4 Glicolise MEG Compressed

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 41

A VIA GLICOLÍTICA

Profa. María Eugenia Guazzaroni

1
GLICOSE – PRINCIPAL NUTRIENTE DOS ORGANISMOS VIVOS

• Rica em energia potencial (DG’o oxidação= -2840 KJ/mol)


• estocável
Aminoácidos
• precursor biossintético Nucleotídeos
Ácidos graxos

Destinos principais (animais)

2
GLICOSE – PRINCIPAL NUTRIENTE DOS ORGANISMOS VIVOS

• via central do catabolismo


• universal / evolutivamente conservada

• Glicose: essencialmente única fonte de energia em ≠ células:

- eritrócitos
- cérebro*
- medula renal
- espermatozoides

• muitos microrganismos anaeróbicos completamente dependentes


da glicólise
3
Glicólise ou rota de Embden-Meyerhof

Inicialmente elucidada por Gustav Embden e Otto Meyerhof,


na década de 1930

4
VISÃO GERAL DA GLICÓLISE

Fase 1 – “Fase preparatória” CITOSOL

Quebra da glicose em
2 moléculas de 3C

Consumo de 2 moléculas de ATP

Ativação da glicose

5
Fase 2 – “Fase de Pagamento”

conservação de energia
(por mol de glicose)

4 ADP + 4 Pi → 4 moles de ATP

2 NAD+ + H- → 2 moles NADH + H+

• retenção intracelular
Intermediários fosforilados • ativação
• conservação da energia 6
REAÇÕES DA FASE PREPARATÓRIA

7
Passo 1

-1
ATP

irreversível sob
condições fisiológicas

• Hexoquinase - enzima regulatória


• inespecífica, ubíqua

A fosforilação impede a saída da glucose da célula. Ao adicionar um grupo fosfato à


glicose, ela se torna uma molécula carregada negativamente e é impossível atravessar
passivamente a membrana celular, mantendo-a aprisionada dentro da célula

8
Passo 2

reversível

Passo 3

-1
ATP

irreversível
• Fosfofrutoquinase 1– enzima regulatória
9
Passo 4

reação reversível

Reaction endergonic under standard conditions and


exergonic under intracellular conditions

10
Passo 5

degradação Rápido, reversível

Conversão da dihidroxicetona P em gliceraldeído 3P, a única triose que


pode continuar sendo oxidada

EQUAÇÃO GERAL DA FASE PREPARATÓRIA:


Glicose + 2 ATP → 2 ADP + 2 Gliceraldeído-3-P
11
REAÇÕES DA FASE DE PAGAMENTO

12
Passo 6
e

Reação redox

Alto potencial de transferência


de grupo fosforil

13
Passo 7

ATP

• Fosforilacão a nível de substrato

Passo 6 + Passo 7 => processo de acoplamento de energia

G-3-P + Pi + NAD+ → 1,3-bisfosfoglicerato + NADH + H+ DG’0 = 6,3 KJ/mol

1,3-bisfosphoglicerato + ADP → 3-fosfoglicerato + ATP DG’0 = -18,5 KJ/mol

G-3-P + Pi + NAD+ → 3-fosfoglicerato + ATP + NADH + H+ DG’0 = -12,5 KJ/mol


14
Passo 8
Se reposiciona o grupo
fosfato (ligado ao carbono
3), dando origem ao 2-
fosfoglicerato (fosfato ligado
ao carbono 2), preparando o
substrato para a próxima
reação.

reversível

Passo 9

Alto potencial de
transferência de
grupo fosforil

reversível

15
Passo 10

ATP

irreversível
• Fosforilacão a nível de substrato

• piruvato quinase – enzima regulatória

EQUAÇÃO GERAL DA FASE DE PAGAMENTO


2 Gliceraldeído-3-P + 4 ADP + 2 Pi + 2 NAD+ →
2 Piruvato + 4 ATP + 2 NADH + 2 H+ + 2 H2O

16
Tendo em conta que por cada molécula de gliceraldeído-3-
fosfato produz-se duas moléculas de ATP, na glicólise são
produzidos ao todo 4 ATPs e gastos 2.

O saldo energético é de 2 moles de moléculas de ATP e 2


NADH por mol de glicose consumida.

17
ENERGIA RESTANTE NA MOLÉCULA DE PIRUVATO

Glicose → CO2 + H2O DG’0= - 2840 KJ/mol


Glicose → 2 piruvato DG’0= - 146 KJ/mol

5% da energia em
comparação à obtida por
oxidação total

18
Principais vias metabólicas: Glicólise

19
Destinos do piruvato

Fermentação Fermentação
alcoólica lática

TCA

OBS: definição química de


fermentação - doador e
aceptor de elétrons são
compostos orgânicos

20
FERMENTAÇÃO

Degradação anaeróbica de glicose ou outros


nutrientes orgânicos (ATP)

POR QUE OCORRE??

21
Equação geral da glicólise

Glicose + 2NAD+ + 2ADP + 2Pi → 2piruvato + 2NADH + 2H+ + 2ATP + 2 H2O

Oxidação do NADH
• aeróbica – cadeia respiratória

• anaeróbica ???

Fermentação
Tecidos (células) que fermentam
mesmo em condições aeróbicas

22
FERMENTAÇÃO LÁTICA E
PRODUTOS DERIVADOS DO LEITE

23
Microorganismos que fermentam lactose

• Lactobacillus sp.
• Streptococcus sp.

(Gal(b1®4)Glc)

Por que
Precipitação de • Queijos precipita a
caseína
• Iogurtes caseína?

24
FERMENTAÇÃO LÁTICA Hexoses ’ Piruvato ’ Lactato
(glicose)

Oxidação de NADH, e
regeneração de NAD+

Equação Geral:
Glicose + 2 ADP + 2 Pi ’ 2 lactato + 2 ATP + 2 H2O 25
FERMENTAÇÃO LÁTICA EM MICROORGANISMOS

lactase

Glicose + Galactose

Streptococcus sp. Acumulo de lactato causa caries nos dentes

Lactobacillus sp. Acumulo de lactato reduz o pH e causa precipitação de


caseína de leite – passo essencial na produção de iogurte e queijos
26
ACOPLAMENTO DA VIA GLICOLÍTICA E FERMENTAÇÃO LÁTICA

Rendimento líquido: 2 ATP/molécula de glicose

27
FERMENTAÇÃO LÁTICA E
EXERCÍCIO FÍSICO

28
Atleta em corrida de 100 m
Déficit de O2 no músculo (intenso esforço físico)

Glicogênio glicose lactato ATP

Concentração muito elevada de ácido lático, prejudica


o funcionamento da célula

dor muscular (sinal de alerta) -> induzindo o fim da


atividade para repouso -> restabelecimento da
capacidade fisiológica do órgão.

Período de recuperação (atleta – 30 min)

CICLO
DE CORI
29
FERMENTAÇÃO LÁTICA E EXERCÍCIO FÍSICO EM
CONDIÇÕES ANAERÓBICAS
• Atleta em corrida de 100 m gera déficit de O2 no músculo.

• Conversão de piruvato em lactato garante a produção de ATP via glicólise


no músculo.

• Redução de pH pode causar câimbra – lactato transportado do músculo ao


fígado para conversão em piruvato.

Conversão pelo Ciclo de Cori

30
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA

31
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA –
Leveduras em condições anaeróbicas

Oxidação de NADH,
e regeneração de
NAD+

Equação Geral
Glicose + 2 ADP + 2 Pi " 2 etanol + 2 CO2 + 2 ATP + 2 H2O
32
Leveduras
Outros microorganismos

Ausente em
• vertebrados
• organismos que fazem
fermentação lática

fígado
• Etanol ingerido
• Microorganismos
intestinais (produzem
etanol)

33
ACOPLAMENTO DA VIA GLICOLÍTICA E FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA

Rendimento líquido: 2 ATP/molécula de glicose

34
VÁRIAS AÇUCARES PODEM ALIMENTAR GLICÓLISE

35
GLICOGÊNIO
Degradação até glicose 6P (entrada direita na Glicólise)

36
Regulação da Via Glicolítica
no Nível da Enzima

37
Princípios de Regulação das Vias Metabólicas

Dois tipos de reação:

1) Velocidade da reação controlada pela atividade


catalítica da enzima (“rate-limited”).
- reações irreversíveis (DG negativa – reações não
estão em equilíbrio químico).
- atividade catalítica da enzima regulada
(alosterismo)

2) Velocidade da reação controlada pela


concentração do substrato (“substrate-limited”).
- reações reversíveis (DG perto de zero – reações
em equilíbrio químico).
- atividade catalítica da enzima limitada
somente pela concentração do substrato
38
As Enzimas de Glicólise

1. Hexokinase
2. Phosphoglucose
Isomerase

3. Phosphofructokinase

5. Triose Phosphate
Isomerase
4. Fructose 1,6-bisphosphate Aldolase

7. Phosphoglycerate
Kinase
6. Glyceraldehyde-3-Phosphate Dehydrogenase

8. Phosphoglycerate
9. Enolase Mutase

10. Pyruvate Kinase

39
Enzimas Reguladas da Via Glicolítica

Enzima Inibidor Ativador


alostérico alostérico
Hexoquinase G6P

Fosfofructoquinase ATP, citrato, PEP ADP, AMP, cAMP,


FBP, F2,6P, F6P,
NH4+, PO42-
Piruvato quinase ATP, acetyl-CoA, PEP, FBP
acidos graxos

Substrato Produto

40
Regulação de Fosfofructoquinase (PFK) - tetrámero

41

Você também pode gostar