seu conteúdo em etiqueta
adesiva, desde que preservada a integridade presente e futura do ato, do assento e do livro.
CAPÍTULO III
DA ORDEM DE SERVIÇO
SEÇÃO I
DA IDENTIFICAÇÃO, DA QUALIFICAÇÃO E DAS ASSINATURAS
Art. 82 – Os participantes dos atos registrais poderão ser identificados pelos seguintes
documentos:
I – Carteira de Identidade fornecida pelos órgãos de identificação civil dos Estados e Distrito
Federal, pelos serviços de identificação das Forças Armadas, pelos órgãos controladores do
exercício profissional criados por lei federal e pelos Ministérios e órgãos subordinados à Presidência
da República;
III – Carteira Nacional de Habilitação, mesmo que expirado o seu prazo de validade para
condução;
V – Passaporte;
VII – todos os demais documentos reconhecidos por lei federal como de identificação e com
validade em todo o território nacional.
§1º – O documento de identificação poderá ser recusado se por seu mau estado de
conservação ou desatualização impedir o reconhecimento do portador ou trouxer dúvida acerca do
seu conteúdo ou da sua autenticidade.
§2º – Excepcionalmente, em caso de urgência, quando os sujeitos dos atos registrais não
dispuserem de documento de identificação, mas sendo eles conhecidos do Registrador, o
documento poderá ser dispensado, fazendo-se menção de tal circunstância no assento.
45
§3º – Na hipótese do parágrafo anterior, se algum dos sujeitos do ato registral não for
conhecido do Registrador, deverão participar do ato pelo menos duas testemunhas, devidamente
qualificadas, que o conheçam e atestem sua identidade, parentes ou não.
Art. 87 – Se algum dos declarantes e testemunhas do ato não puder assinar, por qualquer
circunstância, o fato deverá ser consignado no assento, e, além da colheita da sua impressão
datiloscópica, firmará outrem a seu rogo.
SEÇÃO II
DA INICIATIVA DOS ATOS E DOS PRAZOS
Art. 89 – As averbações deverão ser realizadas em até 10 (dez) dias, incluído neste prazo a
emissão da certidão.
Art. 90 - Os prazos para emissão de certidões e os relativos aos procedimentos que tramitam
nos Serviços do Registro Civil das Pessoas Naturais serão contados em dias úteis. (Alterado pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
46
§1º - Serão contados em dias corridos os prazos para declaração de nascimento e óbito, o
prazo decadencial da habilitação para o casamento, bem como os demais prazos materiais relativos
ao Registro Civil das Pessoas Naturais. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§2º - Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e
incluindo o dia do vencimento. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§3º - Para fins do disposto no § 1º deste artigo, consideram-se: (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
I - dias úteis: aqueles em que houver expediente; e (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-
CGJ)
II - horas úteis: as horas regulamentares do expediente. (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
Art. 91 – A certidão deve ser expedida o mais brevemente possível, não podendo exceder 05
(cinco) dias.
§ 2º - As certidões de inteiro teor deverão ser expedidas o mais brevemente possível, não
podendo exceder 05 (cinco) dias, podendo ser emitidas por meio reprográfico ou eletrônico,
mencionando a data em que foi lavrado o assento. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Parágrafo único – Se for ilegal a recusa ou injustificada a demora, o Juiz poderá impor ao
Registrador multa de 01 (um) a 10 (dez) salários mínimos e lhe ordenar expeça a certidão, no prazo
de 24 (vinte e quatro) horas.
SEÇÃO III
DAS RETIFICAÇÕES
(Revogada pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 93 – Ressalvada a retificação feita no ato e aquelas previstas no art. 110 da Lei nº
6.015/73, qualquer outra somente poderá ser realizada em cumprimento de sentença judicial.
(Revogado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
47
SEÇÃO IV
DOS DOCUMENTOS APRESENTADOS
Art. 94 – Quanto aos documentos de origem nacional a serem apresentados para realização
de registros ou averbações, será observado que:
II – documentos públicos deverão ser originais ou cópia autenticada por pessoa investida na
função e com poderes.
Art. 95 – Tratando-se de documentos de origem estrangeira, ainda deve ser procedida a sua
regular internalização, mediante:
SEÇÃO V
DOS EMOLUMENTOS E DESPESAS
Art. 97 – Não serão cobrados emolumentos pelo registro de nascimento e pelo assento de
óbito, bem como pela primeira certidão respectiva.
48
Art. 99 – É gratuita, a qualquer tempo, a averbação do reconhecimento de paternidade no
assento de nascimento e a expedição da respectiva certidão.
§ 3º – Na hipótese de casamento de pessoas cuja pobreza for declarada, não será devida
remuneração ao Juiz de Paz celebrante do casamento. Quando o casamento for realizado com hora
marcada fora da serventia pelos interessados, o Juiz de Paz terá direito à remuneração, salvo nos
casos de casamento coletivo de interesse social.
Art. 102 – É vedado fazer constar em certidão ou em termo referência direta ou indireta à
condição de pobreza declarada.
TÍTULO III
DA PUBLICIDADE
49
II – fornecer às partes as informações solicitadas, respeitado o princípio da garantia
constitucional da privacidade.
Art. 104 - As certidões do Registro Civil das Pessoas Naturais em geral, inclusive as de inteiro
teor, requeridas pelos próprios interessados, seus representantes legais ou mandatários com
poderes especiais, serão expedidas independentemente de autorização do Juiz de Direito Diretor
do Foro ou da Vara dos Registros Públicos, onde houver. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-
CGJ)
§1º - Considera-se certidão de inteiro teor aquela que reproduz integralmente o conteúdo
do registro com suas respectivas averbações e anotações. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-
CGJ)
§2º - A certidão em relatório, por quesitos, é aquela que contém informações adicionais aos
elementos informados na certidão em breve relato, tais como o conteúdo de determinada
averbação ou anotação. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§3º- Quando se tratar de certidão requerida por um dos interessados, ainda que presentes
dados pessoais de mais uma pessoa, qualquer delas terá legitimidade para o requerimento.
(Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§4º - É possível a expedição de certidão de inteiro teor a terceiros desde que, avaliado o
conteúdo, nele não se verifiquem dados sensíveis, sigilosos ou restritos. (Incluído pelo Provimento
nº 023/2023-CGJ)
§5º - Após o falecimento do titular de dado sensível, as certidões de que trata o caput deste
artigo poderão ser fornecidas aos parentes em linha reta e ao cônjuge, independentemente de
autorização judicial. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§7º - A certidão de inteiro teor requerida pelo adotado deverá dispor sobre todo o conteúdo
registral, mas dela não deverá constar a origem biológica, salvo por determinação judicial ou
quando o interessado for o próprio registrado e este possuir mais de 18 anos. (Redação dada pelo
Provimento nº 35/20-CGJ/RS, art. 1º) (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
• Lei nº 6.015/73, art. 19, § 3º, c/c o art. 95, parágrafo único;
Nota explicativa: a supressão da origem biológica não retira o caráter de inteiro teor da
certidão, uma vez que não se trata de elemento essencial de identificação da pessoa. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 8º - Não será fornecida certidão de documento arquivado referente a mandado judicial que
determinou o registro ou averbação da sentença de adoção, salvo por autorização judicial. (Incluído
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
50
§ 9º - A certidão de nascimento de inteiro teor, quando o registro decorrer de
reconhecimento tardio de paternidade de menor, deverá observar o teor do § 1º deste artigo, a
fim de que a referência acerca da origem da paternidade somente seja feita após prévia autorização
judicial ou quando o interessado for o próprio registrado e este possuir mais de 18 anos. (Redação
dada pelo Provimento nº 35/20-CGJ/RS, art. 1º) (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 10 - A certidão com referência à circunstância de ser legítima a filiação poderá ser fornecida,
inclusive a terceiros, independentemente de autorização judicial. (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
Art. 105 – O Registro Civil das Pessoas Naturais expedirá unicamente certidões de
nascimento, sob a forma de relatório ou resumida, redigidas de forma a impossibilitar qualquer
interpretação ou identificação de a pessoa haver sido concebida da relação extramatrimonial ou de
adoção.
§ 1º – Não deverá constar, em qualquer caso, o estado civil dos genitores e a natureza da
filiação, bem como o lugar e o cartório do casamento.
§ 2º- Os requerimentos poderão ser recepcionados por e-mail ou por meio da Central de
Informações do Registro Civil-CRC, desde que assinados eletronicamente na forma avançada ou
qualificada, com possibilidade de conferência de autenticidade e integridade, ou com assinatura
confrontada com o documento de identidade original. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
51
§4º- Não será exigida comprovação documental da cadeia de parentesco do requerente
mencionado no parágrafo anterior quando tal circunstância for expressamente declarada. (Incluído
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 106 - Não é necessário requerimento ou autorização judicial para emissão de certidão
de óbito em nenhuma de suas modalidades. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 1º – A certidão de inteiro teor requerida pelo adotado deverá dispor sobre todo o conteúdo
registral, mas dela não deverá constar a origem biológica, salvo por determinação judicial.
§1º – A certidão de inteiro teor requerida pelo adotado deverá dispor sobre todo o conteúdo
registral, mas dela não deverá constar a origem biológica, salvo por determinação judicial
ou quando o interessado for o próprio registrado e este possuir mais de 18 anos.
• Lei nº 6.015/73, art. 19, § 3º, c/c o art. 95, parágrafo único; Nota explicativa: a supressão
da origem biológica não retira o caráter de inteiro teor da certidão, uma vez que não se trata de
elemento essencial de identificação da pessoa.
52
Art. 107 – O fornecimento da certidão em inteiro teor independe de requerimento escrito,
ressalvados os casos do artigo anterior.
Art. 107 - As restrições relativas aos dados sensíveis elencadas pelo inciso II do art. 5º da Lei
n. 13.709/2018 não se aplicam ao caso de pessoa falecida. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-
CGJ)
Art. 108 – Na certidão, serão mencionados, além dos dados adequados à sua forma:
• Consulta nº 0004693-27.2018.2.00.0000-CNJ.
Art. 109 – A certidão será manuscrita, datilografada ou impressa por meio eletrônico,
fornecida em papel e mediante escrita a permitir a sua reprodução por fotocópia ou outro processo
equivalente.
Art. 109 – A certidão será manuscrita, digitada, datilografada ou impressa por meio
eletrônico, fornecida em papel e mediante escrita a permitir a sua reprodução por fotocópia ou
outro processo equivalente. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 2º – Sendo de inteiro teor, a certidão poderá ser extraída por meio datilográfico ou
reprográfico.
§ 2º – Sendo de inteiro teor, a certidão poderá ser extraída por meio datilográfico, digitado
ou reprográfico. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
53
Art. 110 – Serão obrigatoriamente atendidos os pedidos de certidão por via postal,
telegráfica, bancária ou correio eletrônico, desde que satisfeitas as despesas postais e os
emolumentos devidos.
Art. 110 – Serão obrigatoriamente atendidos os pedidos de certidão por via postal, presencial
ou por meio eletrônico, desde que satisfeitas as despesas postais e os emolumentos devidos.
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Parágrafo único – A certidão será emitida na forma requerida pelo usuário (reprográfica,
digitada ou eletrônica). (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 111 – As certidões expedidas pelo Registro Civil das Pessoas Naturais, não reguladas de
forma diversa por normativas do Conselho Nacional de Justiça, devem observar os padrões a seguir
descritos:
I – papel tamanho A4, ou ofício 2, com gramatura mínima de 63g/m², possibilitando o uso
das cores branca, bege ou creme, sendo permitido, todavia, o uso do papel de segurança mesmo
para as hipóteses não previstas como obrigatórias.
VIII – início de cada parágrafo com 2,5cm de recuo, contados a partir da margem esquerda;
I – ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, dentro dos primeiros 8 (oito) dias
dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada ano, mapa dos nascimentos, casamentos e
óbitos ocorridos no trimestre anterior, por meio da página eletrônica do IBGE na Internet;
II – à Justiça Eleitoral, até o dia 15 (quinze) de cada mês, a comunicação dos óbitos registrados
no mês anterior, por meio do Sistema de Informação de Direito Políticos e Óbitos – INFODIP.
(Alterado pelo Provimento nº 006/2023-CGJ)
II - à Justiça Eleitoral, até o dia 15 (quinze) de cada mês, a comunicação dos óbitos registrados
no mês anterior, por meio do Sistema de Informação de Direito Políticos e Óbitos – INFODIP, exceto
dos registros de óbitos de menores de 15 (quinze) anos e dos registros de natimortos.
VIII – à Junta do Serviço Militar da concernente comarca, até o dia 05 (cinco) de cada mês,
relação nominal das pessoas do sexo masculino, na faixa de 17 a 45 anos de idade, falecidas no mês
55
antecedente, obedecidos os formulários fornecidos pelo Ministério do Exército, ou mapas
informatizados por ele aceitos.
b) a planilha de DNV para a Secretaria Estadual da Saúde será encaminhada para o endereço
de e-mail [email protected], com arquivos em formato xls, txt, odt, QRP ou pdf de extração
original (não scaneado), contendo as seguintes informações: nome da serventia e
município, número da declaração de nascido vivo – DNV, data de nascimento, número e data do
registro;
c) para a Secretaria Municipal e para a Coordenadoria Regional Estadual será encaminhada
a mesma planilha na forma que postularem. (Alíneas a, b e c incluídas pelo Provimento nº 011/21-CGJ/RS,
art. 1º)
56
§ 2º – É desnecessária a remessa de comunicação negativa nas hipóteses previstas nos incisos
IV, V e VI deste artigo.
TÍTULO V
DO NASCIMENTO
CAPÍTULO I
DO REGISTRO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 114 – O nascimento será registrado no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar
de residência dos pais.
Art. 115 – É dever dos pais declarar o nascimento dos filhos, observando o prazo do artigo
52 da Lei nº 6.015/73.
Art. 116 – Do registro de nascimento constará o nome dos genitores, desde que:
57
III – compareça apenas a genitora, com a declaração de reconhecimento ou anuência do pai
e o documento de identidade deste, além da Declaração de Nascido Vivo (DNV) e de documento
de identificação.
§4º – Nos assentos de nascimento não se fará qualquer referência à natureza da filiação, à
sua ordem em relação a outros irmãos do mesmo prenome, exceto gêmeos, ao lugar e Registro
Civil das Pessoas Naturais do casamento dos pais e ao estado civil destes.
Art. 117 – O registro de nascimento será feito com base na informação do declarante,
dispensando-se as testemunhas, e conterá:
I – o dia, mês, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sendo possível determiná-la, ou
aproximada;
II – o sexo do registrando;
XI – a naturalidade do registrando.
§ 2º – A segunda via (cor amarela) da Declaração de Nascido Vivo – DNV deverá ser arquivada
na serventia que lavrou o registro de nascimento.
Art. 119 – Quando o Registrador tiver motivo para duvidar da declaração, poderá:
III – exigir o testemunho de 02 (duas) pessoas que não forem os pais e tiverem visto o recém-
nascido.
59
Parágrafo único – Persistindo a suspeita, o Registrador remeterá, em nota fundamentada, a
declaração para análise do Juiz de Direito Diretor do Foro ou da Vara de Registros Públicos, onde
houver.
SEÇÃO II
DO REGISTRO TARDIO
Art. 120 – As declarações de nascimento feitas após o decurso do prazo previsto no art. 50
da Lei nº 6.015/73 serão registradas nos termos dos artigos seguintes.
Parágrafo único – O procedimento de registro tardio previsto nesta Seção não se aplica para
a lavratura de assento de nascimento de indígena no registro civil das pessoas naturais,
regulamentado pela Resolução Conjunta nº 03/12, do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Público, e não afasta a aplicação do previsto no art. 102 da Lei nº 8.069/90.
Art. 121 – O requerimento de registro será direcionado ao Registrador Civil das Pessoas
Naturais do lugar de residência do interessado e será assinado por 2 (duas) testemunhas, sob as
penas da lei.
Parágrafo único – Não tendo o interessado moradia ou residência fixa, será considerado
competente o Registrador Civil das Pessoas Naturais do local onde se encontrar.
I – o dia, mês, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sempre que possível determiná-la;
II – o sexo do registrando;
II – o sexo do registrando;
VI – indicação dos prenomes e os sobrenomes dos avós paternos e maternos que somente
serão lançados no registro se o parentesco decorrer da paternidade e maternidade reconhecidas;
VIII – fotografia do registrando e, quando possível, sua impressão datiloscópica, obtidas por
meio material ou informatizado, que ficarão arquivadas na serventia, para futura identificação se
surgir dúvida sobre a identidade do registrando.
§ 4º – A ausência das informações previstas nos incisos ‘IV’, ‘V’, ‘VI’ e ‘VIII’ deste artigo não
impede o registro, desde que fundamentada a impossibilidade de sua prestação.
Art. 123 – Se a declaração de nascimento se referir a pessoa que já tenha completado doze
anos de idade, as duas testemunhas deverão assinar o requerimento na presença do Registrador,
ou de preposto expressamente autorizado, que examinará seus documentos pessoais e certificará
a autenticidade de suas firmas, entrevistando-as, assim como entrevistará o registrando e, sendo o
caso, seu representante legal, para verificar, ao menos:
III – quais as explicações de seu representante legal se for caso de comparecimento deste, a
respeito da não realização do registro no prazo devido;
61
VI – se o registrando tem irmãos e, se positivo, em que cartório eles estão registrados; se o
registrando já se casou e, se positivo, em que cartório; se o registrando tem filhos e, se positivo, em
que cartório estão registrados;
VII – se o registrando já teve algum documento, como carteira de trabalho, título de eleitor,
documento de identidade, certificado de batismo, solicitando, se possível, a apresentação desses
documentos;
§ 1º – A ausência de alguma das informações previstas neste artigo não impede o registro,
desde que justificada a impossibilidade de sua prestação.
Art. 124 – Sendo o registrando menor de 12 (doze) anos de idade, ficará dispensado o
requerimento escrito e o comparecimento de testemunhas se for apresentada pelo declarante a
Declaração de Nascido Vivo (DNV).
Parágrafo único – No registro de nascimento de criança com menos de 3 (três) anos de idade,
nascida de parto sem assistência de profissional da saúde ou parteira tradicional, a Declaração de
Nascido Vivo será preenchida pelo Registrador que lavrar o assento de nascimento e será assinada
também pelo declarante, o qual se declarará ciente de que o ato será comunicado ao Ministério
Público.
Art. 125 – O Registrador, nos cinco dias após o registro do nascimento ocorrido fora de
maternidade ou estabelecimento hospitalar, fornecerá ao Ministério Público da comarca os dados
da criança, dos pais e o endereço onde ocorreu o nascimento.
Art. 126 – A maternidade será lançada no registro de nascimento por força da Declaração de
Nascido Vivo, quando for apresentada.
62
§ 3º – A paternidade ou maternidade também poderá ser lançada no registro de nascimento
por força da presunção estabelecida no art. 1.597 do Código Civil, mediante apresentação de
certidão do casamento com data de expedição posterior ao nascimento.
§ 4º – Se o genitor que comparecer para o registro declarar, sob as penas da lei, que estava
separado de fato de seu cônjuge ao tempo da concepção, não se aplica a presunção prevista no
parágrafo anterior.
§ 5º – Se não houver elementos nos termos do presente artigo para se estabelecer ao menos
um dos genitores, o registro deverá ser lavrado sem a indicação de filiação.
Art. 127 – Admitem-se como testemunhas, além das demais pessoas habilitadas, os parentes
em qualquer grau do registrando (artigo 42 da Lei nº 6.015/73), bem como a parteira tradicional ou
profissional da saúde que assistiu o parto.
Parágrafo único – Sendo infundada a dúvida, o juiz ordenará a realização do registro; caso
contrário, exigirá justificação ou outra prova idônea, sem prejuízo de ordenar, conforme o caso, as
providências penais cabíveis.
Art. 130 – Nos casos em que o registrando for pessoa incapaz internada em hospital
psiquiátrico, hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (HCTP), instituição de longa
permanência (ILP), hospital de retaguarda, serviços de acolhimento em abrigos institucionais de
longa permanência, ou instituições afins, poderá o Ministério Público, independente de prévia
interdição, requerer o registro diretamente ao Registrador competente, fornecendo os elementos
exigidos neste Capítulo, no que couber.
§ 1º – O Ministério Público instruirá o requerimento com cópias dos documentos que possam
auxiliar a qualificação do registrando, tais como prontuário médico, indicação de testemunhas,
documentos de pais, irmãos ou familiares.
63
§ 2º – Quando ignorada a data de nascimento do registrando, poderá ser atestada por
médico a sua idade aparente.
Art. 131 – O Ministério Público poderá solicitar o registro tardio de nascimento atuando como
assistente, ou substituto, em favor de pessoa tutelada pelo Estatuto do Idoso, ou em favor de
incapaz submetido à interdição provisória ou definitiva, sendo omisso o curador.
Art. 132 – Lavrado o assento no respectivo livro, haverá anotação, com indicação de livro,
folha, número de registro e data, no requerimento que será arquivado em pasta própria,
juntamente com os termos de declarações colhidas e as demais provas apresentadas.
SEÇÃO III
DO REGISTRO COM GENITOR TRANSGÊNERO
64
Art. 135 – Na hipótese de filho concebido biologicamente por pessoa transgênero, o
Registrador lavrará o registro de nascimento mediante apresentação da Declaração de Nascido Vivo
(DNV) da criança e dos documentos de identidade dos(as) requerentes, que constarão no assento
como genitores(as) da criança, consoante for declarado. . (Alterado pelo Provimento Nº 16/2022-
CGJ).
§ 1º – A opção pelo registro previsto no caput deste artigo será possível somente após a
pessoa transgênero formalizar a averbação de prenome e gênero, a qual será verificada pelo
registrador mediante apresentação de certidão de inteiro teor, requerida pelo(a) próprio(a)
interessado(a), independentemente de autorização judicial. (Alterado pelo Provimento Nº 16/2022-
CGJ).
Art. 135 – Na hipótese de filho concebido biologicamente por pessoa transgênero ou não
binária, o Registrador lavrará o registro de nascimento mediante apresentação da Declaração de
Nascido Vivo (DNV) da criança e dos documentos de identidade dos(as) requerentes, que constarão
no assento como genitores(as) da criança, consoante for declarado. (Redação dada pelo Provimento
nº 16/2022-CGJ)
§ 1º – A opção pelo registro previsto no caput deste artigo será possível somente após a
pessoa transgênero ou não binária formalizar a averbação de prenome e gênero, a qual será
verificada pelo registrador mediante apresentação de certidão de inteiro teor, requerida pelo(a)
próprio(a) interessado(a), independentemente de autorização judicial. (Redação dada pelo
Provimento nº 16/2022-CGJ)
§ 1º – A opção pelo registro previsto no caput deste artigo será possível somente após a
pessoa transgênero formalizar a averbação de prenome e gênero, a qual será verificada pelo
registrador mediante apresentação de certidão de inteiro teor, requerida pelo(a) próprio(a)
interessado(a), independentemente de autorização judicial. (Alterado pelo Provimento nº 46/2023-
CGJ).
§ 2º – O nome dos(as) genitores(as) constará no registro, desde que: (Redação dada pelo
Provimento nº 16/2022-CGJ)
65
§ 3º – Em qualquer das situações previstas no parágrafo anterior – procuração ou anuência
– a manifestação de vontade deverá ser realizada por instrumento público ou particular, neste caso
exigindo-se o reconhecimento da assinatura. (Redação dada pelo Provimento nº 16/2022-CGJ)
§ 4º – O Registrador presumirá, para fins do registro previsto nesta Seção, a boa-fé do(a)
declarante. Caso haja suspeita de fraude, falsidade, má-fé, vício de vontade ou simulação,
fundamentará a recusa e encaminhará o pedido ao Juiz de Direito Diretor do Foro ou à Vara dos
Registros Públicos, onde houver. (Redação dada pelo Provimento nº 16/2022-CGJ)
SEÇÃO IV
DO REGISTRADO COM ANOMALIA DE DIFERENCIAÇÃO SEXUAL
Art. 136 – Nos casos de diagnóstico de Anomalia de Diferenciação Sexual – ADS em recém-
nascidos, o Registrador deverá lançar no registro de nascimento o sexo como ignorado, conforme
constatação médica lançada na Declaração de Nascido Vivo – DNV.
Parágrafo único - Fica facultado que, a critério da pessoa que declarar o nascimento, no
campo destinado ao nome conste a expressão "RN de", seguida do nome de um ou de ambos os
genitores.
Art. 137 – Assim que definido o sexo da criança, o registro deste e do nome poderão ser
retificados diretamente perante o RCPN do registro do nascimento, independentemente de
autorização judicial.
§ 1º – O requerimento para retificação mencionada neste artigo deverá ser acompanhado
de laudo médico atestando o sexo da criança, podendo ser formulado por qualquer de seus
responsáveis.
§ 2º – Ocorrendo o óbito do registrando antes da retificação mencionada no caput, fica
facultada a retificação do nome, a requerimento de qualquer um dos responsáveis,
independentemente de laudo médico;
§ 3º – A averbação de retificação mencionada neste artigo será realizada de forma gratuita e
unificada com a informação do número do CPF do registrado.
Art. 138 – Decorridos 60 (sessenta) dias da data do registro realizado nas condições desta
Seção e não tendo sido realizada a retificação pelos responsáveis, o Registrador deverá comunicar
ao Ministério Público, por meio da Promotoria responsável pelos registros públicos da Comarca de
Porto Alegre, para fins de acompanhamento da situação e tomada de eventuais providências que
entender cabíveis no sentido de assegurar os direitos indisponíveis de personalidade da criança.
Art. 139 – O registro feito na forma desta Seção tem natureza sigilosa, razão pela qual a
informação a seu respeito não pode constar das certidões, salvo por solicitação do registrando, seus
pais ou procurador com poderes específicos e firma do outorgante reconhecida por autenticidade,
ou ainda por determinação judicial.
§ 1º – Após a averbação do prenome e do sexo, a certidão poderá ser emitida a qualquer
requerente.
§ 2º – A certidão de inteiro teor poderá ser fornecida a requerimento do registrado ou com
autorização judicial.
Art. 136 – Nos casos de diagnóstico de Anomalia de Diferenciação Sexual – ADS em recém-
nascidos, o Registrador deverá lançar no registro de nascimento o sexo como ignorado, conforme
66
constatação médica lançada na Declaração de Nascido Vivo – DNV. (Redação dada pelo Provimento
nº 006/2022-CGJ)
§ 2º - Recusada a sugestão, o registro deve ser feito com o prenome indicado pelo declarante.
§ 3º - Verificado que, na Declaração de Óbito (DO) fetal, o campo sexo foi preenchido
“ignorado”, o assento de óbito será lavrado registrando-se o sexo “ignorado”.
Art. 137 – No caso do caput do artigo anterior, a designação de sexo será feita por opção, a
ser realizada a qualquer tempo e averbada no Registro Civil das Pessoas Naturais,
independentemente de autorização judicial ou de comprovação de realização de cirurgia de
designação sexual ou de tratamento hormonal, ou de apresentação de laudo médico ou
psicológico. (Redação dada pelo Provimento nº 006/2022-CGJ)
§ 1º- É facultada a mudança do prenome juntamente com a opção pela designação de sexo.
§ 2º - A pessoa optante sob poder familiar poderá ser representada ou assistida apenas pela
mãe ou pelo pai.
§ 4º - A opção realizada após a morte da pessoa será feita pela mãe ou pelo pai.
§5º - A opção será documentada por termo, conforme modelo constante do Anexo 11 desta
Consolidação, lavrado em qualquer Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais, devendo o Oficial
ou preposto identificar os presentes, na forma da lei, e colher as assinaturas em sua presença.
Art. 138 – O Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais do registro do nascimento averbará
a opção. Parágrafo único - Caso a opção tenha sido realizada em Ofício do Registro Civil das Pessoas
Naturais diverso, será encaminhada, a expensas da pessoa requerente, para a averbação, via
Central de Informações do Registro Civil (CRC). (Redação dada pelo Provimento nº 006/2022-CGJ)
Art. 139 – Averbada a opção, nenhuma observação sobre sexo ou nome constantes
inicialmente do assento, sobre a opção ou sobre sua averbação constarão nas certidões do registro.
(Redação dada pelo Provimento nº 006/2022-CGJ)
§ 1º - Por solicitação da pessoa registrada ou por determinação judicial, poderá ser expedida
certidão sobre inteiro teor do conteúdo registral.
§ 2º - O Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais deverá manter índice em papel e/ou
eletrônico de forma que permita a localização do registro tanto pelo nome original quanto pelo
nome alterado.
67
SEÇÃO V
DO REGISTRO SEM PATERNIDADE ESTABELECIDA
Art. 142 – Não vencem emolumentos pela lavratura do termo em referência, nem pela
diligência e remessa a juízo.
Art. 143 – Na hipótese de a genitora não manifestar interesse em declarar o nome do suposto
pai, o Registrador colherá declaração neste sentido, na qual conste que a declarante foi alertada
com relação ao que lhe faculta a Lei nº 8.560/92, e arquivará em pasta própria.
SEÇÃO VI
DO REGISTRO DE INDÍGENA
Art. 144 – O assento de nascimento de indígena não integrado no Registro Civil das Pessoas
Naturais é facultativo.
Art. 145 – No assento de nascimento do indígena, integrado ou não, deve ser lançado, a
pedido do apresentante, o nome indígena do registrando, de sua livre escolha, ressalvado o
disposto no art. 55, parágrafo único, da Lei nº 6.015/73.
68
§ 1º – No caso de registro de indígena, a etnia do registrando pode ser lançada como
sobrenome, a pedido do interessado.
Art. 146 – O indígena já registrado no Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais poderá
solicitar pela via judicial, na forma do art. 57 da Lei nº 6.015/73, a retificação do seu assento de
nascimento, pessoalmente ou por representante legal, para inclusão das informações constantes
do artigo anterior.
§ 1º – Caso a alteração decorra de equívocos que não dependem de maior indagação para
imediata constatação, bem como nos casos de erro de grafia, a retificação poderá ser procedida na
forma prevista no art. 110 da Lei nº 6.015/73.
§ 2º – Nos casos em que haja alterações de nome no decorrer da vida em razão da cultura
ou do costume indígena, tais alterações podem ser averbadas à margem do registro na forma do
art. 57 da Lei nº 6.015/73, sendo obrigatório constar em todas as certidões do registro o inteiro
teor destas averbações, para fins de segurança jurídica e de salvaguarda dos interesses de terceiros.
SEÇÃO VII
DO REGISTRO DE NASCIMENTO DE CRIANÇAS GERADAS POR REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Art. 148 – O assento de nascimento de filho havido por técnicas de reprodução assistida será
inscrito no Livro A, independentemente de prévia autorização judicial e observada a legislação em
vigor no que for pertinente, mediante o comparecimento de ambos os pais, munidos de
documentação exigida por esta Seção.
Art. 149 – Será indispensável, para fins de registro e de emissão da certidão de nascimento,
a apresentação dos seguintes documentos:
§ 1º – Nas hipóteses de reprodução assistida post mortem, além dos documentos elencados
nos incisos do caput deste artigo, conforme o caso, deverá ser apresentado termo de autorização
prévia específica do falecido ou falecida para uso do material biológico preservado, lavrado por
instrumento público ou particular com firma reconhecida.
70
Art. 150 – O Registrador não poderá exigir a identificação do doador de material genético
como condição para a lavratura do registro de nascimento de criança gerada mediante técnica de
reprodução assistida.
Art. 151 – Na hipótese de gestação por substituição, não constará do registro o nome da
parturiente, informado na declaração de nascido vivo, devendo ser apresentado termo de
compromisso firmado pela doadora temporária do útero, esclarecendo a questão da filiação.
Art. 153 – Será vedada aos Registradores, sob pena de responsabilidade disciplinar, a recusa
ao registro de nascimento e à emissão da respectiva certidão de filhos havidos por técnica de
reprodução assistida, nos termos desta Seção.
SEÇÃO VIII
DO REGISTRO DE NASCIMENTO E RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS
PRISIONAIS
CAPÍTULO II
DO NOME
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 155 – Quando o declarante não indicar o nome completo do registrando, o Registrador
lançará adiante do prenome escolhido o nome da mãe e do pai, respectivamente, e, na falta deste,
somente o da mãe.
• Constituição Federal, art. 5º, I e art. 227, § 6º; Lei nº 6.015/73, art. 55.
71
Art. 155 - Quando o declarante não indicar o nome completo, o Registrador lançará adiante
do prenome escolhido ao menos um sobrenome de cada um dos genitores, na ordem que julgar
mais conveniente para evitar homonímias. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 1º – Não se registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores;
§ 2º – Quando os pais não se conformarem com a recusa do Registrador, este submeterá por
escrito o caso, sem cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz Diretor do Foro, ou da
Vara de Registros Públicos, onde houver;
§ 5º - Em até 15 (quinze) dias após o registro, qualquer dos genitores poderá apresentar,
perante o registro civil onde foi lavrado o assento de nascimento, oposição fundamentada ao
prenome e sobrenomes indicados pelo declarante, observado que: (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
II - não havendo consenso, a oposição será encaminhada ao Juiz de Direito Diretor do Foro,
ou da Vara de Registros Públicos, onde houver, para decisão. (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
Art. 156 – O pedido de alteração do nome no primeiro ano após ter atingido a maioridade
civil, a que se refere o art. 56 da Lei nº 6.015/73, poderá ser deduzido e apreciado diretamente no
Registro Civil das Pessoas Naturais.
Art. 156 - A pessoa registrada poderá, após ter atingido a maioridade civil, requerer
pessoalmente e imotivadamente a alteração de seu prenome, independentemente de decisão
judicial, e a alteração será averbada e publicada em meio eletrônico, a expensa do requerente.
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 1º - A alteração imotivada de prenome poderá ser feita na via extrajudicial apenas 1 (uma)
vez, e sua desconstituição dependerá de sentença judicial. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-
CGJ)
72
§ 3º - A averbação de alteração de prenome conterá, obrigatoriamente, o prenome anterior,
os números de documento de identidade, de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), de
passaporte e de título de eleitor do registrado, dados estes que deverão constar expressamente
em todas as certidões solicitadas. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 157 – A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após
audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do Juiz a que estiver sujeito o registro,
arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvadas as hipóteses do
art. 110 da Lei nº 6.015/73.
Parágrafo único – Poderá, também, averbar-se, nos mesmos termos, o nome abreviado,
usado como firma comercial registrada ou em qualquer atividade profissional.
Art. 157 - A alteração posterior de sobrenomes poderá ser requerida pessoalmente, ou por
representante legal no caso de pessoa incapaz, perante o Registrador Civil das Pessoas Naturais,
com a apresentação das certidões e documentos necessários, e será averbada nos assentos de
nascimento e casamento, independentemente de autorização judicial, a fim de proceder: (Alterado
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 158 – Os prenomes são definitivos e serão admitidas retificações e alterações nos casos
de exposição de seus portadores ao ridículo, substituições ou acréscimos de apelidos públicos
notórios ou alterações em razão de proteção à testemunha. Em qualquer dessas hipóteses será
imprescindível ordem judicial, vedado aos Oficiais promover alteração pela via administrativa.
Art. 158 - Serão admitidas retificações e alterações nos casos de exposição de seus
portadores ao ridículo, substituições ou acréscimos de apelidos públicos notórios ou alterações em
razão de proteção à testemunha. Em qualquer dessas hipóteses, será imprescindível ordem judicial,
vedado ao Registrador promover alteração pela via administrativa. (Alterado pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
Parágrafo único – Nos casos de erros que não se exijam qualquer indagação, o Oficial poderá,
a requerimento da parte interessada, retificar o prenome e sobrenome, fundamentado em
documentos que comprovem tal erro, com base no procedimento estabelecido nesta Consolidação.
Art. 160 – Poderá ser requerida a averbação do acréscimo do patronímico de genitor ao nome
do filho menor de idade, na forma do Provimento nº 82/19-CNJ, quando:
SEÇÃO II
DA AVERBAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO PRENOME E SEXO DE PESSOAS TRANSGÊNERO
E NÃO BINÁRIAS (Redação dada pelo Provimento Nº 16/2022-CGJ).
74
DA AVERBAÇÃO DA ALTERAÇÃO DO PRENOME E SEXO DE PESSOAS TRANSGÊNERO
(Alterado pelo Provimento nº 46/2023-CGJ)
Art. 161 – Toda pessoa maior de 18 (dezoito) anos completos habilitada a prática de todos
os atos da vida civil poderá requerer ao Registro Civil das Pessoas Naturais a alteração e a averbação
do prenome e do gênero no registro de nascimento, a fim de adequá-los à identidade
autopercebida, independentemente de autorização judicial.
§ 2º – A alteração referida no caput não compreende a alteração dos nomes de família e não
pode ensejar a identidade de prenome com outro membro da família;
Art. 162 – O requerimento poderá ser feito junto a qualquer Registro Civil das Pessoas
Naturais do Estado, que encaminhará o pedido ao Registro Civil do local do registro de nascimento
para realização da averbação e anotações, via malote digital ou Central do Registro Civil – CRC.
Art. 162 – O requerimento poderá ser feito junto a qualquer Registro Civil das Pessoas
Naturais da Federação, a critério do requerente, que encaminhará o pedido ao Registro Civil do
local do registro de nascimento para realização da averbação e anotações, via malote digital ou
Central de Informações do Registro Civil – CRC, módulo e-protocolo. (Alterado pelo Provimento nº
46/2023-CGJ)
Parágrafo único - Serão aceitos requerimentos encaminhados por outros Registros Civis das
Pessoas Naturais de outros Estados da Federação e do Distrito Federal.
Art. 163 – O procedimento será realizado com base na autonomia da pessoa requerente, que
deverá declarar, perante o registrador do RCPN, a vontade de proceder à adequação da identidade
mediante a averbação do prenome, do gênero ou de ambos.
75
§ 1º – O atendimento do pedido apresentado ao registrador independe de prévia autorização
judicial ou da comprovação de realização de cirurgia de redesignação sexual e/ou de tratamento
hormonal ou patologizante, assim como de apresentação de laudo médico ou psicológico;
§ 4º – A pessoa requerente deverá declarar a inexistência de processo judicial que tenha por
objeto a alteração pretendida;
Art. 164 – A pessoa requerente deverá apresentar ao Registro Civil das Pessoas Naturais, no
ato do requerimento, os seguintes documentos:
IX – comprovante de endereço;
XII – certidão de execução criminal do local de residência dos últimos cinco anos
(estadual/federal);
XIII – certidão dos tabelionatos de protestos do local de residência dos últimos cinco anos;
76
XIV – certidão da Justiça Eleitoral do local de residência dos últimos cinco anos;
I - a certidão de nascimento exigida pelo inciso I deste artigo será substituída pela certidão
do registro, no Livro E do Registro Civil das Pessoas Naturais, do certificado de naturalização ou da
portaria de naturalização publicada no Diário Oficial da União ou outro documento oficial que
venha a substituí-los; e (Alterado pelo Provimento nº 46/2023-CGJ)
II - a alteração do prenome e/ou do gênero deve ser averbada à margem do registro indicado
no inciso I deste parágrafo. (Alterado pelo Provimento nº 46/2023-CGJ)
III – laudo médico que ateste a realização de cirurgia de redesignação de sexo. (Revogado
pelo Provimento nº 46/2023-CGJ)
§ 2º – Ações em andamento ou débitos pendentes, nas hipóteses dos incisos X a XVI do caput,
não impedem a averbação da alteração pretendida, que deverá ser comunicada aos juízos e órgãos
competentes pelo ofício do RCPN onde o requerimento foi formalizado.
§ 2º – Ações em andamento ou débitos pendentes, nas hipóteses dos incisos XI, XII, XIII, XIV,
XV e XVI deste artigo não impedem a averbação da alteração pretendida, que deverá ser
comunicada aos juízos e órgãos competentes, a expensas do requerente, preferencialmente por
meio eletrônico, pelo ofício do RCPN onde a averbação foi realizada. (Alterado pelo Provimento nº
46/2023-CGJ)
Art. 165 – A alteração de que trata a presente Seção tem natureza sigilosa, razão pela qual a
informação a seu respeito não pode constar das certidões dos assentos, salvo por solicitação da
pessoa requerente ou procurador com poderes específicos e firma do outorgante reconhecida por
autenticidade, ou ainda por determinação judicial, hipóteses em que a certidão deverá dispor sobre
todo o conteúdo registral.
Art. 166 – Os registradores deverão observar, no atendimento às pessoas abrangidas por esta
Seção, a presunção de boa-fé, com imediato tratamento no gênero pelo qual se identifica, com
acolhimento e respeito.
Parágrafo único. O Registro Civil das Pessoas Naturais deverá manter índice em papel e/ou
eletrônico de forma que permita a localização do registro tanto pelo nome original quanto pelo
nome alterado.
Art. 168 – Finalizado o procedimento de alteração no assento, o Registro Civil das Pessoas
Naturais no qual se processou a alteração, às expensas da pessoa requerente, comunicará o ato
oficialmente aos órgãos expedidores do RG, ICN, CPF e Passaporte, bem como ao Tribunal Regional
Eleitoral (TRE).
Parágrafo único – A pessoa requerente deverá providenciar a alteração nos demais registros
que digam respeito, direta ou indiretamente, à sua identificação nos documentos pessoais;
§ 1.º A pessoa requerente deverá providenciar a alteração nos demais registros que digam
respeito, direta ou indiretamente, à sua identificação e nos documentos pessoais. (Alterado pelo
Provimento nº 46/2023-CGJ)
Parágrafo único – Aos reconhecidamente pobres, que assim se declararem, todos os atos
previstos nesta Seção serão gratuitos e ressarcíveis, devendo ser utilizado o EQLG 012, c/c Ato
Cartorial nº 102, na prestação de contas do selo digital.
Parágrafo único – Aos reconhecidamente pobres, que assim se declararem, todos os atos
previstos nesta Seção serão gratuitos e ressarcíveis, devendo ser utilizado o EQLG 023, c/c Ato
Cartorial nº 102, na prestação de contas do selo digital. (Redação alterada pelo Provimento nº
07/2023-CGJ).
TÍTULO VI
DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE OU MATERNIDADE
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
II – por declaração efetuada através de escritura pública ou escrito particular, com assinatura
reconhecida por autenticidade ou assinada perante o Registrador Civil das Pessoas Naturais;
IV – por manifestação expressa e direta perante o Juiz, ainda que o reconhecimento não haja
sido o objeto único e principal do ato que o contém.
•Lei nº 8.560/92.
79
§ 1º – É dispensado o comparecimento do outro genitor no ato de reconhecimento de
paternidade ou maternidade, mas, quando da averbação, dependerá da anuência do filho maior
ou, se menor, da anuência do outro genitor.
§ 2º – O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento.
§3º – Quando houver suspeita de vício na declaração manifestada pelo reconhecedor, deverá
o Registrador submeter o pedido à apreciação do Juiz de Direito Diretor do Foro.
• Provimento nº 16/12-CNJ
Art. 173 – O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento.
§ 1º – A colheita dessa anuência poderá ser efetuada não só pelo Registrador do local do
registro, como por aquele, se diverso, perante o qual comparecer o reconhecedor.
CAPÍTULO II
DO RECONHECIMENTO DA PATERNIDADE OU MATERNIDADE SOCIOAFETIVA
§ 4º – O pretenso pai ou a pretensa mãe será pelo menos dezesseis anos mais velho(a) que
o filho a ser reconhecido.
Art. 176 – A paternidade ou a maternidade socioafetiva deve ser estável e deve estar
exteriorizada socialmente.
• Provimento nº 63/17-CNJ, art. 11, § 4º, com redação dada pelo art. 1º, III, do Provimento
nº 83/19-CNJ; Código Civil, art. 1.614.
Art. 178 – O reconhecimento de que trata esta Seção poderá ser processado, inclusive, em
Registro Civil diverso daquele em que foi lavrado o assento, mediante a exibição de documento
oficial de identificação com foto do requerente e da certidão de nascimento do filho, ambos em
original e cópia, sem constar do traslado menção à origem da filiação.
81
§ 3º – Constarão do termo, além dos dados do requerente, os dados do campo “Filiação” e
do filho que constam no registro, devendo o Registrador colher a assinatura do pai e da mãe do
reconhecido, caso este seja menor de 18 (dezoito) anos.
§ 4º – A coleta da anuência tanto do pai quanto da mãe e do filho maior de 12 (doze) anos
deverá ser feita pessoalmente perante o Registrador Civil das Pessoas Naturais ou escrevente
autorizado.
Art. 179 – Serão observadas as regras da tomada de decisão apoiada quando o procedimento
envolver a participação de pessoa com deficiência (Capítulo III, do Título IV, do Livro IV do Código
Civil).
§ 3º – Eventual dúvida referente ao registro deverá ser remetida ao juízo competente para
dirimi-la.
Art. 182 – Suspeitando de fraude, falsidade, má-fé, vício de vontade, simulação ou dúvida
sobre a configuração do estado de posse de filho, o registrador fundamentará a recusa, não
praticará o ato e encaminhará o pedido ao Juiz de Direito Diretor do Foro da Comarca que pertencer
a Serventia, ou da Vara dos Registros Públicos, quando houver.
82
§ 1ª – Somente é permitida a inclusão de um ascendente socioafetivo, seja do lado paterno
ou do materno.
Art. 186 – Aplica-se a regra sobre emolumentos prevista no art. 102, §6º, da Lei nº 8.069/90
ao reconhecimento de paternidade ou maternidade socioafetiva.
TÍTULO VII
DA ADOÇÃO
CAPÍTULO I
DA ADOÇÃO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE
Art. 187 – O mandado relativo à decisão judicial que deferir a adoção de criança ou
adolescente determinará o cancelamento do registro de nascimento primitivo do adotado e
abertura de novo registro de nascimento do adotado, no Livro “A”, na forma e com as exigências
do art. 47 da Lei nº 8.069/90.
Parágrafo único – Se o assento primitivo houver sido lavrado em Registro Civil das Pessoas
Naturais de outra comarca, o Juiz que conceder a adoção determinará expedição de mandado de
cancelamento àquela serventia, o qual só será submetido à jurisdição do Juiz Diretor do Foro, nas
comarcas do interior, ou do Juiz da Vara dos Registros Públicos, na Comarca da Capital, quando
houver razão impeditiva.
Art. 188 – O registro decorrente de adoção será efetivado como se tratasse de lavratura de
assento de nascimento fora de prazo, mediante a apresentação do mandado por qualquer um dos
adotantes, ou remetido pelo Juízo competente, de modo físico ou virtual, diretamente ao Registro
Civil das Pessoas Naturais.
§ 3º – A pedido do adotante o novo registro poderá ser efetuado no Registro Civil das Pessoas
Naturais de sua residência;
§ 4º – O registro fará referência aos dados do processo e do mandado, os quais, todavia, não
constarão nas respectivas certidões, salvo as autorizações legais.
83
Art. 189 – A adoção unilateral de criança ou adolescente será averbada sem cancelamento
do registro original.
CAPÍTULO II
DA ADOÇÃO DE ADULTO
Art. 191 – Por mandado ou a requerimento do adotado, poderá ser averbada a adoção no
seu assento de casamento e de nascimento de seus descendentes.
TÍTULO VIII
DO CASAMENTO
CAPÍTULO I
DA HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
Art. 192 – Os nubentes, por si ou por mandatário mediante procuração pública ou particular
com firma reconhecida por autenticidade, com poderes específicos, apresentando os documentos
exigidos pela lei civil, requererão ao Registrador do local da residência de um deles a expedição da
certidão declarando-os habilitados para se casar.
Art. 194 – Caso o nubente não tenha atingido a maioridade civil, mas tenha atingido a idade
núbil de 16 (dezesseis) anos, será exigida autorização de ambos os pais, ou de seus representantes
legais, para o casamento.
§ 3º – O consentimento deve ser dado por ambos os pais, mesmo sendo o casal separado ou
divorciado ou que tenha sido o seu casamento anulado.
§ 4º – A falta de um dos pais somente pode ser suprida pela apresentação da certidão de
óbito, da certidão do registro da ausência ou por determinação judicial, com o suprimento do
consentimento.
Art. 195 – Não será exigido inventário negativo, suprindo-se, sob as penas da lei, com
declaração de inexistência de bens a serem partilhados, se for o caso, no patrimônio do cônjuge
falecido ou divorciado, mediante manifestação escrita feita pelo cônjuge supérstite ou divorciado
nos autos da habilitação de casamento.
Art. 196 – Quando o casamento se seguir a uma comunhão de vida entre os nubentes,
existente antes de 28 de junho de 1977, e haja perdurado por 10 (dez) anos consecutivos, ou gerado
85
filhos, o regime matrimonial de bens será estabelecido livremente, não se aplicando o disposto no
art. 1.641 do Código Civil.
Parágrafo único – Em relação à união estável prevista no caput, nenhuma prova será exigida
previamente; bastará a declaração dos requerentes.
Art. 197 – Quando divorciado, o nubente deve apresentar certidão de casamento com
averbação do divórcio.
• Código Civil, art. 10, I, e art. 1.525, V, Lei nº 6.515/77, art. 32.
Art. 198 – O estrangeiro (refugiado ou não) em situação regular no país (visto válido, ou
protocolo de pedido de refúgio, nos termos da legislação vigente) poderá fazer prova de idade,
estado civil e filiação por quaisquer dos seguintes documentos:
II – passaporte;
Art. 198 – O migrante e/ou visitante em situação regular no país (com visto válido,
autorização de residência ou protocolo de pedido de refúgio, asilo ou reconhecimento da condição
de apátrida, nos termos da legislação vigente) poderá fazer prova de idade, estado civil e filiação
por quaisquer dos seguintes documentos:
I - cédula especial de identidade de estrangeiro, emitida pela Polícia Federal do Brasil;
II - passaporte;
III - atestado consular;
IV - certidão de nascimento ou casamento com averbação de divórcio, legalizada ou
apostilada, traduzida por tradutor público juramentado e registrada em Registro de Títulos e
Documentos;
V - Carteira de Registro Migratório, na modalidade temporária ou definitiva, ou para
nacionais de países fronteiriços;
VI - Documento Provisório de Registro Nacional Migratório;
VII - Protocolo da Solicitação de Refúgio com fotografia.
86
§ 1º - Serão aceitos também quaisquer documentos oficiais que comprovem a idade, o
estado civil e a filiação, de acordo com a legislação do país de origem, legalizada ou apostilada,
traduzida por tradutor público juramentado e registrada em Registro de Títulos e Documentos.
§ 2º - É desnecessária, no caso deste artigo, a apresentação de certidão atualizada de
nascimento.
§ 3º- Os nacionais de outros países representados por procurador que não estejam dentre
aquelas especificados no caput poderão fazer prova de idade, estado civil e filiação com os
documentos previstos neste artigo e no artigo 82, observados os procedimentos do art. 95 desta
CNNR, no que couberem.
§ 4º - Os Registradores estão dispensados de promover a comunicação do casamento das
pessoas mencionadas no caput e parágrafo anterior para fins da anotação do artigo 106 da Lei nº
6.015/73, caso não existam assentos de registro civil daquelas no território nacional.
(Redação dada pelo Provimento nº 49/20-CGJ/RS, art.3º)
Art. 199 – Se qualquer interessado não souber o idioma nacional e o Registrador não
compreender aquele em que se expressa, deverá comparecer tradutor público para servir de
intérprete ou, não o havendo na localidade, outra pessoa capaz que, a juízo do Registrador, tenha
idoneidade e conhecimento suficiente para tanto.
Art. 200 – É dever do Registrador esclarecer aos nubentes a respeito dos fatos que podem
ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens.
Art. 201 – Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro,
sendo-lhe facultada, neste caso, a supressão de sobrenome de família, desde que não se suprima
completamente o nome de solteiro(a).
§ 2º – O eventual repasse de valor pago pela parte para publicação do edital deverá ser
devidamente comprovado nos autos da habilitação.
§ 3º – Poderá ser dispensado o envio dos autos ao Ministério Público nas hipóteses em que
o Procurador-Geral de Justiça assim tenha solicitado, em ofício dirigido a esta Corregedoria-Geral,
declarando inexistência de interesse público e social que justifique intervenção de agente
ministerial.
87
• Ofício Gab. nº 414/19-PGJ/MPRS, Exp. SEI nº 8.2019.0010/003187-2.
Art. 202 - Autuada a petição com os documentos, estando em ordem, o Registrador dará
publicidade, em meio eletrônico, à habilitação, e extrairá, no prazo de até 5 (cinco) dias, o
certificado de habilitação, podendo os nubentes contrair matrimônio perante qualquer serventia
de Registro Civil das Pessoas Naturais, de sua livre escolha, observado o prazo de eficácia do art.
1.532 do Código Civil. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 1º - A identificação das partes e a apresentação dos documentos exigidos pela lei civil para
fins de habilitação poderão ser realizadas eletronicamente, mediante recepção e comprovação da
autoria e integridade dos documentos. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 2º – O eventual repasse de valor pago pela parte para publicação do edital deverá ser
devidamente comprovado nos autos da habilitação.
§ 3º – A publicação de que trata o caput, a critério dos nubentes, poderá ser realizada em
jornal eletrônico, disponível em sítio virtual da rede mundial de computadores, mantido e custeado
pelo SINDIREGIS – Sindicato dos Registradores Públicos do RS, dispensada, neste caso, a publicação
pelo jornal impresso, fazendo-se a devida comprovação da publicação eletrônica nos autos da
habilitação.
§ 3º - Não haverá cobrança pela publicação prevista no parágrafo anterior quando o ato
registral for gratuito. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 4º – Não haverá cobrança pela publicação prevista no parágrafo anterior quando o ato
registral for gratuito.
88
§ 6º – Poderá ser dispensado o envio dos autos ao Ministério Público nas hipóteses em que
o Procurador-Geral de Justiça assim tenha solicitado, em ofício dirigido a esta Corregedoria-Geral,
declarando inexistência de interesse público e social que justifique intervenção de agente
ministerial.
§1º - Produzidas as provas pelos nubentes, ouvidos estes e o Ministério Público em 05 (cinco)
dias, decidirá o juízo em igual prazo. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 2º – A eficácia da habilitação será de 90 (noventa) dias a contar da data em que foi extraída
a certidão de habilitação matrimonial.
§2º - Não havendo impugnação ou sendo decidida em favor dos nubentes, será expedida a
certidão de habilitação, que terá eficácia de 90 (noventa) dias a contar da data em que foi extraída.
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
89
§ 2º – No caso do inciso II, se o casamento não for realizado na zona do Registro Civil das
Pessoas Naturais processante da habilitação, o Registrador expedirá a correspondente certidão,
para que o ato o seja pelo Registro Civil das Pessoas Naturais da zona escolhida pelos contraentes.
Art. 204 - Quando a celebração do casamento ocorrer perante Registrador Civil das Pessoas
Naturais diverso daquele da habilitação, deverá ser comunicado o Registrador em que foi realizada
a habilitação, por meio eletrônico, para a devida anotação no procedimento de habilitação.
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 205 – Nas hipóteses dos incisos I e II do artigo anterior, a remessa do edital e da certidão
de inexistência de alegação de impedimento pelas serventias deverá ocorrer mediante a
infraestrutura da Central do Registro Civil do Estado do Rio Grande do Sul – CRC.
Art. 206 - A celebração do casamento poderá ser realizada, a requerimento dos nubentes,
em meio eletrônico, por sistema de videoconferência em que se possa verificar a identificação e
livre manifestação da vontade dos contraentes. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 208 - Os livros de proclamas serão escriturados cronologicamente com o resumo do que
constar nos editais expedidos pelo próprio cartório ou recebidos de outros, preferencialmente em
meio eletrônico. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Parágrafo único – Se o Registrador suspeitar de que o casamento em questão possa não ser
benéfico para a pessoa com deficiência mental ou intelectual, deverá submeter, com nota
fundamentada, o pedido de habilitação para análise do juízo competente, nos termos do artigo 198
e 296 da Lei nº 6.015/73.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO DA CELEBRAÇÃO
Art. 210 – O casamento será celebrado no dia, hora e lugar previamente designados pela
autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes devidamente
habilitados, com observância das formalidades previstas na legislação civil.
Parágrafo único – O Juiz de Paz, ou seus suplentes, deverão atender, na medida do possível,
pedidos formulados pelos contraentes no sentido de celebração de casamentos aos sábados, ou
em locais diversos daqueles usualmente utilizados para tais atos. Para esse fim, poderão eles fixar
um número máximo de celebrações em tais circunstâncias, a serem atendidas na ordem
cronológica dos pedidos, não devendo tal número ser inferior a quatro por sábado.
Art. 211 – Celebrado o casamento, será lavrado o registro, assinado pelo presidente do ato,
os cônjuges, as testemunhas e o Registrador, consignando-se:
VII – o regime de casamento com declaração da data e do tabelionato onde foi lavrada a
escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial ou o obrigatoriamente
estabelecido;
91
IX – à margem do termo, a impressão digital do contraente se não souber ou não puder
assinar o nome, mediante o emprego de coletor especial.
Art. 212 – O novo casamento deverá ser anotado nos assentos de nascimento e de
casamento imediatamente anterior, sem prejuízo de sua anotação facultativa nos registros de
casamentos anteriores.
CAPÍTULO III
DO REGISTRO DO CASAMENTO RELIGIOSO PARA EFEITOS CIVIS
§ 1º – O registro será feito no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar da data da entrada
do requerimento.
92
Art. 215 – O casamento religioso, celebrado sem a prévia habilitação perante o Registrador,
poderá ser registrado no Registro Civil das Pessoas Naturais, a qualquer tempo e mediante prévia
habilitação, para gerar efeitos civis.
• Código Civil, art. 1.516, § 2º; Lei nº 6.015/73, art. 74, parágrafo único.
CAPÍTULO IV
DA CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
Art. 216 – A conversão da união estável em casamento será procedida mediante pedido ao
Registrador Civil das Pessoas Naturais, o qual fará exame preliminar da documentação, com a
abertura de procedimento de habilitação comum.
Art. 216 - A conversão da união estável em casamento é facultativa e poderá ser requerida
pelos companheiros perante o Registrador Civil das Pessoas Naturais do local de sua residência.
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Parágrafo único – No caso de requerimento por mandato, a procuração deverá ser por
instrumento público com prazo máximo de 30 (trinta) dias de sua expedição. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 217 – Decorrido o prazo da habilitação, sem impugnações, será lavrado o assento da
conversão da união estável em casamento no Livro “B-Auxiliar”, independentemente de
autorização judicial e de qualquer outra celebração formal.
Art. 217 - Recebido o requerimento, será iniciado o processo de habilitação, que observará o
mesmo rito previsto para o casamento, devendo constar dos proclamas que se trata de conversão
de união estável em casamento. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Parágrafo único - Estando em termos o pedido, será lavrado o assento da conversão da união
estável em casamento, independentemente de autorização judicial, prescindindo o ato da
celebração do matrimônio. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 218 – O Ministério Público será obrigatoriamente intimado, e sua eventual impugnação
obstará o prosseguimento do procedimento na via administrativa, demandando a apreciação do
juízo competente.
93
Art. 218 - O assento da conversão da união estável em casamento será lavrado no Livro B, de
acordo com os requisitos dos artigos 70 e 70-A da Lei nº 6.015/73, além, se for o caso, dos seguintes
dados: (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
I - registro anterior da união estável no Livro E, com especificação dos seus dados de
identificação (data, livro, folha e ofício) e a individualização do título que lhe deu origem; (Incluído
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
II - regime de bens que vigorava ao tempo da união estável na hipótese de ter havido
alteração no momento da conversão em casamento, desde que o referido regime estivesse
indicado em anterior registro de união estável ou em um dos títulos indicados no artigo 230 desta
CNNR; (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
III - a data de início da união estável, desde que observado o disposto no art. 230, §§1º e 2º
desta CNNR; (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
IV - a seguinte advertência no caso de o regime de bens vigente durante a união estável ser
diferente do adotado após a conversão desta em casamento: “este ato não prejudicará terceiros
de boa-fé, inclusive os credores dos companheiros cujos créditos já existiam antes da alteração do
regime”. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 219 – É facultada a intervenção no processo a quem conhecer algum dos impedimentos
elencados no art. 1.521, com exceção do inciso VI, do Código Civil
Art. 219 - A conversão da união estável dependerá da superação dos impedimentos legais
para o casamento, sujeitando-se à adoção do regime patrimonial de bens, na forma da lei civil.
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 220 – Na conversão da união estável em casamento, qualquer dos contraentes poderá
acrescer ao seu o sobrenome do outro, sendo-lhe facultada, neste caso, a supressão de sobrenome
de família, desde que não se suprima completamente o nome de solteiro(a).
Art. 220 - O procedimento de certificação eletrônica de união estável realizado perante oficial
de registro civil autoriza a indicação das datas de início e, se for o caso, de fim da união estável no
registro e é de natureza facultativa (art. 70-A, § 6º, Lei nº 6.015/73). (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
§ 1º - O procedimento inicia-se com pedido expresso dos companheiros para que conste do
registro as datas de início ou de fim da união estável, pedido que poderá ser eletrônico ou não.
(Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 2º - Para comprovar as datas de início ou, se for o caso, de fim da união estável, os
companheiros valer-se-ão de todos os meios probatórios em direito admitidos. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 3º - O Registrador entrevistará os companheiros e, se houver, testemunhas para verificar a
plausibilidade do pedido. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
94
§ 4º - A entrevista deverá ser reduzida a termo e assinada pelo Registrador e pelos
entrevistados. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 221 – Não poderá constar no assento de conversão da união estável em casamento
nenhuma menção a respeito do início ou fim da união estável, salvo se tais fatos forem
reconhecidos por sentença em ação judicial, com trânsito em julgado.
§ 2º - Quando na conversão for adotado novo regime, será exigida a apresentação de pacto
antenupcial, salvo se o novo regime for o da comunhão parcial de bens, hipótese em que se exigirá
declaração expressa e específica dos companheiros nesse sentido. (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
§ 3º - Não se aplica o regime da separação legal de bens do art. 1.641, inciso II, do Código
Civil, se inexistia essa obrigatoriedade na data indicada como início da união estável na forma do
inciso III do art. 9-C do Provimento nº 37 do CNJ, ou se houver decisão judicial em sentido contrário.
(Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 4º - Não se impõe o regime de separação legal de bens, previsto no art. 1.641, inciso I, do
Código Civil, se superada a causa suspensiva do casamento quando da conversão. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
95
I - o mesmo do consignado: (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
a) em um dos títulos indicados no art. 230 desta CNNR, se houver; ou (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
b) no pacto antenupcial ou na declaração de que trata o § 2º deste artigo. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
II - o regime da comunhão parcial de bens nas demais hipóteses. (Incluído pelo Provimento
nº 023/2023-CGJ)
§ 6º - Para efeito do art. 1.657 do Código Civil, o título a ser registrado em livro especial no
Registro de Imóveis do domicílio do cônjuge será o pacto antenupcial ou, se este não houver na
forma do § 1º deste artigo, será um dos títulos indicados no art.230 desta CNNR, em conjunto com
a certidão da conversão da união estável em casamento. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-
CGJ)
Art. 222 – Para conversão da união estável em casamento com reconhecimento da data de
início, o pedido deve ser direcionado ao juízo competente.
Parágrafo único. Para efeito deste artigo, considera-se em termos o pedido quando houver
pendência não essencial, assim entendida aquela que não elida a firmeza da vontade dos
companheiros quanto à conversão e que possa ser sanada pelos herdeiros do falecido. (Alterado
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
TÍTULO IX
DA SEPARAÇÃO E DO DIVÓRCIO
Art. 223 – As sentenças judiciais de separação e divórcio serão averbadas no Livro “B” e
anotadas no Livro “A”, não havendo necessidade do Registro no Livro “E”.
96
Art. 226 – O Registrador que averbar a escritura pública de separação e divórcio consensual
no assento de casamento também anotará no respectivo assento de nascimento dos cônjuges, se
de sua serventia, ou, se de outra, comunicará ao Registrador competente para a necessária
anotação.
Art. 227 – O Registro Civil das Pessoas Naturais que realizar averbação da separação, divórcio
e restabelecimento da sociedade conjugal, comunicará ao Registro Civil das Pessoas Naturais onde
está registrado o nascimento do(s) nubente(s), para efeitos de anotação.
§ 4º – Se a comunicação for oriunda de Registro Civil das Pessoas Naturais de outro Estado
da Federação ou encaminhada a outro Estado da Federação, não se aplicará este dispositivo, sendo
realizada a anotação ou a comunicação sem cobrança ou remessa de emolumentos.
Art. 228 – O disposto neste Título aplica-se às sentenças judiciais e escrituras públicas de
restabelecimento da sociedade conjugal.
TÍTULO X
DA UNIÃO ESTÁVEL
Art. 229 – É facultativo o registro da união estável prevista nos artigos 1.723 a 1.727 do
Código Civil, mantida entre o homem e a mulher ou entre duas pessoas do mesmo sexo.
Art. 229 - É facultativo o registro da união estável prevista nos artigos 1.723 a 1.727 do Código
Civil, mantida entre o homem e a mulher, ou entre duas pessoas do mesmo gênero. (Alterado pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 1º - O registro de que trata o caput confere efeitos jurídicos à união estável perante
terceiros. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
97
§ 3º - Havendo nascituro ou filhos incapazes, a dissolução da união estável somente será
possível por meio de sentença judicial. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
I – a data do registro;
IV – a indicação das datas e dos Registros Civis das Pessoas Naturais em que foram registrados
os nascimentos das partes, os seus casamentos ou uniões estáveis anteriores, assim como os óbitos
de seus anteriores cônjuges ou companheiros, quando houver, ou os respectivos divórcios ou
separações judiciais ou extrajudiciais se foram anteriormente casados;
Art. 230 - Os títulos admitidos para registro ou averbação são: (Alterado pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
III - escrituras públicas declaratórias de dissolução da união estável nos termos do Código de
Processo Civil; (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
98
§1º - O registro de reconhecimento ou de dissolução da união estável somente poderá indicar
as datas de início ou de fim da união estável se estas constarem de um dos seguintes meios:
(Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
I - decisão judicial, respeitado, inclusive, o disposto no § 2º do art. 7º do Provimento nº 37
do CNJ; (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
II - procedimento de certificação eletrônica de união estável realizado perante Registrador
Civil das Pessoas Naturais na forma do art. 9º-F do Provimento nº 37 do CNJ; ou (Alterado pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
III - escrituras públicas ou termos declaratórios de reconhecimento ou de dissolução de união
estável, desde que: (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
a) a data de início ou, se for o caso, do fim da união estável corresponda à data da lavratura
do instrumento; e (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
b) os companheiros declarem expressamente esse fato no próprio instrumento ou em
declaração escrita feita perante o Registrador Civil das Pessoas Naturais quando do requerimento
do registro. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 2º - Fora das hipóteses do caput, o campo das datas de início ou, se for o caso, de fim da
união estável no registro, constará como “não informado”. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-
CGJ)
Art. 231 – Serão arquivados pelo Registrador, em meio físico ou mídia digital segura, os
documentos apresentados para o registro da união estável e de sua dissolução, com referência do
arquivamento à margem do respectivo assento, de forma a permitir sua localização.
Art. 232 – Quando o estado civil dos companheiros não constar da escritura pública, deverão
ser exigidas e arquivadas as respectivas certidões de nascimento, ou de casamento com averbação
do divórcio ou da separação judicial ou extrajudicial, ou de óbito do cônjuge, se o companheiro for
viúvo, exceto se mantidos esses assentos no Registro Civil das Pessoas Naturais em que registrada
a união estável, hipótese em que bastará sua consulta direta pelo Registrador.
Art. 233 - O registro de união estável decorrente de termo declaratório firmado perante o
Registrador Civil ou de escritura pública de reconhecimento ou extinção produzirá efeitos jurídicos
entre os companheiros e terceiros. (Alterado pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 234 – O Registrador deverá anotar o registro da união estável nos atos anteriores, com
remissões recíprocas, se lançados em seu Registro Civil das Pessoas Naturais, ou comunicá-lo ao
Registrador Civil das Pessoas Naturais em que estiverem os registros primitivos dos companheiros.
I - as informações indicadas nos incisos I a VIII do art.94-A da Lei nº 6.015/73; (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
II - data do termo declaratório e serventia de Registro Civil das Pessoas Naturais em que
formalizado, quando for o caso; (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
III - caso se trate da hipótese do §2º do art. 94-A da Lei nº 6.015/73: (Incluído pelo Provimento
nº 023/2023-CGJ)
a) a indicação do país em que foi lavrado o título estrangeiro envolvendo união estável com,
ao menos, um brasileiro; e (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
b) a indicação do país em que os companheiros tinham domicílio ao tempo do início da união
estável e, no caso de serem diferentes, a indicação do primeiro domicílio convivencial. (Incluído
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
IV - data de início e de fim da união estável, desde que corresponda à data indicada na forma
do art. 1º, §§ 4º e 5º, do Provimento nº 37 do CNJ. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 1º - Na hipótese do inciso III deste artigo, somente será admitido o registro de título
estrangeiro se este expressamente referir-se à união estável regida pela legislação brasileira, ou se
houver sentença de juízo brasileiro reconhecendo a equivalência do instituto estrangeiro. (Incluído
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 3º - Para fins deste artigo, é dispensável o prévio registro do título estrangeiro no Registro
de Títulos e Documentos (arts. 94-A, §3º, e 148 da Lei nº 6.015/73), exigida, porém, a sua tradução
juramentada e, se se tratar de documento público estrangeiro, o seu apostilamento ou a sua
legalização. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 5º - As comunicações previstas neste artigo poderão ser efetuadas por meio eletrônico
seguro, com arquivamento do comprovante de envio. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art.234-A - Serão arquivados pelo Registrador Civil das Pessoas Naturais, em meio físico ou
mídia digital segura, os documentos apresentados para o registro da união estável e de sua
dissolução, com referência do arquivamento à margem do respectivo assento, de forma a permitir
sua localização. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 234-B - Na hipótese de o título não mencionar o estado civil e não haver indicações
acerca dos assentos de nascimento, de casamento ou de união estável das partes (art. 94-A, II e IV,
da Lei nº 6.015/73), o Registrador deverá obter essas informações para a lavratura do registro
mediante as seguintes providências: (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
100
I - exigir a apresentação, no prazo de 15 (quinze) dias, das certidões atualizadas dos referidos
assentos, desde que estes assentos tenham sido lavrados em outra serventia; ou (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
II - consultar os referidos assentos no próprio acervo, se for o caso. (Incluído pelo Provimento
nº 023/2023-CGJ)
Parágrafo único. Considera-se atualizada a certidão expedida há, no máximo, 90 (noventa)
dias. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 234-C - O registro da sentença declaratória da união estável ou de sua dissolução não
altera os efeitos da coisa julgada, previstos no art.506 do Código de Processo Civil. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 234-D - O Registrador deverá anotar o registro da união estável nos atos anteriores, com
remissões recíprocas, se lançados em seu Registro Civil das Pessoas Naturais, ou comunicá-lo ao
Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais em que estiverem os registros primitivos dos
companheiros. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
§ 2º – As comunicações previstas neste artigo poderão ser efetuadas por meio eletrônico
seguro, com arquivamento do comprovante de envio, ou por outro meio previsto em norma da
Corregedoria-Geral da Justiça para as comunicações de atos do Registro Civil das Pessoas Naturais.
§ 2º As comunicações previstas neste artigo deverão ser efetuadas por meio da Central de
Serviços Eletrônicos Compartilhados. (Alterado pelo Provimento nº 006/2022-CGJ)
Art. 234-E - Não é exigível o prévio registro da união estável para que seja registrada a sua
dissolução, devendo, nessa hipótese, constar do registro somente a data da escritura pública de
dissolução. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 234-F - Não poderá ser promovido o registro, no Livro E, de união estável de pessoas
casadas, ainda que separadas de fato, exceto se separadas judicialmente ou extrajudicialmente, ou
se a declaração da união estável decorrer de sentença judicial transitada em julgado. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
Parágrafo único. Na hipótese de pessoas indicadas como casadas no título, a comprovação
da separação judicial ou extrajudicial poderá ser feita até a data da prenotação desse título,
hipótese em que o registro deverá mencionar expressamente essa circunstância e o documento
comprobatório apresentado. (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
101
Art. 235 – Não é exigível o prévio registro da união estável para que seja registrada a sua
dissolução, devendo, nessa hipótese, constar do registro somente a data da escritura pública de
dissolução.
Art. 235 - Em todas as certidões relativas ao registro de união estável no Livro "E" constará
advertência expressa de que “esse registro não produz os efeitos da conversão da união estável em
casamento”. (Alterado pelo Provimento nº 006/2022-CGJ)
Art. 236 – Não poderá ser promovido o registro no Livro E de união estável de pessoas
casadas, ainda que separadas de fato, exceto se separadas judicialmente ou extrajudicialmente, ou
se a declaração da união estável decorrer de sentença judicial transitada em julgado.
§ 2º - Na hipótese de a certidão de que trata o inciso IV do art. 237 desta CNNR ser positiva,
a alteração de regime de bens deverá ocorrer por meio de processo judicial. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
102
§ 6º - O requerimento de que trata este artigo pode ser processado perante o Registro Civil
das Pessoas Naturais de livre escolha dos companheiros, hipótese em que caberá ao Registrador
que recepcionou o pedido encaminhá-lo ao ofício competente por meio da CRC. (Incluído pelo
Provimento nº 023/2023-CGJ)
Art. 237 – Em todas as certidões relativas ao registro de união estável no Livro "E" constará
advertência expressa de que esse registro não produz os efeitos da conversão da união estável em
casamento.
• Provimento nº 37/14-CNJ.
Art. 237 - Para instrução do procedimento de alteração de regime de bens previsto no art.
236, o Registrador exigirá a apresentação dos seguintes documentos: (Alterado pelo Provimento nº
006/2022-CGJ)
I - certidão do distribuidor cível e execução fiscal do local de residência dos últimos cinco
anos (estadual/federal); (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
II - certidão dos tabelionatos de protestos do local de residência dos últimos cinco anos;
(Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
III - certidão da Justiça do Trabalho do local de residência dos últimos cinco anos; (Incluído
pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
IV - certidão de interdições perante o 1º ofício de registro civil das pessoas naturais do local
da residência dos interessados dos últimos cinco anos; (Incluído pelo Provimento nº 023/2023-CGJ)
V - conforme o caso, proposta de partilha de bens, ou declaração de que por ora não desejam
realizá-la, ou, ainda, declaração de que inexistem bens a partilhar. (Incluído pelo Provimento nº
023/2023-CGJ)
TÍTULO XI
DO ÓBITO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 238 – Nenhum sepultamento será feito sem certidão do Registro Civil das Pessoas
Naturais do lugar do falecimento ou do lugar de residência do de cujus, quando o falecimento
ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista
do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que
tiverem presenciado ou verificado a morte.
IV – na falta de pessoa competente, nos termos dos incisos anteriores, a que tiver assistido
aos últimos momentos do finado, o médico, o sacerdote ou vizinho a saber do falecimento;
§ 1º – A declaração poderá ser feita por mandatário com poderes especiais, outorgados por
procuração particular com firma reconhecida ou por instrumento público, devendo constar os
elementos necessários ao assento de óbito.
Art. 241 – Deverão também os Oficiais de Registro Civil fiscalizar o correto preenchimento
das Declarações de Óbito, observando as regras a seguir:
III – não podem haver espaços em branco, colocando-se um traço (–) quando desconhecida
a informação solicitada ou, conforme o caso, não se aplicar ao item correspondente;
IV – deve ser buscada, por todos os meios possíveis, a informação correspondente a cada
item do atestado.
104
V – a ausência da indicação do código da Classificação Internacional de Doenças (CID) da
Organização Mundial da Saúde na coluna “CID” do Campo 40 da declaração de óbito não constitui
impedimento para a lavratura do respectivo assento de óbito.
§ 2º– Os Oficiais do Registro Civil não deverão aceitar, para efeito do assento de óbitos,
Declarações de Óbito (DO) sem a variável raça/cor.
CAPÍTULO II
DOS ELEMENTOS DO REGISTRO
III – o prenome, nome, sexo, idade, cor, estado civil, profissão, naturalidade, domicílio e
residência do morto;
VII - se deixou filhos, prenomes, idade de cada um, e informação acerca de existência de
genitor sobrevivente quando o filho for menor de 18 anos; (Redação alterada pelo Provimento n.
005/2022-CGJ)
VIII – se a morte foi natural ou violenta, e a causa conhecida, com os nomes dos atestantes;
IX – o lugar do sepultamento;
XI – se era eleitor;
XII – pelo menos uma das informações a seguir arroladas: número de inscrição do PIS/PASEP;
número de inscrição do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, se contribuinte individual;
número do benefício previdenciário – NB, se a pessoa falecida for titular de qualquer benefício pago
pelo INSS; número do CPF; número de registro da carteira de identidade e respectivo órgão emissor;
número do título de eleitor; número do registro de nascimento, com informação do livro, da folha
e do termo; número e série da carteira de trabalho;
§2º – O registro será assinado pela pessoa que proceder à comunicação, ou por alguém a seu
rogo, se não souber ou não puder assinar.
106
§3º – Se o registro for posterior ao enterro, faltando atestado de médico ou de duas pessoas
qualificadas, assinarão com o declarante duas testemunhas que assistiram o falecimento ou o
funeral e puderem atestar, por conhecimento próprio ou por informações colhidas, a identidade
do cadáver.
§ 6° – Obtida a informação de que o falecido deixou filhos menores de 18 anos que estavam
sob sua guarda dado que o outro genitor era falecido, os Registradores Civis farão a comunicação
da referida situação ao Conselho Tutelar da localidade para as devidas providências. (Parágrafo
incluído pelo Provimento n. 005/2022-CGJ)
CAPÍTULO III
DA MORTE PRESUMIDA
Art. 243 – A morte presumida será declarada, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei
autorizar a abertura da sucessão definitiva, e, declarada sem a decretação de ausência, quando for
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida ou se alguém, desaparecido
em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Art. 244 – A morte presumida será registrada no Livro “C” – registro de óbitos.
CAPÍTULO IV
DO REGISTRO DE NATIMORTO
107
Art. 245 – Nascendo morta a criança, ou morrendo na ocasião do parto, far-se-á o assento
com os elementos adequados e com remissão ao do óbito.
§ 4º – Verificado que, na Declaração de Óbito (DO) fetal, o campo sexo foi preenchido
“ignorado”, o assento de natimorto será lavrado registrando-se o sexo como “ignorado”.
(Parágrafo incluído pelo Provimento nº 006/2022-CGJ)
TÍTULO XII
DA EMANCIPAÇÃO, DA INTERDIÇÃO, DA AUSÊNCIA, DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA
CAPÍTULO I
DA EMANCIPAÇÃO
Art. 246 – Serão registrados no Livro “E” da serventia, ou no 1º Registro Civil das Pessoas
Naturais, se houver mais de um na Comarca, com relação aos menores nela domiciliados, a
emancipação por concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do Juiz, ouvido o tutor, se
o menor tiver 16 anos completos.
Art. 247 – O registro será feito mediante trasladação da sentença oferecida em certidão ou
da escritura pública, limitando-se nesta às referências da data, livro, folha e tabelionato da
lavratura.
108
Art. 248 – Constarão do registro:
III – o prenome, sobrenome, profissão, naturalidade, CPF e residência dos pais ou do tutor;
CAPÍTULO II
DA INTERDIÇÃO
Art. 249 - Em cada comarca, em relação aos interditos nela domiciliados, registrar-se-ão no
Livro “E” da serventia, ou no 1º Registro Civil das Pessoas Naturais, se houver mais de um, as
sentenças de interdição, declarando-se:
I – a data do registro;
§1º - A ausência de um ou mais requisitos previstos no inciso II não impedirá o registro, desde
que ocorra a perfeita individualização do interdito, de forma tal que os homônimos possam ser
facilmente distinguidos. (Incluído pelo Provimento nº 17/2023-CGJ)
109
§2º - Sempre que possível e necessário, os dados de individualização poderão ser extraídos
do mandado, certidões do Registro Civil, busca no acervo da Serventia e também na Central
Nacional e Estadual do Registro Civil. (Incluído pelo Provimento nº 17/2023-CGJ)
CAPÍTULO III
DA AUSÊNCIA
Art. 251 – As sentenças declaratórias de ausência serão registradas no Livro “E” da serventia,
ou no 1º Registro Civil das Pessoas Naturais, se houver mais de um na Comarca, do domicílio
anterior do ausente, com as mesmas cautelas e efeitos do registro de interdição, declarando-se:
I – a data do registro;
II – o prenome, sobrenome, estado civil, profissão, CPF e domicílio anterior do ausente, data
e serventia do registro de nascimento e do casamento, bem como nome do cônjuge, se for casado;
III – o tempo de ausência até a data da sentença;
IV – o nome do autor;
110
• Lei nº 6.015/73, art. 94.
Parágrafo único – Se, no mandado judicial apresentado, faltar qualquer dos elementos
previstos no caput deste artigo, o Registrador deverá devolvê-lo ao apresentante, mediante nota
de devolução explicativa fundamentada, para as devidas complementações, viabilizando o
exercício de eventual reclamação ou suscitação de dúvida.
CAPÍTULO IV
DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA
I – a data do registro;
IV – o nome, profissão, estado civil, CPF, domicílio e residência dos dois (02) apoiadores;
V – o objeto do apoio;
TÍTULO XIII
DA AVERBAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 254 – O ato de averbação deve observar a continuidade dos eventos, exigindo-se a
realização da averbação daquele antecedente, se for o caso.
Art. 255 – Nos assentos de nascimento, casamento e óbito poderá ser averbado o número
de CPF, de forma gratuita.
Art. 256 – Para emissão de certidões, fica vedada a exigência de averbação de CPF nos
assentos de nascimento, casamento e óbito de pessoas já falecidas que não detinham tal cadastro
em vida, porém poderá ser realizada a averbação a requerimento expresso do interessado.
• Consulta nº 0004693-27.2018.2.00.0000-CNJ.
CAPÍTULO II
DA AVERBAÇÃO NO NASCIMENTO
I – a alteração de nome;
112
VIII – a retificação de nome e de outros dados do registro;
XI – o cancelamento de registro.
Parágrafo único – Por ocasião do óbito do(a) cônjuge, poderá o(a) viúvo(a) requerer
averbação para eventual retorno ao nome de solteiro(a).
• Provimento nº 82/19-CNJ.
CAPÍTULO III
DA AVERBAÇÃO NO CASAMENTO
VIII – adoção;
X – o cancelamento do registro.
113
necessidade de homologação pelo STJ ou de prévia manifestação de qualquer outra autoridade
judicial brasileira, nos termos do Provimento nº 53/16-CNJ.
Parágrafo único – Por ocasião do óbito do(a) cônjuge, poderá o(a) viúvo(a) requerer
averbação para eventual retorno ao nome de solteiro(a).
• Provimento nº 82/19-CNJ.
CAPÍTULO IV
DA AVERBAÇÃO NA EMANCIPAÇÃO, INTERDIÇÃO, AUSÊNCIA E TOMADA DE DECISÃO
APOIADA
VI – a substituição de apoiadores;
CAPÍTULO V
DA AVERBAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL
Art. 260 – A averbação direta de sentença estrangeira de divórcio, nos termos do art. 961, §
5º, do Código de Processo Civil e Provimento nº 53/16 do CNJ, é reservada apenas àquele
consensual simples ou puro, assim entendido o que se ocupa apenas da extinção do matrimônio,
sem tratar de temas como guarda de filhos, alimentos e partilha de bens.
Parágrafo único – Decisão de natureza não judicial de extinção de casamento, que pela lei
brasileira tenha natureza jurisdicional, se atendidos os requisitos do caput, também pode ser
averbada de modo direito.
114
TÍTULO XIV
DAS RETIFICAÇÕES, DAS RESTAURAÇÕES E DOS SUPRIMENTOS
§3º - Havendo registro incompleto no livro, a restauração se dará por averbação à margem
do termo, aplicando-se o disposto no artigo 98 da Lei Federal nº 6.015/73, ou, não sendo possível,
deverá ser realizada no livro atual em curso com anotações remissivas. (Acrescentado pelo
Provimento 19/2023-CGJ)
§4º - Inexistente o assento, a restauração se dará por novo registro, no livro corrente,
fazendo constar o número do livro, folha e termo do assento primitivo. (Acrescentado pelo
Provimento 19/2023-CGJ)
Art. 263 – Os pedidos de retificação com fundamento no art. 110 da Lei nº 6.015/73
independem de prévia autorização judicial ou manifestação do Ministério Público.
115
Art. 264 – O procedimento de retificação inicia-se por requerimento do interessado, que
deverá ser autuado, e, após regular processamento, lançada decisão fundamentada de
deferimento de retificação ou eventual impugnação, viabilizando, neste caso, o exercício do pedido
de suscitação de dúvida
TÍTULO XV
DA ANOTAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 265 – Sempre que o Registrador fizer algum registro ou averbação, no prazo de 05 (cinco)
dias, deverá anotá-lo nos atos anteriores, com remissões recíprocas, se lançados em seu Registro
Civil das Pessoas Naturais, ou fará comunicação, com resumo do assento, ao Registrador em cuja
serventia estiverem os registros primitivos.
§ 2º – As anotações de atos oriundos de outro Registro Civil das Pessoas Naturais serão
realizadas a vista de comunicação recebida ou mediante requerimento do interessado com certidão
do ato realizado.
Art. 266 – O ato de anotação deve observar a continuidade dos eventos, exigindo-se a
realização daquele antecedente, se for o caso.
Art. 267 – Nos assentos de nascimento, casamento e óbito poderão ser anotados o número
do DNI ou RG, título de eleitor e outros dados cadastrais públicos relativos à pessoa natural,
mediante conferência.
CAPÍTULO II
DA ANOTAÇÃO NO NASCIMENTO
CAPÍTULO III
DA ANOTAÇÃO NO CASAMENTO
CAPÍTULO IV
DA ANOTAÇÃO NA EMANCIPAÇÃO, INTERDIÇÃO, AUSÊNCIA E TOMADA DE DECISÃO
APOIADA
II – o óbito.
Art. 271 – Os Oficiais, além das penas disciplinares, são responsáveis civil e criminalmente
pela omissão ou atraso na remessa de comunicação a outros Registros Civis das Pessoas Naturais.
TÍTULO XVI
DA BUSCA DE ASSENTO DE REGISTRO CIVIL DE PESSOA NATURAL
117
Art. 272 – A requisição de busca de assento de registro civil de pessoa natural, determinada
em processo judicial de qualquer natureza, em tramitação no Poder Judiciário Estadual, quando
conhecido o local do registro, será encaminhada pelo Juízo Requisitante para o e-mail oficial do
sistema Selo Digital de Fiscalização Notarial e Registral do Serviço do Registro Civil das Pessoas
Naturais onde foi registrado o ato.
§ 1º – A lista de e-mails dos titulares das Serventias Extrajudiciais está disponível na página
do Tribunal de Justiça no seguinte endereço:
http://www.tjrs.jus.br/institu/enderecos/cartorios.php.
§ 2º – Não sendo conhecido o local do registro, o ofício deve ser enviado eletronicamente
pelo e-mail setorial do Cartório Judicial para o grupo de distribuição de e-mail oficial do sistema
Selo Digital das Serventias de Registro Civil ([email protected]).
Art. 272 – A consulta destinada a localizar os atos de registro civil das pessoas naturais –
como os registros de nascimentos, casamentos e óbitos – será procedida diretamente no sistema
da Central de Buscas e Informações de Registro Civil das Pessoas Naturais – CRC, pelo magistrado
ou servidor da unidade do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul previamente cadastrado, com
imediata requisição eletrônica da certidão respectiva, na mesma plataforma, caso encontrados os
dados do registro buscado. (https://crc.sindiregis.com.br/login). (Alterado pelo Provimento nº
006/2022-CGJ).
§3º – Não sendo encontrado o local do registro, o pedido deverá ser enviado
eletronicamente pelo e-mail setorial da unidade judicial ao grupo de distribuição de e-mail oficial
do sistema Selo Digital das Serventias de Registro Civil das Pessoas Naturais ([email protected]),
tendo o Oficial Registrador que detiver os dados do registro prazo de 5 (cinco) dias úteis a partir do
recebimento para encaminhamento eletrônico da respectiva certidão ao Juízo Requisitante.
118
Art. 273 – A requisição de busca de assento de Registro Civil de Pessoa Natural determinada
em processo judicial de qualquer natureza, em tramitação no Poder Judiciário de outros Estados
ou no Poder Judiciário Federal ou Militar do Estado do Rio Grande do Sul será encaminhada pelo
Juízo Requisitante, por ofício, diretamente ao Serviço do Registro Civil onde foi lavrado o ato.
§ 3º – Não sendo conhecido o local da lavratura do assento, o ofício deve ser enviado para o
Serviço de Documentação da Corregedoria-Geral da Justiça (Praça Marechal Deodoro, nº 55, Porto
Alegre, RS – CEP 90010-908) que encaminhará a requisição para o grupo de distribuição de e-mail
oficial do sistema Selo Digital das Serventias de Registro Civil.
Art. 274 – A busca e remessa de certidão de assento de registro civil, por requisição judicial,
está isenta do pagamento de emolumentos e do respectivo Selo Digital de Fiscalização Notarial e
Registral (SDFNR), eis que considerado ato gratuito e não ressarcível.
Parágrafo único – Neste caso, para fins de justificativa do selo, na prestação de contas, a
serventia usará o código RQPJ.
Art. 275 – Além das formas previstas nos artigos anteriores, o interessado poderá requerer
pedido de busca e expedição de certidão de assento de registro civil em qualquer Serventia de
Registro Civil, desde que o registro do ato tenha se efetivado no Estado do Rio Grande do Sul.
119
§ 5º – O Registrador deverá entregar à parte solicitante Nota de entrega e o Registrador da
origem da certidão encaminhará, juntamente com esta, recibo discriminado dos emolumentos.
§1º - Cada busca realizada terá o valor de emolumentos correspondentes a uma busca e um
processamento eletrônico de dados, com os respectivos Selos Digitais de Fiscalização Notarial e
Registral (SDFNR). (Incluído pelo Provimento n. 34/2022-CGJ) (Dispositivo com vigência suspensa
pelo Provimento n. 43/2022-CGJ)
§2º - Os emolumentos referidos no parágrafo anterior serão devidos ao Registrador Civil das
Pessoas Naturais detentor do Livro E da sede da Comarca onde for realizado o ato notarial, ficando
responsável pela emissão do recibo de emolumentos e dos correspondentes Selos Digitais de
Fiscalização Notarial e Registral (SDFNR). (Incluído pelo Provimento n. 34/2022-CGJ) (Dispositivo
com vigência suspensa pelo Provimento n. 43/2022-CGJ)
§1º - Cada busca realizada terá o valor de emolumentos correspondentes a uma busca e um
processamento eletrônico de dados, com os respectivos Selos Digitais de Fiscalização Notarial e
Registral (SDFNR), e será adimplida pela parte ao Tabelionato de Notas que emitir o certificado de
busca. (Alterado pelo Provimento nº 17/2023-CGJ)
Art. 276 – Cabe aos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais criar arquivo, destinado à
conservação, durante 1 (um) ano, dos requerimentos de que trata este Título.
TÍTULO XVII
DAS TRASLADAÇÕES
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
120
Art. 277 – O traslado de assentos de nascimento, casamento e óbito de brasileiros em país
estrangeiro, tomados por autoridade consular brasileira, nos termos do regulamento consular, ou
por autoridade estrangeira competente, a que se refere o caput do art. 32 da Lei nº 6.015/73, será
efetuado no Livro “E” do 1º Registro Civil das Pessoas Naturais da comarca do domicílio do
interessado ou do 1º Registro Civil das Pessoas Naturais do Distrito Federal, sem a necessidade de
autorização judicial.
Art. 279 – Todos os documentos para trasladação posteriores a 14 de agosto de 2016 deverão
estar apostilados, desde que oriundos dos países signatários da Convenção de Haia, em substituição
à legalização prevista no caput do artigo antecedente.
• Resolução nº 155/12-CNJ.
Art. 281 – Sempre que o traslado for indeferido pelo Registrador, será feita nota com os
motivos do indeferimento, cumprindo-se, quando for o caso, o art. 198 c/c o art. 296 da Lei nº
6.015/73.
121
Art. 282 – O traslado de certidões de assentos de nascimento, casamento e óbito de
brasileiros lavrados em país estrangeiro será efetuado mediante apresentação de documentos
originais.
Parágrafo único – O arquivamento de tais documentos poderá ser feito por cópia
reprográfica conferida pelo Registrador.
Art. 283 – O Registrador deverá efetuar o traslado das certidões de assentos de nascimento,
casamento e óbito de brasileiros ocorridos em país estrangeiro, ainda que o requerente relate a
eventual necessidade de retificação do seu conteúdo. Após a efetivação do traslado, para os erros
que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de sua correção,
o Registrador deverá proceder à retificação conforme art. 110 da Lei nº 6.015/73.
Parágrafo único – Para os demais erros, aplica-se o disposto no art. 109 da referida Lei.
Art. 284 – As certidões dos traslados de nascimento, de casamento e de óbito, emitidas pelos
cartórios de 1º Registro Civil das Pessoas Naturais deverão seguir os padrões e modelos
estabelecidos pelo Provimento nº 63/17-CNJ, bem como por outros subsequentes que venham a
alterá-los ou complementá-los, com as adaptações que se fizerem necessárias.
• Provimento nº 63/17-CNJ.
CAPÍTULO II
TRASLADO DE NASCIMENTO
III – requerimento assinado pelo registrado, por um dos seus genitores, pelo responsável
legal ou por procurador.
§ 1º – Quando o registro for lavrado por autoridade consular, deverá constar do assento e
da respectiva certidão do traslado a seguinte observação: “Brasileiro nato, conforme os termos da
alínea C do Inciso I do art. 12, in limine, da Constituição Federal.”.
122
§ 2º – Quando o registro for lavrado por autoridade do país estrangeiro, deverá constar do
assento e da respectiva certidão do traslado a seguinte observação: “Nos termos do artigo 12, Inciso
I, Alínea “C”, in fine, da Constituição Federal, a confirmação da nacionalidade brasileira depende de
residência no Brasil e de opção, depois de atingida a maioridade, em qualquer tempo, pela
nacionalidade brasileira, perante a Justiça Federal. ”
Art. 286 – O traslado de assento de nascimento ocorrido em país estrangeiro poderá ser
requerido a qualquer tempo.
Art. 287 – Caso não conste o sobrenome do registrando no assento de nascimento ocorrido
em país estrangeiro, faculta-se ao requerente a sua indicação, mediante declaração escrita que será
arquivada.
Parágrafo único – Os dados faltantes poderão ser inseridos posteriormente por averbação,
mediante a apresentação de documentação comprobatória, sem a necessidade de autorização
judicial.
Parágrafo único – A averbação também deverá tornar sem efeito eventuais informações que
indiquem a necessidade de residência no Brasil e a opção pela nacionalidade brasileira perante a
Justiça Federal, ou ainda expressões que indiquem tratar-se de um registro provisório, que não
mais deverão constar na respectiva certidão.
• Constituição Federal, art. 12, I, ‘c’; Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, art. 95.
CAPÍTULO III
TRASLADO DE CASAMENTO
• Resolução nº 228/16-CNJ.
123
II – certidão de nascimento do cônjuge brasileiro ou certidão de casamento anterior com
prova da sua dissolução, para fins do artigo 106 da Lei nº 6.015/73;
Art. 291 – A omissão do regime de bens no assento de casamento, lavrado por autoridade
consular brasileira ou autoridade estrangeira competente, não obstará o traslado.
• Resolução nº 228/16-CNJ.
Art. 292 – A omissão do(s) nome(s) adotado(s) pelos cônjuges após o matrimônio no assento
de casamento ocorrido em país estrangeiro não obstará o traslado.
Parágrafo único – No caso do caput, deverão ser mantidos os nomes de solteiro dos cônjuges.
Faculta-se a averbação posterior, sem a necessidade de autorização judicial, mediante
apresentação de documentação comprobatória de que os nomes foram modificados após o
matrimônio, em conformidade com a legislação do país em que os nubentes tinham domicílio, nos
termos do art. 7º do Decreto-Lei nº 4.657/42.
124
• Decreto-Lei nº 4.657/42, art. 7º, §4º.
Art. 293 – A omissão no assento de casamento ocorrido em país estrangeiro de outros dados
previstos no art. 70 da Lei nº 6.015/73 não obstará o traslado.
Art. 294 – Os dados faltantes poderão ser inseridos posteriormente por averbação, mediante
a apresentação de documentação comprobatória, sem a necessidade de autorização judicial.
CAPÍTULO IV
TRASLADO DE ÓBITO
Art. 296 – O traslado do assento de óbito de brasileiro, ocorrido em país estrangeiro, deverá
ser efetuado mediante a apresentação da seguinte documentação:
• Resolução nº 228/16-CNJ.
II – certidão de nascimento e, se for o caso, de casamento do falecido, para fins do artigo 106
da Lei nº 6.015/73, e
125
CAPÍTULO V
REGISTRO DE NASCIMENTO DE NASCIDOS NO BRASIL FILHOS DE PAIS ESTRANGEIROS A
SERVIÇO DE SEU PAÍS
CAPÍTULO VI
DA OPÇÃO DE NACIONALIDADE
Art. 298 – É competente para o registro da opção de nacionalidade o Registro Civil das
Pessoas Naturais da residência do optante.
§ 1º – No registro constará:
IV – o trânsito em julgado;
§ 3º – O Registrador deverá informar até o quinto dia útil do mês subsequente à Polícia
Federal os dados relativos à opção de nacionalidade, caso tenha efetuado algum registro.
126
LIVRO III
DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
TÍTULO I
DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 299 – O Registro Civil das Pessoas Jurídicas está sujeito ao regime jurídico estabelecido
na Constituição da República Federativa do Brasil, no Código Civil, na Lei nº 6.015/73, na Lei nº
8.935/94 e demais atos que definam sua organização, competência, atribuições e funcionamento.
• Constituição Federal, art. 236; Lei nº 6.015/73, art. 1º; Lei nº 8.935/94, arts. 1º e 12.
Art. 300 – Os Registradores Civis das Pessoas Jurídicas adotarão boas práticas procedimentais
e aquelas determinadas pela Corregedoria-Geral da Justiça, observando-se, no que couber, o
princípio da continuidade, necessário a segurança jurídica dos atos que digam respeito às pessoas
jurídicas.
I – registrar os atos constitutivos, contratos sociais e estatutos das sociedades simples, das
associações, das organizações religiosas, das fundações de direito privado, dos partidos políticos,
das empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI), de natureza simples; e dos
sindicatos.
I – registrar os atos constitutivos, contratos sociais e estatutos das sociedades simples, das
associações, das organizações religiosas, das fundações de direito privado, dos partidos políticos,
sociedades unipessoais de natureza simples limitada; e dos sindicatos. (Redação dada pelo
Provimento nº 32/2023-CGJ)
127
• Lei nº 6.015/73, art. 122; Código Civil, art. 45, 999 e 1.000 e parágrafo único.
TÍTULO II
DOS LIVROS
Art. 302 – Além dos obrigatórios e comuns a todos os Serviços, o Registro Civil das Pessoas
Jurídicas manterá os livros:
III – Livro “C” – de Protocolo, podendo ser escriturado pelo sistema de folhas soltas, em
ordem numérica e cronológica, para apontamento de todos os títulos apresentados a registro.
III – Livro “C” – de Protocolo, para apontamento de todos os títulos apresentados a registro.
(Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
Parágrafo único – O número de folhas dos Livros “A” e “B” poderá ser reduzido, a critério do
Registrador. (Revogado pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
Art. 303 – Os livros “A”, “B” e “C” poderão ser substituídos por sistema eletrônico, desde que,
por lançamentos remissivos no livro “C”, com menção ao protocolo, ao nome das partes, à data e
à natureza dos documentos apresentados, sejam os dados e as imagens digitalizadas havidas como
partes integrantes dos livros de registro, nos seus termos de abertura e encerramento.
Parágrafo único – Os sistemas eletrônicos conterão índices que facilitem a busca, permitindo
pesquisa pelos dados das pessoas jurídicas registradas, bem como pelos dados das pessoas físicas
constantes dos registros, que deverão remeter aos protocolos e registros efetivados.
Art. 303 – Os livros “A”, “B” e “C” serão substituídos por sistema eletrônico. (Redação dada
pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
§ 1º - Os serviços que tiverem livros físicos deverão, no encerramento destes, migrar para a
escrituração eletrônica. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
128
§ 2º - Os sistemas eletrônicos terão somente registros com número de ordem sequencial ao
infinito, sem referência ao número sequencial de livros e folhas. (Incluído pelo Provimento nº
32/2023-CGJ)
Art. 304 – Serão protocolados os documentos pela ordem de apresentação no Livro “C”,
digitalizando-os em seguida.
Parágrafo único – O Registrador poderá optar por não utilizar o Livro “C”, protocolizando no
Livro Protocolo do Registro de Títulos e Documentos os requerimentos de registro e averbação do
Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
Art. 306 – O livro protocolo deve ter encerramento diário, lavrado pelo Registrador, seu
substituto legal ou escrevente autorizado, que deverá inutilizar todo o espaço não aproveitado da
folha.
Art. 306 – O livro protocolo deve ter encerramento diário, lavrado pelo Registrador, seu
substituto legal ou escrevente autorizado. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
Art. 307 – O número de ordem do protocolo começará de um (1) e seguirá ao infinito, sem
interrupção.
Art. 308 – O protocolo terá validade de trinta (30) dias, salvo quando instaurado
procedimento de suscitação de dúvida, nos termos dos artigos 198 e 296 da Lei nº 6.015/73.
Art. 309 – O número de folhas dos livros mencionados no art. 302, que incluem os termos de
abertura e encerramento, poderão sofrer o acréscimo das folhas necessárias para que se concluam
os atos iniciados dentro da numeração ordinária.
TÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES
III – dos atos de pessoas jurídicas privadas com nome que inclua ou reproduza, em sua
composição, siglas ou denominações de órgãos públicos, da administração pública direta ou
indireta, bem como de organismos internacionais, e aquelas consagradas em lei e atos
regulamentares emanados do Poder Público;
• Lei nº 8.935/94, art. 1º; Instrução Normativa nº 15/13- DREI, art. 7º.
TÍTULO IV
DA PROTEÇÃO AO NOME DA PESSOA JURÍDICA
• Código Civil, art. 1.155, § único, art. 1.163; Lei nº 8.934/94, art. 34 e. 35, inciso V.
Art. 312 – Se na comarca houver mais de um Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o Registrador
informará aos demais o nome com o qual pretenda a pessoa jurídica ser constituída para os fins do
disposto no artigo anterior, devendo a resposta destes ser apresentada no prazo de 1 (um) dia útil.
TÍTULO V
DOS REQUISITOS DO REGISTRO
Art. 313 – Os atos constitutivos de pessoas jurídicas e suas alterações não serão registrados
quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou atividades ilícitas ou
contrários, nocivos e perigosos ao bem público, à segurança do Estado e da coletividade, à ordem
pública ou social, à moral e aos bons costumes e ao realizar da justiça.
130
• Lei nº 6.015/73, art. 115; Instrução Normativa nº 15/13- DREI; Decreto-Lei nº 9.085/46, art.
2º.
Art. 315 – O registro de ato de sociedade simples que esteja sujeita a controle de órgão de
fiscalização de exercício profissional não depende aprovação prévia desse órgão, nem da inscrição
de seus sócios, salvo disposição expressa em lei.
Art. 316 – Para a realização de quaisquer atos de registro e averbação das fundações, será
exigida a aprovação prévia do Ministério Público.
Art. 318 – Somente serão efetuados os registros dos atos constitutivos das empresas
especializadas em prestação de serviço de vigilância armada ou desarmada, e de cursos de
formação de vigilantes, se estiverem previamente autorizadas pelo Ministério da Justiça, por
intermédio do Departamento de Polícia Federal.
Art. 319 – Os contratos sociais das sociedades simples, os atos constitutivos das EIRELIs e os
estatutos das associações, das organizações religiosas, dos sindicatos, dos partidos políticos e das
fundações só serão admitidos a registro e arquivamento quando visados por advogados.
Parágrafo único – Não será exigido o visto de advogado nas alterações dos atos referidos no
caput, bem como nas hipóteses de microempresa e empresa de pequeno porte previstas no art.
9º, § 2º da Lei Complementar nº 123/06 e no registro de diretórios de partidos políticos.
§ 2º – Entende-se como período certo, para fins do caput, o ano civil ou meses nele
compreendidos.
TÍTULO VI
DA ESCRITURAÇÃO
Art. 322 – Para o registro das pessoas jurídicas de direito privado, o representante legal ou
interessado formulará requerimento ao Registrador, acompanhado de duas vias originais do
estatuto, compromisso ou contrato, ou documento eletrônico assinado nos moldes da
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil e da arquitetura dos Padrões de
Interoperabilidade de Governo Eletrônico (e-Ping).
§ 1° – Tratando-se de sociedade simples, tanto na sua forma típica quanto se adotando uma
das formas das sociedades empresárias, as folhas do contrato social serão, obrigatoriamente,
rubricadas por todos os sócios e testemunhas, e conterão as firmas dos sócios reconhecidas por
autenticidade, dispensando-se o reconhecimento das firmas das testemunhas.
§ 2° – Se for apresentada apenas uma via do documento original, essa via ficará arquivada
na serventia, facultando-se ao usuário requerer, no mesmo ato ou em momento posterior, a
emissão de certidão do registro, mediante pagamento dos respectivos emolumentos.
§ 3° – Os documentos recebidos eletronicamente deverão ter a via originária preservada e
armazenada de maneira a conservar as assinaturas eletrônicas, podendo ser replicados de maneira
que a execução dos serviços seja feita em cópia que não prejudique a autenticidade da origem.
• Lei nº 6.015/73, art. 1º, §3º; Provimento nº 74/18-CNJ.
§ 4º – Será dispensado o reconhecimento de firma se as partes assinarem na presença do
Registrador, certificando-se a conferência no documento.
Art. 322 – Para o registro das pessoas jurídicas de direito privado, o representante legal ou
interessado formulará requerimento ao Registrador, acompanhado de uma via original, em meio
132
físico ou eletrônico, do estatuto, compromisso, ou contrato assinado. (Redação dada pelo
Provimento nº 32/2023-CGJ)
§ 1° – Tratando-se de sociedade simples, tanto na sua forma típica quanto se adotando uma
das formas das sociedades empresárias, as folhas do contrato social apresentado em meio físico
serão, obrigatoriamente, rubricadas por todos os sócios, e conterão as suas firmas reconhecidas
por autenticidade. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
§6º - Será dispensado o requerimento caso o representante legal da pessoa jurídica tenha
subscrito o estatuto, compromisso ou contrato. (Incluído pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
TÍTULO VII
DO PROCEDIMENTO
Art. 323 – Uma das vias originais apresentadas será capeada autuada juntamente com o
requerimento e mais documentos apresentados, formando um expediente, com suas folhas
numeradas e rubricadas pelo Registrador, seu Substituto ou Escrevente Autorizado, e será
arquivada no serviço física ou eletronicamente. (Revogado pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
• Lei nº 6.015/73, art. 121.
§ 1° – As demais vias originais apresentadas, devidamente numeradas e rubricadas, serão
entregues ao apresentante, certificando-se nelas o respectivo registro, devendo ser cobrado além
dos emolumentos próprios do ato, o valor das respectivas certidões. (Revogado pelo Provimento nº
32/2023-CGJ)
133
§ 2° – Tratando-se de documento eletrônico, após a importação da cópia do arquivo para o
sistema e procedido o registro, o documento poderá ser materializado para adoção das cautelas de
praxe, tais como aposição de selos, números de ordem, carimbos e etiquetas e após deverá ser
digitalizado e devolvido com a assinatura eletrônica do Registrador, seu Substituto ou Escrevente
Autorizado. (Revogado pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
• Lei nº 6.015/73, art. 1º, §3º e art. 120.
Art. 324 – O registro das associações, organizações religiosas, sindicatos, partidos políticos,
fundações e sociedades simples consistirá na declaração feita no livro, pelo Registrador, do número
de ordem, data da apresentação e espécie do ato constitutivo, podendo ser realizado por meio de
reprodução integral das imagens dos respectivos atos constitutivos feita no livro, com as seguintes
indicações:
§ 1° – Os referidos atos, além dos requisitos mencionados no caput, deverão conter todos os
demais exigidos pela legislação própria de cada espécie da pessoa jurídica registrada.
Art. 325 – Todos os documentos que posteriormente autorizem averbações serão juntados
ao expediente originário do registro, com a respectiva certidão do ato realizado.
Art. 326 – Havendo sócio estrangeiro, deverá ser apresentada prova de sua permanência
legal no País.
134
Art. 327 – Participando pessoa jurídica, será indicado seu CNPJ, sede e os dados do seu
registro no órgão competente.
Art. 328 – Protocolizado o título, será realizado o exame e registro dentro de 10 (dez) dias,
salvo em casos previstos como especiais e definidos em lei.
§ 1° – Havendo exigências de qualquer ordem, elas deverão ser formuladas de uma só vez,
por escrito, articuladamente, de forma clara e objetiva, em papel timbrado do cartório, com data,
identificação e assinatura do Registrador responsável, para que o interessado possa satisfazê-las,
ou, não se conformando, requerer a suscitação de dúvida.
§ 1° – Havendo exigências de qualquer ordem, elas deverão ser formuladas de uma só vez,
por escrito, articuladamente, de forma clara e objetiva, com data, identificação e assinatura do
Registrador, preposto ou responsável, para que o interessado possa satisfazê-las, ou, não se
conformando, requerer a suscitação de dúvida. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
II – ata de assembleia geral e estatuto consolidado, no caso de pessoas jurídicas sem fins
econômicos;
IV – publicação da ata da assembleia que alterou e aprovou a redução de capital social das
sociedades com fins econômicos, no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação.
135
§ 1° – No caso de alteração estatutária das pessoas jurídicas sem fins econômicos, deverá ser
apresentada declaração de que os requisitos legais e estatutários, inclusive de instalação e quórum
da assembleia, foram observados (vide alteração de diretoria).
• Código Civil, arts. 45, 999, 1.000, 1.084, §1º e 3º, 1.151 e 1.152.
Art. 330 – A certidão emitida pela JUCIS ou por Registrador de Títulos e Documentos ou
Registro Civil das Pessoas Jurídicas tem valor de original, substituindo a apresentação de via original
do documento.
Art. 330 - A certidão emitida por Registrador de Títulos e Documentos, Registro Civil das
Pessoas Jurídicas, ou pela JUCIS, tem eficácia e valor de original, substituindo a apresentação de via
original do documento. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
Art. 331 – O Registro das Pessoas Jurídicas da nova sede ou criado mediante
desmembramento territorial de outros Registros já existentes comunicará o novo registro, para
efeitos de averbação, ao RCPJ da procedência anterior.
136
§ 3° – No RCPJ primitivo, recebidas a comunicação e os emolumentos, será feita a devida
averbação, considerando-se encerrado o registro antecedente, sem qualquer averbação adicional.
• Lei nº 8.935/94, art. 1º; Lei nº 6.015/73, art. 14 e Código Civil, art. 45.
Art. 332 – Caso a alteração de sede da pessoa jurídica ocorra devido a desmembramento de
comarcas, a partir da data da instalação da nova serventia fica o Registro Civil das Pessoas Jurídicas
de origem proibido de realizar registros e averbações relativas às pessoas jurídicas que tenham
passado a pertencer à nova circunscrição.
TÍTULO VIII
DO CANCELAMENTO
I – distrato social ou no caso de pessoas jurídicas sem fins econômicos, da ata de dissolução;
II- publicações feitas pelo liquidante, conforme disposto no Art. 1.103, I, c/c 1.152, § 1 e Art.
51, §2 do Código Civil.
TÍTULO IX
DA ALTERAÇÃO DE MEMBROS DE DIRETORIA
Art. 334 – Para averbação de alteração de membros de diretoria, será exigido requerimento
assinado pelo representante legal da pessoa jurídica ou, em caso de demora ou omissão, pelo
associado ou legitimamente interessado, acompanhado de ata de eleição e posse (podendo ser
apresentada apenas uma ata contendo eleição e posse ou duas atas, uma para eleição e outra para
a posse), devendo o Registrador observar:
137
I – o princípio da continuidade registral, de modo a exigir a averbação das diretorias
anteriores;
Art. 335 – Deverá ser apresentada declaração do representante legal informando, sob pena
de responsabilidade civil e criminal, que os requisitos legais e estatutários, inclusive de instalação e
quórum da assembleia, foram observados.
Parágrafo único – Caso não seja apresentada a declaração referida no caput, competirá ao
Registrador exigir os documentos que comprovem a observância dos requisitos legais e
estatutários, inclusive de instalação e quórum da assembleia.
Art. 336 – Para atender ao princípio da continuidade registral referido, será exigida a
apresentação das atas de eleição e posse das diretorias anteriores, sempre que possível com as
devidas qualificações dos seus membros.
§ 1° – Não sendo possível a apresentação das atas referidas no caput, permitir-se-á a
apresentação de ata de convalidação, elaborada em assembleia geral especialmente convocada
para esse fim, nos termos do estatuto ou por 1/5 dos associados, ratificando os atos de gestão
ocorridos no período vago, dos membros da última diretoria averbada, desde que o(s)
representante(s) legal(is) desta compareça(m) no mesmo ato, como anuente(s).
§ 2º – Se a pessoa jurídica interessada não dispuser das atas de eleição e posse das diretorias
anteriores, nem puder atender ao comando normativo previsto no parágrafo anterior, deverá
postular judicialmente a nomeação de administrador provisório, nos termos do artigo 49 do Código
Civil.
§ 3º – As Caixas Escolares da rede pública de escolas estaduais cujas diretorias anteriores não
estejam averbadas poderão suprir a convalidação dos atos de administração de que trata este
artigo mediante averbação de certidão emitida pela Unidade Escolar ou Secretaria de Estado da
Educação ou através de outro documento que comprove a continuidade da representação da
Pessoa Jurídica.
Art. 336 – Para atender ao princípio da continuidade registral referido, será exigida a
apresentação das atas de eleição e posse das diretorias anteriores, com as devidas qualificações
dos seus membros, sempre que possível. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
§2º–Se a pessoa jurídica interessada não dispuser das atas de eleição e posse das diretorias
anteriores, nem puder atender ao comando normativo previsto no parágrafo anterior, deverá
postular judicialmente a nomeação de administrador provisório, nos termos do artigo 49 do Código
Civil. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
138
§3º–As pessoas jurídicas vinculadas a escolas da rede pública ou privada (CPM, APM, Caixas
Escolares, etc.) cujas diretorias anteriores não estejam averbadas poderão suprir a convalidação
dos atos de administração de que trata este artigo mediante averbação de certidão emitida pela
direção da respectiva Unidade Escolar, pela Secretaria Estadual ou Municipal da Educação ou ainda
através de outro documento que comprove a continuidade da representação da Pessoa Jurídica.
(Incluído pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
Art. 337 – Para a averbação de que trata este Título será exigida prova de permanência legal
no país de estrangeiros integrantes de diretoria eleita e empossada.
Art. 338 – Não concordando com as exigências apresentadas pelo Registrador, a parte
interessada poderá requerer a suscitação do procedimento de dúvida.
• Código Civil, arts, 45, 46, inciso II, 49, 60; Lei nº 6.015/73, arts. 120, VI, 198, 296; Lei nº
8.935/94, art. 1º; Decreto Estadual nº 46.539/09, art. 3º.
TÍTULO X
DO REGISTRO DE JORNAIS, OFICINAS IMPRESSORAS, EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO E
AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS E PERIÓDICOS
Art. 340 – Na matrícula de jornal ou periódico não será exigido comprovante de matrícula da
respectiva oficina impressora, informando-se apenas o nome e sede e esclarecendo, se é própria
ou de terceiros, indicando, neste caso, os respectivos proprietários.
• Lei nº 6.015/73, art. 123, inciso I, alínea “a”; Lei nº 5.250/67, art. 9º.
Art. 341 – Aplicam-se as disposições acima, no que couber, às matrículas de periódicos, tais
como jornais digitais, páginas eletrônicas de notícias e informativos na Internet, cuja competência
registral será estabelecida pelo domicílio dos responsáveis.
• Lei nº 6.015/73, art. 1º e 114; Lei nº 8.935/94, art. 1º; Constituição Federal, art. 5º, IV.
139
Art. 342 – As alterações nas informações ou documentos serão averbadas na matrícula no
prazo de oito (08) dias, e à cada declaração a ser averbada, corresponderá um requerimento.
Art. 343 – A falta de matrícula ou da averbação da alteração será punida com multa, nos
termos do art. 124 da Lei nº 6.015/73.
§ 1º – A multa será aplicada pela autoridade judiciária em representação feita pelo oficial, e
cobrada por processo executivo, mediante ação do órgão competente.
TÍTULO XI
DO REGISTRO E AUTENTICAÇÃO DE LIVROS DE PESSOAS JURÍDICAS
Art. 344 – Sem prejuízo da competência da Secretaria da Receita Federal, os Oficiais poderão
registrar, certificar e autenticar os livros contábeis obrigatórios, fichas ou microfilmes substitutivos
dos livros de pessoas jurídicas, inclusive de partidos políticos e seus diretórios, cujos atos
constitutivos estejam registrados na Comarca do Serviço.
Art. 344 – Sem prejuízo da competência da Secretaria da Receita Federal, os Oficiais poderão
registrar, certificar e autenticar os livros contábeis obrigatórios, fichas ou microfilmes substitutivos
dos livros de pessoas jurídicas, inclusive de partidos políticos, cujos atos constitutivos estejam
registrados na Comarca do Serviço. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
§ 2° – Será apresentada ocorrência policial no caso de perda ou extravio de livro, que impeça
a comprovação da continuidade dos registros.
§ 3° – Para fins deste artigo, serão registrados, no Livro “A”, do Serviço de Registro de Pessoas
Jurídicas, a reprodução integral das imagens dos Termos de Abertura e Encerramento dos Livros
140
Contábeis, devendo, quando for o caso, ser verificada a existência de registro dos Livros anteriores,
condição para o registro dos demais livros.
• Lei nº 9.096/95, art. 10, §2º; Código Civil, arts. 1.181 a 1.184.
Art. 345 – A escrituração dos livros será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em
forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem
entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
TÍTULO XII
AUTENTICAÇÃO DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL – ECD
Art. 346 – Os Livros emitidos por ECD – Escrituração Contábil Digital, após transmitidos à
Receita Federal através do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), poderão, sem prejuízo
da competência da Receita Federal do Brasil, ser eletronicamente autenticados nos Serviços do
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, com registro dos termos de abertura e encerramento.
• Código Civil, arts. 987 e 1181 a 1184; Decreto SPED nº 6.022/07, com alterações pelo
Decreto SPED nº 7.979/13
• Provimento nº 48/16-CNJ.
TÍTULO XIII
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
141
I – cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido;
II – exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto;
III – relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título
eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência.
Art. 348 – O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
V – fidelidade e disciplina partidárias, processo para apuração das infrações e aplicação das
penalidades, assegurado amplo direito de defesa;
VIII – critérios de distribuição dos recursos do Fundo Partidário entre os órgãos de nível
municipal, estadual e nacional que compõem o partido;
Art. 349 – É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento, devendo o Oficial observar, além dos requisitos constantes no artigo
anterior, as regras do Art. 46 do Código Civil.
142
Art. 350 – Os registros de atas e demais documentos de órgãos de direção nacional, estadual,
distrital e municipal devem ser realizados no cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas da
circunscrição do respectivo diretório partidário.
Art. 350 – As alterações programáticas ou estatuárias e as que elegerem ou alterarem o
órgão de direção nacional do partido serão averbadas no registro competente.
(Redação dada pelo Provimento 014/2021-CGJ, art. 1º)
b) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), obtido através da página da Receita Federal
na Internet;
d) certidão de composição partidária emitida pelo TSE ou se ainda não registrada naquele
órgão, certidão de filiação partidária de cada um dos eleitos, obtidas através da página eletrônica
https://www.tse.jus.br/eleitor/certidoes/certidoes;
§ 2º – Será exigida também a ata de fundação, em se tratando de diretório novo, o qual não
possuía nenhuma ata registrada em anos anteriores no Registro de Títulos e Documentos. Neste
caso fica dispensada a apresentação do CNPJ, que deverá ser exigido na primeira averbação a ser
realizada no registro.
TÍTULO XIV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
143
Art. 351 – É fixado em até 10 (dez) dias o prazo para os Registradores procederem ao exame
da documentação e cálculo dos respectivos emolumentos, sem prenotação.
Art. 352 – Os Serviços adotarão um talonário, que poderá ser substituído por controle
informatizado, destinado a fornecer ao interessado uma nota de entrega dos pedidos de certidão
e dos documentos apresentados.
144
LIVRO IV
DO REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS
• Constituição Federal, art. 37; Lei nº 6.015/73, art. 1º; Lei nº 8.935/94, art. 1º.
CAPÍTULO II
DO CONCEITO DE DOCUMENTO
Art. 355 – Considera-se documento, para fins de registro em RTD, toda manifestação
expressa em papéis, mídias óticas, analógicas, arquivos eletrônicos ou digitais, conteúdos on line,
microfilmes, imagens digitalizadas ou elaborados sob qualquer forma tecnológica.
Art. 356 – Os documentos extraídos de páginas ou publicações on-line podem ser registrados
para fins conservação, autenticação de data e/ou com o objetivo de produzir provas, podendo o
interessado requerer ao Registrador que efetue a extração do conteúdo diretamente da página
eletrônica informada.
Art. 357 – Os documentos obtidos da Internet poderão ser assinados pelas partes
interessadas, ou apresentados juntamente com declaração de veracidade e responsabilidade de
conteúdo, devidamente assinada, que fará parte integrante e indissociável destes para fins de
registro e certidão.
Art. 359 – Se o documento principal mencionar a existência de anexos, sem estes não será
feito o registro, salvo requerimento expresso para parte interessada, dispensando sua
apresentação.
Art. 360 – É vedado o registro para fins de publicidade e/ou eficácia contra terceiros
apresentados no formato de fotocópias, por qualquer meio de reprodução, ainda que autenticadas,
salvo se constarem como simples anexos de documento original submetido a registro.
§ 1° – As cópias admitidas como anexo deverão ter aposição de carimbo ou etiqueta com os
dizeres “Documento apresentado em Cópia sem valor de original”, devendo o Registrador fazer
ressalva expressa dessa circunstância no registro, bem como nas certidões posteriormente
emitidas.
§ 4° – A certidão passada por qualquer registro público tem valor de original para alcançar os
fins pretendidos no caput.
§ 4° – A certidão passada por qualquer registro público, ou por escrivão judicial relativamente
a peças de autos do processo, tem valor de original para alcançar os fins pretendidos no caput.
(Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 362 – Compete ao Registro de Títulos e Documentos a realização dos registros previstos
na Lei nº 6.015/73, sem prejuízo de outros atribuídos pelo Código Civil e pela legislação especial.
Art. 365 – Em se tratando de documentos que tenham por objeto a transmissão, constituição
ou extinção de direitos reais sobre imóveis, poderá ser feito o seu registro, a requerimento do
apresentante, desde que consignado expressamente, no registro e nas certidões, que se destina
unicamente à conservação e fixação da data, não gerando a constituição de domínio ou outro
direito real.
147
§ 1° – Com observância dessas cautelas, é admitido o registro de contratos particulares de
promessa de compra e venda de propriedade imobiliária que impliquem loteamento ou
parcelamento irregular do solo urbano ou fracionamento incabível de área rural.
§ 2° – Em tal hipótese, deve o Registrador fazer comunicação ao Juiz Diretor do Foro, que
encaminhará o expediente ao Ministério Público.
• Lei nº 6.015/73, art. 129; Código Civil, arts. 1.361, §1º, 576, §1º, 1.432, 1.452 e 1.462.
Art. 367 – À margem dos respectivos registros serão averbados quaisquer atos ou fatos
constitutivos ou desconstitutivos, inovadores ou modificadores, seja em relação às obrigações,
quer no atinente às pessoas participantes dos atos, inclusive quanto à prorrogação dos prazos.
Art. 368 – Será exigida a Certidão Negativa de Débitos, ou Positiva com Efeitos de Negativa,
referente aos Tributos e Contribuições Federais da empresa, assim definida pela Lei nº 8.212/91,
nos registros que tenham por objeto:
148
§ 1° – É dispensada a CND, nas hipóteses do Art. 47, I, c da Lei nº 8.212/91 quando for
apresentada declaração escrita de que “o bem não integra o ativo permanente” da empresa.
§ 3° – Será dispensada a CND para registro de ato ou contrato que constitua retificação,
ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi feita a prova.
TÍTULO II
DOS LIVROS E DA ESCRITURAÇÃO
II – Livro “B” – para trasladação integral de títulos e documentos, sua conservação, validade
e eficácia contra terceiros, ainda que registrados por extrato, em outros livros ou microfilme;
II – Livro “B” – para trasladação integral de títulos e documentos, validade e eficácia contra
terceiros, ainda que registrados por extrato, em outros livros ou microfilme; (Redação dada pelo
Provimento nº 32/2023-CGJ)
III – Livro “C” – para inscrição, por extrato, de títulos e documentos, a fim de surtir efeitos
em relação a terceiros, e autenticação da data;
V - Livro E - indicador real, para matrícula de todos os bens móveis que figurarem nos demais
livros, devendo conter sua identificação, referência aos números de ordem dos outros livros e
anotações necessárias, inclusive direitos e ônus incidentes sobre eles; (Incluído pelo Provimento nº
32/2023-CGJ)
149
VII - Livro “G” - indicador pessoal específico para repositório dos nomes dos apresentantes
que figurarem no Livro F, do qual deverá constar o respectivo número do registro, o nome do
apresentante e o seu número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou, no caso de pessoa
jurídica, a denominação do apresentante e o seu número de inscrição no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica. (Incluído pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
Art. 370 – Será facultado o desdobramento dos livros, para escrituração das várias espécies
de atos, sem prejuízo da unidade do protocolo e de sua numeração, com menções recíprocas.
Art. 371 – O Livro “A” será escriturado com número de ordem, contínuo até o infinito, dia e
mês, natureza do título e qualidade do lançamento, nome do apresentante, completo ou abreviado,
e anotações e averbações.
Art. 372 – No protocolo haverá remissão ao número da página do livro em que foi lançado o
registro.
Art. 373 – No Livro “B” serão lançados, antes de cada registro, o número de ordem, a data
do protocolo e o nome do apresentante.
Art. 374 – O registro integral no Livro “B” poderá realizar-se através de folhas soltas,
mediante processo reprográfico ou digitalizado, a lhe assegurar legibilidade permanente.
Art. 375 – O Livro “D” será dividido, alfabeticamente, para a indicação do nome de todas as
pessoas, ativa ou passivamente, individual ou coletivamente, a figurarem nos livros de registro,
podendo, para esse, ser adotado processamento físico ou eletrônico de dados.
150
• Provimento nº 48/16-CNJ.
Art. 375-A – O Livro “E” será destinado à matrícula dos bens móveis e ao registro ou
averbação dos direitos e ônus a eles relacionados. (Incluído pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
I – cada bem móvel terá matrícula própria, que será aberta por ocasião do primeiro ato de
registro ou averbação no livro “B”;
Art. 376 – Os livros “A”, “B”, “C” e “D” poderão ser substituídos por sistema eletrônico, com
digitalização ou microfilmagem, desde que por lançamentos remissivos no livro “A”, com menção
ao protocolo, ao nome dos contratantes, à data e à natureza dos documentos apresentados, sendo
os dados e as imagens havidos como partes integrantes dos livros de registro, nos seus termos de
abertura e encerramento.
Art. 376 – Os livros “A”, “B”, “C”, “D”, “E”, “F” e “G” poderão ser substituídos por sistema
eletrônico, com digitalização ou microfilmagem, desde que por lançamentos remissivos no livro
“A”, com menção ao protocolo, ao nome dos contratantes, à data e à natureza dos documentos
apresentados, sendo os dados e as imagens havidos como partes integrantes dos livros de registro,
nos seus termos de abertura e encerramento. (Redação dada pelo Provimento nº 32/2023-CGJ)
151
• Provimento nº 74/18-CNJ.
Art. 377 – Serão protocolados os documentos pela ordem de apresentação no Livro “A”,
digitalizando-os ou microfilmando-os em seguida.
TÍTULO III
DO REGISTRO DO CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
Art. 379 – O contrato de alienação fiduciária em garantia de bens móveis deverá ser
registrado no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, para fins constitutivos da
propriedade fiduciária, nos termos do artigo 1.361, do Código Civil, e artigo 129, n° 5, da Lei nº
6.015/73, devendo o Registrador, em atendimento ao disposto no artigo 1.362 do Código Civil,
observar se o instrumento público ou particular apresentado possui os seguintes requisitos:
152
I – o total da dívida, ou sua estimativa;
Parágrafo único – O disposto neste artigo independe do registro do título de crédito a que
estiver vinculada a garantia.
TÍTULO IV
DO REGISTRO DO CONTRATO DE PENHOR
Art. 380 – O penhor comum (art. 1.432 do Código Civil), de direitos, títulos de crédito (art.
1.452 do Código Civil), de veículos automotores (art. 1.462 do Código Civil), a requerimento do
apresentante, será registrado no Registro de Títulos e Documentos, devendo o Registrador
observar, em atendimento ao disposto no artigo 1.424 do Código Civil se o instrumento contratual
apresentado possui os seguintes requisitos:
Art. 381 – No registro de penhor de veículo, além de observar os requisitos descritos no artigo
anterior, deverá o Registrador verificar se o bem empenhado foi previamente segurado contra
furto, avaria, perecimento e danos causados a terceiros, bem como se foi observado o prazo
máximo de dois anos, prorrogável até o limite de igual tempo.
TÍTULO V
DO REGISTRO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS
153
Art. 382 – Serão registrados no Registro de Títulos e Documentos, para surtirem efeitos em
relação a terceiros, os contratos de locação de prédios, sem prejuízo do disposto no Art. 167, I, 3,
da Lei nº 6.015/73.
Art. 383 – Serão também registrados os contratos de locação de bens móveis, inclusive
aqueles com cláusula de vigência em caso de alienação, conforme determina o artigo 576, §1°, do
Código Civil.
TÍTULO V-A
DA PARCERIA E ARRENDAMENTO RURAL
(Incluído pelo Provimento n. 32/2023-CGJ)
Parágrafo único – O não cumprimento dos requisitos não impedirá o registro no livro B, eis
que o mesmo poderá produzir efeitos restritos, devendo o Oficial, nesta hipótese, exigir
requerimento expresso do apresentante.
Art. 383-B - Os arrendamentos rurais firmados por pessoa física ou jurídica estrangeira
deverão ser formalizados por escritura pública e registrados no Ofício Imobiliário competente,
aplicando-se todos limites condições e restrições da aquisição de imóvel rural por estrangeiro.
TÍTULO VI
DAS NOTIFICAÇÕES
CAPÍTULO I
DAS NOTIFICAÇÕES EM GERAL
154
Parágrafo único – Pretendendo o notificante que sejam transmitidos outros documentos ao
notificado, juntamente com a carta de notificação, deverão estes documentos integrarem o registro
como anexo.
Art. 386 – As notificações previstas no artigo 160 da Lei nº 6.015/73 serão efetuadas apenas
com os documentos e anexos registrados, qualquer que seja o meio de sua apresentação, não se
admitindo a anexação de objetos corpóreos ou outros conteúdos não constantes do registro.
Art. 388 – A carta de notificação poderá ser apresentada em via única e, havendo mais de
um destinatário, serão extraídas tantas certidões quantos forem os notificados.
Art. 389 – Podem ser notificados quaisquer interessados que figurem no documento ou papel
registrado, bem como quaisquer terceiros formalmente indicados pelo requerente.
Art. 390 – Poderá o Registrador solicitar aos Oficiais de outras comarcas a realização das
notificações necessárias.
Art. 392 – A Serventia deve organizar sistema de controle que permita, com segurança,
comprovar a entrega das notificações.
III – condução, entendida como meio utilizado para deslocamento até o local da notificação;
155
IV – ato notificatório, que importa na entrega da carta ao notificado, mediante concordância
deste ou na recusa em receber, hipótese em que, ainda assim, restará notificado positivamente; ou
no resultado negativo se infrutíferas as tentativas de localizar o notificado e na impossibilidade de
notificá-lo de outro modo;
Art. 394 – A primeira diligência de notificação será realizada no prazo máximo de 10 (dez)
dias, e as demais, em número não inferior a três (03), serão efetuadas, preferencialmente, em
horários diferentes.
Art. 394 - Serão realizadas, no mínimo, 3 diligências, a primeira no prazo máximo de 10 (dez)
dias, com a observância do prazo máximo de até 30 dias para conclusão das diligências e expedição
da respectiva certidão ao final do procedimento, ressalvada a dilação de prazo prevista no § 1º
deste artigo. (Redação dada pelo Provimento n. 32/2023-CGJ)
§ 1° – O prazo descrito no caput poderá ser dilatado, e o número de diligências poderá ser
aumentado, mediante requerimento expresso do apresentante.
CAPÍTULO II
DA NOTIFICAÇÃO PESSOAL
Art. 395 – A notificação pessoal deverá ser cientificada diretamente ao destinatário, ao seu
representante legal ou a procurador autorizado.
§ 2° – Sendo o destinatário pessoa jurídica, não estando indicada pessoa específica para
receber a notificação, a entrega poderá ser feita a qualquer pessoa que se apresentar como seu
representante legal.
156
CAPÍTULO III
DA NOTIFICAÇÃO POR VIA POSTAL
§ 3º – A notificação por via postal somente poderá ser remetida dentro dos limites territoriais
da comarca, aplicando-se o princípio da territorialidade.
CAPÍTULO IV
DA NOTIFICAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO
Art. 398 – As notificações poderão ser realizadas por meio eletrônico, desde que assegurada
a identificação do destinatário por meio de certificado digital, como pressuposto para a certificação
de sua cientificação quanto ao teor dos documentos.
157
CAPÍTULO V
DA INTIMAÇÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BEM IMÓVEL
Art. 399 – Nas hipóteses de alienação fiduciária de bem imóvel, o Registrador de Títulos e
Documentos do domicílio do intimado, por meio de solicitação do Registrador de Imóveis
competente, poderá promover a intimação pessoal ao devedor fiduciante, ao seu representante
legal ou ao seu procurador regularmente constituído.
Art. 400 – Quando o devedor, seu representante legal ou procurador se encontrar em local
incerto, ignorado ou inacessível, o Registrador incumbido da intimação certificará o fato e
informará ao Registrador de Imóveis, que, à vista da certidão, promoverá a intimação por edital.
Art. 401 – Quando, por duas vezes, o devedor, seu representante legal, ou seu procurador,
não for encontrado em seu domicílio, residência ou em outro endereço indicado pelo credor para
ser intimado, e nem respondido ao aviso deixado na primeira diligência, para eficácia do ato, o
Registrador, havendo fundada suspeita de ocultação, intimará qualquer pessoa da família ou, em
sua falta, qualquer pessoa próxima de que voltará no primeiro dia útil imediato para efetuar
notificação por hora certa.
158
TÍTULO VII
DOS DOCUMENTOS ESTRANGEIROS
• Lei nº 6.015/73, art. 129, §6º; Decreto nº 13.609/43; Resolução nº 228/16-CNJ; Lei Estadual
nº 12.692/06, item 6 das observações da Tabela de Emolumentos.
Art. 403 – Se o documento for público e oriundo de países signatários da Convenção de Haia,
deverá ser exigido o apostilamento na origem.
• Decreto nº 8.660/16.
Parágrafo único – Caso os países não sejam signatários da convenção referida no caput, serão
observadas as regras ordinárias de legalização de documentos (via consular).
TÍTULO VIII
DO REGISTRO PARA CONSERVAÇÃO
Art. 404 – No registro de quaisquer documentos para fins de conservação (art. 127, VII, da
Lei nº 6.015/73), não se observam as disposições do art. 156, caput, da Lei nº 6.015/73.
TÍTULO VIII-A
DO REGISTRO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO E SILVESTRES
(Incluído pelo Provimento n. 32/2023-CGJ)
159
constituição de propriedade ou outro direito real, bem como identidade ou personalidade jurídica
do animal.
TÍTULO IX
DAS DUPLICATAS ESCRITURAIS
Art. 405 – A emissão de duplicata sob a forma escritural far-se-á mediante lançamento em
sistema eletrônico de escrituração a cargo da Central Nacional de Registro de Títulos e Documentos,
nos termos do §2º do art. 3º da Lei nº 13.775/18, cabendo a referida escrituração ao oficial de
registro do domicílio do emissor da duplicata.
TÍTULO X
DO CANCELAMENTO
Art. 406 – O cancelamento dos efeitos do registro ou averbação será realizado em razão de
sentença judicial, documento autêntico de quitação ou exoneração do título registrado.
160
pelo registro ou averbação originário, ou por determinação judicial. (Parágrafo incluído pelo
Provimento nº 20/21-CGJ/RS, art. 1º)
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 410 – É fixado em dez (10) dias o prazo para os Registradores procederem ao exame dos
documentos e ao cálculo dos respectivos emolumentos.
Art. 411 – O Serviço adotará um talonário destinado a fornecer ao interessado uma nota de
entrega dos pedidos de certidão e dos documentos apresentados.
Art. 412 – O prazo máximo para a expedição de certidão é de 05 (cinco) dias, salvo se, no
período de busca, forem encontrados diversos registros envolvendo a mesma pessoa e não houver
o interessado indicado expressamente o documento de seu interesse.
Art. 414 – O registro de declarações de bens dos candidatos a cargos eletivos é gratuito.
161
LIVRO V
DO REGISTRO DE IMÓVEIS
TÍTULO I
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS
• Constituição Federal, art. 236; Lei nº 8.935/94, art. 1º; Lei nº 6.015/73, arts. 1º e 172.
II – cindibilidade – a permitir o registro parcial de um título, desde que não seja de atos
vinculados a outros títulos e atendida a rogação/instância justificada, por questões de ordem
pessoal do usuário, que não sofre limitação do Registrador.
III – obrigatoriedade – a impor o registro dos atos previstos em lei, ainda que não existam
prazos ou sanções pelo seu descumprimento.
VII – disponibilidade – a precisar que ninguém pode transferir mais direitos do que os
constituídos pelo Registro Imobiliário, a compreender as disponibilidades física (área disponível do
imóvel) e a jurídica (a vincular o ato de disposição à situação jurídica do imóvel e da pessoa).
• Lei nº 6.015/73, art. 176, §1º, II, 3 e arts. 222, 223 e 225.
XI – tipicidade – a afirmar serem registráveis apenas títulos e direitos reais previstos em lei,
exceto as averbações baseadas no princípio da concentração, desde que no requerimento estejam
fundamentadas.
• Lei nº 6.015/73, arts. 167 e 172.
XIII – titularidade – a submeter a validade do ato registral à condição de haver sido praticado
por agente legitimamente investido na função.
• Constituição Federal, art. 236; Lei nº 8.935/94, art. 3º; Lei nº 6.015/73, art 2º.
163
XIV – fé pública – a assegurar autenticidade dos atos emanados do Registro e dos Serviços,
gerando presunção de validade juris tantum.
TÍTULO II
DAS CERTIDÕES E DAS INFORMAÇÕES
Art. 418 – Qualquer pessoa pode requerer certidão de registro, suportando os emolumentos
correspondentes, sem informar o motivo e o interesse do pedido.
§ 1º – Os pedidos de certidão por via postal, telegráfica, bancária ou correio eletrônico serão
obrigatoriamente atendidos, satisfeitas as despesas postais, bem como os emolumentos devidos.
§ 2º – A cobrança das buscas na certidão por relatório ou quesitos incidirá do seguinte modo:
uma busca a cada indicação positiva e uma busca a cada 10 indicações negativas.
164
Parágrafo único – A certidão será lavrada em inteiro teor, em resumo, ou em relatório,
conforme quesitos, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, contados do primeiro dia útil subsequente
ao pedido, ressalvadas as certidões expedidas através da Central de Registradores de Imóveis (CRI).
Art. 420 – Quando requeridas, serão expedidas pelo Registro de Imóveis uma certidão de
inteiro teor e uma certidão de ônus reais e de ações reais e/ou pessoais reipersecutórias,
autorizada, quanto à segunda, a cobrança de emolumentos e selos por uma certidão, duas buscas
e um processamento eletrônico de dados.
Art. 421 – Serão emitidas as certidões mediante escrita capaz de permitir a sua reprodução
por fotocópia ou outro processo equivalente.
Art. 423 – A emissão de certidões por cópias reprográficas somente se fará dos documentos
arquivados na serventia.
§ 2º – É vedado expedir certidão com data anterior ao pedido constante na nota de entrega.
Art. 425 – Existindo qualquer alteração posterior ao ato cuja certidão é pedida, inclusive a
protocolização de títulos pendentes de qualificação, o Registrador a mencionará, obrigatoriamente,
não obstante as especificações do pedido, sob pena de responsabilidade civil e penal.
165
§ 1º – A alteração será anotada na própria certidão, com a declaração: “a presente certidão
envolve elementos de averbação à margem do termo”.
Art. 426 – Considera-se atualizada a certidão cuja data de expedição não seja superior a 30
(trinta) dias da data em que formalizado o negócio imobiliário.
Art. 427 – Salvo requerimento em contrário, após a prática do ato registral solicitado deverá
ser expedida certidão para instruir a via do título a ser restituída à parte.
Parágrafo único – Poderá ser fornecida apenas uma certidão de inteiro teor quando do
registro de título envolvendo diversas partes interessadas, salvo pedido em contrário.
Art. 428 – Nos atos exclusivos de busca, fica vedada a cobrança cumulada de emolumentos
por ato de processamento eletrônico de dados (PED). Havendo pedido de expedição de certidão, a
cobrança de PED deve ser relativa apenas a este ato.
Art. 429 – Quando a busca for solicitada por pessoa e realizada sem expedição de certidão,
incidirá cobrança de uma busca a cada 10 (dez) imóveis vigentes ou registros vigentes no Livro 3.
TÍTULO III
DO PROCESSO DE REGISTRO
CAPÍTULO I
DA APRESENTAÇÃO, DO PROTOCOLO, DA QUALIFICAÇÃO E DA REAPRESENTAÇÃO DOS
TÍTULOS
Art. 430 – Todos os Registros de Imóveis deverão adotar um talonário, em dupla via; uma
permanecerá na serventia, e a outra será destinada à parte, para servir de nota de entrega dos
pedidos de certidão e dos documentos apresentados para exame, na forma do parágrafo único do
art. 12 da Lei nº 6.015/73.
166
Art. 431 – Protocolizado o título, será procedido o registro dentro de trinta 30 (trinta) dias,
salvo em casos especiais definidos em lei.
§ 3º – É fixado em 15 (quinze) dias o prazo para execução dos serviços previstos nas Leis nº
9.514/97 e nº 10.931/04, tais como:
II – averbação das retificações previstas nos arts. 212 e seguintes da Lei nº 6.015/73, salvo
quando integrantes de títulos para os quais o prazo é diverso;
III – averbação da Cédula de Crédito Imobiliário junto aos registros das garantias reais
imobiliárias;
§ 5º – Nos atos registrais relativos ao programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV, o prazo
para qualificação do título e respectivo registro, averbação ou devolução com indicação das
pendências a serem satisfeitas para sua efetivação não poderá ultrapassar 15 (quinze) dias,
contados da data em que ingressar na serventia.
§6º – Os emolumentos devidos pelos atos relacionados à primeira aquisição imobiliária para
fins residenciais financiada pelo Sistema Financeiro de Habitação, ou Projeto Casa Verde e Amarela,
devem ter redução de 50% e serão calculados sobre o valor total do imóvel e não apenas em relação
à parte financiada, com validade para todos os atos inerentes, exceto as certidões, devendo constar
de forma clara o desconto no Recibo de Emolumentos. (Incluído pelo Provimento nº 006/2022-CGJ).
Art. 433 – Em caso de inobservância no cumprimento de prazos, poderá ser aplicada multa
ao Registrador, na forma do Inciso II do caput do art. 32 da Lei nº 8.935/94, na proporção de 1 (um)
a 10 (dez) salários mínimos regionais, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o que será apurado
em procedimento administrativo perante o Juízo Correicional respectivo.
Art. 434 – Em observância ao que dispõe art. 1.246 do Código Civil, é necessário consignar
no registro a data e o número da prenotação, que, igualmente, deverão ser inseridos no título (art.
183 da Lei nº 6.015/73). Se a data do registro não corresponder à da prenotação, o título conterá,
também, referência ao dia em que efetivamente foi registrado.
Art. 436 – A qualificação de títulos judiciais será formal, devendo os Registadores Imobiliários
atentar para os requisitos extrínsecos do título, não lhes sendo permitido apreciar questões de
cunho jurisdicional.
Art. 437 – Eventuais exigências ou consultas relacionadas a título judicial e cujo atendimento
caiba ao juízo prolator da decisão serão a este submetidas, de forma a auxiliá-lo na efetivação do
provimento judicial e no cumprimento da legislação.
§ 2º – O prazo do protocolo ficará suspenso até nova deliberação judicial, podendo ser
recepcionado outro título não contraditório. (Alterado pelo Provimento nº 036/2021-CGJ).
168
Art. 438 – Havendo exigências de qualquer ordem, elas deverão ser formuladas de uma só
vez, por escrito, articuladamente, de forma clara e objetiva, em papel timbrado do cartório, com
data, identificação e assinatura do qualificador responsável, para que o interessado possa satisfazê-
las, ou, não se conformando, requerer a suscitação de dúvida.
Parágrafo único – Presentes fundadas razões, ao Registrador será facultado fazer novas
exigências para o adequar do título às necessidades fático-legais.
Art. 439 – Os editais expedidos deverão ser retirados no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
sob pena de cancelamento do protocolo.
Parágrafo único – Uma vez retirados para publicação, os editais deverão retornar
devidamente publicados no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.
Art. 440 – É autorizada a instalação de totens para pedidos de certidão no modelo “auto-
atendimento” na sede da serventia ou em outros locais de interesse público.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO DE DÚVIDA REGISTRAL
Art. 444 – Havendo inconformidade com os termos da impugnação, ou não podendo atendê-
la, poderá o interessado requerer suscitação de dúvida, caso em que se anotará o seu endereço,
para efeitos de notificá-lo pelos meios legais de comunicação.
Art. 445 – O Juiz Diretor do Foro ou da Vara dos Registros Públicos, nos procedimentos de
suscitação de dúvida, antes da prolação da sentença, poderá admitir a intervenção espontânea do
tabelião de notas que lavrou o ato notarial objeto da qualificação registral, solicitando, por
despacho irrecorrível, de ofício ou a requerimento do interessado, a manifestação do notário, no
prazo de 15 (quinze) dias.
169
CAPÍTULO III
DA ALTERAÇÃO DE CIRCUNSCRIÇÃO
Art. 446 – Estando o título anterior registrado em outra serventia, será exigido que o título
venha acompanhado de certidão atualizada comprovando o registro precedente e mencionando a
existência ou não de ônus.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
170
Art. 449 – No momento do registro da aquisição do direito real, tanto por ato inter vivos
como causa mortis, deverá ser permitido conhecer, com precisão, todos os seus titulares, para que
seja possível realizar o controle dos princípios da disponibilidade e da continuidade.
• Provimento nº 53/16-CNJ, art. 1º, §3º; Código de Processo Civil, art. 961, §1º.
Art. 451 – Não será exigido reconhecimento de firma nos requerimentos apresentados ao
Registro de Imóveis, salvo nas hipóteses legais.
Parágrafo único – Os Registradores de Imóveis não têm atribuição legal para autenticar
cópias ou para reconhecer firmas, embora possam recepcionar documentos cotejando com os
originais e presenciar a assinatura da pessoa legitimada, atestando tal fato, em face da fé pública
inerente às suas atividades.
Art. 452 – Ao Registro de Imóveis não é facultado exigir a apresentação de certidões outras
que não as estritamente necessárias relacionadas com o ato registral pretendido.
Art. 453 – É permitida a cobrança de digitalização para os títulos físicos apresentados para
registro ou averbação, que serão digitalizados, devolvidos aos apresentantes e mantidos
exclusivamente em arquivo digital. (Redação dada pelo Provimento nº 38/23-CGJ/RS, art. 1º)
Art. 455 – Faculta-se ao Registrador de Imóveis organizar pasta própria para o arquivamento
de documentos de representação de pessoas jurídicas, evitando-se a replicação de documento já
constante do acervo físico ou eletrônico.
Parágrafo único – Aplica-se o disposto no caput aos títulos que já receberam qualificação
positiva e façam parte do acervo, podendo gerar atos em outras matrículas com ele relacionadas,
exigindo-se requerimento para tal finalidade.
Art. 456 – Qualquer documento expedido por ente ou órgão público que contenha
informação essencial para o Registro de Imóveis possui validade para a prática dos atos que
demandem a referida informação.
TÍTULO IV
ALTERAÇÃO DA NATUREZA DO IMÓVEL: DESTINAÇÃO
§ 1º – A alteração de imóvel rural para urbano será instruída com certidão do Município
informando a nova destinação urbana do imóvel, independentemente da sua localização, instruído
com prova do cadastro para fins de pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU.
§ 2º – A alteração de imóvel urbano para rural será instruída com certidão do Município
informando que o imóvel deixou de ter destinação urbana, independentemente da sua localização,
instruído com a prova da quitação do Imposto Territorial Rural – ITR, com o Certificado de Cadastro
de Imóvel Rural – CCIR e com o georreferenciamento, quando exigível.
TÍTULO V
DA FUSÃO DE MATRÍCULAS
Art. 458 – Quando dois ou mais imóveis contíguos, urbanos ou rurais, pertencentes ao
mesmo proprietário, constarem em matrículas autônomas, poderá ele requerer a fusão destas em
uma só, com novo número, encerrando-se as primitivas.
172
II – dois ou mais imóveis, registrados por ambos os sistemas, efetuando-se, nas transcrições,
a anotação prevista no inciso anterior e com o encerramento, por averbação, das matrículas
primitivas.
Art. 460 – Para os imóveis de que trata o artigo anterior, e os oriundos de desmembramento,
partilha e glebas destacadas de maior porção, abrir-se-ão novas matrículas, averbando-se os ônus
incidentes sobre eles, sempre que ocorrer a transferência de uma ou mais unidades, procedendo-
se, em seguida, conforme o previsto no art. 233, II, da Lei nº 6.015/73.
Art. 461 – Nos casos de unificação ou de fusão de matrículas, os Registradores deverão adotar
cautelas na verificação da área, medidas, características e confrontações do imóvel resultante, a
fim de evitar que se façam retificações sem o devido procedimento legal.
TÍTULO VI
DOS LIVROS, SUA ESCRITURAÇÃO E CONSERVAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
I – Livro 1 – Protocolo;
Art. 464 – Implantado o sistema de fichas para os livros 2 e 3, estas medirão 25cm por 19cm
e serão confeccionadas em papel branco que preserve a integralidade necessária do arquivo.
CAPÍTULO II
DO LIVRO 1 – PROTOCOLO
• Lei nº 6.015/73, art. 12, parágrafo único; arts. 174, 175, 182 ao 188, 198, 205, 206 e 209.
Art. 465 – O Livro 1 (Protocolo) servirá para apontamento de todos os títulos apresentados
diariamente, ressalvados aqueles exibidos apenas para exame e cálculo dos emolumentos.
II – a data da apresentação;
174
I – o adquirente, nos atos de transmissão da propriedade;
III – na coluna destinada ao registro da data, será indicado apenas o dia e mês do primeiro
lançamento diário;
Art. 471 – A escrituração do Livro 1 (Protocolo) pode ser realizada no formato eletrônico,
desde que encerrado diariamente mediante assinatura eletrônica, bem como a geração da
175
anotação na coluna apropriada, sem prejuízo da obrigatória impressão do livro físico com
periodicidade mensal.
CAPÍTULO III
DO LIVRO 2 – REGISTRO GERAL
Art. 472 – O Livro 2 (Registro Geral) será destinado à matrícula dos imóveis e ao registro ou
averbações dos atos previstos em lei.
Art. 473 – Cada imóvel terá matrícula própria, que será aberta por ocasião do primeiro
registro efetuado na vigência da Lei nº 6.015/73, bem como nos casos de fusão e unificação de
imóveis, podendo também ser aberta a requerimento do proprietário ou de ofício.
Art. 474 – Os Registradores ficam autorizados a inserir nas matrículas mapas dos imóveis,
desde que elaborados por profissional habilitado e que correspondam à descrição do imóvel.
Art. 475 – Para a matrícula e registro das escrituras e partilhas lavradas e homologadas na
vigência do Decreto nº 4.857/39 não serão observadas as exigências da atual legislação, devendo-
se obedecer ao disposto na legislação anterior.
Art. 476 – A cada lançamento de registro precederá a letra “R.”, e a cada lançamento de
averbação precederão as letras “Av.”, seguindo-se o número de ordem do ato e o da matrícula
(exemplo.: R.1-1, R.2-1, Av.3-1).
Art. 477 – No caso de serem utilizadas fichas, serão observadas as seguintes regras:
176
Art. 478 – A matrícula, na impossibilidade eventual de abranger todo o imóvel, será efetivada
pelos elementos constantes no registro imediatamente anterior, ainda que se trate de fração ideal.
CAPÍTULO IV
DO LIVRO 3 – REGISTRO AUXILIAR
Art. 479 – O Livro 3 – Registro Auxiliar destina-se ao registro dos atos que, sendo atribuídos
ao Registro de imóveis por disposição legal, não digam respeito diretamente a imóveis
matriculados.
Art. 480 – As convenções patrimoniais envolvendo a união estável que estabeleçam regime
diverso do legal ou da separação obrigatória de bens não terão efeito perante terceiros senão
depois de registradas no Livro 3 (Registro Auxiliar) pelo Registrador de Imóveis do domicílio dos
conviventes, sem prejuízo da averbação obrigatória na matrícula do imóvel.
CAPÍTULO V
DOS LIVROS 4 – INDICADOR REAL E 5 – INDICADOR PESSOAL
Art. 481 – O Livro 4 (Indicador Real) constitui o repositório de todos os imóveis a figurarem
nos demais livros, devendo conter sua identificação, referência aos números de ordem dos outros
livros e anotações necessárias.
Parágrafo único – A escrituração deverá propiciar a identificação dos imóveis por suas
denominações, organizando-se pela denominação das ruas, quando se tratar de imóveis urbanos,
e pelos nomes identificadores da sua situação, quando rurais.
Art. 482 – O Livro 5 (Indicador Pessoal), dividido alfabeticamente, conterá os nomes de todas
as pessoas que, individual ou coletivamente, ativa ou passivamente, direta ou indiretamente,
figurarem nos demais livros, fazendo-se referência aos respectivos números de ordem.
Art. 483 – A responsabilidade por qualquer erro ou omissão do fichário será, sempre, do
Registrador.
Art. 484 – A escrituração dos indicadores poderá ser feita através de fichas ou
eletronicamente, facultando-se a continuidade da utilização dos fichários já existentes.
Art. 485 – Os Livros 4 e 5 poderão ser mantidos apenas em meio eletrônico, desde que o
sistema de automação assegure a integridade das respectivas informações.
177
CAPÍTULO VI
DO LIVRO CADASTRO DE ESTRANGEIROS
Art. 486 – Os Registro de Imóveis manterão cadastro especial, em livro auxiliar, das
aquisições de terras rurais por pessoas estrangeiras, físicas e jurídicas, no qual deverá constar:
CAPÍTULO VII
DA CONSERVAÇÃO
• Provimento nº 50/15-CNJ.
Art. 488 – Quando a lei criar nova serventia, até sua instalação os registros continuarão a ser
feitos na serventia desmembrada, sendo desnecessário repeti-los posteriormente.
Art. 489 – Nos casos de erro de impressão que impeça a visualização dos atos antigos e/ou
novos, poderá ser procedida, na sequência da ficha, sem espaço em branco, a reprodução conforme
a imagem constante no banco de dados da serventia, podendo o Registrador assinar a averbação
de reprodução do ato antigo, sem custo para o usuário, e logo após proceder à impressão dos novos
atos, seguindo com a escrituração, sem a necessidade de encaminhamento de expediente ao Juiz
Diretor do Foro.
178
Parágrafo único – Feita a reconstituição da matrícula por meio de impressão da imagem
digitalizada ou pela sua reedição, a reconstituída/substituída deve ser digitalizada e arquivada
mediante processo que possibilite pronta busca quando necessária.
TÍTULO VII
DOS TÍTULOS
Art. 490 – Serão admitidos a registro os títulos previstos no artigo 221 da Lei nº 6.015/73.
Art. 491 – Os mandados de registro encaminhados pelo correio ou por Oficial de Justiça, logo
após serem recebidos, deverão ser prenotados.
§ 1º – Não ocorrendo fato impeditivo ao registro e não tendo sido remetido o valor dos
emolumentos devidos (não sendo caso de isenção ou de dispensa do seu adiantamento), deverá
ser comunicado ao magistrado expedidor da ordem que a complementação do registro será
efetivada mediante o pagamento dos emolumentos correspondentes, cujo valor deverá ser desde
logo indicado.
§ 2º – Não sendo efetivado o pagamento dos emolumentos no prazo legal, a prenotação será
cancelada.
Art. 494 – O documento público poderá ser registrado por cópia autenticada por pessoa
investida na função e com poderes.
§ 1º – Sendo escritura pública, a autenticação deverá vir do mesmo Tabelião que a lavrou.
179
§ 3º – Os microfilmes de documentos particulares e públicos e as certidões, traslados e cópias
fotográficas obtidas diretamente dos filmes serão considerados originais para fins de registro,
obedecidas as normas legais regradoras da matéria.
Art. 496 – Não serão reputados imperfeitos os títulos que corrigirem omissões ou atualizarem
nomes de confrontantes mencionados em títulos presentes, respeitado o princípio da
continuidade.
Art. 498 – Não constando do título, da certidão ou do registro anterior, por qualquer motivo,
os elementos indispensáveis à matrícula, poderão os interessados completá-los exclusivamente
com documentos oficiais.
TÍTULO VIII
DAS PESSOAS
Art. 499 – Os títulos apresentados para registro deverão conter a perfeita identificação das
pessoas nele envolvidas.
I – o nome completo;
II – a nacionalidade;
180
III – o estado civil e, em sendo casado, o nome do cônjuge, sua qualificação, regime de bens
e registro do pacto antenupcial, quando for o caso;
IV – a profissão;
V – o domicílio e a residência;
§ 1º – O número do CPF é obrigatório para o registro dos atos de transmissão de bens imóveis
ou de direitos a eles relativos, dos quais o Notário ou o Registrador de Imóveis devam expedir a
Declaração sobre Operação Imobiliária – DOI.
II – a nacionalidade;
III – o domicílio;
IV – a sede social;
Art. 502 – Não constando do título, da certidão ou do registro anterior, por qualquer motivo,
os elementos indispensáveis à identificação das pessoas, poderão os interessados completá-los
exclusivamente com documentos oficiais.
181
TÍTULO IX
DO REGISTRO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 503 – No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão efetuados os registros dos atos
previstos em lei, dentre eles:
I – instituição de bem de família; (Lei nº 6.015/73, arts. 167, I, 1; e 260 e seg.; Código Civil,
arts. 1.711 e seg.)
b) hipoteca cedular:
k) hipoteca de vias férreas; (Código Civil, art. 1.502; Lei nº 6.015/73, art. 171);
III – contratos de locação de prédios, nos quais tenha sido consignada cláusula de vigência
em caso de alienação da coisa locada; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 3; Lei nº 8.245/91);
V – servidões em geral; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 6; Código Civil, arts. 1.378 e seg.);
VI – usufruto e uso sobre imóveis e habitação, quando não resultarem do direito de família;
(Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 7; Código Civil, arts. 1.390 e seg., 1.412 e seg., e 1.414 e seg.);
182
VII – rendas constituídas sobre imóveis ou a eles vinculadas por disposição de última vontade;
(Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 8; Código Civil, arts. 803 e seg.);
IX – anticrese; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 11; Código Civil, arts. 1.506 e seg.);
X – convenções antenupciais; (Lei nº 6.015/73, arts. 167, I, 12; 178, V; e 244; Código Civil,
arts. 1.639 e 1.653 e seg.);
XI – cédulas de crédito rural; (Lei nº 6.015/73, arts. 167, I, 13; e 178, II; Decreto-Lei nº 167/67);
XII – cédulas de crédito industrial; (Lei nº 6.015/73, arts. 167, I, 14; e 178, II; Decreto-Lei nº
413/69);
XV – cédulas do produto rural; (Lei nº 8.929/94; Lei nº 10.200/01); (Inciso revogado pelo
Provimento nº 23/20-CGJ/RS, art. 5º)
XVI – contratos de penhor rural; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 15; Código Civil, arts. 1.438 e
seg. (penhor agrícola – Código Civil, arts. 1.442 e seg.; penhor pecuário – Código Civil, arts. 1.444 e
seg.);
XIX – loteamentos urbanos e rurais; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 19 (loteamento urbano – Lei
nº 6.766/79; loteamento rural – Decreto-Lei nº 58/37; loteamentos regularizados pelo Projeto
More Legal ou pela Lei nº 13.465/17);
183
XXI – citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a imóveis; (Lei nº
6.015/73, art. 167, I, 21; Código de Processo Civil).
XXII – julgados e atos jurídicos entre vivos que dividirem imóveis ou os demarcarem inclusive
nos casos de incorporação que resultarem em constituição de condomínio e atribuírem uma ou
mais unidades aos incorporadores; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 23; Lei nº 4.591/64; Código Civil,
arts. 1.320 e seg.)
XXIII – sentenças que nos inventários, arrolamentos e partilhas, adjudicarem bens de raiz em
pagamento das dívidas da herança; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 24)
XXIV – atos de entrega de legados de imóveis, dos formais de partilha e das sentenças de
adjudicação em inventário ou arrolamento quando não houver partilha; (Lei nº 6.015/73, art. 167,
I, 25; Código de Processo Civil, arts. 982 e seg.)
XXVI – decisões declaratórias de usucapião; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 28; Código Civil, arts.
1.238 e seg.; Código de Processo Civil, arts. 941 e seg., Provimento nº 65/17-CNJ)
XXVII – compra e venda pura e condicional; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 29; Código Civil, arts.
481 e seg.)
XXVIII – permuta; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 30; Código Civil, art. 533)
XXIX – dação em pagamento; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 31; Código Civil, arts. 356 e seg.)
XXXI – doação entre vivos; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 33; Código Civil, arts. 538 e seg.)
XXXIII – remição; (Lei nº 6.015/73, arts. 266 e seg.; Código de Processo Civil, arts. 787 e seg.)
XXXIV – alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel; (Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 35; Lei
nº 9.514/97)
XXXVIII – contrato de concessão de direito real de uso de imóvel público; (Lei nº 6.015/73,
art. 167, I, 40; Lei nº 10.257/01; Medida Provisória nº 2.220/01)
XLIV –multipropriedade;
CAPÍTULO II
DO BEM DE FAMÍLIA
Art. 505 – Não existindo razão para dúvida, será realizada a publicação, em forma de edital,
contendo:
Art. 506 – A instituição de bem de família voluntário poderá se dar concomitantemente com
uma doação, dispensados os procedimentos acima referidos, na forma do art. 265 da Lei nº
6.015/73.
185
CAPÍTULO III
DAS HIPOTECAS
Art. 507 – O Registrador recusará pedido de registro de escritura pública de hipoteca lavrada
sem observância do disposto no artigo 1.424 do Código Civil.
Art. 508 – A hipoteca poderá ser prorrogada mediante simples averbação, requerida por
ambas as partes, por até 30 (trinta) anos contados da data do contrato.
§ 1º – Findo o prazo do caput, a hipoteca apenas subsistirá se for reconstituída por novo
título e novo registro, mantendo-se, neste caso, a precedência que então lhe competir.
CAPÍTULO IV
DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO E ARRENDAMENTO
• Código Civil, arts. 565 e segs; Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 3; art. 169, III; e, Lei nº 8.245/91.
Art. 511 – O contrato de locação com cláusula expressa de vigência no caso de alienação do
imóvel será registrado na matrícula do imóvel e consignará o seu valor, a renda, o prazo, o tempo,
o lugar do pagamento e a pena convencional.
§ 1º – O contrato de locação pode ser ajustado por qualquer prazo, dependendo de vênia
conjugal se igual ou superior a 10 (dez) anos.
186
§ 3º – O registro da cláusula de vigência de uma locação em caso de alienação da coisa locada
não implica no efeito do direito de preferência, devendo, para tal fim, ser requerida a averbação
correspondente, devidamente instruída com requerimento e uma via do contrato, a qual será
cobrada como ato sem conteúdo financeiro.
Art. 512 – A caução locatícia será averbada na matrícula do imóvel que garante um contrato
de locação. Para tal fim, bastará a indicação desta modalidade de garantia no contrato, não se
exigindo a forma prevista no art. 108 do Código Civil.
Art. 513 – Será facultado o registro dos contratos de arrendamento rural, com efeito
meramente publicista, desde que preencham os requisitos definidos na Lei nº 6.015/73.
• Lei nº 4.504/64, art. 92, §5º e arts. 95 e segs.; Decreto nº 59.566/66, arts. 16 e segs.
CAPÍTULO V
DAS SERVIDÕES
• Código Civil, arts. 1.378 e segs.; Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 6; ‘e’, Código de Mineração
(Decreto-Lei nº 226/67), arts. 59 e segs.
Art. 514 – Para o registro da servidão, será indispensável que consigne o documento a
descrição dos prédios dominante e serviente.
Art. 515 – O registro da servidão predial será feito na matrícula do imóvel serviente,
averbando-se o crédito na do imóvel dominante.
Art. 516 – Nas servidões de oleoduto, gasoduto, eletroduto, aqueduto e assemelhados que
tiverem como credor o poder público, órgão público, empresa concessionária de serviço público ou
afim, e nas quais não haja como dominante um imóvel específico, será realizado apenas o registro
na matrícula do imóvel serviente.
CAPÍTULO VI
DO USUFRUTO, DA HABITAÇÃO E DO USO
187
Art. 517 – O usufruto deducto (reserva do usufruto) gera ato de registro próprio, cobrado
como ato sem valor declarado.
Art. 518 – Os pagamentos a título de sucessão legal, meação ou legado poderão ser
integralizados através de direito real de usufruto vitalício, sem prejuízo do pagamento da nua-
propriedade a quem de direito a receba.
Art. 519 – A cessão do exercício do usufruto, mero direito obrigacional que se extingue com
o direito de usufruto, tem acesso ao Fólio Real por ato de averbação.
Art. 520 – O direito real de habitação decorrente do direito sucessório deve ser objeto de
registro.
Art. 521 – Para se averbar o cancelamento de registros de usufruto, uso e habitação, sempre
se exigirá guia de aferição tributária oriunda do agente fiscal competente, salvo quando o ato
motivador de sua extinção for decorrente de consolidação provocada por alienação onerosa.
CAPÍTULO VII
DAS CONVENÇÕES ANTENUPCIAIS E DOS PACTOS PATRIMONIAIS
• Código Civil, arts. 1.640 e 1.657; Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 12 e II, 1 e art. 244.
CAPÍTULO VIII
DAS CÉDULAS DE CRÉDITO
188
§1º - Em se tratando de cédula de crédito bancário, cédula de crédito rural e cédula de
produto rural, o registro será feito apenas da garantia. (Redação dada pelo Provimento nº 20/20-
CGJ/RS, art. 6º)
Art. 524 – Não se exigirá Certidão Negativa de Débito (CND) do INSS ou da Receita Federal
na constituição de garantia para a concessão de crédito industrial, comercial ou à exportação, em
qualquer de suas modalidades, por instituições financeiras públicas ou privadas.
Art. 525 – A concessão do crédito rural em todas as suas modalidades, bem como a
constituição das suas garantias, pelas instituições de crédito, públicas e privadas, independerá da
exibição de comprovante de cumprimento de obrigações fiscais (exceto do Imposto Territorial Rural
– ITR) ou da Previdência Social, ou declaração de bens ou certidão negativa de multas por
infringência do Código Florestal.
Art. 528 – Para as cédulas de crédito que representam o capital emprestado, não se admitirá
a registro mais de uma via negociável do título. A apresentação de outras vias negociáveis não
autorizará a certificação do registro em mais de uma via.
Art. 529 – Quando não apresentada a via não negociável, poderá o Registro de Imóveis extrair
cópia da via negociável para fins de permitir o arquivamento, dispensando-se a impugnação do
título para a apresentação da via não negociável.
CAPÍTULO IX
DOS PRÉ-CONTRATOS RELATIVOS A IMÓVEIS LOTEADOS
189
§ 2º – A possibilidade de registro de pré-contratos aplica-se apenas aos contratos celebrados
após o advento da Lei nº 6.766/79.
Art. 531 – Não se recusará registro a contratos a pretexto de metragem mínima se o imóvel
destinar-se à edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados
pelos órgãos públicos competentes, consoante dispõe o art. 4º, II, da Lei nº 6.766/79.
CAPÍTULO X
DAS PARTILHAS
• Código de Processo Civil, art. 655; Resolução nº 35/07-CNJ, arts. 20 ao 22, 33, 47 e 49.
Art. 535 – É possível recepcionar escritura pública de partilha havendo testamento, mediante
expressa autorização do juízo sucessório competente nos autos do procedimento de abertura e
cumprimento de testamento, sendo todos os interessados capazes e concordes.
Art. 537 – A qualificação registral quanto às partilhas limitar-se-á ao exame dos seus
requisitos extrínsecos, aos princípios registrais e às questões de ordem tributária, devendo ser
aferida a rigorosa identidade de informações entre a partilha e as guias de reconhecimento
tributário.
190
§ 1º – Na qualificação de partilhas não é dado ao Registrador de Imóveis interferir quanto ao
mérito dos critérios previstos no art. 2.017 do Código Civil e no art. 648 do Código de Processo Civil.
§6º - O título mencionado no parágrafo anterior se refere aos bens objetos de partilha em
caso de divórcio, dissolução de união estável, separação ou inventário, uma vez havendo herdeiros
capazes e concordes, bem como aos casos que não envolva filhos menores ou, em havendo filhos
crianças ou adolescentes, as questões relacionadas a estes já tenham sido resolvidas em processo
judicial. (Incluído pelo Provimento n. 44/2023-CGJ)
CAPÍTULO XI
DAS ARREMATAÇÕES E ADJUDICAÇÕES
Art. 538 – É requisito para registro da carta de arrematação que esta contenha menção
expressa sobre a manutenção ou o cancelamento de toda e qualquer restrição judicial, ônus ou
gravames constantes da matrícula.
Art. 539 – Para o registro da arrematação ou adjudicação, não estando o imóvel registrado
em nome do executado, será exigida a apresentação do título anterior, observados os princípios da
disponibilidade e da continuidade, ressalvado comando judicial expresso em contrário.
Art. 540 – São inexequíveis emolumentos do terceiro arrematante pelo ato de cancelamento
da penhora, assim como pelo cancelamento de eventuais averbações ou registros anteriores à data
da arrematação judicial, desde que determinados no título. Incidindo tal hipótese, o Registrador
191
deverá lançar emolumentos pelo código PEPO, remetendo a conta para cobrança junto ao processo
originário da ordem.
§1º - Os percentuais referidos no caput tomarão por base o valor venal do imóvel relativo à
avaliação fiscal constante da guia de pagamento do ITBI. (Incluído pelo Provimento nº 43/2023-
CGJ).
Art. 540-B- Os atos notariais e registrais da adjudicação compulsória, prevista no Artigo 216-
B da Lei n.º 6.015/73, serão gratuitos para as pessoas que comprovarem a insuficiência de recursos
para pagar as respectivas despesas, e ressarcidos aos notários e registradores através do Fundo
Notarial e Registral (FUNORE), utilizando o EQLG 17. (Incluído pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
Art. 540-C- Ingressando o pedido da ata notarial no Tabelionato de Notas, instruído com os
documentos comprobatórios da alegada necessidade da parte, será encaminhado digitalmente
pelo Tabelião ao Juiz de Direito Diretor do Foro da Comarca que pertencer a Serventia para a devida
apreciação, com formação de expediente SEI na Vara da Direção do Foro, sem ônus à parte, e
apreciação no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
§2º - Em sendo deferido o pedido de gratuidade pelo Juiz de Direito Diretor do Foro, o
expediente SEI será arquivado, e retornará o procedimento ao Tabelionato de Notas para
prosseguimento com os demais atos notariais e, presentes os pressupostos para lavratura da ata
notarial, será posteriormente encaminhado ao Ofício de Registro de Imóveis. (Incluído pelo
Provimento nº 43/2023-CGJ).
Art. 540-D- Por se tratar de procedimento de mera validação, a decisão que não conceder a
gratuidade não será passível de recurso pela parte, devendo, se assim entender, reapresentar o
192
pedido na via judicial, quando haverá a devida análise e oportunidade de contraditório. (Incluído
pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
Art. 540-E- Para fins de cumprimento do disposto no artigo 540-A e 540-B são criados junto
ao sistema selo notarial e registral os códigos cartoriais 135 “Ata Notarial de Usucapião Extrajudicial
e de Adjudicação Compulsória” e 136 "Processamento ou Deferimento do Pedido de Usucapião
Extrajudicial (Provimento n.º 65/2017 - CNJ) e de Adjudicação Compulsória Extrajudicial, com
conteúdo econômico (50% do valor atribuído ou de avaliação). (Incluído pelo Provimento nº
43/2023-CGJ).
§1º - O Oficial Registrador, afixará uma via do edital no mural da Serventia, publicando-o
ainda no sítio eletrônico da Serventia, se houver. (Incluído pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
§2º - O prazo dos editais referidos no caput contarão sempre a partir da publicação no Diário
da Justiça Eletrônico. (Incluído pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
Parágrafo único - Com o deferimento, o edital será remetido pela unidade ao Diário da Justiça
Eletrônico. (Incluído pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
Parágrafo único - Anexadas aos autos a comprovação de remessa, o expediente SEI será
arquivado pela Direção do Foro. (Incluído pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
Art. 541 – Não será exigível o prévio registro da promessa de compra e venda para o registro
de título judicial decorrente de ação de adjudicação compulsória.
CAPÍTULO XII
DA TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEIS A SOCIEDADE E DA TRANSFERÊNCIA DE IMÓVEL POR
PESSOA JURÍDICA AO SÓCIO
193
Art. 542 – A certidão do Registro Público competente, desde que atendidas as exigências
legais (registrais, tributárias, previdenciárias) para alienação de imóveis envolvendo sociedades
(empresárias ou simples) e EIRELIs, é documento hábil para o registro no Álbum Imobiliário,
independentemente da forma do instrumento arquivado, nos termos do art. 53 da Lei nº 8.934/94
e art. 997 do Código Civil.
Art. 543 – Serão objeto de registro os atos de transferência de imóveis para sociedades
empresárias ou simples decorrentes de integralização de cota de capital.
Art. 544 – A alteração do nome das pessoas jurídicas e a transformação do tipo societário
serão objeto de averbação de retificação de qualificação pessoal fundado no art. 213, I, ‘g’, da Lei
nº 6.015/73.
Art. 546 – Não sendo caso de dispensa legal, será exigida escritura pública para fins de
transferência de imóveis envolvendo pessoas jurídicas.
• Código Civil, art. 108; Lei nº 8.935/94, arts. 53 e 64; Lei nº 6.404/64, art. 98, §2º e 234.
CAPÍTULO XIII
DA DOAÇÃO ENTRE VIVOS
• Código Civil, arts. 538 ao 564; Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 33.
Art. 547 – Nos atos a título gratuito, o registro poderá ser promovido pelo transferente,
acompanhado da prova da aceitação pelo beneficiado.
194
§ 2º – Para efeitos do parágrafo anterior, considera-se doação pura também aquela instituída
com reserva de usufruto ou com imposição de cláusula de incomunicabilidade, inalienabilidade ou
impenhorabilidade.
§ 3º – Não se exigirá alvará judicial para a realização de doação pura e simples para menores,
na forma do artigo 543 do Código Civil.
§ 4º – Nos casos em que assinalado prazo para aceitação da doação pelo donatário, conforme
faculta o art. 539 do Código Civil, deverá ser comprovada sua notificação para aceitá-la ou
apresentada prova de aceitação formalizada por documento público ou particular, com a firma
reconhecida por autenticidade.
Art. 548 – A doação conjuntiva é a realizada para ambos os integrantes de um casal (entidade
familiar), independentemente do regime de bens.
Art. 549 – Os Registradores deverão remeter à Receita Estadual do município onde tiver sido
feito o registro das doações de bens, títulos, créditos, ações, quotas e valores, de qualquer
natureza, bem como os direitos a eles relativos, quando solicitada, relação das que tiverem sido
registradas no período que for mencionado.
CAPÍTULO XIV
DA COMPRA E VENDA
• Código Civil, arts. 481 e segs.; Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 29.
Art. 550 – As condições negociais dos contratos de compra e venda, que instituam cláusula
resolutiva, tal como acontece nos pagamentos a prazo, devem ser obrigatoriamente consignadas
no próprio registro.
Art. 551 - O pagamento parcelado do preço da compra e venda, assim como os pagamentos
feitos com notas promissórias, cheques, obrigações de efetuar depósito ou transferência bancário
ou outros títulos, deverá ser consignado no registro por se tratar de condição resolutiva tácita, salvo
se no próprio título houver menção expressa de que é recebido a título pro soluto, caso em que o
preço estará quitado para os efeitos do artigo 475 do Código Civil.
Art. 552 – Não fere os princípios da disponibilidade e da continuidade registrar uma compra
e venda definitiva quando noticiada uma contratação preliminar não registrada, não devendo o
Registro de Imóveis condicionar o registro daquele negócio ao deste.
195
Art. 553 – Admite-se a efetivação do contrato definitivo de compra e venda pelo Espólio
(outorgante vendedor), independentemente de Alvará Judicial, para cumprir obrigação contratada
e liquidada em vida, mediante prova a ser feita ao Tabelião.
Parágrafo único – Não será condição para o registro da compra e venda o prévio registro do
contrato preliminar.
CAPÍTULO XV
DAS CITAÇÕES EM AÇÕES REAIS OU PESSOAIS REIPERSECUTÓRIAS
Art. 555 – O registro da citação, quando requerido expressamente pela parte, será realizado
mediante apresentação de certidão narratória do processo, dispensada a expedição de mandado
específico.
CAPÍTULO XVI
DO REGISTRO DE TERRAS INDÍGENAS DEMARCADAS PELA UNIÃO
§ 2º – Para fins de ressarcimento pelo Fundo Notarial e Registral – FUNORE, para o ato de
averbação utiliza-se o código 73, combinado com o EQLG 02, e para o ato de abertura de matrícula
utiliza-se o código 75, combinado com o EQLG 02.
CAPÍTULO XVII
DA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE IMÓVEL
196
Art. 557 – O contrato que serve de título ao negócio fiduciário deverá conter os requisitos
previstos no artigo 24 da Lei nº 9.514/97.
Art. 558 – Os instrumentos particulares com efeito de escritura pública não precisam conter
as firmas reconhecidas dos contratantes e testemunhas, cabendo ao Registro de Imóveis exigir
prova da representação legal, quando necessário, bem como acerca das informações dos
adquirentes constantes do título.
Parágrafo único – Deverá ser exigido reconhecimento de firma nos instrumentos autorizando
a baixa e o cancelamento de registros em razão da quitação, exceto nos contratos vinculados ao
Sistema Financeiro de Habitação – SFH.
Art. 559 – A implementação do art. 28 da Lei nº 9.514/97 gerará ato de averbação, sendo
vedada a realização de ato de registro.
Art. 560 – A implementação do art. 29 da Lei nº 9.514/97 gerará ato de registro, devendo
integrar o título a guia de eventual imposto de transmissão.
§ 1º – Aplica-se esta regra nas partilhas em que houver modificação da situação atual do
registro.
197
Art. 562 – O terceiro que prestou a garantia (fiduciante) também será intimado para
pagamento em caso de mora do devedor/emitente.
Art. 563 – Deverá o Registrador de Imóveis expedir intimação a ser cumprida em cada um
dos endereços fornecidos pelo credor fiduciário, da qual constarão:
II – o demonstrativo do débito decorrente das prestações vencidas e não pagas e das que se
vencerem até a data do pagamento, os juros convencionais, as penalidades e os demais encargos
contratuais, os encargos legais, inclusive tributos e as contribuições condominiais imputáveis ao
imóvel, bem como a projeção da dívida, em valores atualizados, para purgação da mora;
V – indicação da conta bancária do credor para possibilitar o repasse, caso haja o pagamento
do débito;
Art. 564 – A intimação será realizada pessoalmente ao fiduciante, ao seu representante legal
ou ao seu procurador, pelo Registrador de Imóveis competente ou por Registrador de Títulos e
Documentos da comarca da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-la, mediante
solicitação do Registrador de Imóveis, ou ainda, pelo correio, com Aviso de Recebimento (AR).
198
Art. 567 – As intimações de pessoas jurídicas serão feitas aos seus representantes legais,
indicados pelo credor-fiduciário.
Art. 568 – Será considerado intimado o devedor que, encontrado, recusar-se a assinar a
intimação, caso em que o Oficial certificará o ocorrido.
Art. 569 – Quando, por duas vezes, o devedor, seu representante legal ou seu procurador
não for encontrado em seu domicílio, residência ou em outro endereço indicado pelo credor para
ser intimado e houver suspeita razoável de ocultação, o Registrador intimará qualquer pessoa
próxima, parente ou não do devedor, de que no dia imediato voltará e efetuará a intimação na hora
que designar.
Art. 570 – Nos condomínios edilícios ou outras espécies de conjuntos imobiliários com
controle de acesso, a intimação poderá ser feita ao funcionário da portaria responsável pelo
recebimento de correspondência.
Art. 571 – Quando o devedor, seu representante legal, ou procurador se encontrar em local
ignorado, incerto ou inacessível, o Registrador incumbido da intimação certificará o fato e
promoverá a intimação por edital, publicado por 03 (três) dias, pelo menos, em um dos jornais de
maior circulação local ou noutro de comarca de fácil acesso, se no local não houver imprensa diária.
Art. 572 – Purgada a mora perante o Registro de Imóveis, o Registrador entregará recibo ao
devedor e, nos 03 (três) dias seguintes, comunicará esse fato ao credor fiduciário para recebimento
na serventia das importâncias recebidas, ou procederá à transferência diretamente ao fiduciário.
Art. 573 – Certificado o decurso do prazo da intimação sem purgação da mora, o Registrador
dará ciência ao requerente.
Art. 574 – A consolidação da plena propriedade será feita à vista da prova do pagamento do
imposto de transmissão inter vivos e, se for o caso, do laudêmio, bem como da(s) certificação(ões)
de transcurso de prazo sem purgação da mora de todos os coobrigados pela dívida.
199
Parágrafo único – Para estes fins, será considerado o preço ou valor econômico declarado
pelas partes ou o valor tributário do imóvel, independentemente do valor remanescente da dívida.
Art. 575 – Decorrido o prazo de 90 (noventa) dias da certificação referida no artigo anterior,
os autos serão arquivados, salvo eventual impossibilidade justificada e fundamentada do credor
fiduciário.
Art. 576 – O fiduciante pode, com anuência do fiduciário, dar seu direito eventual ao imóvel
em pagamento da dívida, dispensada a realização do leilão.
Art. 578 – Uma vez consolidada a propriedade em nome do fiduciário, este deverá promover
a realização de leilão público para venda do imóvel, nos 30 (trinta) dias subsequentes, contados da
data da averbação da consolidação da propriedade, não cabendo ao Registrador de Imóveis o
controle de tal prazo.
§ 2º – Para a averbação dos leilões, o Registrador exigirá prova da prévia ciência do devedor
acerca da sua realização, ou declaração do credor, sob sua responsabilidade civil e penal, de que
cumpriu o disposto no § 2º-A do art. 27 Lei nº 9.514/97.
200
dos leilões, bem como de eventual quitação dada pelo credor após a averbação da consolidação da
propriedade. Parágrafo único – Os autos apresentados por leiloeiro oficial poderão ser firmados
eletronicamente, desde que observados os padrões de assinatura avançado ou qualificado, com
possibilidade de autenticação externa. (Alterado pelo Provimento nº 03/2023-CGJ)
Art. 580 – Havendo lance vencedor, a transmissão do imóvel ao licitante será feita por meio
de registro de contrato de compra e venda, por instrumento público ou particular, no qual deverá
figurar, de um lado, como vendedor, o antigo credor fiduciário e, de outro, como comprador, o
licitante vencedor.
Art. 581 – Na contagem dos prazos do contrato de alienação fiduciária, exclui-se o dia do
começo e inclui-se o dia do vencimento. Encerrando-se o prazo regulamentar em sábado, domingo
ou feriado, prorroga-se para o primeiro dia útil subsequente.
Art. 582 – Os procedimentos previstos nesta Seção poderão ser feitos sob a forma eletrônica,
por meio da Central de Serviços Eletrônicos Compartilhados dos Registradores de Imóveis (CRI),
cumpridos os requisitos previstos nestas normas para o acesso de títulos ao Protocolo Eletrônico
de Títulos (e-Protocolo).
TÍTULO X
DA AVERBAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 583 – No Registro de Imóveis, será feita a averbação dos seguintes atos previstos em lei:
II – por cancelamento, da extinção dos ônus e direitos reais (Lei nº 6.015/73, art. 167, II);
III – contratos de promessa de compra e venda, das cessões e das promessas de cessão a que
alude o Decreto-Lei nº 58/37, quando o loteamento se tiver formalizado anteriormente à sua
vigência (Lei nº 6.015/73, art. 167, II, 3);
V – alteração do nome por casamento, por separação ou por divórcio, ou, ainda, de outras
circunstâncias que, de qualquer modo, tenham influência no registro ou nas pessoas nele
interessadas (Lei nº 6.015/73, arts. 167, II, 5; e 246);
201
VI – atos pertinentes a unidades autônomas condominiais a que alude a Lei nº 4.591/64,
quando a incorporação tiver sido formalizada anteriormente à vigência desta Lei (Lei nº 6.015/73,
art. 167, II, 6);
VIII – caução e da cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis (Lei nº 6.015/73, art. 167,
II, 8; Lei nº 9.514/97, art. 17);
IX – restabelecimento da sociedade conjugal (Lei nº 6.015/73, art. 167, II, 10; Lei nº 6.515/77,
art. 46);
XI – decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto atos ou títulos registrados ou
averbados (Lei nº 6.015/73, art. 167, II, 12);
XII – ex officio, dos nomes dos logradouros, decretados pelo Poder Público (Lei nº 6.015/73,
art. 167, II, 13);
XVIII – extinção da concessão de uso especial para fins de moradia (Lei nº 6.015/73, art. 167,
II, 19);
XIX – extinção do direito de superfície do imóvel urbano (Lei nº 6.015/73, art. 167, II, 20,
incluído pela Lei nº 10.257/01);
202
XX – cessão de crédito imobiliário (Lei nº 6.015/73, art. 167, II, 21);
XXII – subrogações e outras ocorrências que alterarem o registro (Lei nº 6.015/73, art. 246);
XXIII – indisponibilidade de bens decretada judicialmente (Lei nº 6.015/73, art. 247; Código
de Processo Civil, art. 799);
XXV – notificações e interpelações normatizadas nos arts. 726 e seg. do Código de Processo
Civil, mediante ordem judicial;
XXVIII – incorporação total de uma empresa por outra (Lei nº 6.404/76, art. 234; Lei nº
8.934/94, arts. 53 e 64);
XXIX – termos de acordo entre proprietário de terras e o IBAMA, a teor dos preceitos contidos
no Código Florestal e legislação complementar (Lei nº 4.771/65, art. 16, ‘a’);
XXXV – retificações processadas nos termos previstos nos arts. 212 e seg. da Lei nº 6.015/73;
203
XXXVIII –auto de demarcação urbanística;
XLVII – penhoras, arrestos, sequestros de imóveis e averbações premonitórias (arts. 799, IX,
828, 844 e 868 e parágrafos do Código de Processo Civil);
Art. 584 – Serão averbados, ainda, na matrícula ou no registro, para o simples efeito de dar
conhecimento aos interessados requerentes de certidão:
VII – notícia de penhora, quando for impossível a feitura do registro por falta de requisitos
formais no título apresentado, exigidos pela legislação em vigor;
Parágrafo único - É facultativa a averbação de que trata o art. 167, II, 22 da Lei nº 6.015/73,
referente à Reserva Legal em imóveis rurais, uma vez que já implantado o Cadastro Ambiental Rural
– CAR, de acordo com o art. 18, § 4º da Lei nº 12.651/12.
Art. 585 – Serão averbadas, ainda, na matrícula, nos termos da Lei nº 13.097/15, para efeitos
erga omnes, inclusive no intuito de dar conhecimento aos interessados requerentes de certidão:
III – as informações constantes dos registros ou das averbações são suficientes para atestar
tanto a titularidade dos direitos quanto as restrições pessoais e os ônus, encargos ou gravames
existentes no imóvel.
Parágrafo único – Não poderão ser opostas situações jurídicas não constantes da matrícula
no Registro de Imóveis, inclusive para fins de evicção, ao terceiro de boa-fé que adquirir ou receber
em garantia direitos reais sobre o imóvel, ressalvado o disposto nos arts. 129 e 130 da Lei nº
11.101/05 e as hipóteses de aquisição e extinção da propriedade que independam de registro de
título de imóvel.
CAPÍTULO II
DOS PACTOS ANTENUPCIAIS E DA ALTERAÇÃO DO REGIME DE BENS
205
Art. 586 – Será noticiado, por averbação, à margem de todos os registros e nas matrículas
em que figurarem os contraentes, o registro de pacto antenupcial previsto no art. 167, I, 12, e no
art. 244 da Lei nº 6.015/73.
Art. 586 – Será noticiado, por averbação, à margem da matrícula em que figurarem os
contraentes, o registro de pacto antenupcial previsto no art. 167, I, 12, e no art. 244 da Lei nº
6.015/73. (Alterado pelo Provimento nº 006/2022-CGJ).
§2º - Nos demais imóveis de propriedade das partes, a averbação será realizada somente
com requerimento expresso, observando-se o princípio da rogação.
Parágrafo único – Não se exigirá a formalização de ato notarial (pacto nupcial) confirmando
vontade já manifestada em juízo, servindo a sentença como título hábil para o registro no Livro 3 –
Registro Auxiliar.
CAPÍTULO III
DOS CANCELAMENTOS
§1º – Tendo havido o efetivo transporte do registro, por averbação, para uma nova matrícula
do mesmo ou de outro Registro de Imóveis, o cancelamento será feito nesta última.
§2º - A ordem de averbação do cancelamento de arrolamento fiscal somente será atendida
pelo Registrador de Imóveis quando emanada do mesmo ente público responsável pelo registro ou
averbação originário na respectiva matrícula, ou por determinação judicial. (Parágrafo incluído pelo
Provimento nº 20/21-CGJ/RS, art. 2º)
Art. 589 – O cancelamento das averbações premonitórias, bem como de penhoras, arrestos
e sequestros, será efetuado nas seguintes hipóteses:
206
III – através de requerimento expresso do devedor/executado quando comprovada a
extinção do processo de execução.
I – a requerimento do interessado:
CAPÍTULO IV
DO DESDOBRAMENTO DE IMÓVEL
Art. 592 – Todo desdobramento de imóvel urbano exigirá prévia manifestação do Município.
Art. 593 – Será exigida prévia manifestação do INCRA para os casos em que ficar configurada
colonização rural.
CAPÍTULO V
DA EDIFICAÇÃO, RECONSTRUÇÃO, DEMOLIÇÃO, REFORMA OU AMPLIAÇÃO DE PRÉDIO
207
Art. 594 – A averbação de obra de construção, reconstrução, demolição, reforma ou
ampliação de prédios será feita a requerimento do interessado, com firma reconhecida, instruído
com documento comprobatório fornecido pela autoridade competente.
§1º – A dispensa do habite-se prevista no art. 247-A da Lei nº 6.015/73 requer a apresentação
de documento comprobatório da existência da edificação, fornecido pelo Município, atestando o
enquadramento dos requisitos legais. (Alterado pelo Provimento Nº 53/22-CGJ)
Art. 595 – Para a averbação de construção em imóvel situado na zona rural não se exigirá
carta de habitação ou certidão de construção, devendo-se procedê-la à vista de expressa
declaração do proprietário de que, no imóvel matriculado ou transcrito, realizou-se a edificação.
CAPÍTULO VI
DA AVERBAÇÃO DE QUITAÇÃO DE PREÇO
CAPÍTULO VII
DAS SENTENÇAS DE SEPARAÇÃO JUDICIAL, DIVÓRCIO, NULIDADE OU ANULAÇÃO DE
CASAMENTO
Art. 597 – A averbação prevista no art. 167, II, ‘14’, da Lei nº 6.015/73, somente se procederá
se os imóveis ou direitos reais permanecerem em condomínio, em partes iguais entre os separados
ou divorciados. Caso contrário, o ato a ser praticado será de registro.
CAPÍTULO VIII
DA ALTERAÇÃO DO NOME E DA TRANSFORMAÇÃO DAS SOCIEDADES
Art. 598 – Para averbação da retificação de denominação social de que trata o art. 213, I, ‘g’
Lei nº 6.015/73 e da transformação das sociedades o documento hábil é:
II – a certidão do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, em relação aos demais tipos societários.
208
CAPÍTULO IX
DAS SENTENÇAS OU ACÓRDÃOS DE INTERDIÇÃO
Art. 599 – A averbação das sentenças ou acórdãos de interdição será feita em razão de
comunicação do juízo, por carta de ordem, mandado, certidão, ofício ou eletronicamente, instruída
com cópia autenticada do ato jurisdicional, quando se tratar de documento físico.
CAPÍTULO X
DOS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA COM SUBSTITUIÇÃO DE MUTUÁRIO
Art. 600 – A substituição de mutuário, nos contratos de compra e venda celebrados segundo
as normas do Sistema Financeiro da Habitação, com ocorrência ou não de novação, quando o
adquirente assume a dívida e a garantia hipotecária do mutuário anterior, será averbada sem que
se exija o cancelamento da primeira hipoteca, vedado cancelar essa, como se extinta fosse, e o
registro de outra, salvo se constar, expressamente, no título, disposição impositiva.
CAPÍTULO XI
DO TOMBAMENTO DE IMÓVEIS
209
V – na hipótese de tombamento administrativo, provisório ou definitivo, às declarações dos
órgãos ambientais municipais ou estaduais onde reste afirmada a existência de área contaminada
ou sob investigação, à notificação efetivada dos proprietários.
CAPÍTULO XII
DOS DECRETOS DE DESAPROPRIAÇÃO
Art. 602 – A averbação dos decretos que declararem imóveis como sendo de utilidade ou
necessidade pública, para fins de desapropriação, será feita a requerimento do órgão expropriante
ou do expropriado, instruído com exemplar do decreto ou de sua publicação, em via autêntica.
CAPÍTULO XIII
DA ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS HIPOTECADOS
CAPÍTULO XIV
DA AVERBAÇÃO DE FLORESTA PLANTADA
Art. 605 – Averbada a existência da floresta, será permitido o registro de compra e venda das
árvores ou da respectiva madeira e de sua exploração, ou de outras formas específicas de alienação
ou oneração desses bens, assim como dos direitos a eles relativos, independente do solo.
Art. 606 – Quando se tratar de imóvel pertencente a empresa cuja atividade estatutária
compreenda o cultivo intensivo de florestas, a averbação poderá ser feita com dispensa da planta
210
de localização e desde que o requerente, ou o laudo técnico, informe que o florestamento ocupará
a totalidade da área cultivável.
CAPÍTULO XV
DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO
Art. 607 – Poderão ser averbados os contratos de locação sem cláusula de vigência, para
possibilitar ao inquilino o exercício do direito de preferência, assegurado no art. 27 da Lei nº
8.245/91.
§ 1º – O contrato de locação pode ser ajustado por qualquer prazo, dependendo de vênia
conjugal se igual ou superior a 10 (dez) anos.
§ 3º – Na averbação, constará a ressalva de haver sido feita unicamente para os fins do art.
27 e seguintes da Lei nº 8.245/91.
Art. 608 – A averbação de cancelamento de contrato de locação vencido pode ser realizada
a requerimento exclusivo do proprietário, declarando, sob pena de responsabilidade civil e penal,
que a locação está extinta.
CAPÍTULO XVI
DA ALTERAÇÃO E DA RETIFICAÇÃO DO REGIME DE BENS
Art. 609 – A alteração de regime de bens autorizada pelo art. 1.639, §2º do Código Civil será
procedida perante o Registro de Imóveis através da apresentação de requerimento firmado pela
parte interessada, instruído com certidão expedida pelo Registro Civil das Pessoas Naturais que
indique expressamente a alteração ou, diretamente, por mandado específico, não se exigindo nova
manifestação de vontade por ato notarial.
Art. 610 – Os casamentos habilitados pelo regime da comunhão universal de bens antes da
vigência da Lei nº 6.515/77, mas celebrados sob a égide desta legislação, sem que tenha sido
formalizada escritura pública de pacto antenupcial, acessarão o Registro de Imóveis sem que seja
exigido este registro.
Parágrafo único – Nos casos previstos no caput, toda aquisição, alienação ou oneração de
bens imóveis deverá contar com a participação obrigatória dos integrantes do casal.
211
CAPÍTULO XVII
AQUISIÇÃO IMOBILIÁRIA POR MEIO DOS SISTEMA DE CONSÓRCIOS
CAPÍTULO XVIII
DAS RETIFICAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 613 – Nas retificações de área, será observada objetivamente a situação do imóvel como
tabular, ou seja, intramuros, independentemente da diferença de área apurada para mais ou para
menos.
§ 1º – Em relação ao imóvel (especialidade objetiva), poderá ser gerada tão somente uma
averbação para adequar a descrição do imóvel ao que preceitua a Lei nº 6.015/73 (dados do imóvel,
área, quarteirão, inscrição municipal, CCIR, NIRF, dentre outros)
212
§ 2º – No que diz respeito aos seus titulares (especialidade subjetiva), ensejará tantas
averbações quantos sejam os titulares das áreas ideais, considerado, no caso, uma entidade familiar
quando houver a comunicabilidade em face do regime de bens (todos os dados de qualificação
pessoal), vedada a multiplicação de atos quando envolver a mesma pessoa.
§5º - Os documentos constantes dos títulos judiciais recebidos via sistema eproc podem ser
utilizados para os atos de averbação adstritos à adequação das especialidades subjetiva e objetiva,
nos termos dos incisos IX e X do artigo 416 da CNNR, independentemente de requerimento
expresso do apresentante, conforme autorização que constar no título judicial, desde que
imprescindíveis para possibilitar o registro do título e observados os parágrafos 1º e 2º deste artigo.
(Incluído pelo Provimento Nº 31/2023).
Art. 615 – As retificações administrativas de área que exigem as anuências dos lindeiros são
aquelas relativas à inclusão ou alteração de medidas perimetrais (art. 213, II, da Lei nº 6.015/73),
observada a exceção legal prevista no § 16 do mencionado art. 213 Lei nº 6.015/73.
Parágrafo único – Para os demais casos, são dispensáveis tais anuências, bastando a
apresentação de requerimento do interessado com sua firma reconhecida, instruído com prova
suficiente.
Art. 616 – Os documentos referentes à retificação administrativa de área deverão conter a(s)
assinatura(a) dos interessado(s), inclusive do(s) cônjuge(s), salvo quando forem casados pelo
regime de separação absoluta de bens.
Art. 617 – Sendo um dos confrontantes condomínio geral, qualquer dos condôminos poderá
assinar a planta, sendo dispensada a assinatura do cônjuge.
213
§ 1º – Tratando-se de confrontante falecido, qualquer dos sucessores poderá assinar a
planta, ou ainda, o inventariante, depois de aberto o inventário ou de formalizada escritura pública
de sua nomeação.
Art. 618 – Considera-se como confrontante ocupante, para os fins do art. 213, II, §10, da Lei
nº 6.015/73, aquele que se encontre fisicamente no imóvel confrontante e se declare dono,
devendo tal condição ser demonstrada ao Registrador Imobiliário mediante apresentação de justo
título ou quaisquer outros documentos comprobatórios como contas de água, luz, pagamentos de
tributos, dentre outros.
Art. 621 – A retificação de imóvel público promovida pelos Municípios e pelo Estado dispensa
outras formalidades que não as explicitamente indicadas nos arts. 195-A e 195-B da Lei nº 6.015/73.
Parágrafo único – Poderá o Ente Público, sob sua responsabilidade exclusiva, dispensar a
anuência de outro Ente Público confrontante do bem retificando, quando o imóvel objeto fizer
divisa com bens públicos de uso comum do povo, tais como vias públicas (estrada, rua, avenida,
travessa, dentre outros), correntes ou depósitos hídricos (rio, sanga, lago, lagoa, mar, açude, dentre
outros).
Art. 622 – Para a averbação de afetação de bem público decorrente da formação e/ou
ampliação de estradas/ruas, o Registro de Imóveis deverá exigir os seguintes documentos:
III – Certidão do Ente Público titular da estrada/rua ou sua anuência no projeto citado no
item anterior.
214
Parágrafo único – Não haverá óbice à abertura de matrícula de imóvel rural com área inferior
à fração mínima de parcelamento ou de imóvel urbano com área inferior ao módulo urbano quando
da aplicação deste artigo.
Art. 624 – Alternativamente, o instituto da desapropriação indireta poderá ser aplicado para
a regularização de imóvel afetado ao domínio público, podendo, para tanto, ser formalizada
escritura pública, inclusive com reconhecimento da prescrição da indenização.
Art. 625 – A retificação de imóvel prevista no inciso II do Artigo 213 da Lei nº 6.015/73
ensejará a abertura de nova matrícula para o imóvel retificado, atendendo ao princípio da
especialidade objetiva e do saneamento.
CAPÍTULO XIX
DO IMPOSTO DE TRANSMISSÃO
Art. 626 – Cumprirá aos Registradores fiscalizar o pagamento dos impostos devidos em
relação aos fatos geradores, inclusive no registro de cartas de arrematação, adjudicação e outros
títulos judiciais que impliquem transmissão gratuita ou onerosa da propriedade imóvel (excesso de
meação ou de legítima).
Parágrafo único – Nos casos em que a sentença judicial tiver procedido à análise da
inexigibilidade tributária, como, exemplificativamente, nos feitos de inventário, arrolamento e
usucapião, o registro do mandado ou do formal de partilha não depende da manifestação da
autoridade tributária.
Art. 629 – Os instrumentos particulares com efeito de escritura pública ou autorizados por
lei como hábeis a formalizar transmissões de imóveis deverão ser apresentados ao registro
acompanhados da guia de pagamento ou de exoneração do imposto de transmissão.
215
Parágrafo único – Incumbirá aos Registradores a fiscalização do atendimento das obrigações
tributárias em contratos ajustados ou com interveniência da Caixa Econômica Federal e dos agentes
do Sistema Financeiro da Habitação.
Art. 630 – Havendo dúvida sobre o recolhimento do tributo, o Registrador diligenciará a fim
de obter segurança quanto à sua procedência ou, se for o caso, submeterá a matéria à apreciação
do Juiz Diretor do Foro, nas comarcas do Interior, ou ao Juiz da Vara dos Registros Públicos, na
Capital.
Parágrafo único – A tipificação da evasão da receita destinada aos cofres públicos, por ação
ou omissão do Registrador na fiscalização do recolhimento dos tributos, importará na sua
corresponsabilidade.
Art. 631 – A adjudicação por credor hipotecário, ou a eventual arrematação por terceiros, de
imóvel hipotecado através do Sistema Financeiro da Habitação não goza da redução de alíquota do
ITBI, salvo disposição expressa na legislação municipal.
Art. 632 – São isentos de emolumentos os atos praticados no interesse da União e de suas
Autarquias, tratando-se de atos gratuitos ressarcíveis (EQLG-02), ressalvados os atos gerados em
face de executivos fiscais (código PEPO).
Parágrafo único – A isenção prevista no caput não é extensível aos Conselhos Profissionais.
CAPÍTULO XX
DO CCIR – CERTIFICADO DE CADASTRO DE IMÓVEL RURAL
Art. 634 – Sem a apresentação do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural não poderão os
proprietários, sob pena de nulidade, desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer vender
ou homologar partilha amigável ou judicial que tenha por objeto imóveis rurais.
Art. 635 – Na impossibilidade de apresentação do CCIR, tal documento poderá ser substituído
pela prova do encaminhamento do cadastramento ou recadastramento junto ao órgão
competente, acompanhado, na segunda hipótese, do certificado de cadastro anteriormente
emitido.
Parágrafo único – Não obstará a realização do ato eventual divergência existente entre os
certificados emitidos pelo INCRA e os documentos emitidos pela Receita Federal para comprovação
da exação do ITR.
216
CAPÍTULO XXI
DA CERTIDÃO NEGATIVA DOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS
Art. 636 – Serão registrados ou averbados os atos de transmissão inter vivos ou causa mortis
sobre imóveis situados na zona rural sem a apresentação de certidão negativa de dívidas
ambientais, quando constar dispensa expressa das partes, consignada no título apresentado, ou
em declaração particular com firma reconhecida, que poderá ser por semelhança.
CAPÍTULO XXII
DA DISPENSA DE CERTIDÕES NA CONCESSÃO DE CRÉDITO RURAL
Art. 637 – A concessão de incentivos fiscais e de crédito rural, em todas as suas modalidades,
bem como a constituição das respectivas contrapartidas ou garantias, ficam condicionadas à
comprovação do recolhimento do ITR relativo ao imóvel rural, correspondente aos últimos cinco
exercícios, ressalvados os casos em que a exigibilidade do imposto esteja suspensa, ou em curso de
cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora.
Art. 638 – A concessão do crédito rural em todas as suas modalidades, bem como a
constituição das suas garantias, pelas instituições de crédito, públicas e privadas, independerá da
exibição de comprovante de cumprimento de obrigações fiscais ou da previdência social, ou
declaração de bens ou certidão negativa de multas por infringência do Código Florestal,
ressalvando-se o disposto no artigo anterior.
CAPÍTULO XXIII
DA PROVA DE QUITAÇÃO DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL – ITR
• Lei nº 6.015/73, arts. 167 e 168; Lei nº 9.393/96, art. 20, parágrafo único.
Art. 640 – A prova de pagamento do ITR, para os efeitos do disposto no artigo anterior,
poderá ser feita mediante a apresentação das guias dos Documentos de Arrecadação de Receitas
Federais – DARF, em via original ou por cópia autenticada, relativas ao recolhimento do imposto
relativo aos últimos 05 (cinco) anos.
Art. 641 – A prova da regularidade fiscal do imóvel rural também poderá ser obtida através
de certidão negativa de débitos de imóvel rural ou de certidão positiva de débitos de imóvel rural
com efeitos de negativa, expedidas pela Secretaria da Receita Federal.
§ 1º – O prazo de validade da certidão de que trata este artigo é de seis 06 (seis) meses,
contados da data de sua emissão.
Art. 642 – Será solidariamente responsável pelo imposto e pelos acréscimos legais, nos
termos do art. 134, VI, da Lei nº 5.172/66, o Registrador de Imóveis que descumprir o disposto
neste artigo, sem prejuízo de outras sanções legais.
CAPÍTULO XXIV
DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART OU REGISTRO DE
RESPONSABILIDADE TÉCNICA – RRT
CAPÍTULO XXIV
DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – ART, DO TERMO DE RESPONSABILIDADE
TÉCNICA – TRT OU DO REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – RRT
(Redação dada pelo Provimento nº 27/20-CGJ/RS, art. 3º)
218
tarefas executadas pelos profissionais enquadrados (engenheiros, arquitetos, agrônomos e demais
profissionais da área) para os trabalhos incluídos em expedientes específicos do Registro
Imobiliário.
Parágrafo único – O RRT poderá substituir a(o) ART/TRT sempre que houver necessidade de
prova de responsabilidade técnica oriunda de projetos envolvendo imóveis urbanos ou
urbanizados. (Redação dada pelo Provimento nº 27/20-CGJ/RS, art. 3º)
CAPÍTULO XXV
DAS PENHORAS, ARRESTOS, SEQUESTROS E AVERBAÇÕES PREMONITÓRIAS
Art. 646 – As averbações premonitórias nas execuções, bem como de penhoras, arrestos e
sequestros de imóveis, serão levadas a efeito depois de pagos os emolumentos pelo interessado,
em cumprimento de ordem judicial ou à vista de certidão do Escrivão, exceto se o interessado
estiver ao abrigo da gratuidade judiciária, devendo constar da ordem tão somente o nome do Juiz,
a natureza do processo, o número da matrícula e o nome do executado, que deverá coincidir com
quem consta do Álbum Imobiliário, além do valor da dívida, ou o valor da causa, ou o valor de
avaliação do bem.
§ 3º– Não será exigido reconhecimento de firma do advogado da parte interessada quando
do protocolo do pedido de averbação descrito no caput, devendo tal pleito ser instruído com cópias
simples das peças processuais respectivas.
219
§ 2º – Igual procedimento poderá ser adotado em caso de arresto ou sequestro, hipóteses
nas quais os emolumentos serão cobrados como uma averbação sem valor declarado.
220
§ 3º – Sendo o credor da reclamatória trabalhista vencido no processo, bem como estando
ambas as partes amparadas pela gratuidade judiciária, quando do cancelamento da averbação o
Registrador lançará o código de selo EQLG-15 tanto para este ato quanto para o de averbação.
(Redação dada pelo Provimento nº 41/20-CGJ/RS, art. 1º)
Art. 649 – Os Registradores de Imóveis não exigirão a antecipação dos emolumentos quando
de averbações premonitórias ou de indisponibilidade judicial, bem como de penhoras, arrestos e
sequestros decorrentes de processos em que o exequente esteja ao abrigo da gratuidade judiciária,
devendo praticar o ato com o lançamento do selo de código PEPO.
Art. 651 – Não se averbará a penhora, arresto ou sequestro de imóvel gravado com cláusula
de bem de família, salvo em caso de comprovação da dissolução superveniente da instituição
familiar.
§ 3º – A exclusão dos lotes ou frações ideais já compromissados será feita pelo Registrador
de modo que a constrição judicial recaia apenas sobre as partes livres e disponíveis, salvo
manifestação judicial expressa e mais abrangente.
TÍTULO XI
DA AQUISIÇÃO E DO ARRENDAMENTO DE IMÓVEL RURAL POR ESTRANGEIRO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
222
Art. 653 – O Registrador observará as restrições legais relativas à aquisição de imóvel por
pessoa física ou jurídica estrangeira.
Art. 654 – A soma das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras não ultrapassará 1/4
(um quarto) da superfície dos Municípios onde se situem, comprovada por certidão do Registro de
Imóveis, com base no Livro de Cadastro de Estrangeiro.
I – inferiores a 03 (três) módulos, mesmo que adquirida de forma fracionada até o limite total
referido;
III – por adquirentes com filho brasileiro, ou casado com pessoa brasileira, sob o regime de
comunhão de bens.
Art. 655 – A aquisição de imóvel rural por estrangeiro que violar as prescrições legais será
nula de pleno direito.
Parágrafo único – O Registrador de Imóveis que, contra a lei, registrar escritura, responderá
civil, penal e administrativamente.
CAPÍTULO II
DA PESSOA FÍSICA ESTRANGEIRA
Art. 659 – Apenas a pessoa física estrangeira residente no Brasil poderá adquirir a
propriedade, direitos reais ou a posse de imóvel rural.
Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica às aquisições por direito sucessório,
quando o imóvel rural estiver localizado fora da Faixa de Fronteira.
CAPÍTULO III
DA PESSOA JURÍDICA ESTRANGEIRA
Art. 662 – Tratando-se de pessoa jurídica estrangeira, a escritura conterá a transcrição do ato
que lhe concedeu autorização para a aquisição da área rural, dos documentos comprobatórios de
sua constituição e da licença para seu funcionamento no Brasil.
224
Parágrafo único – Considera-se pessoa jurídica estrangeira a pessoa jurídica brasileira da qual
participem, a qualquer título, pessoas estrangeiras físicas ou jurídicas que tenham a maioria do seu
capital social e residam ou tenham sede no exterior.
CAPÍTULO IV
DOS IMÓVEIS RURAIS SITUADOS FORA DA FAIXA DE FRONTEIRA
Art. 664 – A aquisição de imóvel rural por pessoa física estrangeira não poderá exceder a 50
(cinquenta) módulos de exploração indefinida, em área contínua ou descontínua.
Parágrafo único – Quando se tratar de imóvel com área não superior a 03 (três) módulos, a
aquisição será livre, independendo de qualquer autorização ou licença, mesmo que se dê de forma
fracionada até o limite total referido, ressalvadas as exigências gerais determinadas em lei.
Art. 665 – As restrições estabelecidas neste Capitulo não se aplicam aos casos de sucessão
legítima.
CAPÍTULO V
DOS IMÓVEIS RURAIS SITUADOS DENTRO DA FAIXA DE FRONTEIRA
Art. 666 – Será considerada área indispensável à segurança nacional a faixa interna de 150
(cento e cinquenta) quilômetros de largura, paralela à linha divisória terrestre do território nacional
designada como Faixa de Fronteira.
Art. 667 – A aquisição de domínio, posse ou de qualquer direito real de imóvel situado em
área considerada indispensável à segurança nacional, qualquer que seja seu tamanho, por pessoa
estrangeira (física ou jurídica) e pessoa jurídica brasileira cuja maioria do capital social pertença à
pessoa física ou jurídica estrangeira e residam ou tenham sede no exterior, dependerá do
assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional.
Parágrafo único – As restrições previstas neste Capítulo são aplicáveis também aos casos de
sucessão legítima.
Art. 668 – Sem o assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional não se praticará, na
Faixa de Fronteira, atos relativos à transação com imóvel rural, destinados ao haver, por
estrangeiros, do domínio, ao titular de posse ou de qualquer direito real sobre o imóvel.
CAPÍTULO VI
DAS COMUNICAÇÕES SOBRE AQUISIÇÃO DE IMÓVEL RURAL POR ESTRANGEIRO
225
Art. 669 – Trimestralmente, os Registradores remeterão, sob pena de perda da delegação, à
Corregedoria-Geral da Justiça e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (Diretoria de
Ordenamento da Estrutura Fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária –
INCRA - Setor Bancário Norte, Quadra 2, edifício Palácio do Desenvolvimento, 12º andar, sala 1210,
Brasília – DF, CEP 70.057-900), relação das aquisições de áreas rurais por pessoas estrangeiras, bem
como as informações sobre os atos praticados relativos ao arrendamento de imóvel rural por
pessoa constante do art. 1º do Provimento nº 43/15-CNJ, contendo os dados enumerados em lei.
§ 2º – A remessa para a Corregedoria-Geral da Justiça de que trata o caput será feita por
meio eletrônico, através da web service disponibilizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul às serventias registrais para implementação nos respectivos sistemas de informática.
TÍTULO XII
DO REGISTRO TORRENS
Art. 671 – Na hipótese de registro a ser lavrado relativamente a imóvel, ou parte dele,
vinculado ao Registro Torrens, será aberta matrícula pelo sistema da Lei nº 6.015/73, lançando-se
a respectiva averbação quanto à existência de anterior inscrição no Sistema Torrens e registrando-
se o ato.
§ 1º – A materialização dos efeitos do Sistema Torrens se dará por meio de acesso ao Fólio
Real, que deverá conter averbação própria de que os atos nele praticados terão o efeito de
presunção absoluta.
Art. 672 – Para as averbações, será suficiente exibir o Título Torrens, que ficará arquivado na
Serventia, ou certidão do Registrador em cuja Serventia estiver inscrita o imóvel no sistema
especial, emitida à vista da declaração de perda ou destruição.
Art. 673 – Havendo renúncia, não se farão as averbações previstas nos artigos anteriores.
Art. 674 – Se o imóvel for parcialmente alienado, será encerrada a matrícula existente,
abrindo-se novas para o imóvel remanescente e para o destacado.
Art. 675 – A renúncia à situação jurídica e direitos decorrentes do Sistema Torrens será
exercida mediante declaração de vontade escrita, inclusive por instrumento particular,
acompanhada de:
226
I – comprovação, simplificada, de que o imóvel integra o sistema registral comum;
§ 4º – Existindo direitos reais de terceiro sobre o imóvel, será exigida a sua concordância, que
poderá constar na mesma declaração prevista neste artigo. Idêntica exigência far-se-á
relativamente ao credor favorecido por penhora incidente sobre o imóvel, uma vez registrada.
Art. 676 – Não serão abertas novas matrículas no Livro 1 e nem se expedirão novos Títulos
Torrens, materializando-se os efeitos decorrentes do Sistema Torrens quando praticados os atos
correspondentes no Fólio Real (arts. 285, §2º e 288 da Lei nº 6.015/73).
TÍTULO XIII
DOS TERRENOS DE MARINHA E OUTROS IMÓVEIS DA UNIÃO FEDERAL
Parágrafo único – A União poderá requerer, nas matrículas em que houver registro de
propriedade em nome de terceiros, e desde que instruído o pedido com os documentos elencados
no parágrafo único do artigo 2º da Lei nº 9.636/98, a averbação-notícia de que o imóvel está
cadastrado junto à Secretaria de Patrimônio da União como área de marinha, a fim de atender as
exigências previstas no caput.
227
Patrimônio da União – SPU, poderão ser obtidos na página da SPU na Internet
(www.spu.planejamento.gov.br).
TÍTULO XIV
DOS LOTEAMENTOS URBANOS E RURAIS E DESMEMBRAMENTOS URBANOS
§ 1º- O exame e a aprovação dos projetos de que trata o caput deste artigo observarão as
normas estabelecidas em regulamento expedido pelo Poder Executivo, preservadas as exigências
urbanísticas do planejamento municipal e respeitado o disposto na Lei Federal n.º 6.766/79,
exigindo-se prévia aprovação do projeto pela Fundação Metropolitana de Planejamento
(Metroplan) somente nas seguintes situações: (Parágrafo incluído pelo Provimento nº 31/2022-CGJ)
I - imóvel localizado em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos mananciais
ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidos na forma da lei;
§ 2º- Consideram-se áreas limítrofes de municípios, para os fins do disposto neste artigo, as
adjacentes a até 500m (quinhentos metros) das respectivas divisas. (Parágrafo incluído pelo
Provimento nº 31/2022-CGJ)
Art. 682 – O registro dos projetos de loteamentos de imóveis rurais deverá observar todas as
demais exigências do Decreto-Lei nº 58/37 e seu regulamento e alterações posteriores.
Art. 683 – Antes do registro de qualquer loteamento será verificada a prévia aprovação pelo
órgão ambiental, representado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM, ou,
havendo convênio, no âmbito dos Municípios, pelo órgão ambiental correspondente.
229
IV – implicarem formalização de parcelamento já efetivado de fato, mediante lotação
individual das partes fracionadas, feita pelo Município, para efeitos tributários, desde que não
provenha de loteamento irregular;
§ 2º – Aplica-se o disposto no art. 4º, II, da Lei nº 6.766/79, assim como os preceitos de
eventual legislação municipal complementar sobre a matéria, aos casos de divisão amigável ou
judicial e de partilha do lote, não se destacando área inferior à prevista em lei.
§ 1º – Uma vez aberta a matrícula, o Registrador deverá averbar à sua margem que se trata
de área afetada em razão da instituição do loteamento ou desmembramento de solo urbano.
§ 4º – A restrição contida neste artigo não se aplica aos condomínios edilícios, pois previstos
e tutelados por legislação especial.
§ 5º – Igualmente não se aplica a restrição quando da aplicação dos incisos do §4º do art. 8º
da Lei nº 5.868/72.
Art. 690 – Somente se admitirá a formação de condomínios por atos inter vivos de imóveis
rurais quando preservada e assegurada a destinação rural do imóvel, para fins de exploração
agropecuária ou extrativa.
TÍTULO XV
DAS REGULARIZAÇÕES FUNDIÁRIAS URBANAS DA LEI Nº 13.465/17 E DO DECRETO Nº
9.310/18
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 692 – O registro da Regularização Fundiária Urbana (Reurb) de núcleos urbanos informais
consolidados e a titulação de seus ocupantes obedecerá às regras previstas neste Título.
Parágrafo único – Para estes fins, deverá constas na CRF a certificação, pelo Município, do
cumprimento de todos os requisitos legais e procedimentais.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA PARA O REGISTRO
Art. 694 – Os atos relativos ao registro da Reurb serão realizados diretamente pelo
Registrador de Imóveis da situação do imóvel, independentemente de manifestação do Ministério
Público ou determinação judicial.
231
Art. 695 – Na hipótese de o núcleo urbano abranger imóveis situados em mais de uma
circunscrição imobiliária, o procedimento será feito perante cada um dos respectivos Registradores
de Imóveis.
CAPÍTULO III
DA LEGITIMIDADE PARA REQUERER O REGISTRO
Parágrafo único – O beneficiário individual poderá, também, optar por fazer a regularização
em etapas, ainda que lote a lote, devendo a Certidão de Regularização Fundiária – CRF conter, no
mínimo, a indicação das quadras do núcleo urbano e, dentre estas, a localização do imóvel
regularizando.
CAPÍTULO IV
DOS DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS E SUA QUALIFICAÇÃO
I – descrição em breve relato dos requisitos do art. 41 e dos demais documentos referidos
nos incisos seguintes;
232
II – declaração sobre se a aprovação municipal contempla, além da urbanística, a ambiental,
nos termos do art. 12 da Lei nº 13.465/17;
III – planta aprovada do perímetro do núcleo urbano informal com demonstração das
matrículas ou transcrições atingidas, quando possível;
V – projeto urbanístico contendo as áreas ocupadas, o sistema viário, áreas públicas, quadras
e unidades imobiliárias, existentes ou projetados, inclusive de eventuais áreas já usucapidas;
VI – listagem com nomes dos ocupantes que houverem adquirido a unidade imobiliária
regularizada, observado o inciso VI do art. 38 do Decreto nº 9.310/18;
VII – indicação expressa de cumprimento dos requisitos legais exigidos para sua emissão.
§ 4º – Caso não conste da CRF a aprovação ambiental pelo Município ou declaração de que
esta foi efetuada pelo órgão estadual competente, será exigida a apresentação do documento
correspondente.
§5º - Na Reurb-E, a CRF apresentada para registro será instruída com o termo de
compromisso entre as autoridades competentes do Poder Público municipal e os responsáveis pela
implementação das medidas de mitigação e compensação urbanística e ambiental, bem como dos
estudos técnicos, quando for o caso; (Acrescentado pelo Provimento Nº 24/2023-CGJ)
233
Art. 699 – Para a Reurb de núcleo urbano decorrente de empreendimento já registrado, em
que não foi possível realizar, por qualquer modo, a titulação de seus ocupantes, a CRF poderá ser
emitida apenas para tal finalidade, sendo apresentada de modo simplificado, atestando a
implantação do núcleo nos exatos termos do projeto registrado e conter a listagem descrita no item
VI do artigo anterior.
Art. 700 – Os padrões dos memoriais descritivos, das plantas e das demais representações
gráficas, inclusive as escalas adotadas e outros detalhes técnicos, seguirão as diretrizes
estabelecidas pelo Município, as quais serão consideradas atendidas com a emissão da CRF,
inclusive no que tange ao georreferenciamento.
Parágrafo único – Os memoriais descritivos deverão vir subscritos apenas pelo responsável
técnico do projeto e não demandarão aprovações dos órgãos públicos, devendo estar em simetria
com o contido na CRF.
Art. 702 – Para o registro de Reurb de núcleos urbanos informais implantados antes de 19 de
dezembro de 1979 (Regularização Fundiária Inominada – Reurb-I) e que estejam integrados à
cidade, será facultativa a apresentação de CRF, de projeto de regularização fundiária, de estudo
técnico ambiental ou de quaisquer outras manifestações, aprovações, licenças ou alvarás emitidos
pelos órgãos públicos, devendo o interessado requerer a regularização apresentando os seguintes
documentos:
234
II – descrição técnica do perímetro da área a ser regularizada, das unidades imobiliárias, das
áreas públicas e de outras áreas com destinação específica, quando for o caso;
III – documento expedido pelo Município, atestando que o parcelamento foi implantado
antes de 19 de dezembro de 1979 e que está integrado à cidade;
IV – listagem com nomes dos ocupantes que houverem adquirido a unidade imobiliária
regularizada, observado o inciso VI do art. 38 do Decreto nº 9.310/18.
Art. 704 – O registro da CRF de bem imóvel público independe de lei de desafetação e de
procedimento licitatório para a alienação das unidades imobiliárias.
Parágrafo único – O Ente Público titular da gleba objeto da regularização poderá, por ato
próprio, autorizar o Município a realizar as legitimações, o que poderá ser feito na própria CRF.
Art. 705 – Não serão exigidos reconhecimentos de firmas na CRF ou em qualquer documento
que decorra da aplicação da Lei nº 13.465/17, quando apresentados pela União, Estados,
Municípios ou entes da administração pública indireta.
Art. 706 – Para a realização dos atos previstos no artigo 13 da Lei nº 13.465/17, é vedado ao
Registrador de Imóveis exigir a comprovação do pagamento de tributos ou penalidades tributárias.
Art. 707 – Para fins de REURB, a sentença prevista nos parágrafos 4º e 5º do art. 1.228 do
Código Civil deverá vir instruída com a CRF expedida nos termos da Lei nº 13.465/17.
CAPÍTULO V
DO PROCEDIMENTO
Art. 709 – Recebida a CRF, cumprirá ao Registrador de Imóveis prenotá-la, autuá-la, instaurar
o procedimento registral e, no prazo de quinze dias, emitir a respectiva nota de exigência ou
praticar os atos tendentes ao registro.
235
§ 1º – A qualificação negativa de um ou alguns nomes constantes da listagem relativos ao
enquadramento da Reurb-S e legitimações (art. 23, §1º, I da Lei nº 13.465/17) não impede o registro
da CRF.
Art. 710 – No prazo do artigo anterior, o Registrador procederá buscas complementares para
confirmar se não existem outras matrículas ou transcrições atingidas pela regularização, além
daquelas relacionadas na CRF.
§ 5º – O prazo comum de 30 (trinta) dias para impugnação terá início no primeiro dia útil que
seguir ao considerado como data da publicação do edital.
236
§ 6º – O edital conterá a finalidade a que se destina, a identificação simplificada do núcleo
urbano em vias de regularização, sua localização e números das matrículas e transcrições atingidas
com a Reurb, além de explicitar as consequências da não oposição ao pedido no prazo.
CAPÍTULO VI
DO REGISTRO
Art. 715 – Qualificada a CRF e não havendo exigências nem impedimentos, identificadas ou
não transcrições ou matrículas anteriores da área ocupada pelo núcleo urbano, o Registrador de
Imóveis abrirá nova matrícula com os dados do memorial descritivo da gleba apresentado com o
projeto de regularização, constando “proprietários indicados na matrícula de origem” ou
“proprietários não identificados”, conforme o caso.
Parágrafo único – Ato contínuo, o Registrador fará as respectivas averbações nas transcrições
ou matrículas atingidas, total ou parcialmente, independentemente de retificação, unificação ou
apuração de disponibilidade e remanescente e, por fim, procederá ao registro da CRF.
237
§ 4º – As matrículas dos bens públicos serão abertas mediante requerimento do Poder
Público.
Art. 717 – Na abertura das matrículas constarão as eventuais acessões existentes, dispensada
a apresentação de habite-se e, conforme o caso, de certidões negativas de tributos e contribuições
previdenciárias.
Parágrafo único – Nas matrículas das unidades imobiliárias adquiridas por legitimação
fundiária, serão transportados apenas os ônus referentes ao próprio legitimado.
Art. 720 – Do registro da legitimação de posse concedida para os efeitos do artigo 183 da
Constituição Federal, o Registrador de Imóveis fará constar que, após o decurso do prazo de cinco
anos de seu registro, restará implementada a conversão automática da posse em título de
propriedade, independentemente de prévia provocação ou prática de ato registral.
CAPÍTULO VII
DOS EFEITOS DO REGISTRO
Art. 722 – Registrada a CRF que tenha por objeto gleba cadastrada como rural, o Registrador
de Imóveis notificará o Incra, o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria da Receita Federal do
Brasil para que esses órgãos cancelem, parcial ou totalmente, os respectivos registros existentes
no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e nos demais cadastros relacionados a imóvel rural,
relativamente às unidades imobiliárias regularizadas.
Art. 723 – O registro da legitimação fundiária poderá atribuir propriedade plena ou outro
direito real.
238
CAPÍTULO VIII
DA TITULAÇÃO EM REURB
Art. 725 – Registrada a CRF que contenha legitimação fundiária de parte das unidades
imobiliárias, havendo aquelas não tituladas pela listagem que a compõe, a matrícula continuará em
nome de eventual proprietário tabular, salvo se constar atribuição, total ou parcial, de unidades
imobiliárias remanescentes, ao Município, por compensação pelos projetos realizados e pelos
equipamentos urbanos a que teria direito se registrado regularmente o parcelamento.
Art. 726 – Em caso de omissão no título, os dados de qualificação do adquirente poderão ser
complementados diretamente no Registro de Imóveis por meio da apresentação de cópias simples
da cédula de identidade (RG) ou documento equivalente, ou do CPF, da certidão de casamento e
de eventual certidão de registro da escritura de pacto antenupcial ou de união estável, e declaração
firmada pelo beneficiário, constando sua profissão e residência, dispensado o reconhecimento de
firmas.
CAPÍTULO IX
DA DEMARCAÇÃO URBANÍSTICA
Art. 728 – A demarcação urbanística é facultativa e será feita com base no levantamento da
situação da área a ser regularizada e na caracterização do núcleo urbano informal a ser
regularizado, não sendo condição para o processamento e a efetivação da Reurb.
Art. 729 – O procedimento de notificação será realizado diretamente pelo poder público
municipal ou, a critério deste, pelo Registrador de Imóveis da área demarcada.
CAPÍTULO X
DAS DEMAIS DISPOSIÇÕES
239
Art. 730 – Os procedimentos registrais concluídos ou iniciados na vigência da Lei nº
11.977/09 poderão ser convertidos ou adaptados ao regime da Lei n. 13.465/17 mediante
requerimento do legitimado, com a anuência do poder público municipal.
Art. 731 – A legitimação fundiária conferida por ato do poder público será registrada nas
matrículas das unidades imobiliárias dos beneficiários, ainda que tenha sido precedentemente
registrada legitimação de posse, mediante listagem complementar.
Art. 732 – A qualquer tempo a parte interessada poderá requerer que conste por averbação
na matrícula onde houver registro de legitimação de posse que decorrido o prazo de cinco anos de
seu registro operar-se-á a conversão automática da posse em título de propriedade, nos termos do
artigo 26 da Lei n. 13.465/17.
Art. 733 – Serão isentos de custas e emolumentos, dentre outros, os seguintes atos registrais
relacionados à Reurb-S:
240
Registro de Imóveis, devendo haver o correspondente pagamento de emolumentos
antecipadamente.
Art. 734 – As isenções previstas na Lei nº 13.465/17 aplicam-se também à Reurb-S que tenha
por objeto conjuntos habitacionais ou condomínios de interesse social construídos pelo poder
público, diretamente ou por meio da administração pública indireta, que já se encontrem
implantados em 22 de dezembro de 2016.
Art. 735 – Os Registradores de Imóveis que não cumprirem o disposto no art. 13 da Lei nº
13.465/17, ou que retardarem ou não efetuarem o registro de acordo com as normas previstas
neste Capítulo e na Lei, por ato não justificado, ficarão sujeitos às sanções previstas no art. 44 da
Lei n. 11.977/09, observado o disposto nos parágrafos 3º-A e 3º-B do art. 30 da Lei n. 6.015/73.
TÍTULO XVI
DO PROJETO MORE LEGAL
(Alterado pelo Provimento n. 34/2023-CGJ)
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 737 – A regularização e registro de loteamento, desmembramento, fracionamento ou
desdobro de imóveis urbanos ou urbanizados, incluindo situações de condomínio, ainda que
localizados em zona rural, nos casos especificados, obedecerá ao disposto neste Título.
§ 1º – Ficam excluídas as áreas de preservação permanente e legal, unidades de conservação
de proteção integral, terras indígenas e outros casos previstos em lei, exceto nos casos referidos
nas Leis nº 11.481/07 e nº 13.465/17.
§ 2º – As áreas de risco ficam condicionadas à satisfação das exigências previstas no
parágrafo único do art. 3º da Lei nº 6.766/79.
Art. 738 – Nas comarcas do Estado do Rio Grande do Sul, em situações consolidadas, poderá
a autoridade judiciária competente autorizar ou determinar o registro acompanhado dos seguintes
documentos:
I – título de propriedade do imóvel ou, nas hipóteses dos parágrafos 3º e 4º deste artigo,
apenas a certidão da matrícula;
II – certidão de ação real ou reipersecutória e de ônus reais e outros gravames, referente ao
imóvel, expedida pelo Registro de Imóveis;
III – planta do imóvel e memorial descritivo, emitidos ou aprovados pelo Município.
§ 1º – Considera-se situação consolidada aquela em que o prazo de ocupação da área, a
natureza das edificações existentes, a localização das vias de circulação ou comunicação, os
equipamentos públicos disponíveis, urbanos ou comunitários, dentre outras situações peculiares,
indique a irreversibilidade da posse titulada que induza ao domínio;
§ 2º – Na aferição da situação jurídica consolidada, serão valorizados quaisquer documentos
provenientes do Poder Público, em especial do Município;
§ 3º – O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular,
destinado à população de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública com processo de
desapropriação judicial em curso e imissão provisória na posse, desde que promovido pela União,
Estado ou Município, ou suas entidades delegadas, autorizadas por lei a implantar projetos de
habitação;
241
§ 4º – No caso de que trata o parágrafo anterior, o pedido de registro do parcelamento, além
do documento mencionado no art. 18, V, da Lei nº 6.766/79, será instruído com cópias autênticas
da decisão que tenha concedido a imissão provisória na posse, do decreto de desapropriação, do
comprovante de sua publicação na imprensa oficial e, quando formulado por entidade delegada,
da lei de criação e de seu ato constitutivo;
§ 5º – Nas regularizações coletivas, poderá ser determinada a apresentação de memorial
descritivo elaborado pelo Município, ou por ele aprovado, abrangendo a divisão da totalidade da
área ou a subdivisão de apenas uma ou mais quadras.
Art. 739 – Tratando-se de imóvel público ou submetido à intervenção do Poder Público,
integrante de área especial de interesse social, poderá a autoridade judiciária competente autorizar
ou determinar o registro acompanhado dos documentos indicados no artigo anterior.
Parágrafo único – Os emolumentos decorrentes de regularização fundiária de interesse
social, assim reconhecida por lei municipal, a cargo da Administração Pública, serão enquadrados
como ato ressarcível (EQLG-20).
Art. 740 – Nos casos de regularização pelo Poder Público, conforme autorizado pelo art. 40
da Lei nº 6.766/79, poderá o Juiz de Direito Diretor do Foro ou da Vara dos Registros Públicos
autorizar ou determinar o registro nas mesmas condições, sem prejuízo de adoção de outras
medidas, cíveis, criminais ou administrativas contra o loteador faltoso.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO
242
§ 2º – Em caso contrário, importando em diminuição de área, bastará o requerimento do
proprietário ao Registro de Imóveis, descrevendo o terreno titulado e o realmente existente in loco
coincidente com o do projeto.
Art. 744 – Estando em ordem, o pedido será remetido à Vara da Direção do Foro ou à Vara
dos Registros Públicos, onde houver, para decisão, após manifestação do Ministério Público.
Art. 745 – Havendo exigência a ser satisfeita, o Registrador a indicará por escrito. Não se
conformando o apresentante, requererá a remessa da documentação ao Juiz de Direito
competente para a apreciação conjunta da exigência e do pedido de regularização;
Art. 746 – O Juiz de Direito poderá suspender o julgamento e determinar a publicação de
edital para conhecimento de terceiros.
Art. 747 – O procedimento será regido pelas normas que regulam a jurisdição voluntária,
aplicando-se, no que couber, os preceitos das Leis nº 6.015/73 e 13.465/17, atendendo-se aos
critérios de conveniência e/ou oportunidade;
Art. 748 – Transitada em julgado a decisão, será o Registro de Imóveis comunicado
eletronicamente para o respectivo cumprimento.
Art. 749 – No caso de a área parcelada não coincidir com a descrição constante no registro
imobiliário, o Juiz determinará a retificação da descrição do imóvel com base na respectiva planta
e no memorial descritivo.
Art. 750 – Os lindeiros que não tenham anuído serão cientificados na forma do art. 213, II,
parágrafos 2º e 3º, com a cominação do § 4º, da Lei nº 6.015/73.
Art. 751 – O registro e a respectiva matrícula poderão ser cancelados em processo
contencioso, por iniciativa de terceiro prejudicado ou do Ministério Público, nos casos previstos em
lei, em especial nas hipóteses do art. 216 da Lei nº 6.015/73.
Parágrafo único – Se o Juiz constatar que a abertura de matrícula ou algum ato por ele
autorizado nos termos deste projeto sejam nulos ou anuláveis, determinará, fundamentadamente
e de ofício, o respectivo cancelamento, ou alcançará elementos ao Ministério Público para as
providências cabíveis.
CAPÍTULO III
DO REGISTRO DOS CONTRATOS
Art. 752 – Registrado ou averbado o parcelamento (loteamento, desdobramento,
fracionamento ou desdobro, incluindo situações de condomínio) do solo urbano, os adquirentes de
lotes de terreno poderão requerer o registro dos seus contratos, padronizados ou não,
apresentando o respectivo instrumento junto ao Registro de Imóveis.
§ 1º – O registro poderá ser obtido diante da comprovação idônea da existência do contrato,
nos termos do art. 27, parágrafos 1º e 2º, da Lei nº 6.766/79;
§ 2º – Os requisitos de qualificação das partes necessários ao registro, caso inexistentes,
serão comprovados por meio de apresentação de cópia autenticada de documento pessoal de
identificação, ou dos cogitados na Lei nº 9.049/95, ou, ainda, de cópia de certidão de casamento
ou equivalente;
§ 3º – Admite-se, nos parcelamentos populares, a cessão da posse em que estiverem
provisoriamente imitidas a União, o Estado ou o Município, e suas entidades delegadas, o que
poderá ocorrer por instrumento particular;
§ 4º – A cessão da posse referida no § 3º, cumpridas as obrigações do cessionário, constitui
crédito contra o expropriante, de aceitação obrigatória em garantia de contratos de financiamentos
habitacionais;
§ 5º – Com o registro da sentença que, em processo de desapropriação, fixar o valor da
indenização, a posse referida no § 3º será convertida em propriedade, e a sua cessão em
243
compromisso de compra e venda, conforme haja obrigações a cumprir ou estejam elas cumpridas,
circunstâncias que, demonstradas no Registro de Imóveis, serão averbadas na matrícula relativa ao
lote;
§ 6º – Os compromissos de compra e venda, as cessões e as promessas de cessão, valerão
como título para o registro da propriedade do lote adquirido, quando acompanhados da respectiva
prova de quitação das obrigações do adquirente e de guia de pagamento ou de exoneração do ITBI.
O registro será feito a requerimento escrito do adquirente, sendo essa regra aplicável somente nos
casos do § 3º deste artigo.
TÍTULO XVI
MORE LEGAL V
(Redação dada pelo Provimento n. 34/2023-CGJ)
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 738 - Nas Comarcas do Estado do Rio Grande do Sul, a autoridade judiciária competente
poderá autorizar ou determinar o registro do núcleo urbano informal consolidado.
Parágrafo único - Poderão requerer a regularização fundiária:
I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretamente ou por meio de
entidades da administração pública indireta;
II - os seus beneficiários, individual ou coletivamente, diretamente ou por meio de
cooperativas habitacionais, associações de moradores, fundações, organizações sociais,
organizações da sociedade civil de interesse público ou outras associações civis que tenham por
finalidade atividades nas áreas de desenvolvimento urbano ou regularização fundiária urbana;
244
III - os proprietários de imóveis ou de terrenos, loteadores ou incorporadores;
IV - a Defensoria Pública, em nome dos beneficiários hipossuficientes; e
V - o Ministério Público.
Art. 739 - O More Legal V permitirá a regularização fundiária de interesse social, que
compreende os núcleos urbanos informais ocupados predominantemente por população de
baixa renda, e a regularização fundiária de interesse específico, aplicável aos núcleos urbanos
informais ocupados por população não compreendida como de baixa renda.
§ 1º - O requerimento da regularização fundiária deverá conter a classificação do núcleo
urbano a ser regularizado, nos termos do caput deste artigo, podendo a autoridade judiciária
acolher a classificação proposta ou determinar aquela que entender adequada ao caso.
§ 2º - À regularização fundiária de interesse social, aplicam-se as isenções previstas no
artigo 13, § 1°, da Lei nº 13.465/2017.
§ 3º - Nos casos do parágrafo anterior, o ressarcimento dos emolumentos pelo Funore será
realizado mediante utilização do EQLG20.
245
especializada produza um ou mais dos estudos necessários para a regularização fundiária do
núcleo urbano, mantida a exigência de aprovação do respectivo projeto pelo Município.
§ 4º - O Juízo competente poderá manter cadastro de profissionais e pessoas jurídicas
especializados na elaboração de um ou mais itens do projeto de regularização fundiária, cujos
serviços poderão ser contratados pelo núcleo urbano informal interessado, sem ônus para o
Poder Judiciário.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO
Art. 744 - O pedido de regularização do núcleo urbano informal será apresentado perante
o Juiz de Direito Diretor do Foro, nas Comarcas do interior, ou na Vara de Registros Públicos,
onde houver.
246
§ lº - Autuado o pedido, incumbirá ao Juiz a análise do preenchimento das condições para
o processamento da regularização fundiária pelo More Legal V.
§ 2º - Não sendo caso de aplicação do More Legal V, o Juiz indeferirá o pedido e extinguirá
o procedimento, cabendo recurso de apelação da decisão.
§ 3º - Se a qualquer momento da tramitação o Juiz concluir que não estão presentes as
condições para a regularização fundiária do núcleo urbano informal pelo More Legal V, poderá
extinguir o procedimento, cabendo recurso de apelação da decisão.
§ 4º - O procedimento será regido pelas normas que regulam a jurisdição voluntária,
aplicando-se, no que couber, os preceitos das Leis n°s 6.015/73 e 13.465/17.
Art. 746 - Tratando-se de imóveis públicos ou privados, caberá ao Juízo competente intimar
os titulares de domínio, os responsáveis pela implantação do núcleo urbano informal, os
confinantes e os terceiros eventualmente interessados, para, querendo, apresentar impugnação
no prazo de trinta dias, contado da data de recebimento da intimação.
§ lº - Poderá o Juiz ouvir o Município ou qualquer outra pessoa física ou jurídica, de direito
público ou privado, que possa ter relação com o imóvel, bem como terceiros potencialmente
interessados, e determinar a publicação de edital para conhecimento amplo e geral acerca da
pretensão de regularização.
§ 2º - A publicação de edital, caso necessária, será realizada preferencialmente por meio
eletrônico.
§ 3º - A anuência prévia com o requerimento de regularização dos titulares de domínio e
dos confinantes, devidamente comprovada, dispensa a intimação prevista no caput.
Art. 747 - Caso a autoridade judiciária identifique a existência de litígio possessório sobre a
área a ser regularizada, poderá submeter a solução do conflito a audiências de mediação e
conciliação, que podem ser realizadas pelo próprio Juiz competente para a regularização ou por
órgãos judiciais de mediação e conciliação de conflitos fundiários coletivos devidamente
247
autorizados pelo Nupemec do Tribunal de Justiça, sem prejuízo da competência do juiz natural
em caso de litígio judicializado.
§ lº - O Ministério Público e a Defensoria Pública deverão ser intimados a comparecer nas
audiências de mediação e conciliação de conflitos possessórios coletivos realizadas no curso da
regularização fundiária.
§ 2º - Antes da prolação da sentença, será oportunizada vista ao Ministério Público para
manifestação.
Art. 748 - Na regularização fundiária pelo More Legal V, o Juiz poderá utilizar todos os
institutos jurídicos previstos em lei para titulação de posse e propriedade, inclusive a legitimação
de posse e a legitimação fundiária reguladas na Lei nº 13.465/2017.
§ 1º - A decisão judicial que deferir o pedido de regularização servirá como título para
permitir o registro do núcleo urbano informal e titulações, conforme a realidade apresentada no
projeto de regularização fundiária aprovado pelo Município.
§ 2º - A sentença transitada em julgado que deferir a regularização da área servirá para a
abertura de matrícula do imóvel, caso seja necessária, bem como para os registros do núcleo
urbano regularizado e da legitimação aplicável, além das averbações cabíveis.
§ 3º - A regularização fundiária pelo More Legal V poderá ser implementada por etapas,
abrangendo o núcleo urbano informal de forma total ou parcial.
Art. 749 - A sentença judicial que deferir a regularização fundiária deverá conter o nome do
núcleo urbano regularizado, a localização, a modalidade da regularização e, quando necessário,
as responsabilidades pela implantação das obras e serviços constantes do cronograma previsto
no projeto de regularização fundiária.
§ 1° - Se ao sentenciar o Juiz constatar a pendência da implantação de medidas de
infraestrutura essencial e de soluções ambientais e urbanísticas no núcleo urbano regularizado,
será dada ciência ao Ministério Público para adoção das providências legais cabíveis.
§ 2º - Para fins de registro da regularização fundiária, a autoridade judiciária deverá
providenciar a listagem com os nomes dos ocupantes que houverem adquirido a posse ou a
propriedade da respectiva unidade, bem como o estado civil, a profissão, o número de inscrição
no cadastro das pessoas físicas e do registro geral da cédula de identidade, quando houver, e a
filiação.
§ 3º - Na hipótese de a regularização fundiária servir como titulação, os atos registrais
poderão ser realizados independentemente da apresentação de guia de recolhimento de
imposto de transmissão.
§ 4º - A decisão judicial que deferir a regularização deverá decidir sobre a manutenção ou
liberação de eventuais restrições administrativas, ônus reais ou gravames judiciais regularmente
inscritos sobre o imóvel.
§ 5º - A regularização poderá envolver inclusive as acessões, independentemente da
apresentação de habite-se e prova de quitação da contribuição previdenciária.
248
Art. 750 - Transitada em julgado a decisão, será o Registro de Imóveis competente
comunicado eletronicamente para o respectivo cumprimento.
Art. 750-A - No registro da regularização de núcleos urbanos informais pelo More Legal V,
deverão ser aplicadas as regras para registro da regularização fundiária urbana previstas na Lei
nº 13.465/2017.
Art. 750-C - A qualificação realizada pelo Registro de Imóveis será meramente formal, não
lhe cabendo impugnar a decisão, devendo cumpri-la nos exatos termos do determinado,
ressalvada eventual necessidade de esclarecimento complementar sobre a forma de seu
cumprimento, devendo, neste caso, observar o que preveem os arts. 436 e 437 desta CNNR.
Art. 751 - A decisão judicial que deferir a regularização valida a descrição do imóvel que
constitui o núcleo urbano informal constante do projeto, independentemente da aplicação de
prévio procedimento retificativo ou demarcatório.
CAPÍTULO III
DO REGISTRO DOS CONTRATOS
TÍTULO XVII
DO PROJETO GLEBA LEGAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
249
Art. 753 – A regularização de parcelas de imóveis rurais registradas em condomínio, porém
em situação localizada, ou seja, pro diviso, obedecerá ao disposto neste Título.
Parágrafo único – A regularização abrangerá quaisquer glebas rurais, sem distinção entre as
oriundas de condomínios, em que seja impossível definir a área maior e seus respectivos
condôminos, daquelas dentro de área maior identificada e da qual sejam eles conhecidos.
CAPÍTULO II
DA REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL RURAL
Art. 754 – Nas comarcas do Estado do Rio Grande do Sul, para os condomínios rurais pro
diviso que apresentem situação consolidada e localizada, a regularização de frações com abertura
de matrícula autônoma, respeitada a fração mínima de parcelamento, será efetuada com a
anuência dos confrontantes das parcelas a serem extremadas.
Art. 755 – A posse do proprietário sobre a parcela pro diviso a extremar deve contar de no
mínimo 05 (cinco) anos, permitida a soma do tempo de posse dos proprietários anteriores.
Art. 756 – A instrumentalização do ato para fins de localização da parcela será feita mediante
escritura pública declaratória.
§ 5º – A escritura somente poderá ser lavrada após o alcance de todas as anuências, mesmo
que fictas, não se aplicando ao procedimento o disposto no §2º do art. 213 da Lei nº 6.015/73.
Art. 757 – Na escritura pública declaratória de que trata o artigo anterior, não será
obrigatória a participação do Município, Estado ou União, ou de seus órgãos representativos, nos
casos em que o imóvel (parcela) a ser localizado fizer divisa com bens públicos, a exemplo de vias
públicas, estrada, rua, travessa, corredor, rio, lago e mar, nem haverá necessidade das notificações
referidas nos parágrafos do artigo anterior.
250
§ 1º – Nas retificações administrativas reguladas pelo inciso II do artigo 213 da Lei nº
6.015/73, concomitante ou não da localização de parcela do Projeto Gleba Legal, não será
obrigatória a anuência do Município, Estado ou União, ou de seus órgãos representativos, nos casos
em que o imóvel a ser retificado, localizado na zona rural, fizer divisa com bens públicos de uso
comum do povo, tais como vias públicas (estrada, rua, travessa, dentre outros) ou correntes ou
depósitos hídricos (rio, lago, mar, dentre outros).
§ 1º – Por retificação da descrição do imóvel, entende-se aquela que altere ou inclua dados
necessários não constantes na descrição original, como medidas de perímetro e segmentos,
ângulos e similares. Para este fim, serão aplicadas as normas relativas à retificação de registro
imobiliário constantes nos arts. 212 e seguintes da Lei nº 6.015/73.
I – planta do imóvel;
§ 1º – O Registrador localizará a gleba lavrando ato de registro, a exemplo do que ocorre com
as escrituras de divisão, do que resultará a abertura da respectiva matrícula para a parcela
localizada.
251
Art. 761 – A adoção do procedimento previsto neste Título não elide a possibilidade de
efetivação de escritura pública de divisão ou ajuizamento de ação de divisão, restando ao
interessado a opção, respeitadas as circunstâncias de cada caso.
II – no caso de penhora, não será necessária prévia autorização judicial para o registro e/ou
retificação, mas o Registrador comunicará o fato ao juízo, por ofício;
III – no caso de penhora fiscal em favor do INSS, havendo o devedor ofertado o imóvel em
garantia da dívida, não será admitida a localização da gleba sem a expressa anuência daquela
autarquia, uma vez que perdida a disponibilidade do bem na forma do art. 53 da Lei nº 8.212/91;
VIII – na hipótese de estar a parcela sob arrolamento, medida de cautela fiscal, possível o
registro da localização, mediante imediata comunicação pelo Registrador ao agente fiscal;
Art. 764 – O valor dos emolumentos a serem cobrados, nas hipóteses de lavratura e registro
de escrituras públicas de extinção de condomínio e declaratórias do Projeto Gleba Legal, quando
não houver alteração da cota-parte de cada condômino, ou seja, apenas mera divisão física do
imóvel, em que o quinhão recebido corresponda exatamente à fração ideal originária,
corresponderá na tabela de emolumentos ao item nº 1, sem valor declarado.
TÍTULO XVIII
DA LOCALIZAÇÃO DE ÁREAS EM CONDOMÍNIO
252
Art. 765 – Em imóveis situados nos perímetros urbanos, assim como nos locais urbanizados,
ainda que situados na zona rural, em cujos assentos conste estado de comunhão, mas que
faticamente se apresentam individualizados e em situação jurídica consolidada, nos termos deste
Título, o Juiz poderá autorizar ou determinar a averbação da identificação de uma ou de cada uma
das frações, observada a presença de:
II – a identificação da fração de acordo com o disposto no art. 176, II, ‘3’, ‘b’, e art. 225 da Lei
nº 6.015/73, por meio de certidão atualizada expedida pelo Município.
Parágrafo único – Havendo contrato escrito com autenticação de data e presente a situação
consolidada, viável a lavratura de escritura pública de aquisição, localização e retificação do imóvel
objeto de regularização.
Art. 767 – Efetuado o registro ou a averbação previstos neste Título, o Registrador de Imóveis
abrirá matrícula própria, se o imóvel ainda não a tiver, bem como das áreas públicas previstas no
projeto.
TÍTULO XIX
DO CONDOMÍNIO EDILÍCIO
CAPÍTULO I
DAS INCORPORAÇÕES IMOBILIÁRIAS
253
b) se pessoa jurídica, o requerimento deverá estar instruído com o contrato social (ou cópia
reprográfica autenticada) devidamente registrado (Junta Comercial, Industrial e Serviços, Registro
Civil das Pessoas Jurídicas ou outro órgão competente), juntamente com certidão atualizada dos
atos constitutivos, devendo este fato estar devidamente comprovado. Pelo ato constitutivo, se
verificará a capacidade do(s) firmatário(s) do requerimento;
1) da Fazenda Estadual;
1) relativa ao imóvel;
d) Certidão Negativa de Débito - CND do INSS (art. 32, f, da Lei nº 4.591/64): do titular de
direitos sobre o terreno e do incorporador, sempre que forem responsáveis pela arrecadação das
respectivas contribuições – pessoa jurídica ou equiparada;
254
IV – histórico vintenário dos títulos de propriedade do imóvel (art. 32, c, da Lei nº 4.591/64),
abrangendo os últimos 20 (vinte) anos, acompanhado de certidões integrais dos respectivos
registros (item III. 5. b – supra);
a) cálculo das áreas das edificações, discriminando, além da global, a das partes comuns e
indicando, para cada tipo de unidade a respectiva metragem de área construída (art. 32, e, da Lei
nº 4.591/64);
b) memorial descritivo das especificações da obra projetada, segundo modelo a que se refere
o inc. IV do art. 53 da Lei nº 4.591/64. Este documento descreve todo o edifício, inclusive a área do
terreno, subsolo, térreo, estacionamentos, pavimentos, fundações, tipo de material, acabamentos,
acessos, dentre outros (art. 32, g, da Lei nº 4.591/64);
VI – discriminações das frações ideais de terreno com as unidades autônomas que a elas
corresponderão (art. 32, i, da Lei nº 4.591/64);
VII – minuta da futura convenção de condomínio (art. 9º da Lei nº 4.591/64) que regerá a
edificação ou o conjunto de edificações, contendo a individuação das unidades e a caracterização
das áreas de uso comum, além das normas gerais do condomínio (art. 32, j, da Lei nº 4.591/64);
VIII – declaração em que se defina a parcela do preço de que trata o art. 39, II, da Lei de
Condomínio e Incorporação (art. 32, l, da Lei nº 4.591/64);
255
XIII – Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou Registro de Responsabilidade Técnica
– RRT, relativa ao projeto de construção;
XIII – Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, Termo de Responsabilidade Técnica –
TRT ou Registro de Responsabilidade Técnica – RRT, relativa(o) ao projeto de construção; (Redação
dada pelo Provimento nº 27/20-CGJ/RS, art. 7º)
§ 2º – A apresentação dos documentos será feita à vista dos originais, admitindo-se cópias
reprográficas autenticadas.
§ 3º – Será de 90 (noventa) dias o prazo de validade das certidões, salvo se outro prazo
constar expressamente do documento, segundo norma adotada pelo órgão expedidor, exceto as
fiscais, que serão por exercício.
§ 4º – As certidões da Justiça Federal, da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e do
Tabelionato de Protesto de Títulos de que trata o inciso III deverão ser extraídas no domicílio do
proprietário e do incorporador, bem como na circunscrição onde se localiza o imóvel incorporado;
§ 7º – Não poderá ser aceito contrato social registrado somente no Registro de Títulos e
Documentos.
§ 9º – Quando a incorporadora for pessoa jurídica, as certidões forenses penais devem ser
apresentadas também em nome dos seus administradores.
Art. 769 – Somente após o registro da incorporação, realizado dentro das normas das Leis nº
4.591/64 e 6.015/73, serão aceitos e examinados os pedidos de registro ou de averbação dos atos
negociais do incorporador sobre unidades autônomas.
Art. 771 – Ao acolher certidões positivas fiscais, de protestos cambiais e as de ações judiciais,
o Registrador considerará sua relevância e a possibilidade de provocarem impugnações ou gerarem
litígios futuros aos adquirentes de unidades na incorporação.
256
Art. 772 – No registro da incorporação, sempre serão consignadas as certidões positivas
forenses, fiscais ou de protestos cambiais e as notificações judiciais.
Art. 773 – Será recusado o registro da incorporação quando houver ônus impeditivo da
construção ou da alienação, inclusive no caso de penhora.
Art. 775 – Será feita obrigatoriamente a unificação de imóveis, com a abertura de matrícula,
quando mais de um imóvel for utilizado para a incorporação imobiliária.
Parágrafo único – Serão aplicadas as normas do caput nos casos de retificações ou alterações
no registro de incorporação, a dependerem, ainda, da atualização dos documentos pertinentes,
dentre os arrolados no art. 32 da Lei nº 4.591/64.
III – descrição das unidades autônomas, com suas localizações, áreas reais, privativas e totais,
e frações ideais;
V – regime de incorporação;
257
VI – custo global da construção e custos de cada unidade autônoma;
§2º – O critério de definição da fração ideal de que trata o inciso III será indicado no memorial
de incorporação.
§ 2º – Na hipótese do § 1º, no próprio texto da matrícula ou por averbação, deverá ser feita
a ressalva de que se trata de obra projetada e pendente de regularização registral quanto à sua
conclusão.
Art. 781 – Os atos negociais referentes especificamente a uma futura unidade autônoma
serão registrados na matrícula de origem ou em matrícula própria da unidade, aberta com a
ressalva contida no § 2º do artigo anterior.
Art. 782 – Concluída a obra com o “habite-se”, será procedida a sua averbação, assim como
a das eventuais alterações decorrentes da construção na matrícula de cada unidade autônoma.
Art. 784 – Entende-se por grupo fechado o empreendimento em que há a aquisição do imóvel
em áreas ideais a um só tempo e sem que haja o interesse de alienação ou oneração de futuras
unidades autônomas antes de concluídas, dispensando-se, neste caso, o registro da incorporação
imobiliária.
§ 1º – A prova de se tratar de grupo fechado será feita através de declaração subscrita por
todos os proprietários, no título aquisitivo ou através de instrumento particular com firmas
reconhecidas;
Art. 785 – O prazo do registro da incorporação, para fins de recepcionar títulos de alienação
ou oneração envolvendo as futuras unidades, em construção, é de 180 (cento e oitenta) dias.
CAPÍTULO II
DA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO
Art. 786 – Admite-se a forma pública ou a particular do título que pretende ensejar a
realização de registro de instituição de condomínio.
III – Certidão Negativa de Débito – CND do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;
§ 1º – Quando a obra tiver sido executada por empresa, deverá ser também exigida a
respectiva certidão negativa de débitos para com a Receita Federal.
§ 2º – Caso não tenha havido alteração nas especificações da obra e na individualização das
unidades autônomas, constantes no memorial de incorporação, o memorial descritivo da
instituição de condomínio poderá ser substituído por declaração firmada conjuntamente pelo
incorporador, o construtor e o profissional responsável pela obra, confirmando, sob as penas da lei,
a manutenção de todas as especificações já registradas.
Art. 788 – Quando a instituição de condomínio não for precedida da incorporação registrada,
todos os proprietários deverão requerê-la, exigindo-se:
• Código Civil, art. 1.332; Lei nº 4.591/65, arts. 1º ao 8º; Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 17.
III – Certidão Negativa de Débito – CND do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;
V – quadro de custos das unidades autônomas e a planilha de áreas e frações ideais, subscrita
pelo engenheiro responsável pelo cálculo;
§ 1º – Quando a obra tiver sido executada por empresa, deverá ser também exigida a
respectiva certidão negativa de débitos para com a Receita Federal.
260
Art. 789 – Uma vez expedida a CND e o “habite-se” pelos órgãos competentes, descabida é
a negativa de registro ou averbação da obra pela eventual incoincidência das áreas ali descritas em
relação àquelas constantes da planilha de construção arquivada no Registro de Imóveis.
Parágrafo único – No caso de serem feitos outros lançamentos nas matrículas das unidades,
para cada um destes, os emolumentos serão cobrados como atos sem valor declarado.
Art. 791 – Fica vedado o registro da venda definitiva de unidade autônoma enquanto não
houver o denominado “habite-se”, total ou parcial, devendo, nesses casos, o registro ser feito
apenas da fração ideal com vinculação expressa à futura unidade correspondente.
Art. 792 – A atribuição de economias poderá ser formalizada até o registro da instituição de
condomínio, sendo ato acessório deste para fins de definição da forma (escritura pública ou
instrumento particular com firmas reconhecidas).
CAPÍTULO III
DO HABITE-SE PARCIAL – ESPECIFICAÇÃO PARCIAL DE CONDOMÍNIO
III – construção da parte térrea do edifício, constituída de uma ou mais lojas, estando em
construção o restante do prédio.
Art. 794 – Ocorrida a hipótese do artigo anterior, quando da concessão de outro “habite-se”,
seja novamente parcial ou de todas as unidades restantes, nova averbação de “habite-se parcial”
deverá ser promovida. Este procedimento será repetido tantas vezes quantas forem necessárias
até a conclusão da obra e especificação de todas as unidades autônomas.
261
Parágrafo único – Caso ainda não efetuado o desdobramento em matrículas individuais, a
averbação tratada no caput será levada a efeito na matrícula matriz
CAPÍTULO IV
DA CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO
Art. 796 – O registro da convenção de condomínio será feito no Livro 3-RA do Registro de
Imóveis e será precedido da conferência do quórum e atendimento das regras fixadas em lei.
• Código Civil, art. 1.333 e parágrafo único; Lei nº 6.015/73, art. 167, I, 17 e art. 178, III.
§ 1º – Após o registro da convenção previsto no art. 178, III, da Lei nº 6.015/73, será
procedida sua averbação nas matrículas das unidades autônomas.
Art. 798 – O registro da Convenção de Condomínio, que tem natureza estatutária, deverá ser
feito concomitante e obrigatoriamente com o registro da instituição de condomínio.
Parágrafo único. Será possível cumprir a obrigação constante do caput mesmo na fase da
incorporação. (Revogado pelo Provimento Nº 039/2021-CGJ)
Art. 800 – Nos condomínios de casas térreas ou assobradadas de que trata o art. 8º, a, da Lei
nº 4.591/64, em que a fração ideal nas coisas de uso comum e no terreno foi fixada com base na
área de utilização exclusiva no solo, poderá ser permitida a ampliação da unidade autônoma
mediante a aprovação do Município e da concordância da maioria absoluta dos condôminos, não
havendo repercussão na fração ideal já titulada na matrícula.
262
Parágrafo único – No caso de aplicação deste dispositivo, fica facultada a recepção de título
que não contenha distribuição de área de uso comum.
TÍTULO XX
DO GEORREFERENCIAMENTO
Art. 802 – O conceito de imóvel rural, no caso, é o definido pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – INCRA, conforme constar do Certificado de Cadastro de Imóvel
Rural – CCIR ou na descrição constante da matrícula.
Art. 803 – A exigência é imediata para o registro de títulos judiciais cujos processos tenham
como objeto imóveis rurais e foram ajuizados após 1º de novembro de 2005.
Parágrafo único – Deve ser exigido o georreferenciamento referente aos autos judiciais
apenas naqueles processos cujo objeto central da ação seja o próprio imóvel (tais como usucapião,
retificação, divisão e extinção de condomínio, demarcação e desapropriação), e dispensado em
ações cujo imóvel é afetado reflexamente (tais como partilhas por inventário ou arrolamento,
separação ou divórcio, união estável, penhora, arrematação e adjudicação).
Art. 804 – Nas retificações previstas no art. 213 da Lei nº 6.015/73 provenientes de
georreferenciamento de que trata a Lei nº 10.267/01, são dispensadas as assinaturas dos
confrontantes previstas no inciso II do art. 213 da Lei nº 6.015/73 quando da indicação das
coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema
Geodésico Brasileiro e com precisão posicional fixada pelo Incra, bastando a apresentação de
declaração do requerente interessado de que respeitou os limites e as confrontações.
TÍTULO XXI
DA COMUNICAÇÃO E AVERBAÇÃO DA INDISPONIBILIDADE DE BEM IMÓVEL
263
conhecido o local do registro, será encaminhada pelo Juízo para o e-mail oficial do sistema Selo
Digital do Serviço de Registro de Imóveis onde foi lavrado o registro.
§ 1º – No ofício deverá constar: nome da comarca e da Vara, nome das partes, número e
classe do processo, nome completo da parte cujos bens foram indisponibilizados, CPF ou CNPJ,
valor da indisponibilidade, e, se possível, o número da matrícula.
§ 2º – No ofício deverá constar: nome da comarca e da Vara, nome das partes, número e
classe do processo, nome completo da parte cujos bens foram indisponibilizados, CPF ou CNPJ,
valor da indisponibilidade, e, se possível, o número da matrícula.
§ 3º – Não sendo conhecido o local da existência de bens o ofício deve ser enviado para o e-
mail do Serviço de Documentação da Corregedoria-Geral da Justiça ([email protected]), que
encaminhará a requisição para o grupo de distribuição de e-mail oficial do sistema Selo Digital das
Serventias de Registro de Imóveis.
§1º – Na ordem, deverão constar o requisitante, nome das partes, número do procedimento,
nome completo da parte cujos bens foram indisponibilizados, CPF ou CNPJ, valor da
indisponibilidade, e, se possível, o número da matrícula.
§2º – Não sendo conhecido o local da existência dos bens, a ordem de indisponibilidade
deverá ser enviada para o e-mail do Serviço de Documentação da Corregedoria-Geral da Justiça
([email protected]), que encaminhará a requisição para o grupo de distribuição de e-mail oficial do
sistema Selo Digital das Serventias de Registro de Imóveis.
Art. 807 – A base de dados da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens – CNIB deverá
ser consultada, obrigatoriamente, antes da prática dos atos registrais que tenham por objeto bens
imóveis ou direitos a eles relativos.
Art. 808 – Cabe aos Registradores de Imóveis criar arquivo, destinado à conservação, durante
um ano, dos requerimentos de que trata este Capítulo.
Art. 809 – Fica autorizada a celebração de convênios com órgãos da Administração Pública
para a troca de informações visando a disponibilização e acesso ao Fólio Real, de acordo com a
conveniência e oportunidade.
TÍTULO XXII
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
(Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
265
Art. 809-A – Sem prejuízo da via jurisdicional, o procedimento visando à adjudicação
compulsória de imóvel objeto de promessa de venda, ou de cessão, ou de promessa de cessão
quitadas, poderá ser efetivado extrajudicialmente no serviço de registro de imóveis da situação do
imóvel, nos termos deste Provimento. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
Art. 809-D – Transcorrido o prazo sem manifestação de oposição e sem que o notificado
tenha adotado as providências necessárias para a formalização do título translativo, ficará
configurada a sua anuência tácita. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
§ 1º - O transcurso do prazo sem a manifestação de oposição e, consequentemente, a prova
do inadimplemento, se dará através do alcance de certidão expedida pelo Registro de Imóveis
incumbido da notificação, de modo a certificar que não houve a apresentação de oposição do
notificado no prazo legal. Neste caso, caberá ainda ao requerente declarar, sob as penas da lei, não
ter tomado conhecimento de oposição por qualquer outro meio admitido em Direito. (Incluído pelo
Provimento Nº 29/2023-CGJ)
§ 2º - A certidão emitida pelo Registrador de Imóveis, que provará a inércia do notificado
relativamente à formalização do título translativo, dará ensejo à lavratura da ata notarial pelo
Tabelião de Notas indicado na notificação prevista no artigo 809-C deste Provimento, na forma do
que prevê o inciso III do artigo 216-B da Lei 6.015/73. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
Art. 809-E- Não é condição para o processamento do pedido o prévio registro do contrato
preliminar de promessa de compra e venda. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
Parágrafo único - O Registrador, quando do conhecimento do documento mencionado no
caput, realizará averbação para materializar sua existência na matrícula, objetivando a correta
escrituração da transmissão da propriedade posteriormente. (Incluído pelo Provimento Nº
29/2023-CGJ)
Art. 809-G - O pedido será autuado pelo Registrador de Imóveis, prorrogando-se o prazo da
prenotação até o acolhimento ou a rejeição do pedido. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
267
Art. 809-H - Para a elucidação de qualquer ponto de dúvida, poderão ser solicitadas ou
realizadas diligências pelo Oficial de Registro de Imóveis. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-
CGJ)
Art. 809-J - À vista dos documentos a que se refere o artigo 809-B desta CNNR, o Oficial de
Registro de Imóveis da circunscrição onde se situa o imóvel procederá ao registro do domínio em
nome do promitente comprador, servindo de título a respectiva promessa de compra e venda ou
de cessão ou o instrumento que comprove a sucessão. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
LIVRO VI
DO TABELIONATO DE NOTAS
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
268
CAPÍTULO I
DAS ATRIBUIÇÕES
III – intervir nos negócios jurídicos a que as partes devam ou pretendam dar forma legal ou
autenticidade, redigindo e autorizando os instrumentos adequados, conservando os originais e
expedindo cópias fidedignas;
V – autenticar fatos.
• Lei nº 8.935/94, arts. 6º e 41; Código de Organização Judiciária do Estado, art. 126; Lei nº
8.935/94, art. 7º.
• Código de Organização Judiciária do Estado, art. 126; Lei nº 8.935/94, art. 7º.
Art. 813 – É vedada aos Tabeliães a lavratura sob a forma de instrumento particular, de atos
estranhos às suas atribuições, previstos nesta consolidação.
Parágrafo único – Os Tabeliães de Notas deverão dar publicidade quanto ao teor do disposto
no art. 108 do Código Civil, devendo seu texto ser transcrito em forma de cartaz e afixado no mural
da serventia, à vista do público.
CAPÍTULO II
DA ATIVIDADE NOTARIAL
• Código Civil, arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 215, § 1º, II.
• Lei nº 8.935/94, art. 6º, II; Código de Organização Judiciária do Estado, art. 127.
I – remeter, logo após sua investidura, conforme disciplina legal e normativa, à Central de
Sinal Público da Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados – CENSEC, ficha com sua
assinatura e sinal público, incumbindo igual obrigação aos seus substitutos e os escreventes
autorizados;
270
• Código de Organização Judiciária do Estado, art. 134, I; Lei nº 8.935/94, arts. 28, 20, 41 e
46.
• Código de Organização Judiciária do Estado, art. 134, II; Lei nº 8.935/94, art. 30, IV e XIV.
III – manter, para que facilitem a pronta busca, fichas, microfichas ou banco eletrônico de
dados referentes aos atos lavrados;
Art. 817 – O Tabelião, como autor do instrumento público, não está vinculado a minutas,
podendo revisá-las ou negar-lhes curso.
• Lei nº 8.935/94, art. 6º, II; Código de Organização Judiciária do Estado, art. 128.
Art. 818 – O Tabelião guardará sigilo sobre os fatos referentes ao ato ou negócio jurídico e as
confidências dos interessados, embora estas não estejam diretamente ligadas às manifestações de
vontade e ou ao objeto do ajuste.
• Código de Organização Judiciária do Estado, art. 134, IX; Lei nº 8.935/94, art. 30, VI.
Art. 819 – O Tabelião só poderá exercer suas funções dentro dos limites do território do
Município ou do indicado no ato da delegação das funções.
271
Art. 820 – É livre às partes, independente do seu domicílio ou do lugar da situação dos bens
objeto do ato ou negócio, a escolha do Tabelião de sua confiança.
• Código de Organização Judiciária do Estado, art. 130; Lei nº 8.935/94, art. 8º.
I – do lugar de situação dos bens objeto do ato ou negócio; ou(Revogado pelo Provimento
013/21-CGJ/RS, art. 1º)
II – do domicílio de uma das partes. (Revogado pelo Provimento 013/21-CGJ/RS, art. 1º)
§ 2º – A ata notarial para fins de usucapião extrajudicial será lavrada pelo tabelião de notas
do município em que estiver localizado o imóvel usucapiendo ou a maior parte dele.
Art. 821 – O Tabelião que infringir os deveres de sua função responderá pessoal, penal e
civilmente pelos danos causados.
Art. 822 – Nas Comarcas com mais de uma Serventia Notarial, o Tabelião poderá utilizar, no
máximo, 05 (cinco) equipamentos móveis – computador portátil, impressora e modem – para fins
de reconhecimento de firma e autenticação para uso em diligências, quando impossibilitado de
comparecer o usuário na serventia.
§ 1º – O Tabelião que optar por utilizar o serviço descrito no caput deverá informar à Direção
do Foro todos os dados identificadores dos equipamentos que serão utilizados em diligências, tais
como tombo, marca, número de série, ID do sistema operacional, ID do modem e impressoras,
renovando-se a informação trimestralmente.
Art. 823 – Sempre que efetuada diligência para realização de atos de reconhecimento de
firmas e autenticações devem ser cobrados emolumentos pela diligência e condução, conforme
previstos na respectiva Tabela.
272
Art. 824 – É vedada a distribuição de ficha-padrão para fins de reconhecimento de firma em
estabelecimentos comerciais, tais como imobiliárias e revenda de veículos, assim como o
preenchimento por pessoas não vinculadas ao Tabelião.
Art. 825 – É proibido conceder desconto de emolumentos ou pagar comissões para fins de
captação de serviço notarial.
TÍTULO II
DOS LIVROS E DA ESCRITURAÇÃO
CAPÍTULO I
DOS LIVROS NOTARIAIS
I – contratos;
II – transmissões;
• Provimento nº 65/17-CNJ.
Art. 828 – Os Livros Notariais poderão ser desdobrados em séries, até o máximo necessário
estipulado pelo Tabelião, para uso simultâneo, aditando-se ao respectivo número as letras iniciais
do alfabeto.
Art. 829 – Poderá ser adotado livro de folhas soltas para testamentos.
273
II – livro de testamentos mecanizado será denominado LTM-1, o seguinte, LTM-2, e assim
sucessivamente;
Art. 830 – Os livros de folhas soltas, para escrituração mecânica, conterão 200 folhas
numeradas e rubricadas pelo Tabelião, seu substituto ou preposto autorizado.
Art. 831 – Integrará cada livro, ao final, um índice alfabético pelos nomes das partes.
§ 2º – O índice será organizado por ordem alfabética dos outorgantes das procurações, ou
das pessoas especificadas nas autorizações judiciais e demais documentos de representação legal
ou convencional.
CAPÍTULO II
DA ESCRITURAÇÃO
Art. 833 – A numeração das escrituras da mesma espécie jurídica não será interrompida ao
fim de cada livro, continuando indefinidamente.
Art. 834 – Se, pela sua extensão, os instrumentos exigirem a utilização de folhas excedentes
do livro em que foram iniciadas, estas receberão numeração acrescida de letras alfabéticas,
fazendo-se menção do fato no termo de encerramento.
Art. 835 – É vedado o fracionamento dos instrumentos em livros sucessivos e também nos
manuscritos.
274
Art. 836 – Os atos notariais serão redigidos em caracteres de fácil leitura, manuscritos,
digitados, impressos ou fotocopiados, utilizando-se meios mecânicos, químicos ou eletrônicos de
escrita ou reprográfica com símbolos indeléveis e insuscetíveis a adulterações.
Art. 837 – A redação será em linguagem clara, precisa e lógica, em ordem cronológica.
• Decreto-Lei nº 240/67.
Art. 838 – Constatado defeito ou omissão após a assinatura do ato, importando em alteração
substancial da vontade das partes, deverá ser feita retificação em ato próprio, com a participação
de todos os anteriores intervenientes no ato.
Parágrafo único - Se na forma e substância não for alterada a vontade das partes, o Tabelião
poderá suprir omissões e corrigir enganos ou erros de grafia cometidos em escritura pública
mediante ato aditivo, só por ele subscrito, com anotações e remissões recíprocas.
Art. 839 – Os quinhões ideais de imóveis serão expressos em fração decimal, ordinária, ou
equivalência em medida de superfície, vedada a sua especificação em valor pecuniário.
Art. 840 – Ressalvado o livro de atas notariais, não é admissível inserir nos livros notariais
documentos avulsos.
275
Art. 841 – Deverá ser mencionada na escritura o livro, a folha, o número e a data do registro
do documento no Livro de Registro de Procurações, Autorizações Judiciais e Documentos de
Representação legais ou convencionais.
Art. 842 – Utilizado instrumento de mandato de origem estrangeira, será feita referência, no
ato, ao livro e à folha do Registro de Títulos e Documentos onde foi registrado.
Parágrafo único – Para os casos de mais de um inventariado no mesmo ato, deve ser feita
uma DIT para cada óbito.
Art. 845 – O preenchimento e envio da DIT (Declaração de ITCD) à Receita Estadual será
realizado na Internet pelo tabelião. O órgão fazendário devolverá a avaliação dos bens e o cálculo
do imposto ou a sua exoneração, bem como possibilitará a emissão das guias de pagamento e, ao
final, permitirá a geração da certidão de quitação de ITCD e certidão de situação fiscal
276
Art. 846 – Nos casos de transferência onerosa entre vivos de domínio útil de terrenos da
União (aforamento), ou de direitos sobre benfeitorias neles construídas (ocupação), ou de cessão
de direitos a eles relativos, constará no corpo da escritura a referência aos documentos
apresentados, ficando nela especificados, quanto ao documento oficial de arrecadação (DARF), o
seu valor e data de quitação, e a individuação do banco e agência arrecadadora.
Art. 847 – De todos os atos lavrados pelos Tabeliães serão organizadas fichas ou microfichas
pelo patronímico das partes ou banco eletrônico de dados, independentemente da obrigatoriedade
dos índices dos livros.
Art. 848 – Os documentos que instruem as Escrituras são arquivados no Tabelionato, pelo
prazo de 10 (dez) anos, de forma a assegurar pronto acesso e consulta.
§ 1º – A anotação será realizada na lateral da folha nas linhas para assinatura, assim como
no sistema informatizado da serventia.
§ 2º – Quando não houver espaço neste local deverá ser realizada em outro local, a critério
do titular, ou em outra folha do mesmo livro ou do livro atual em uso, com remissões recíprocas.
§ 1º – A anotação ou aposição de etiqueta própria será realizada na lateral da folha nas linhas
para assinatura, assim como no sistema informatizado da serventia.
277
§ 2º – Quando não houver o espaço indicado no parágrafo anterior, deverá a anotação ser
realizada em outro local, a critério do titular, ou em outra folha do mesmo livro ou do livro atual
em uso, com remissões recíprocas.
§3° - Tratando-se de ato originário de outra serventia, deverá ser comunicado o tabelião de
origem, eletronicamente, com a certificação no corpo das escrituras referidas no caput de que a
anotação ou comunicação foi regularmente efetuada.
§ 4º – As certidões destes atos deverão mencionar o conteúdo da anotação ou comunicação.
Art. 851 – Nas escrituras declaradas sem efeito, o Tabelião certificará as causas e motivos,
datará e assinará o ato, sendo exigíveis os emolumentos respectivos se atribuível a culpa às partes.
§ 2º – Na situação descrita neste artigo, é proibido fornecer certidão ou traslado sem ordem
judicial, ressalvada a hipótese prevista no art. 14 e seus parágrafos do Provimento nº 10/19-CGJ/RS.
TÍTULO III
DOS ATOS NOTARIAIS
CAPÍTULO I
DA LAVRATURA DOS ATOS NOTARIAIS
278
Art. 854 – Os Tabeliães somente poderão colher e retratar declarações de partes destinadas
a formar e constituir fatos jurídicos com o fim imediato de adquirir, resguardar, transferir, modificar
ou extinguir direitos, sendo-lhes vedada a tomada de declarações de testemunhas que importem
em produção de provas que devam ser realizadas perante órgão judicial.
Art. 855 – Em todos os atos expedidos será consignado, ao final, o nome de quem os digitou
e o nome do subscritor, junto à assinatura.
Art. 856 – Antes da lavratura de quaisquer atos, os Tabeliães e quantos exerçam funções
notariais deverão:
V – exigir a apresentação de alvará para os atos sujeitos à autorização judicial, como no caso
de sub-rogação de gravames, ou quando sejam partes espólio, massa falida, concordatária, herança
jacente ou vacante, incapazes, etc., registrando-o no livro próprio;
VII – Exigir a prova da regularidade fiscal para com a Fazenda Nacional nos casos previstos na
Lei nº 8.212/91 e na Portaria Conjunta da Receita Federal do Brasil (RFB) e da Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional (PGFN) nº 1.751/14.
VIII – exigir a apresentação, nos atos relativos a imóveis rurais, dos Certificados de Cadastro,
acompanhados das provas de quitação do imposto territorial rural referente aos cinco últimos
exercícios;
• Lei nº 4.947/66, art. 22, § 3º; Lei nº 9.393/96, art. 21; Instrução Normativa nº 256/02-SRF;
Lei nº 10.267/01.
279
Parágrafo único – Para fins de cautela, capaz de propiciar publicidade à relação negocial
encetada em negócios imobiliários, a parte interessada ou o Tabelião, quando da solicitação da
certidão da situação jurídica do imóvel, poderão requerê-la ao Oficial do Registro de Imóveis por
escrito, assinalando sua finalidade, se para alienação ou oneração, indicando as partes contratantes
e a natureza do negócio, com vistas à protocolização e averbação na matrícula ou à margem da
transcrição do imóvel.
Art. 857 – A procuração outorgada para a prática de atos em que seja exigível o instrumento
público deve ter a mesma forma que o ato principal, ou seja, será lavrada por instrumento público.
Art. 858 – Para a lavratura de escrituras relativas a imóveis, o título anterior deve estar
registrado no Registro de Imóveis, a fim de preservar o princípio da continuidade registral.
Art. 860 – Não será exigida apresentação da prova de pagamento de imposto de transmissão
nas escrituras públicas declaratórias previstas no Projeto Gleba Legal, bem como nos atos notariais,
quando utilizadas para retificação de imóvel rural, nos termos da Lei nº 10.931/04, ainda que haja
acréscimo de área em relação ao existente na matrícula, por não se tratar de transmissão, e sim
forma originária de aquisição da propriedade.
Parágrafo único – Dois ou mais confrontantes poderão, por meio de escritura pública, alterar
ou estabelecer as divisas entre si e, se houver a transferência de área, com o recolhimento do
devido imposto de transmissões e desde que preservada, se rural o imóvel, a fração mínima de
parcelamento e, quando urbano, a legislação urbanística.
Art. 861 – No preenchimento das guias de avaliação para fins de recolhimento do imposto
de transmissão, quando se tratar de economias em edifícios em condomínio, serão mencionadas a
área útil, a área total, incluindo a de uso comum, e, no caso de à economia caber o uso de espaço-
garagem, expressa referência ao direito e à respectiva área.
Art. 862 – Para a lavratura de escritura de cessão de direitos hereditários relativos a bem
imóvel certo e determinado, é necessário o prévio recolhimento do imposto de transmissão.
Art. 863 – Para a transferência onerosa entre vivos de domínio de terrenos da União
(aforamento), ou de direitos sobre benfeitorias neles construídas (ocupação), ou cessão de direitos
280
a eles relativos, o alienante, foreiro ou ocupante, inscrito no Serviço do Patrimônio da União,
quando constante do título de domínio, deverá:
Art. 864 – No caso de transmissão de domínio útil (aforamento) de imóvel do Estado, quando
inscrito no Departamento de Patrimônio do Estado e constante do título de domínio, será exigível
também a prova do pagamento do laudêmio e da concessão da licença, se devida.
Art. 865 – Os Tabeliães devem abster-se de lavrar escrituras correlativas a negócios jurídicos
de alienação de frações ideais, quando, à base de dados objetivos, constatarem ocorrência de
fraude e infringência à Lei nº 6.766/79, e ao ordenamento positivo normatizador do parcelamento
do solo urbano e protetivo da zona rural, prejudiciais aos mananciais de fauna e de flora e a fim de
proteger os ecossistemas contra a predação e a destruição causadas pela ocupação desorganizada
e sem fiscalização na execução dos condomínios rurais para fins de lazer.
§ 4º – O disposto neste item não se aplica aos condomínios instituídos e constituídos sob a
égide da Lei nº 4.591/64, porquanto previstos e tutelados por legislação especial.
Art. 866 – A formação de condomínios por atos inter vivos sobre imóveis rurais somente será
admitida se conservada a destinação rural do imóvel, para fins de exploração agropecuária ou
extrativa.
Art. 867 – Se houver indícios suficientes ou evidência de loteamento de fato, deve o Tabelião
de Notas fazer comunicação ao Juiz Diretor do Foro, anexando a documentação disponível, que
encaminhará o expediente ao Ministério Público.
281
CAPÍTULO II
DA ESCRITURA PÚBLICA
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 868 – Além de outros requisitos previstos em lei especial, a escritura pública conterá:
V – declaração de haver sido lida às partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram.
Se a leitura não for em voz alta, o Tabelião só poderá registrar quem declarou lê-la;
Art. 869 – Se algum dos comparecentes não puder ou não souber assinar, outra pessoa capaz
assinará por ele, a seu rogo.
282
Art. 870 – Se as partes e demais comparecentes não puderem assinar o ato no mesmo
momento, deverão mencionar ao lado de sua assinatura a data e hora do lançamento.
Parágrafo único – Transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias a contar da lavratura do ato, e este
não estiver assinado por todas as partes, o Tabelião declarará incompleta a escritura e consignará,
individuando, as assinaturas faltantes, mas pelo ato serão devidos emolumentos, se a omissão for
imputável a qualquer das partes.
Art. 871 – Uma só pessoa pode assinar por diversas, mas há de ser idêntico o interesse delas;
se não o for, devem intervir tantas pessoas quantos sejam individualmente ou em grupos com
interesses opostos e ainda em relação às impossibilidades de assinar, inclusive por não saber.
Art. 872 – Se algum dos comparecentes não souber a língua portuguesa e o Tabelião não
compreender o idioma em que se expressa, comparecerá tradutor público para servir de intérprete,
ou, não o havendo na localidade, atuará outra pessoa capaz, com idoneidade e conhecimentos
bastantes, a juízo do Tabelião.
Art. 873 – Se algum dos comparecentes não for conhecido do Tabelião, nem puder
identificar-se através de documento, participarão do ato, atestando sua identidade, pelo menos
duas testemunhas, devidamente identificadas pelo Tabelião.
SEÇÃO II
DOS ATOS RELATIVOS A IMÓVEIS
a) em relação aos imóveis urbanos, as referentes aos tributos incidentes sobre o imóvel,
quando houver transferência de domínio, podendo ser dispensadas expressamente pelo
adquirente, que, nesse caso, responderá pelo pagamento dos débitos fiscais existentes;
b) em relação aos imóveis rurais, o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR, com a
prova de quitação do Imposto Territorial Rural – ITR;
283
III – em se tratando de imóvel rural, a declaração das partes de que dispensam a
apresentação de certidões negativas ambientais que digam respeito a atos relativos à transmissão
inter vivos ou mortis causa e de que foram cientificadas de que as obrigações ambientais têm
caráter real ou propter rem e são passíveis de transmissão ao sucessor, de acordo com o art. 2º, §
2º da Lei nº 12.651/12. A declaração é dispensada se as certidões forem transcritas com os
elementos necessários à sua identificação e certificada a apresentação na escritura pública.
IV – a certidão de inteiro teor da matrícula e a certidão de ônus reais e de ações reais e/ou
pessoais reipersecutórias relativa ao imóvel, expedidas pelo Registro de Imóveis competente, cujo
prazo de validade, para este fim, será de 30 (trinta) dias;
VI – A prova da regularidade fiscal para com a Fazenda Nacional, quando for o caso, conforme
previsto na Lei nº 8.212/91 e Portaria Conjunta nº 1.751/14-RFB/PGFN.
VII – a prova de quitação das obrigações do alienante para com o respectivo condomínio, nas
alienações e transferências de direitos de unidade ou declaração do alienante ou seu procurador,
sob as penas da lei, da inexistência de débitos, inclusive multas; a declaração do alienante poderá
ser substituída pela assunção expressa por parte do adquirente, de eventuais débitos;
• Lei nº 4.591/64, art. 4º, parágrafo único; Lei nº 7.433/85, art. 2º, § 2º; Código Civil, art.
1.345.
X – a qualificação das partes, contendo, se for pessoa física, o número de inscrição no CPF e,
tratando-se de pessoa jurídica, a sede social e o número de inscrição no CNPJ;
284
• Lei Estadual nº 8.821/89; Decreto Estadual nº 33.156/89.
• Lei nº 10.267/01.
§4° - Em sendo negativa a consulta referida no § 3º, deverá constar na escritura pública o
respectivo código hash de cada parte. Caso exista registro positivo, deverá o Tabelião de Notas
suspender a sua qualificação até que a parte apresente certidão do Registro Civil das Pessoas
Naturais competente ou outro documento hábil que lhe possibilite prosseguir com o ato. (Incluído
pelo Provimento n. 34/2022-CGJ) (Dispositivo com vigência suspensa pelo Provimento n. 43/2022-
CGJ) (Revogado pelo provimento Nº 17/2023-CGJ)
§5º - Fica dispensada a busca e a negativa nas seguintes situações, exceto no caso de
testamento: I) se as partes apresentarem certidão atualizada do seu Registro Civil, sem que conste
anotação de interdição. Considera-se certidão atualizada aquela expedida até 60 (sessenta) dias
antes da data do ato notarial a ser praticado. II) na hipótese do §2º do artigo 275-A, não havendo
possibilidade de distinguir os homônimos pelos dados constantes nos acervos das Serventias de
Registro Civil e se for apresentada a certidão do Registro Civil atualizada, sem que conste anotação
de interdição. (Incluído pelo Provimento nº 17/2023-CGJ)
§6º - Não será necessária nova busca e negativa na CEPIT se a mesma pessoa praticar um ato
notarial no mesmo tabelionato, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias. (Incluído pelo Provimento nº
17/2023-CGJ).
285
Art. 875 – Para a prática dos atos de transmissão, alienação ou oneração previstos nos arts.
167 e 168 da Lei nº 6.015/73, relacionados a imóveis rurais, é obrigatória a comprovação do
pagamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, referente aos cinco últimos
exercícios.
§ 1º – Na falta dos recibos de pagamento, essa comprovação poderá ser feita através de
Certidão de Quitação de Tributos e Contribuições Federais.
§ 2º – O imposto não incide sobre pequenas glebas rurais, de até 30 (trinta) hectares, quando
exploradas, só ou com sua família, pelo proprietário que não possua outro imóvel.
§ 7º – Além dos requisitos previstos no art. 215, § 1º, do Código Civil e na Lei nº 7.433/85, os
Serviços Notariais são obrigados a mencionar nas escrituras os seguintes dados do CCIR:
I – código do imóvel;
II – nome do detentor;
IV – denominação do imóvel;
V – localização do imóvel.
• Lei nº 9.393/96, art. 21; Instrução Normativa nº 256/02-SRF; Lei nº 4.947/66, art. 22.
Art. 876 – As procurações em causa própria relativas a imóveis deverão conter os requisitos
da compra e venda (a coisa, o preço e o consentimento), e por suas normas serão regidas.
Art. 877 – O Tabelião não poderá, sob pena de responsabilidade, lavrar escrituras de
desmembramento de imóvel rural se as áreas resultantes não forem iguais ou superiores à fração
mínima de parcelamento ou módulo, o que for menor, impressa no certificado de cadastro
correspondente.
§ 1º – O disposto no caput não se aplica aos casos explicitados no §4º do art. 8º da Lei nº
5.868/72 e nos desmembramentos previstos no art. 2º do Decreto nº 62.504/68, devendo a causa
determinante da dispensa de observância da fração mínima de parcelamento estar expressa no ato
notarial.
Art. 879 – A pessoa física estrangeira somente poderá adquirir imóvel rural não excedente a
50 (cinquenta) módulos de exploração indefinida, em área contínua ou descontínua.
Art. 880 – A aquisição por pessoa física estrangeira será livre, independentemente de
qualquer autorização ou licença, se o imóvel contiver área não superior a 03 (três) módulos,
ressalvados, no entanto, os imóveis situados em área considerada indispensável à segurança
nacional, que dependerão de assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional, e faixas de
fronteiras.
§ 3º – Caso o adquirente não seja proprietário de outro imóvel com área não superior a 03
(três) módulos, constará do instrumento declaração dele nesse sentido e sob sua responsabilidade.
287
Art. 881 – A pessoa jurídica estrangeira, autorizada a funcionar no Brasil, ou a pessoa jurídica
brasileira, com participação, a qualquer título, de pessoas estrangeiras, físicas ou jurídicas, com a
maioria do seu capital social e residente ou com sede no exterior, somente poderão adquirir
imóveis rurais, seja qual for a extensão, mediante a aprovação do Ministério da Agricultura.
• Lei nº 5.709/71, art. 5º, parágrafos 1º e 2º; Decreto nº 74.965/74, art. 11.
Art. 882 – A soma das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras, físicas ou jurídicas,
não ultrapassará 1/4 (um quarto) ou 25% (vinte e cinco por cento) da superfície dos Municípios
onde se situem, comprovada por certidão do Registro de Imóveis.
III – quando o adquirente tiver filho brasileiro ou foi casado com pessoa brasileira sob o
regime de comunhão de bens.
Art. 883 – Da escritura relativa à aquisição de imóvel rural por pessoa física estrangeira
constará, obrigatoriamente, o documento de identidade do adquirente, prova de sua residência no
território nacional e, quando for o caso, a autorização do INCRA.
• Lei nº 5.709/71, art. 9º, I, II e III; Decreto nº 74.965/74, art. 10º, I, II e III.
Art. 884 – Quando o adquirente de imóvel rural for pessoa jurídica estrangeira, ou a ela
equiparada, constará, obrigatoriamente, da escritura: a aprovação pelo Ministério da Agricultura,
os documentos comprobatórios de sua constituição e de licença para seu funcionamento no Brasil
e a autorização do Presidente da República, nos casos previstos no § 3º do art. 5º do Decreto nº
74.965/74.
Art. 885 – Se a adquirente de imóvel rural for sociedade anônima brasileira, constará a prova
de adoção de forma nominativa de suas ações.
288
SEÇÃO III
DOS ATOS RELATIVOS A SEPARAÇÃO, DIVÓRCIO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CONSENSUAIS
Art. 886 – A separação, o divórcio e a dissolução de união estável consensuais, não havendo
filhos menores ou incapazes do casal, nem estando grávida a cônjuge virago, e observados os
requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições
relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto
à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se
deu o casamento.
Art. 888 - O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por
advogado comum ou advogados de cada um deles ou por defensor público, cuja qualificação e
assinatura constarão do ato notarial.
Art. 890 – A falta de anuência de uma das partes quanto a qualquer das cláusulas
apresentadas, ou a recusa de alguma pretensão que objetivava ver consignada, impedirá a
realização do ato, devendo, então, ser informada pelo tabelião a possibilidade de ingresso na via
judicial.
Art. 891 – A escritura pública de que trata a presente Seção especificará, além de outros
requisitos legais:
289
I – o regime matrimonial de bens;
II – os bens comuns e a partilha quando esta não for ressalvada para o momento posterior
ao relacionamento desfeito.
III – sobre qual das partes recairá a responsabilidade por obrigações pendentes e será
atribuída a titularidade de direitos e ações;
VI – a declaração expressa das partes de que a mulher não se encontra em estado gravídico,
ou ao menos, que não tenha conhecimento sobre esta condição.
Art. 892 – Para os atos previstos nesta Seção serão exigidos, além de outras cautelas e
documentos previstos em lei:
I – certidão de casamento;
Art. 894 – Poderão ser lavrados por escritura pública o divórcio direto, o restabelecimento
da sociedade conjugal e a conversão da separação consensual em divórcio.
290
Art. 895 – O valor dos emolumentos pela lavratura de escritura pública de separação
consensual e divórcio consensual sem partilha de bens é o mesmo valor do ato sem conteúdo
econômico.
Parágrafo único – Se houver partilha de bens, serão cobrados emolumentos como um único
ato com conteúdo financeiro, sobre a soma do valor de todos os bens que constituirão o monte-
mor, limitado ao valor de emolumentos contido no número 1, letra i, da Tabela de Emolumentos.
§1º - Se houver partilha de bens, serão calculados emolumentos sobre o valor de cada bem
e cobrados sobre o valor da avaliação fiscal, limitados ao total de 500 URCs. (Alterado pelo
Provimento nº 48/2023-CGJ)
§2º - Para efeitos de conversão do valor em moeda corrente, será utilizada a cotação da URC
vigente em dezembro do ano anterior ao da lavratura da escritura. (Incluído pelo Provimento nº
48/2023-CGJ)
§3º - Para cada bem avaliado, haverá a incidência de um selo digital de fiscalização na faixa
correspondente. Alcançado o valor equivalente ao teto estabelecido no caput, não serão
necessários selos para os bens subsequentes. (Incluído pelo Provimento nº 02/2024-CGJ)
Art. 896 – As partes poderão escolher livremente o Tabelionato para a lavratura da escritura
de inventário, partilha ou adjudicação, separação, divórcio, dissolução de união estável e de
restabelecimento da sociedade conjugal, independentemente do domicílio dos interessados ou do
lugar de situação dos bens objeto do ato.
Art. 897 – O Tabelião, substituto ou escrevente devidamente autorizado nos termos do art.
20 da Lei nº 8.935/94, realizará, pessoalmente, todos os atos atinentes à separação, divórcio,
partilha de bens e restabelecimento da sociedade conjugal.
Art. 898 – A escritura e demais atos notariais de que tratam esta Seção serão gratuitos
àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei, vedada a exigência de prova desta condição
para a realização do ato, ainda que as partes estejam assistidas por advogado constituído.
Parágrafo único – Para fins de prestação de contas e posterior ressarcimento, deverá ser
utilizado o EQLG 10.
SEÇÃO IV
DOS ATOS RELATIVOS À PARTILHA DE BENS
Art. 899 – A partilha amigável de bens, entre herdeiros capazes e concordes, e a adjudicação,
quando houver herdeiro único, podem ser promovidas por escritura pública, nos termos do art.
2.015 do Código Civil e dos arts. 610 parágrafos primeiro e segundo e 659 e parágrafos do Código
de Processo Civil.
§ 1º – Admitem-se inventário e partilha extrajudiciais com viúvo (a) ou herdeiro (s) capazes,
inclusive por emancipação, representado (s) por procuração formalizada por instrumento público
com poderes especiais.
291
§ 2º – Havendo expressa autorização do juízo sucessório competente, nos autos do
procedimento de abertura e cumprimento de testamento, sendo todos os interessados capazes e
concordes, poderão ser feitos o inventário e a partilha por escritura pública, que constituirá título
hábil para o registro imobiliário.
§ 3º – Poderão ser feitos o inventário e a partilha por escritura pública, também, nos casos
de testamento revogado ou caduco, ou quando houver decisão judicial com trânsito em
julgado declarando a invalidade do testamento, observadas a capacidade e a concordância dos
herdeiros. (Parágrafo incluído pelo Provimento nº 20/20-CGJ/RS, art. 4º)
Art. 900 – A renúncia ou cessão formalizada por herdeiros ou meeiros poderá constar na
própria escritura de partilha e, se comprovada em declaração anterior, judicialmente ou por
escritura pública, dispensando a presença do renunciante ou do cedente de todos os direitos,
quando da lavratura do ato.
Art. 901 – Quando se tratar de partilha por direito de representação ou contemplar herdeiros
da classe posterior na ordem da vocação hereditária, será exigida certidão de óbito do
representado e dos herdeiros pré-mortos.
Art. 902 – O meeiro e os herdeiros poderão, antes da confecção de escritura pública definitiva
de partilha, prestarem declarações por meio de instrumento público, nomeando representante ao
espólio com poderes para representar este perante estabelecimentos bancários e instituições
fiscais, seja para possibilitar o acesso a dados bancários e fiscais que possam ser relevantes à
partilha, seja para tornar viável a transferência de titularidade de conta bancária da pessoa falecida.
292
§ 1º – O inventariante nomeado na forma do caput deste artigo poderá representar o espólio
para dar cumprimento às obrigações assumidas e quitadas em vida pelo de cujus, em especial
assinar escrituras públicas de efetivação de promessa de compra e venda.
Art. 903 – É facultada aos interessados a opção pela via judicial ou extrajudicial, podendo ser
solicitada, a qualquer momento, a suspensão, pelo prazo de 30 (trinta) dias, ou a desistência da via
judicial, para promoção da via extrajudicial.
Parágrafo único – A escritura pública deverá conter declaração expressa das partes e do
advogado assistente ou defensor público, sob as penas da lei, de que não tramita inventário e
partilha na via judicial ou, se for o caso, de que o processo está suspenso para a promoção do
inventário e partilha na via extrajudicial.
Art. 905 – Deverão constar da escritura as certidões negativas da Fazenda Federal, Estadual
e Municipal, em nome do autor da herança.
293
Parágrafo único – a certidão do IPTU e condomínio relativa aos bens do espólio poderão ser
dispensadas na forma do artigo 1º § 2º do Decreto 93240/86, devendo constar que os herdeiros,
ou herdeiro, que adjudicar o bem assume a responsabilidade pelo pagamento dos eventuais
débitos.
Art. 906 – Incumbe ao Tabelião solicitar, quando da lavratura da escritura pública, além de
outros documentos exigidos em lei:
II – certidão de óbito;
• Provimento nº 56/16-CNJ.
Art. 907 – A escritura pública de partilha constituirá título hábil para qualquer ato de registro,
bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras, desde que
todas as partes interessadas estejam assistidas por advogado comum ou advogado de cada uma
delas ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
Art. 908 – Os emolumentos pela lavratura de escritura pública de partilha de bens serão
cobrados como sendo um único ato com conteúdo financeiro, tendo como base de cálculo a soma
do valor de todos os bens que constituirão o monte-mor, limitado ao valor de emolumentos contido
no número 1, letra i, da Tabela de Emolumentos.
§2º - Para efeitos de conversão do valor em moeda corrente, será utilizada a cotação da URC
vigente em dezembro do ano anterior ao da lavratura da escritura. (Incluído pelo Provimento nº
48/2023-CGJ)
294
§3º - Para cada bem avaliado, haverá a incidência de um selo digital de fiscalização na faixa
correspondente. Alcançado o valor equivalente ao teto estabelecido no caput, não serão
necessários selos para os bens subsequentes. (Incluído pelo Provimento nº 02/2024-CGJ)
Art. 909 – Em havendo testamento, e efetuado o registro, aplicam-se as normas desta Seção.
Art. 910 – A escritura e demais atos notariais de que tratam esta Seção serão gratuitos
àqueles que se declararem pobres sob as penas da lei, vedada a exigência de prova desta condição
para a realização do ato, ainda que as partes estejam assistidas por advogado constituído.
Parágrafo único – Para fins de prestação de contas e posterior ressarcimento, deverá ser
utilizado o EQLG 10.
SEÇÃO V
DOS ATOS DE TRANSFERÊNCIA DE EMBARCAÇÕES
Art. 911 – Os atos relativos às promessas, cessões, compra e venda e outra qualquer
modalidade de transferência de propriedade de embarcações sujeitas a registro serão feitos por
escritura pública.
Art. 913 – Se o outorgante for casado, exceto no regime da separação total de bens, é
indispensável o consentimento de seu cônjuge.
Art. 914 – O registro da propriedade de embarcações será deferido, exceto nos casos
previstos na lei, a brasileiro nato ou à sociedade constituída de acordo com a lei brasileira, com
sede no Brasil, administrada por brasileiros natos, cujo capital votante pertença em pelo menos
60% (sessenta por cento) a brasileiros natos e controlada por brasileiros natos ou por pessoa moral
brasileira a satisfazer as exigências acima.
SEÇÃO VI
DAS DOAÇÕES
295
Art. 915 – O menor relativamente incapaz poderá aceitar doações sem encargo,
independente da assistência de seus representantes legais.
CAPÍTULO III
DA ATA NOTARIAL
Art. 916 – A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
III – narração circunstanciada dos fatos, com data e hora de sua constatação;
SEÇÃO I
ATA NOTARIAL DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA
(Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
Art. 917-A - A ata notarial de adjudicação compulsória, além dos requisitos do artigo anterior,
deverá conter: (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ) (Revogado pelo Provimento nº 43/2023-
CGJ).
I - a identificação do imóvel, o nome e a qualificação do promitente comprador ou de seus
sucessores constantes do contrato de promessa, a prova do pagamento do respectivo preço e da
caracterização do inadimplemento da obrigação de outorgar ou receber o título de propriedade,
bem como os dados da guia de avaliação do imposto de transmissão; (Incluído pelo Provimento Nº
29/2023-CGJ) (Revogado pelo Provimento nº 43/2023-CGJ).
Art. 917-B - Enquanto não for editada legislação específica sobre a fixação de emolumentos,
as atas notariais para o procedimento de adjudicação compulsória extrajudicial serão consideradas
ato com conteúdo financeiro, devendo a cobrança dos emolumentos observar o “Item 1.i” e
“Observações 1” da Tabela de Emolumentos. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
296
§ 1º - Será apresentada a guia do Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis com avaliação
do bem pela Secretaria da Fazenda, a qual servirá como base de cálculo dos emolumentos;
§ 2º - O Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis será recolhido por ocasião da lavratura
da Ata Notarial ou do Registro, a critério do usuário; (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
§ 3º - Serão cobrados, ainda, emolumentos referentes ao item 8 da Tabela de Emolumentos,
por se tratar de escritura pública relativa a imóvel. (Incluído pelo Provimento Nº 29/2023-CGJ)
CAPÍTULO IV
DA APROVAÇÃO DE TESTAMENTO CERRADO
Parágrafo único – Se o apresentante não fizer, por iniciativa própria, aquelas declarações, o
Tabelião o inquirirá a fim de obter dele a confirmação dos fatos e da vontade.
Art. 919 – O Tabelião examinará o testamento, para verificar se contém emendas, rasuras,
borrões, riscaduras ou entrelinhas, e consignará no instrumento.
§ 2º – Não havendo espaço na última folha, o Tabelião nela aporá seu sinal público e iniciará
o instrumento em folha anexa, fazendo disso menção no termo.
Parágrafo único – Não podendo o testador assinar, uma das testemunhas, por ele indicada,
firmará a seu rogo, declarando fazê-lo por aquele não saber ou não poder assinar.
297
Art. 921 – Após as assinaturas, o Tabelião passará a cerrar e coser o testamento, pingando
lacre derretido nos pontos onde a linha atravessar o papel e consignará, em face externa, o nome
do testador, com a advertência de importar, a abertura, na ineficácia do ato.
Art. 922 – Em seguida, após entregar o testamento ao testador, o Tabelião lançará no livro
de testamento nota do lugar, dia, mês e ano da aprovação e da entrega do testamento e consignará
a qualificação do testador.
CAPÍTULO V
DO TRASLADO E CERTIDÃO
Art. 923 – Os traslados e certidões extraídos por Tabelião fazem a mesma prova do original.
§ 1º – Traslado é a primeira cópia integral e fiel da escritura pública, extraída com a mesma
data.
Art. 924 – Utilizado o livro de folhas soltas, poderá constituir traslado do ato a cópia obtida
em meio reprográfico ou em meio eletrônico.
Art. 925 – A certidão poderá ser feita por meio reprográfico ou eletrônico, certificando-se
reproduzir a cópia, extraída do livro ou arquivo, com fidelidade o original, indicada com precisão a
localização.
Parágrafo único – Se a certidão por meio reprográfico ou eletrônico contiver mais de uma
folha, o certificado será aposto na última, mencionando-se a quantidade de folhas, devidamente
numeradas, rubricadas e coladas ou grampeadas, de modo a caracterizar sua unidade.
298
Parágrafo único - Excetuam-se da regra do caput as certidões dos documentos de
identificação das partes e as de cartões de autógrafos, que só poderão ser fornecidas quando forem
do próprio requerente (Parágrafo incluído pelo Provimento nº 30/20-CGJ/RS, art. 2º)
Art. 927 – Qualquer pessoa poderá requerer certidão, verbalmente, sem importar as razões
de seu interesse.
CAPÍTULO VI
DA AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS AVULSOS E ELETRÔNICOS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 928 – Para fins desta Consolidação, entende-se como documento eletrônico ou digital
toda informação armazenada em um dispositivo eletrônico ou transmitida através de meio
eletrônico.
Art. 929 – Sempre que um Tabelião de Notas identificar e qualificar pessoas, atestar a
capacidade e enviar dados para autoridades certificadoras digitais, o certificado digital gerado a
partir destes dados será válido, e sua correspondente utilização conterá a presunção de veracidade.
SEÇÃO II
DA AUTENTICAÇÃO DE CÓPIAS REPROGRÁFICAS E ELETRÔNICAS
Art. 931 – As cópias autenticadas pelo Tabelião, em meio digital ou em papel, têm o mesmo
valor probante que os originais, e para todos os efeitos legais fazem prova plena.
Art. 932 – A autenticação será feita após a conferência da cópia com o documento original
existente no tabelionato ou exibido pelo apresentante.
299
§ 1º – O Tabelião, ao autenticar cópias reprográficas ou eletrônicas, não deverá restringir-se
à mera conferência da reprodução com o original, mas verificar se o documento copiado contém
rasuras ou quaisquer outros sinais indicativos de possíveis fraudes.
Parágrafo único – Não estão sujeitas à restrição do caput a cópia ou conjunto de cópias
reprográficas emanadas do próprio ou de outro Tabelião, de autoridade ou repartição pública e por
elas autenticadas ou assinadas, a constituírem documento original, tais como cartas de ordem,
cartas de sentença, cartas de arrematação, cartas de adjudicação, formais de partilha, certidões
positivas de Ofícios de Registros e de Protestos, certidões da Junta Comercial, Industrial e Serviços
e similares.
III – outra ainda para a autenticação de cópias conferidas pelo próprio ou outro Tabelião.
Art. 935 – A cada face de documento reproduzida deverá corresponder uma autenticação,
ainda que diversas reproduções sejam feitas na mesma folha.
Parágrafo único – Sempre que possível, a autenticação será feita no anverso do documento.
SEÇÃO III
DO RECONHECIMENTO DE LETRAS, FIRMAS E CHANCELAS
300
• Código de Processo Civil, art. 369.
II – por semelhança, quando o Tabelião confrontar a assinatura com outra existente em seus
livros ou cartões de autógrafos e verificar a similitude.
Art. 940 – Se o Tabelião dispuser de elementos suficientes para aferir a circunstância, deverá
recusar-se a reconhecer firma de pessoas analfabetas, embora saibam escrever o nome.
Art. 942 – O registro de firmas, para fins de reconhecimento, será feito através de fichas.
301
§ 3º – Para efeitos do parágrafo anterior, poderão ser aceitos os seguintes documentos:
Registro Geral; Carteira Nacional de Habilitação, modelo físico ou eletrônico; carteira de exercício
profissional expedida pelos entes criados por lei federal, nos termos da Lei n.º 6.206/75;
passaporte, que, na hipótese de estrangeiro, não poderá estar com o prazo do visto expirado;
Carteira de Trabalho e Previdência Social, modelo atual, informatizado; carteira de identificação
funcional dos Magistrados, membros do Ministério Público e da Defensoria Pública.
§ 3º – Para efeitos do parágrafo anterior, poderão ser aceitos os seguintes documentos:
registro geral; carteira nacional de habilitação, modelo físico ou eletrônico; carteira de exercício
profissional expedida pelos entes criados por lei federal, nos termos da Lei n.º 6.206/75;
passaporte, que na hipótese de estrangeiro não poderá estar com o seu prazo de visto expirado;
carteira de registro migratório, na modalidade temporária ou definitiva, ou para nacionais de países
fronteiriços; documento provisório de registro nacional migratório; protocolo da solicitação de
refúgio com fotografia; carteira de trabalho e previdência social, modelo atual, informatizado;
carteira de identificação funcional dos magistrados, membros do Ministério Público e da Defensoria
Pública. (Redação dada pelo Provimento nº 49/20-CGJ/RS, art. 4º)
SEÇÃO IV
DO REGISTRO DE ASSINATURA MECÂNICA
Art. 946 – O registro de assinatura mecânica será feito no Tabelionato da sede da comarca
do domicílio do usuário, facultado nos de outras comarcas.
302
Parágrafo único – Havendo mais de um Tabelionato, permite-se o registro em qualquer um
deles e em quantos o usuário desejar.
Art. 947 – O usuário interessado no registro, seja pessoa física ou jurídica, fará requerimento
ao Tabelião, discriminando:
IV – o dimensionamento do clichê;
VI – a finalidade.
CAPÍTULO VII
DA CERTIFICAÇÃO DIGITAL
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 951 – Para a prática de atos notariais no meio eletrônico, os Notários deverão observar
as normas técnicas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI e da Infraestrutura de
Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil e legislação pertinente à matéria.
303
§ 1º – Os certificados digitais deverão ser emitidos pelas autoridades certificadoras ICP-Brasil
ou por autoridade certificadora digital com sede no país.
Art. 953 – Os atos notariais formados em meio digital, e consequentemente seus arquivos,
constituem informação autêntica.
Art. 955 – Os livros e documentos notariais podem ser formados e conservados em forma
eletrônica, garantida a segurança e a preservação dos dados.
Art. 957 – O ato notarial assinado é valido e goza de fé pública derivada de lei,
independentemente de selo, carimbo ou tipo de ferramenta mecânica ou eletrônica utilizada para
sua lavratura.
Art. 958 – Sempre que um Tabelião de Notas identificar e qualificar pessoas, atestar a
capacidade e enviar dados para autoridades certificadoras digitais, o certificado digital gerado a
partir destes dados será valido e sua correspondente utilização conterá a presunção de veracidade.
SEÇÃO II
DOS ATOS NOTARIAIS NO MEIO ELETRÔNICO
Art. 959 – O Tabelião de Notas poderá efetuar atos notariais eletrônicos utilizando tecnologia
de certificação digital, observados os termos do Provimento nº 10/19-CGJ/RS.
Art. 959 – O Tabelião de Notas poderá praticar atos notariais eletrônicos utilizando
tecnologia de certificação digital, observados os termos do Provimento nº 100/2020-CNJ. (Redação
alterada pelo Provimento nº 26/22-CGJ).
§1º - Nos atos de reconhecimento de firma eletrônica em documento digital (art. 960, III) no
módulo e-Not Assina não se aplica o disposto nos artigos 853 e 854 desta Consolidação Normativa.
(Parágrafo incluído pelo Provimento n. 54-2022-CGJ).
304
§2º - Cada tabelião de notas, ao se habilitar no módulo e-Not Assina, deverá cadastrar o valor
do ato, que será composto dos seguintes requisitos: (Parágrafo incluído pelo Provimento n. 54-
2022-CGJ).
§3º - Para todos os atos de reconhecimento de firma eletrônica no módulo e-Not Assina, o
tabelião de notas deverá gerar, diariamente, o Selo Digital de Fiscalização Notarial e Registral,
mediante consulta ao relatório gerencial disponível na plataforma e-notariado. (Parágrafo incluído
pelo Provimento n. 54-2022-CGJ).
§4º - Enquanto não for possível a aplicação do Selo Digital de Fiscalização Notarial e Registral
no documento assinado por meio da plataforma e-Not Assina e/ou manifesto, será aplicado o
disposto no artigo 38, §3º desta Consolidação Normativa. (Parágrafo incluído pelo Provimento n.
54-2022-CGJ).
§5º - Nos atos de reconhecimento de firma eletrônica em documento digital (art. 960, III) no
módulo e-Not Assina, o recibo de emolumentos correspondente deverá discriminar a totalidade do
valor pago na plataforma do e-notariado, incluindo as despesas de cobrança. O recibo deverá ser
enviado por e-mail ao interessado. (Parágrafo incluído pelo Provimento n. 54-2022-CGJ).
§6º - O responsável pelo Serviço Notarial deverá vincular o número da nota de emolumentos
e o número do selo digital de fiscalização notarial e registral ao documento no sistema e-Not Assina,
no campo dados de controle do cartório, ficando sujeito às penalidades previstas no artigo 47 desta
CNNR em caso de inconsistência nos dados informados. (Parágrafo incluído pelo Provimento n. 54-
2022-CGJ).
Art. 960 – São entendidos como atos notariais digitais, dentre outros, os seguintes:
305
IV – autenticação de documento digitalizado: é a atribuição de autenticidade, pelo Tabelião
de Notas, a um documento digitalizado pelo Tabelionato a partir de um documento original em
meio físico;
Art. 961 – O Tabelião de Notas poderá solicitar e cobrar busca por certidões ou informações
de outros Serviços Notariais ou Registrais, em seu nome ou para terceiros, por meio eletrônico.
TÍTULO IV
DOS SERVIÇOS ELETRÔNICOS
CAPÍTULO I
DO BANCO ELETRÔNICO DE DADOS
Art. 963 – Os Tabeliães de Notas deverão encaminhar a relação das escrituras públicas dos
atos notariais previstos no Provimento nº 18/12 do Conselho Nacional de Justiça, lavradas em sua
serventia, à Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados – CENSEC, através da página
eletrônica desta na Internet, até o dia 5 de cada mês subsequente aos atos praticados na segunda
quinzena do mês anterior e até o dia 20, os atos praticados na primeira quinzena do mesmo mês.
306
Públicas disponível na página eletrônica do TJRS na Internet: www3.tj.rs.gov.br, Sistema Escrituras
Públicas.
Parágrafo único – Os Tabeliães deverão lançar todos os dados solicitados pelo sistema, que
são os seguintes:
I – número do livro;
II – número da folha;
VI – número do precatório;
CAPÍTULO II
DO ARQUIVO CENTRAL DE TESTAMENTOS
Art. 965 – O Arquivo Central de Testamentos, criado pelo art. 30 da Lei Estadual nº 11.183/98,
será administrado pelo Colégio Notarial do Brasil, Seção do Rio Grande do Sul, mantendo-se
estrutura informatizada adequada à natureza dos serviços.
Art. 966 – O Arquivo Central de Testamentos conterá informações sobre os seguintes atos
praticados pelos Tabeliães de Notas do Estado do Rio Grande do Sul:
I – testamentos públicos;
Art. 967 – Até o dia 10 de cada mês, os Tabeliães obrigam-se a remeter ao Arquivo Central
de Testamentos:
I – informação positiva ou negativa sobre a lavratura dos atos referidos no artigo anterior,
durante o mês anterior, mediante preenchimento de mapa informativo, em papel, meio magnético
ou eletrônico;
Art. 968 – Ao praticar algum dos atos referidos no artigo anterior, o Tabelião acrescentará
aos emolumentos devidos o valor estabelecido por lei.
307
Art. 969 – A omissão, atraso ou incorreção na remessa das informações ou do comprovante
de depósito sujeitará o responsável à multa estabelecida por lei.
§ 1º – Quando a solicitação for feita pelo Juiz da causa, fica dispensada a prova do óbito,
devendo o preço do serviço ser pago pela parte interessada, salvo nos casos de gratuidade
judiciária.
Art. 971 – Deve ser assegurada à Corregedoria-Geral da Justiça, a quem também incumbe a
fiscalização quanto à eficiência e regularidade do serviço prestado, o livre acesso aos dados
constantes do Arquivo Central de Testamentos.
308
LIVRO VII
DO TABELIONATO DE PROTESTO DE TÍTULOS
TÍTULO I
DA APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 972 – Qualquer documento representativo de obrigação econômica pode ser levado a
protesto, para prova da inadimplência; para fixação do termo inicial dos encargos, quando não
houver prazo assinado; ou para interromper o prazo de prescrição.
Art. 974 – Para fins de protesto, a praça de pagamento será o domicílio do devedor, segundo
a regra geral do §1º do art. 75 e do art. 327 da Lei nº 10.406/02, aplicando-se, subsidiariamente,
somente quando couber, a legislação especial em cada caso.
§ 2º – O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar a decisão exequenda
pode requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da propositura da ação à
margem do título protestado.
§ 1º – O formulário será assinado pelo apresentante ou seu representante legal, se for pessoa
jurídica, ou, se não comparecer pessoalmente, pela pessoa que exibir o título ou o documento de
dívida para ser protocolizado, devendo constar os nomes completos de ambos, os números de suas
cédulas de identidade, de seus endereços e telefones.
§ 3º – Sendo o título exibido para recepção por pessoa distinta do apresentante ou de seu
representante legal, além de conferida sua cédula de identidade será o formulário de apresentação
instruído com cópia da cédula de identidade do apresentante, ou de seu representante legal se for
pessoa jurídica, a ser arquivada na serventia.
§ 4º – O formulário poderá ser preenchido em duas vias, uma para arquivamento e outra
para servir como recibo a ser entregue ao apresentante, e poderá conter outras informações.
Art. 978 – No ato da apresentação do documento, que não deve conter rasura ou emenda
modificadora de suas características, o apresentante declarará expressamente e sob sua exclusiva
responsabilidade os seguintes dados:
310
IV – o endereço atual do devedor para o qual será expedida a intimação, devendo ser
alertado que o fornecimento proposital de endereço incorreto poderá acarretar sanções civis,
administrativas e penais;
V – o valor do documento com seus acréscimos legais ou convencionais, o qual não sofrerá
variação entre a data do apontamento e a do eventual pagamento ou protesto, salvo o acréscimo
dos emolumentos e despesas devidas ao tabelionato;
Art. 979 – Os dados contidos nos documentos a protestar poderão, também, ser
apresentados ao tabelionato em meio magnético ou transmitidos via Internet, desde que o
apresentante:
• Lei nº 9.492/97, art. 8º, parágrafo único, art. 21, § 3º, art. 10; Provimento nº 86/19-CNJ
311
• Lei nº 9.492/97, art. 5º, parágrafo único;
Art. 982 – Nas cidades onde houver mais de um Tabelionato de Protesto, o requerimento, o
título e demais documentos serão apresentados na Central de Distribuição de Títulos.
CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO DO CHEQUE
Art. 984 – É vedado o protesto de cheque devolvido pelo banco sacado por motivo de furto,
roubo ou extravio de folhas ou talonários, ou por fraude, nos casos dos motivos números 20, 25,
28, 30 e 35, da Resolução nº 1.682/90, da Circular nº 2.313/93, da Circular nº 3.050/01, e da Circular
nº 3.535/11, do Banco Central do Brasil, salvo no caso em que o cheque tenha circulado por meio
de endosso ou esteja garantido por aval.
§ 2º – Nos casos de cheques que tenham sido depositados por aplicativos, a comprovação
do motivo da devolução poderá ser feita por declaração do apresentante de que a devolução não
se deu por qualquer dos motivos que impeçam o protesto, ou por qualquer outra forma que
demonstre o motivo da devolução do cheque.
Provimento nº 25/22-CNJ, art. 1º.
Art. 985 – Quando o cheque for apresentado para protesto mais de um ano após sua emissão
será obrigatória a comprovação, pelo apresentante, do endereço do emitente.
§ 1º – Igual comprovação poderá ser exigida pelo Tabelião quando o lugar de pagamento do
cheque for diverso da comarca em que apresentado (ou do município em que sediado o Tabelião),
ou houver razão para suspeitar da veracidade do endereço fornecido.
312
§ 2º – A comprovação do endereço do emitente, quando a devolução do cheque decorrer
dos motivos correspondentes aos números 11, 12, 13, 14, 21, 22 e 31, previstos nos diplomas
mencionados no art. 2º do Provimento nº 30/13-CNJ, será realizada mediante apresentação de
declaração do banco sacado, em papel timbrado e com identificação do signatário, fornecida nos
termos do artigo 6º da Resolução nº 3.972/11 do Banco Central do Brasil. Certificando o banco
sacado que não pode fornecer a declaração, poderá o apresentante comprovar o endereço do
emitente por outro meio hábil.
§ 3º – Devolvido o cheque por outro motivo, a comprovação do endereço poderá ser feita
por meio da declaração do apresentante, ou outras provas documentais idôneas.
Art. 986 – O Tabelião recusará o protesto de cheque quando tiver fundada suspeita de que o
endereço indicado como sendo do devedor é incorreto.
TÍTULO II
DO APONTAMENTO
Art. 987 – Todos os documentos apresentados para protesto deverão ser apontados no Livro
Protocolo, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas de seu recebimento, pelo Tabelionato de Protesto,
obedecida a ordem cronológica de entrega.
TÍTULO III
DA INTIMAÇÃO
Art. 989 – Nas 24 (vinte e quatro) horas que se seguirem ao apontamento, o tabelionato
expedirá intimação ao devedor, no endereço fornecido pelo apresentante do documento.
313
II – o sacado na letra de câmbio e duplicata;
III – a pessoa indicada pelo apresentante ou credor como responsável pelo cumprimento da
obrigação.
Art. 990 – A intimação deverá conter ao menos o nome, CPF ou CNPJ e endereço do devedor,
os nomes do credor e do apresentante, com respectivos CPF e/ou CNPJ, elementos de identificação
do título ou documento de dívida e o prazo limite para cumprimento da obrigação no Tabelionato,
bem como o número do protocolo e o valor a ser pago, com exceção da intimação por edital, que
se limitará ao nome e à identificação do devedor.
(Redação dada pelo Provimento nº 46/20-CGJ/RS, art. 1º)
Parágrafo único – Além dos requisitos acima, a intimação deverá conter a assinatura do
responsável pelo tabelionato, caso emitida por processo não informatizado.
Art. 991 – A remessa da intimação poderá ser feita por qualquer meio, desde que o
recebimento fique assegurado e comprovado por protocolo, aviso de recepção ou documento
equivalente.
III – o apresentante tenha solicitado expressamente o protesto por edital, por desconhecer
o endereço atual do devedor.
314
§ 2º – No caso excepcional do intimando domiciliado fora da competência territorial do
tabelionato, o tabelião de protesto providenciará a expedição de uma comunicação ou recibo
equivalente no endereço fornecido pelo apresentante, noticiando-lhe os elementos identificadores
do título ou do documento de dívida, bem como as providências possíveis para o pagamento de tal
título ou documento, além da data da publicação da intimação por edital, que deverá ser fixada no
prazo de dez dias úteis contados da data de protocolização, observando-se, neste caso, o prazo
para a lavratura do protesto consignado no art. 13 da Lei nº 9.492/97.
Art. 992 – A intimação será considerada cumprida quando comprovada a sua entrega no
endereço fornecido pelo apresentante.
§ 1º – A intimação poderá ser entregue ao destinatário em qualquer lugar, dia ou hora, salvo
expressa determinação do Juiz Diretor do Foro que, mediante portaria, considerando as
peculiaridades da comarca, estabeleça horário certo para cumprimento da intimação.
§ 3º – A intimação poderá ser realizada por meio eletrônico, quando autorizado pelo devedor
e assim declarado pelo apresentante, de forma que haja comprovação de seu recebimento pelo
devedor.
Art. 993 – A intimação por edital, em qualquer caso, poderá ser feita, se:
III – não houver pessoa capaz que se disponha a receber a intimação e assinar o aviso de
recepção no endereço fornecido pelo apresentante;
315
§ 1º – O edital será afixado no tabelionato e publicado pela imprensa local, onde houver
jornal de circulação diária.
§ 5º – Considera-se frustrada a intimação por meio postal quando o aviso de recepção (AR)
não for devolvido pelos correios no prazo de quinze (15) dias, contados da postagem da intimação,
ficando nesta hipótese autorizada a intimação por edital.
TÍTULO IV
DA DESISTÊNCIA E SUSTAÇÃO DO PROTESTO
Art. 995 – O protesto poderá ser retirado pelo apresentante do título ou sustado por ordem
judicial.
Art. 996 – No cumprimento de ordens judiciais que concedam sustações prévias e genéricas
de protesto, deverá o tabelião apontar os títulos ou documentos de dívida, encaminhando ao
devedor as respectivas intimações para ciência do apontamento e, em ato contínuo, efetuará a
sustação.
Art. 998 – Na solução final dos processos de sustação de protesto, o Juiz de Direito expedirá
correspondência ao Tabelionato de Protesto, determinando a efetivação do protesto ou a retirada
do título, sendo a decisão averbada no Livro Protocolo.
TÍTULO V
DO PAGAMENTO
Art. 1.000 – O valor a pagar será o declarado pelo apresentante, na data do apontamento,
dos emolumentos devidos ao Tabelião e do ressarcimento das despesas com porte postal,
publicação do edital, tarifa bancária e do imposto incidente sobre o pagamento ou a prestação de
contas ao apresentante do título.
Art. 1.001 – O valor do pagamento poderá ser recebido diretamente por estabelecimento
bancário com o qual o tabelionato mantenha convênio para arrecadação e prestação de contas aos
apresentantes dos documentos.
Art. 1.002 – O valor devido será colocado à disposição do apresentante no primeiro dia útil
que se seguir ao do recebimento.
Art. 1.003 – Tratando-se de protesto de CDAs e outros créditos da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, das respectivas autarquias e fundações públicas, havendo
pagamento por parte do devedor, os Tabelionatos de Protesto de Títulos ficam obrigados a efetuar
a quitação da guia de arrecadação no dia seguinte ao do recebimento do valor do título.
317
TÍTULO VI
DA LAVRATURA E REGISTRO DO PROTESTO
II – até o primeiro dia útil subsequente, quando o protesto sustado por ordem judicial deva
ser lavrado ou quando o pagamento do título não se tenha consumado, por devolução do cheque
pela Câmara de Compensação.
§ 2º – Não será considerado útil o dia em que o expediente bancário para o público não
obedeça ao horário normal.
I – seu próprio número, com a indicação do número do livro e página em que foi lavrado;
IV – a transcrição do documento;
IX – a motivação do protesto;
XI – a natureza do endosso;
XII – no caso de protesto especial para fins falimentares, o nome completo de quem recebeu
a intimação;
318
• Lei nº 9.492/97, arts. 22 e 23.
Art. 1.006 – O protesto será transcrito no Livro Registro de Protestos ou arquivado por
processamento eletrônico de dados.
§ 1º – O Livro de Registro de Protestos será aberto e encerrado pelo Tabelião, seu substituto
ou escrevente autorizado, e terá suas folhas numeradas e rubricadas.
Art. 1.007 – A transcrição do documento pode ser dispensada quando sua imagem for
conservada no arquivo do tabelionato mediante cópia, micrográfica ou gravação eletrônica,
procedimentos cuja adoção independe de autorização.
Parágrafo único – A resposta será arquivada eletronicamente, integrando o ato, para todos
os efeitos.
Art. 1.009 – Na motivação do protesto, o Tabelião informará se o mesmo foi lavrado por falta
de pagamento, de aceite ou de devolução.
§ 1º – Sempre que o título estiver vencido, o protesto será lavrado por falta de pagamento.
§ 2º – O protesto por falta de aceite ou devolução será lavrado quando o título não estiver
vencido, após o decurso do prazo legal.
TÍTULO VII
DA AVERBAÇÃO E ANOTAÇÃO DO PROTESTO
319
Art. 1.011 – A retificação do protesto, em razão de erro material cometido pelo tabelionato,
poderá ser efetuada de ofício ou a requerimento da parte, sendo indispensável a apresentação do
instrumento do protesto expedido e de documento que comprove o erro.
TÍTULO VIII
DO CANCELAMENTO DO PROTESTO
§ 3º – a documento de anuência pode ser recepcionado por meio eletrônico, com assinatura
digital, em conformidade com o disposto no art. 10 da Medida Provisória 2200-2 / 2001;
320
§ 3º - O documento de anuência poderá ser recepcionado por meio eletrônico, desde que
apresentado com assinatura eletrônica qualificada ou avançada. (Alterado pelo Provimento nº
02/2023-CGJ)
• Art. 4 º, II, da Lei n.º 14.063/2020.
Art. 1.013 – O cancelamento do registro do protesto será feito diretamente no livro físico ou
por processamento eletrônico de dados, pelo Tabelião, seu substituto ou escrevente autorizado.
TÍTULO IX
DAS CERTIDÕES
Art. 1.014 – A certidão deverá ser expedida dentro do prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis
e abranger o período de cinco anos contado da data do pedido, salvo se for referente a um protesto
específico ou a um período maior, por solicitação expressa do requerente.
§ 3º – As certidões não retiradas após 30 (trinta) dias da data marcada para a entrega
poderão ser inutilizadas, com perda do pagamento dos emolumentos.
321
Art. 1.015 – É vedada a exclusão ou omissão de nomes e de protestos, ainda que em caráter
provisório ou parcial, salvo quando decorrente do cancelamento do protesto.
Art. 1.016 – Os protestos cancelados não constarão de certidão, salvo a pedido expresso do
devedor, por ordem judicial ou no caso previsto no inciso I do art. 1.022.
Art. 1.018 – Será fornecida certidão negativa sempre que a homonímia puder ser verificada
simplesmente pelo confronto do número do documento de identificação.
§ 2º – Não constarão das certidões as informações de protestos cujos efeitos tenham sido
suspensos por ordem judicial.
§ 3º – Na certidão narrativa, solicitada pelo devedor, credor ou por ordem judicial, que verse
sobre protesto cujos efeitos estejam suspensos, deverá ser mencionada a respectiva anotação.
Art. 1.019 – Somente será fornecida certidão de título não protestado por solicitação do
apresentante, credor, devedor ou por ordem judicial.
Parágrafo único – É vedado recusar certidão negativa a devedor de título não protestado.
Parágrafo único – O envio de certidões poderá ser efetuado através da Central de Remessa
de Arquivos – CRA, sob a administração do IEPRO.
TÍTULO X
DAS CERTIDÕES A ENTIDADES DE CLASSE
Parágrafo único – O IEPRO/RS deverá permitir consulta livre e gratuita pela Internet aos
interessados acerca da existência ou não de protestos lavrados em desfavor de qualquer pessoa,
sem prejuízo da consulta disponibilizada pela CENPROT na forma do Provimento nº 87/19-CNJ.
II – a informação deve ser reservada, não podendo ser objeto de publicidade pela imprensa,
nem mesmo parcialmente;
III – a informação deve ser integrada ao banco de dados do recebedor até o segundo dia útil
após a prática do ato.
Parágrafo único – Para manutenção da integridade dos cadastros das entidades citadas no
caput, deverão estas obter obrigatoriamente certidão dos atos que modifiquem a situação de seu
banco de dados, tais como retificações e averbações no registro do protesto, expedição e revogação
de ordens judiciais, ou suspensão dos efeitos do protesto e similares.
Art. 1.023 – Será suspenso o fornecimento de novas certidões à entidade que desatender o
caráter sigiloso dos documentos, fornecer informação de protesto cancelado ou descumprir
quaisquer das obrigações previstas no artigo anterior.
TÍTULO XI
DA GUARDA DOS LIVROS, ARQUIVOS E DOCUMENTOS
Art. 1.024 – Os Tabeliães de Protesto deverão observar os prazos contidos na Lei nº 9.492/97
e no Provimento nº 50/15 do Conselho Nacional de Justiça para a guarda de livros, arquivos e
documentos, observando-se o seguinte:
323
II – poderá ser destruído, ainda, o documento apontado protocolado há mais de 10 anos, que
tenha sido objeto de sustação judicial, sem notícia de solução, desde que microfilmado ou
digitalizado.
Parágrafo único – No caso do inciso II, o Juízo originário da ordem de sustação deverá ser
comunicado da intenção de destruição do documento com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
TÍTULO XII
DOS EMOLUMENTOS
Art. 1.025 – Pelos atos que praticarem os Tabeliães de Protesto perceberão diretamente das
partes os emolumentos e demais despesas legais, facultada a exigência do depósito prévio, na
forma do Provimento nº 86/19-CNJ.
• Provimento nº 86/19-CNJ.
Art. 1.026 – Nas hipóteses de desistência, ou retirada das Certidões de Dívida Ativa e outros
créditos da União Estados, Distrito Federal e Municípios antes do protesto pelos apresentantes,
bem como nos casos de cancelamentos decorrentes de ato não atribuível ao devedor, assim
reconhecido por decisão judicial, não incidirão emolumentos e, nas hipóteses em que o título for
retirado por acordo entre as partes, deve o próprio acordo consignar a quem caberá o pagamento
dos emolumentos.
Art. 1.027 – Os emolumentos devidos pela protocolização dos títulos e documentos de dívida
que foram protestados nas hipóteses de postergação de pagamento são de propriedade do
Tabelião de Protesto que à época praticou o respectivo ato.
Parágrafo único – Na hipótese do caput deste artigo, caberá ao novo Tabelião de Protesto ou
ao responsável interino pelo expediente perceber apenas os emolumentos devidos pelo
cancelamento do protesto e, também, transferir os emolumentos devidos pela protocolização para
o Tabelião que à época o praticou, ou, ainda, para o seu respectivo espólio ou herdeiros, sob pena
de responsabilidade funcional, além de outras sanções cíveis e criminais cabíveis.
Art. 1.028 – Os emolumentos devidos pela prática dos atos nos Tabelionatos de Protesto
serão pagos pelas partes, na forma fixada pela lei estadual, exceto no cumprimento de ordem
judicial em favor das partes beneficiadas pela gratuidade judiciária.
Art. 1031 – O cancelamento do registro do protesto, se fundado em outro motivo que não
no pagamento do título ou documento de dívida, será efetivado por determinação judicial,
independentemente do prévio pagamento dos emolumentos devidos.
Parágrafo único – Neste caso, deverá o Tabelião cumprir a ordem de imediato, remetendo
resposta ao Juízo, informando o valor dos emolumentos e demais despesas, para que sejam pagas
pelo interessado de imediato ou no final do processo, a critério judicial, salvo os casos de gratuidade
judiciária.
Art. 1031 – O cancelamento do registro do protesto, se fundado em outro motivo que não
no pagamento do título ou documento de dívida, será efetivado por determinação judicial.
§1º – Não havendo menção expressa no título judicial de que o interessado litiga amparado
pela gratuidade judiciária, o Tabelião deverá diligenciar junto ao sistema processual informatizado
utilizado pelo Tribunal de Justiça e efetuar consulta acerca do benefício da gratuidade.
§2º - Caso a intimação tenha ocorrido sem a utilização do sistema processual informatizado,
o ônus de demonstrar a gratuidade será da parte.
§3º - Havendo gratuidade da justiça concedida, o Tabelião deverá efetuar o ato e ser
ressarcido junto ao Funore.
§4º - Caso não haja gratuidade da justiça concedida pelo Poder Judiciário, deverá o Tabelião
aguardar o pagamento dos emolumentos para praticar o ato. (Alterado pelo Provimento Nº
35/2023-CGJ)
TÍTULO XIII
DA REMESSA E RECEPÇÃO ELETRÔNICA DE ARQUIVOS
Art. 1.032 – Os Tabeliães de Protesto do Estado do Rio Grande do Sul, sob pena de
responsabilidade disciplinar, deverão integrar-se à Central de Remessa de Arquivos – CRA, a fim de
recepcionar títulos e documentos de dívida enviados a protesto eletronicamente por apresentantes
devidamente cadastrados, bem como adequar-se tecnicamente para operar todas as etapas do
processo.
325
ANEXOS
• ANEXO 1
TODAS AS ESPECIALIDADES
TERMO DE DECLARAÇÃO DE PARENTESCO A SER PRESTADA POR INTERINO
DECLARAÇÃO DE PARENTESCO
NOME DO FAMILIAR OU
PARENTE:_______________________________________________________________________
RELAÇÃO E GRAU DE
PARENTESCO:____________________________________________________________________
SERVENTIA:_____________________________________________________________________
326
• ANEXO 2
REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA – 2ª VIA DE CERTIDÃO
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
Local e data
_______________________________
assinatura
327
• ANEXO 3
REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA – CASAMENTO
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
_______________________________
assinatura
328
• ANEXO 4
REGISTRO DE IMÓVEIS
LIVRO 2 – REGISTRO GERAL
Fl. Matrícula
de de 20
25 cm
MATRÍCULA Nº
(continua no verso)
19 cm
220 grams/m2
329
• ANEXO 4-I
REGISTRO DE IMÓVEIS
LIVRO 2 – REGISTRO GERAL, verso
REGISTRO DE IMÓVEIS
MUNICÍPIO DE
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LIVRO Nº 2 – REGISTRO GERAL
Fl. Matrícula
de de 20
25 cm
MATRÍCULA Nº
(continua na folha...)
19 cm
220 grams/m2
330
• ANEXO 5
REGISTRO DE IMÓVEIS
LIVRO Nº 3 – REGISTRO AUXILIAR
REGISTRO DE IMÓVEIS
MUNICÍPIO DE
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LIVRO Nº 3 – REGISTRO AUXILIAR
Fls. Registro
de de 20
25 cm
REGISTRO Nº
(continua no verso)
19 cm
220 grams/m2
331
• ANEXO 5-I
REGISTRO DE IMÓVEIS
LIVRO Nº 3 – REGISTRO AUXILIAR, verso
REGISTRO DE IMÓVEIS
MUNICÍPIO DE
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LIVRO Nº 3 – REGISTRO AUXILIAR
Fls. Registro
de de 20
25 cm
REGISTRO Nº
(continua na folha...)
19 cm
220 grams/m2
332
• ANEXO 6
TABELIONATO DE NOTAS
LIVRO – FOLHA TAMANHO OFÍCIO 2
4 cm
27 cm
4 cm 13,6 cm 4 cm
2 cm
333
• ANEXO 6-1
TABELIONATO DE NOTAS
LIVRO – FOLHA TAMANHO OFÍCIO 2, verso
4 cm
27 cm
4 cm 13,6 cm 4 cm
2 cm
334
• ANEXO 7
TABELIONATO DE NOTAS
LIVRO – FOLHA TAMANHO A4
4 cm
23,7 cm
4 cm 13 cm 4 cm
2 cm
335
• ANEXO 7-1
TABELIONATO DE NOTAS
LIVRO – FOLHA TAMANHO A4, verso
4 cm
23,7 cm
4 cm 13 cm 4 cm
2 cm
336
• ANEXO 8 – EXTRATO MENSAL (ART. 60, I)
COMARCA:...........................................................................................................
SERVIÇO:............................................................................................................
DISTRITO:............................................................................................................
MUNICÍPIO:..........................................................................................................
MÊS:............................ ANO:.........................
DESPESA
(relacionar despesas).............................
Totais
Nome do Titular/Designado:
Assinatura:
337
• ANEXO 9 – RELATÓRIOS ANUAIS (ART. 60, II)
Comarca de ______________________________
Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais de (a)________________________
Movimento do ano de _______________
1. Nascimentos ..................................................................................................
2. Casamentos ..................................................................................................
3. Registro de casamento religioso para efeitos civis ........................................
4. Natimortos .....................................................................................................
5. Óbitos ............................................................................................................
6. Registros de:
a) emancipações ................................................................................................
b) interdições ....................................................................................................
c) ausências .......................................................................................................
d) tomada de decisão apoiada..........................................
e) opção de nacionalidade................................................
f) conversão de união estável em casamento ...................................................
g) união estável (escritura ou sentença)...........................
h) adoção (novo registro).................................................
i) trasladações..................................................................
de nascimento............................................................
de casamento.............................................................
de óbito.......................................................................
7. Averbações de:
a) nulidade ou anulação de casamento ............................................................
b) separação ....................................................................................................
c) divórcio ..........................................................................................................
d) restabelecimento de sociedade conjugal .....................................................
e) adoção (de maior ou unilateral) ....................................................................
f) reconhecimento de paternidade ou maternidade ........................................
biológico.......................................................................
socioafetivo..................................................................
g) retificações diversas ......................................................................................
h) perda ou destituição do poder familiar .........................................................
i) cancelamento de registro de nascimento .....................................................
j) alteração de nome e/ou sexo de transgênero..(Alterado pelo Provimento Nº 16/2022-CGJ)
j) alteração de nome e/ou sexo de pessoas transgênero e não binárias
j) alteração de nome e/ou sexo de pessoas transgênero ..(Alterado pelo Provimento Nº 46/2023-CGJ)
l) outras .............................................................................................................
8. Certidões expedidas .....................................................................................
9. CRVA:
a) Vistorias .........................................................................................................
b) Certidões expedidas ......................................................................................
Despesas ...........................................................................................................
338
Local e data
Registrador
339
9-II – REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
Comarca de ...................................................................................................................
Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas de
Movimento do ano de ....................................................................................................
TOTAL
2. Certidões expedidas....................................................................................................
3. Ato notificatório..........................................................................................................
TOTAL ....................................
T O T A L...................................................................................................
3. Certidões expedidas
Local e data
Registrador
340
9-III – REGISTRO DE IMÓVEIS
Comarca de ............................................
Registro de Imóveis de .........................
Zona .......................................................
Movimento do ano de ............................
1. Matrícula:
a) abertas.........................................................................................................................
b) canceladas e/ou encerradas ........................................................................................
c) número atual de imóveis matriculados ......................................................................
3. Registros:
Livro 2 Livro 3
a) sem conteúdo financeiro
b) com conteúdo financeiro
c) de lotes “Projeto More Legal”
d) de lotes objeto de REURB
e) de cédulas
f) de loteamento
g) de incorporação imobiliária
h) de condomínios de lotes
i) de convenção de condomínio
j) de multipropriedade
TOTAL
4. Averbações:
Livro 2 Livro 3
a) sem valor declarado
b) com valor declarado
TOTAL
Local e data
Registrador
341
9-IV – TABELIONATO DE NOTAS
Comarca de ...................................................................................................................
TOTAL
5. Testamentos:
a) públicos.......................................................................................................................
b) cerrados.......................................................................................................................
c) alterados/revogados....................................................................................................
6. Procurações ou substabelecimentos............................................................................
8. Atas notariais...............................................................................................................
9. Reconhecimentos de firmas........................................................................................
10. Autenticações............................................................................................................
Local e data
Tabelião de Notas
342
9-V – TABELIONATO DE PROTESTO DE TÍTULOS
Comarca de .................................................................................
1. Apontamentos de títulos.............................................................................................
2. Intimações...................................................................................................................
8. Outras Certidões..........................................................................................................
Local e data
Tabelião de Protesto
343
344
ANEXO 11
REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
TERMO DE OPÇÃO
I - OPTANTE: Nome civil completo, nacionalidade, naturalidade, data e local do nascimento, estado civil,
profissão, RG, CPF, endereço completo, telefone, endereço eletrônico.
III - OPÇÃO: Consta no assento de nascimento da pessoa optante a indicação do sexo “ignorado”. Solicito a
averbação da opção pelo sexo (masculino ou feminino) no assento de nascimento.
IV – PRENOME A pessoa optante não deseja alterar o prenome. OU Solicito seja alterado o prenome da
pessoa optante, averbando-se o novo prenome...
Local e data.
Assinaturas
345