Seminario%20Sociologia%20-%20Foucault.pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

ÁREA DA EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

ÁDRIA EMANUELLE CUNHA DA SILVA

ELIZANDRA DA SILVA DIAS

ELIZANDRA LANZARINI

JESSICA SANTOS SILVA

NICOLE DORSE

THAMIRIS DA CUNHA DIAS

CHAPECÓ-SC

2020.
ÁDRIA EMANUELLE CUNHA DA SILVA

ELIZANDRA DA SILVA DIAS

ELIZANDRA LANZARINI

JESSICA SANTOS SILVA

NICOLE DORSE

THAMIRIS DA CUNHA DIAS

FOUCAULT, MICHEL. VIGIAR E PUNIR: CORPOS DÓCEIS

Trabalho apresentado à disciplina de Sociologia


da Educação, para obtenção de nota parcial, no
curso de Pedagogia, área de Ciências da
Educação, da Universidade Federal da Fronteira
Sul.

Professor: Antônio Inácio Andrioli

CHAPECÓ-SC

2020.
Sobre o autor: Michel Foucault foi um filósofo francês, que exerceu grande influência sobre
os intelectuais contemporâneos. Ficou conhecido por sua posição contrária ao sistema
prisional tradicional. Nasceu em Poitiers, França, no dia 15 de outubro de 1926. Estudou no
Lycée Henri IV e em seguida na École Normale Supérieure, em Paris, onde desenvolveu um
interesse pela filosofia. Michel Paul Foucault nasceu em Poitiers, França, no dia 15 de
outubro de 1926. Estudou no Lycée Henri IV e em seguida na École Normale Supérieure, em
Paris, onde desenvolveu um interesse pela filosofia.
Em 1966, após deixar Clemont, Foucault lecionou na Universidade de Tunis,
permanecendo até 1968, quando retornou à França e passou a chefiar o departamento de
filosofia da nova universidade experimental de Paris. Em 1970, passou a lecionar História do
Pensamento no Colégio de França. Foucault veio cinco vezes ao Brasil, a primeira foi em
1965. As teorias de Foucault abordam principalmente a relação entre o poder e o
conhecimento, e como elas são usadas com o objetivo de controle social através das
instituições. Embora citado como estruturalista e pós-modernista, Foucault rejeitou esse
rótulo, preferindo apresentar seu pensamento como uma história crítica da modernidade. Suas
teorias influenciaram acadêmicos, que trabalham em estudos de sociologia, teoria literária,
teoria crítica, comunicação, e também alguns grupos ativistas.

Apresentação do livro Vigiar e Punir: Vigiar e Punir é sem dúvida um tratado histórico
sobre a pena enquanto meio de coerção e suplício, meio de disciplina e aprisionamento do ser
humano, revelando a face social e política desta forma de controle social aplicado ao direito e
às sociedades de outrora, especialmente naquelas em que perdurou por muitos séculos o
regime monárquico.
A obra dividida pelo autor quatro partes, traz a forma de punição típica que perdurou
até o fim do século XVII e princípio do século XVIII predominantemente na Europa onde o
sistema de governo monárquico predominou, pontuando que o castigo da pena aplicado aos
condenados travestia-se como um sofrimento físico incessante e brutal aplicado ao corpo dos
mesmos. Narra contextos históricos principalmente desenvolvidos na França com numerosas
maneiras de aplicação de flagelo humano, onde o poder soberano do estado mitiga qualquer
forma de expressão dos direitos fundamentais inerentes à própria existência da pessoa
enquanto sujeito de direitos.
Genealogia do poder:

Trata-se do conceito que Foucault utiliza para construir a análise contida em Vigiar e
Punir. O autor busca se desviar de uma perspectiva linear de analisar a história, inspirando-se
na filosofia de Nietzsche, ele demonstra que os discursos, as verdades estabelecidas e os
comportamentos gerais estão intrinsecamente ligados às relações de poder. A realidade é
composta por fatos disparatados, elementos discursivos (sejam eles linguísticos,
arquitetônicos ou outros) que emergem e submergem, se encontram e desencontram de
acordo com os interesses de um tempo. É também o processo de desmistificar e
desnaturalizar os discursos, as regras, e a moralidade, mostrando que são construções que vão
se consolidando e se tornando convenientes ao poder das classes dominantes.
O autor relaciona este conceito ao corpo, afirmando que: “ A genealogia, como
análise da proveniência, está portanto no ponto de articulação do corpo com a história. Ela
deve mostrar o corpo inteiramente marcado de história e a história arruinando o corpo. "
(Foucault,1971) .
Trazendo este conceito para o contexto educacional, é possível nesta perspectiva
refutar o argumento que vem se estabelecendo na sociedade brasileira de que os educadores
devem ser isentos, ou neutros politicamente (em toda a abrangência da palavra, não se
tratando apenas de partidos políticos), pois os educadores também são corpos no mundo,
sujeitos às relações de poder, aos acontecimentos políticos, as lutas e as contradições do
tempo em que vivem na sociedade. Assim, tomando consciência dos mecanismos de controle
e de produção de saberes, há a possibilidade de escolha entre ser, como educador, um ser
ativo, transformador ou passivo, reprodutor. O que se almeja, pelo poder capitalista,
sobretudo nos países onde se instala o neoliberalismo, sem dúvida é o comportamento
passivo e reprodutor das violências e das desigualdades.

Microfísica do poder:

Relacionado ao conceito anterior, este refere-se ao poder existente nas relações e nas
instituições, como a família, a escola, a prisão, ou seja, nas micro relações existentes nelas:
entre pais e filhos, professor e aluno, carcereiro e detento, médico e paciente, etc. Estas
instituições estão ligadas à macro estrutura do Estado ou econômica, mas possuem
características próprias no exercício de poder.
Foucault se debruça em uma análise sobre o detalhe, sobre o cotidiano, o que pode
ser consequência de sua experiência nos presídios e nos hospitais, onde trabalhou como
psicólogo e ativista, estando em contato direto com o que analisava. O poder então passa por
todo corpo social, através dos saberes.
Para Foucault o poder "não é uma coisa" (Entrevista de 1981) ou seja, não se tem o poder
como uma propriedade, mas se exerce o poder, bem como não existe um elemento único para
o qual se crie em torno dele uma análise, pois a forma como ele se manifesta é heterogênea, e
depende das conveniências de cada tempo, de cada sociedade. Seu foco era entender a
mecânica do poder, o que faz movimentar as pequenas peças da engrenagem social

Os Corpos Dóceis

Foucault inicia o capítulo trazendo o exemplo de um soldado,( que nos serve como
exemplo para analisar o aluno, o operário, o cidadão) nos mostrando com um discurso de
autoridade do ano 1636 como até o início do séc. XVII o soldado era uma figura idealizada,
reconhecida por suas características, físicas, naturais, o sujeito que tivesse “ ombros largos,
braços longos, dedos fortes, coxas grossas” seu jeito de andar, o ideal em torno da honra, do
vigor, da coragem, eram elementos que determinavam se um sujeito seria ou não soldado.
Já à partir do séc XVIII em decorrência das transformações políticas, econômicas e
sociais, com a Revolução Francesa, a Revolução Industrial, com o fortalecimento do
iluminismo, do utilitarismo, com o aperfeiçoamento do conhecimento sobre o corpo e sobre o
psicológico humano, o soldado passa a ser algo que se fabrica, como um objeto, ou uma
máquina funcional em um processo de desnaturalização dos sujeitos, que desencadeia no
controle da ação do corpo como algo útil, que opera funções determinadas para ele, através
de hábitos e disciplina. O corpo, que já era objeto e alvo de poder, ganha técnicas e táticas
que lhe permitem obedecer e reproduzir as normas estabelecidas.
Várias áreas do saber estão envolvidas nesse processo, como a área militar, escolar,
hospitalar e mesmo a ciência, que em consenso está imaculada, mas também atende a
relações de poder
Os corpos individuais, então, com os dispositivos que são criados, passam a
literalmente se conformar nas delimitações espaciais e temporais que são dadas a ele, e se
estabelece a vigilância para controlar se eles se movimentam em conformidade com essas
delimitações. Tudo isso com o objetivo de docilizar os corpos.
Foucault nos trás uma definição muito clara : “ É dócil um corpo que pode ser submetido, que
pode ser utilizado, que pode ser transformado, e aperfeiçoado” e ainda: " Esses métodos que
permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de
suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade, são o que podemos chamar,
Disciplinas.”
E essa docilização dos corpos, através das disciplinas é diferente, por exemplo, da
escravidão, pois os escravisados tinham seus saberes, suas culturas proprias, tentava-se fazer
desses corpos distindos uma unidade controlada por violência física, do controle bárbaro de
seu trabalho, e evidentemente, abria-se espaço para muita revolta e articulações contra o
poder, contra seus dominadores. O poder disciplinar, por outro lado foca nos indivíduos, vai
faz com que cada corpo, individualmente, um a um, componha uma unidade, em um processo
de subjetivação, de introjeção de saberes e verdades , vai se moldando os comportamentos
desejados para que a sociedade seja composta de uma uniformidade obediente e mecânica,
uma obediência produzida: “ o corpo humano, entra numa maquinaria de poder que o
esquadrinha o desarticula e o recompõe”
A obediência é um dos produtos dos dispositivos disciplinares, existentes nas instituições,
como já foi citado, onde acontecem as relações microfísicas de poder: nas escolas, nas
prisões, nas fábricas , nas famílias.

A ARTE DAS DISTRIBUIÇÕES


Segundo Foucault, durante a época clássica, houve uma descoberta do corpo como alvo
no poder. Daí surgem diversas técnicas de saber, tentando decifrar como que o corpo
funciona, ou seja, sobre os seus gestos, dos seus movimentos,etc. A ideia era trabalhar a
eficácia do movimento ao máximo.A obra de Foucault não se trata de uma história das
instituições disciplinares mas sim, das técnicas que elas utilizavam, por exemplo: as
escolas,quartéis, fábricas ou prisões. Existem quatro mecanismos de adestramento dos corpos
na modernidade segundo o

O primeiro mecanismo que o Foucault apresenta no livro é denominado a arte das


distribuições a disciplina procede em primeiro lugar a distribuição dos corpos no espaço o
ficou disse que precisa de um lugar grande e fechado como uma fortaleza mas não vai ter
tanto sentido de clausura por que a disciplina vai flexibilizar isso, lidando com seus espaços,
e isso ele vai chamar de quadriculamento.
Funciona desta forma, cada indivíduo no seu lugar e em cada lugar um indivíduo, e
esse espaço deve ser dividido o quanto puder e Foucault vai analisar o surgimento a partir das
demandas. E ele coloca como exemplo o funcionamento das Indústrias onde esse
quadriculamento vai permitir vigiar, aumentar e controlar a produtividade do operário onde
cada um vai ocupar um papel conforme seu estágio de produção. Através disso vai ser capaz
de ficar cada operário, podendo medir sua qualidade e seus méritos, aumentando a eficiência
da indústria(conhecer dominar e utilizar).

No século 18 podemos enxergar esse quadriculamento nas escolas onde vai ser possível
ver que cada indivíduo (cada aluno) ocupa um lugar na fila e/ou na turma. E esse aluno vai
pertencer a um lugar conforme seu mérito ( 1 ano, 2 ano, 3 ano, …) então fica fácil para
escola identificar e localizar os alunos, além de ter o controle de todos.

Organiza-se daí uma nova economia de tempo e aprendizagem, e essa nova economia
transformou o espaço escolar numa máquina de ensinar e vigiar também hierarquizar e
recompensar. Esse espaço que Foucault cita permite que cada aluno seja analisado
individualmente, fazendo que ele aumente a sua produção e aprendizagem, e tudo isso a partir
de algumas ou várias classificações, como exemplo os alunos mais ou menos comportados
dos mais eficientes ; com melhor ou menor rendimento e etc.

O CONTROLE DA ATIVIDADE
De acordo com o pensamento de Foucault o controle da atividade é dividido em 5
fatores: O horário; A elaboração temporal do ato; Donde o corpo e o gesto postos em
correlação; A articulação corpo-objeto e A utilização exaustiva.

Segundo Foucault, o horário nos estabelece a censura e nos obriga a ciclos


de repetitivos, pois busca garantir a qualidade do tempo empregado: controle
ininterrupto, anulação de tudo o que possa perturbar e distrair; trata-se de constituir
um tempo integralmente útil, sendo proibido fazer qualquer brincadeira, comer,
dormir, contar histórias [e mesmo durante a interrupção para a refeição], não sendo
permitido contar histórias, aventuras ou outras conversações que distraiam os
operários de seu trabalho.
Foucault utiliza 2 exemplos comparativos para ilustrar o controle da atividade.
No começo do séc. XVII os soldados marcham todos sincronizados ao som do
tambor e já no séc. XVIII os soldados precisavam cumprir uma série de novas
exigências para marchar, como controlar o espaço e o tempo de cada passo, estar
com a cabeça sempre alta e com o corpo ereto.
Nesse exemplo o autor buscou ilustrar um novo conjunto de obrigação imposto no
séc. XVIII, outro grau de precisão na execução dos gestos e dos movimentos, outra
maneira de ajustar o corpo.
Define-se uma espécie de esquema anátomo-cronológico do comportamento.
O ato é decomposto em seus elementos; é definida a posição do corpo, dos
membros, das articulações; para cada movimento é determinada uma direção, uma
amplitude, uma duração; é prescrita sua ordem de sucessão. O tempo penetra o
corpo, e com ele todos os controles minuciosos do poder.
O controle disciplinar não consiste simplesmente em ensinar ou impor uma
série de gestos definidos; impõe a melhor relação entre um gesto e a atitude global
do corpo, que é sua condição de eficácia e de rapidez. Um corpo bem disciplinado
forma o contexto de realização do mínimo gesto. Um corpo disciplinado é a base de
um gesto eficiente.
A disciplina define cada uma das relações que o corpo deve manter com o
objeto que manipula. Aqui o autor traz novamente um exemplo dos soldados, mas
desta vez com vários movimentos sincronizados usando o corpo e instrumentos. A
partir disso, os elementos do corpo são expostos também para poder manusear o
instrumento como, mão, olhos etc. Sobre toda a superfície de contato entre o corpo
e o objeto que este manipula, o poder vem se introduzindo. Constitui um complexo
que o autor chamou de corpo-arma, corpo-instrumento, corpo-máquina.
Na perspectiva do horário em sua forma tradicional era essencialmente negativo;
princípio da não-ociosidade; é proibido perder um tempo que é contado por Deus e
pago pelos homens; o horário devia conjurar o perigo de desperdiçar tempo.
Considerado erro moral e desonestidade econômica.
Já a disciplina organiza uma economia positiva; coloca o princípio de uma
utilização teoricamente sempre crescente do tempo: mais exaustão que emprego;
importa extrair do tempo sempre mais instantes disponíveis e de cada instante
sempre mais forças úteis. O que significa que se deve procurar intensificar o
uso do mínimo instante, como se quanto mais rápido você fizer mais eficiente será,
assim gerando rendimento de velocidade.

A ORGANIZAÇÃO DAS GÊNESES

A forma da domesticidade se mistura a uma transferência de conhecimento. A escola


é dividida em três classes. A primeira para os que não têm nenhuma noção de desenho, A
segunda “para os que já têm alguns princípios”, Na terceira classe, aprendem as cores, fazem
pastel, iniciam-se na teoria e na prática do tingimento.
A escola dos Gobelins, assim como muitas outras é apenas o exemplo de um
fenômeno importante: o desenvolvimento, na época clássica, de uma nova técnica para a
apropriação do tempo das existências singulares; para reger as relações do tempo, dos corpos
e das forças; para realizar uma acumulação da duração; e para converter em lucro ou em
utilidade sempre aumentados o movimento do tempo que passa.
Os procedimentos disciplinares revelam um tempo linear cujos momentos se integram
uns nos outros, e que se orientam para um ponto terminal e estável. Em suma, um tempo
“evolutivo”. Ora, é preciso lembrar que no mesmo momento as técnicas administrativas e
econômicas de controle manifestaram um tempo social de tipo serial, orientado e cumulativo:
descoberta de uma evolução em termos de “progresso”. As técnicas disciplinares, por sua
vez, fazem emergir séries individuais: a descoberta de uma evolução em termos de “gênese”.

A COMPOSIÇÃO DAS FORÇAS

Surge uma exigência nova a que a disciplina tem que atender: construir uma máquina
cujo efeito será elevado ao máximo pela articulação combinada das peças elementares de que
ela se compõe. Essa exigência se traduz de várias maneiras.
1- O corpo singular torna-se um elemento, que se pode colocar, mover, articular com outros.
As variáveis principais que o definem são o lugar que ele ocupa, o intervalo que cobre, a
regularidade, a boa ordem segundo as quais opera seus deslocamentos. O corpo se constitui
como peça de uma máquina multissegmentar.
2- A disciplina deve formar um tempo composto. O tempo de uns deve-se ajustar ao tempo
de outros de maneira que se possa extrair a máxima quantidade de forças de cada um e
combiná-la num resultado ótimo.
3- Essa combinação medida das forças exige um sistema preciso de comando. É necessário e
suficiente que a ordem provoque o comportamento desejado: o que importa é colocar os
corpos num pequeno mundo de sinais a cada um dos quais está ligada uma resposta
obrigatória e só uma.

Em resumo, pode-se dizer que a disciplina produz, a partir dos corpos que controla,
quatro tipos de individualidade, ou uma individualidade dotada de quatro
características: é celular (pelo jogo da repartição espacial), é orgânica (pela
codificação das atividades), é genética (pela acumulação do tempo), é combinatória
(pela composição das forças). E, para tanto, utiliza quatro grandes técnicas: constrói
quadros; prescreve manobras; impõe exercícios; enfim, para realizar a combinação
das forças, organiza “táticas”. A tática, arte de construir – com os corpos
localizados, atividades codificadas e as aptidões formadas – aparelhos em que o
produto das diferentes forças se encontra majorado por sua combinação calculada, é
a forma mais elevada da prática disciplinar. (FOUCAULT, 1987, p. 192).

A política, como técnica da paz e da ordem internas, procurou pôr em funcionamento


o dispositivo do exército perfeito, da massa disciplinada, da tropa dócil e útil. O sonho de
uma sociedade perfeita é facilmente atribuído pelos historiadores aos filósofos e juristas do
século XVIII; mas há também um sonho militar da sociedade; sua referência fundamental era
não ao estado de natureza, mas às engrenagens subordinadas de uma máquina, não ao
contrato primitivo, mas às coerções permanentes, não aos direitos fundamentais, mas aos
treinamentos indefinidamente progressivos, não à vontade geral mas à docilidade automática.
Referência:

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. 27 ed. Petrópolis: Vozes, 1987. Terceira parte. Corpos
Dóceis

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