Compactação do Solo - Luan Friedrich - L1

Luan Friedrich Barros de Oliveira – Tuma L1
Compactação do Solo
Introdução
A compactação do solo, resultante da aplicação de pressão pelo uso de maquinário agrícola ou pelo
pisoteio animal, é uma das principais razões para a deterioração física dos solos usados na agricultura
em todo o mundo. Esse processo reduz o volume do solo quando não está saturado, o que pode levar a
uma série de problemas, como dificuldade de drenagem, aumento da erosão e restrição do crescimento
das raízes das plantas (Silva, Pedro Luan. 2021, p. 25, apud Richart et al. 2005). Segundo Laíres Sales
et al., (2022, p. 02, apud Mckenzie & Research., 2010). “Esse fenômeno pode inibir a infiltração no solo,
dificultando o desenvolvimento de culturas, uma vez que vem a prejudicar a penetração de raízes,
comprometendo a absorção de água e nutrientes.” Alguns estudiosos, como Keller & Lamandé (2010),
destacam que a compactação do solo acarreta uma série de questões agronômicas, ambientais e
econômicas. Por isso, é crucial monitorar áreas afetadas por esse problema e implementar um manejo
integrado desses solos (Laíres Sales et al., 2022, p. 02, apud Magalhães et al., 2013).
Impactos negativos da compactação do solo

Segundo Soares, Silva, Pedro Luan. (2021, p. 26 apud Cherubim et al., 2016), “As práticas
inadequadas de manejo do solo tendem a elevar o grau de compactação e comprometer a
estabilidade estrutural.”. O aumento do peso das máquinas agrícolas resultou em
consequências negativas para o solo, como a redução de sua funcionalidade, variação nas
taxas de produção das culturas e aumento do risco de inundação em áreas agrícolas (Silva,
Pedro Luan. 2021, p. 26 apud Keller et al., 2019), Solos que foram degradados e têm alta
resistência à penetração podem causar estresse hídrico nas plantas devido ao crescimento
limitado do sistema radicular e à redução da capacidade de absorção de água nas camadas
mais profundas do solo (Silva, Pedro Luan. 2021, p. 26 apud Silva et al., 2015). Conforme
notado por Sartor (2020), a compactação do solo geralmente se aprofunda, principalmente
devido ao pisoteio dos animais, que alteram a estrutura dos agregados do solo (Silva, Pedro
Luan. 2021, p. 26 apud Sartor et al., 2020).
Resistência à penetração no solo compactado
A resistência do solo à penetração, medida por um penetrômetro, é um indicador secundário de
compactação e não reflete diretamente as condições físicas do solo. Essa resistência é
influenciada por vários fatores, sendo o teor de umidade do solo o mais significativo. Além
disso, a textura do solo também desempenha um papel importante, tornando as medições de
resistência à penetração úteis apenas para comparações entre os mesmos tipos de solo e com
o mesmo teor de umidade. Embora seja amplamente utilizada devido à sua praticidade, a
resistência à penetração apresenta limitações e suas leituras podem variar dependendo das
condições do solo e da umidade. Quando o solo atinge a capacidade de campo, a relação
entre resistência à penetração e densidade aparente pode ser bastante variável. A
compactação do solo ocorre quando há pressão sobre ele, levando à quebra dos agregados e
ao aumento da densidade global. Isso resulta na diminuição dos poros do solo, o que limita a
troca de gases, o movimento de nutrientes na água e a taxa de infiltração de água no solo.
Com o aumento da densidade do solo, a resistência à penetração aumenta, levando a um
sistema radicular superficial e a uma maior demanda de potência durante o cultivo (Evandro
Chartuni Mantovani. 1987, p. 54 e 55). Segundo Hatano et al. (1988), a porosidade do solo tem
uma relação significativa com o crescimento das raízes das plantas, sendo que o maior
crescimento ocorre onde há mais macroporos e uma continuidade maior entre eles. Portanto,
quando a resistência de penetração do solo aumenta, isso prejudica o sistema radicular das
culturas. Um exemplo disso é o aumento do diâmetro das raízes na camada compactada e a
redução do diâmetro das raízes para penetrar poros menores, já que a resistência do solo
estimula o crescimento de raízes laterais mais finas (Alfredo Richart et al. 2005, p. 333 apud
MATERECHERA et al., 1992; RUSSEL; GOSS, 1974).
Sugestões para a melhoria na estrutura do solo
Para evitar a compactação do solo, é importante proporcionar uma adequada drenagem, tanto na
superfície quanto na subsuperfície do solo, e utilizar princípios de "preparo conservacionista" para
minimizar a desagregação do solo. Isso cria condições essenciais para uma rápida germinação, um
bom stand final e um rápido desenvolvimento de plantas. Além disso, é recomendado o uso de
equipamentos mais leves durante as operações agrícolas e a redução da pressão do pneu no solo, seja
através de pneus mais largos ou de rodagem dupla, para minimizar o impacto sobre a estrutura do solo
(Evandro Chartuni Mantovani. 1987, p. 55). Uma maneira de resolver esse problema é através da
escarificação, que pode ser realizada de forma mecânica ou biológica. A escarificação mecânica é feita
com o uso de equipamentos agrícolas, como o escarificador, enquanto a escarificação biológica envolve
o cultivo de plantas com raízes profundas e vigorosas, como o nabo forrageiro. Essas plantas ajudam a
melhorar a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água, promovendo a
formação de poros maiores e aumentando o teor de matéria orgânica, além de preservar a vida
microbiana do solo (Laíres Sales et al., 2022, p. 02 apud Mansano, 2020; Ribeiro, 2019).
Conclusão
Assim, com base nos assuntos discutidos acima, é evidente que a compactação do solo
representa um desafio significativo que impacta a maioria das áreas agrícolas. Isso ocorre
devido à aplicação inadequada de práticas de manejo do solo. Portanto, há uma necessidade
urgente de aumentar a conscientização e o conhecimento sobre esse problema na sociedade,
para que medidas adequadas possam ser implementadas (Laíres Sales et al., 2022, p. 08). Ao
utilizar máquinas agrícolas, é essencial considerar o tipo de pneu e sua pressão de inflação,
pois isso afeta a distribuição da pressão no solo. Também é importante reduzir a movimentação
de equipamentos pesados, especialmente em solos saturados. Operações como aração e
gradagem, devem ser alternadas em diferentes profundidades para evitar a compactação do
solo. Periodicamente, é recomendável descompactar o solo com subsoladores e
escarificadores. Essas práticas visam preservar as características físicas do solo e prevenir sua
degradação, promovendo a sustentabilidade das áreas agrícolas (Alfredo Richart et al., 2005,
p. 335). Portanto, é fundamental realizar estudos futuros com amostras representativas da
sociedade em diversas regiões e com diferentes grupos demográficos, abrangendo diversas
faixas etárias. Isso permitirá compreender melhor o comportamento da população, suas
atitudes, conhecimentos e desejos relacionados ao uso do solo. Essas informações são
essenciais para orientar ações eficazes e promover um uso consciente dos recursos do solo
(Laíres Sales et al., 2022, p. 08).
Referências Bibliográficas
de trabalho aumenta., E. C. M. V. 1/ a. E. (1975) Compactação do solo, Embrapa.br. Disponível em:
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/475654/1/Compactacaosolo.pdf (Acesso em: 5
de abril de 2024).
Reis, L. S. et al. (2022) “Compactação do Solo: Uma visão Agronômica e Ambiental”, Research, Society
and Development, 11(5), p. e40011528487. doi: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28487 (Acesso em: 5
de abril de 2024).
Semina: Ciências Agrárias (sem data) Redalyc.org. Disponível em:

https://www.redalyc.org/pdf/4457/445744077016.pdf (Acesso em: 5 de abril de 2024).
da Silva, P. L. F. (2021) “Compactação e seus efeitos sobre o funcionamento do solo e a absorção de

nutrientes pelas plantas: Uma revisão bibliográfica”, Meio Ambiente (Brasil), 3(2). Disponível em:
https://meioambientebrasil.com.br/index.php/MABRA/article/view/119 (Acesso em: 5 de abril de 2024).

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