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Vbmjv Bhm

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Índice

1. Introdução
2. …………… Definição da Esquizofrenia
3. .….……….Causas da Esquizofrenia
4. Sintomas da Esquizofrenia
4.1……………… Sintomas Positivos
4.2..……………..Sintomas Negativos
4.3………………. Desorganização
4.4. Comprometimento Cognitivo
4. …………….Suicídio e Violência na Esquizofrenia
5. …………….Diagnóstico da Esquizofrenia
6. …………….Prognóstico da Esquizofrenia
8. Tratamento da Esquizofrenia
8.1. ……………..Medicamentos Antipsicóticos
8.2. ……………..Programas de Reabilitação e Apoio
Comunitário
8.3. ……………...Psicoterapia
9. Conclusão
10. Bibliografia
Introdução

A esquizofrenia é um transtorno mental grave,


marcado pela perda de contato com a realidade,
alucinações, delírios e desorganização do pensamento
e comportamento. Com uma prevalência global de
aproximadamente 1%, a doença afeta homens e
mulheres de maneira semelhante, sendo uma das
principais causas de incapacidade em jovens adultos.
Seus impactos são significativos não apenas para os
pacientes, mas também para suas famílias e para a
sociedade, gerando custos pessoais e econômicos
elevados. O diagnóstico e o tratamento precoces são
essenciais para minimizar o impacto da doença e
melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de
contato com a realidade (psicose), alucinações (é comum ouvir vozes),
falsas convicções (delírios), pensamento e comportamento anômalo,
redução das demonstrações de emoções, diminuição da motivação, uma
piora da função mental (cognição) e problemas no desempenho diário,
incluindo no âmbito profissional, social, relacionamentos e autocuidado.

Nem a causa nem o mecanismo da esquizofrenia são conhecidos.

- A pessoa pode ter uma variedade de sintomas, desde comportamento


bizarro e incerto e fala desorganizada a perda de emoções, bem como
pouca ou nenhuma fala até a incapacidade de se concentrar e se
lembrar de eventos.

- O médico faz o diagnóstico da esquizofrenia tomando por base os


sintomas e depois de ter realizado exames para descartar outras
possíveis causas de psicose.

- O tratamento envolve medicamentos antipsicóticos, programas de


formação e atividades de apoio comunitário, psicoterapia e educação
familiar.

- O resultado é influenciado pelo fato de a pessoa estar ou não tomando


os medicamentos da maneira receitada.

- A detecção precoce e o tratamento precoce melhoram o


funcionamento em longo prazo

A esquizofrenia é um grande problema de saúde pública em todo o


mundo. O transtorno pode afetar os jovens no momento exato em que
estão estabelecendo a sua independência e pode ter como resultado
incapacidade e estigma durante toda a vida. Em termos de custos
pessoais e econômicos, a esquizofrenia encontra-se entre os piores
transtornos que afetam a humanidade.
A esquizofrenia afeta aproximadamente 1% da população mundial e
ocorre na mesma proporção em homens e mulheres. Nos Estados
Unidos, a esquizofrenia é responsável pelo afastamento de uma em cada
cinco pessoas que solicitam dias de despensa no seguro social, bem
como por 2,5% dos gastos com todo o serviço de saúde. A esquizofrenia
é mais frequente do que a doença de Alzheimer e a esclerose múltipla.

Determinar quando ocorre o seu início é difícil se levarmos em conta que


o escasso conhecimento dos sintomas pode retardar a assistência
médica durante vários anos. A idade média de início é de 20 a 25 anos
em homens e um pouco depois em mulheres. O início durante a infância
é raro, porém a esquizofrenia pode ter início durante a adolescência ou,
em casos raros, em uma idade mais avançada.

A deterioração do funcionamento social pode dar origem a um


transtorno por uso de substâncias, à pobreza e a ficar sem teto. A
pessoa com esquizofrenia não tratada pode perder o contato com os
parentes e amigos e passar a viver nas ruas das grandes cidades. O
quadro clínico pode ser vitalício, sendo que, na maioria dos casos, a
pessoa apresenta um fraco desempenho psicossocial por toda a vida.

Realçar que:

A esquizofrenia é mais frequente do que a doença de Alzheimer e a


esclerose múltipla.

Vários distúrbios, incluindo distúrbios da tireoide, tumores cerebrais,


distúrbios convulsivos e outros transtornos cerebrais podem causar
sintomas similares aos da esquizofrenia.
Causas da esquizofrenia:
Desconhece-se qual seja exatamente a causa da esquizofrenia, mas
pesquisas atuais sugerem uma combinação de fatores hereditários e
ambientais. Entretanto, ela é fundamentalmente um problema biológico
(que envolve alterações moleculares e funcionais no cérebro), embora
determinados fatores externos, como eventos estressantes de grande
porte ou o uso de substâncias possam desencadeá-la.

Os fatores que podem fazer com que as pessoas sejam


vulneráveis à esquizofrenia incluem:

 Predisposição genética;
 Problemas ocorridos antes, durante ou depois do nascimento,
como infecção pelo vírus influenza na mãe durante o segundo
trimestre da gravidez, falta de oxigênio no momento do parto,
baixo peso ao nascer e incompatibilidade do tipo de sangue entre
mãe e filho;
 Infecções no cérebro
 Uso de canabis no início da adolescência.

As pessoas que têm um progenitor ou um irmão com esquizofrenia têm


um risco de cerca de 10% de desenvolver o transtorno em comparação
com um risco de 1% entre o resto da população. Um gêmeo cujo irmão
gêmeo tenha esquizofrenia tem um risco de 50% de desenvolver a
doença. Essas estatísticas sugerem que a hereditariedade está
envolvida.
Sintomas da esquizofrenia
A esquizofrenia pode ter início súbito, em um intervalo de dias ou
semanas, ou lento e gradativo, ao longo de anos. Ainda que a gravidade
e a sintomatologia variem entre diferentes pessoas com esquizofrenia,
geralmente a gravidade dos sintomas consegue afetar a capacidade da
pessoa de trabalhar, de interagir com outros e de cuidar de si mesma.

Contudo, às vezes, os sintomas são leves no início (o chamado


pródromo). A pessoa pode simplesmente parecer afastada,
desorganizada ou desconfiada. É possível que alguns médicos
reconheçam estes sintomas como sendo o início da esquizofrenia, porém
outros apenas os reconhecem em retrospectiva.

A esquizofrenia é caracterizada por sintomas psicóticos, que incluem


delírios, alucinações, pensamento e fala desorganizados e
comportamento bizarro e inadequado. Os sintomas psicóticos envolvem
uma perda do contato com a realidade.

Algumas pessoas com esquizofrenia podem apresentar uma diminuição


da função mental (cognitiva), às vezes já desde o começo do transtorno.
Esse comprometimento cognitivo dá origem a dificuldades de atenção,
raciocínio abstrato e de resolução de problemas. A gravidade do
comprometimento cognitivo é um determinante primordial da
incapacidade global em pessoas com esquizofrenia. Muitas pessoas com
esquizofrenia estão desempregadas e têm pouco ou nenhum contato
com familiares ou outras pessoas.

Os sintomas podem ser desencadeados ou agravados por eventos


estressantes da vida, como perda de um emprego ou término de uma
relação amorosa. O uso de drogas, incluindo o uso de maconha, também
pode desencadear ou piorar os sintomas.

Em geral, os sintomas da esquizofrenia pertencem a


quatro categorias principais:

 Sintomas positivos;
 Sintomas negativos;
 Desorganização;
 Comprometimento cognitivo.

A pessoa pode ter sintomas de uma ou de todas as categorias.

Sintomas positivos
Sintomas positivos envolvem uma distorção das funções normais. Eles
incluem os seguintes:

 Delírios são falsas convicções que, geralmente, implicam em má


interpretação das percepções ou das experiências. Além disso, a
pessoa mantém essas convicções, mesmo que exista uma
evidência clara que as contradizem. Existem vários tipos possíveis
de delírio. Por exemplo, a pessoa com esquizofrenia pode
apresentar delírios de perseguição, acreditar que está sendo
atormentada, perseguida, enganada ou espionada. Ela pode ter
delírios de referência e, por isso, acreditar que certas passagens
de livros, jornais ou canções se dirigem especificamente a ela. Ela
pode ter delírios de roubo ou de imposição do pensamento, porque
acredita que os outros conseguem ler sua mente, que os
pensamentos são transmitidos a outros ou que os pensamentos e
impulsos lhe estão sendo impostos por forças externas. Os delírios
na esquizofrenia podem ser bizarros ou não. Os delírios bizarros
são claramente inverossímeis e não são derivados de experiências
ordinárias da vida. Por exemplo, a pessoa pode acreditar que
alguém removeu seus órgãos internos sem deixar uma cicatriz. Os
delírios que não são bizarros envolvem situações que poderiam
acontecer na vida real, como ser seguido ou ter um cônjuge ou
parceiro infiel.

 Alucinações envolvem ouvir, ver, sentir o gosto ou ter a sensação


física de coisas que ninguém mais sente. As alucinações que são
ouvidas (alucinações auditivas) são, de longe, as mais comuns.
Uma pessoa pode ouvir vozes que comentam seu comportamento,
que conversam entre elas ou que fazem comentários críticos e
abusivos.

Sintomas negativos
Sintomas negativos envolvem uma diminuição ou perda das funções
emocionais e sociais normais. Eles incluem os seguintes:

 A redução das demonstrações de emoções (embotamento


afetivo) é quando a pessoa exibe pouca ou nenhuma emoção. A
face pode parecer imóvel. A pessoa faz pouco ou nenhum contato
visual. A pessoa não usa as mãos ou a cabeça para adicionar
ênfase emocional ao conversar. É possível que coisas que
normalmente causariam riso ou choro não provoquem nenhuma
reação.

 Pobreza discursiva é a diminuição da quantidade de fala. As


respostas às perguntas podem ser concisas (uma ou duas
palavras), dando a impressão de um vazio interior.

 Anedonia é a diminuição da capacidade de sentir prazer. A


pessoa pode ter pouco interesse nas atividades anteriormente
realizadas e gastar mais tempo com atividades sem objetivo.

 Insociabilidade é a falta de interesse em relacionar-se com


outras pessoas.
Esses sintomas negativos estão associados, frequentemente, a uma
perda geral da motivação, do sentido de propósito e dos objetivos.

Desorganização
Desorganização é um transtorno de pensamento e comportamento
bizarro:

 Transtorno de pensamento consiste no pensamento


desorganizado, que se torna evidente quando a fala é incoerente
ou muda de um tema para outro. A fala pode ser discretamente
desorganizada, ou ser completamente incoerente e
incompreensível.

 O comportamento bizarro pode tomar a forma de simplismos de


caráter infantil, agitação ou aparência, higiene ou comportamento
inadequados. O comportamento catatônico é uma forma extrema
de comportamento bizarro, em que uma pessoa mantém uma
postura rígida e resiste aos esforços de ser movida ou, ao
contrário, realiza movimentos aleatórios.

Comprometimento cognitivo
O comprometimento cognitivo é a dificuldade de se concentrar,
recordar, organizar, planejar e resolver problemas. Algumas pessoas são
incapazes de se concentrar o suficiente para ler ou acompanhar uma
história, um filme ou um programa de televisão ou até mesmo seguir
instruções. Outras são incapazes de ignorar as distrações ou de
permanecer concentradas em uma tarefa. Por isso, pode ser impossível
realizar um trabalho que exija atenção aos detalhes, participação de
processos complexos, tomada de decisões ou entendimento de
interações sociais.
Suicídio
Entre 5% e 6% das pessoas com esquizofrenia cometem suicídio, cerca
de 20% tentam, e uma quantidade muito maior têm pensamentos
suicidas significativos. O suicídio é a principal causa de morte prematura
em pessoas jovens com esquizofrenia e é um dos principais motivos
pelos quais a esquizofrenia causa uma redução de dez anos no tempo de
vida médio.

O risco de suicídio é maior em jovens do sexo masculino com


esquizofrenia, especialmente se eles também tiverem um transtorno por
uso de substâncias. O risco também é elevado em pessoas que
apresentam sintomas depressivos ou sensações de desesperança, que
estão desempregados, que apresentaram recentemente um episódio
psicótico ou que receberam alta hospitalar.

O risco de suicídio é maior em pessoas que desenvolveram esquizofrenia


em uma idade mais avançada e que vinham tendo um bom desempenho
antes de ela se desenvolver. Essas pessoas conseguem continuar a
sentir mágoa e angústia. Assim, elas têm mais probabilidade de agir
motivadas pelo desespero, porque elas reconhecem os efeitos do
transtorno. Essas pessoas também são aquelas com o melhor
prognóstico de recuperação.
É de realçar que…

Entre 5% e 6% das pessoas com esquizofrenia cometem suicídio.

Violência
Ao contrário da opinião popular, as pessoas com esquizofrenia têm
apenas um risco discretamente elevado de comportamento violento.
Ameaças de violência e surtos agressivos de menor gravidade são muito
mais comuns que comportamento gravemente agressivo. Apenas um
número muito pequeno de pessoas paranoicas, isoladas e gravemente
deprimidas atacam ou matam alguém que consideram a única fonte de
suas dificuldades (por exemplo, uma autoridade, uma pessoa famosa, o
cônjuge).

As pessoas que têm mais probabilidade de praticar atos de violência


significativa incluem:

 Aquelas que usam álcool ou entorpecentes;


 Aquelas que têm delírios de que estão sendo perseguidas;
 Aquelas cujas alucinações lhes ordenam a praticar atos de
violência;
 Aquelas que não tomam os medicamentos receitados.
No entanto, mesmo levando em conta os fatores de risco, os médicos
consideram difícil prever com precisão se uma determinada pessoa com
esquizofrenia cometerá um ato violento.

Diagnóstico da esquizofrenia

 A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos;

 Exames de laboratório e de imagem para descartar a possibilidade


de outros problemas de saúde.

Não existe um exame diagnóstico definitivo para esquizofrenia. O


médico estabelece o diagnóstico com base numa avaliação abrangente
do histórico da pessoa e da sua sintomatologia.

A esquizofrenia será diagnosticada quando ambos os critérios a seguir


estão presentes:

 Dois ou mais sintomas característicos (delírios, alucinações, fala


desorganizada, comportamento desorganizado, sintomas
negativos) persistem por, no mínimo, seis meses;
 Esses sintomas causam deterioração significativa no desempenho
profissional, escolar ou social.

Informações fornecidas pela família, pelos amigos ou pelos professores


são importantes para definir o início do transtorno.

Exames laboratoriais costumam ser realizados para descartar a


presença de um transtorno por uso de substâncias ou de um quadro
clínico, neurológico ou hormonal de base que possa ter as características
de uma psicose. Exemplos desses quadros clínicos incluem tumores
cerebrais, epilepsia do lobo temporal, doenças da tireoide, doenças
autoimunes, doença de Huntington, doenças hepáticas, efeitos
colaterais de medicamentos e deficiências de vitamina. Às vezes, são
realizados exames para detectar a presença do transtorno por uso de
substâncias.

São feitos exames de diagnóstico por imagem do cérebro, como a


tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM),
para descartar um tumor cerebral. Embora as pessoas com
esquizofrenia apresentem anormalidades cerebrais que podem ser
visualizadas na TC ou RM, as anormalidades não são específicas o
suficiente para ajudar a diagnosticar a esquizofrenia.

Além disso, o médico tenta descartar uma série de outros transtornos


mentais que têm as mesmas características da esquizofrenia, como o
transtorno psicótico breve, o transtorno esquizofreniforme, o transtorno
esquizoafetivo e o transtorno de personalidade esquizotípica.

Prognóstico para a esquizofrenia


A detecção precoce e o tratamento precoce se tornaram as diretrizes
principais para o manejo da esquizofrenia. Quanto antes o tratamento é
iniciado, melhor o resultado.

Em pessoas com esquizofrenia, o prognóstico depende muito da


aderência ao tratamento com medicamentos. Sem tratamento com
medicamentos, 70 a 80% das pessoas têm um novo episódio durante o
primeiro ano após o diagnóstico. A administração contínua de
medicamentos pode reduzir essa porcentagem para cerca de 30% e
pode diminuir significativamente os sintomas na maioria das pessoas.
Após a alta hospitalar, a pessoa que não tomar os medicamentos
receitados tem muita

probabilidade de precisar ser hospitalizada novamente dentro de um


ano. Tomar os medicamentos receitados reduz enormemente a
probabilidade de uma reinternação.

Apesar do benefício demonstrado pela farmacoterapia, metade das


pessoas com esquizofrenia não toma os medicamentos receitados.
Algumas não reconhecem a sua doença e se recusam a tomar os
medicamentos. Outras param de tomar os medicamentos devido aos
efeitos colaterais desagradáveis. Problemas de memória,
desorganização ou simplesmente falta de dinheiro impedem que
algumas pessoas tomem os medicamentos.

A aderência pode melhorar se as barreiras específicas forem


ultrapassadas. Quando as reações adversas aos medicamentos são o
principal problema, pode ser útil mudar para um medicamento diferente.
Uma relação consistente e de confiança com um médico ou outro
terapeuta ajuda algumas pessoas com esquizofrenia a aceitarem
positivamente sua doença e a reconhecerem a necessidade de cumprir o
tratamento receitado.

Em longo prazo, o prognóstico da esquizofrenia varia, via de regra, da


seguinte maneira:

 Um terço das pessoas consegue alcançar uma melhora


significativa e duradoura.
 Um terço consegue alcançar uma melhora moderada com
recidivas intermitentes e incapacidade residual.
 Um terço apresentará invalidez grave e permanente.

Apenas aproximadamente 15% das pessoas com esquizofrenia


conseguem ter o mesmo desempenho que tinham antes de a
esquizofrenia se desenvolver.

Os fatores associados a um prognóstico melhor incluem:

 Início súbito dos sintomas;


 Idade mais avançada quando os sintomas têm início;
 Um bom nível de habilidades e conquistas antes de ficar doente;
 Apenas um comprometimento cognitivo leve;
 A presença de apenas alguns sintomas negativos (por exemplo, a
redução das demonstrações de emoções);
 Um período de tempo mais curto entre o primeiro episódio
psicótico e o tratamento;

Os fatores associados a um mau prognóstico incluem:

 Idade mais jovem quando os sintomas têm início;


 Problemas de desempenho em situações sociais e no trabalho
antes de adoecer;
 Histórico familiar de esquizofrenia;
 A presença de muitos sintomas negativos;
 Um período de tempo mais longo entre o primeiro episódio
psicótico e o tratamento.

O prognóstico para homens é pior que para mulheres. As mulheres


respondem melhor ao tratamento com medicamentos antipsicóticos.

Tratamento da esquizofrenia

 Medicamentos antipsicóticos
 Psicoterapia
 Cuidados especializados coordenados

De modo geral, o objetivo do tratamento da esquizofrenia é

 Reduzir a gravidade dos sintomas psicóticos;


 Evitar a recorrência dos episódios sintomáticos e a deterioração
das funções a eles associada;
 Fornecer apoio e, assim, possibilitar a pessoa a atuar da melhor
forma possível.

A detecção precoce e o tratamento precoce são importantes. Quanto


mais cedo for iniciado o tratamento, melhor será o desfecho.
Os medicamentos antipsicóticos, a reabilitação e as atividades de apoio
comunitário e a psicoterapia são os três componentes principais do
tratamento. Prestar informações aos familiares sobre os sintomas e
tratamento da esquizofrenia (psicoeducação familiar) ajuda a prestar
apoio a essas pessoas e ajuda os profissionais de saúde a manter
contato com a pessoa com esquizofrenia.

Cuidados especializados coordenados, que incluem treinar a resiliência,


terapia pessoal familiar, lidar com disfunção cognitiva e emprego
assistido, são um aspecto importante da recuperação psicossocial.

Medicamentos antipsicóticos
Os medicamentos antipsicóticos podem ser eficazes para reduzir ou
eliminar sintomas, como delírios, alucinações e pensamento
desorganizado. Logo que os sintomas imediatos tenham desaparecido, a
utilização contínua dos medicamentos antipsicóticos reduz
substancialmente a probabilidade de episódios futuros. Entretanto, os
medicamentos antipsicóticos causam efeitos colaterais significativos,
que podem incluir sonolência, rigidez muscular, tremores, movimentos
involuntários (por exemplo, discinesia tardia), ganho de peso e
inquietação. Os medicamentos antipsicóticos mais recentes (de segunda
geração), que são receitados com mais frequência, têm menos
probabilidade de causar rigidez muscular, tremores e discinesia tardia
que os medicamentos antipsicóticos convencionais (de primeira
geração).

Programas de reabilitação e atividades de apoio


comunitário
Programas de reabilitação e apoio, como treinamento no trabalho, têm
como objetivo ensinar às pessoas as habilidades de que precisam para
viver em comunidade, em vez de uma instituição. Essas habilidades
permitem que as pessoas com esquizofrenia trabalhem, façam compras,
cuidem de si mesmas, mantenham uma casa e relacionem-se com
outras pessoas.

Serviços de apoio comunitário oferecem serviços que permitem que as


pessoas com esquizofrenia vivam da forma mais independente possível.
Esses serviços incluem um apartamento supervisionado ou uma casa
compartilhada onde um membro da equipe está presente para garantir
que uma pessoa com esquizofrenia receba os medicamentos receitados
ou para ajudar as pessoas com as finanças. Ou um membro da equipe
pode visitar a casa da pessoa periodicamente.

A hospitalização pode ser necessária durante recaídas graves e a


hospitalização involuntária pode ser necessária se a pessoa indicar
perigo para si própria ou para outros. No entanto, o propósito geral é
que a pessoa viva em comunidade.

Um pequeno número de pessoas com esquizofrenia é incapaz de viver


de modo independente, ou porque elas têm sintomas graves e
persistentes ou porque a farmacoterapia não foi eficaz. Essas pessoas
necessitam de atenção contínua em um ambiente que seja seguro e de
apoio.

Grupos de apoio e de defesa como a Aliança Nacional em Doenças


Mentais (National Alliance on Mental Illness) com frequência oferecem
ajuda às famílias.

Psicoterapia
Geralmente, a psicoterapia não reduz os sintomas da esquizofrenia. No
entanto, a psicoterapia pode vir útil para estabelecer uma relação de
colaboração entre as pessoas com esquizofrenia, seus familiares e o
médico. Desse modo, a pessoa consegue compreender e aprender a
lidar com a doença, a tomar os medicamentos antipsicóticos de acordo
com a receita médica e a lidar com situações estressantes que podem
agravar a doença. Uma boa relação entre o terapeuta e o paciente é um
fator determinante para que o tratamento seja eficaz.

Se a pessoa com esquizofrenia vive com sua família, é possível que seja
oferecida psicoeducação a ela e a seus familiares. Este tipo de formação
presta às pessoas e seus familiares informações sobre o transtorno e
como ele deve ser administrado, ensinando, por exemplo, maneiras de
se lidar com a situação. Este tipo de formação pode ajudar a evitar a
ocorrência de recidiva.

Transtornos psicóticos induzidos por substância


e por medicação
O transtorno psicótico induzido por substância/medicação é
caracterizado por alucinações e/ou delírios que ocorrem devido aos
efeitos diretos de uma substância ou pela abstinência de uma
substância na ausência de delirium.

Tratamento

Episódios de psicose induzida por substâncias são vistos com frequência


nos setores de emergência e de pronto atendimento. Vários tipos de
substâncias podem desencadear esses episódios, incluindo álcool,
anfetaminas, canabis, cocaína, alucinógenos, opioides, fenciclidina (PCP)
e sedativos. Para ser considerada uma psicose induzida por substância,
as alucinações e os delírios devem ser mais intensos que aqueles que
normalmente acompanham um simples efeito da droga ou abstinência
da substância, embora seja possível que a pessoa esteja intoxicada ou
sofrendo sintomas de abstinência.

Os sintomas são, muitas vezes, breves e desaparecem assim que o


medicamento que está causando os sintomas é eliminado do organismo,
porém a psicose desencadeada por anfetaminas, cocaína ou PCP pode
durar várias semanas

 Um ambiente tranquilo;
 Muitas vezes, um medicamento benzodiazepínico ou antipsicótico.

Na maioria das psicoses induzidas por substância, interromper o uso da


substância e tomar um medicamento ansiolítico ou antipsicótico é
eficaz.

No caso de psicose devido a entorpecentes, como, por exemplo, o LSD


(uma sigla que significa dietilamida do ácido lisérgico), manter a pessoa
sob observação em um ambiente tranquilo pode ser suficiente.

É importante que a pessoa que recebe tratamento para transtorno


psicótico induzido por substância ou medicação realize uma consulta de
acompanhamento com o médico para receber tratamento para um
eventual transtorno por uso de substâncias e para determinar se os
sintomas representam um estágio inicial de esquizofrenia ou de um
transtorno relacionado.

Transtorno psicótico devido a outro quadro


clínico

O transtorno psicótico devido a outro quadro clínico é caracterizado por


delírios ou alucinações que são causados por outro problema médico.

A psicose diz respeito a sintomas, como delírios, alucinações,


pensamento e fala desorganizados e comportamento motor bizarro e
inadequado que indicam que a pessoa perdeu o contato com a
realidade.
Esse diagnóstico se aplica quando a psicose é resultante de um
problema de saúde em vez de um transtorno mental, como, por
exemplo, esquizofrenia. Por exemplo, pessoas com epilepsia do lobo
temporal às vezes têm uma alucinação de que conseguem sentir o
cheiro de coisas que não estão presentes

Outros problemas médicos que podem causar psicose incluem tumores e


infecções cerebrais, acidente vascular cerebral, enxaqueca e alguns
distúrbios hormonais. No entanto, não se considera que a pessoa cuja
confusão grave (delirium) causada por doença grave ou por abstinência
de um medicamento/entorpecente tenha transtorno psicótico devido a
um problema médico.

Tratar o problema médico costuma reduzir a gravidade dos sintomas


psicóticos, mas algumas pessoas também precisam de tratamento
específico para os sintomas psicóticos.

Transtorno esquizoafetivo
O transtorno esquizoafetivo é caracterizado pela presença de sintomas
de humor, como depressão ou mania, acompanhado pelos sintomas da
esquizofrenia psicóticos.

Tratamento

A psicose diz respeito a sintomas, como delírios, alucinações,


pensamento e fala desorganizados e comportamento motor bizarro e
inadequado (incluindo a catatonia) que indicam que a pessoa perdeu o
contato com a realidade. Afeto diz respeito às emoções e ao humor da
pessoa.
O médico considera que a pessoa tem um transtorno esquizoafetivo
quando ela tiver tanto psicose como sintomas de humor (por exemplo,
depressão ou mania). Os sintomas de humor devem estar presentes por
mais de metade da duração total da doença e ocorrer juntamente com
dois ou mais dos seguintes sintomas de esquizofrenia:

 Delírios;
 Alucinações;
 Fala desorganizada;
 Comportamento evidentemente desorganizado;
 Sintomas negativos (ou seja, mostrar pouca ou nenhuma emoção,
diminuição da fala, incapacidade de sentir prazer, falta de
interesse em relacionar-se com outras pessoas).

Talvez seja necessário que o médico faça uma avaliação em longo prazo
dos sintomas da pessoa e a maneira pela qual eles progrediram para
conseguir diferenciar o transtorno esquizoafetivo da esquizofrenia e dos
transtornos do humor.

Tratamento do transtorno esquizoafetivo

 Muitas vezes, uma combinação de medicamentos, psicoterapia e


apoio comunitário.

Uma vez que o transtorno esquizoafetivo frequentemente leva à


incapacitação em longo prazo, as pessoas com frequência precisam de
tratamento abrangente, incluindo medicamentos antipsicóticos,
psicoterapia e apoio comunitário.
Conclusão

A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que requer uma


abordagem multidisciplinar para seu manejo adequado. Apesar de não
haver cura, os avanços nos tratamentos com medicamentos
antipsicóticos, psicoterapia e programas de reabilitação têm oferecido
melhores prognósticos para os pacientes. A detecção precoce, o
tratamento contínuo e o suporte familiar são fundamentais para reduzir
os sintomas e promover a reintegração social dos indivíduos. Ainda
assim, os desafios relacionados ao estigma, à adesão ao tratamento e à
compreensão das causas biológicas e ambientais da esquizofrenia
permanecem. A conscientização e o investimento em políticas públicas
são passos essenciais para melhorar a vida das pessoas que convivem
com esse transtorno.

Bibliografia

1. Manual MSD. Esquizofrenia – Transtornos Mentais. Disponível em:


www.msdmanuals.com

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