ERA VARGAS
ERA VARGAS
ERA VARGAS
Era Vargas
1. Governo provisório (1930-1934)
Contextualização política: Como resultado da Revolução de 1930, Getúlio Vargas, político gaúcho,
assume o poder com o apoio dos militares, institui um regime de emergência e inicia uma série de
mudanças na organização política, administrativa, econômica e social do país.
O Governo provisório, portanto, em teoria, seria um período de conciliação, visando propor
medidas que buscassem atender as diferentes demandas dos grupos sociais e, assim, promover a
estabilidade do país.
Em adição, este governo irá promover intervenções estatais em diversos setores. Ou seja, Getúlio
Vargas promoveu medidas de centralização do poder e que fazem do Estado responsável pela
industrialização do país, pela educação, pela saúde pública e pela economia.
Primeiramente, Vargas irá abolir a Constituição de 1890 e anular as eleições de 1930, nomeando
chefes do tenentismo para serem interventores nos estados e atuarem como governadores. Tal medida
seria de caráter emergencial e novas eleições seriam convocadas em 2 anos assim como uma nova
constituição.
Entretanto, ao contrário do prometido, não serão convocadas eleições em 1932, gerando
descontentamento de diversos setores da sociedade. Pressionado, Getúlio Vargas convocou eleições para
maio de 1933 visando formar uma Assembleia Constituinte.
Assim, em 16 de julho de 1934 foi promulgada a nova Constituição do Brasil, que tem como
principais características a instituição do regime presidencial e federativo, divisão dos poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário), o voto secreto e feminino, o ensino primário obrigatório e gratuito,
regulamentação da atuação das empresas estrangeiras em território brasileiro, instituição do salário
mínimo e do Tribunal do Trabalho, entre outras.
Ainda em julho de 1934 Getúlio Vargas foi eleito presidente pelos constituintes, colocando fim
ao governo provisório.
Medidas significativas: Abolição da Constituição de 1890, fechamento do Congresso Nacional, das
Assembleias Legislativas estaduais e das Câmaras Municipais, criação do Conselho Nacional do Café,
criação das primeiras leis trabalhistas, criação dos ministérios do Trabalho, da Indústria e do Comércio,
da Educação e da Saúde Pública, criação do Código Eleitoral de 1932 e criação do instituto do Açúcar e
do Álcool.
Consequências: Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932) e a promulgação da Constituição de
1934.
Contextualização política: Após o Governo Dutra, nas eleições de 1950, Getúlio Vargas retorna ao
poder pelo PTB. Neste novo governo Vargas buscou maior aproximação com os trabalhadores, mantendo
seu discurso e sua atuação nacionalista.
Contudo, a oposição continuava forte e atuava cada vez mais diante das medidas nacionalistas e
trabalhistas do seu governo. A crise aumenta quando o líder da oposição, Carlos Lacerda, sofre um
atentado e o Presidente é acusado como mandante (Atentado da Rua Tonelero). Assim, as pressões para
que Vargas renuncie aumentam, havendo ainda a indicação da ocorrência de um impeachment. Diante
das pressões, em 24 de agosto de1954 o Presidente se suicida.
Características: Nacionalismo (intervenção do Estado na economia), populismo e trabalhismo.
Medidas significativas: Investimentos na indústria de base, em transporte e em energia, implementação
do Plano Lafer e aumento de 100% do salário mínimo.