História 1

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TRABALHO DE

HISTÓRIA

Ellen Yasmin Batista Santos – 3ª Série B


ÍNDICE
1. Introdução
2. Contexto histórico
2.1. América Latina no século XX
2.2. Influência da Guerra Civil
3. Ditadura Civil-Militar no Chile
3.1. Antecedentes e Golpe de 1973
3.2. Regime de Auguso Pinochet
3.3. Repressão e violações dos Direitos Humanos
3.4. Transição para a democracia
4. Ditadura Civil-Militar na Argentina
4.1. Antecedentes e Golpe de 1976
4.2. Regime do Processo de Reorganização Nacional
4.3. Repressão e Violações dos Direitos Humanos
4.4. Transição para a Democracia
5. Aparato de Autoritarismo
5.1. Estrutura Militar e Policial
5.2. Apoio Internacional
6. Resistência e Organização da Sociedade Civil
6.1. Movimentos de Resistência
6.2. Organizações de Direitos Humanos
6.3. Papel da Igreja e da Imprensa
7. Conclusão
8. Fontes de Pesquisa

América Latina e outros casos de autoritarismo


A ditadura Civil-Militar do Chile e Argentina

1. Introdução
As ditaduras civil-militares no Chile e na Argentina foram períodos marcantes
na história da América Latina, caracterizados por repressão, censura e
violações dos direitos humanos. Este estudo visa caracterizar esses regimes,
identificar seus aparatos de autoritarismo e refletir sobre as formas de
resistência e promoção da democracia.

2. Contexto Histórico
2.1. América Latina no Século XX
A América Latina no século XX foi palco de diversas ditaduras, muitas delas
influenciadas pela Guerra Fria e pela política de contenção do comunismo dos
Estados Unidos. A região enfrentou instabilidade política, econômica e social, o
que facilitou a ascensão de regimes autoritários que prometiam ordem e
progresso, mas frequentemente resultavam em repressão e violência.

2.2. Influência da Guerra Fria


Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos apoiaram golpes militares na América
Latina para evitar a expansão do comunismo. Essa política de intervenção direta
e indireta resultou em regimes autoritários em vários países, incluindo o Chile e
a Argentina. A Doutrina de Segurança Nacional foi um dos pilares dessa
estratégia, justificando a repressão interna como uma forma de combater a
ameaça comunista.

3. Ditadura Civil-Militar no Chile


3.1. Antecedentes e Golpe de 1973
O golpe militar de 11 de setembro de 1973, liderado por Augusto Pinochet,
derrubou o presidente socialista Salvador Allende. Allende havia sido eleito
democraticamente, mas seu governo enfrentou forte oposição interna e externa
devido às suas políticas de nacionalização e reforma agrária. O golpe foi apoiado
pelos Estados Unidos, que temiam a influência comunista na região.

3.2. Regime de Augusto Pinochet


Pinochet governou o Chile com mão de ferro de 1973 a 1990, implementando
políticas neoliberais que transformaram a economia chilena, mas também
aumentaram a desigualdade social. Seu regime foi marcado pela centralização do
poder, censura à imprensa e eliminação de partidos políticos de oposição.

3.3. Repressão e Violações dos Direitos Humanos


Durante o regime de Pinochet, milhares de pessoas foram presas, torturadas e
desaparecidas. A DINA (Dirección de Inteligencia Nacional) foi a principal
agência de repressão, responsável por operações de espionagem, tortura e
assassinato de dissidentes. Estima-se que mais de 3.000 pessoas foram mortas
ou desapareceram durante a ditadura.

3.4. Transição para a Democracia


A transição para a democracia começou em 1988 com um plebiscito que rejeitou
a continuidade de Pinochet no poder, culminando nas eleições de 1990. A
transição foi gradual e marcada por negociações entre os militares e os civis,
resultando em uma nova Constituição e a restauração das liberdades civis.

4. Ditadura Civil-Militar na Argentina


4.1. Antecedentes e Golpe de 1976
O golpe de 24 de março de 1976 instaurou o Processo de Reorganização Nacional,
liderado por uma junta militar. A Argentina já havia experimentado instabilidade
política e econômica, e o golpe foi justificado como uma necessidade para
restaurar a ordem e combater a subversão.

4.2. Regime do Processo de Reorganização Nacional


O regime militar argentino, que durou até 1983, foi marcado por uma repressão
brutal e pela “Guerra Suja” contra dissidentes. O governo militar implementou
políticas econômicas neoliberais, mas enfrentou uma crescente oposição interna
e uma crise econômica.

4.3. Repressão e Violações dos Direitos Humanos


Estima-se que cerca de 30.000 pessoas desapareceram durante a ditadura
argentina. A repressão foi conduzida por várias agências de segurança, incluindo
o Exército, a Marinha e a Polícia Federal. Centros clandestinos de detenção foram
estabelecidos em todo o país, onde prisioneiros políticos eram torturados e
executados.

4.4. Transição para a Democracia


A transição para a democracia começou em 1983, com a eleição de Raúl Alfonsín.
A derrota na Guerra das Malvinas em 1982 enfraqueceu o regime militar e
acelerou o processo de democratização. Alfonsín implementou reformas políticas
e econômicas e estabeleceu a Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de
Pessoas (CONADEP) para investigar os crimes da ditadura.

5. Aparato de Autoritarismo
5.1. Estrutura Militar e Policial
Ambos os regimes utilizaram forças militares e policiais para manter o controle
e reprimir a oposição. No Chile, a DINA e, posteriormente, a CNI (Central
Nacional de Informações) desempenharam papéis cruciais na repressão. Na
Argentina, o Exército, a Marinha e a Polícia Federal foram os principais
instrumentos de repressão.

5.2. Apoio Internacional


Os Estados Unidos forneceram apoio logístico e financeiro aos regimes militares
na América Latina durante a Guerra Fria. Esse apoio incluiu treinamento militar,
fornecimento de armas e assistência técnica. A Operação Condor foi uma aliança
entre os regimes militares da América do Sul para coordenar a repressão e
eliminar opositores políticos.

6. Resistência e Organização da Sociedade Civil


6.1. Movimentos de Resistência
Diversos movimentos de resistência surgiram, incluindo guerrilhas e protestos
populares. No Chile, grupos como o MIR (Movimiento de Izquierda
Revolucionaria) e a Frente Patriótica Manuel Rodríguez lutaram contra o regime
de Pinochet. Na Argentina, organizações como os Montoneros e o ERP (Ejército
Revolucionario del Pueblo) resistiram à ditadura.

6.2. Organizações de Direitos Humanos


Organizações como as Mães da Praça de Maio na Argentina desempenharam um
papel crucial na denúncia das violações dos direitos humanos. Essas
organizações mobilizaram a opinião pública internacional e pressionaram os
governos a investigar os desaparecimentos e punir os responsáveis.

6.3. Papel da Igreja e da Imprensa


A Igreja Católica e a imprensa independente também foram importantes na
resistência aos regimes autoritários. No Chile, a Vicaría de la Solidaridad, ligada
à Igreja Católica, documentou violações dos direitos humanos e ofereceu apoio
às vítimas. Na Argentina, alguns jornais e revistas desafiavam a censura e
publicavam denúncias sobre a repressão.

7. Conclusão
As ditaduras civil-militares no Chile e na Argentina deixaram um legado de dor
e sofrimento, mas também de resistência e luta pela democracia. A transição para
regimes democráticos foi um processo longo e difícil, mas essencial para a
garantia dos direitos humanos e das liberdades civis. A memória desses períodos
é fundamental para evitar a repetição dos erros do passado e fortalecer a
democracia na América Latina.

8. Fontes de Pesquisa
- Brasil Escola
- Mundo Educação
- Enciclopedia Iberoamericana
- Wikipédia

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