Monografia Final
Monografia Final
Monografia Final
Malanje
2023
Cristiano Manuel Domingos da Silva
Malanje
2023
FICHA CATALOGRÁFICA
Director Geral Adjunto para Área Científica: José Domingos Fazenda- PhD
FICHA CATALOGRÁFICA
iii
FICHA DE APROVAÇÃO
COMISSÃO JULGADORA
Primeiro arguente:__________________________________________________
Segundo argunete:__________________________________________________
iv
DECLARAÇÃO
Nome:
Cristiano Manuel Domingos da Silva
BI/Passaporte Telemóvel
003594742ME033 932-305-598
Correio Electrónico
[email protected]
Título da Monografia
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE FONTES DE GERAÇÃO DE ENERGIA
FOTOVOLTAICO AUTÔNOMO PARA ATENDER CONSUMIDORES
Nome do Orientador
André Ngoge André, Msc.
Ano de Conclusão
2022/2023
Designação do Ramo de Conhecimento
Engenharia de Electrotécnia e Telecomunicações
Declara-se sobre compromisso de honra que a monografia agora entregue corresponde à que
foi aprovada pelo Conselho Científico da Instituto Superior Politécnico Privado da Catepa
(ISCAT).
Declara-se ainda que seja concedida ao ISCAT uma licença não exclusiva para arquivar e tornar
acessível, nomeadamente através da sua biblioteca, nas condições abaixo indicadas, a
monografia em suporte impresso e em suporte digital, sendo a autorização concedida a título
gratuito.
Declara-se que, ao enviar-se o material em suporte impresso e digital, autoriza-se ao ISCAT
um exemplar, que se remete em anexo, ou o exemplar que possui nas suas bibliotecas. Retendo
todos os direitos de autor relativos à monografia, e o direito de usá-la em trabalhos futuros
(como artigos ou livros).
Concorda-se que a monografia seja colocada na biblioteca do ISCAT
Malanje, aos____/_______/2023
O declarante
__________________________
Cristiano Manuel Domingos da Silva
v
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha primogénita Genesiane Lourenço da Silva, dedico também este
trabalho em memória dos meus entequeridos: Manuel João Paulo (pai), Elisa Domingos (mãe),
João António Paulo, Domingos Luciano, Victor da Silva e António da Silva (irmãos).
vi
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, familiares e amigos pelo incentivo e apoio total.
Ao meu orientador, Professor Msc. André Ngoge André, por me acompanhar e apoiar na
execução da presente obra.
Aos meus colegas de turma, pelo apoio, motivação e colaboração durante o curso de Engenharia
de Electrotécnia e Telecomunicações.
Aos professores que incansavelmente contribuíram muito para que a minha formação se
tornasse uma realidade.
Ao professor, Eng. António Nogueira pelas primeiras considerações sobre o tema da presente
obra.
À empresa Muzenerge Lda. Por nos ter acolhido durante a época de Estágio.
vii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A: Amperes...............................................................................................................................24
Ah: Ampere-hora......................................................................................................................24
AP: Área do módulo fotovoltaico em [m2] ................................................................................24
CBANCO: Capacidade de carga do banco de baterias em ampere-hora [Ah] ...............................29
CBAT: Capacidade de carga de cada bateria em ampere-hora [Ah] ............................................29
CA: Corrente Alternada............................................................................................................25
CC: Corrente Continua.............................................................................................................24
CEI: Comissão Electrotécnica Internacional]...........................................................................27
DPS: Dispositivos de proteção contra surto..............................................................................33
EA: Energia armazenada no banco de baterias [Wh].................................................................29
Ec: Energia diária consumida no sistema [Wh].........................................................................30
EP: Energia diária produzida por módulo [Wh] ........................................................................30
G: Radiação solar incidente por unidade de superfície em [W/m2] ..........................................24
Hz: Hertz ..................................................................................................................................26
ISCAT: Instituto Superior Politécnico Privado da Catepa........................................................40
Kwh: Kilowatt-hora..................................................................................................................30
MPPT: Maximum Power Point Tracking (rastreamento do ponto de máxima potência)..........24
ȠP: Rendimento ou eficiência do módulo e expressa-se em percentagem.................................24
N: Número de módulos empregados no sistema........................................................................30
NBP: Número de baterias em paralelo........................................................................................29
NP: Número de módulos ou paineis solar .................................................................................28
NBS: Número de baterias ligadas em serie .................................................................................28
PD: Profundidade de descarga permitida...................................................................................29
PMÁX: potência máxima ou de pico do módulo [W] .................................................................24
THD: Distorção Harmonica Total.............................................................................................26
V: Volt.......................................................................................................................................26
VA: Volt-Amperes....................................................................................................................26
VBANCO: Tensão do banco de baterias [V].................................................................................28
VRMS: Tensão eficaz..................................................................................................................27
VBAT: Tensão da bateria utilizada [V] ......................................................................................28
W: Watt.....................................................................................................................................26
Wh: Watt-hora..........................................................................................................................24
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Componentes de um sistema fotovoltaico autônomo.................................................23
Figura 2. Inversor de ondas quadrada, semi-sinusoidal e sinusoidal ........................................25
Figura 3. Diagrama do sistema dimensionado..........................................................................32
Figura 4. Disjuntores termomagnéticos monopolar, bipolar e tripolar......................................32
Figura 5. Dispositivo de protecção contra surtos......................................................................33
Figura 6. Fusíveis do tipo cartucho e cilíndrico........................................................................33
Figura 7. Cablagem para sistemas fotovoltaicos.......................................................................34
Figura 8. Gráfico de pergunta e resposta referente a primeira questão da ocorrência do uso de
energia elétrica.........................................................................................................................41
Figura 9. Gráfico de pergunta e resposta referente a segunda questão da ocorrência do uso de
energia elétrica.........................................................................................................................42
Figura 10. Gráfico de pergunta e resposta referente a terceira questão da ocorrência do uso
de energia elétrica....................................................................................................................42
Figura 11. Gráfico de pergunta e resposta referente a primeira questão da ocorrência dos
diferentes sistemas fotovoltaicos..............................................................................................44
Figura 12. Gráfico de pergunta e resposta referente a segunda questão da ocorrência dos
diferentes sistemas fotovoltaicos..............................................................................................44
Figura 13. Gráfico de pergunta e resposta referente a terceira questão da ocorrência dos
diferentes sistemas fotovoltaicos..............................................................................................45
Figura 1 4 . Gráfico de pergunta e resposta referente a quarta questão da ocorrência
dos diferentes sistemas fotovoltaicos........................................................................................45
Figura 15. Gráfico de pergunta e resposta referente a quinta questão da ocorrência dos
diferentes sistemas fotovoltaicos..............................................................................................46
ix
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
Tabela 1. Características técnicas da família de inversores semi-sinusoidais de um fabricante...
......................................... .........................................................................................................27
Tabela 2. População e amostra.................................................................................................38
x
RESUMO
xi
ABSTRACT
The present work has as its theme “Proposal of Implementation of a Power Generation Source
Autonomous Photovoltaic Energy to Serve Consumers. A study carried out in the neighborhood
of the 7 sobas – Malanje”. The photovoltaic energy being defined as a physical phenomenon
that allows the direct conversion of sunlight into electricity, the following starting question was
elaborated: How does the source of stand-alone photovoltaic power generation will be able to
meet the needs of consumers in the neighborhood of the 7 sobas – Malanje? Taking into account
the problem of the research, the general objective was chosen: Propose the implementation a
source of generation of autonomous photovoltaic energy to serve consumers in the 7 sobas
neighborhood – Malanje. For this we use the following theory: Theory of Solar Energy
Photovoltaics. The present scientific work is important: From the point of view of personal
view, with the realization of the proposed research, it will conclude a cycle of academic training.
In which, significant experiences and knowledge relevant are being withheld. The completion
of the research will provide the researcher a significant learning phase, as he will have the
opportunity to apply, in practice, the theoretical knowledge acquired during training and will
contribute to the aggregation of skills and abilities in carrying out research of a scientific nature.
From the social point of view deal with a survey directly linked to the social sector, the survey
may provide an instructive model that aims to know the operation of the source autonomous
photovoltaic power generation and ensure its use proper. From a scientific point of view, the
work has the importance of that photovoltaic energy systems are instruments capable of
generate energy at an adequate level for consumers. On the other hand, the search to be carried
out will contribute to science, with scientific knowledge that could be a starting point for future
research in this area. From the study carried out, it was found that the residents of the 7 Sobas
neighborhood need to consume autonomous photovoltaic energy for neighborhood lighting and
from their homes, to listen to the radio, watch TV, charge cell phones and to supply water
fountain at night and on cloudy days, as it It only works when it's sunny.
xii
ÍNDICE
FICHA CATALOGRÁFICA..................................................................................................iii
FICHA DE APROVAÇÃO......................................................................................................iv
DECLARAÇÃO........................................................................................................................v
DEDICATÓRIA.......................................................................................................................vi
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................vii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...........................................................................viii
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................................ix
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS.....................................................................................x
RESUMO..................................................................................................................................xi
ABSTRACT............................................................................................................................xii
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15
CAPITULO I- ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL/TEÓRICO.................................19
1.1. Definição de Termos e Conceitos ..................................................................... 19
1.1.1. Etimologia e Conceito de Implementação ................................................. 19
1.1.2. Etimologia e Conceito de Energia.............................................................. 19
1.1.3. Etimologia e Conceito de fotovoltaico ....................................................... 19
1.1.4. Fontes de Energia Renováveis ................................................................... 20
1.1.5. Fonte de Energia Solar Fotovoltaico- Principais Benefícios ..................... 21
1.1.6. Diferentes Sistemas Fotovoltaicos ............................................................. 22
1.1.7. Componentes de Um Sistema Fotovoltaico Autônomo ............................. 23
1.1.8. Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico Autônomo ...................... 28
1.1.9. Proteções para sistemas fotovoltaicos ........................................................ 32
1.1.10. Cablagem para sistemas fotovoltaicos ..................................................... 34
CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA............................................35
2.1. Caracterização do Campo De Estudo ............................................................... 35
2.2. Modelo de Pesquisa .......................................................................................... 35
2.3. População e amostra ......................................................................................... 37
2.4. Sujeitos da Pesquisa .......................................................................................... 38
2.5. Variáveis .......................................................................................................... 39
2.6. Técnicas e instrumentos de Recolha de Dados ................................................. 39
2.7. Procedimentos e dificuldades ........................................................................... 30
xiii
CAPITULO III- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS .................................................................................................................... 41
3.1. Ocorrência do Uso de Energia Elétrica............................................................41
3.2. Ocorrência dos Diferentes Sistemas Fotovoltaicos.......................................... 43
3.3. Ocorrência dos Benefícios da Utilização da Energia Fotovoltaica Autônomo. 46
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................... 49
RECOMENDAÇÕES........................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................ 51
ANEXOS
APÊNDICE
xiv
INTRODUÇÃO
A população não consumidora da rede eléctrica de distribuição sobre tudo os das regiões
isoladas, apresentam necessidade quanto ao consumo da energia elétrica, o tal facto têm
impacto negativo e está presente na maioria das situações que se faz uso de aparelhos eléctricos.
Para extinguir as consequências negativas, neste caso, adopta-se um sistema de geração
autônoma de energia cuja finalidade é atender a necessidades desses consumidores.
No que refere a problemática percebe-se que em Malanje ainda procura-se um cenário para
ajudar muitas famílias não consumidoras da rede eléctrica pública. Entretanto, a proposta de
implementação de fontes de geração de energia fotovoltaico autônomo poderá ajudar muitas
famílias que não consomem energia elétrica da rede pública caso obterem e beneficiarem de
uma fonte de energia solar assim como as famílias moradores do bairro dos 7 Sobas.
Nesta conformidade elaborou-se a seguinte pergunta científica: De que forma a fonte de geração
de energia fotovoltaica autônomo poderá atender à necessidade dos consumidores do bairro
dos 7 sobas – Malanje?
Tendo em conta a problemática da pesquisa, optou-se por objectivo geral o seguinte: Propor a
Implementação de fontes de geração de energia fotovoltaica autônomo para atender
consumidores do bairro dos 7 sobas – Malanje.
15
Fundamentar, na ordem teórica, definições e conceitos principais relativamente a
implementação da fonte de geração de energia fotovoltaica autônomo; associar energia
fotovoltaica as fontes de energia renováveis e limpas; apresentar os principais benefícios de
uma fonte de energia fotovoltaica; diferenciar sistemas de energia fotovoltaica; explicar os
componentes principais de um sistema fotovoltaico autônomo; dimensionar um sistema
fotovoltaico autônomo; descrever as principais proteções de um sistema fotovoltaico; citar as
características da cablagem de um sistema fotovoltaico; fundamentar a metodologia da
pesquisa; apresentar, analisar e interpretar os resultados da pesquisas e recomendar que se faça
manutenção periódica para que os equipamentos funcionem corretamente.
A Teoria de Energia Solar Fotovoltaica afirma que o sol é a principal fonte de energia do nosso
planeta. Do ponto de vista teórico esta teoria tem como principal percursor o Engenheiro
Eletricista, brasileiro Marcelo Gradella Villalva , a mesma teoria foi desenvolvida no ano 2015
na obra Energia Solar Fotovoltaica- Conceitos e Aplicações (Villalva, 2015).
Esta teoria realça que a energia do sol pode ser aproveitada como fonte de calor para
aquecimento ou para a produção de eletricidade nas formas suficiente para suprir milhares de
vezes as necessidades mundiais durante um período (Villalva, 2015).
No que diz respeito a metodologia utilizada, o trabalho tem como tipos de pesquisas:
Do ponto de vista da sua natureza, utilizou-se a pesquisa aplicada; do ponto de vista dos
objectivos, utilizou-se a pesquisa exploratória; do ponto de vista da forma de abordagem do
problema, trata-se de pesquisa mista (qualitativa e quantitativa); do ponto de vista dos
procedimentos técnicos, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, de campo e levantamento; do
ponto de vista dos métodos, utilizou-se o método indutivo e hipotético-dedutivo.
16
Entretanto para recolha dos dados, utilizou-se como instrumento da pesquisa o questionário
estruturado (com perguntas abertas e de múltipla escolha), entrevista padronizada e observação
sistemática a fim de recolher os dados.
Do ponto de vista social por se tratar de uma pesquisa ligada directamente com sector social, a
pesquisa poderá proporcionar um modelo instrutivo que visa conhecer o funcionamento dos
sistemas fotovoltaico e garantir a sua utilização adequada. Com isso, evitar acidentes eléctricos
e danos oriundos dos sistemas cujas consequências podem ser nefastas na vida social do
homem.
Do ponto de vista científico o trabalho tem como importância fazer com que as fontes de energia
fotovoltaico sejam instrumentos capazes de gerar energia a nível adequado para os
consumidores. Tais equipamentos são susceptíveis de estudos, pois para cada tipo de carga
consumidora é preciso adoptar uma fonte de energia fotovoltaico específico. Por outro lado, a
pesquisa a ser realizada contribuirá para a ciência, com conhecimentos científicos relevantes
que poderão ser de marco inicial para futuras pesquisas nessa área.
Estruturalmente, a monografia está composta por três capítulos. No primeiro capítulo, fez-se
uma abordagem de carácter teórico, onde faz referência a definição de termos e conceitos de
palavras-chave que configuram o tema. Na mesma linhagem buscou-se conceitos de alguns
autores que fizeram alguns estudos ligados com a temática em questão.
17
No terceiro e último capítulo, foi apresentado e discutido, a pesquisa do campo. Foram
aplicadas entrevistas para obter dados acerca da Implementação de Fontes de Geração de
Energia Fotovoltaico Autônomo para Atender Consumidores. Um estudo realizado no bairro
dos 7 sobas – Malanje.
Os mesmos dados foram feitos com a permissão dos Sobas pertencentes ao bairro dos 7 Sobas
(através de uma carta de pedido de autorização da realização de pesquisa); os dados foram
tratados através de análise de conteúdo que o último capítulo descreve de forma clara.
18
CAPITULO I- ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL/TEÓRICO
Segundo Moreira et al. (2019), a palavra energia provém do grego, e seu significado está
associado com a capacidade de realização do trabalho. E, afirma que o conceito científico de
energia é de difícil entendimento, por se tratar de uma grandeza física proveniente do inter-
relacionamento entre dois sistemas físicos.
Dentre as diversas formas em que se apresenta na natureza, a energia pode ser transformada de
uma forma em outra por meio dos chamados processos de conversão de energia. Entretanto,
destaca-se as principais formas de energias: energia solar, energia eólica, energia atômica ou
nuclear, energia química, energia eléctrica, energia térmica, energia mecânica e energia
magnética (Moreira et al., 2019).
O termo fotovoltaico vem do “Grego-photos” que significa luz, e de Volta, nome do físico
italiano que, em 1800, descobriu a pilha elétrica. A descoberta do fenômeno de conversão
fotovoltaica remete ao século XIX, período no qual alguns estudiosos observaram fenômenos
físicos, conhecidos como efeito fotovoltaico, que permitiam a conversão da luz em energia
elétrica (Zilles et al., 2012).
Segundo Villalva (2015), “o efeito fotovoltaico é o fenômeno físico que permite a conversão
direta da luz em eletricidade. Esse fenômeno ocorre quando a luz, ou a radiação eletromagnética
do Sol, incide sobre uma célula composta de materiais semicondutores com propriedades
específicas” (p. 63).
19
Para Zilles et al. (2012), “o efeito fotovoltaico é uma característica física intrínseca ao material
que compõe os dispositivos de conversão fotovoltaica” (p. 19).
Para dar ênfase ao efeito fotovoltaico e no tema em estudo, remete-se os seguintes conceitos na
visão dos autores subsequentes:
Na concepção de Balfour, Shaw e Nash (2019), energia fotovoltaica é a ciência que usa a
energia do sol para produzir eletricidade. Entretanto, este conhecimento, têm a sua origem a
partir do desenvolvimento de projetos de sistemas fotovoltaico.
Para Zilles et al. (2012), gerador fotovoltaico é qualquer dispositivo capaz de converter energia
solar em eletricidade por meio do efeito fotovoltaico, sendo a célula fotovoltaica o dispositivo
que constitui a unidade básica de conversão.
As fontes renováveis são limpas e seguras quando comparadas com as não renováveis. O uso
de fontes renováveis de energia para a produção de eletricidade em substituição aos
combustíveis fósseis colabora com a redução da emissão de poluentes na atmosfera e reduz o
chamado efeito estufa, apontado como responsável pela elevação da temperatura do planeta e
por mudanças climáticas observadas em todo o globo terrestre (Villalva, 2015).
Embora as fontes de energia possam ser usadas nos meios de transporte, em sistemas de
aquecimento e em outras aplicações, na maior parte do tempo o interesse reside em sua
utilização para a geração de eletricidade. O ser humano é bastante dependente da eletricidade e
20
a demanda por essa energia cresce de maneira acelerada em todo o mundo. Com isso, as fontes
renováveis têm ganhado importância crescente em muitos países na tentativa de buscar novas
alternativas para a geração de eletricidade sem agredir o planeta (Villalva, 2015).
Portanto, o Villalva (2015), conclui que, com o aumento acelerado da demanda de energia
elétrica em todo o mundo, a necessidade de diminuir a dependência de combustíveis fósseis e
a preferência por fontes de energia que não poluem, tem levado a cabo à busca de novas fontes
de energia para a geração de eletricidade, como por exemplo a energia solar fotovoltaica.
Segundo Moreira et al. (2019), energia solar é uma das fontes de energia renováveis e
inesgotáveis, proveniente das radiações eletromagnéticas emitidas pelo Sol, na forma de calor
e luz.
Na concepção de Villalva (2015), energia solar é a energia utilizada para produzir eletricidade
pelo efeito fotovoltaico, que consiste na conversão direta da luz solar em energia elétrica.
Anualmente, a superfície do nosso planeta é atingida por uma quantidade de energia, oriunda
do sol, que ultrapassa milhares de vezes o que o globo necessita para suprir suas necessidades,
para o mesmo período de tempo. Entretanto, apenas uma ínfima parte dessa luz, em forma de
radiação eletromagnética, é utilizada para produzir eletricidade através do uso de tecnologias
da engenharia (Villalva, 2015).
Entretanto, sendo a energia solar fotovoltaica obtida da conversão directa da luz solar em
eletricidade, a qual se dá através do efeito fotovoltaico, que é a transformação da energia contida
na radiação luminosa em energia elétrica, aproveitar esta energia é necessário para os padrões
de vida terrestre, pois é o caminho para encarar os actuais desafios, e os vindouros, do sector
energético nacional e mundial (Zilles et al., 2012). E o ser humano sendo bastante dependente
da eletricidade, a demanda por esse tipo de energia aumenta o tempo todo no mundo
contemporâneo.
21
Portanto, a energia solar fotovoltaica destaca-se pelos principais benefícios na concepção dos
autores subsequentes:
Para o Villalva (2015), os benefícios da energia solar fotovoltaica consistem na aplicação dos
sistemas fotovoltaicos, isto é, são instalados em qualquer local, produzindo a energia elétrica
no próprio local de consumo como também a transportas para outras localidades por meio das
linhas de transmissão ou redes de distribuição. Podem ser usados para fornecer eletricidade nos
veículos terrestres, náuticos e aeroespaciais. Reduz consideravelmente a dependência da
energia elétrica da rede pública, proporcionando economia na conta de eletricidade e imunidade
contra a elevação do preço da energia elétrica. Além do benefício econômico, não polui o meio
ambiente.
Segundo Balfour et al. (2019), os benefícios da energia solar fotovoltaica estão voltados ao
número reduzidos de blecautes em relação outras fontes de eletricidade, no baixo custo de
operação e manutenção uma vez que forem projetados e instalados adequadamente, na maior
eficiência em altitudes elevadas em função da radiação solar.
Segundo Pereira e Oliveira (2015), destaca-se três tipos de sistemas fotovoltaicos, tais como:
Os sistemas isolados ou autônomo são utilizados em locais não assistidos por uma rede elétrica,
seja por razões técnicas ou por razões econômicas. Nesse sistema, quando os receptores
consomem de imediato a energia produzida pelos módulos fotovoltaicos, no caso de não haver
qualquer dispositivo de armazenamento de energia, considera-se sistema autônomo sem
armazenamento. Em contrapartida, com o dispositivo de armazenamento de energia, ou seja,
bateria, considera-se sistema autônomo com armazenamento;
22
1.1.6.3. Sistemas Ligados à Rede
Os sistemas com ligação à rede eléctrica podem ser integrados no Regime Produtor-
Consumidor ou Regime Produtor. Um sistema de ligação à rede eléctrica permite a venda de
energia eléctrica às companhias distribuidoras de energia. Toda a energia gerada é enviada
directamente para a rede, não sendo necessárias as baterias, o que torna o sistema mais simples
e com menos manutenção.
Figura 1
Nota. Fonte: De “Energia solar fotovoltaica” de M. G. Villalva, 2015, Conceitos e Aplicações, pag.100.
A célula fotovoltaica é o dispositivo fotovoltaico básico. Uma célula sozinha produz pouca
eletricidade, então várias células são agrupadas para produzir painéis, placas ou módulos
fotovoltaicos (Villalva, 2015). Os termos módulo, placa ou painel têm o mesmo significado e
23
são usados indistintamente na literatura para descrever um conjunto empacotado de células
fotovoltaicas disponível comercialmente;
Segundo Villalva (2015), eficiência de conversão de um módulo fotovoltaico pode ser calculada
com a seguinte expressão:
𝑷𝑴𝑨𝑿
Ƞ= . 𝟏𝟎𝟎%
𝑨𝑷 . 𝑮
O controlador de carga é usado para regular a carga da bateria e prolongar sua vida útil,
protegendo-a de sobrecargas ou descargas excessivas (Balfour et al., 2019). Alguns modelos de
controladores ainda têm a função de maximizar a produção de energia do painel fotovoltaico
através do recurso denominado MPPT;
1.1.7.3. Bateria
Uma bateria pode ser definida como um dispositivo de armazenamento de energia elétrica de
Corrente Continua (CC) (Balfour et al., 2019). A presença de uma bateria é necessária para
proporcionar fornecimento constante de energia para o consumidor e para evitar desperdício da
energia gerada quando o consumo é baixo, permitindo seu armazenamento para uso posterior,
nos momentos em que houver pouca ou nenhuma radiação, no período noturno, nos dias
nublados e chuvosos;
24
Para as aplicações fotovoltaicas recomenda-se o uso de bateria estacionária, pois, esta pode ser
usada por um longo tempo e pode ser descarregada até atingir uma porcentagem menor de sua
carga máxima sem se danificar (Villalva, 2015).
A vida útil de uma bateria é determinada pelo número de ciclos de carga e descarga que ela
pode realizar como também do seu envelhecimento, que está diretamente relacionado com a
temperatura de operação ou de armazenamento (Villalva, 2015).
1.1.7.4. Inversor
O inversor CC-CA converte a energia de Corrente Continua (CC) para Corrente Alternada
(CA), para ser utilizada em eletrodomésticos, eletrônicos e outros dispositivos (Balfour et al.,
2019).
Figura 2
Nota. Fonte: De “Curso Técnico Instalador de Energia Solar Fotovoltaica” de A. S. P. Filipe & A. S. O. Manuel,
2015, pag. 151-153.
Capacidade de sobrecarga
Um inversor deve ser capaz de proporcionar potências “pico” várias vezes superiores à sua
potência nominal e durante períodos de tempo limitados.
25
Rendimento
O rendimento de inversor consiste na relação entre as suas potências de saída e de entrada,
dependendo da potência e da temperatura de funcionamento.
Estabilidade de tensão
O inversor deve manter uma tensão de saída aproximadamente constante para o circuito de
consumo, e independente da potência que se exige a cada momento, para que os aparelhos
ligados a este não se danifiquem.
Regulação em frequência
Um inversor autónomo deve manter a frequência de funcionamento constante. No caso dos
inversores sinusoidais, a regulação do inversor deverá assegurar que a frequência de saída esteja
numa margem de 50 Hz ± 2 % para qualquer condição de operação.
Arranque automático
Os inversores devem ser capazes de arrancar automaticamente quando detectarem que alguma
carga foi activada e de se desligar quando detectarem que não existem cargas ligadas à sua
saída. Desta forma, evita-se que o inversor esteja sempre em funcionamento na ausência de
consumos que exijam energia. Isto consegue-se mediante um sistema automático de detecção
de ligação de qualquer carga.
Auto-consumo
Quando um inversor não tem carga ligada, tem sempre um pequeno consumo de potência. Este
consumo deverá ser menor ou igual a 2 % da potência nominal de saída. As perdas de energia
diária originadas pelo auto-consumo do inversor, serão inferiores a 5 % do consumo diário de
energia. A maioria dos inversores inclui um sistema standby para reduzir estas perdas quando
o inversor trabalha em vazio (sem carga ligada).
26
Segurança
Os inversores utilizados nas instalações fotovoltaicas autónomas deverão estar protegidos face
às seguintes situações:
a) Desligar da bateria;
b) Curto-circuito na saída da corrente alternada;
c) Sobrecargas que excedem a duração e limites permitidos pelo inversor;
d) Sobreaquecimento dos componentes devido a condições adversas de operação. O
inversor deverá parar a operação ou limitar a potência de operação a determinados níveis
de segurança;
e) Inversão de polaridade: os inversores estarão protegidos contra a alteração da polaridade
da entrada CC.
Tabela 1
Nota. Fonte: De “Curso Técnico Instalador de Energia Solar Fotovoltaica” de A. S. P. Filipe & A. S. O. Manuel,
2015, pag. 152.
27
1.1.8. Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico Autônomo
Uma vez calculada a energia produzida por um módulo e conhecendo o valor da energia que se
deseja produzir diariamente ou mensalmente, de acordo com os critérios empregados pelo
projetista, determina-se a quantidade de módulos necessários no sistema fotovoltaico:
Np = ESISTEMA / EMÓDULO
a) A tensão de circuito aberto da string não pode ultrapassar a tensão máxima permitida na
entrada do inversor. Deve-se observar cuidadosamente esse critério, pois uma
sobretensão na entrada do inversor pode danificar o equipamento irreversivelmente.
b) O inversor deve ser especificado para uma potência igual ou superior à potência de pico
do conjunto de módulos.
Entretanto, ligar ao inversor um conjunto de módulos fotovoltaico que tem potência de pico
maior do que a suportada por ele não vai danificar o equipamento, apenas vai impedir o
aproveitamento da potência máxima do conjunto fotovoltaico, quando ele estiver operando em
sua capacidade nominal.
a) Tensão de operação
b) Corrente elétrica máxima fornecida pelos módulos.
29
Características do sistema:
Levantamento do consumo
5 x 40W x 5h = 1000 Wh
200W x 5 h = 1000 Wh
400W x 8 h = 3200 Wh
100 W x 4h = 400 Wh
350 W x h = 700 Wh
500 W x 1h = 500 Wh
EC= 1000 Wh + 1000 Wh + 3200 Wh + 400 Wh + 700 Wh + 500 Wh = 6800Wh
O número 1,77 pode ser arredondado para cima ou para baixo. Para ter um sistema de custo
menor, pode-se optar por apenas um conjunto. Para garantir que o sistema fotovoltaico atenderá
às necessidades do usuário, pode-se optar pelo emprego de dois conjuntos. Neste exemplo
vamos adotar o número 2.
A corrente máxima fornecida pelos módulos pode ser corrigida com um fator de segurança de
30%, para garantir que a corrente máxima do controlador especificado não será excedida em
nenhuma hipótese. O fator de segurança é um número prático que pode ser escolhido de acordo
com a experiência do projetista. Nesse caso, a corrente máxima de projeto será:
Dimensionamento do inversor
O inversor é escolhido de acordo com as tensões de entrada e saída especificadas para o sistema
e deve suportar a potência total dos aparelhos que serão alimentados.
31
Figura 3
Disjuntores são dispositivos de manobra que têm por função interromper o circuito elétrico
sobre condições normais, para desligamento proposital, além de interrupção em condições
específicas, como um curto circuito ou sobrecarga (Sandro, 2015).
Figura 4
Nota. Fonte: De “Comandos Elétricos” de S. Z. S. Nogueira, 2015, O Seu Guia Prático e Definitivo, pag.44.
32
O DPS é o dispositivo responsável em proteger as instalações elétricas e equipamentos contra
as sobretensões transitórias e também escoar correntes de surto para terra (Sandro, 2015).
Entretanto, para que o DPS funcione corretamente e consequentemente proteja a instalação
elétrica, é necessário que o sistema de aterramento e a equipotencialização estejam bem feitas.
Figura 5
Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos de proteção e servem para proteger as instalações elétricas contra
curto-circuito ou sobrecargas (Sandro, 2015). A operação do fusível tem por base seu elo
fusível, um condutor de alta resistência que aquece mais que os outros componentes
com a passagem de corrente, provocando sua atuação.
Figura 6
Nota. Fonte: De “Comandos Elétricos” de S. Z. S. Nogueira, 2015, O Seu Guia Prático e Definitivo, pag.36.
33
1.1.10. Cablagem para sistemas fotovoltaicos
a) Os cabos utilizados na parte posterior dos painéis devem suportar no mínimo uma
temperatura de 80 °C;
b) Os cabos devem ser resistentes à radiação UV e flexíveis;
c) Para uma eficaz protecção de terra e de curto-circuito, são recomendados cabos isolados
monopolares para os condutores positivos e negativos;
d) Para as instalações fotovoltaicas localizadas em lugares onde existe o risco de descargas
atmosféricas, deverão ser usados cabos com ecrãs/blindagens.
e) De acordo com a norma europeia CEI 60364-7-712, o cabo da fileira tem de ser capaz
de transportar 1,25 vezes a corrente de curto-circuito do gerador, e estar protegido contra
falhas de terra e curto circuitos;
f) Os cabos devem ser dimensionados de tal forma que a queda de tensão entre o gerador
fotovoltaico e o inversor seja inferior a 1,5 %;
Figura 7
Nota. Fonte: De “Curso Técnico Instalador de Energia Solar Fotovoltaica” de A. S. P. Filipe & A. S. O. Manuel,
2015, pag. 159.
34
CAPITULO II - FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA
Este estudo foi desenvolvido na província de Malanje, município de Malanje, Bairro dos 7
Sobas que, delimita-se a Norte com o Bairro da Cahála, a Sul com Vila Ngombe, a Leste com
Cambondo do Cuíji e a Oeste com Camatende.
1. Levantamento bibliográfico;
35
2.2.3. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema
Pesquisa qualitativa é aquela que considera a relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não
pode ser traduzido em números (Prodanov & Freitas, 2013).
Quanto às etapas da pesquisa bibliográfica, Prodanov e Freitas (2013) destacam alguns itens
essenciais que se caracterizam como etapas imprescindíveis para a realização da pesquisa
bibliográfica:
1) escolha do tema;
3) formulação do problema;
6) leitura do material;
7) fichamento;
9) redação do texto.
36
Segundo Prodanov e Freitas (2013):
Prodanov e Freitas (2013), destacam que, levantamento é o tipo de pesquisa que ocorre quando
envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento desejamos conhecer através de
algum tipo de questionário.
Para Farbe e Larson (2015), uma população é a coleção de todos os dados (resultados, respostas,
medições ou contagens) que são de interesse. Enquanto que uma amostra é um subconjunto ou
parte de uma população.
Segundo Gil (2017), amostragem estratificada caracteriza-se pela seleção de uma amostra de
cada subgrupo da população considerada. O fundamento para delimitar os subgrupos ou estratos
pode ser encontrado em propriedades como sexo, idade ou classe social.
37
2.4. Sujeitos da Pesquisa
O presente trabalho foi realizado com 1493 sujeitos de pesquisa que são os moradores do Bairro
dos 7 Sobas, entre eles destacamos 7 indivíduos (os 7 Sobas) como amostra que responderam
o formulário da entrevista.
Tabela 2
População e amostra
M F M F
População Amostra
700 793 7 0
A população é composta pelo somatório de todos subgrupos dos moradores do bairro dos 7
sobas, dos quais, cada é dirigida por um determinado soba.
1. Soba: subgrupo composto por 311 pessoas, dentre eles, 142 masculino e 169
femenino;
2. Soba: subgrupo composto por 217 pessoas, dentre eles, 103 masculino e 114
femenino;
3. Soba : subgrupo composto por 190 pessoas, dentre eles, 87 masculino e 103
femenino;
4. Soba : subgrupo composto por 140 pessoas, dentre eles, 69 masculino e 71 femenino;
5. Soba : subgrupo composto por 280 pessoas, dentre eles, 138 masculino e 142
femenino;
6. Soba: subgrupo composto por 220 pessoas, dentre eles, 98 masculino e 112
femenino;
38
7. Soba: subgrupo composto por 135 pessoas, dentre eles, 63 masculino e 72 femenino.
Os moradores do Bairro dos 7 Sobas estudados têm idades compreendidas entre 0 a 95 anos.
Praticam actividades da agricultura, criação de animais e comércio para o seu sustento.
2.5. Variáveis
Variável independente (X) é aquela que influencia, determina ou afeta outra variável;
Para a elaboração do presente trabalho, a recolha de dados foi feita baseando-se na elaboração
e utilização de questionários estruturados (com perguntas abertas e de múltipla escolha),
entrevista padronizada e observação sistemática; um questionário dirigido para cada soba
morador do bairro dos 7 sobas e um questionário utilizado pelo pesquisador, na observação
sistemática da realidade do campo de estudo
39
pesquisas que têm como objetivo a descrição precisa dos fenômenos ou o teste de hipóteses
(Prodanov & Freitas, 2013).
O questionário estruturado é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por
escrito pelo informante (respondente). Nele deve conter uma linguagem simples e direta, para
que o respondente compreenda com clareza o que está sendo perguntado (Prodanov & Freitas,
2013).
Perguntas abertas permitem que o informante responda livremente. Nesse caso, a análise dos
dados é difícil, cansativa, demorada;
Perguntas de múltipla escolha são perguntas fechadas, mas apresentam uma série de respostas
possíveis.
Nos casos de múltipla escolha, os respondentes optarão por uma das alternativas, ou por
determinado número permitido de opções.
De acordo com a pesquisa de campo, chegou-se à instituição por intermédio de uma carta dada
ao Departamento Científico do ISCAT, de modo a nos facilitar a realização da pesquisa. Desta
feita a pesquisa foi realizada usando o instrumento de pesquisa (entrevista), que serviu como
via facilitadora na recolha de informações, onde cada Soba do Bairro dos 7 Sobas teve um
formulário preenchido com perguntas.
Teve-se sucesso no que concerne a entrega da carta dirigida aos 7 Sobas do Bairro, na mesma
sintonia fez-se a entrega da carta com o formulário da entrevista, fomos bem recebidos pelos
Sobas e pela população, e no mesmo dia nos entregaram os formulários devidamente
preenchidos com as respectivas respostas.
40
CAPITULO III- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
Nesta ocorrência fez-se questões do género: Aqui no bairro dos 7 Sobas tem energia elétrica da
rede pública (ENDE)?; como tem sido a vida local sem energia elétrica?; tens necessidade de
consumir energia electrica?; porquê necessitas do consumo de energia eléctrica?
Figura 8
0
1 SOBA 2 SOBA 3 SOBA 4 SOBA 5 SOBA 6 SOBA 7 SOBA
SIM NÃO EM ALGUMAS ÁREAS
No que diz respeito a distribuição da energia elétrica da rede pública, figura 8, os 7 indivíduos
entrevistados responderam por unanimidade que no bairro não tem energia da rede. Entretanto,
isto é um dos indicadores para o consumo de energia eléctrica.
Entretanto, Villalva (2015), realça que o ser humano depende da energia elétrica para quase
tudo. Em casa, no trabalho, no lazer e em todos os lugares, pois, o modo de vida moderno apoia-
se cada vez mais na energia elétrica.
41
Figura 9
20
0
1 SOBA 2 SOBA 3 SOBA 4 SOBA 5 SOBA 6 SOBA 7 SOBA
BOA MAU NORMAL
Fonte. Dados da pesquisa de campo.
Relativamente a figura 9, os entrevistados responderam que tem sido mau. Deste modo, A falta
de energia elétrica tem ocasionado fraco desenvolvimento local, dificultando certas atividades
desses moradores.
Figura 10
20
0
1 SOBA 2 SOBA 3 SOBA 4 SOBA 5 SOBA 6 SOBA 7 SOBA
SIM NÃO TALVEZ
E quando questionamos se têm necessidade de consumir energia elétrica, figura 10, os sete
entrevistados responderam que sim. Entretanto, presume-se que o consumo de energia é
importante para os padrões de vida desses moradores
a) O primeiro entrevistado respondeu que necessita para ter iluminnação pública no seu
bairro e para abastecer o fontanário em todo momento, já que o mesmo, depende da
42
energia solar que muitas vezes dificulta bombeamento da água devido os dias que
não nasce o sol;
b) O segundo entrevistado respondeu que necessita de modo a abastecer as ruas, pois
de noite tem havido deliquêntes e também para a energia abastecer o fontanário;
c) O terceiro entrevistado respondeu que necessita de consumir energia elétrica para
ouvir rádio, para ter iluminação na sua residência e principalmente para abastecer a
fonte de água de modo a sair água nos dois períodos (dia e noite).
d) O quarto entrevistado respondeu que necessita de consumir energia elétrica para
assistir TV, ouvir Rádio, carregar telemóvel para conversar com a família que está
na cidade e em Luanda;
e) O quinto entrevistado respondeu que necessita de consumir energia elétrica para ter
iluminação na sua casa e nos arredores do Bairro e não só, como também poder ouvir
rádio e assistir TV;
f) O sexto entrevistado respondeu da mesma forma que o quinto entrvistado;
g) O sétimo entrevistado respondeu que necessita de consumir energia elétrica para
carregar o telemóvel e ouvir Rádio.
Nesta ocorrência fez-se questões do género: Se porventura houvesse uma fonte de geração de
energia elétrica de baixo custo para sua casa, terias adquirido?; já ouviu falar sobre a energia
fotovoltaica autônomo (energia solar)?; o (a) senhor (a) sabia que a energia fotovoltaica
autônomo (energia solar) pode abastecer apenas a sua residência?; quantos moradores do bairro
dos 7 Sobas necessitam fazer o uso de energia fotovoltaica autônomo ?; se por acaso, os teus
vizinhos não tiverem possibilidade de adquirir a fonte de energia fotovoltaica autônomo. O (A)
senhor (a) ainda assim teria adquirido? e quais os meios electrodomésticos gostaria que
funcionassem com a fonte de energia fotovoltaica autônomo?
43
Figura 11
Relativamente a questão da figura 11, houve contraditório nas respostas, dos 7 entrevistados 5
responderam que sim e dois responderam que talvez.
Tendo em conta as respostas, conclui-se que nem todos moradores têm o mesmo poder de
compra, ou seja, alguns apresentam instabilidade econômica.
Figura 12
Para pergunta da figura 12, todos os entrevistados, responderam que já ouviram falar sobre
energia fotovoltaica autônomo (energia solar), isso deve-se ao facto de haver no seu bairro um
fontanário que funciona com a energia solar.
44
Figura 13
Para pergunta da figura 13, todos os entrevistados, responderam que não sabiam, pois eles
tinham em mente que a energia fotovoltaica autônoma servisse para abastecer todas as
residências em simultâneo, pois, o problema é coletivo.
Figura 14
Nesta senda, a falta de energia da rede pública motiva certos moradores optarem por qualquer
fonte disponivel.
45
Figura 15
De acordo com as respostas dos entrevistados, percebeu-se que nem todos os moradores se
encontram com as mesmas disponiblidade financeira de adquirir um sistema fotovoltaico, visto
que uns dedicam-se apenas da agricultura para o seu sustento enquanto que outros dependem
da agricultura, criação de animais e comércio que consequentemente gera lucros.
Paras essa questão, todos os entrevistados responderam que os meios electrodomésticos que
gostariam que funcionassem são: TV, Rádio, Telefone, Ferro de engomar e Arca.
Tendo em conta as respostas, conclui-se que esses meios são comuns nas residencias.
Nesta ocorrência fez-se questões do género: Quais são os benefícios que a energia fotovoltaica
(solar) pode trazer no seu bairro?; uma fonte de geração de energia fotovoltaica autônomo pode
ser projectada para abastecer as residências em dois momentos: com e sem sol (dias nublados
e noite), entretanto, ficaria mais econômico se abastecesse apenas no momento de sol e, um
pouco mais caro nos dois momentos. Dessa forma atendendo as tuas possibilidades, quais deles
preferes?; o (a) senhor (a) sabia que existe um dispositivo que serve para armazenar energia
46
afim de ser utilizado nos dias nublados e no período nocturno, numa fonte de geração de energia
fotovoltaica autônomo?
Quais são os benefícios que a energia fotovoltaica (energia solar) pode trazer no seu
bairro?
Portanto, Villalva (2015), destaca os principais benefícios da energia solar fotovoltaica: um dos
quais, pode ser instalado em qualquer local, produzindo a energia elétrica no próprio local de
consumo. Deste modo, pode-se efetivar o ponto de vista desses moradores.
Uma fonte de geração de energia fotovoltaica autônomo pode ser projectada para
abastecer as residências em dois momentos: com e sem sol (dias nublados e noite),
entretanto, ficaria mais econômico se abastecesse apenas no momento de sol e, um pouco
mais caro nos dois momentos. Dessa forma atendendo as tuas possibilidades, quais deles
preferes?
47
O (A) senhor (a) sabia que existe um dispositivo que serve para armazenar energia afim
de ser utilizado nos dias nublados e no período nocturno, numa fonte de geração de
energia fotovoltaica autônomo?
Dos entrevistados, seis deles responderam que não e apenas um deles respondeu que sim.
Quando perguntamos qual é? A resposta foi uma bateria para armazenamento da carga elétrica.
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
49
RECOMENDAÇÕES
Em harmonía com a pesquisa de campo e as constatações feitas, sobre o estudo referido, existe
uma certa vontade para intensificar o assunto relacionado com a Proposta de Implementação de
Fontes de Geração de Energia Fotovoltaico Autônomo para Atender Consumidores. Um estudo
realizado no bairro dos 7 sobas– Malanje, o que têm causado vários impactos na vida dos
moradores daquele bairro. Acreditamos ser razoável sugerir com alguns princípios que podem
ajudar a melhorar na implementação de energia fotovoltaica autónomo naquele bairro:
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Balfour J., Shaw, M. & Nash, N. B. (2019). Introdução ao projeto de sistemas fotovoltaicos (1ª
ed.). LTC.
Farbe, B. & Larson, R. (2015). Estatística aplicada(6ª ed.). Pearson Education do Brasil.
Moreira, J., Neto, A., Amaral, A., Leite, B., Pacheco, C., Sowmy, D., Zachariadis, D.,
Ioshimoto, E., Yamada, E., Fadigas, E., Kato, E., Barreto, G., Costa, H., Chabu, I.,
Escobar, J., Grimoni, J., Rodrigues, J., Messias, L., Neves, L., ... Parente, V. (2019).
Energias renováveis, geração distribuída e eficiência energética. LTC.
Nogueira, S. Z. S (2015). Comandos Elétricos: O Seu Guia Prático e Definitivo (1ª ed.). Edição
do autor.
Pereira, F.A.S. & Oliveira, M. A. S. (2015). Curso Técnico Instalador de Energia Solar
Fotovoltaica (2ª ed.). Publindústria.
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ANEXOS E APÊNDICES
ANEXO A- Componentes de Uma Fonte de Geração de Energia Fotovoltaico Autônomo.
Figura 1
Componentes de uma fonte de geração de energia fotovoltaico autônomo.
Apresentação
Uma fonte de geração de energia fotovoltaico autônomo é composto de um ou mais
módulos fotovoltaicos, um controlador de carga, uma bateria e um inversor que
transforma a tensão contínua em tensão alternada.
Como funciona
O painel solar capta as radiações solares e a converte em Corrente Contínua que por sua
vez chega até ao controlador de carga que tem a função de regular, carregar e manter a
tensão da bateria ou mesmo encaminhar a Corrente Contínua para o inversor de
frequência que a converte em Corrente Alternada, que por sua vez chega até ao
consumidor final.
ANEXO B- Solicitação de Autorização para a Pesquisa
APÊNDICE - Questionário De Entrevista